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UNICAMP ~ Universidade Estadual de Campinas FEEC ~ Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computagaio DECOM - Departamento de Comunicagées Redes Opticas WDM Sem Bloqueio Dissertacdo submetida & Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computagao da Universidade Estadual de Campinas como parte dos requisitos exigidos para a obtencao do titulo de Mestre em Engenharia Elétrica, Autor: César Albuquerque Lima Banca Examinadora: Prof. Dr. Helio Waldman (Orientador, FEEC-UNICAMP) Prof. Dr. Jodo Criséstomo Weyl Albuquerque Costa (CT-UFPA) Prof. Dr. Leonardo de Souza Mendes (FEEC-UNICAMP) Prof. Dr. Max Henrique Machado Costa (FEEC-UNICAMP) ‘Campinas, setembro de 2000. UNICAMP IBLIOTECA CENTRAI SBCA0 CIRCULANT- BIN CHU? | here ¥, ‘TOMBO BO). Proc. 4, omeaa ae Liez | CM-00153332-~9 BIBLIOTECA DA AREA DE ENGENHARIA - BAE - UNICAMP FICHA CATALOGRAFICA ELABORADA PELA L628r Lima, César Albuquerque Redes dpticas WDM sem bloqueio / César Albuquerque Lima Campinas, SP: {s.n.}, 2000. Orientador: Helio Waldman. Dissertagio (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computacio. 1. Sistemas de telecomunicagao, 2. Redes de telecomunicagdes — Alta velocidade. 3. Comunicagées éticas. I, Waldman, Helio. I. Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computscio. IL. Titulo. ii RESUMO As redes 6pticas WDM (Wavelength Division Multiplexing) com roteamento por comprimento de onda vém se fitmando ao longo dos iltimos anos como a solugo mais promissora para prover o aumento da capacidade frente & crescente demanda por largura de banda em infraestruturas de telecomunicagoes. Nesse contexto, 0 trabalho quantifica os recursos necessérios, notadamente em termos de niimero de comprimentos de onda, para 0 projeto das redes WDM que no permitem o bloqueio de nenhuma requisigio legal por caminhos épticos, isto é, aquelas que respeitam as restrigdes de carga maxima, As redes de varias topologias foram estudadas sob varias de demandas de tréfego. Entretanto, especial atengdo foi dispensada as redes com topologia em anel, uma vez que espera-se que as primeiras redes com roteamento por comprimento de onda surjam como evolugdo das redes SONET/SDH jé existentes. Adicionalmente, foram incluidos estudos sobre a viabilidade econémica das redes de caminhos épticos quando comparadas a redes de enlaces WDM ponto-a-ponto ou redes cujo trafego & centralizado em hubs, além de aspectos de protegao e restauragio na presenca de falhas em enlaces ou nds. Palavras-Chave: Redes Opticas, Multiplexagao por Divisi Comunicag6es Opticas. ABSTRACT In the past few years, wavelength routing optical networks have been considered to be the most promising solution to provide capacity improvements face the ever-growing demands for bandwidth in telecommunications infrastructures. In that sense, this work deals with the calculation of necessary resources to the design of wide-sense non-blocking WDM networks, especially when it comes to the number of wavelengths. Several network topologies were studied under a variety of traffic demands. Nevertheless, special attention was dedicated to ring networks, since the first wavelength routing networks are likely to be deployed as an evolution of the existing SONET/SDH networks. In addition, an analysis on the economical feasibility of lightpath networks when compared to WDM point to point links or hubbed networks has been included, along with issues on protection and restoration mechanisms agaisnt links or nodes failures. Networks, Wavelenght Division Multiplexing, Optical iii Este trabalho foi integralmente financiado pela CAPES ~ Coordenagao de Aperfeigoamento de Pessoal de Nivel Superior. iv AGRADECIMENTOS Ao meu orientador, Prof. Helio Waldman, pela produtiva e harmonica convivéncia; ‘Aos membros da banca examinadora, pelo cuidado e atengio dispensada na leitura e avaliaglo deste trabalho; Aos colegas Raul, Divanilson, Rony Mark, Ramiro, Marco Anténio ¢ Cléudio pelas importantes observagées e colaboracdes; A Faculdade de Engenharia Elétrica e Computagio da UNICAMP, na figura de seus professores ¢ funcionérios; A todos os amigos de cuja companhia pude desfrutar ao Iongo dos dltimos anos, dentro © fora do ambiente da UNICAMP, cujos nomes infelizmente no caberiam em espago tio infimo, mas que tornaram a estadia em Campinas a mais agradavel possfvel; Finalmente, a meus pais, ima e namorada, pela infindavel paciéncia que sempre dispensaram de forma to generosa. Sumario CAPITULO I - Introducio ... 1.1 —Consideragdes Gerais 1.2 ~ Escopo da Tese CAPITULO Il - Evolugao das Redes Opticas ...... 2.1 —Redes Opticas de Primeira Geracio 2.1.1 ~ Infraestrutura Publica de Telecomunicagées. 2.1.2 ~ Interconexdio de Computadores.... 2.1.3 ~ Redes Locais e Metropolitanas eu 2.2 ~ Redes Opticas de Segunda Geracio.. 2.2.1 — Aspectos da Topologia Fisica 2.2.2 — Protocolos de Controle de Acesso Ao Meio. 2.2.3 ~ Campos de Teste. 2.3 ~ Redes Opticas de Terceira Geragio .. CAPITULO III ~ Projeto dos Nés da Rede 3.1 - Consideragdes Gerais 3.2~Grau de Conversdo de Comprimento de Onda... 3.3-Redes de Multiplas Fibras... 3.4—Graus de Transparéncia dos Nés...... 3,5 — Realizagdes dos Nés: Crossconnects Optico x Crossconnect Eletrénico. on 01 02 05 05 0s 08 12 15 19 29 29 33 33 34 36 38 38 CAPITULO IV ~ Modelos de Trafego ¢ Classificagio das Redes com Roteamento por Comprimento de Onda 41 41 4.1 — Consideragoes Gerais. 4.2 — Modelos de Trafe go... 4,3 ~ Classificagao das Redes Opticas de Terceira Geragio .. 45 CAPITULO V - Redes Opticas Estaticas.. 47 5.1 — Descrigao Representagao das Redes Estaticas. 47 5.2 ~ Projeto da Rede e Consideragdes de Trafego. 48 5.3 ~ Sumario dos Resultados. 56 CAPITULO VI - Redes Opticas Reconfiguréveis: Atendimento & Demanda Offline... 57 6.1 ~ Caso Geral Saale 37 6.2 ~ Caminhos Opticos Direcionados e Nao-Direcionados... 58 6.3 ~ Condiges Para Alocago de Comprimento de Onda. 59 6.4 — Relagdes com a Colorizagio de Gratfos. 60 6.5 ~ Aplicagiio do Modelo de Carga Maxima no Problema de Alocago de Rota e Comprimento de Onda. 6 6.5.1 ~ Topologias Genéricas. 6 6.5.2 — Topologias Unifilares. 62 6.5.3 — Anis Sem Conversi0...rnsee 6 6.5.4 - Angis Com Conversao Esparsa ou Limitada.. 67 6.6 ~ Sumario dos Resultados... 68 CAPITULO VII - Redes Opticas Reconfiguraveis: 69 7.1 ~Consideragdes Gerais. 69 7.2 ~Demanda Online Por Caminhos Permanentes. 70 7.2.1 ~ Limitantes Superiores (Algoritmo das Prateleiras). 1 7.2.2 = Limitante Infeti0t....esesesseeees Peat 8 7.3 - Demanda Online Por Caminhos Voléteis. 79 7.3.1 —Limitantes Superiores.... 9 7.3.2 Limitante Inferior... 83 7.4 ~ Aplicagio do Algoritmo First-Fit em Anéis. 87 7.4.1 ~ Limitante Superior... 88 7.4.2 ~ Limitante Inferior. a1 75 ~ Sumério dos Resultados... 95 CAPITULO VIII - Relagdes de Custo da Camada Optica 97 8.1 — Explicagdio da Andlise.....-cccscssssssscessssnseeeen 7 8.2 ~ Anel Ponto-a-Ponto, 100 8.2.1 — Primeiro Caso: N é Par. 100 8.2.2 ~ Primeiro Caso: N € fmpar.... 102 8.3 — Anel Centralizado em Hub Unie 102 8.3.1 ~ Primeiro Caso: N é Par. 103 8.3.2 — Segundo Caso: N é {mpar... 103 8.4 ~ Anel Centralizado em Maltiplos Hubs .. 103 8.4.1 — Primeiro Caso: N € Par. 103 8.4.2 ~ Segundo Caso: N é {mpar. 105 8.5 - Anel de.Caminhos Opticos .. 107 8.5.1 —Primeiro Caso: N é Par, 108 8.5.2 — Segundo Caso: N é impar. 108, 8.6 —Comparacdo dos Custos 109 CAPITULO IX - Aspectos de Gerenciamento e Controle de Falhas. 9.1 —Consideracdes Gerais... 9.2 —Gerenciamento de Falhas. 9.3 — Esquemas de Proteco. 9.3.1 —Enlaces Ponto 9.3.2 — Protegio em Redes Optica... CAPITULO X - Conclusées..... 10.1 ~ Consideragdes Finais.... 10.2 — Criticas aos Modelos Come Sem Bloqucio.. 10.3 ~ Sugestdes Para Futuros Trabalhos. APENDICE - Campos de Teste de Redes Foténicas.. A.l ~ Consideragdes Gerais. A7~MONET, Referencias Bibliograficas .... UNICAMP 3IBLIOTECA CENTRA! - SECAO CIRCULANT= 112 113, 113, 115 133 133 135 135 137 137 137 138 138 139 139 140 141 ‘Redes Opticas WDM Sem Bloqueio Catto Capitulo I - Introducdo Este capitulo traz wma visto introdutéria das redes com roteamento por comprimento de onda e 0 seu papel na integragao de varios servigos de comunicagio proposta pela Rede Digital de Servicos Integrados de Faixa Larga (RDSI-FL). 