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Proposta Da Política Curricular de Angola
Proposta Da Política Curricular de Angola
1
de procedimentos capazes de assegurar a realização de uma educação
escolarizada expectável por todos, ou seja, aquela de carácter inclusiva,
integradora e de qualidade, implica a definição de estratégias e a tomada
de medidas que visem a contextualização e recontextualização do
paradigma educativo à realidade do país, partindo de pressupostos
didáctico-pedagógicos mais actualizados.
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base teórico-normativa contextualizada à realidade angolana como
regente de todas as actividades inerentes ao processo de organização e
gestão curricular, o núcleo do processo de ensino-aprendizagem, nos
níveis de ensino da Educação Pré-Escolar, Primário e Secundário, sob
tutela do Ministério da Educação.
Na generalidade:
3
Na especialidade:
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Artigo 52º - Livro do Aluno
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Artigo 70º - Papel do gestor escolar
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CAPÍTULO I
Disposições Gerais
Artigo 1º
(Objecto)
1. O presente Diploma estabelece a Política Curricular aplicável aos
níveis de ensino da Educação Pré-Escolar, de Ensino Primário e
Ensino Secundário do Sistema de Educação e Ensino.
2. A Política Curricular defineos fundamentos, os princípios, os
parâmetros e os procedimentos conducentes ao Desenho,
Desenvolvimento e Avaliação Curricular, assim como cria as
condições necessárias para a organização e gestão das práticas
educativas, propondo-se a melhoria contínua e permanente da relação
entre o ensino e aprendizagem.
Artigo 2º
(Objectivos)
São objectivos da Política Curricular dos Níveis de Ensino da Educação
Pré-Escolar, Ensino Primário e Ensino Secundário os seguintes:
a) Organizar a estrutura conceptual derivada das Ciências da
Educação com vista a praticabilidade de uma educação
inclusiva, integradora e de qualidade.
b) Definir os fundamentos para subsidiar o desenho,
desenvolvimento e avaliação curricular, no sentido de
satisfazer as exigências da política educativa do Estado.
c) Estabelecer os princípios da Política Curricular que regem o
desenho, desenvolvimento e avaliação curricular com vista a
operacionalização eficiente da política educativa do Estado.
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d) Orientar a organização e gestão das práticas educativas nas
instituições de ensino visando a promoção da educação
inclusiva, integradora e de qualidade.
e) Estabelecer um quadro de referência curricular que define um
conjunto de pressupostos teóricos, epistemológicos,
pedagógicos, metodológicos e integradores dos processos de
desenho, desenvolvimento e avaliação curricular.
f) Estabelecer um sistema de competências a serem trabalhadas
no processo de ensino-aprendizagem para o desenvolvimento
integral do aluno.
g) Assumir um modelo pedagógico que propicie a realização
efectiva da relação entre os processos de ensino e da
aprendizagem.
h) Contribuir para a sistematização dos componentes do processo
de ensino-aprendizagem nos diferentes contextos educativos do
sistema de educação e de ensino, a partir do currículo nacional.
Artigo 3º
(Âmbito de aplicação)
10
Artigo 4º
(Definições)
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caracterizando o modo de actuação na resolução de distintos
problemas, dentre outras, de natureza social, económica, cultural,
política, científica.
f) Contextualização do Currículo: processo de adequação dos
saberes curriculares à realidade dos contextos educativos como
forma de garantir o diálogo efectivo entre os saberes universais e os
saberes locais.
g) Currículo: conjunto de acções planificadas para assegurar a
preparação integral dos sujeitos para as exigências da vida
individual e colectiva. Compreende os objectivos; os conteúdos; as
actividades de ensino e da aprendizagem,ou seja, métodos e
técnicas de ensino e de avaliação; bem como as orientações gerais
relativas à organização e gestão do processo de ensino-
aprendizagem.
h) Disciplina curricular: conjunto de saberes e experiências
organizadas de forma lógica e sequencial que objectivam
habilidades, atitudes, valores e ética, no quadro de uma
determinada área de conhecimento, para promover a formação
integral dos sujeitos em construção social.
i) Flexibilidade do currículo: mecanismos de integração,
contextualização e inclusão dos diferentes saberes e experiências
dos actores na organização e gestão do processo de ensino-
aprendizagem.
j) Inovação Pedagógica: corresponde a acções que se desenvolvem
no sentido de melhorar a qualidade da organização e gestão dos
processos de ensino, da aprendizagem e da avaliação visando uma
educação inclusiva, integradora e de qualidade.
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k) Intradisciplinaridade: relação sequencial e coerente dos
conteúdos dentro de uma disciplina curricular.
l) Interdisciplinaridade: interacção entre duas ou mais disciplinas
produto da qual as mesmas enriquecem-se mutuamente nos marcos
dos conceitos, das teorias, das leis, dos princípios e metodologias de
ensino e de investigação científica de cada uma das disciplinas.
m)Integração curricular: confluência de saberes de diferentes áreas
de conhecimentos resultante de rupturas de fronteiras
disciplinares, isto é, sem a sua fragmentação originária,
constituindo um campo disciplinar.
n) Interactividades: comunicação recíproca que permite a interacção
entre indivíduos ou elementos do sistema educativo.
o) Matrizes Curriculares de Referência: conjunto de descritores
indicativos das aprendizagens esperadas que os alunos têm de
desenvolver em diferentes disciplinas dos níveis de ensino
verificáveis mediante distintos tipos de actividades avaliativas.
p) Modelos Curriculares: conjunto de premissas teóricas, políticas,
administrativas, didácticas e pedagógicas que sustentam a
organização e gestão curricular de um determinado sistema
educativo.
q) Multidisciplinaridade: interacção de saberes de diferentes
disciplinas concorrentes para a formação integral dos sujeitos em
construção social.
r) Níveis de Aprendizagens: modo de organização e gestão da
relação entre os processos de ensino e da aprendizagem, na
sequência dos quais resultam a aprendizagem mecânica ou
significativa.
