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//Curso de

APERFEIÇOAMENTO
FORTALECIMENTO
DAS AÇÕES DE IMUNIZAÇÃO
NOS TERRITÓRIOS
MUNICIPAIS

MÓDULO V
Aula
29
// PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO
DOS RESULTADOS DAS AÇÕES EM
IMUNIZAÇÃO - PARTE I
Todos os direitos reservados. É permitida a
reprodução parcial ou total desta obra, desde
//

que citada a fonte e que não seja para venda


ou qualquer fim comercial. O conteúdo desta
Créditos

publicação foi desenvolvido e aperfeiçoado


pela equipe MaisCONASEMS e Faculdade São
Leopoldo Mandic.

Ficha Catalográfica
Material de Referência. Mais CONASEMS. Curso de
Aperfeiçoamento Fortalecimento das Ações de Imunização nos
Territórios Municipais. Módulo V: Dia a dia na sala de vacina e
planejamento e avaliação dos resultados das ações de imunização
- Aula 29 – Planejamento e Avaliação dos resultados das ações em
imunização - Parte I.
Curadoria e Produção de Conteúdos Ficha
Mandic
André Ricardo Ribas Freitas Técnica
Fabiana Medeiros Lopes de Oliveira
Giuliano Dimarzio
Laura Andrade Lagoa Nóbrega
Márcia Fonseca
Regina Célia de Menezes Succi Este material foi
elaborado e desenvolvido
Gestor Educacional pela equipe técnica e
Rubensmidt Ramos Riani
pedagógica do Mais
CONASEMS em parceria
Coordenação Técnica e Pedagógica
Cristina Crespo com a Faculdade São
Valdívia Marçal Leopoldo Mandic.

Coordenação Pedagógica – Faculdade


São Leopoldo Mandic
Fabiana Succi
Patrícia Zen Tempski

Professora Conteudista – Faculdade São Coordenação Geral


Leopoldo Mandic Conexões Consultoria em
Joice Cristina Silva Saúde Ltda.

Especialistas em Educação a Distância Revisão Textual


Kelly Santana Gehilde Reis Paula de Moura
Priscila Rondas

Designer Instrucional
Alexandra Gusmão
Juliana de Almeida Fortunato
Pollyanna Micheline Lucarelli

Web Desenvolvedor
Aidan Bruno
Alexandre Itabayana
Bárbara Napoleão
Cristina Perrone
Paloma Eveir
Olá!
Este é o seu Material de
Referência da Aula 29 do
Módulo 5. Ele apresenta de
forma mais aprofundada o
conteúdo referente ao dia a dia
na sala de vacina e o
planejamento e avaliação dos
resultados das ações de
imunização. A proposta é
agregar mais conhecimento à
sua aprendizagem, por isso,
leia-o com atenção e consulte-o
sempre que necessário!
Objetivos de
aprendizagem

Compreender a importância do adequado registro das


01 doses de vacina administradas e seu impacto nos
indicadores.

Ser capaz de avaliar o percentual de perda de


imunobiológicos, inconsistências e erros de 02
registro nos sistemas de informação.

Considerar a supervisão como instrumento gerencial


03 para acompanhamento e orientação das ações do
Programa de Imunização.
intro
dução
Na Aula 29, você irá aprimorar seus conhecimentos,
suas habilidades e atitudes essenciais quanto às ações
que envolvam o registro das doses de vacinas
administradas, os indicadores em imunização e as
metas de cobertura. Compreenderá sobre o
planejamento para avaliação dos resultados das ações
em imunização; a integração das Unidades Básicas de
Saúde e Vigilância em Saúde e a perda de
imunobiológicos, inconsistências e erros de registro.

Boa leitura!
O Programa Nacional de Imunizações (PNI), criado
para organizar a política brasileira de imunizações, em
setembro de 2021, completa 48 anos. Um programa
que envolve os diferentes componentes de uma das
intervenções em Saúde Pública, pois constitui uma
peça importante nas medidas para prevenção,
controle, eliminação e erradicação de doenças
imunopreveníveis. Desde o nascimento até a terceira
idade, todos os brasileiros são contemplados pelo
calendário básico de vacinação.
A vigilância em saúde tem por objetivo a observação e
análise permanentes da situação de saúde da
população, articulando-se em um conjunto de ações
destinadas a controlar determinantes, riscos e danos
à saúde de populações que vivem em determinados
territórios, garantindo-se a integralidade da atenção,
o que inclui tanto a abordagem individual como
coletiva dos problemas de saúde.
Os imunobiológicos e a vigilância foram responsáveis
pela redução ou eliminação de doenças que, por
muitos anos, talvez décadas, ceifaram vidas ou
deixaram sequelas, tendo como exemplos a
eliminação da varíola e a interrupção da transmissão
da poliomielite. Os resultados positivos se sucedem
graças a um trabalho articulado que envolve as três
esferas de gestão (Federal, Estadual e Municipal).

