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Interdisciplinary Scientific Journal.

ISSN: 2358-8411
Nº 3, volume 5, article nº 07, July/September 2018
D.O.I: http://dx.doi.org/10.17115/2358-8411/v5n3a7
Accepted: 10/05/2018 Published: 28/09/2018

ANALYSIS OF THE PHYSICO-CHEMICAL PARAMETERS AND THE


ANTIOXIDANT ACTION OF Morinda citrifolia L.

ANÁLISE DOS PARAMETROS FISICO-QUIMICOS E DA AÇÃO


ANTIOXIDANTE DE Morinda citrifolia L.

Lívia de Almeida Coelho Gimenes1


Nutricionista, pós graduada em nutrição clínica

Larissa Pacheco Ferreira2


Bióloga, mestranda em biociências e tecnologia

Fernanda Teixeira de Moraes3


Nutricionista, especialista em nutrição clinica e atuante em nutrição clinica hospitalar

Clara dos Reis Nunes4


Bióloga, professora doutora em produção vegetal - química de alimentos

Abstract: Functional foods are important for protection and maintenance of the
biological system. Food consumption is associated with a reduced risk of many
chronic non-communicable diseases and as fruits are excellent sources of nutrients,
and some of them, when consumed frequently, tend to play an important functional
role in the body. Morinda citrifolia L., popularly known as no, is an important fraction
in the face of its physical and chemical well-being; it does not yet have a student in
Brazil. The objective of this work was to evaluate the physical-chemical parameters
of the noni pulp and its antioxidant activity.The noni presented a pH and an acidity
that characterize an acidic fruit, like the majority of the fruits. The antioxidant action
percentages were found to be significant in the samples at all concentrations
(1000μg / mL, 100μg / mL and 10μg / mL), with free radical scavenging activity to the
commercial standard hydroxybutyltoluene (BHT). What is the pulp presents 90.54%
of water, which revolves around the general percentages of fruit pulps. A qualitative
protein analysis, in turn, was indicated from the present. Soluble solids were 8.0 °

1
Centro Universitário Redentor, Itaperuna, RJ, e-mail: liviagimenesnutricionista@gmail.com
2
Centro Universitário Redentor, Itaperuna, RJ, e-mail: lacheri@gmail.com
3
Centro Universitário Redentor, Itaperuna, RJ, e-mail: fernandat.nutri@gmail.com
4
Centro Universitário Redentor, Itaperuna, RJ, e-mail: clara_biol@yahoo.com.br

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Brix. Reducing sugars were 2.35 g / 100 g. It is concluded that noni is a good natural
source of nutritional content and has a representative antioxidant activity, which
contributes significantly to the appreciation of the species by the population and by
the food industry, and its use as a functional food can be inferred.

Keywords: noni; chemical physical-analysis; functional foods; antioxidant.

Resumo: Os alimentos funcionais possuem nutrientes importantes para proteção e


manutenção do sistema biológico. O consumo desses alimentos está associado com
a redução do risco de muitas doenças crônicas não transmissíveis e as frutas são
excelentes fontes de nutrientes, sendo que algumas delas, quando consumidas com
frequência, tendem a ter um papel funcional importante no organismo. A Morinda
citrifolia L., conhecida popularmente como noni, é um fruto importante diante de suas
propriedades físico-químicas, porém ainda é pouco estudada no Brasil. O objetivo
deste trabalho foi avaliar parâmetros físico-químicos da polpa do noni e sua
atividade antioxidante.O noni apresentou um pH e uma acidez que caracterizam um
fruto ácido, como a maioria dos frutos. Já os percentuais de ação antioxidante
mostraram-se expressivos nas amostras em todas as concentrações analisadas
(1000μg/mL, 100μg/mL e 10μg/mL), apresentando atividade sequestrante de
radicais livres próximas ao padrão comercial hidroxibutiltolueno (BHT). Quanto à
umidade da polpa apresentou-se 90,54% de água, o que gira em torno dos
percentuais gerais das polpas de frutas. Já na análise de vitamina C foi possível
verificar uma quantidade expressiva presente na polpa. A análise protéica
qualitativa, por sua vez, foi indicativa da presença significativa deste macronutriente.
Os sólidos solúveis foram de 8,0 °brix. Na determinação de açúcares redutores
verificou-se 2,35 g/100g. Conclui-se que o noni é uma boa fonte natural de
compostos nutricionais e tem atividade antioxidante representativa, o que contribui
significativamente para a valorização dessa espécie pela população e pelas
indústrias alimentícias, podendo-se inferir seu uso como alimento funcional.