1.1 - Consideracées Gerais Nas tiltimas duas décadas, tem-se observado 0 enorme salto na capacidade de transporte de dados das fibras Gpticas. Em meados dos anos 70, por exemplo, os enlaces tinham como capacidade 1 (Gb/s).km (tipicamente na configuragao de 50 Mb/s sobre até 20 km), e evoluiram para centenas de (Tb/s).km nesta década, No entanto, a velocidade na qual € possivel modular sinais eletronicamente em equipamentos comerciais no ultrapassa 0s 10 Gb/s. Essa grande diferenca entre as velocidades de transmissio dptica e processamento eletrénico € 0 que comumente se denomina gargalo eletrénico (electronic bottleneck). A Gnica tecnologia vidvel até 0 momento para superar esse descompasso € a multiplexagem por divisio em comprimento de onda (Wavelength Division Multiplexing - WDM), que consiste em modular eletronicamente varios comprimentos de onda por sinais distintos e propagé-los todos ao mesmo tempo na fibra éptica. A tecnologia foi empregada inicialmente para aumentar a capacidade de transmissio de enlaces ponto-a-pomto, com sistemas em capacidade crescente tanto em termos do mimero de comprimento de onda quanto da taxa de transmissio de cada um deles. Em relagdo ao niimero de comprimentos de onda, os primeiros sistemas carregavam de 4 a & comprimentos de onda, enquanto que atualmente jé operam comercialmente sistemas com mais de 40 comprimentos de onda em uma tnica fibra. A nivel de experimentos de laboratério, ja hé sistemas que ultrapassam uma centena de comprimentos de onda em desenvolvimento. No tocante a velocidade de processamento, cada canal éptico € modulado Redes Opticas WDM SemBloqueig Capitulo t em 2,5 ou 10 Gb/s, com possibilidade de evolugio para 40 Gb/s e 80 Gb/s em um futuro préximo, empregando-se certos artificios para estender os limites da eletrénica Ao mesmo tempo, o crescimento da demanda por largura de banda por parte dos usuarios é uma realidade. © crescimento explosive da Internet, plataforma sobre a qual rodam cada vez mais aplicagées multimidia, e 2 completa popularizagio de dispositivos wireless como telefones celulares e pagers exigem das operadoras uma enorme capacidade em seus backbones de transporte. Parece claro que as redes com roteamento por comprimento de onda representam a solugio mais viavel para onde a integragdo de dados, voz ¢ video em uma tinica rede deve convergir, implementando deste modo a idealizada Rede Digital de Servigos Integrados de Faixa Larga (RDSI-FL). Embora esse répido aumento na utilizagZo de novos meios de comunicagio seja evidente, a maioria dos usuarios ndo se dé conta que a maioria deste fuxo de informagio trafega na maior parte do seu caminho sob a forma de pulsos luminosos em uma vasta rede de fibras Spticas. Avangos na tecnologia de comunicagées 6pticas nos ltimos anos esultaram em sistemas que levam diferentes comprimentos de onda de luz. na mesma fibra, trazendo uma dimensto completamente nova @ estrutura e operagio das redes de telecomunicacao. 1.2 - Escopo da Tese Os estudos arquiteténicos acerca das redes fotdnicas podem ser a principio classificados em dois tipos: a) estudos em que se procura projetar uma topologia que minimize o nimero de comprimentos de onda necessério para dar suporte a um determinado padrio de demanda de tréfego, particularmente no caso onde nao ha bloqueio das requisig&es por caminhos 6pticos; b) dados a topologia fisica ¢ seu respectivo grau de reconfigurabilidade da rede, busca-se minimizar o nimero de comprimentos de onda através de um algoritmo de alocagio de rotas e comprimentos de onda que otimize © atendimento de requisigdes de caminhos ” — Slots de dados (M=4)

Slots de controle Figura 2.6 - Disposigo temporal dos slots de controle e de dados no protocol SA/SA. O protocolo opera da seguinte forma: toda vez que um n6 possuir um pacote de dados para ser enviado, ele transmite um pacote de controle no slot de controle e o pacote de dados no slot de dados imediatamente subseqiiente ao slot de controle. © pacote de controle € enviado no comprimento de onda (W+1), e os pacotes de dados em algum comprimento de onda de dados entre 1 e W. O pacote de controle leva a identidade do né de destino de seu pacote de dados correspondente, além de especificar 0 comprimento de onda no qual ele seré transmitido, Com 0 monitoramento continuo do canal de controle por todos os nds, o pacote de controle sera recebido pelo n6 a qual o correspondente pacote de dados € destinado, dado que nio tenha havido colisio no canal de controle. Ao receber 0 pacote de controle, esse né em particular altera o estado de sintonia de seu receptor para 0 comprimento de onda no qual o pacote de dados serd recebido no slot imediatamente seguinte. Caso no haja coliséo ou contengo no canal de dados, o pacote sera entdo recebido com sucesso. Dadas suas caracteristicas, esse protocolo é dito do tipo tell-and-go (avisa e manda), pois o pacote de dados transmitido tio logo esteja disponivel. Desta forma, 0 atraso de acesso, definido como © tempo transcorrido entre 0 instante no qual o pacote esté dispontvel no né eo instante no qual ele ¢ efetivamente transmitido, & desprezivel para esse protocolo. A minimizagao do atraso de acesso 6 interessante nio s6 devido as exigéncias das aplicagdes de dudio ¢ video, mas também porque um alto atraso iria requerer buffers de Redes Opticas WDM Sem Bloguei Capitulo I tamanho muito grande nos nés transmissores, uma vez que as velocidades de transmissio 6ptica sfio bastante elevadas. Para tomar 0 throughput do protocolo SA/SA tratével analiticamente, faz-se agora uma série de suposigdes, todas elas listadas a segui + Transmissies independentes: para quaisquer slots e nés, a probabilidade p de que um né tenha um pacote para transmissio ¢ independente de todos os outros slots ¢ nés. Claramente, essa suposig%io ndo se confirma em uma rede pritica, pois ha um certo grau de correlago entre retransmissdes de pacotes devido & colisdes. + Ndimero grande de nés N: 0 ndmero de nés N da rede deve ser muito maior que 0 niimero de comprimentos de onda W, e os pacotes de dados destinados a ou originérios de cada né individual sio despreziveis. Matematicamente, assumindo W fixo e N — », deve- se ter p > 0 de modo que N.p — G finito. G é 0 mimero esperado de pacotes de dados disponiveis para transmissio em cada slot, ou ainda o mimero esperado de pacotes de controle que serd transmitido em cada slot. G é uma variével aleat6ria poissoniana, & portanto KL Outra conseqliéncia desta suposigao € que qualquer receptor em particular esté livre Prob(G=k) para todo k 2 0. com probabilidade 1. Logo, esta andlise despreza as eventuais contengées. - Trifego uniforme: a iltima suposigao que ser feita é que cada pacote de dados tem igual probabilidade de ser wansmitido em qualquer um dos W canais de dados, independente de qualquer outro pacote de dados. Com base nestas suposigdes, 0 mimero esperado de pacotes transmitides com sucesso em qualquer slot de dados seré dado por ot O throughput por canal de dados é definido como o ndmero esperado de pacotes de dados levados por um canal de dados em um dado instante arbitrério que serio recebidos com sucesso. Para o protocolo SA/SA bisico, o throughput seré dado por 2B Redes Opticas WDM Sem Bloquei Ceptuulo Loe) Ww b) Slotted Aloha/Slotted Aloha Modificado No protocolo SA/SA bisico discutido no item anterior, caso haja colistio no canal de controle, 0 pacote de dados é transmitido mesmo assim, mas o receptor a qual o pacote € destinado nao toma ciéneia disso. Desta forma, ainda que no tenha havido colisto no canal de dados, a transmissio do pacote 6 desperdigada, Pode-se evitar essa. transmissio desnecesséria introduzindo-se uma modificago no protocolo SA/SA bisico fazendo-o esperar ¢ verificar se 0 pacote de controle foi recebido com sucesso para somente entio enviar 0 correspondent pacote de dados. Esta modificagao, denominada wair-and-see, resulta em uma ligeira elevacao do throughput, conforme sera visto a seguir, mas as custas de um maior atraso de acesso, pois renuncia-se & caracteristica rell-and-go. ‘Throughput dos Protocolos SA/SA 0.16 O14 SA/SA Modificado 0.12 Throughput & 02 04 O06 O08 1 42 14 16 18 2 6 Figura 2.6 — Comparaco entre 0 throughput dos protocolos Slotted Aloha/Slotted Aloha basico e modificado, para M=10 e W=16. Redes Opticas WDM Sem Bloguei Capitulo I Levando-se em considerago as mesmas suposigées listadas para a andlise do throughput do protocolo SA/SA basico com 0 do protocolo SA/SA modificado, conforme mostrado na Figura 2.6. Para M=10 e W=16, pode-se perceber que esse ditimo é maior para todos os valores de G considerados. Como mostrado na Figura 2.6, os valores maximos do throughput para os protocolos SA/SA bisico e modificado sto 0,11 e 0,15, respectivamente. Ambos os valores sfo relativamente baixos. © proximo item discute um protocolo capaz de prover um throughput significativamente maior ainda retendo a caracteristica tell-and-go. c) DT-WDMA (Dynamic Time Wavelength Division Multiple Access) Trata-se de um protocolo MAC projetado especificamente para redes épticas com miltiplos comprimentos de onda que assume o niimero de nés N como sendo igual a0 nimero de comprimentos de onda W disponiveis para transmissio de dados. Ha também um (W+1)-¢simo comprimento de onda para a transmissio de informagGes de controle. As exigéncias de hardware para cada né so de um transmissor fixo em um dado comprimento de onda (diferente para cada n6) e um receptor sintonizavel, além é claro de um transmissor e um receptor fixos no comprimento de onda de controle. O