Professional Documents
Culture Documents
HJ Teologia y Revolución en RS
HJ Teologia y Revolución en RS
net/publication/235951012
CITATIONS READS
0 372
1 author:
Arnaldo Huff Jr
Federal University of Juiz de Fora
8 PUBLICATIONS 13 CITATIONS
SEE PROFILE
Some of the authors of this publication are also working on these related projects:
All content following this page was uploaded by Arnaldo Huff Jr on 21 May 2014.
Resumo
O missionário presbiteriano estadunidense Richard Shaull atuou por dez anos no Brasil,
entre 1952 e 1962. Nesse período, passou por um processo de radicalização política e
religiosa que o levou à formulação de uma teologia da revolução. O fator principal desta
radicalização foi seu envolvimento com movimentos estudantis e ecumênicos. A partir
de tais relações, mediadas por sua tradição teológica protestante e reformada (mormente
dialética e neo-ortodoxa), bem como por instrumentais teóricos advindos das ciências
sociais e humanas, Shaull se pôs a pensar a revolução social e a lhe atribuir sentido
religioso e teológico, enquanto desafio urgente aos cristãos e às igrejas. Tal processo
de radicalização é o objeto deste artigo.
Palavras-Chave: Teologia e política; Ecumenismo; Richard Shaull.
Abstract
The American Presbyterian missionary Richard Shaull worked for ten years in Brazil,
between 1952 and 1962. During this time, he went through a process of religious and
political radicalization that droves him to the formulation of a theology of revolution.
The primary factor in this radicalization was his involvement with student and ecu-
menical movements. Within this relations, mediated by his Protestant and Reformed
theological tradition (mostly dialectical and neo-orthodox), as well as by theoretical
instruments coming from the human and the social sciences, Shaull started to think the
social revolution and to attribute theological and religious meaning to it, as an urgent
challenge to the Christians and the churches. Such a process of radicalization is the
object of this article.
Keywords: Theology and politics; Ecumenism; Richard Shaull.
Estudos de Religião, v. 26, n. 43 • 55-75 • 2012 • ISSN Impresso: 0103-801X – Eletrônico: 2176-1078
56 Arnaldo Érico Huff Júnior
Resumen
El misionero americano presbiteriano Richard Shaull sirvió durante diez años en Brasil,
entre 1952 y 1962. Durante este período, pasó por un proceso de radicalización política
y religiosa que lo condujo a la formulación de una teología de la revolución. El principal
factor de esta radicalización fue su participación en movimientos estudiantiles y ecu-
ménicos. A partir de estas relaciones, mediadas por su tradición teológica protestante y
reformada (sobre todo dialéctica y neo-ortodoxa), así como por marcos teóricos prove-
nientes de las ciencias sociales y de las humanidades, Shaull pasó a pensar la revolución
social y a darle un sentido religioso y teológico, como desafío para los cristianos y las
iglesias. Este proceso de radicalización es el objeto de este artículo.
Palabras clave: Teología e política; ecumenismo; Richard Shaull.
Introdução
No ano de 2012, completam-se 50 anos da realização da Conferência
“Cristo e o Processo Revolucionário Brasileiro”, realizada em 1962, em
Recife, por iniciativa do Setor de Responsabilidade Social da Igreja, ligado
à Confederação Evangélica Brasileira, CEB. A organização de conferências
daquela natureza no Brasil havia se iniciado em 1955 e a “Conferência do
Nordeste”, como tornou-se conhecida, era o quarto evento da série, e tam-
bém o de maior visibilidade nacional. O teólogo e missionário presbiteriano
estadunidense Richard Shaull foi um dos articuladores e talvez o maior ins-
pirador em todos aqueles processos e eventos. A própria criação do Setor
de Responsabilidade Social da Igreja da CEB estivera intimamente ligada às
atividades e relações nacionais e internacionais de Shaull. Tanto ele quanto
o grupo com o qual se reunia ao redor do movimento ecumênico brasileiro
passara naqueles anos por um processo de radicalização teológica e política
que impunha a revolução como lugar de reflexão e de ação cristã. Pensar,
portanto, as mudanças conceituais na teologia de Shaull nesse período é
também, dada sua reconhecida influência naquele contexto, entender um
pouco sobre o protestantismo ecumênico e socialmente engajado do Brasil
dos anos 1950 e 1960. Faço, assim também, coro com as comemorações do
cinquentenário da Conferência do Nordeste.