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s) Parâmetros Curriculares Nacionais: directrizes curriculares
que orientam os processos de desenho, desenvolvimento e avaliação
curricular, por meio da normatização de aspectos fundamentais
concernentes à aprendizagem em cada disciplina.
t) Perfil: conjunto de capacidades ou aptidões que os indivíduos
devem possuir no início e no final de um determinado ciclo ou nível
de formação. O Perfil estabelece uma configuração dinâmica de
características existentes (perfil inicial) ou expectáveis (perfil final)
dos indivíduos sujeitos à formação para as exigências da vida
individual e colectiva.
u) Problematização: forma de organização e gestão de processos de
ensino e da aprendizagem que remete os sujeitos (professor-aluno)
à formulação e resolução de problemas de situações reais ou
hipotéticas, por meio de estratégias apropriadas com vista a
promoção da aprendizagem significativa.
v) Processo de ensino-aprendizagem: conjunto de actividades e
tarefas que, de modo intencional, estruturado e inter-relacionado
num plano curricular,se realizam nas instituições de ensino, de
acordo com as condições especialmente criadas para o efeito e sob
orientação do professor.
w) Política Curricular: conjunto de fundamentos, princípios,
critérios e normas jurídicas que visam definir e orientar o desenho,
desenvolvimento e avaliação curricular, visando a organização e
gestão do processo de ensino-aprendizagem.
x) Plano Curricular: forma particular da estruturação curricular
com relevância para os indicadores e instruções curriculares,
relacionáveis aos diferentes componentes, particularmente os
objectivos, a organização do ciclo ou do subsistema, as disciplinas,
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os conteúdos,os tempos lectivos,as orientações metodológicas de
ensino e da avaliação, os perfis de entrada e de saída.
y) Qualidade Educativa: excelência da relação entre o produto, o
contexto, o processo, os insumos educativos e a sua pertinência com
os objectivos preconizados.
z) Recontextualização Curricular: reinterpretação permanente
dos saberes curriculares na sua relação com os contextos espaciais e
temporais, em busca de significância destes na vida dos sujeitos em
construção social, na organização e gestão do processo de ensino-
aprendizagem.
aa) Saberes Locais: conjunto de conhecimentos, habilidades,
atitudes, valores e ética que caracterizam as experiências em
contextos sócio-antropológicos específicos.
bb) Teorias da Aprendizagem: modelos epistemológicos de
natureza psicológica e sociológica que procuram explicar os
processos e os condicionalismos de aprendizagem dos indivíduos.
cc) Transdisciplinaridade: nível superior de integração dos
conteúdos das disciplinas, ou seja, construção de um sistema de
saberes curricularessem fronteiras sólidas.
dd) Transversalidade: forma de organização e gestão do
trabalho didáctico-pedagógico que permite a integração e a
abordagem de vários conteúdos, que não configuram disciplinas
particulares, nas áreas de saber do plano curricular.
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acçõesque visam promover a eficiência, eficácia e pertinência da
relação desses processos.
CAPÍTULO II
FUNDAMENTOS DA POLÍTICA CURRICULAR
Artigo 5º
(Fundamentos)
1- Constituem fundamentos da Política Curricular de Angola, os
seguintes:
a) Fundamento filosófico;
b) Fundamento político-ideológico;
c) Fundamento histórico;
d) Fundamento sociológico;
e) Fundamento antropológico;
f) Fundamento psicológico;
g) Fundamento pedagógico;
h) Fundamento didáctico;
i) Fundamento económico.
2- Os fundamentos da Política Curricular dos Níveis de Ensino da
Educação Pré-Escolar, Ensino Primário e Ensino Secundário das
instituições públicas, público-privadas e privadas são amparados
pelos fins e princípios gerais do Sistema de Educação e Ensino,
definidos nos artigos 4º e 5º da Lei de Base do Sistema de Educação
e Ensino.
Artigo 6º
(Fundamento filosófico)
1- O fundamento filosófico configura-se no ideário da formação
integral do individuo reflexivo, crítico, criativo, inovador através da
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socialização intencional de saberes e experiências como herança
cultural da humanidade.
2- No quadro do desenho, desenvolvimento e avaliação curricular, os
elementos do ideário filosófico devem ser tidos em conta para a
construção do sistema de conhecimentos que promovem o
desenvolvimento de habilidades, atitudes, valores e ética,
imprescindíveis na formação integral do individuo.
Artigo 7º
(Fundamento político-ideológico)
1. O fundamento Político-ideológico consubstancia-se na perspectiva
da formação de sujeitos cidadãos ou com princípios democráticos e
de direito, baseados na dignidade da pessoa humana, valores
morais e éticos, para a construção de uma sociedade livre, justa,
solidária, de paz, de igualdade e progresso social.
2. No desenho, desenvolvimento e avaliação curricular, é necessário
ter-se em conta a perspectiva do fundamento politico-ideológico
como forma de garantir o cumprimento dos objectivos educacionais
do Estado Angolano.
Artigo 8º
(Fundamento histórico)
1. O fundamento histórico advém da necessidade da valorização do
passado e da nossa história através da abordagem no curricular
dos diferentes processos e períodos históricos as sociedades
angolanas, a partir das suas manifestações e reflexos no
desenvolvimento humano.
2. No desenho, desenvolvimento e avaliação curricular deve-se ter
em conta todos os elementos de carácter histórico como forma de
se garantir o alcance dos objectivos educacionais do Estado
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Angolano, no quadro de uma educação inclusiva, integradora e de
qualidade.