Palavras-chave: noni; análise físico quimica; alimentos funcionais.

1. INTRODUÇÃO

Nos últimos anos, o grande interesse científico por alimentos funcionais e


seus efeitos colaterais cresceu significativamente, pois muitas vezes estes alimentos
são usados na prevenção de diferentes doenças, visto que são considerados
eficientes por fornecerem benefícios à saúde além de proporcionar valor energético
e nutricional (ORNELLAS, 2011; FROTA, 2012; PAVITHRA & BANU, 2017).
Os alimentos funcionais apresentam componentes bioativos que participam
de processos metabólicos importantes, entre os alimentos em questão que contém

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compostos bioativos está a Morinda citrifolia L., conhecida no Brasil como noni.
Pertencente à família Rubiceae, esta espécie é nativa do sudeste da Ásia e
Austrália. No Brasil, relata-se o cultivo no Acre, São Paulo, Minas Gerais, Pará,
Sergipe, Ceará, dentre outros. Apresenta-se como um fruto em evidência devido
suas propriedades terapêuticas principalmente em relato popular e seu cultivo e
consumo têm se expandido rapidamente em todas as regiões brasileiras devido
principalmente a sua facilidade de adaptação (CORREIA et al., 2011; MATOSO et
al., 2013; RUHOMALLY et al., 2016; SOUSA et al., 2017).
O noni apresenta uma grande diversidade de compostos químicos, em todas
as partes da planta, da raiz as flores, e que podem variar dependendo do tipo de
solo e clima em que for cultivado. Análises fitoquímicas foram realizadas, mas ainda
assim não existe um perfil completo dos compostos presentes nesta espécie. Apesar
de serem poucos dados científicos a respeito das propriedades químicas funcionais
do noni, em alguns locais de cultivo o fruto evidencia-se como um alimento rico em
sua composição química. A diferenciação físico-química deste fruto e a quantificação
dos componentes bioativos são extraordinários para o conhecimento do valor
nutricional e comercial, a fim de agregar valor e qualidade ao produto final
(MARQUES, 2009; PALIOTO et al., 2015; DE OLIVEIRA et al., 2017.).
Ainda que com toda variedade de compostos já referida, a ANVISA (Agência
Nacional de Vigilância Sanitária) não atesta a segurança do noni como alimento
funcional, alegando estudos incompletos e poucas pesquisas a respeito do fruto
(REINALDO et al., 2015).
Desta forma, o presente trabalho tem por objetivo ampliar o conhecimento
acerca do perfil químico da polpa dos frutos de Morinda citrifolia L. cultivados em
Bom Jesus do Itabapoana, RJ (Brasil), investigando alguns de seus parâmetros
físico-químicos e sua ação antioxidante, visando assim contribuir no avanço do
conhecimento científico acerca desta espécie de vegetal.

2. MATERIAL E MÉTODOS

2.1 Material Vegetal


Os frutos maduros da Morinda citrifolia L. foram coletados no mês de março
de 2016 em Bom Jesus do Itabapoana – RJ (21° 08' 02'' Sul, 41° 40' 47'' Oeste). A
identificação botânica da espécie foi realizada no herbário da Universidade Estadual

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do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF), sendo o material vegetal depositado


como doação e armazenado com número de exsicata H9918 e CARP:100.