// Introdução
O PNI, orientado por normas elaboradas pelo
Ministério da Saúde, tem ações coordenadas de
planejamento, capacitação, infraestrutura e
logística, englobando aspectos quanto à
conservação, ao transporte, à administração,
programação e avaliação dos imunobiológicos,
capazes de permitir que na linha de frente do SUS,
na ponta do Sistema, no contato da equipe com a
população, sejam entregues produtos de
qualidade, com todas as suas características e
especificidades preservadas.
Porém como pode se observar nos últimos anos, a
Tabela 1 e as Tabelas 2A e 2B evidenciam uma
queda expressiva na cobertura e homogeneidade
vacinal, tendo, como consequência, o
recrudescimento de doenças transmissíveis até
então controladas, como é o caso do Sarampo, que
havia sido eliminado do país em 2016.
A queda nas coberturas vacinais é multifatorial.
Alguns acontecimentos podem estar diretamente
relacionados à queda desses números, podendo
elencar: sistemas de informações (mudança no
sistema de informação, conectividade, insuficiência
e rotatividade de RH para alimentação dos
sistemas), complexidade oriunda da ampliação do
calendário vacinal, desabastecimentos pontuais de
vacinas, contradições, pandemia covid-19, fake
news e movimentos antivacina, gerando hesitação
às vacinas, além do receio da população em buscar
os serviços de saúde por ocasião da pandemia de
covid-19.

// Introdução
Alguns fatores devem e podem ser melhor
avaliados, porém na rotina dos serviços de saúde
várias medidas podem ser adotadas a fim de
melhorar os indicadores de imunização e otimizar
seus recursos.
Dentre elas, pode-se enfatizar sobre não perder
oportunidades para vacinação, sendo uma
estratégia presente em todos os processos de
trabalho do serviço de saúde.

Fonte: Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI/CGPNI/DEIDT/SVS/MS)


Data de atualização dos dados:22/07/2021

// Introdução
Fonte: Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações
(SI-PNI/CGPNI/DEIDT/SVS/MS)
Data de atualização dos dados:22/07/2021

Vacina Penta (pentavalente) introduzida no calendário vacinal em 2012


Fonte: Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações
(SI-PNI/CGPNI/DEIDT/SVS/MS)
Data de atualização dos dados:22/07/2021

// Equipe e funções
// Introdução
básicas
// SISTEMAS DE
INFORMAÇÃO EM
IMUNIZAÇÕES
No Brasil, a informação em saúde é composta por
ampla rede de informação (SI) de âmbito nacional.

O PNI, desde 1994, utiliza sistemas de informação


com dados agregados e é responsável por reunir
as informações de vacinação de todo o país. Para
isso, são utilizados sistemas informatizados.

O SIPNI desenvolvido pelo DATASUS é um sistema


de informação nominal do Programa Nacional de
Imunizações, que está em funcionamento desde
2010, com a finalidade de substituir sistemas
utilizados anteriormente: SI-API; SI-AIU, SI-EAPV e
SI-CRIE.

// Sistemas de informação em imunizações


Com entrada de dados individual e por procedência,
esse sistema permite o acompanhamento do
vacinado em vários lugares do Brasil, bem como a
localização da pessoa a ser vacinada, através dos
seus dados cadastrais, sendo composto por
Módulos, dentre eles:

• Registro do Vacinado
• Movimento de Imunobiológicos
• Eventos Adversos Pós-Vacinação e
• Relatórios

Em 2018, o Ministério da Saúde estabeleceu a


Estratégia e-SUS AB para os serviços de Atenção
Básica (Unidades Básicas de saúde) com o intuito de
reduzir o retrabalho por parte dos profissionais de
saúde, no que tange ao registro de dados
semelhantes concomitantemente em diversos
sistemas, definindo um modelo integrado de registro
das informações, possibilitando uma única entrada
de dados para os serviços da Atenção Básica.

