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1 Ano letivo 2018 - 2019


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plataforma situada no cimo do mastro.
2
cavalo veloz.
3
andar a trote miúdo.
2 Ano letivo 2018 - 2019
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3 Ano letivo 2018 - 2019


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4 Ano letivo 2018 - 2019
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5 Ano letivo 2018 - 2019
UNIDADE

3 FICHA DE AVALIAÇÃO FORMATIVA 1


Poetas contemporâneos

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Apresente as suas respostas de forma bem estruturada.

Leia o poema.
!
São como um cristal,
! as palavras.
Algumas, um punhal,
um incêndio.
! 5 Outras,

orvalho apenas.
!
Secretas vêm, cheias de memória.
Inseguras navegam:
! barcos ou beijos,
10 as águas estremecem.

!
Desamparadas, inocentes,
leves.
! Tecidas são de luz
e são a noite.
15 E mesmo pálidas
!
verdes paraísos lembram ainda.

! Quem as escuta? Quem


as recolhe, assim,
! cruéis, desfeitas,
nas suas conchas puras?

! EUGÉNIO DE ANDRADE, Coração do dia,


Lisboa, Assírio & Alvim, 2013.

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6 Ano letivo 2018 - 2019


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7 Ano letivo 2018 - 2019
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Adeus

Já gastámos as palavras pela rua, meu amor, no tempo em que os meus olhos eram peixes
e o que nos ficou verdes.
não chega para afastar o frio de quatro paredes. Hoje são apenas os meus olhos.
Gastámos tudo menos o silêncio. É pouco, mas é verdade, uns olhos como todos os
Gastámos os olhos com o sal das lágrimas, outros.
gastámos as mão à força de as apertarmos,
gastámos o relógio e as pedras das esquinas em Já gastámos as palavras.
esperas inúteis. Quando agora digo: meu amor…,
já se não passa absolutamente nada.
Meto as mãos nas algibeiras e não encontro nada. E no entanto, antes das palavras gastas,
Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro! tenho a certeza de que todas as coisas
Era como se todas as coisas fossem minhas: estremeciam só de murmurar o teu nome
quanto mais te dava mais tinha para te dar. no silêncio do meu coração.
Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes! Não temos já nada para dar.
e eu acreditava. Dentro de ti não há nada que me peça água.
Acreditava, porque ao teu lado todas as coisas O passado é inútil como um trapo.
eram possíveis. E já te disse: as palavras estão gastas.
Mas isso era no tempo dos segredos, Adeus.
no tempo em que o teu corpo era um aquário,

8 Ano letivo 2018 - 2019


Português

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Lê com atenção o poema de Ruy Belo.

Soneto superdesenvolvido
É tão suave ter bons sentimentos
consola tanto a alma de quem os tem
que as boas ações são inesquecíveis momentos
e é um prazer fazer bem

5 Por isso se no verão se chega a uma esplanada


sabe melhor dar esmola que beber a laranjada
Consola mais viver assim no meio de muitos pobres
que conviver com gente a quem não falta nada

E ao fim de tantos anos a dar do que é seu


10 independentemente da maneira como se alcançou
ainda por cima se tem lugar garantido no céu
gozo acrescido ao muito que se gozou

Teria este (se não tivesse outro sentido)


ser natural de um país subdesenvolvido

BELO, Ruy, 2004. Todos os Poemas I.


2.a ed. Lisboa: Assírio & Alvim (p. 265)

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Português

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Lê o texto.

Declaração de amor a uma romana do século segundo

_ Um dia passarão pelos meus versos
_ como eu agora passo por diante destas esculturas
_ que não merecem mais que um apressado olhar
_ Mas na tua presença eu tenho de parar
5 dama desconhecida com certeza viva mais aqui
_ que no segundo século em roma onde viveste
_ Moldaram-te esse rosto abriram-te esse olhar
_ decerto expressamente para que uns dezoito séculos mais tarde
_ te pudesse encontrar quem mais que tu morreu
10 mas te ama ó mulher perdidamente
_ Não mais te esquecerei hei de sonhar contigo
_ sei que te conquistei e libertei
_ de qualquer compromisso que tivesses
_ Ninguém sabe quem eras nem eu próprio
15 não tens sequer um nome uns apelidos
_ nada se sabe acerca do teu estado civil
_ Sei mais que tudo isso porque sei
_ que atravessaste séculos na forma de escultura
_ só para um dia nós nos encontrarmos
20 Tenho mulher e filhos sou de longe
_ a lei é rígida e severa a sociedade
_ Não te importes mulher deixa-te estar
_ não penses não te mexas podes estar certa
_ de que me deste mais do que tudo o demais que me pudesses dar
25 pois para ser diferente de quem era
_ bastou-me ver teu rosto e mais que ver olhar
______________

Ruy Belo, «Transporte no tempo» [1973], in Todos os poemas, Lisboa, Assírio & Alvim, 2014, p. 412

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Português

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Lê o texto.

Perspetiva




_ Olho a sebe de versos que plantei _ Nada quero mudar dessa harmonia
_ Ao longo do caminho dos meus dias: 10 De agruras e doçuras misturadas.
_ Tristezas e alegrias _ Pasmo é de ver a estranha maravilha.
_ Enlaçadas _ Poeta que partilha
5 Como irmãs vegetais. _ O coração magoado
_ Silvas e alecrim ... _ Por presentes e opostas emoções,
_ O pior e o melhor que havia em mim, 15 Contemplo, deslumbrado,
_ Num abraço de arbustos fraternais. _ O renque de vivências do passado,
_ Longo poema sem contradições.

Miguel Torga, Câmara ardente [1962], in Poesia completa – volume II, Lisboa, Publicações Dom Quixote, 2007, p. 210.

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11
Português

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Lê o texto.

Não é verdade

_ Cai, como antigamente, das estrelas
_ um frio que se espalha na cidade.
_ Não é noite nem dia, é o tempo ardente
_ da memória das coisas sem idade.

5 O que sonhei cabe nas tuas mãos


_ gastas a tecer melancolia:
_ um país crescendo em liberdade,
_ entre medas de trigo1 e de alegria.

_ Porém a morte passeia nos quartos,
10 ronda as esquinas, entra nos navios,
_ o seu olhar é verde, o seu vestido branco,
_ cheiram a cinza os seus dedos frios.

_ Entre um céu sem cor e montes de carvão


_ o ardor das estações cai apodrecido;

15 os mastros e as casas escorrem sombra,
_ só o sangue brilha endurecido.

_ Não é verdade tanta loja de perfumes,
_ não é verdade tanta rosa decepada,
_ tanta ponte de fumo, tanta roupa escura,
20 tanto relógio, tanta pomba assassinada.

_ Não quero para mim tanto veneno,


_ tanta madrugada varrida pelo gelo,

_ nem olhos pintados onde morre o dia,

_ nem beijos de lágrimas no meu cabelo.

25 Amanhece.
_ Um galo risca o silêncio
_ desenhando o teu rosto nos telhados.
_ Eu falo do jardim onde começa
_ um dia claro de amantes enlaçados..

Eugénio de Andrade, As palavras interditas [1951], in Poesia, Porto, Fundação Eugénio de Andrade, 2000, pp. 61 e 62.
______________

1 «medas de trigo» – molhos de trigo feitos imediatamente depois da colheita, nos campos



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