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Resumo: Nutrientes Essenciais No Tratamento Da Covid E Pós-Covid-19
Resumo: Nutrientes Essenciais No Tratamento Da Covid E Pós-Covid-19
Resumo: Nutrientes Essenciais No Tratamento Da Covid E Pós-Covid-19
RESUMO
1. INTRODUÇÃO
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Graduanda do Curso de Nutrição pela Universidade Salgado de Oliveira – Campus São Gonçalo –
UNIVERSO
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Graduanda do Curso de Nutrição pela Universidade Salgado de Oliveira – Campus São Gonçalo –
UNIVERSO
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Graduanda do Curso de Nutrição pela Universidade Salgado de Oliveira – Campus São Gonçalo –
UNIVERSO
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Docente do curso de Nutrição da Universidade Salgado de Oliveira – Campus São Gonçalo -
UNIVERSO
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ocorrendo de forma direta de pessoa para pessoa, durante um aperto de mãos,
abraços, estando perto de uma pessoa infectada, ou de forma indireta, ao tocar em
superfícies e objetos contaminados (BRASIL, 2021).
2. METODOLOGIA
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
O estado nutricional dos indivíduos tem sido apontado como um fator de risco
ou mesmo como fator de virulência em infecções. Entre pacientes hospitalizados a
desnutrição mostra-se um agravo de alta prevalência. Em revisão sistemática
englobando 66 estudos realizados em 16 países da América Latina encontrou-se
taxas que variam de 40 a 60% de pacientes desnutridos já no momento da internação,
o que aumenta ao longo desta, estando relacionada à ocorrência de quadros clínicos
agudos e crônicos e seus sintomas, bem como por tratamentos realizados. Essa
situação é motivo de preocupação devido à sua correlação com o aumento da taxa de
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complicações, do tempo de internação e re-internação, bem como da mortalidade. O
bom funcionamento do organismo como um todo requer que nutrientes apropriados
como carboidratos, proteínas, gorduras, vitaminas e minerais sejam ingeridos em
quantidade e qualidade pelo indivíduo, de acordo com suas necessidades. As
recomendações para uma alimentação balanceada são amplamente difundidas na
mídia e meios digitais, sendo preconizado que sua base seja de alimentos in natura,
assegurando a ingestão de frutas e legumes; que seja feito pouco uso de sal, açúcar
e óleos nas preparações alimentares; que a ingestão de alimentos processados seja
limitada (pães, conservas); e que o uso de alimentos ultra processados seja evitada
(refrigerantes, salgadinhos de pacote, macarrão instantâneo), bem como de fast
foods. Recomenda-se que as refeições sejam planejadas previamente para que se
tenham produtos saudáveis à mão, evitando-se assim os impulsos dos lanches
rápidos. Quando essas recomendações são praticadas, o organismo mantém boas
condições de saúde (BRASIL, 2014; ABARCA-GÓMEZ et al., 2017; WHO, 2018).
3.4 NUTRIENTES
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É sabido que um estado nutricional prejudicado aumenta a suscetibilidade e a
gravidade das infecções. Por sua vez, infecções graves ou repetidas aumentam o
risco de desnutrição, induzindo anorexia com diminuição da ingestão de nutrientes
associada, causando um estado de má absorção, ou alterando todo o metabolismo e
aumentando a demanda por nutrientes. Portanto, é essencial manter adequadas
quantidades de cada micronutriente. Uma dieta bem balanceada é crucial para
alcançar uma ingestão ideal de todas essas vitaminas e elementos essenciais.
Vitamina A Mantém a integridade das células da pele, do Até 2.624 µg. Pode ser encontrada em
(retinol) trato respiratório e outros tecidos, sistemas (Manual de vários alimentos tanto de
ou órgãos (PROJETO EDUCA formulações origem animal como vegetal:
CORONAVÍRUS. RFB EDITORA). para prática ovos, leite, queijos, fígado,
clínica Ana legumes e verduras de
Paula Pujol). cor alaranjada (abóbora,
buriti, mamão, manga,
cenoura) e de cor verde
escuros (almeirão, agrião,
couve, espinafre, ora-pro-
nobis, rúcula). (TACO, 2011).
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Vitaminas A vitamina B2 (riboflavina) desempenha um - Vitamina B1 Tiamina (B1): Cereal, pão,
(B) papel no metabolismo energético de todas as (Tiamina): carne, arroz, levedura, milho,
células. Estudos relataram que a vitamina B2 2,02mg. nozes.
e a luz UV reduziram efetivamente o - Vitamina B2 Riboflavina (B2): Grãos, leite,
infecções de MERS-CoV em produtos de (Riboflavina) carne, ovos, queijo, ervilhas.
plasma humano. A vitamina B3 inibiu 2,74 mg. Niacina (B3): Carne, leite,
significativamente a infiltração de neutrófilos - Vitamina B3 ovos, peixe, legumes, batatas.
nos pulmões com um forte efeito anti- (Niacina) 35mg. Piridoxina (B6): Carnes
inflamatório durante a lesão - Vitamina B6 orgânicas, arroz integral,
pulmonar induzida por ventilador. A vitamina (Pirodixina) peixe, manteiga, soja.