2.2 Umidade
Para determinação de umidade, foram utilizados cadinhos pré-aquecidos em
estufa (MedClave- modelo 3) à 130ºC, onde permaneceram por 30 min. Após esse
período, foram colocados em dessecador e posteriormente pesados em balança
analítica digital (SHIMADZU-AUY 220), onde foi obtido o peso seco de cada
cadinho.
Em seguida, foi pesado aproximadamente 2g da amostra em cada cadinho, e
estes foram levados à estufa (regulada a 100-105°C) por 4 horas antes de serem
colocados no dessecador e levados à balança para a primeira pesagem (IAL,1985).
Esta operação foi repetida até se obter peso constante, indicando que na
amostra não havia mais umidade.
Com os valores de cada cadinho seco, da amostra e do peso final constante
foi possível determinar o teor de umidade do alimento através da seguinte fórmula:

% Umidade= (PA - PAS) X 100


PA
Sendo:

PA= Peso da amostra úmida


PAS= Peso da amostra seca

2.3 pH e Acidez
A determinação de pH foi efetuada utilizando um pHmetro (PHS- 3B METER
MODEL), para melhor precisão dos resultados. A calibração do aparelho foi feita
com Solução Tampão pH 0,7 e solução tampão pH 0,4 (VETEC). Determinou-se o
pH por imersão direta dos eletrodos na amostra contendo apenas a polpa da fruta
sem diluição, conforme AOAC (1992).
A determinação de acidez foi feita por titulação. Primeiramente foi preparado
uma solução de 1000 mL de hidróxido de sódio (NaOH) 0,1N e esta solução foi
padronizada, afim de obter o fator de correção. Para esse processo, a solução de
NaOH 0,1N foi transferida para uma bureta de 25 mL e titulada utilizando

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aproximadamente 0,500g de biftalato de potássio VETEC), 50mL de água destilada


e 2 gotas de solução de fenolftaleína 1% (VETEC) em Erlenmeyer de 125ml, até o
ponto de viragem do indicador, observado por uma leve coloração rosada. O fator de
correção é obtido pela formula a seguir:

Fc=(0,2042 x N x V)
P

Sendo:
P= peso exato do biftalato de potássio em gramas
V= volume gasto em mL da solução de NaOH
N= normalidade da solução de NaOH

Para a titulação da amostra, foi realizada em triplicata utilizando 2 mL de


polpa de noni, 50 mL de água destilada e 3 gotas de solução de fenolftaleína 1%
(VETEC) em Erlenmeyer de 125ml até a visualização do ponto de viragem do
indicador. (IAL, 1985). O cálculo da porcentagem de acidez na amostra foi feito
seguindo a fórmula:

%ácido= VNaOH X N X fc X PE X 100 X 1


10 1000
Onde:
N= normalidade;
PE= peso equivalente do ácido predominante (neste caso foi o ácido cítrico).

2.4 Sólidos Solúveis (ºBrix)


Foi usado um refratômetro analógico (Modelo HSR-500) com escala de 0 a
90°Brix. O aparelho foi higienizado com etanol (70%) e posteriormente colocado
algumas gotas da polpa da amostra, in natura, até cobrir o prisma inferior. O
resultado foi obtido através da leitura direta e apresentado em °Brix de acordo com
AOAC (1992).

2.5 Açúcares Redutores

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Para determinar o teor de açúcares redutores presentes na polpa de fruta da


Morinda citrifolia L. foi empregado o Método Lane & Eynon, que é um método
clássico fundamentado na redução de íons cobre em soluções alcalinas, envolvendo
reações de oxirredução.
Para este processo, foi utilizado uma solução de glicose padrão P. A. 5%, o
Licor Soxlet e uma solução de azul de metileno 1%.
Antes da titulação, a fim de obter o teor de açúcar redutor, foi realizado a
padronização da solução de glicose 0,5%. A fim de verificar o teor de açúcar redutor,
foi realizado o mesmo processo de titulação, com a diferença que foi utilizado, na
bureta, uma solução diluída da polpa do noni, (25 mL de polpa para 100 mL de água
destilada).
As análises foram realizadas em triplicata e os resultados expressos em g de
açúcares redutores/100 g de amostra.

2.6 Proteínas
Foi realizada uma análise qualitativa pelo método de Biureto, o qual foi
proposto por Riegle (1914). O método é baseado na observação de que substâncias
contendo duas ou mais ligações peptídicas formam um complexo de solução de cor
roxa com sais de cobre em soluções alcalinas. Quanto mais intensa a coloração
formada, maior é o teor de proteína presente no alimento (CECCHI, 2003).
Para preparo da solução padrão livre de proteína foi utilizado NaOH 20%
(VETEC) e sulfato de cobre (CuSO4) 0,25 mol/L (VETEC) e 20 gotas de água
destilada.
Na avaliação qualitativa, realizada em triplicata, foi utilizada um tubo de
ensaio e adicionado 10 gotas da amostra de noni acrescidos de 10 gotas de água
destilada, 20 gotas da solução de NaOH 20% e 5 gotas de solução de CuSO4.
Posteriormente foi realizada a homogeneização das soluções, com o auxílio de um
agitador (FISATOM- Mod 772) e por fim foi esperada a fixação da cor azul na
solução.