Artigo 9º
(Fundamento sociológico)
1. O fundamento sociológico da educação baseia-se nas diferentes
manifestações institucionais, organizacionais e identitárias,
particularmente familiares, económicas, culturais, políticas,
associativas, regionais, étnicas, linguísticas, de crenças, tendo em
consideração a sua influência no sistema da educação e ensino.
2. A incorporação desses elementos de natureza sociológica nas
dimensões curriculares e sua gestão nos processos de ensino e da
aprendizagem constitui uma necessidade da educação inclusiva,
integral e de qualidade.
Artigo 10º
(Fundamento antropológico)
1. Constitui fundamento antropológico a diversidade cultural, os
factores etnolinguísticos, os saberes e práticas locais, tendo em
conta as suas origens, usos, costumes, tradições, crenças, valores,
relações de parentesco, línguas e linguagens que conformam cada
indivíduo como um ser de cultura.
2. No desenho, desenvolvimento e avaliação curricular deve-se ter em
conta esses elementos de natureza antropológica para o alcance dos
objectivos educacionais do Estado Angolano, que visando
preparação integral do indivíduo nos processos de ensino e da
aprendizagem.
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Artigo 11º
(Fundamento psicológico)
1. O fundamento psicológico constitui o conjunto de princípios, teorias,
leis, normas, funções epistemológicas da Psicologia que objectivam
o desenvolvimento integral do sujeito em construção social.
2. No desenho, desenvolvimento e avaliação curricular, deve-se ter em
conta os elementos de natureza psicológica para a promoção do
desenvolvimento efectivo da estrutura cognitiva, psico-motor e
afectivo do indivíduo, como fundamento do processo de ensino-
aprendizagem.
Artigo 12º
(Fundamento pedagógico)
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2. A incorporação desses elementos de natureza didáctica visa
garantir o desenho, desenvolvimento e avaliação ao serviço de uma
educação escolarizada inclusiva, integradora e de qualidade.
Artigo 14º
(Fundamento económico)
1. O fundamento económico vale-se da necessidade de o desenho,
desenvolvimento e avaliação curricular estarem voltados para a
formação do capital humano que corresponda aos desafios do
desenvolvimento actual e futuro da sociedade, baseando-se na
realidade económica.
2. A observância do fundamento económico no desenho,
desenvolvimento e avaliação curricular, constitui uma das formas
de se garantir a formação de sujeitos para a empregabilidade, e a
consequente produção de riquezas materiais e imateriais,
necessárias ao desenvolvimento socioeconómico do país.
Capítulo III
Princípios da Política Curricular de Angola
Artigo 15º
(Princípios da Política Curricular de Angola)
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e) Princípio da Flexibilidade do Currículo
Artigo 16º
(Princípio da Unicidade do Currículo)
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Artigo 18º
(Princípio de Carácter de Acessibilidade)
1. A acessibilidade curricular visa o asseguramento do direito dos
actores do acto educativo intencional ao acesso de todos os
materiais curriculares e equipamentos necessários para a
operacionalização do processo de ensino-aprendizagem.
2. O acesso aos materiais curriculares e equipamentos deve ser
garantido aos diferentes ciclos de formação e ensino, incluindo as
modalidades de ensino, sem quaisquer tipos de discriminação como
forma de assegurar a operacionalização de aulas teóricas, teórico-
práticas e práticas em todos os espaços educativos.
Artigo 19º
(Princípio da Relação entre a Teoria e a Prática)
1. O processo de desenho, desenvolvimento e avaliação curricular deve
ser feito na base da unidade dialéctica entre a teoria e a prática,
convindo o desenvolvimento integral do indivíduo nas esferas
cognitiva, psicomotor e afectiva.
2. A relação entre a teoria e a prática objectiva o asseguramento da
formação integral do individuo mediante combinação de métodos,
técnicas e formas de organização e gestão do processo de ensino-
aprendizagem na abordagem dos saberes curriculares em aulas
teórico-práticas e práticas.
Artigo 20º
(Princípio da Flexibilidade do Currículo)
Capítulo IV
QUADRO DE REFERÊNCIA CURRICULAR
Artigo21º
(Elementos do Quadro de Referência Curricular)
Constituem elementos do Quadro de Referência Curricular os seguintes:
a) Tendências Pedagógicas Progressistas;
b) Teorias Sócio-Construtivistas de Aprendizagem;
c) Modelo do Desenho Curricular Misto;
d) Abordagem Curricular Mista;
e) Parâmetros Curriculares;
f) Matrizes Curriculares de Referência;
g) Níveis de Aprendizagem;
h) Elementos Estruturantes dos Saberes Curriculares;
i) Principais Competências curriculares a desenvolver no aluno.
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Artigo 22º
(Tendências pedagógicas progressistas)
Artigo 23º
(Teorias Socio-construtivistas de aprendizagem)
1- As Teorias de Aprendizagem adoptadas como regentes dos
processos de desenho, desenvolvimento e avaliação curricular para
os níveis de Educação Pré-Escolar, Ensino Primário e Ensino
Secundário em Angola são as sócio-construtivistas.
2- O desenho, desenvolvimento e avaliação curricular, deve ser feito
na base das teorias sócio-construtivistas que consideram os
contextos bem como as histórias e experiências de vida dos sujeitos
e as suas temporalidades.
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3- Na elaboração e implementação do currículo deve-se ter em conta
que o aluno é um sujeito em construção com conceitos emergentes
sobre a realidade por ampliar e agregar novos conceitos através de
várias interactividades nomeadamente:
a) Interactividades intelectuais;
b) Interactividades físicas;
c) Interactividades afectivas;
d) Interactividades sociais;
e) Interactividades verbais;
f) Interactividades sensoriais.
4. Na efectivação do disposto no número 3, relativamente a
organização e gestão do currículo, e no âmbito das teorias
socioconstrutivistas e tendências pedagógicas progressistas, deve-se
ter em conta os métodos e técnicas participativas de ensino, da
avaliação e da aprendizagem.