tempo ¢ dividido em slots tanto nos canais de dados quanto no canal de controle; © tamanho de cada slot de dados é N (ou W) vezes o do slot de controle. Entretanto, diferentemente dos protocolos SA/SA, os slots de dados ndo se superpdem no tempo, conforme mostrado na Figura 2.7. Cada slot de dados esta associado aos N slots de controle que o precedem, e cada um desses slots de controle est4 associado a um né da rede, que deve transmitir pacotes de controle apenas nos slots para si designados. Canais de Dados evs eee e deca aeaueestece lease <—_Nsslots__, Canal de Controle Figura 2.7 — Disposicio temporal dos slots de controle ¢ de dados no protocolo DT-WDMA Redes Opticas WDM SemBloquio Capital 0 protocolo opera da seguinte forma: cada vez que um né tem um pacote disponivel para transmissdo, ele transmite um pacote de controle no slot de controle para si determinado contendo a informagio de né destinatério do pacote de dados, que é transmitido no slot imediatamente subsequente. Como cada né monitora continuamente 0 canal de controle, 0 n6 destinatério sintoniza imediatamente seu receptor, aps ter recebido © pacote de controle, no comprimento de onda no qual o pacote de dados seré transmitido. O slot de controle no qual o pacote de controle foi transmitido implicitamente especifica em qual comprimento de onda o receptor de dados deve ser sintonizado. Como cada n6 transmite seus pacotes de dados em um comprimento de onda especifico, os pacotes de dados nunca colidem, e como os pacotes de controle séo transmitidos em slots reservados para cada n6, esses pacotes também nunca colidem. No entanto, a possibilidade de contengio, que é 0 envio simultineo de mais de um pacote de dados destinados ao mesmo receptor, no esté descartada. Visto que todos os nés monitoram 0 canal de controle e tém conhecimento do algoritmo de resolugo de contengoes (aquele que decide qual transmissio selecionar ¢ qual descartar), 0 né que foi preterido na contengio toma conhecimento desse fato imediatamente, e pode retransmitir ‘seus pacotes apés algum tempo. Para a andlise do throughput deste protocolo, deve-se fazer as mesmas suposighes de independéncia nas transmissies ¢ de tréfego uniforme listadas para os protocolos SAVSA. O throughput do protocolo é dado por: ( aa) ‘Seer. Como mostra a Figura 2.8, 0 throughput maximo é alcangado quando todos 0s nés possuem um pacote para transmissio em todos os slots, ou seja, todos os nés esto saturados. Dessa forma, 0 valor de p corresponde & unidade e 0 throughput & dado por 1-e7' =0,632 para uma rede com um niimero relativamente grande de nés. Pode-se perceber que trata-se de um valor bem mais alto do que aqueles alcangados pelos protocolos SA/SA. 26 7 Throughput do Protocolo DT-WDMA o6 Throughput e 2 @ oS £ & © S ai 02 03 O4 OS 08 oO7 08 o9 1 Probabilidade, p Figura 2.8 ~ Throughput do protocolo DT-WDMA. 4) Protocolos de Agendamento (Scheduling Protocols) ‘Como j4 discutido anteriormente, é possivel aumentar 0 throughput proporcionado por um protocolo MAC ao mesmo tempo em que se renuncia & caracteristica rell-and-go ¢ consequentemente ao atraso de acesso desprezivel do protocolo. Existem uma série de protocolos baseados no DT-WDMA que fazem justamente isso. A iidéia bisica por was destes protocolos é a de que cada né deve aguardar um determinado nimero de slots apés ter enviado o pacote de controle, ao invés de enviar 0 pacote de dados imediatamente. Com o conhecimento de todos os pacotes de controle recebidos em um dado intervalo de tempo, os nés podem trabalhar em conjunto utilizando ‘um determinado algoritmo que agende as transmissGes destinadas a um mesmo receptor, de modo que nao haja contencio nos receptores. Se 0 tempo aguardado pelos nbs antes de executar o algoritmo de agendamento for relativamente grande, além é claro deste algoritmo ser totalmente eficiente, pode-se chegar virtualmente a um throughput equivalente & unidade 21 ‘Redes Opticas WDM Sem Bloqueio Capitulo I De um modo geral, levando em consideragio as suposigdes de tréfego uniforme, é possivel demonstrar que todos os pacotes so transmitidos com sucesso desde que p < 1. Assim, 0 throughput deste protocolo, isto é, o nimero esperado de pacotes transmitidos ‘com sucesso em um slot de dados arbitrério, é dado simplesmente por p. Nos protocolos descritos anteriormente, as informagées de controle so enviadas a todos os nés, o que resulta em um esforgo computacional desnecessério, visto que todos os n6s deve processar todos 0s pacotes de controle. Em redes com um niimero grande de és, essa questo pode se transformar em um gargalo que limita o crescimento da rede. Outra questo refere-se ao fato de que o trafego pode ser classificado em classes distintas: © Trdfego de Classe 1: orientado & conexio ¢ com garantias de largura de banda, como transmissGes de audio e video; © Trdfego de Classe 2: orientado & conexo mas sem garantias de largura de banda, como transferéneias de arquivos; © Trdfego de Classe 3: tréfego nao-orientado & conexio, como 0 correio eletrénico, por exemplo. Todos 0s protocolos MAC considerados anterionmente foram projetados para suportar apenas 0 tréfego de classe 3, comumente referido como trifego de datagrama. O Protocolo DT-WDMA pode ainda suportar uma conexio comutada por circuito para cada 16, mas no miltiplas conexées. Sob 0 ponto de vista do modelo de arquitetura de camadas OSI da ISO, os protocolos MAC atuam essencialmente na camada de enlace de dados, onde nao hé nogao de conexio, que deve ser introduzido na camada de transporte. Como nas topologias broadcast consideradas até 0 momento nao hd fungdes de roteamento, a camada de rede esta ausente. Logo, no contexto das redes épticas de alta velocidade, as atribuigSes da camada de transporte seriam simplificadas de sobremaneira se © protocolo MAC desse suporte a tréfegos orientados & conexaio. Existem protocolos complexos propostos na literatura que so escaliveis do ponto de vista computacional e dio suporte as trés classes de tréfego, fazendo uso de N canais de controle € N canais de dados para uma rede com N nés. Se os canais de controle e de dados 28 Redes Opticas WDM Sem Bloqueio Jo forem implementados em comprimentos de onda separados, 0 protocolo requer 2N comprimentos de onda, o que no o toma escalivel do ponto de vista deste gargalo. 2.2.3 - Campos de Teste ‘Varios campos de teste de redes broadcast-and-select foram desenvolvidos pelos laboratérios de pesquisa. Entretanto, devido ao atual estagio da tecnologia, todos eles trabalham com comutagao de circuitos no comutacao de pacotes. A Tabela 2.3 sumariza as_principais caracteristicas dos campos de teste de redes Spticas de segunda geragio em coperago na atualidade. Campo de teste Topologia Numero Projetado Expagamento dos Taxa por Canal de 2s Canais WOM wom Tambdanet (Bellcore) Estrela 18 2am 13 Gb NIT Estrela 100 10 GHz 622 Ms Rainbow-1 (BM) Estrela 32 In 300 Mis Rainbow-(BM) Estrela 32 1nm 1.Gbis Stamet-I Estrela 80 10 GHz 1,252.5 Gos BBC Esrelas 16 4om 2. Gbis interconectadas Tabela 2.3 — Campos de teste das redes dpticas de segunda geragao. 2.3—- Redes Opticas de Terceira Geragao ‘Nesta seco, serdo introduzidos os principais conceitos e caracteristicas relacionadas as redes fotdnicas de terceira gerac&o, ou seja, aquelas que apresentam fungdes de roteamento baseadas no comprimento de onda em que a informago se encontra, tratando dos aspectos que fazem delas vantajosas em relago as redes das geragdes anteriores. Em geral, a topologia de uma rede com roteamento por comprimento de onda consiste de nés do tipo wavelength crossconnect (WXC) interconectados por enlaces de fibras. A rede deve prover caminhos épticos para atender as requisigGes entre pares de nds, cada qual utilizando um comprimento de onda diferente em um determinado enlace. Os caminhos épticos podem ser interpretados como vias de grande largura de banda por onde trafegam dados a altas velocidades. Os caminhos dpticos sio formados alocando-se um 29 Redes Blogus wulo comprimento de onda em cada enlace no caminho entre dois nés, ¢ claramente nao se pode ter dois caminhos 6pticos utilizando o mesmo comprimento de onda em um dado enlace. Cada enlace suporta um determinado mimero de comprimentos de onda trafegando na fibra Gptica. O niimero total de comprimentos de onda suportados por cada enlace depende majoritariamente de restrigies tecnolégicas dos componentes, tais como largura de banda de amplificadores épticos ou caracteristicas de filtros Spticos, e cresce & medida que a tecnologia se desenvolve. Atualmente, pode-se falar em algumas dezenas de comprimentos de onda trafegando na mesma fibra, A principal caracteristica dessa categoria de rede foténica 0 tratamento adicional do sinal a nivel 6ptico, constituindo uma “camada éptica” ou “camada fot6nica”. Conforme sera visto nos préximos capitulos, investimentos realizados no tratamento do sinal a nivel 6ptico nessa camada reduz substancialmente o custo em equipamentos nas camadas superiores, tais como SONET/SDH ou ATM. Desse modo, pode-se trabalhar com 0 conceito de tepologia virtual: cada caminho 6ptico provido pela camada fotdnica € visto pelas camadas superiores como um enlace totalmente independente, ¢ que pode carregar dados em formatos distintos dos outros caminhos épticos. A Figura 2.9 mostra a representaglio de uma rede fotdnica genérica, onde os diferentes tipos de reta interligando os nds representam comprimentos de onda diferentes. Exemplificando, o tréfego originado no nd A e destinado ao n6 B passa pelo né C sem a necessidade de reversio do dominio éptico para o elétrico, economizando-se desta forma equipamentos de camadas superiores para o roteamento deste tréfego. Figura 2.9 - Representacao de uma rede 6ptica de terceira geragio. 