B6 também é necessária no metabolismo 98,60 mg. Ácido fólico (B9): Levedo,
das proteínas e participa de mais de 100 - Vitamina B12 fígado, hortaliças verdes,
reações nos tecidos do corpo (Cobalamina) grãos de cereais integrais.
desempenhando papel importante na função 9,94 µg. Ácido pantotênico (B5):
imunológica. Portanto, as vitaminas B podem - Ácido Fólico Carnes, legumes, grãos de
ser abordadas como uma opção básica para (Vitamina B9): cereais integrais.
o tratamento de COVID ‐ 19, mas estudos 614,86 µg. Biotina (B7): Bife de fígado,
sobre os seus efeitos diretos ainda são Ácido gema de ovo, levedo de
necessários. Pantotênico cerveja, cogumelos.
(Vitamina B5): Cobalamina (B12): Fígado,
5,64 mg. carne, ovos, aves domésticas,
(MANUAL DE leite.
FORMULAÇÕE (SLIDE VITAMINAS.
S PARA ADITIVOS & INGREDIENTES)
PRÁTICA
CLÍNICA ANA
PAULA PUJOL).
Vitamina E E está presente em altas concentrações nas 1000 mg. Gema de ovo, fígado, vegetais
(tocoferol) células imunes, o que as protege de danos (MANUAL DE verde-escuros, sementes
oxidativos devido à sua alta atividade FORMULAÇÕE oleaginosas, óleos vegetais,
metabólica e ao conteúdo de proteção dos S PARA germe de trigo. (PROJETO
ácidos graxos poliinsaturados de (PUFA). PRÁTICA EDUCA CORONAVÍRUS. RFB
(ULAKES Journal of Medicine) CLÍNICA ANA EDITORA)
PAULA PUJOL).
Zinco Modula a resposta imune e exibe atividade Até 29,59 mg. É encontrado em alimentos de
antioxidante e anti-inflamatória (JAROSZ et (MANUAL DE origem animal como carnes,
al., 2017), exerce papel fundamental na FORMULAÇÕE peixes (sardinha), ovos e
defesa do organismo, influenciando a S PARA em alguns alimentos de
proliferação e maturação das células de PRÁTICA origem vegetal como: feijão,
defesa (FERNANDES et al, 2011), CLÍNICA ANA lentilha, castanhas, gergelim e
diminuindo assim a incidência de infecções, PAULA PUJOL). linhaça. (TACO, 2011)
melhorando a defese e o aumento da
resistência aos agentes patogênicos
(PRASAD et al., 2007; FERNANDES et al.,
2011).
Ferro Dentre as várias funções do ferro, ele é Até 34,31 mg. Pode ser encontrado em
essencial para diferenciação e crescimento (MANUAL DE alimentos de origem animal e
celular e componente de enzimas críticas FORMULAÇÕE vegetal: carnes vermelhas,
para o funcionamento das células imunes S PARA frango, feijão, gergelim,
(MAGGINI et al., 2018). PRÁTICA jenipapo, mangaba, mostarda,
CLÍNICA ANA ora-pro-nobis, rúcula, taioba
PAULA PUJOL). dentre outras. A ingestão de
alimentos fontes de vitamina C
concomitante com fontes de
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ferro nãoheme, favorecem sua
absorção. (TACO. 2011)
Selênio O selênio foi associada a melhora da função Até 319, 75 µg. Castanha do Brasil, trigo,
imune; aumento da atividade da enzima (MANUAL DE arroz, gema de ovo e frango,
glutationa peroxidase e, portanto, da FORMULAÇÕE sementes de girassol.
atividade antioxidante; proliferação de S PARA (PROJETO EDUCA
células T; redução da hipersensibilidade PRÁTICA CORONAVÍRUS. RFB
tardia; e efeitos antivirais na forma de CLÍNICA ANA EDITORA)
selenito de sódio. Os autores sugerem que PAULA PUJOL).
o uso de selenito de sódio na terapia
anticoagulante poderia reduzir a chance
de formação de coágulos, considerada
uma causa significante de morte para
pacientes com COVID-19 (ULAKES Journal
of Medicine).
A deficiência causa redução nos níveis de
IgM e IgG, dificultando a quimiotaxia de
neutrófilos, produção de anticorpos por
linfócitos e aumentando as mutações dos
vírus para formas mais virulentas.
Componente essencial de uma família de
selenoproteínas, incluindo a glutationa
peroxidase e tioredoxina redutase, que
atuam na proteção contra a replicação viral.
(TERAPIA NUTRICIONAL PARA
PREVENÇÃO, TRATAMENTO E
REABILITAÇÃO DE INDIVÍDUOS COM
COVID-19).
Ômega 3 Estudos sugerem que a protectina D1, o Ingestão diária Salmão, sardinha, atum,
mediador lipídico ômega-3 derivado do de 250 mg / dia nozes, linhaça, chia.