2.7 Vitamina C
Para determinação do teor de ácido ascórbico foi utilizado o reativo de
Tillmans (AOAC, 1995), que é um método clássico e prático para titulação direta de
vitamina C.

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No preparo da solução padrão ácida foram usados 15 g de ácido oxálico


(CINÉTICA) mais 40 mL de ácido acético (VETEC) e 500 mL de água destilada e em
seguida efetuada filtração, da solução, em funil de vidro com papel filtro qualitativo
de 80 g/m² (UNIFIL).
Na elaboração da solução padrão de 2-6-diclorofenol-indofenol foram
dissolvidos 250 mg de 2,6-diclorofenol-indofenol (NUCLEAR) e na sequência foram
adicionados 250mL de água destilada juntamente a 0,21 g de bicarbonato de sódio
(MERCK) após dissolução completa a solução foi transferida para um balão de 1000
mL e o volume foi completado com água destilada. A solução foi filtrada e
armazenada num frasco âmbar.
A fim de obter um fator de correção, foi realizada a padronização da solução
padrão de 2-6-diclorofenol-indofenol, efetuando em triplicata uma titulação com 2mg
de ácido ascórbico e 5ml de solução padrão ácida em Erlenmeyer de 125ml e outra
titulação somente com 5ml da solução padrão ácida em Erlenmeyer de 125ml. O
título é obtido com a subtração das médias das duas titulações.
A titulação da amostra foi realizada em triplicata utilizando cerca de 2g de
noni e 5ml de solução padrão ácida. O cálculo da Vitamina C foi realizado utilizando
a seguinte fórmula:
Vg= X1- X2
2

Sendo: Vg= volume gasto para titular 1mg de acido ascórbico


X1= média obtida com ácido ascórbico
X2= média obtida sem ácido ascórbico

2.8 Atividade Antioxidante (Método de DPPH)


A polpa foi submetida à avaliação quanto à atividade antioxidante pelo
método fotocolorimétrico do radical livre estável 2,2-difenil-1-picril-hidrazil (DPPH –
0,1 mM).
O DPPH é um método químico, aplicado para determinar a capacidade
antioxidante de um composto em sequestrar radicais livres, sendo um dos mais
utilizados, pois ele é considerado um método eficaz, rápido e prático. Sua ação é
baseada na transferência de elétrons (REIS et al., 2011).

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O DPPH (2,2-difenil-1-picril-hidrazil) é um radical de nitrogênio orgânico,


estável, de cor violeta, que possui absorção na faixa de 515-520 nm. Por ação de
um antioxidante ou uma espécie radicalar (R•), o DPPH• é reduzido formando 2,2-
difenilpicril-hidrazina (DPPH-H). A redução do radical DPPH é monitorada pelo
decréscimo da absorbância durante a reação (SUCUPIRA et al., 2012).
Este método consiste na adição de 1 mL do extrato em concentrações que
variam de 0,1 - 1000 μg/mL, em 1 mL de uma solução metanólica de DPPH (0,1
mM), sendo a reação processada em 1 h à temperatura ambiente. Imediatamente, a
absorção do DPPH foi verificada em 515 nm em um espectrofotômetro UV-Vis.
A atividade sequestrante de radicais livres foi expressa pela relação da
absorção de DPPH, baseado na solução de DPPH ausente do extrato (controle
negativo) e uma solução de um padrão de substância aromática (controle positivo), o
2,6-di-(tert-butil)-4-metilfenol (BHT). Após, o percentual sequestrador (PS%) de
radicais livres foi calculado (KOLEVA et al., 2002). A capacidade de sequestrar
radicais livres foi expressa como percentual de inibição da oxidação do radical e foi
calculada mediante a seguinte fórmula (YEN & DUH, 1994):

% de inibição = ((ADPPH – AExtr)/ADPPH)*100

Onde:
ADPPH é a absorbância da solução de DPPH e A Extr é a absorbância da
amostra em solução

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.1 Parâmetros Físico-Químicos


Em análises de tecnologia de alimentos é de extrema importância à
determinação das características físico-químicas para melhor informação da
composição física e química do alimento (BRASIL, 2000; HONORATO et al., 2015).
Neste sentido algumas características foram analisadas e os resultados obtidos
encontram-se na tabela 1.