30 Redes Opticas WDM Sem Bloquei Capitulo Em adigio A propriedade de roteamento provido pela camada fot6nica, as redes com roteamento por comprimento de onda apresentam as seguintes caracterfsticas: - TRANSPARENCIA: Refere-se & capacidade dos caminhos 6pticos de transportar dados em uma variedade de taxas, protocolos e formatos, suportando deste modo varias camadas superiores operando ao mesmo tempo, conforme colocado no capitulo anterior. Alguns caminhos épticos podem carregar o tréfego SONET/SDH enquanto outros podem carregar células ATM diretamente ou ainda canais de video multiplexados por subportadoras. - REUSO DE COMPRIMENTO DE ONDA: Apesar de limitados em nimero, 03 comprimentos de onda podem ser reutilizados espacialmente na rede, desde que no haja colisio, ou seja, dois caminhos Spticos distintos utilizando 0 mesmo comprimento de onda em um mesmo enlace, Essa reutilizagdo aumenta enormemente a capacidade da rede, uma vez. que 0 ntimero de caminhos épticos que a rede pode prover passa a ser muito maior que © niimero de comprimentos de onda disponiveis, contribuindo desta forma para tornar as redes deste tipo escalavéis. - CONFIABILIDADE: Em caso de falhas em um ou mais enlaces, os caminhos 6pticos podem ser re-roteados automaticamente por rotas altemativas, impedindo que a comunicagio cesse, tornando a rede bem mais confidvel. Além disso, a maioria dos componentes utilizados, tais como os multiplexadores e demultiplexadores, so passivos, oferecendo um maior grau de confiabilidade, j4 que no hé a preocupacao de alimenté-los remotamente. - CHAVEAMENTO (“Circuit Switching”): Existe a flexibilidade necesséria para ativar ou desativar caminhos dpticos fornecidos pela camada foténica de acordo com as necessidades impostas pela demanda. Trata-se de uma filosofia andloga ao estabelecimento ou terminagao de circuitos em uma rede por comutagao de circuitos, exceto pelo fato que a freqiiéncia de estabelecimento ou terminagio tende a ser muito menor no caso da rede foténica do que no caso da rede telefonica, por exemplo, dada a enorme diferenga de largura de banda alocada. Nao hé comutago de pacotes na camada Sptica, sendo essa uma atribuigfo das camadas superiores, tais como a ATM. ‘Uma questo interessante de ser discutida é a variedade de trafegos provenientes das camadas clientes que a rede foténica pode suportar. O tréfego pode vir tanto da rede 31 Redes Opticas WD) Bl sincrona de transporte (padrio SONET/SDH), que jé conta com seus préptios mecanismos de protec, ou diretamente da rede ATM, que precisa de garantias de qualidade de servigo para algumas de suas classes de tréfego. A rede pode ainda atender a transmissio de canais de video multiplexados por subportadoras ou ainda tréfego IP, conforme pode ser visualizado na Figura 2.10. Logo, para uma mesma rede, diferentes caminhos épticos podem ter diferentes requisitos de protegio e de qualidade de servigo, com possiveis implicagdes tanto sobre a topologia fisica quanto para a topologia de caminhos fisicos. ATM I SONET / o SDH | AT | IP [ vioeo He eeeeee cee ee eet Camada Foténica Figura 2.10 - Clientes eventuais da camada foténica. desenvolvimento da camada fotdnica de transporte depende da disponibilidade € do desempenho de novos elementos de rede tais como filtros Gpticos, acopladores, amplificadores épticos, roteadores e conversores de comprimento de onda. A evolugao destas tecnologias sera de fundamental importancia para moldar as solugSes arquiteténicas a serem adotadas pelas futuras redes. cas feulo I Capitulo III - Projeto dos Nos da Rede Neste capitulo serao apresentados as descrigdes funcionais e as caracteristicas dos elementos basicos em redes dpticas WDM: os nds de comutagdo e roteamento. Além disso, serd feita uma andlise qualitativa entre as vantagens e desvantagens de se implementar na rede nds baseados em crossconnects totalmente épticos, em contrapartida a crossconnects eletronicos. 3.1 - Consideragées Gerais Os elementos chaves nas redes Spticas WDM de terceira geragio so os nds wavelength crossconnect (WXC), pois eles executam todas as fungées de roteamento de caminhos 6pticos, bem como estabelecimento e terminagdo destes. ‘A Figura 3.1 mostra 0 diagrama de blocos funcionais de um crossconnect. Os nés da rede possuem uma estrutura basica composta de portos de tronco, que os conectam a outros és. Assume-se que esses portos sejam bidirecionais, cada qual ligado a um par de fibras 6pticas unidirecionais, No caso de haver apenas dois portos de tronco, 0 né € denominado WADM (Wavelength Add and Drop Multiplexer), ou simplesmente ADM. O nés possuem também portos locais, que podem ser épticos ou elétricos, e que funcionam como fonte ou sorvedouro de tréfego, visto que os caminhos 6pticos sao originados ou terminados nesses. portos. Finalmente, hé também os elementos gerenciadores da rede, responsiveis pelo controle ¢ gerenciamento do estado das chaves ¢ conversores de comprimentos de onda presentes no né. Os componentes bisicos para a construgdo de nés deste tipo sao os multiplexadores € demultiplexadores passivos de comprimento de onda, chaves e/ou conversores de comprimento de onda. Estes dltimos consistem em dispositivos capazes de receber um sinal em um comprimento de onda e entregar na saida o mesmo sinal em um comprimento de onda diferente. 3 ‘Redes Opticas WDM Sem Bloqueio itwlo HI WDM Crossconnect Portos de tronco Portos de tronco Portos locais (tributarios) Figura 3.1 - Diagrama de blocos de um WXC. 3.2 - Grau de Converséo de Comprimento de Onda. A introdugio da capacidade de converstio de comprimentos de onda desempenha um papel de suma importancia na maximizacao da utilizago destes na rede, reduzindo desta forma o nimero necessério para o atendimento de uma certa demanda, ou ainda, para o caso de redes que permitam o bloqueio das requisigdes por caminhos 6pticos, na minimizago da probabilidade de bloqueio. Se a rede no dispuser de capacidade de conversio de comprimento de onda nos 1nés, um caminho éptico deve ter o mesmo comprimento de onda alocado entre todos os enlaces desde 0 n6 origem até o né destino. J4 com capacidade de conversdo, esse caminho 6ptico pode possuir varios comprimentos de onda designados entre 0 né de origem e 0 destino, Essa caracteristica pode ser bastante interessante no caso em que se deseja estabelecer caminhos épticos entre dominios administrados por operadores diferentes que no coordenam sua alocagao de comprimentos de onda ou ainda interconectar equipamentos de diferentes fabricantes que utilizam grades comprimentos de onda incompativeis, A Figura 3.2 mostra quatro diferentes tipos de converstio de comprimento de onda que podem ser implementadas em um né do tipo WADM. Para efeito de simplificagdio, a conversio € mostrada em apenas um sentido. Os conversores utilizados nestas implementagées so do tipo entrada-fixa, saida-fixa, que como o proprio nome jé deixa claro tomam o sinal em um dado comprimento de onda fixo e 0 convertem em um comprimento de onda também fixo na saida. Pode-se construir nés com a mesma funcionalidade empregando-se para tanto um niimero menor conversores de comprimentos de onda do tipo entrada-varidvel, saida-fixa. Redes Opticas oqueio hy 7 A de 7 ta ds 7 ds REECE etc @ eee da ds des da. a da 1 7 de mn de is NS ee RRS — ) (d) Chave 1 Conversor Fixo de Comprimento de Onda Figura 3.2 - Diferentes tipos de conversio de comprimento de onda implementadas em um WADM: (a) auséncia de conversiio; (b) conversiio fixa; (c) conversio limitada e (d) conversao plena. Os portos locais nao so mostrados. ‘A capacidade de conversio de um né pode ser aferida por um fator d, que pode variar entre 1 e W, onde um comprimento de onda da entrada pode ser convertido em d comprimentos de onda de saida do n6. Esse fator d € denominado grau de conversaio de comprimento de onda do né. Se d=l, temos capacidade FIXA de conversio de comprimento de onda. Um caso especial de d=1 refere-se & situago onde néo ha capacidade alguma de conversio. Se d=W, temos capacidade COMPLETA de conversio. Pode-se notar que dé uma métrica um tanto quanto