Artigo 24º
(Modelo do desenho Curricular Misto)
1- O Modelo Curricular adoptado para os níveis de Educação Pré-
Escolar, Ensino Primário e Ensino Secundário é o misto, que
resultada combinação entre o modelo disciplinar e o de resolução
de problemas.
2- O Modelo curricular disciplinar e resolução de problemas
configura-se na integração de conteúdos significativos que
dialogam com o quotidiano, desenvolvendo competências
cognitivas através da aplicação dos saberes curriculares a várias
situações da vida.
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3- O desenho, desenvolvimento e avaliação de um currículo misto
deve ter em conta três diferentes níveis de abordagem dos
saberes curriculares, nomeadamente:
a) Nível reprodutivo de conhecimento;
b) Nível aplicativo do conhecimento no mundo da ciência;
c) Nível aplicativo do conhecimento ao mundo social.
Artigo 25º
(Abordagem Curricular Mista)
1- A abordagem curricular adoptada na organização e gestão do
currículo para os níveis de Educação Pré-Escolar, Ensino
Primário e Ensino Secundário é Mista que inclui os objectivos,
conteúdos e as competências.
2- No processo de desenho, desenvolvimento e avaliação curricular
deve-se ter em conta a articulação indispensável entre os
objectivos, conteúdos e as competências a serem desenvolvidas
pelos sujeitos aprendentes, na transformação dos conteúdos de
ensino em aprendizagem.
Artigo 26º
(Parâmetros curriculares)
1- Os parâmetros curriculares configuram-se em normas gerais de
natureza didáctico-pedagógica de referência para o desenho,
desenvolvimento e avaliação curricular.
2- O processo de organização e gestão do currículo nos níveis de
Educação Pré-Escolar, Ensino Primário e Ensino Secundário,
deve ser feito na base dos parâmetros curriculares nacionais de
referência, no quadro do atendimento da diversidade social,
histórica, cultural e económica, promovendo uma educação
inclusiva, integradora e de qualidade.
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Artigo 27º
(Matrizes curriculares de referência)
1- As matrizes curriculares de referência configuram descritores de
aprendizagem para o desenho e implementação da avaliação
curricular nos níveis de Educação Pré-Escolar, Ensino Primário
e Ensino Secundário.
2- O processo de organização e gestão da avaliação quer no processo
de ensino-aprendizagem, quer na certificação de competências
avaliadas a partir de exames nacionais, deve ser feito na base
das matrizes de referência curricular, visando assegurar a
uniformização dos indicadores de qualidade educativa.
3- A utilização obrigatória de matrizes de referência curricular
permite a avaliação integral das três dimensões objectos de
acção didáctico-pedagógico, nomeadamente:
a) dimensão cognitiva;
b) dimensão psicomotora;
c) Dimensão afectiva.
Artigo 28º
(Níveis de Aprendizagem)
1- Os níveis de aprendizagens configuram perspectivas didáctico-
pedagógicas da abordagem dos saberes curriculares no processo
de ensino-aprendizagem, visando a aprendizagem significativa.
2- No processo de organização e gestão do currículo nos diferentes
níveis de ensino deve-se ter em conta os seguintes níveis de
aprendizagem:
a) Nível reprodutivo de conhecimento;
b) Nível aplicativo do conhecimento no mundo da ciência;
c) Nível aplicativo do conhecimento ao mundo social.
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3- A utilização dos três níveis de aprendizagem na abordagem dos
conteúdos programáticos objectiva o desenvolvimento integral do
sujeito nas dimensões cognitiva, psicomotora e afectiva,
mediante o diálogo entre saberes universais e saberes locais.
Artigo 29º
(Elementos Estruturantes dos Saberes Curriculares)
O desenho, desenvolvimento e avaliação curricular devem ser
realizados na base dos elementos estruturantes dos saberes
curriculares, resumidos na CHAVE que representa os
conhecimentos, habilidades, atitudes, valores e ética.
Artigo 30º
(Conhecimentos)
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Artigo 31º
(Habilidades)
1. As habilidades constituem conjunto de saberes-fazer que
resultam, em geral, de uma aprendizagem eventualmente
favorecida por disposições ou aptidões inatas, designadamente
leitura, escrita, numeracia, alfabetização informática,
alfabetização mediática, plasticidade mental, curiosidade de
espírito, capacidade para identificar os problemas e para os
resolver, criatividade, capacidade de trabalhar em grupo,
resiliência, destrezas motoras, comunicação.
2. No processo de desenho, desenvolvimento e avaliação curricular
deve-se ter em conta as diferentes habilidades essenciais para o
alcance dos objectivos educacionais do Estado angolano no
desenvolvimento da dimensão psicomotor do sujeito em
construção social.
Artigo 32º
(Atitudes)
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Artigo 33º
(Valores)
1. Os valores representam um conjunto de regras e convicções
fundamentais estabelecidas para uma boa convivência dentro de
uma determinada sociedade, designadamente mérito, reputação,
talento, coragem, valentia, tolerância, senso de justiça,
honestidade, humildade, empatia, solidariedade, democracia,
respeito às diversidades, paz.
2. Na organização e gestão do currículo deve-se ter em conta os
diferentes valores sociais, históricos culturais, económicos,
morais e espirituais para a formação integral do sujeito no
quadro dos objectivos educacionais do Estado angolano no
desenvolvimento da esfera afectiva do sujeito em construção
social.
Artigo 34º
(Ética)
1. A ética fundamenta-se num conjunto de princípios e valores
adoptados que regem o comportamento do indivíduo na
convivência social nos diferentes domínios da vida.
2. Na organização e gestão do currículo deve-se ter em conta os
diferentes princípios éticos e valores indispensáveis para a
formação integral do sujeito no quadro dos objectivos
educacionais do Estado angolano no desenvolvimento da esfera
afectiva do sujeito em construção social.