Richard Shaull, conhecido como “teólogo da revolução”, chegou ao
Brasil em 1952. O epíteto alude tanto a escritos de Shaull quanto a seu
engajamento em movimentos estudantis e eclesiásticos progressitas ou de
esquerda. De fato, publicações suas dos anos 1950 e 1960 fazem jus à fama,
como por exemplo: O cristianismo e a revolução social (1953), Encounter with revo-
lution (1955), The new revolutionary mood in Latin America. (1962), Las ideologías
Estudos de Religião, v. 26, n. 43 • 55-75 • 2012 • ISSN Impresso: 0103-801X – Eletrônico: 2176-1078
Teologia e revolução: a radicalização teológico-política de Richard Shaull 57
1
Cf. KERR (1959, p. 4), originalmente, Mackay utilizava na frase as palavras road e balcony.
Uma tradução melhor para o segundo termo poderia, portanto, incluir termos como
camarote, sacada ou varanda, p. ex.: o lugar do cristão é a estrada, não o camarote.
Estudos de Religião, v. 26, n. 43 • 55-75 • 2012 • ISSN Impresso: 0103-801X – Eletrônico: 2176-1078
58 Arnaldo Érico Huff Júnior
Estudos de Religião, v. 26, n. 43 • 55-75 • 2012 • ISSN Impresso: 0103-801X – Eletrônico: 2176-1078
Teologia e revolução: a radicalização teológico-política de Richard Shaull 59
Estudos de Religião, v. 26, n. 43 • 55-75 • 2012 • ISSN Impresso: 0103-801X – Eletrônico: 2176-1078
60 Arnaldo Érico Huff Júnior
Estudos de Religião, v. 26, n. 43 • 55-75 • 2012 • ISSN Impresso: 0103-801X – Eletrônico: 2176-1078
Teologia e revolução: a radicalização teológico-política de Richard Shaull 61
da compaixão e do amor, é que se pode esperar que êste autêntico perigo seja
vencido (Shaull, 1953, p. 45).
Estudos de Religião, v. 26, n. 43 • 55-75 • 2012 • ISSN Impresso: 0103-801X – Eletrônico: 2176-1078
62 Arnaldo Érico Huff Júnior
ser dirigido para uma ideologia política e um programa de ação que lutem para
alcançar justiça social e que estabeleçam um tipo de sociedade planificada, que
possa evitar todos os erros fundamentais do comunismo russo. Em outras
palavras, êle se esforçará por alcançar segurança económica e um sistema de
govêrno tal, que evite as grandes concentrações de poder e o totalitarismo; êle
se esforçará, outrossim, por estabelecer a ordem dentro da Grande Sociedade,
sem destruir a liberdade; e lutará por conseguir reformas sociais e económicas,
com um mínimo de compulsão ou de violência (Shaull, 1953, p. 85).
Estudos de Religião, v. 26, n. 43 • 55-75 • 2012 • ISSN Impresso: 0103-801X – Eletrônico: 2176-1078
Teologia e revolução: a radicalização teológico-política de Richard Shaull 63
En efecto, Shaull fue el creador del experimento, nos acompaño con frecuen-
tes visitas y reuniones, y puede considerarse que Vila Anastácio significó la
puesta en práctica de algunos de los principios de su teología de la revolución.