pobre para caracterizar a capacidade de conversio de um n6, uma vez que no traz informagao sobre 0 padrao de converséo (por exemplo, d=2 significaria dizer que um sinal que chega transportado por comprimento de onda na entrada 35 Redes Opticas WDM Sem BI lol pode deixar 0 n6 transportado por dois comprimentos de onda diferentes, mas que comprimentos seriam esses”). Em termos de implementacio, a capacidade completa de converso é muito dificil de ser realizada de modo completamente Sptico (caso das AON’s - All Optical Networks), enguanto a capacidade limitada de conversio pode ser implementada mais facilmente. Felizmente, capacidades bem limitadas de conversio podem levar a utilizago muito maior dos enlaces para determinadas topologias, conforme ser explorado nos préximos capitulos. Existe também uma grande correlagdo entre a quantidade de chaveamento necessério em um né e 0 grau de conversio de comprimento de onda, uma vez que um certo grau de ‘conversio € aleangado com a utilizagdo de uma combinagio de chaves e conversores de ‘comprimentos de onda, Portanto, como é de se esperar, um grau menor de conversio implica em um né mais simples em termos de quantidade de chaves e conversores empregados. Vale destacar também que a capacidade limitada de conversao, apesar de diminuir consideravelmente a complexidade do hardware dos nés, aumenta em muito a complexidade do software de geréncia e controle da rede quando comparada a capacidade completa de conversiio, visto que esse software deve lidar com restrigdes adicionais ao executar 0 roteamento dos caminhos épticos. 3.3 - Redes de Multiplas Fibras Em muitos casos, as redes possuem miltiplos pares de fibra entre nés para prover capacidades mais altas. A presenga de miiltiplos pares de fibra equivale & presenca de um ‘nico par mas com alguma capacidade de limitada de conversao de comprimento de onda nos nés. Dada essa equivaléncia, as redes com miltiplas fibras praticamente no serio tratadas neste texto. ‘A Figura 3.3 ilustra bem essa propriedade. Na situacZo (a), tem-se dois pares de fibras entre nés e nenhuma capacidade de conversio de comprimento de onda. Cada par de fibra carrega W comprimentos de onda, e em cada né os sinais de um par de fibras podem ser comutadas para o outro par. Na situago (b), tem-se apenas um par de fibras entre nés 36 icas Capitulo I carregando 2W comprimentos de onda e nés com capacidade limitada de conversao (com d=2). Redes que empregam esses dois tipos de nds sfio equivalentes em termos de suas capacidades de suportar téfego. Entretanto, nés do tipo mostrado na Figura 3.3 (b) tendem a ser mais caros por empregarem conversores de comprimento de onda em sua estrutura interna, Fibra 1 Fibra 1 Fibra 1 fh ts da > > de de > As de + he ds > ds Vv Vo ™ Fibra 2 ) _ Conversor fixo de comprimento de onda Chave Figura 3.3 - Equivaléncia entre redes com miiltiplos pares de fibras e redes com um tinico ppar de fibras mas com capacidade limitada de conversio de comprimento de onda. Pode-se generalizar essa situago para o caso de P pares de fibras entre pares de nés, conforme pode ser visto na Tabela 3.1. ‘Niimero de Pares Grau de Conversdo de Comp. — Nitmero de Comprimentos de de Fibras Opticas de Onda (d) Onda 1 Pad PW P a w “Tabela 3.1 - Comparagio entre redes com maltiplos pares de fibra e redes com um tinico par de fibras entre nés. 0 nicas WDM Sem Bloqueio Mm 3.4 - Graus de Transparéncia dos Nés grau de transparéncia de um né é um fator que pode variar bastante. Por um lado, uma implementago completamente éptica oferece um alto grau de transparéncia, ou seja, insensibilidade a dados anal6gicos ou digitais, taxas de transmissfio, formato da modulagio, etc. J4 uma implementagio consistindo de crossconnects eletrénicos, por exemplo, nao oferecem quase nenhuma transparéncia. © grau de transparéncia oferecido por uma implementago eletrénica depende do tipo de regenerago do sinal empregado no n6. Se a regeneragio for digital, nao ha como transportar dados anal6gicos Basicamente, existem trés técnicas para regeneragio de dados digitais: = 3R: Regeneragao com retemporizacao e reformatagao dos pulsos. Apresenta baixo ‘grau de transparéncia, - 2R: Regeneracdo com reformatagao dos pulsos mas sem retemporizaco. ~ IR: Regenerago sem reformatagio dos pulsos e sem retemporizacao. Este modo apresenta 0 mais alto grau de transparéncia. 3.6 - Realizagdes dos Nés: Crossconnect Optico Vs. Crossconnect Eletrénico. ‘A Tabela 3.2 apresenta uma comparagio qualitativa entre 0 desempenho de crossconnects 6pticos ¢ eletr6nicos sob varios aspectos, cabendo ao projetista julgar qual deles € mais adequado para sua aplicagio, Algumas consideragdes devem ser levadas em conta ao se optar por equipar a rede com crossconnects 6pticos ou eletrOnicos: - © WXC 6ptico pode ser completamente transparente & taxa de transmissao, formato de modulagio ¢ protocolo utilizado pelo sinal, 0 que € bastante dificil de se adquirir como WXC eletronico. - Em contrapartida, com a utilizago de WXC’s eletrénicos, € muito mais ficil realizar a converstio de comprimentos de onda quando necessario, pois eles empregam lasers locais para retornar o sinal ao dominio éptico, 38 WDM Sem Blogueio oT WXC Optico WXC Eletrénico ‘Transparéncia Sim Dificil Conversio de Comprimento de Onda Dificit Intrinseca Taxas de Transmissfio > 10 Gbis $10 Gb/s Tamanho Fisico do WXC Pequeno Grande Projeto da Camada Fisica Dificil Facil Monitoramento Limitado Extenso Componentes Necessdrios ‘Mux / Demux Sim Sim Chaves Opticas Sim Nao Chaves Elétricas Nao sim ‘Transmissores e Receptores Nao Sim Conversores de Comprimento de Onda Talvez Nao Tabela 3.2 - Comparacio entre nés empregando crossconnects Opticos versus nds empregando crossconnects eletronicos. = © chaveamento eletrénico ¢ mais barato que o éptico, mas limita a taxa de transmissio de dados a valores usualmente abaixo de 2,5 Gb/s em cada uma dos portos do equipamento de transmissio, podendo chegar a um maximo de 10 Gb/s. ~ Os WXC's épticos tornam o projeto do sistema de transmissio muito mais dificil, pois o sinal permanece no dominio Sptico da origem até o destino, passando por varios nés intermediérios, onde deve ser roteado corretamente. = Por fim, a confiabilidade do chaveamento éptico ainda esté para ser comprovada, jé gue trata-se de uma tecnologia que mal saiu das pranchetas e ainda nfo houve tempo hébil para testar o seu funcionamento e as possiveis falhas que possam ocorrer. Como visto neste capitulo, 08 nés wavelength crossconnect sio indispensdveis para prover as fungdes de roteamento por comprimento de onda requeridas pelas redes épticas de terceira geracdo, e uma perfeita compreensio de seu funcionamento se faz necesséria para 0 projeto e operagio das redes. No préximo capitulo, serio abordados aspectos sobre 0s modelos de trafego comumente empregados para o estudo desse tipo de rede. 39 Redes Opticas WDM Sem Bloqueio tule TV Capitulo IV — Modelos de Trafego e Classificagao das Redes com Roteamento por Comprimento de Onda Neste cap(tulo serdo apresentados alguns modelos de trafego comumente utilizados no estudo de uma rede com roteamento por comprimento de onda. Adicionalmente, é feita uma classificagdo das redes dpticas de terceira geragito de acordo com a funcionalidade de seus nds. 4.1 — Consideragées Gerais Para 0 correto projeto da rede, um dos primeiros passos a serem vencidos ¢ 0 entendimento da natureza do tréfego que deve ser suportado pela rede. Do ponto de vista da camada 6ptica, hé demanda de caminhos épticos entre pares de nés. Esses caminhos Gpticos podem ser aproveitados pelas camadas superiores como troncos operando tipicamente a velocidades compatfveis com 0 nivel OC-48/STM-16 (no caso de uma rede SONET/SDH) ou como enlaces entre comutadores ATM (no caso de uma rede ATM). Hi varios modelos para tentar descrever as demandas de tréfego em redes épticas. Esses modelos sto bastante diferentes entre si, cada qual refletindo um modo de operagéo distinto da rede. Cada um tem suas vantagens ¢ desvantagens, mas infelizmente nenhum deles € completamente realistico, Espera-se que os caminhos épticos sejam estabelecidos mantidos ocupados por um intervalo de tempo relativamente grande (semanas ou meses). A. terminagéo de um caminho éptico pode ser efetuada para reconfiguragao da rede em caso de falhas ou mudangas significativas nos padres de trafego. As requisig6es de caminhos 6pticos podem ser classificadas em duas categorias (casos), de acordo com sua natureza temporal: = Caso ONLINE: As requisigSes de caminhos épticos surgem uma por vez, ¢ cada um deve ser atendido no ato, sem esperar que futuras requisigbes tornem-se conhecidas. Os caminhos existentes nao podem ser re-roteados para acomodar uma nova requisicio, possivelmente devido as exigéncias rigorosas de qualidade de servigo do tréfego transportado. 