Artigo 35º
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a) Competências no domínio de linguagens e textos;
b) Competência no domínio de informação e comunicação;
c) Competências no domínio de saber centífico, técnico e tecnológico
d) Competências no domínio das Tecnologias de Informação e
Comunicação
e) Competência social e cívica
f) Competência cultural e artística
g) Competência para aprender a aprender
h) Competência para autonomia, iniciativa pessoal e espírito
empreendedor.
Artigo 36º
(Competências no domínio de linguagens e textos)
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c) Dominar capacidades nucleares de compreensão e de expressão
nas modalidades oral,escrita, visual e multimodal.
3. O desenho, desenvolvimento e avaliação curricular deve assegurar
o desenvolvimento, no sujeito em construção social, das
competências no domínio de linguagens e textos no processo de
ensino-aprendizagem aplicada em várias situações da vida, visando
a formação intregal, inclusiva e de qualidade.
Artigo 37º
(Competência no domínio de informação e comunicação)
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Artigo 38º
(Competências no domínio de Saber científico, técnico e
tecnológico)
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Artigo 39º
(Competência no domínio das tecnologias de informação e
comunicação)
1. A competência no domínio das tecnologias de informação e
comunicação (TIC) objectiva a preparação do indivíduo para
compreender e utilizar de um modo eficaz, eficiente, ético e
responsável as TIC em todas as suas dimensões, nos distintos
domínios da vida social.
2. A organização e gestão do currículo deve ter em conta as TIC
visando o desenvolvimento de competências da esfera digital para a
formação integral do sujeito em construção social, no quadro dos
objectivos educacionais do Estado angolano.
Artigo 40º
(Competência social e cívica)
Artigo 41º
(Competência cultural e artística)
Artigo 42º
(Competência para aprender a aprender)
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tomada de iniciativa e decisão pessoal e do espírito empreendedor
com vista a assegurar a educação inclusiva, integral e de qualidade.
Capítulo V
ORGANIZAÇÃO E GESTÃO CURRICULAR
Secção 1
(Estruturação Curricular)
Artigo 44º
(Estruturação específica do currículo)
Os currículos dos ciclos de ensino e formação dos Níveis de Ensino
da Educação Pré-escolar, Ensino Primário e Secundário, devem
obedecer a estruturação específica conforme o disposto no presente
diploma e demais legislação complementar.
Artigo 45º
(Elementos da estruturação curricular)
1. Os currículos dos níveis de ensino da educação pré-escolar,
primário e secundário devem conter os elementos curriculares
que contribuem à estruturação e harmonização das actividades
decorrentes do processo de ensino-aprendizagem.
2. O currículo de cada um dos ciclos de ensino e formação, destes
níveis de ensino, deve conter na sua estrutura os seguintes
elementos:
a) Perfil de entrada;
b) Perfil de saída;
c) Plano curricular;
d) Plano de estudo;
e) Programas das disciplinas;
f) Livro Escolar;
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g) Livro do aluno;
h) Livro de actividades;
i) Livro do professor;
j) Sistema de avaliação;
k) Caderneta de avaliação;
l) Relatório descritivo
Artigo 46º
(Perfil de Entrada)
1. O perfil de entrada configura-se num conjunto dos elementos
indicativos da CHAVE exigíveis ou desejáveis que o sujeito em
construção social deve possuir à entrada a um determinado ciclo de
ensino e formação, classe, unidade temática que favorece a
aprendizagem significativa.
2. Na organização e gestão do processo de ensino-aprendizagem deve-
se ter em conta o perfil de entrada do sujeito em construção social,
para assegurar o cumprimento dos objectivos educacionais do
Estado angolano.
Artigo 47º
(Perfil de Saída)
1. O perfil de saída configura-se num conjunto dos elementos
estruturantes da CHAVE correspondente à um ciclo de ensino e
formação, classe e unidade temática que representa a
aprendizagem comparável com os objectivos educacionais
correspondentes.
2. Nos processos de desenho, desenvolvimento e avaliação curricular
deve-se ter em conta os elementos constitutivos da CHAVE.
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Artigo 48º
(Plano Curricular)
1- O plano curricular representa um modo particular de
estruturação do currículo, com relevância para os referenciais
curriculares que objectiva os planos de estudos com os
respectivos perfis de saída e os diferentes recursos didáctico-
pedagógicos adequados à sua concretização.
2- A estruturação do plano curricular deve ser feita tendo em conta
os seguintes elementos:
a) Denominação do ciclo de ensino e formação;
b) Ficha técnica;
c) Índice;
d) Introdução;
e) Objectivos gerais do ciclo;
f) Caracterização do ciclo;
g) Estrutura teórico-conceptual do paradigma educativo;
h) Perfil de entrada;
i) Perfil de saída;
j) Plano de estudo
k) Princípios orientadores do processo de ensino-aprendizagem;
l) Planificação do processo de ensino-aprendizagem;
m) Tarefas e actividades de ensino-aprendizagem;
n) Actividades avaliativas e interactividades;
o) Bibliografia.
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Artigo 49º
(Plano de Estudo)
1. O Plano de estudo configura as disciplinas com os correspondentes
tempos lectivos semanais e anuais, bem como a duração dos ciclos
de ensino e formação em cada nível ou curso.
2. A estruturação do plano de estudo, como integrante do plano
curricular, é feita numa tabela contendo:
a) Relação nominal das disciplinas;
b) Carga horária de cada disciplina;
c) Extensão temporária da disciplina.
Artigo 50º
(Programa da Disciplina)
1. O Programa da Disciplina configura-se como um sistema de
elementos reitores do processo de ensino-aprendizagem,
estruturados em saberes curriculares, objecto de tratamento
didáctico-pedagógico na escola.