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Tabela 1: Composição química da polpa de noni “in natura” (Média ± desvio padrão).
Parâmetros Média ± Desvio
Padrão
Umidade (%) 90,54 ± 0,22
Ph 4,11

Acidez total titulável (%) 0,68 ± 0,1


Açúcar redutor (g /100g) 2,35 ± 0,4
Sólidos solúveis (°Brix) 8,0
Proteínas Presentes
Vitamina C (mg/100g) 22,7 ± 0,9

A umidade, ou teor de água, de um alimento é um importante índice a ser


avaliado, visto sua significativa participação na econômica já que pode refletir
estabilidade e qualidade do produto. Segundo West et al. (2011) as frutas costumam
apresentar uma umidade de 65 a 95%, esta análise fora das recomendações
técnicas resulta em grandes perdas na estabilidade química, na deterioração
microbiológica e na qualidade geral dos alimentos.
O teor de umidade encontrado no presente trabalho (90,54%) está de acordo
com os dados propostos por Chan-Blanco et al. (2007) e Correia et al. (2011) que
apresentam valores que variam de 90-92% de água nos frutos de noni, já Palioto et
al. (2015) obteve um teor de umidade de 89,16%.
A senescência do fruto após a fase máxima de maturação ocorre de forma
muito rápida. À medida que o fruto amadurece a quantidade de água aumenta e faz
deste fruto um alimento altamente perecível. As perdas durante o transporte e
armazenamento são recorrentes, por esse motivo otimizar o tempo gasto da colheita
até o consumo deve ser imprescindível (NASCIMENTO, 2012).
O pH indica a concentração de íons hidrogeniônicos no alimento. A polpa
apresentou um pH igual a 4,11 caracterizando-se como ácida, como a maioria das
frutas. O valor encontrado também é semelhante ao obtido por De Sousa et al.
(2015) e Saboia et al. (2012), onde relataram valores de pH para frutos de noni de
4,30, e 4,25, respectivamente.
Os ácidos orgânicos encontrados nos alimentos tem capacidade de interferir
no sabor, odor, cor, estabilidade e a manutenção de qualidade (CECCHI, 2003). A

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determinação da acidez total em alimentos é bastante importante visto que através


dela, podem-se obter dados quanto ao estado de conservação dos alimentos. A
acidez é resultante dos ácidos orgânicos existentes no alimento (IAL, 2008).
Quanto à acidez total titulável, o noni apresentou 0,68%. Valor acima do
encontrado em Correia et al. (2011) que foi de 0,46% e Silva et al. (2012) que
encontraram um valor inferior de 0,39% de ácido na polpa madura.
Ao relacionar o teor de ácido e teor açúcar pode-se dizer que açúcares com
valores baixos e ácidos com valores elevados resultam em frutos de „sabor‟ ácido,
enquanto o contrário pode proporcionar „sabor‟ suave. Em relação à quantificação de
açúcares redutores, verificou-se 2,35 ± 0,4 g de açúcares redutores/100 g da
amostra, resultado este que foi similar ao encontrado por Lemos et al. (2015) sendo
de 2,89 g/100 g, porém ambos são inferiores quando comparados com Correia
(2010), onde se verifica o teor de 5,35 g/100 g de polpa de fruta.
Quando dois compostos como, açúcares e ácidos são reduzidos, como o
noni, o fruto se torna insípido (CALIMAN, 2008).
Os sólidos solúveis também representam um indicativo à quantidade de
açúcares presentes no alimento, ainda que outros compostos estejam envolvidos.
Com o amadurecimento dos frutos, os teores de sólidos solúveis totais tendem a
aumentar devido à síntese ou degradação dos polissacarídeos (FICHINELLO et al.,
2011). O noni apresentou um baixo teor de sólidos solúveis, com média de 8,0°Brix,
valor que corrobora com Barros, et al. (2009) e Chunhieng (2003) que obtiveram
valores de 8,0°Brix e 8,4°Brix, respectivamente.
Na análise qualitativa de proteína observou-se uma coloração azul escura
muito intensa, o que indica a existência de uma quantidade representativa deste
macronutriente no fruto. De acordo com Correia et al. (2011) na avaliação química
de proteína foram encontrados 1,06%, enquanto que Costa (2010) encontrou valor
de 2,24% na polpa. Essas avaliações quantitativas autenticam a análise qualitativa
apresentada nos experimentos do presente trabalho.
Verificou-se que o teor de vitamina C na polpa in natura foi de 22,7 ± 0,9 mg
de vitamina C/100 g da amostra, sendo resultado inferior quando comparado ao
proposto por Canuto et al. (2010) onde a quantidade de vitamina C do fruto de
Morinda citrifolia L. foi de 51,2 mg/100 g. Além disso, o valor encontrado é muito
inferior se comparado com a acerola in natura, que segundo vieira et al (2015)
apresenta 416,14mg/100g