41 Redes Opticas WDM Sem Bloqueio - ane —_—Capitulo IV - Caso OFFLINE: Tem-se de antemo todas as requisigdes de caminhos épticos a serem roteadas. Equivale 20 modelo online com liberdade para re-rotear os caminhos pticos quando surgirem novas requisigdes. Fica claro que o projeto de redes que atenderdo requisigGes online de comprimentos de onda é bem mais complicado que as redes atendendo requisigdes offline, além de, como serd visto a seguir, exigiré bem mais recursos da rede. Quanto natureza temporal da demanda, ela também pode ser classificada em demanda por caminhos épticos permanentes - que no sero removidos apés terem sido ativados ~ ou no permanentes (voléiteis) — que sero liberados algum tempo depois de estabelecidos. Outra questio importante reside no fato de ser ou no permitido o bloqueio de requisig6es por caminhos épticos (modelo com ou sem bloqueio). Para 0 caso do modelo com bloqueio, que no € objeto deste texto, o objetivo no projeto da rede é manter a probabilidade de bloqueio dentro de um limite aceitavel. A probabilidade de bloqueio definida como a razio entre o nimero de requisigdes bloqueadas € 0 nimero total de requisigdes em um intervalo de tempo relativamente longo. Usualmente, assume-se algumas propriedades para as requisigdes de caminhos pticos que podem surgir. Dependendo das propriedades assumidas, 0 modelo pode refletir um modo de operagio online ou offline, com ou sem bloqueio. Na segio a seguir, serio apresentados os modelos de trafego comumente empregados no estudo de redes épticas, 4.2 - Modelos de Trafego Descreve-se a seguir quatro modelos de tréfego que encontram aplicago nas redes 6pticas com roteamento por comprimento de onda. Cabe destacar que nenhum deles é totalmente eficaz, devendo-se escolher dentre eles aquele que melhor se adequa 2 filosofia de atendimento 20 tréfego, ou seja, se 0 atendimento sera feito de forma online ou offline, € se € permitido ou no o bloqueio de requisigdes, a ‘Redes Opticas WDM Sem Bloqueio Capitulo 1V A) Matriz de Trafego Fixa. Neste caso, © conjunto de caminhos épticos a serem estabelecidos so dados em uma matriz quadrada de ordem N, T = (t(ig)), onde tG,j) denota 0 mimero de caminhos Spticos a serem estabelecidos entre os n6s ie j Como exemplo, tem-se que em uma rede de trés nés X, Y e Z, deve-se estabelecer dois caminhos épticos entre os nés X ¢ Z ¢ trés caminhos dpticos entre os nés Y Z. A ‘matriz de tréfego serd dada por: T(X,Y,Z) nos woo oun ‘A totalidade da demanda de trafego neste caso é conhecida de anteméo, cabendo ao projetista minimizar 0 niimero de comprimentos de onda ou outros parémetros relacionados a equipamentos da camada dptica. Trata-se de um modelo offline e sem bloqueio. B) Trdfego de Permutacées. Nesta modalidade de trafego, é permitido a cada par de nds possuir no méximo um caminho 6ptico entre eles, ¢ a cada n6 é permitido ser fonte ou sorvedouro de no maximo um caminho 6ptico. Portanto, quando todos os nés obedecem o limite méximo (um caminho éptico), 0 conjunto dos destinos dos caminhos dpticos € uma permutago do conjunto de suas origens. Hi N! matrizes de trafego diferentes possiveis, onde N é 0 niimero de nés. Nao se trata de um modelo realistico, mas é uti] para se derivar alguns limitantes para alguns pardmetros fundamentais, tais como o nimero de comprimentos de onda, chaves e conversores de comprimento de onda necessérios na rede, conforme serd explorado nos préximos capitulos. © modelo aplica-se tanto aos casos offline quanto online, com ou sem bloqueio. C) Carga Méxima. tréfego € caracterizado por um parametro chamado “carga”, definido como 0 émero méximo de caminhos épticos presentes a0 mesmo tempo em qualquer enlace da rede. A carga maxima suportada corresponde ao nimero de comprimentos de onda dispontveis em um enlace. Trata-se de um parametro inerente & fibra éptica, visto que 8 ticas WDM weio. lolv relacionado com o maximo nfvel de poténeia éptica produzido pelos virios comprimentos de onda correspondentes aos canais WDM que a fibra pode suportar sem que as distorgdes niio-lineares excedam limites tolerdveis. A carga também é uma medida da utilizago dos enlaces, pois se a carga suportada € pequena quando comparada ao nimero de comprimentos de onda, a rede nao esta sendo usada eficientemente. Trata-se de um modelo sem bloqueio que pode ser aplicado tanto ao caso online quanto offline. Ao projetista, cabe maximizar a carga suportada por um dado miimero de comprimentos de onda ou alternativamente minimizar 0 nimero destes para suportar uma dada carga. D) Modelo Estattstico. Neste modelo, tem-se algum conhecimento sobre as estatisticas de estabelecimento € liberago de caminhos épticos. Por exemplo, pode-se assumir que as requisigGes por caminhos 6pticos entre pares de n6s constituem-se em um processo poissoniano, com uma taxa de chegadas conhecida e com tempo médio de retengdo de caminhos épticos também conhecido. Esse modelo tem sido usado por quase um século no projeto de redes telefénicas. Entretanto, sua validade para redes 6pticas ainda é limitada, pois ainda € cedo para se prever as estatisticas de chegadas tempos de retengio de caminhos épticos. Trata- se tipicamente de um modelo online e com bloqueio. © modelo com bloqueio € bastante apropriado para o dimensionamento da rede telefénica, pois permite uma substancial redugdo de custos na infraestrutura da rede esobrigando o operador de suportar todas as requisigdes possiveis de chamadas ao mesmo tempo. Se a rede fosse projetada de modo a ndo permitir 0 bloqueio de chamadas, gastaria- se muito em uma infraestrutura que ficaria sub-utilizada a maior parte do tempo, pois 0 tréfego sera sempre menor que o pior caso para o qual a rede foi projetada. Para 0 caso das redes fot6nicas, a adequacdo deste modelo ainda € uma questio em imenso debate. J4 que cada caminho Sptico carrega dados a altas velocidades (tipicamente 2,5 ou 10 Gb/s), € muito provavelmente seré estabelecido permanentemente, € muito provavel que o operador da rede prefira adicionar mais recursos na rede para suportar uma nova requisigo ao invés de bloqueé-la, Um projeto utilizando modelo sem bloqueio, por outro lado, pode significar dispender muitos recursos para atender situagdes de tréfego bastante improvaveis. Redes Opticas WDM Sem Bloqueio Capitulo 1 Ao invés de projetar a rede visando atingir uma dada probabilidade de bloqueio, pode-se projeté-la tendo como objetivo maximizar o tempo até que a primeira requisigao seja bloqueada, ou seja, maximizar o tempo até que o operador seja obrigado a adicionar mais recursos & rede. Entretanto, nao se trata de uma tarefa facil sob a grande maioria dos modelos de tréfego empregados na atualidade. 4.3 — Classificagaéo das Redes Opticas de Terceira Geragao De acordo com a funcionalidade dos nés, pode-se classificar as redes com roteamento por comprimento de onda em duas categorias distintas: - REDES ESTATICAS: Neste tipo de rede, nio hé chaveamento no interior dos nés crossconnects, levando & possibilidade de rotear apenas padroes de trifego fixos. Os nés podem utilizar conversores de comprimento de onda fixos. - REDES RECONFIGURAVEIS: Utilizam chaves (6pticas ou eletrénicas) c/ou conversores de comprimentos de onda dindmicos no interior dos nés crossconnects, Jevando & possibilidade de rearranjo do padrio de tréfego a ser roteado. ‘A principal diferenca entre esses dois tipos de rede ¢ 0 fato de que o conjunto de caminhos épticos que pode ser estabelecido entre usudrios € fixo em uma rede estatica, mas pode ser alterado em uma rede reconfiguravel, mudando-se o estado das chaves e dos conversores nos nés. © projeto de uma rede estética € apropriado se é dado um conjunto fixo de requisigdes de caminhos épticos que deverdo ser suportados. Entretanto, na grande maioria das redes, 0 conjunto de requisig6es de caminhos épticos no é conhecido de antemo ou varia com o tempo. As redes estaticas, apesar de mais baratas e mais confidveis (por utilizarem somente componentes passivos), precisam de um grande mimero de comprimentos de onda para suportar padres de tréfego com variabilidade limitada, Pode-se reduzir substancialmente 0 mimero de comprimentos de onda necessérios ao se incorporar chaves em uma rede. UNICAMP 3IBLIOTECA CENTRAL “8 SECAO CIRC! Redes Opticas WDM Sem Blogusia _capiaioV Capitulo V — Redes Opticas Estdticas Este capitulo deriva limitantes superiores ¢ inferiores para o miimero de comprimentos de onda em redes dpticas estdticas, ou seja, aquelas que ndo dispdem de quaisquer chaves ou conversores dindmicos de comprimentos de onda em seus nds. 5.1 — Descrigao e Representagao das Redes Estaticas. ‘A topologia da rede estitica 2 ser projetada consiste de més crossconnects interconectados por enlaces de fibra. Nas segSes a seguir serd determinado o mimero de comprimentos de onda necessdrios para estabelecer tréfego de permutagio (ou um subconjunto deste) entre os usuarios da rede. Os resultados apresentados foram extraidos das referéncias [RS98] ¢ [Bar93]. Nas redes