2. Nos termos do previsto no número anterior, os saberes
curriculares sustentam a planificação de aulas, cuja gestão
demanda a construção de conhecimentos em torno de conceitos,
leis, teorias, princípios científicos, entre outros elementos de
natureza científica estruturados no programa, visando o
desenvolvimento do sistema de habilidades, valores, princípios
éticos do sujeito em construção social.
3. A estruturação do Programa da Disciplina deve ser feita tendo
em conta os seguintes elementos:
a) Denominação do ciclo de ensino e formação;
b) Ficha técnica;
c) Índice;
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d) Introdução geral
e) Objectivos gerais do ciclo de ensino e formação;
f) Plano temático com a respectiva carga horária;
g) Desenvolvimento do plano temático em conteúdos
específicos colocados num quadro, precedido de objectivos
gerais do tema, sendo que o quadro constará de objectivos
específicos, conteúdos, tipos de aulas e quantidade de aulas,
nessa ordem;
h) Sugestões metodológicas que englobem as actividades de
ensino, aprendizagem e avaliação;
i) Bibliografia
Artigo 51º
(Livro Escolar)
1. O Livro Escolar constitui o material docente utilizado na
preparação metodológica da disciplina e na realização e
avaliação do processo de ensino-aprendizagem, e evidencia-se
como um sistema articulado, cujos componentes são:
a. O Livro do Aluno;
b. O Livro de Actividades;
c. O Livro do Professor.
2. A organização e gestão do processo de ensino-aprendizagem
devem ser feitas na base dos mesmos elementos estruturantes
do Livro Escolar, em todas as escolas públicas, público-privadas
e privadas.
Artigo 52º
(Livro do Aluno)
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para o desenvolvimento das competências definidas no
programa da disciplina, alcançáveis através do domínio
dos conteúdos.
2. O domínio dos conteúdos contidos no Livro do Aluno
pressupõe a preparação integral do indivíduo para as
exigências da vida individual e colectiva, resulta da
interacção entre aluno e o material.
3. A estruturação do Livro Aluno, no quadro da presente
política curricular, deve ser feita tendo em conta os
seguintes elementos:
a) Os conteúdos programáticos da disciplina;
b) Os pressupostos didáctico-pedagógicos estabelecidos na
presente lei sem prejuízo as demais leis que regem a política
educativa do Estado angolano;
c) Denominação do ciclo de ensino e formação;
d) Ficha técnica;
e) Preâmbulo do(a) titular da pasta ministerial;
f) Índice;
g) Introdução;
h) Objectivos Gerais da Disciplina no Ciclo;
i) Desenvolvimento temático precedido dos objectivos gerais de
cada tema para os níveis do Ensino Primário e Secundário,
sendo que as fichas da Educação Pré-escolar corporizam as
actividades de aprendizagem das crianças;
j) Bibliografia;
k) Hino Nacional na contracapa.
41
Artigo 53º
(Livro de actividades)
1. O Livro de Actividades consiste em propostas de trabalhos de
aplicação dos saberes curriculares ou exercícios que auxiliam os
alunos a compreender, analisar, sintetizar, avaliar, aprofundar,
ampliar e valorizar os conteúdos tratados no livro do aluno,
convertendo-os em conhecimentos, habilidades, atitudes, valores e
princípios éticos, que concorrem para a preparação integral do
sujeito em construção social.
2. A estruturação do Livro de Actividades, no quadro da presente
política curricular, além dos demais pressupostos de natureza
didáctico-pedagógica, deve ser feita na base dos seguintes
elementos:
a) Denominação do ciclo de ensino e formação;
b) Ficha técnica;
c) Índice;
d) Introdução geral;
e) Objectivos do livro de actividades;
f) Níveis de aprendizagem das actividades;
g) Estruturação das actividades por tema operacionalizado por
subtemas, precedida de uma breve introdução;
h) Construção ou formulação actividades com base em situações-
problema, de diferentes níveis de complexidade;
i) Soluções das actividades sem os procedimentos de resolução;
j) Bibliografia;
k) Hino Nacional na contracapa.
42
Artigo 54º
(Livro do professor)
1. O Livro do Professor configura-se num conjunto de sugestões de
natureza metodológica para a orientação da prática docente,
objectivando um ponto de encontro de critérios dos professores em
relação às tarefas de preparação metodológica do ensino da
disciplina, bem como a execução e avaliação do processo de ensino-
aprendizagem.
2. A estruturação do Livro do Professor, no quadro da presente
política curricular, deve incorporar os seguintes elementos:
a) Denominação da disciplina e do ciclo de ensino e formação;
b) Ficha técnica;
c) Introdução;
d) Objectivos gerais do Livro do Professor no ciclo de ensino e
formação;
e) Componentes da Didáctica e sua importância no processo de
ensino-aprendizagem;
f) Resumo das teorias de aprendizagem e tendências
pedagógicas reitoras do processo de ensino-aprendizagem;
g) Recursos didáctico-pedagógicos para a gestão do programa
da disciplina;
h) Sugestões metodológicas gerais sobre a gestão dos conteúdos
de cada tema para uma educação inclusiva, integradora e de
qualidade baseada na CHAVE, começando pelo tratamento
metodológico do tema e a sua dosificação;
i) Sugestões gerais sobre a organização e gestão de actividades
avaliativas para a aprendizagem significativa;
j) Bibliografia
43
Artigo 55º
(Sistema de Avaliação das aprendizagens)
1. O Sistema de Avaliação, como elemento da gestão curricular,
constitui o conjunto de normas que definem os procedimentos
utilizáveis na recolha, tratamento e análise de dados sobre as
evidências da aprendizagem significativa dos alunos, visando a
formulação de juízos de factos que informam a tomada de decisões.