O módulo de vacinação foi uma novidade na versão


3.0 do Sistema e-SUS AB, possibilitando o registro de
vacinas aplicadas, imunoglobulinas e soros que estão
disponíveis pelo PNI.

// Sistemas de informação em imunizações


A integração do SIPNI com e-SUS AB/SISAB
(módulo de registro do vacinado) teve como
objetivo proporcionar melhoria na qualidade dos
registros de imunização, bem como um melhor
acompanhamento por parte das equipes de saúde
do histórico de imunizações dos cidadãos,
vinculados ao prontuário eletrônico.

Os serviços de Centros de Referências para


Imunobiológicos Especiais (CRIEs), Hospitais,
Maternidades e Policlínicas com serviços de
vacinação, Dados de Vacinação dos Serviços de
saúde indígenas e Serviços Privados de Vacinação
continuam utilizando o SIPNI Web para digitação
dos dados da vacinação.

// Sistemas de informação em imunizações


Desde 2020, o Ministério da Saúde, por meio do
Departamento de Informática do SUS (DATASUS),
está promovendo a integração dos registros de
imunização em campanhas através da Rede
Nacional de Dados em Saúde (RNDS). Inicialmente,
a RNDS permitirá a disseminação dos dados e
transparência durante a Campanha de Vacinação
contra a covid-19 em todo o país.
“A RNDS é uma plataforma nacional de
interoperabilidade de dados em saúde que faz
parte do Conecte SUS, um programa do Governo
Federal que tem como principal missão materializar
a Estratégia de Saúde Digital para o Brasil.

Atualmente, os sistemas disponíveis e utilizados


nos serviços que administram imunobiológicos
públicos e privados são: e-SUS AB, SI-PNI Web e
NOVO SI-PNI (COVID e Influenza 2021), sistemas
esses que através de módulos (ferramentas)
existentes auxiliam na avaliação e sistematização
dos dados produzidos, a partir das pessoas
vacinadas por tipo de imunobiológicos facilitando o
acompanhamento por todos os gestores.

// Sistemas de informação em imunizações


// REGISTRO E
QUALIDADE DA
INFORMAÇÃO SOBRE
IMUNIZAÇÕES
A qualidade e fidedignidade de um indicador
estão diretamente relacionadas com a
qualidade dos dados coletados. Em relação à
imunização, são comuns os erros ou ausências
no registro de doses aplicadas, impactando
diretamente na construção dos indicadores de
imunizações. As doses aplicadas nominalmente
compõem o numerador. Por isso, se elas não
forem adequadamente registradas, as
coberturas vacinais poderão ser
superestimadas ou subestimadas.

As inconsistências nos dados gerados e erros de


registros ocorrem pela falha na inserção dos
dados das pessoas vacinadas. A falta de Cartão
Nacional de Saúde Válido, o registro incompleto
e a administração do imunobiológicos fora da
faixa estabelecida pelo PNI são características
ou condições de inconsistência.

Ao digitar as doses aplicadas pela equipe da sala


de vacina, os dados devem ser inseridos de
maneira correta, preenchendo todos os campos
necessários, para que não se tenha
inconsistências e erros de registros, que podem
ser interpretados como um Erro de Imunização.

// Registro e qualidade da informação sobre


imunizações
Cadastro do usuário: Antes de lançar as vacinas
na ficha do paciente, deve-se consultar: CPF,
Cartão do SUS Nacional (CADWEB), nome, data
de nascimento e nome da mãe.
Grupo de atendimento: lista com o tipo de
grupos como acampados, assentados,
indígenas, militares, população geral, população
privada de liberdade ou quilombola.
Estratégia: método de vacinação como
bloqueio, campanha indiscriminada, campanha
seletiva, especial, intensificação,
monitoramento rápido de cobertura vacinal,
rotina, serviço privado ou soroterapia.
Imunobiológicos: imunobiológico conforme a
estratégia.
Dose: tipo de dose conforme esquema vacinal
do imunobiológico.
Data de aprazamento: o sistema apraza
automaticamente em alguns casos. Quando não
o fizer, aprazar manualmente, caso necessário.
Laboratório e lote: conforme nota de
fornecimento.
Vacinador: nome do vacinador que administrou
a vacina no paciente.

Após preenchimento de todos os campos


citados acima, adicionar, confirmando a
aplicação.