También puedo afirmar que la vida y el pensamiento de Shaull tuvo enorme
influencia en toda nuestra generación y marcó el rumbo de los estudios, con-
sultas y encuentros realizados a través de ISAL (Iglesia y Sociedad en América
Latina), movimiento del cual yo fui su secretario de estudios entre los años
1963 y 1966, aunque luego seguí vinculado al mismo hasta que la dictadura
militar uruguaya cerró la secretaría latinoamericana localizada en Uruguay, en
1973 (Depoimento por email ao autor, em 23/02/2010).
Estudos de Religião, v. 26, n. 43 • 55-75 • 2012 • ISSN Impresso: 0103-801X – Eletrônico: 2176-1078
64 Arnaldo Érico Huff Júnior
Estudos de Religião, v. 26, n. 43 • 55-75 • 2012 • ISSN Impresso: 0103-801X – Eletrônico: 2176-1078
Teologia e revolução: a radicalização teológico-política de Richard Shaull 65
estreitam entre mim e Richard. Às vezes nós dois comentávamos: “Parece acaso.
Mas não é. Sempre que há uma discussão em uma grande assembléia nós dois
estamos do mesmo lado, unidos nos mesmos pontos de vista.” Essa conver-
gência nas assembléias e nos comícios, sobretudo na fase pré-revolucionária de
nosso País, nada mais era do que o resultado de diálogos mais íntimos, mais
pessoais, em um clima de total confiança. Eu via nele a figura humana e mais
evangélica surgindo em meio às nossas buscas de comunhão ecumênica e no
turbilhão de uma luta que se queria eficaz em prol de nosso povo e mesmo da
humanidade que buscava prolongar os anseios de paz no pós-guerra (Josaphat,
2003, p. 60-61).
Estudos de Religião, v. 26, n. 43 • 55-75 • 2012 • ISSN Impresso: 0103-801X – Eletrônico: 2176-1078
66 Arnaldo Érico Huff Júnior
O ponto central de Shaull passara a ser este: para que a teologia fizesse
realmente sentido era preciso que se partisse da existência concreta das pes-
soas em meio a suas lutas diárias. Tratava-se, para ele, do desafio da elabo-
ração de uma ética teológica que partisse da vida vivida, para a ela retornar.
A fim de desenvolver o argumento, valia-se então de Herbert Marcuse,
com vistas a proporcionar um diagnóstico do problema da crise social. Con-
forme Shaull, a tese central de Marcuse no livro One dimensional man era a de
que o avanço da tecnologia, juntamente com a ideologia que a acompanhava,
produzia um sistema que tendia a ser totalitário. Segundo o argumento, o
sistema político-econômico era acompanhado de um etos que removia da
cultura o poder crítico e transcendente que um dia tivera. O resultado era
Estudos de Religião, v. 26, n. 43 • 55-75 • 2012 • ISSN Impresso: 0103-801X – Eletrônico: 2176-1078
Teologia e revolução: a radicalização teológico-política de Richard Shaull 67
Estudos de Religião, v. 26, n. 43 • 55-75 • 2012 • ISSN Impresso: 0103-801X – Eletrônico: 2176-1078
68 Arnaldo Érico Huff Júnior
Estudos de Religião, v. 26, n. 43 • 55-75 • 2012 • ISSN Impresso: 0103-801X – Eletrônico: 2176-1078
Teologia e revolução: a radicalização teológico-política de Richard Shaull 69
Estudos de Religião, v. 26, n. 43 • 55-75 • 2012 • ISSN Impresso: 0103-801X – Eletrônico: 2176-1078
70 Arnaldo Érico Huff Júnior
Estudos de Religião, v. 26, n. 43 • 55-75 • 2012 • ISSN Impresso: 0103-801X – Eletrônico: 2176-1078
Teologia e revolução: a radicalização teológico-política de Richard Shaull 71
central da teologia. Para ele, tal tarefa era pelo contrário a de prover senti-
do teológico para a revolução. Principalmente tendo em vista que “outras
forças” estavam cumprindo um papel mais efetivo que a igreja na produção
de tal sentido: Referia-se clara e principalmente ao “marx-leninismo”, que
permanecia no escopo da análise (Shaull, 1966, p. 29).