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Essas diferenças de julgamentos, quando comparadas a outros trabalhos,


podem ser justificadas por Elkins (2002), onde se destaca que a maturação do fruto,
a forma de cultivo e o tipo de solo onde a planta se desenvolve podem afetar
diretamente nos resultados das análises.

3.2 Utilização no Tratamento de Patologias

Existem relatos a respeito das propriedades medicinais do noni e seu uso.


Além de ser empregado na medicina popular, já é utilizado também na medicina
convencional, possuindo relatos científicos direcionados à algumas patologias
(PAULA et al., 2016).
Na Polinésia existe o costume de utilizar o noni na forma de suco há mais de
2.000 anos. O fruto recebe grande atenção devido ao seu valor nutricional e
medicinal. Muitos benefícios à saúde têm sido conferidos a esta espécie, alguns
deles já possuem ratificação científica, como as relacionadas com: atividade
antibacteriana, antiviral, antitumoral, analgésica, anti-inflamatória e
imunomoduladora. A atividade antioxidante é muito citada nos estudos científicos
(MARQUES, 2009; PAULA et al., 2016).
O consumo da fruta no Brasil é em forma de suco, utilizando-se a polpa bem
madura do noni juntamente ao suco de uva integral, devido ao sabor desagradável
presente na polpa in natura. Essa mistura é feita com objetivo de mascarar o aroma
do noni. A utilização do suco, com a polpa do noni, é devido relatos da medicina
popular, onde ele seria empregado no tratamento de: alergia, artrite, diabetes,
hipertensão, distúrbios menstruais, musculares, obesidade, úlceras gástricas, dores
de cabeça, inibição sexual, insônia, depressão, estresse, problemas respiratórios,
esclerose múltipla e até dependência de drogas, muitos dos efeitos benéficos
relatados não são comprovados cientificamente. (McCLATCHEY, 2002; LAVAUT &
LAVAUT, 2003; SILVA, 2015).
Sousa & da Silva (2015) realizaram um estudo com 80 mulheres onde 8,7%
faziam uso do suco de noni. Nesse percentual, observou-se uma redução aos
estados inflamatórios, e além disso, foram relatados efeitos adversos, tais como:
tontura, náuseas e mal-estar. Esses sintomas também foram relatados por Matoso
et al. (2013) em um trabalho de revisão, onde foi atribuído, ao consumo exagerado
do noni, sintomas como náuseas, diarreia, constipação e dores de cabeça.