// Registro e qualidade da informação sobre


imunizações
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:
• Ao vacinar gestante, puérpera ou comunicante
de hanseníase, não esquecer de evidenciar no
cadastro.

• Os campos de Indicação e Especialidade serão


habilitados quando a estratégia for Especial.
Registro Anterior (RA)
Registro Anterior (RA) é um histórico de
vacinação. Portanto, devem ser registradas nele
somente as doses feitas antes da implantação do
sistema operante da unidade, ou doses feitas em
outras unidades, ou seja, ele é usado somente para
copiar as doses do cartão de vacinação ou cartão
espelho feitas anteriormente. É importante lembrar
que o dado lançado como RA deve ter sido, em
algum momento, informado ao Ministério da
Saúde.

Se a dose feita no dia, na sua unidade, for


registrada como registro anterior, essa dose
não será contabilizada e o município ficará
com baixas coberturas vacinais.

Outros problemas que estão inerentes ao


cotidiano das salas de vacinas são as perdas
técnicas e físicas.
A perda técnica é considerada uma perda
justificável, pois ocorre devido à abertura de
um frasco multidoses em que ocorre o
vencimento do prazo de uso da vacina após o
frasco aberto, por não haver pessoas
suficientes a vacinar.

// Registro e qualidade da informação sobre


imunizações
Já a perda física poderia ser mitigada com as boas
práticas, ações de treinamentos, manutenção e
gerenciamento adequados, para evitar as quebras
devido a erros de manipulação, alteração de
temperatura dos imunobiológicos, problemas com
a rede de frio, prazos de validade vencidos, entre
outros, mas tanto a perda técnica quanto a perda
física podem ser geradas em relatórios se ocorrer
os erros nos registros dos imunobiológicos.

O acompanhamento dessas perdas é importante


para gerenciar adequadamente o sistema, pois
essas podem onerar o orçamento do Sistema Único
de Saúde (SUS) e desperdiçar recursos importantes
para a prevenção de diversas doenças que afetam a
Saúde Pública no Brasil.

// Registro e qualidade da informação sobre


imunizações
Relatórios
Dentre as funcionalidades dos Sistemas de
Informações, o módulo relatório do SI-PNI,
permite a emissão de vários relatórios, que
consolidam os registros realizados, dentre eles:

• Consolidado de doses aplicadas


(acompanhamento mensal),
• Vacinados por Vacina;
• Vacinas por vacinados;
• Listagem de faltosos;
• Listagem de Aprazamento;
• Vacinados com esquema vacinal incompleto;
• Movimentação específica;
• Perda técnica;
• Distribuição proporcional por Tipo de Perda
Física;
• Proporção Perdas;

// Registro e qualidade da informação sobre


imunizações
Além do Módulo Tabnet do SI-PNI que gera
relatórios em tempo real (conforme os dados são
migrados e gerados):

• Cobertura Vacinal
• Doses Aplicadas
• Taxa de Abandono

A alimentação do sistema de informação é


realizada de modo a monitorar o avanço da
vacinação em cada grupo específico, conforme
orientado pelo Ministério da Saúde, permitindo
avaliar o alcance da população alvo da vacinação,
monitoramento da cobertura vacinal e, quando
necessária, a adoção de medidas de correção,
revisão de ação específica, inclusive de
comunicação e/ou mobilização.

// Registro e qualidade
// da informação
Pessoal sobre
necessário
imunizações
Indicadores de
Imunizações
Os Indicadores são utilizados durante os Relatórios
Detalhados do Quadrimestre Anterior (RDQA) e do
Relatório Anual de Gestão (RAG).

O termo indicadores se refere aos elementos que


têm como objetivo apontar ou mostrar algo,
direcionador, MONITORAR, ACOMPANHAR. Alguns
indicadores são específicos da imunização, sendo
os mais utilizados pelo PNI:

• Coberturas vacinais: indicador que estima a


proporção da população-alvo vacinada e
supostamente protegida para determinadas
doenças.

• Homogeneidade de coberturas vacinais:


indicador que, em geral, é utilizado no âmbito
dos estados e do País. Estima a proporção de
municípios ou regiões com coberturas
adequadas.

• Taxa de abandono: indicador que mede a adesão


ao programa de imunizações. Aplica-se para
vacinas de esquemas multidoses.