Se o novo revolucionário deve conduzir uma longa e árdua batalha sem absolutos e
sem ilusões utópicas, algo completamente diferente se faz necessário. O que ele precisa
agora são aqueles recursos de entendimento e de comunidade que possam sustentar
e orientar tal esforço: a possibilidade de crer que o futuro está realmente aberto, a
esperança de que a fraqueza pode ser vitoriosa por sobre o poder estabelecido e que
sentido e satisfação são possíveis em uma vida vivida em uma intensa luta revolucionária.
(...) Assim, teologicamente, a real questão diante de nós é a da vitalidade da tradição
judaico-cristã, em suas formas diversas, e sua capacidade de relacionar-se com a situação
humana hoje, de forma a libertar velhas imagens, símbolos e conceitos e criar novos
que possam cumprir tal função (Shaull, 1966, p. 29-30).
Estudos de Religião, v. 26, n. 43 • 55-75 • 2012 • ISSN Impresso: 0103-801X – Eletrônico: 2176-1078
72 Arnaldo Érico Huff Júnior
nosso pensamento sobre o homem, sua cultura, seus valores”, Shaull con-
cluía juntamente com o teólogo e sociólogo alemão que apenas terá alguma
aplicação o tipo de reflexão que se ancorar na “crua factualidade dos eventos
históricos concretos” (Shaull, 1966, p. 30). Aproximava-se, de tal forma, do
que vinha sendo conhecido no pós-guerra como teologia da secularização, repre-
sentada por teólogos como o alemão Friedrich Gogarten, o holandês Arend
Th. van Leeuwen, presente na conferência, e o estadunidense Harvey Cox,
para os quais a secularização era uma implicação natural da própria revelação
judaico-cristã. Substituía-se, assim, a metafísica pela história.
Nessa perspectiva, orientações éticas só poderiam ser dadas na medida em
que os valores fossem traduzidos em objetivos sociais específicos, necessidades
humanas particulares e prioridades e possibilidades técnicas determinadas, o
que significava que princípios éticos abstratos, como o ideal de uma “socie-
dade responsável” promulgado entre o movimento ecumênico e assumido
outrora pelo próprio Shaull, não seriam de nenhuma utilidade a menos que
traduzidos – o que teria de ser feito sempre novamente (Shaull, 1966, p. 31).
Estudos de Religião, v. 26, n. 43 • 55-75 • 2012 • ISSN Impresso: 0103-801X – Eletrônico: 2176-1078
Teologia e revolução: a radicalização teológico-política de Richard Shaull 73
formulações era preciso “não uma nova linguagem, mas um novo envolvimento,
naqueles lugares no mundo onde Deus está agindo mais dinamicamente”
[grifo meu] (Shaull, 1966, p. 32). Seria, assim, por meio de tal envolvimento
que se daria o necessário diálogo contínuo entre a tradição bíblica e teológica
e a situação humana contemporânea, a fim de apontar concretamente para
os sinais da graça e de esperança em meio à luta pela construção do homem
futuro. E concluía:
Nossas discussões tradicionais sobre Deus, sua alteridade e sua soberania po-
dem fazer pouco sentido hoje, mas podemos descrever a liberdade, a abertura
e a esperança que são possíveis em um mundo sobre o qual ele é o Senhor.
Uma nova geração pode não prestar atenção em nossas complicadas discussões
anteriores sobre escatologia, mas pode estar interessada em uma perspectiva
apocalíptica acerca do mundo presente (...) Podemos não falar muito sobre
Jesus Cristo, mas podemos apontar para seus benefícios concretos em meio a
nossas vidas hoje. E desde esta abertura à crucificação, uma nova ressurreição
teológica pode ter outra vez lugar (Shaull, 1966, p. 32).