estéticas, a nica escolha disponivel aos usuéri € selecionar 0 comprimento de onda de transmissio e de recepgo. A rede de N n6s de usuério € caracterizada por uma matriz. de conectividade N x N, C=(C,)*",, onde Cy representa 0 conjunto de comprimentos de onda que podem ser utilizados pelo usuério i para transmitir a0 usuario j. Como exemplo, imagina-se uma rede estética simples consistindo de um Gnico crossconnect, Pode-se representar essa rede hipotética pela sua matriz. de conectividade ou por um grafo contendo a representagio dos transmissores e receptores da rede, @ que s0 ligados por um segmento de reta se ha um comprimento de onda possivel entre eles. Para uma rede desta natureza, ha situagdes de operagio que levam a colisdo entre dois sinais, devendo essas situagdes serem evitadas a todo custo. Referindo-se 4 rede representada na Figura 5.1, no € possfvel ter-se, por exemplo, 0 transmissor 1 enviando informagdes ao receptor | utilizando o comprimento de onda A a0 mesmo tempo em que 0 transmissor 3 envia dados ao receptor 3 também utilizando Az, pois o sinal do transmissor 3 47 Redes Opticas WDM. uci. =n Capitulo V também chega ao receptor 1, e colide com o sinal do transmissor 1. O Lema 5.1 enunciado a seguir € a gencralizacio desta restrigio. Trois Receptors {L2} {2} (3) {3 {2,3} {2} {13} (2) @ Figura 5.1 — Representag3o de uma rede estatica por (a) sua matriz de conectividade e (b) um grafo contendo os transmissores e receptores. Lema 5.1 - Dois caminhos épticos (i, ji) € Gs, j2), com in diferente de iz e ji diferente de js, podem ser usados concorrentemente para transmitir no mesmo comprimento de onda h € Cy, ACya,2 8¢ € somente se A € Cy» UC, Prova: Se dois caminhos épticos (i, j:) ¢ (io, ja) utilizarem concorrentemente 0 comprimento de onda A, © € Cy, 2 (2 € Ca, 1), entdo as transmissies de ambos os usuérios iy ¢ ip colidem no usuario jp (j)). Se € Cn,p€% Co,y1 . apenas a transmissio de is (respectivamente, ig) é recebida em ji (respectivamente, j:), e ambos os caminhos 6pticos (is, j:) © (én ja) podem ser estabelecidos concorrentemente. 5.2 — Projeto da Rede e Consideracdées de Trafego Considerando agora o problema do projeto de redes estéticas que suportem tréfego de permutagio online, enuncia-se 0 seguinte teorema: 48 ticas WI yueio v ‘Teorema 5.1 - Sabendo que em uma rede estatica 0 roteamento é determinado pela escolha do comprimento de onda, no minimo (n!)¥ > [NZ deles sto necessérios para roteamento de permutagao em uma rede com N usuérios. Prova: Define-se estado de sintonia de uma rede estatica como uma designacao de um comprimento de onda para cada um dos transmissores € receptores. Assim, uma rede estética com N usuarios e W comprimentos de onda possui W"" estados de sintonia. Como cada estado de sintonia suporta no méximo uma permutagio, ¢ hé N! permutagdes, para qualquer rede estatica que suporte roteamento de permutagao, devemos ter W*% 2 NI, ou we (Ny Existe uma famosa relagdo matemética denominada formula de Stirling, cuja prova pode ser encontrada na referéncia [MilS6]. A forma geral da férmula de Stirling & dada por: ag axe [: NI © valor de @ est entre Oe 1, de modo que a formula de Stirling pode ser escrita Ne ann(¥) (3. e} le Para o caso em questdo, apenas o segundo termo da desigualdade se faz. necessério. Assim, Nia (YZ), Para 0 complemento da prova, basta elevar os dois termos da inequaco acima 20 expoente (1/2N): como uma desigualdade: Esse mesmo resultado pode também ser estendido para tréfego de permutacio offline. Vale notat que na derivagio deste limitante foi assumido que para cada estado de sintonia 0 tansmissor e 0 receptor podem estar utilizando comprimentos de onda diferentes, 0 que implicaria na presenga de conversio fixa na rede. Entretanto, a melhoria rt ies Opticas WDM Sem Bloqueio 7 ftulo V do limitante para o caso em que no haja qualquer capacidade de conversdo de comprimento de onda na rede é desprezivel, Apesar de encorajador, por mostrar que por exemplo para uma rede com 1000 usuarios seriam necessérios apenas [ i009 = 20 comprimentos de onda para esse caso, trata-se apenas de um limitante, ¢ no é sabido se existem redes estéticas to boas quanto estas. Os resultados para as melhores redes estéticas conhecidas capazes de executar 0 roteamento por comprimento de onda esto sumarizados nos teoremas a seguir. Teorema 5.2 -Se W2N.log,(V/2.N) ¢ W// x 6 um inteiro, existe uma rede estética com N usuérios na qual W comprimentos de onda sio suficientes para o roteamento offline de cada permutagio. Pode-se verificar que utilizando-se esse teorema chega-se a uma rede de 1024 usudrios para a qual 256 comprimentos de onda sio suficientes para realizar 0 roteamento offline de permutagées, Se a demanda € por roteamento online sem bloqueio, 0 melhor resultado conhecido € dado pelo Teorema 5.3. Teorema 5.3 - Se b> No © K232log:N si imteiros , existe uma rede estética com N usudrios para a qual W=b.K comprimentos de onda sio suficientes para executar roteamento online de permutagio sem bloqueio. Esses resultados sio provados utilizando-se argumentos probabilisticos, mostrando no entanto apenas a existéncia de tais redes, nfo fornecendo nenhuma construcéo explicita. A Figura 5.2 mostra uma comparaco gréfica entre os resultados dados pelos dois teoremas anteriores ¢ pelo Teorema 5.4, que demonstra a melhor construco explicita conhecida para valores préticos de N, construgo essa baseada no roteamento indiferente definido a seguir. Roteamento Indiferente (Oblivious Routing): Trata-se do roteamento no qual a designagéo do comprimento de onda para um caminho 6ptico é feito sem qualquer 50 Redes Opticas WDM Sem Blogueio Capitulo V conhecimento dos comprimentos de onda utilizados pelos outros caminhos Opticos na rede. Para cada caminho éptico (i, j) em uma permutacao, a condigéo do Lema 5.1 (auséncia de colisio) seria satisfeita para cada comprimento de onda em Cy. Logo, durante a operagdo da rede, nflo € necessério verificar se essa condigdo é satisfeita antes de alocar um comprimento de onda para uma requisicgao de caminho éptico. Também segue que desde ‘que apenas uma conexdio pode ser estabelecida a partir de e para um usudrio em um dado instante, pode-se projetar a rede de modo que |C,|=1 para todo (i, j). Isso significaria que toda conexio do usuario i ao usuario j serd sempre estabelecida em um comprimento de onda fixo. 0 400 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 Nd mero de Comprimentos de Onda Suficientes 100 200 300 400 500 600 700 600 900 1000 Numero de Nés na Rede Figura 5.2 - Comparacio entre o nimero de comprimentos de onda suficientes dados pelos diversos teoreras deste capitulo. (a) Roteamento offline, Teorema 5.2. (b) Roteamento online, Teorema 5.3. (c) Roteamento indiferente, Teorema 5.4. SL Redes Opticas WDM Sem Bloqueio 7 Capitulo V ‘Teorema 5.4 — Uma rede estitica com N usuarios pode ser construfda de tal forma que (3) comprimentos de onda sio suficientes para roteamento indiferente de permutagdes. Prova: Pode-se provar o teorema simplesmente mostrando construgées para o qual ele € vélido, tanto para N par quanto N impar. Para N=10, sio necessérios sete comprimentos de onda, rotulados de 0 a 6. No caso de N=11, oito comprimentos de onda se fazem necessérios, e so designados de 0 a 7. Destaca-se que ambas as construgdes satisfazem as condigdes do Lema 5.1. Adicionalmente, & possivel provar que um limitante 7 7 sane 7 N inferior para uma rede estética com roteamento indiferente é de (3 } sem entretanto fornecer uma construgao explicita. 0000643215 tetrestobecsiatstr| 2261043522 3621045333 6321054444 Para N=10,temos CO)=| 4 3 0 1 5 9000 6° 4325111160 4352222610 4533336210 5444463210 7777777777 5) 00006432157 11160432517 22610435227 36210453337 ParaN=ll,temos C(ll)=|6 32105 444 4 7], 43215000067 43251111607 43522226107 45333362107 54444632107 Redes v Define-se trdfego t como um conjunto de conexdes que devem ser roteadas concorrentemente. © conjunto dos téfegos ¢ representado por T. Nos modelos considerados anteriormente, T € 0 conjunto de todas as conexdes da forma {(O,do),(1,d,),--.