// Registro e qualidade da informação sobre


imunizações
Na Imunização, os indicadores irão
instrumentalizar a equipe de coordenação nas
ações de vacinações em várias esferas, sendo
direcionador para identificação de áreas de riscos
em razão da presença de supostos susceptíveis,
caracterizando tendências e/ou situações a
merecer intervenções oportunas, com coberturas
mínimas preconizadas pelo PNI.

As vacinas selecionadas para o indicador de


Imunização estão voltadas para controle de
doenças de significativa importância, sendo
fundamental a manutenção de elevadas e
homogêneas coberturas vacinais como estratégia
para manter ou avançar em relação à situação
atual.

// Registro e qualidade da informação sobre


imunizações
// METAS DAS
COBERTURAS VACINAIS
Para que a proteção individual e coletiva
seja alcançada existem metas, objetivos
mínimos de vacinação, denominadas de
coberturas vacinais (CV).
No Brasil, a maioria das vacinas do calendário
da criança tem meta de 95% de cobertura,
exceto as vacinas BCG (Bacilo de
Calmette-Guerin) e a vacina Oral contra
Rotavírus Humano (VORH) com meta de 90%.
Uma das estratégias para que os serviços
atinjam coberturas e metas (indicadores) seria a
territorialização, sendo esta a base do trabalho
integrado entre as equipes de atenção básica
(AB) e de vigilância em saúde (VS), implicando
que se deve fazer um esforço visando definir o
mesmo território de atuação para a VS e AB.
A Territorialização em Saúde implica não
somente em um mapeamento geográfico de
uma área, mas também no conhecimento das
necessidades de saúde da população, bem
como da forma como as pessoas se relacionam
com o que determina a saúde.

// Metas das coberturas vacinais


Vacinas do Calendário nacional de vacinação e
campanhas. Brasil, 2021
Vacina População alvo Nº de doses do esquema Dose para Meta de
vacinal o cálculo cobertura
da CV vacinal
BCG Criança< 1 ano Dose (ao nascer) Dose única 90%
Dose (ao nascer ou até 30
dias do nascimento);
esquema da hepatite B será
Criança,
feito com a vacina Penta
adolescente,
Hepatite B Crianças < 7 anos que não 3ª dose 95%
adulto, idoso e
receberam a vacina Penta e
gestante
outros grupos de idade a
partir de 7 anos esquema de
3 doses.
1ª dose (2 meses); 2ª dose (4
Penta Criança< 1 ano 3ª dose 95%
meses); 3ª dose (6 meses)
1ª dose (2 meses com VIP);
2ª dose (4 meses com VIP);
Poliomielite 3ª dose (6 meses com VIP);
Criança < 1 ano 3ª dose 95%
(VIP/VOP) 1º Reforço (15 meses com
VOP); 2º Reforço (4 anos com
VOP)
1ª dose (2 meses); 2ª dose (4
Pneumo 10 Criança < 1 ano 2ª dose 95%
meses); Reforço (12 meses)

Rotavírus 1ª dose (2 meses); 2ª dose (4


Criança < 1 ano 2ª dose 90%
Humano (VORH) meses); Reforço (12 meses)

1ª dose (3 meses); 2ª dose (5


Meningo C Criança < 1 ano 2ª dose 95%
meses); Reforço (15 meses)

1ª dose (2 meses); 2ª dose (4


Pneumo 10 Criança < 1 ano 2ª dose 95%
meses); Reforço (12 meses)

Rotavírus 1ª dose (2 meses); 2ª dose (4


Criança < 1 ano 2ª dose 90%
Humano (VORH) meses); Reforço (12 meses)

1ª dose (3 meses); 2ª dose (5


Meningo C Criança < 1 ano 2ª dose 95%
meses); Reforço (15 meses)

D0 * (6 meses ), 1ª dose (12


Tríplice Viral
Criança 1 ano meses);2 doses( 5 a 29 anos); 1 dose Dose única 95%
(SCR) (30 a 59 anos)

// Metas das coberturas vacinais


Vacinas do Calendário nacional de vacinação e
campanhas. Brasil, 2021
Vacina População alvo Nº de doses do esquema Dose para Meta de
vacinal o cálculo cobertura
da CV vacinal
Tetra viral ou
(SCR 2ª dose com Criança 1 ano Dose única ( 15 meses ) Dose única 95%
varicela 1ª dose)