Apontamentos
Entre o início dos anos 1950 e meados dos 1960, período em que esteve
mormente no Brasil, interagindo em nível nacional e internacional através
dos movimentos estudantil e ecumênico e de conexões eclesiásticas, Shaull
elaborou uma teologia da revolução, ou talvez melhor dizendo uma teologia
para a revolução. Passou, nesse sentido, por um processo de radicalização
teológica e política que o conduziu de uma visão missionária estadunidense
que privilegiava as relações do indivíduo e da igreja com o Estado a uma
outra que percebia a crise como algo que deveria ser enfrentado em nível
estrutural, combatido com técnicas de guerrilha, guerrilha também teológica.
Trata-se de uma ressignificação conceitual das práticas: da atuação socialmente
responsável rumo ao envolvimento urgente na revolução, ancorada numa
teologia que tinha o contexto vivido como ponto de partida.
A partir dos três textos aqui analisados, a comparação entre os escritos
do início dos anos 50 e aqueles de meados dos 60 permite entrever na teolo-
gia de Shaull a permanência, principalmente, da intenção de aproximação do
evangelho em relação à realidade vivida. Como que um esforço de tradução
mediado pela compaixão, algo caro a qualquer missionário.
Estudos de Religião, v. 26, n. 43 • 55-75 • 2012 • ISSN Impresso: 0103-801X – Eletrônico: 2176-1078
74 Arnaldo Érico Huff Júnior
Referências
BERGER, Peter. O dossel sagrado, elementos para uma teoria sociológica da religião. 4ª ed.
São Paulo: Paulus, 2003.
BURITY, Joanildo Albuquerque. Os protestantes e a revolução brasileira, a Conferência do Nordeste
(1961-1964). Dissertação (Mestrado em Ciência Política), Universidade Federal de Pernam-
buco, Recife, 1989.
DIAS, Zwinglio M. O movimento ecumênico: história e significado. Numen, Revista de Estudos
e Pesquisa da Religião, v. 1, n. 1, jul-dez, 1998, p. 127-163.
GRENHOLM, Carl-Henric. Christian social ethics in a revolutionary age, an analysis of the social
ethics of John C. Bennett, Heinz-Dietrich Wendland and Richard Shaull. Uppsala: Acta Uni-
versitatis Upsaliensis, 1973.
. Responsible society. In: LOSSKY, Nicholas et all. (Ed.). Dictionary of the Ecumenical
Movement. Geneva: WCC Publications, Grand Rapids: William B. Eermans Publishing Company,
1991, p. 866-867.
JOSAPHAT, Frei Carlos. Uma figura humana e evangélica. Religião e sociedade, Rio de janeiro,
23 (número especial), 2003, p. 60-61.
KERR, Hugh T. John A. Mackay: an appreciation. In: JURJI, Edward J. The ecumenical era in
church and society, a symposium in honor of John A. Mackay. New York: Macmillan, 1959.
LEHMANN, Paul. Ética cristã - ética marxista. Paz e terra, ano I, nº 1, 1966, p. 154-162.
LOCHMANN, J. M. Ecumenical theology of revolution. In: MARTY, Martin E.; PEERMAN,
Dean G. (eds.). New theology nº 6. London: The Macmillan Company, 1969.
MARCUSE, Herbert. One-dimensional man: studies in the ideology of advanced industrial society.
New York/London: Routledge, 2002.
SHAULL, Richard. La persecución de protestantes en Colombia. Revista Teológica do Seminário
Presbiteriano do Sul, n. II, Nova Fase, outubro, 1952, p. 71-78.
. O cristianismo e a revolução social. São Paulo: União Cristã de Estudantes do Brasil,
1953.
. Surpreendido pela graça, memórias de um teólogo, Estado Unidos, América Latina,
Estudos de Religião, v. 26, n. 43 • 55-75 • 2012 • ISSN Impresso: 0103-801X – Eletrônico: 2176-1078
Teologia e revolução: a radicalização teológico-política de Richard Shaull 75
Estudos de Religião, v. 26, n. 43 • 55-75 • 2012 • ISSN Impresso: 0103-801X – Eletrônico: 2176-1078