A Meca e A Kabbalah

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Meca e a Kabbalah
BY BILLY PHILLIPS · PUBLISHED 23 DE NOVEMBRO DE 2012 · UPDATED 15 DE
OUTUBRO DE 2013
A porção da Torá conhecida como Vayera conta um famoso acontecimento na história quando
Abraão amarra seu filho Isaac em um tentativa de sacrifício. Há aqui uma conexão sutil com o
mundo islâmico, bem nessa leitura específica da Torá.
Primeiro, de acordo com a Kabbalah, a história se trata na verdade de como devemos aprender a
amarrar e sacrificar o nosso próprio ego para conseguirmos servir melhor o nosso semelhante por
meio do desejo da nossa alma. Abraão representa a bondade da nossa ama. Isaac é um código para o
nosso ego, o auto-interesse que devemos amarrar e matar para que possamos amar ao
próximo incondicionalmente.
Vamos analisar agora o mundo islâmico, onde encontramos uma semelhança curiosa com o
caminho da Kabbalah.
Na Cidade Sagrada de Meca, encontramos um dos santuários mais sagrados do Islamismo.
Chama-se a Ka’ba.
Milhares de Muçulmanos andam em volta dela todos os dias e um bilhão de muçulmanos se viram
para ela durante suas preces 5 vezes ao dia.
A Ka’ba é um cubo preto.
O tefilin (filactérios) usado todo dia pelos Filhos de Israel é também um cubo preto.
A Kabbalah explica que amarramos o tefilin em torno de nosso braço esquerdo sete
vezes, em sentido anti-horário, para amarrar e enfraquecer o nosso desejo negativo e o
nosso ego.
O Zohar explica que este é o segredo de Abraão ter amarrado seu filho Isaac. É
esperado de cada um de nós que sacrifiquemos o nosso ego para o bem de compartilhar
com os outros. O tefilin age como uma antena que atrai uma poderosa força espiritual
que nega e sacrifica a influência de nossa natureza egoísta. 99% dos judeus não tem a
menor ideia que é por esse motivo que amarramos o tefilin no nosso braço esquerdo.
Usamos o braço esquerdo porque o esquerdo tem a conotação do nosso ego e do
negativo (Isaac) e o direito se refere a alma e ao positivo (Abraão).
A cada ano, os muçulmanos vão em peregrinação (Hajj) para caminhar ao redor da
Ka’ba em Meca, no sentido anti-horário, sete vezes. É exatamente dessa forma que
envolvemos e amarramos nossos tefilin – sentido anti-horário, sete vezes.
O propósito do Hajj para os Muçulmanos é conectar-se ao mesmo evento de Abraão
amarrando Issac (os Muçulmanos relacionam isso a Abraão amarrando seu filho Ismael).
A conexão é profunda. Somente a Kabbalah explica o verdadeiro propósito espiritual.
Talvez seja este o porquê da Ka’ba, em Meca, ser conhecida como a Casa de
Allah. Ka’ba e Allah, como se sabe, soletra Kaballah.
Este segredo extraordinário sobre a semelhança entre Hajj, Tefilin e da Ka’ba estava
bem na nossa frente o tempo todo!
Outro ponto interessante é que os asquenazitas começaram amarrando o tefilin no
sentido horário – em vez de sentido anti-horário – então a conexão entre Ka’ba e Tefilin
não era tão evidente.
Apenas os sefarditas (as pessoas que sempre abraçaram o Zohar e a Kabbalah)
continuaram a técnica de enrolar as tiras no sentido anti-horário. Esta conexão
kabalística é uma das razões pelas quais sefarditas foram protegidos pelos Muçulmanos
ao longo da história, especialmente em Marrocos durante o Holocausto.
Qualquer um é considerado um sefardita no momento em que que abraça o Zohar e o
caminho da Kabbalah.
Essa proteção pertence a todos.

Billy Phillips
Billy Phillips é aluno do Rav e da Karen Berg desde 1989. As opiniões expressadas aqui têm como
base seu próprio aprendizado e 22 anos estudando a sabedoria da Kabbalah. Apesar de ser aluno do
Kabbalah Centre, as visões e artigos que apresenta aqui se relacionam com sua experiência e
refletem sua visão pessoal e não são uma representação oficial do Kabbalah Centre e de seus
ensinamentos.

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