Hepatite A Criança 1 ano Dose única ( 15 meses ) Dose única 95%


Criança, Dose inicial (9 meses), Dose única a
Febre Amarela
adolescente, Reforço com 4 anos. A partir partir dos 5 100 %
(FA)
adulto e idoso de 5 anos dose única anos
Meninas 9 a 14
2 doses com intervalo de 6
HPV anos e Meninos 2ª dose 80%
meses
11 a 14 anos
Com esquema vacinal
incompleto 3 doses e
gestantes; Reforço a cada 10
anos; antecipar a dose
dT A partir de 7 anos 3ª dose 100%
quando > 5 anos do último
reforço se ferimentos graves
ou comunicantes de casos de
difteria
Tetra viral ou
(SCR 2ª dose com Criança 1 ano Dose única ( 15 meses ) Dose única 95%
varicela 1ª dose)
Hepatite A Criança 1 ano Dose única ( 15 meses ) Dose única 95%
Criança, Dose inicial (9 meses), Dose única a
Febre Amarela
adolescente, Reforço com 4 anos. A partir partir dos 5 100 %
(FA)
adulto e idoso de 5 anos dose única anos
Meninas 9 a 14
2 doses com intervalo de 6
HPV anos e Meninos 2ª dose 80%
meses
11 a 14 anos
Com esquema vacinal
incompleto 3 doses e
gestantes; Reforço a cada 10
anos; antecipar a dose
dT A partir de 7 anos 3ª dose 100%
quando > 5 anos do último
reforço se ferimentos graves
ou comunicantes de casos de
difteria
Tetra viral ou
(SCR 2ª dose com Criança 1 ano Dose única ( 15 meses ) Dose única 95%
varicela 1ª dose)

// Metas das coberturas vacinais


Vacinas do Calendário nacional de vacinação e
campanhas. Brasil, 2021
Vacina População alvo Nº de doses do esquema Dose para Meta de
vacinal o cálculo cobertura
da CV vacinal
Tetra viral ou
(SCR 2ª dose com Criança 1 ano Dose única ( 15 meses ) Dose única 95%
varicela 1ª dose)

Hepatite A Criança 1 ano Dose única ( 15 meses ) Dose única 95%


Criança, Dose inicial (9 meses), Dose única a
Febre Amarela
adolescente, Reforço com 4 anos. A partir partir dos 5 100 %
(FA)
adulto e idoso de 5 anos dose única anos
Meninas 9 a 14
2 doses com intervalo de 6
HPV anos e Meninos 2ª dose 80%
meses
11 a 14 anos
Com esquema vacinal
incompleto 3 doses e
gestantes; Reforço a cada 10
anos; antecipar a dose
dT A partir de 7 anos 3ª dose 100%
quando > 5 anos do último
reforço se ferimentos graves
ou comunicantes de casos de
difteria
Tetra viral ou
(SCR 2ª dose com Criança 1 ano Dose única ( 15 meses ) Dose única 95%
varicela 1ª dose)
Hepatite A Criança 1 ano Dose única ( 15 meses ) Dose única 95%
Criança, Dose inicial (9 meses), Dose única a
Febre Amarela
adolescente, Reforço com 4 anos. A partir partir dos 5 100 %
(FA)
adulto e idoso de 5 anos dose única anos
Meninas 9 a 14
2 doses com intervalo de 6
HPV anos e Meninos 2ª dose 80%
meses
11 a 14 anos
Com esquema vacinal
incompleto 3 doses e
gestantes; Reforço a cada 10
anos; antecipar a dose
dT A partir de 7 anos 3ª dose 100%
quando > 5 anos do último
reforço se ferimentos graves
ou comunicantes de casos de
difteria
1 dose (a partir da 20ª
dTpa Gestante semana de gestação) até 45 Dose única 100%
pós parto
Adolescentes 11
Meningo ACWY Dose única Dose única 95%
e 12 anos

// Metas das coberturas vacinais


Territorialização
A territorialização é um processo social e político
importante para a realização dos princípios
constitucionais do Sistema Único de Saúde (SUS) e,
no Brasil, reflete o próprio modelo de atenção que se
propõe, sendo mais do que apenas delimitar
territórios para os serviços, devendo haver uma
relação de vinculação e pertencimento entre a
população e os serviços.

Os serviços que conhecem a população a ser


vacinada têm como ferramenta direcionadora as
características da população, que auxiliam no
processo de planejamento para atingir meta de
cobertura vacinal, pois é inerente a cada região e
população ações específicas como área rural, locais
de difícil acesso, regiões com comunidades e bolsões
de suscetíveis.