PUFA, atua minimizando a replicação do de EPA + DHA.
vírus influenza por meio da exportação (TERAPIA NUTRICIONAL
de RNA. Além disso, atua como eficiente (TERAPIA PARA PREVENÇÃO,
anti-inflamatório, sendo precursor de NUTRICIONAL TRATAMENTO E
resolinas e proteínas. (Zhang e Liu, 2020) PARA REABILITAÇÃO DE
PREVENÇÃO, INDIVÍDUOS COM COVID-
TRATAMENTO 19).
E
REABILITAÇÃO
DE
INDIVÍDUOS
COM COVID-
19).
Coenzima CoQ10 tem a capacidade de melhorar o 200 mg/dia Peixes como sardinha e
Q10 estresse oxidativo e proteger as mitocôndrias cavala, nozes, grãos de soja,
(MORRIS et al., 2013). A CoQ10 é um feijão azuki, gergelim,
importante composto antioxidante com espinafre, cogumelos frescos,
propriedades anti-inflamatórias e brócolis e damasco. (Nutmed)
neuroprotetoras, que inibem a produção de
citocinas pró-inflamatórias (LEONARD;
MAES, 2012). É um potente antioxidante
capaz de estimular o sistema imunológico,
melhorando a produção de anticorpos e de
linfócitos T (SANDMANN, 2013).
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Própolis Foi possível notar um vasto leque de estudos Adulto: 20 gotas Extrato de própolis verde.
(verde) que recaiam sobra as mais variadas ações e do extrato
efetividade da própolis. No contexto deste alcoólico a 30%,
estudo, a literatura relatou a presença de até 3 vezes ao
substâncias como flavonoides e dia.
benzofenonas no extrato de própolis. O que
pode tornar esse produto um potencial
recurso complementar para tratamento da
SARS-COV-2, por possuir atividade
citotóxica e atuar como anti-inflamatória,
imunossupressora, anticarcinogênica e
antiparasitária.
(Ensaios e Ciência, v.25, n.1, 2021, 85-94)
Curcumina Estudo in vitro mostrou que a curcumina 130 mg diárias Açafrão extra/cúrcuma/açafrão
possui potencial inibidor para os (MANUAL DE da terra.
receptores FORMULAÇÕE
ACE2 impedindo a entrada do vírus S PARA
SARS PRÁTICA
-CoV2 nas células. O tratamento com pontos CLÍNICA ANA
de PAULA PUJOL).
carbono catiônicos à base de curcumina
suprime a reprodução do coronavírus e
aumenta a produção de genes
estimuladores de interferon e citocinas como
a IL-8 e IL-
6 nas células. Dessa forma, pode existir um
potencial efeito da curcumina no
tratamento da inflamação pulmonar, do
edema e da fibrose
causada pelo SARS-CoV 2.
Em estudo experimental com ratos,
constatou -se que a curcumina inibe a
resposta inflamatória celular atenuando a
expressão de citocinas e quimiocinas por
meio da via NF-кB, reduz a resposta fibrótica
e atenua a via TGF-ß reduzindo o
colágeno de fibrose pulmonar.
Ademais, a aplicação profilática de
curcumina
diminui a inflamação tecidual reduzindo o
influxo de líquido nos pulmões de ratos sob
hipóxia. Tal fato, deve-se a regulação
negativa
das citocinas próinflamatórias e das
moléculas
de adesão celular e modulação da atividade
do
NF-кB. (ULAKES Journal of Medicine).
Foi demonstrado que vários derivados da
curcumina possuem propriedades antivirais.
A curcumina é um ligante natural do PPAR-γ,
que reprime o processo inflamatório,
reduzindo a produção de citocinas, portanto,
pode desempenhar um papel na proteção
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lesão pulmonar associada a COVID. (R
SHASHANK BHARGAVA).
Alho Segundo Quintaes (2001), o extrato de alho Limite máximo Alho.
pode ser ministrado a pacientes com de alicina de 3
debilidade significativa do sistema mg.
imunológico, pois as propriedades desse
vegetal são capazes de estimular tanto a
imunidade humoral quanto a celular, o que
justifica a inclusão do alho na dietoterapia
desses indivíduos.
Probióticos Os probióticos têm demonstrado bons - Leite, queijo, iogurte.
resultados na melhoria das condições (PROJETO EDUCA
inflamatórias e na regulação da imunidade CORONAVÍRUS. RFB
inata por meio dos receptores toll-like e da EDITORA)
via de sinalização correspondente. Os
prebióticos como frutooligossacarídeos
(FOS) e galactosacarídeos (GOS) aumentam
as concentrações de butirato reduzindo
assim a inflamação. Sabe-se ainda que a
ação microbiana da fibra alimentar
aumenta os ácidos graxos de cadeia curta
(AGCC) no sangue protegendo contra a
inflamação nos pulmões. Tais substâncias
possuem efeitos anti-inflamatórios e
podem prevenir novas infecções
bacterianas em pacientes com COVID-19.
(ULAKES Journal of Medicine).
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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