2. As decisões a tomar com base nos resultados da interpretação dos
dados implicam a situação académica do aluno relativamente aos
pontos fortes e fracos na efectivação da aprendizagem, o
desempenho profissional do professor, a organização e gestão do
processo de ensino-aprendizagem em todos os níveis de
intervenção educativa, a família e sociedade.
3. A estruturação do Sistema de Avaliação, ao abrigo da presente lei,
deve constar dos seguintes elementos:
a) Denominação do ciclo de ensino e formação;
b) Ficha técnica;
c) Índice;
d) Procedimentos metodológicos para a recolha de dados;
e) Tipos de provas e exames;
f) Escalas de avaliação;
g) Procedimentos de classificação e suas fórmulas;
h) Condições de transição de classe;
i) Deficiências;
j) Condições de retenção;
k) Disposições finais.
44
Artigo 56º
(Caderneta de avaliação das aprendizagens)
1. A Caderneta de Avaliação constitui uma ferramenta ao serviço da
aprendizagem significativa, servindo para o registo de dados sobre
o desempenho académico do aluno ao longo do processo de ensino-
aprendizagem.
2. A estruturação da Caderneta de Avaliação, ao abrigo da presente
lei, deve constar dos seguintes elementos:
a) Denominação do ciclo de ensino e formação, incluindo a
disciplina para o ensino secundário;
b) Ficha técnica;
c) Dados do aluno com a fotografia e os da escola para o Ensino
Primário e dados do Professor da disciplina com a fotografia
e os da Escola para o Ensino Secundário;
d) Orientações gerais para o seu uso;
e) Formulário para a classificação dos resultados e legenda das
variáveis;
f) Espaços para o registo diário de dados por disciplina no
Ensino Primário, e espaços para os nomes dos alunos com a
fotografia e o registo de dados de avaliação no Ensino
Secundário;
g) Espaços para anotações diversas, qualitativos ou
quantitaivos.
Artigo 57º
(Relatório Descritivo)
1. O Relatório Descritivo constitui uma ferramenta ao serviço da
aprendizagem significativa, servindo para o registo de dados sobre
o desempenho académico do aluno da Educação Pré-escolar e das
45
classes iniciais dos ciclos de aprendizagem do Ensino Primário, ao
longo do processo de ensino-aprendizagem.
2. A estruturação Relatório Descritivo, ao abrigo da presente lei,
deve constar dos seguintes elementos:
a) Denominação do ciclo de ensino e formação;
b) Ficha técnica;
c) Dados do aluno com a fotografia e os da escola;
d) Orientações gerais para o seu uso;
e) Lista das aprendizagens básicas por cada disciplina e
respectiva legenda;
f) Espaços para o registo diário de dados por disciplina;
g) Espaços para anotações diversas.
Secção 2
(Planificação e Gestão Curricular)
Artigo 58º
(Dimensões Curriculares)
As Dimensões Curriculares para os processos de Planificação e Gestão do
currículo nos níveis de ensino da Educação Pré-escolar, Primário e
Secundário, sem prejuízos para as demais de natureza filosófica,
sociológica e antropológica, são as seguintes:
a) Desenho curricular
b) Desenvolvimento curricular
c) Avaliação curricular
46
Artigo 59º
(Desenho Curricular)
1- O desenho curricular representa a fase de concepção e elaboração dos
materiais curriculares que engloba os elementos constitutivos da
CHAVE, para os diferentes ciclos de ensino e formação,
operacionalizando as medidas de política educativa do Estado.
2- O desenho curricular deve assegurar e promover a articulação dos
diferentes saberes científicos para o desenvolvimento das
habilidades, atitudes, valores e ética, no quadro da garantia da
flexibilidade, contextualização e recontextualização dos saberes
universais para a efectiva integração curricular nas práticas
escolares.
Artigo 60º
(Desenvolvimento curricular)
1- O desenvolvimento curricular representa a fase de implementação
dos materiais curriculares desenhados no âmbito do cumprimento das
tarefas didáctico-pedagógicas visando o alcance dos objectivos da
política educativa do Estado angolano.
2- No desenvolvimento curricular deve-se cumprir com as tarefas
didáctico-pedagógicas em conformidade com os princípios da presente
política curricular, sem prejuízo para as demais leis, utilizando-se os
materiais curriculares oficiais concebidos para cada ciclo de ensino e
formação, durante a planificação e gestão do processo de ensino-
aprendizagem.
Artigo 61º
(Avaliação curricular)
1- A avaliação curricular configura-se como processo integral de recolha,
tratamento e análise de dados referentes à implementação das
47
medidas de política educativa do Estado angolano, para a formulação
de juízos de factos capazes de garantir a tomada de decisões
conducentes à melhoria da qualidade educativa.
2- Na avaliação curricular deve-se ter em conta todos os elementos que
permitem a tomada de decisões fundamentadas em dados sobre os
processos de desenho, desenvolvimento e a própria avaliação
curricular, visando a flexibilização, criatividade, criticidade e
inovação do acto educativo, para uma educação inclusiva, integradora
e de qualidade.
Artigo 62º
(Articulação entre as Dimensões Curriculares)
Na organização e gestão do processo de ensino-aprendizagem deve-se
assegurar a articulação entre as três dimensões curriculares,
nomeadamente desenho, desenvolvimento e avaliação, como forma de
garantir e promover a unidade indestrutível entre si, em busca de
procedimentos que assegurem o alcance dos objectivos da polítca
educativa do Estado angolano.
Secção 3
Gestão do Processo de Ensino-Aprendizagem
Artigo 63º
(Materiais Curriculares)
48
Artigo 64º
(Processo de Ensino-Aprendizagem)
49
programático para as aulas, na base dos materiais curriculares com
orientações e sugestões metodológicas da disciplina.