// Metas das coberturas vacinais


Muitas vezes, o conceito de território na saúde é
aplicado de forma administrativa, voltado à
operação dos serviços e das ações de saúde, e a
delimitação de áreas de atuação dos serviços acaba
por ser realizada com base apenas no quantitativo
de população para o cumprimento de normas e,
para o estabelecimento de relações com outros
pontos de atenção, desconsiderando a dinâmica
social e política existente nos territórios e por
consequência seu potencial para a identificação de
problemas de saúde e de propostas de intervenção
mais efetivas.

Desta forma, ressalta-se que mais do que um


simples espaço geográfico delimitado, onde partes
do sistema de saúde são operados, a
territorialização é a estratégia central das práticas
sanitárias locais e a interação da população de cada
território com seu serviço local de referência.

// Metas das coberturas vacinais


O papel da equipe
técnica
A equipe de enfermagem é promotora das ações de
imunização, sendo imprescindíveis para o
funcionamento do serviço, estando o enfermeiro
como responsável técnico do serviço em 100% das
salas de vacina. De acordo com o Ministério da
Saúde, as atividades da sala de vacina são
desenvolvidas pela equipe de enfermagem,
treinada e capacitada para os procedimentos de
manuseio, conservação, preparo e administração,
registro e descarte dos resíduos resultantes das
ações de vacinação.

Ao final das atividades do mês, a equipe de


vacinação deve adotar procedimentos
sistematizados para avaliação e planejamento das
ações desempenhadas na imunização; devem
realizar exportações dos dados (registros) gerados
pelo serviço de saúde, através de relatórios,
monitorando as atividades de vacinação, avaliando:
cobertura vacinal, taxa de abandono, eventos
adversos, inconsistência e/ou erros de registros no
sistema, calculando o percentual de utilização e
perda (física e técnica) de imunobiológicos,
revisando os arquivos e relatórios com informação
individual de vacinados para estabelecer ações de
busca ativa de faltosos.

// Metas das coberturas vacinais


A equipe que atua na sala de vacina assume
papel fundamental na qualidade dos dados,
pois são responsáveis pela entrada de dados
no sistema.

O enfermeiro é responsável pela supervisão, pelo


monitoramento do trabalho desenvolvido na sala
de vacina, por analisar os dados, avaliar erros,
inconsistências, completude e quando necessário
fazer a correção do dado no sistema e pelo
processo de educação permanente da equipe. Cabe
ressaltar que o auxiliar/técnico de enfermagem tem
o saber da experiência que não pode ser
desconsiderado, pelo contrário, faz-se necessário
para o trabalho em equipe, visando a qualidade da
assistência.

// Metas das coberturas vacinais


// CONSIDERAÇÕES
FINAIS
Chegamos ao final desta aula. É
importante destacar os seguintes
pontos abordados:

● A alimentação oportuna dos sistemas de


informação possibilita o monitoramento e a
avaliação das coberturas vacinais, permitindo
a adoção de estratégias diferenciadas, em
especial nas áreas endêmicas, com circulação
ativa de doenças imunopreveníveis e com
coberturas vacinais abaixo das metas
estabelecidas para cada imunobiológico,
além de permitir a identificação de eventos
adversos supostamente atribuíveis à
vacinação.
● É importante destacar o conhecimento dos
sistemas de informações como instrumento
para avaliação e planejamento das ações de
imunização, que geram os dados para serem
avaliados e tomadas as decisões, sendo a
base para os indicadores em imunização e
metas de cobertura. O planejamento é uma
ação imprescindível para que as atividades de
imunizações sejam executadas de maneira
plena e efetiva, garantindo ao usuário do
Sistema Único de Saúde (SUS) o acesso à
prestação de um serviço oportuno, seguro e
de qualidade.
● A fidedignidade e qualidade do registro das
doses aplicadas e nos dados coletados são
importantes, pois as doses aplicadas
nominalmente compõem um numerador,
impactando diretamente na construção dos
indicadores de imunizações.