(N-1,dy.1)}, onde (do, di,...,dy.1) € uma permutagao de (0, 1,..., N-1). Lema 5.2~ Uma rede estitica que suporta um conjunto T de tréfegos deve usar no minimo W > [1/2 comprimentos de onda se T for um subconjunto do conjunto de trafegos de permatagio. Prova: Para um tréfego de permutagio com N usuérios ¢ W comprimentos de onda, tem-se W’" estados de sintonizagao. Como cada estado de sintonizacio suporta no maximo uma permutagio ¢ 0 ntimero de permutagées contidas em T é {I| (lé-se dimensionalidade de T), deve-se ter: weet] —- weir Destaca-se que para o tréfego de permutagio, {I = N!. Existe uma forma particular de organizar os N nés de uma rede estética em K grupos disjuntos de K usuérios cada um. Assim sendo, N = K*. Considera-se 0 conjunto de tréfegos consistindo de todos os twafegos onde exatamente um transmissor (respectivamente receptor) em cada grupo esté conectado a somente um receptor (respectivamente transmissor) no mesmo ou em outro grupo. Esse padrio de trafego é muitas vezes referenciado como trdfego de Santa Barbara (Bar93}. Sua matriz de tréfego caracteriza-se por ser dividida em N submatrizes K x K nas quais apenas um elemento pode estar presente em cada uma delas, conforme exemplificado pela matriz, Tsp para 3 x ‘Teorema 5.5 ~ Em uma rede estética com N = K? usuéiios, 0 padrdo de tréfego de Santa Barbara pode ser suportado caso a rede disponha de pelo menos W> Wi comprimentos de onda. Prova: Em primeiro lugar deve-se estabelecer que 0 conjunto de tréfegos T especificado ¢ um subconjunto do conjunto de trafegos de permutago, Deste modo & possivel aplicar o Lema 5.2, restando apenas determinar a dimensionalidade |T| do tréfego descrito, Considera-se inicialmente o primeiro grupo de K transmissores e os receptores nos K grupos conectados a eles. Em cada grupos, ha K maneiras diferentes de se escolher um receptor para os K diferentes transmissores. Existem também K combinagées entre os gmupos de transmissores e receptores, resultando em um ntimero total de K*.K! maneiras nas quais 0s transmissores no primeiro grupo e os receptores nos K grupos que com eles se associam podem ser escolhidos. Considera-se agora 0 segundo grupo de transmissores e os receptores nos K grupos conectados a eles. Em cada grupo, os receptores podem ser escolhidos de K-1 maneiras, uma vez que os receptores que jé esto sintonizados com os transmissores do primeiro grupo devem ser exclufdos. A combinagdo entre transmissores e receptores pode ser 54 Redes Opticas WDM Sem Blogueio Capitulo V novamente feita de K! maneiras. Deste modo, (K-1)*.K! € o nimero de maneiras diferentes que 0s transmissores do segundo grupo podem ser associados a receptores nos K grupos. Pode-se generalizar esse raciocinio para os transmissores do i-ésimo grupo, que podem ser associados aos receptores de (K ~ i+ 1)*. K! maneiras diferentes. Seguindo essa idéia, encontra-se condigées para calcular a dimensionalidade do trafego de Santa Barbara: M={K* KK -9 KCK - 2)*.KI}. fi} = cK. E possivel entdo aplicar o Lema 5.2 para encontrar 0 nimero de comprimentos de onda necessérios: weirs = Ky Aplicando-se a Férmula de Stirling: Esse resultado entretanto consiste em um limitante inferior, que nao necessariamente reflete uma cosntrucdo prética. A melhor rede estiética conhecida capaz de suportar 0 tréfego de Santa Barbara emprega K =/N comprimentos de onda e pode ser descrita pela matriz de conectividade composta de submatrizes conforme a exemplificada abaixo: De posse de todos esses resultados, pode-se concluir que as melhores redes estaticas conhecidas niio sio adequadamente escaléveis para valores razodveis de N, ou seja, elas necessitam de uma quantidade de comprimentos de onda que corresponda a uma grande fragdo de N. Necessita-se portanto da utilizagio de chaves ou conversores dinimicos de ‘comprimento de onda para viabilizer a escalabilidade da rede. 55 ‘Redes Opticas WDM Sem Bloqueio Capitulo V 5.3 - Sumario dos Resultados Apresenta-se a seguir a Tabela 5.1, onde esto compreendidos todos os resultados relacionados neste capitulo. Vale notar que os limitantes superiores para os tréfegos offline € online de permutacio introduzidos nos Teoremas 5.2 e 5.3 foram reescritos de modo a serem apresentados sob a forma de uma tinica equacdo. Os capitulos seguintes trartio uma extensa andlise do niémero de comprimentos de onda necessérios para atendimento de requisigdes de caminhos épticos em redes reconfiguraveis sem bloqueio, com particular énfase aquelas com topologia em anel. Trdfegos Limitante Inferior Limitante Superior P N N E Roteamento Indiferente rahe a? R M U on ine z 2N/2I0g,(V2N)] ¢ ° Online [ E | '32log, N] s log, N Tréfego de “Santa Barbara” (wee VN e ‘Tabela 5.1 - Sumario dos resultados apresentados neste capitulo, 56 WDM Sem Blogueio oo Capitulo VI Capitulo VI— Redes Opticas Reconfigurdveis: Atendimento a Demanda Offline Este capitulo € dedicado ao estudo das redes reconfiguréveis frente & demanda offline por caminhos dpticos. Serdo derivados resultados para varias topologias, chegando & importante conclusdo que principalmente em anéis a adigéo de convertibilidade de comprimentos de onda nao é crucial para a economia de comprimentos de onda, 6.1 —- Caso Geral As redes de caminhos épticos podem ser projetadas para atender a uma demanda jé prevista de antemio. Assim sendo, o projetista j4 conhece a priori todas as requisig&es por caminhos épticos que a rede ird softer, 0 que iré contribuir para a otimizago dos recursos a serem alocados. Nesta segio sera derivado um limitante para o nimero de chaves (ou estados de chaveamento), ou equivalentemente, o mimero de comprimentos de onda necessirios para tais redes, conforme ser4 visto no Teorema 6.1 [RS98] ‘Teorema 6.1 ~ Uma rede reconfigurével com roteamento por comprimento de onda. & N usuarios que suporta roteamento (rearranjavel e sem bloqueio) offline de um conjunto T que € um subconjunto do conjunto de tréfegos de permutagtio e possui S estados de chaveamento e W comprimentos de onda deve satisfazer: sw 2{T. Equivalentemente: Prova: Um estado de chaveamento 6 qualquer configurago das chaves ¢ conversores de comprimento de onda utilizados a rede. Por exemplo, se a rede utiliza k chaves 2x2 (que possui dois estados possfveis, como visto na Figura 6.1) e nenhum conversor de comprimento de onda, |S = 2. Em qualquer estado de chaveamento, a rede UNICAMP 7 BIBLIOTECA CENTRA oc ‘Redes Opticas WDM Sem Blogueio Capitulo VI reconfigurdvel se comporta como uma rede estitica. J4 que a rede suporta {1 tréfegos utilizando todos os $ estados de chaveamento, ela deve suportar pelo menos 4 trafegos em pelo menos um estado se chaveamento. Aplicando-se o Lema 5.2 a rede estitica correspondente a qualquer um desses estados de chaveamento, obtém-se 0 teorema. ¢—4 é: ri @: +— 2 2 2 2 Figura 6.1 ~ Dois estados possiveis para a relagio entre as entradas (E) e safdas (S) em uma chave 2x2, Dado um niimero de comprimentos de onda, 0 Teorema 6.1 fornece um limitante inferior para 0 niimero de estados de chaveamento e vice-versa. Como no caso das redes estiticas, varias tentativas tém sido feitas para se chegar cada vez mais préximo desses limitantes com construgGes reais. 6.2 - Caminhos Opticos Direcionados e Nao-Direcionados. Dada uma topologia de rede e um conjunto de requisigées de caminhos Spticos fim a fim, deve-se determinar rotas e comprimentos de onda para as requisigdes utilizando para tanto o mtimero minimo de comprimentos de onda. ‘Considera-se aqui o problema apenas para o caso de redes e caminhos 6pticos “nio- direcionados”. Isso equivale a assumir que todos os nés da rede sio interconectados por pares de fibra unidirecionais em direcdes opostas entre nés, e que todos 0s caminhos ptioos estabelecidos sao bidirecionais, com a mesma rota ¢ comprimento de onda alocados para ambas as direg6es do caminho éptico. ‘Trabalhar com caminhos dpticos n&o-direcionados simplifica a operagdo da rede principalmente a nivel de geréncia e controle. Entretanto, € possivel economizar comprimentos de onda considerando-se outras combinagées de redes e caminhos 6pticos (direcionados ou no). Na Figura 6.2, em (a) trabalha-se com caminhos épticos nao- 38 Redes Opticas WDM Sem Bloqueio see Capitulo VI direcionados; em (b), temos caminhos épticos direcionados (como hé duas fibras em cada enlace, pode-se utilizar duas vezes © mesmo comprimento de onda no segmento de reta que representa este enlace). A primeira situagao utiliza 50% a mais de comprimentos de onda que a segunda. Pode-se demonstrat que essa é a economia maxima que se pode alcangar com 0 uso de caminhos épticos direcionados. Entretanto, a maioria do tréfego tratado por camadas superiores & éptica de natureza full duplex, como por exemplo o triéfego SONET/SDH. Portanto, néo hé grandes prejuizos ao se trabalhar com caminhos épticos nio-direcionados, pois os operadores das redes irdo preferir alocar a mesma rota e comprimento de onda para os caminhos 6pticos por simplicidade operacional. Figura 6.2 - Situages que demonstram a economia de comprimentos de onda ao se trabalhar com caminhos épticos direcionados. 6.3 - Condi¢ées Para Alocagaéo de Comprimentos de Onda Em alguns casos, como 0 roteamento por menor caminho em anéis que serd visto na € estabelecida, restando o problema da alocagio de comprimento de onda (WA ~ wavelength assignment), que deve obedecer as seguintes Seco 6.5.3, a rota a se perfazer restrigdes: 1. Dois caminhos épticos nio devem possuir 0 mesmo comprimento de onda alocado em um dado enlace. 2. Se no houver conversao de comprimento de onda dispontvel, 0 caminho éptico deve ter mesmo comprimento de onda alocado em todos os enlaces desde a origem até 0 destino.

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