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Da Teoria À Prática Clínica Junguiana
Da Teoria À Prática Clínica Junguiana
Sumário
INTRODUÇÃO ................................................................................................... 3
PERSONA ........................................................................................................ 11
COMPLEXOS................................................................................................... 12
ANIMA E ANIMUS............................................................................................ 13
ANIMA .............................................................................................................. 14
ANIMUS ........................................................................................................... 14
SELF ................................................................................................................ 16
O PROCESSO DE INDIVIDUAÇÃO ................................................................ 16
TÉCNICAS JUNQUIANAS DE TERAPIA ......................................................... 30
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NOSSA HISTÓRIA
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INTRODUÇÃO
Assim, para Jung o inconsciente é representado por padrões aos quais são
representados por arquétipos, que influenciam nas emoções, nos pensamentos,
nos comportamentos e nas opiniões sutilmente, que às vezes não são
percebidas.
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4) verdade espiritual.
Nestes termos, de acordo com Jung, a mulher, quando age de acordo com
o animus interior, consegue exteriorizar essas características descritas acima.
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Observa-se que a única diferença entre as duas visões é que Jung não
via os sonhos como desejos proibidos dos sujeitos, mas, sim, como uma forma
de deixar transparecer a verdade interior. Entretanto, seria necessário
decodificar os símbolos através dos quais se manifestam para entendê-los por
completo. E essa necessidade torna a compreensão dos sonhos mais difícil, já
que os símbolos estão abertos à interpretação.
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PARA LEMBRAR
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PRINCIPAIS FUNDAMENTOS
O psiquismo humano, a Psique, é formada por pelo consciente,
inconsciente pessoal e inconsciente coletivo.
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ESTRUTURA DA PSIQUE
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Complexos
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Anima e Animus
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Anima
Arquétipo associado à personificação da natureza feminina no
inconsciente masculino. Manifesta-se no comportamento masculino através de
expressões emocionais e projeta-se em figuras femininas: mãe, irmã, namorada,
esposa, amante, mulher desejada, mulheres admiradas (nos sentidos eróticos,
heroicos, intelectuais e espirituais).
Animus
Arquétipo associado à personificação da natureza masculina no
inconsciente feminino. Manifesta-se no comportamento feminino através de
expressões judicativas e reflexivas e projeta-se em figuras masculinas: pai,
irmão, namorado, esposo, amante, homem desejado, homens admirados (nos
sentidos eróticos, heroicos, intelectuais e espirituais).
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SELF
O PROCESSO DE INDIVIDUAÇÃO
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busca estão expressos nas manifestações artísticas dos homens primitivos e seu
registro percorre toda a história da civilização.
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A Função transcendente para ser efetiva não pode ter apenas caráter
cognitivo (assimilação racional do Processo de Individuação), mas, sobretudo,
emocional (assimilação afetiva desse processo). Uma pessoa que conhece os
fundamentos teóricos da Psicologia Analítica não necessariamente vivencia seu
Processo de Individuação, ao passo que um leigo pode muito bem vivenciá-lo a
partir de suas experiências afetivas e sem, contudo, ter conhecimento algum
dessa teoria.