// Considerações Finais
● A vigilância em saúde deve estar cotidianamente
inserida em todos os níveis de atenção da saúde.
A partir de suas específicas ferramentas, as
equipes de saúde da atenção básica podem
desenvolver habilidades de programação e
planejamento, de maneira a organizar os serviços
com ações programadas de atenção à saúde das
pessoas, aumentando o acesso da população a
diferentes atividades e ações de saúde.
● A territorialização é uma das estratégias
direcionadoras nas ações de planejamento,
conhecendo assim as particularidades,
vulnerabilidades e características específicas da
população a ser vacinada.
● Todos os profissionais de enfermagem que atuam
nas unidades básicas e em serviços de
imunização, são atores importantes e
fundamentais nos processos de planejamento e
avaliação das metas e coberturas vacinais,
enfatizando a importância da supervisão do
enfermeiro em todo o processo.

Até a
próxima!

// Considerações Finais
Brasil. Ministério da Saúde. Diretrizes
Nacionais da Vigilância em Saúde. PNI_
Anexo V – Instrução Normativa Referente Ao
//

Calendário Nacional De Vacinação 2020.


[acesso em: 18 de agosto de 2021]
referências

Disponível em:
https://www.gov.br/saude/pt-br/media/pdf
/2021/junho/09/instrucao-normativa_calen
dario-de-vacinacao-2020-1.pdf
Brasil. Ministério da Saúde. Diretrizes
Nacionais da Vigilância em Saúde-Série
pactos pela saúde 2006-volume 13 2010.
[acesso em: 18 de agosto de 2021]
Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes
/diretrizes_nacionais_vigilancia_saude.pdf
Brasil. Ministério da Saúde. Informe Técnico.
Campanha Nacional de Vacinação contra
COVID-19. [acesso em: 18 de agosto de
2021] Disponível em:
https://www.conasems.org.br/wp-content/u
ploads/2021/01/1611078163793_Informe_T
ecnico_da_Campanha_Nacional_de_Vacinac
ao_contra_a_Covid_19-1.pdf
Brasil. Ministério da Saúde. Manual de
Normas e Procedimentos para Vacinação.
Secretaria de Vigilância em Saúde.
Departamento de Vigilância em Doenças
Transmissíveis, 2014. [acesso em: 18 de
agosto de 2021] Disponível
em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publica
coes/manual_procedimentos_vacinacao.pdf

// referências
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Nacional de Imunização-PNI 40 anos.
//

Secretaria de Vigilância em Saúde.


Departamento de Vigilância em Doenças
referências

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Brasil. Ministério da Saúde. PNI Coberturas
Vacinais no Brasil. 2010-2014. Secretaria de
Vigilância em Saúde. [acesso em: 18 de
agosto de 2021 ] Disponível em:
https://portalarquivos2.saude.gov.br/image
s/pdf/2017/agosto/17/AACOBERTURAS-VACI
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Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de
Vigilância em Saúde. Manual Si-Pni 2018.
[acesso em: 18 de agosto de 2021 ]
Disponível em:
http://pni.datasus.gov.br/sipni/documentos
/manual_sipni.pdf
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de
Vigilância em Saúde. Manual Si-Pni 2018.
[acesso em: 18 de agosto de 2021 ]
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// referências
Brasil. Ministério da Saúde. Informe Técnico.
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2021 ] Disponível em:
referências

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Bahia. Secretaria da Saúde.
Superintendência de Vigilância e Proteção da
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Epidemiológica. Coordenação do Programa
Estadual de Imunizações. Manual de
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Couto MT, Barbieri CLA, Matos CCS.
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14.pdf (LUNA et al, 2011)
Manual do Usuário. Módulo planejamento.
DigiSUS Gestor. [acesso em: 18 de agosto de
2021 ] Disponível em:
https://www.conasems.org.br/wp-content/u
ploads/2018/12/Manual_7250273_INSTRUTI
VO_GERAL_DGMP_26_11.Final_.pdf
Manual do (a) gestor (a) Municipal do SUS -
diálogos no cotidiano - 2ª edição digital -
revisada e ampliada - 2021. [acesso em: 18
de agosto de 2021 ] Disponível em:
https://www.conasems.org.br/wp-content/u
ploads/2021/02/manual_do_gestor_2021_F
02.pdf
NOTA INFORMATIVA Nº
47/2018-CGPNI/DEVIT/SVS/MS. Integração
entre o Sistema de Informação do Programa
Nacional de Imunização (SIPNI) e a estratégia
e-SUS Atenção Básica (AB). [acesso em: 18
de agosto de 2021 ] Disponível em:
https://antigo.saude.gov.br/images/pdf/201
8/marco/16/SEI-MS-2835675-Nota-Informat
iva-47-2018-integracao-SIPNIx-e-SUS-AB.pdf

// referências
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