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Diante da literatura analisada pode-se perceber que o noni é um fruto muito


empregado em determinados países com uso na medicina popular por vários anos,
mas apesar do desenvolvimento dos estudos científicos relacionados a Morinda
citrifolia L., a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) não assegura a
utilização do fruto, pois o Brasil não possui um histórico de consumo, diferentemente
da Polinésia, um dos países de origem da planta, e ainda alega a falta de estudos
que confirmem a segurança como alimento. Portanto, de acordo com a Resolução
RDC nº. 278/2005, a ANVISA proíbe a comercialização de qualquer alimento
contendo noni na composição. Desta forma, os produtos que contenham noni não
devem ser comercializados no Brasil como alimento até que os requisitos legais que
exigem a comprovação de sua segurança de consumo sejam atendidos (PIMENTEL
et al., 2016).
É importante a verificação científica dos efeitos causados pelo noni. Um fruto
com tantas propriedades descritas não deve ser usado de forma indiscriminada,
visto que não se sabe muito sobre os efeitos adversos de intoxicação e até mesmo
de benefícios apresentados.

3.3 Atividade Antioxidante


Antioxidantes sintéticos como o BHT (hidroxibutiltolueno) e BHA
(hidroxibutilanisol) são comerciais e amplamente empregados na indústria
alimentícia como conservantes, porém existem relatos de efeitos colaterais e são
suspeitos de causar câncer quando utilizados, desta forma as pesquisas com fontes
de antioxidantes naturais tem crescido nos últimos anos visando elevar a segurança
e o valor nutricional do alimento (REZENDE, 2010).
As substâncias antioxidantes presentes nas amostras reagem com o DPPH,
que é um radical estável. As amostras do noni foram avaliadas em concentrações de
1000, 100 e 10 µg/mL. A Figura 4 mostra a variação da atividade antioxidante, da
polpa, em três diferentes concentrações, o gráfico em questão ainda apresenta o
valor de referência do BHT.

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100

Atividade Antioxidante (%)


75

50

25

L
L
L

L
L
L

/m
m
m

/m
m

/
g/

/
/

ug

ug
ug

ug
ug

0u

10
00

10
00

0
10

10
10

10

T
T

H
T

B
H

B
B
Figura 1: Atividade antioxidante pealo método do DPPH em comparação com o padrão
comercial BHT (Média ± Desvio Padrão) (n=3). Sendo 1000 µg/mL (67,9%), 100 µg/mL
(65,0%) e 10 µg/mL (50,7%).

Os percentuais de ação antioxidante mostraram-se significativos em todas as


concentrações testadas. Quando se compara a amostra com o padrão comercial de
escolha (BHT), verifica-se que nas concentrações de 100 μg/mL e 10 μg/mL, a
amostra apresentou um percentual de sequestro de radicais livres superior ao
padrão, o que evidencia uma significativa capacidade antioxidante da amostra.
Na concentração de 100 μg/mL (65,0%) foi obtido um resultado inferior ao
descrito por Soares et al. (2013), que apresentaram 85% de atividade antioxidante
Mediante os resultados pode-se inferir a importância dos estudos
relacionados ao potencial antioxidante, visto que tal ação é de extrema importância
para conservação do alimento, bem como para um melhor desempenho do sistema
imunológico do homem, vale ressaltar ainda a composição físico-quimica abundante
do fruto em questão que pode auxiliar em diversas patologias e enriquecem a polpa
do fruto tornando-o um alimento mais completo e importante para manutenção de
uma vida saudável . Quanto mais estudado melhor pode ser o uso do Noni na cura e
prevenção de doenças, principalmente por apresentar compostos químicos
funcionais.

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4 CONCLUSÃO

Pode-se concluir que a polpa dos frutos de Morinda Citrifolia L. (noni) possui
em sua composição química quantidades representativas de açúcares redutores,
ácido ascórbico (vitamina C) e proteínas, bem como um teor significativo de umidade
e importante atividade antioxidante, atividade esta que pode ser de grande utilidade
a indústria de alimentos como um antioxidante natural. Vale ressaltar também a
observação de valores baixos de pH e acidez, o que caracteriza a polpa como ácida.
Parâmetros físico-químicos como estes são importantes, visto que essas
análises são muito empregadas na verificação da qualidade e segurança de
alimentos e podem, ainda, ajudar na comprovação do noni como um alimento
funcional, já que os resultados obtidos ampliam os conhecimentos químicos e
nutricionais deste fruto.
Logo, percebe-se a importância da valorização e das pesquisas científicas
acerca desta espécie a fim de se identificar todas as suas características
nutricionais, químicas e biológicas que este fruto pode propiciar para contribuir com
a qualidade de vida dos indivíduos.

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