Nesse processo, que não é linear, a psique gira em torno do seu centro
organizador, o self (si mesmo). É quando ocorre um ordenamento em torno do
novo centro do self, a personalidade se completa, tendo o self como centro total
e o ego como centro da consciência. Este processo de interação entre Cs e ICs
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Samuels, Shorter e Plaut (1988) citam que a psique luta para se manter
em equilíbrio, assim a função transcendente se faz notar quando nosso
inconsciente está atuando, realizando a síntese dos opostos. Isso pode ocorrer
através do aparecimento de sintomas desagradáveis, através de sonhos ou
através de atividades que permitam um contato mais íntimo da consciência com
o inconsciente de forma a facilitar a função transcendente, como ocorre no caso
das técnicas expressivas. O importante é saber que dentro da própria psique
está a outra parte necessária para o restabelecimento do nosso equilíbrio. O
conteúdo do inconsciente e sua dinâmica de interação com o ego é a fonte mais
importante para o trabalho no processo terapêutico. Esse conteúdo, entretanto,
nem sempre está acessível ao paciente ou ao terapeuta de uma forma livre e
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O que pinta são fantasia ativas – aquilo que está mobilizando dentro
de si. E o que está mobilizado é ele mesmo, mas já não mais no sentido
equivocado anterior, quando considerava que o seu “eu” pessoal e o
seu “self” eram uma e a mesma coisa. Agora há um sentido novo, que
antes lhe era desconhecido: seu eu aparece como objeto, como objeto
daquilo que está atuando dentro dele. Numa série interminável de
quadros, o paciente esforça-se por representar, exaustivamente, o que
sente mobilizado dentro de si, para descobrir, finalmente que é o eterno
desconhecido, o eternamente outro, o fundo mais fundo da nossa alma
(JUNG, 2008, p.46-47, & 106)
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Clínica é uma palavra oriunda do grego kline que significa leito ou também
instrução médica dada ao lado do leito do doente, podendo ainda significar
inclinar-se sobre, ou exercício, prática da medicina. Canguilhem (1995, p. 16)
amplia o conceito da atividade clínica para outras áreas do conhecimento
afirmando que a clínica “[...] é uma técnica ou uma arte situada na confluência
de várias ciências, mais do que uma ciência propriamente dita”.
Pensa-se que esse modo de fazer clínica está permeado pela demanda
do homem moderno que, diante do desamparo provocado pela quebra dos ideais
tradicionais até então assegurados pelas gerações anteriores, lança-se na
crença do ser sem origens, do “faça-se por si mesmo”, sustentado na avaliação
de que essa autonomia seria possível. Assim, as demandas na clínica
psicanalítica circulam entre o pedido de felicidade e o de anestesiamento: “Acabe
com o sofrimento que me acomete!”.
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No final do século XIX, a partir da clínica com a histeria, Freud contribui de forma
significativa para essas mudanças, principalmente no que se refere à clínica do
psiquismo, na qual ressalta a importância da escuta do discurso do sujeito. Ele
vai produzir um corte epistemológico com a nosografia, caracterizada pela
descrição de sintomas, modo de operar tão hegemônico em sua época.
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o sofrimento que acomete o sujeito lhe diz respeito, inaugurando, assim, a ética
psicanalítica que regula o fazer da clínica: a ética da inclusão do sujeito em seu
sofri- 19 mento. E poderíamos acrescentar: na clínica psicanalítica ninguém fica
de fora do que ali surge – nem o paciente, nem o analista.
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irá ser desenrolada, ou não, no trabalho das entrevistas, que poderemos dizer
preliminares a uma análise, só a posteriori, e nem por isso menos importante.
Nesse processo está o trabalho de implicar o sujeito naquilo que ele fala,
mas não se escuta. A lógica é permitir que o sujeito se torne autor de sua
narração. Pensamos que isso seja transformar uma queixa em demanda;
entretanto, ainda assim, não é garantia de que aí se deu uma análise, na medida
em que a transferência ainda não se instalou.
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momento de abertura do inconsciente, mas isso não será uma análise”. E, diante
disso, qual a posição do analista?
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Jung criou a Imaginação Ativa, uma técnica não verbal que visa à
emergência espontânea de imagens interiores impregnadas de emoções
importantes na história do desenvolvimento do indivíduo. Trata-se de um sonhar
acordado, que se instala após uma fase de relaxamento. A pessoa concentra-se
num evento específico ou num estado de espírito manifestados numa imagem
inicial que se transforma num enredo com uma estrutura dramática semelhante
aos sonhos. Os conteúdos da imaginação são objetivados de diversas maneiras
– no desenho, na dança, na escrita de prosa ou verso – podendo ser examinados
à luz dos conhecimentos simbólicos da psicologia analítica. O último passo
dessa técnica é o que Jung chamou de consequência ética e designa a
transposição para a vida real de uma parte da vivência imaginativa.
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O Jogo na Areia, introduzido por Dora Kalff utiliza uma bandeja cheia de
areia que se constitui num espaço livre e protegido, possibilitando às pessoas,
ao criar situações, o contato com o inconsciente e a expressão de experiências
pré-verbais e energias bloqueadas. Este cenário serve para a construção de
imagens, através do uso de uma grande variedade de miniaturas que
representam uma amostra do mundo real e da fantasia.
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MATERIAL DE APOIO
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REFERÊNCIAS
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