2. As tarefas da preparação metodológica são as seguintes:
a) Caracterização geral do tema;
b) Distribuição do conteúdo do tema em aulas (Dosificação);
c) Tratamento metodológico dos conteúdos do tema;
d) Operacionalização dos objectivos gerais do tema por aulas;
e) Planificação das aulas do tema.
3. Na gestão do processo de ensino-aprendizagem deve fazer a
preparação metodológica dos temas das disciplinas do plano de
estudo, utilizando os materiais curriculares para promover a
educação inclusiva, integradora e de qualidade.
4. A organização e gestão da preparação metodológica do processo de
ensino-aprendizagem da disciplina, devem ser feitas, sem prejuízo
aos demais artigos e leis, nos termos do presente artigo.
Artigo 66º
(Aula no Processo de Ensino-Aprendizagem )
1. A aula configura a forma fundamental de organização e gestão do
processo de ensino-aprendizagem, destinada, nos termos da presente
lei, à construção de conhecimentos para o desenvolvimento de
sistemas de habilidades, atitudes, valores e ética, em conformidade
com os objectivos educacionais expressos nos programas das
disciplinas.
2. Nos termos do número anterior, a aula pode ser teórica, teórico-
prática e prática, dependendo da natureza dos objectivos e dos
conteúdos programáticos da disciplina, objecto da abordagem.
50
3. A organização e gestão da aula, como núcleo do processo de ensino-
aprendizagem visando a preparação integral do indivíduo para os
desafios da vida, deve ser feita nos termos do presente artigo.
Artigo 67º
(Estratégias Didácticas para Gestão de Aula)
1. As estratégias didácticas para gestão de aula objectivam a
identificação e selecção dos métodos e técnicas de ensino, métodos e
técnicas de avaliação, convergentes em actividades de
aprendizagem, nomeadamente, trabalhos em grupos, chuvas de
ideias, discussão em plenárias, jogos pedagógicos, visitas de campo,
actividades práticas, portfólios, relatórios, perguntas orais,
perguntas escritas, debates, situação-problema, provas entre
outras.
2. Na gestão do processo de ensino-aprendizagem deve utilizar
diferentes estratégias didácticas, nas aulas, durante a abordagem
dos saberes curriculares para a promoção da educação inclusiva,
integradora e de qualidade.
Artigo 68º
(Interactividades para a gestão de aulas)
1. Nos termos da presente lei, constituem interactividades de
realização imprescindível na gestão da aula que demandem a
CHAVE, as seguintes:
a) Intelectuais – associadas à construção do
conhecimento;
b) Físicas – identificam-se com a manipulação de
diversos materiais didácticos e pedagógicos à disposição dos
alunos e professores;
51
c) Sociais – decorrentes da multiplicidade de relações
humanas que devem estabelecer-se ao longo do processo de
ensino-aprendizagem, durante as aulas;
d) Afectivas – configuram um conjunto de
manifestações de ordem psicológica relacionados com os
sentimentos e emoções, que variam de intensidade em
funçãodos níveis de satisfação relativamente aos processos e
resultados das actividades de aprendizagem;
e) Sensoriais–Sensações experimentadas com sucesso
ou insucesso durante o processo de ensino-aprendizagem,
geradas principalmente pela visão e audição;
f) Verbais – formas de expressão e comunicação
geradas durante o processo de ensino-aprendizagem, nas
relações entre alunos e alunos-professor.
2. A organização e gestão de aulas, no quadro do processo de ensino-
aprendizagem que busca a preparação integral do indivíduo, deve-
se diferentes estratégias didácticas, nas aulas, no sentido de
promover-se a pluralidade de interactividades para a educação
inclusiva, integradora e de qualidade.
Artigo 69º
(Ergonomia da sala de aula)
1- A ergonomia da sala de aula deve ser variada e flexível para
tornar funcional a gestão participativa e inclusiva de aulas, bem
como a materialização das interactividades que asseguram as
multiplas relações entre os alunos eprofessor-aluno.
2- A ergonomia variada e flexível pressupões diferentes formas de
organização dos alunos na sala de aula que podem ser em
52
pequenos grupos, em forma de U, em círculos ou em filas
frontais.
3- Na gestão do processo de ensino-aprendizagem deve utilizar-se
as diferentes formas organizacionais dos alunos na sala de aula,
no sentido de promover-se a pluralidade de interactividades para
a educação inclusiva, integradora e de qualidade.
Artigo 70º
(Papel do Gestor Escolar)
1. Na organização e gestão do processo de ensino-aprendizagem, os
papéis dos Gestores Escolares podem ser, dentre outros, os
seguintes:
a) Promoção de uma gestão participativa, inclusiva, reflexiva,
critica, criativa e inovadora;
b) Estabelecimento de parcerias com a comunidade;
c) Diligenciamento de diferentes espaços de socialização e
informação com a comunidade escolar e circundante;
d) Garantia de uma gestão eficaz e eficiente dos recursos humanos,
materiais, financeiros e tecnológicos que promovam o normal
funcionamento da escola;
e) Promoção de práticas que estimulem a aprendizagem
significativa e a participação activa de toda a comunidade
escolar em projectos e actividades extra-escolares;
f) Acompanhamento das actividades didáctico-pedagógicas dos
professores para agarantia e promoção da qualidade do
desempenho profissional dos docentes e a aprendizagem
significativa dos alunos;
53
g) Planificação e desenvolvimento de acções de formação contínua
dos professores e de outros agentes educativos para assegurar o
aperfeiçoamento técnico-profissional.
h) Participação activa na concepção, implementação e
acompanhamento do Projecto Educativo da Escola;
54
a) Preparação metodológica da disciplina, planificação e gestão do
processo de ensino-aprendizagem com o rigor e a qualidade
desejada;
b) Promoção de acções de interacção entre os alunos e a
comunidade;
c) Criação de condições que incentivem a participação dos alunos
em actividades tanto escolares como extra-escolares;
d) Promoção da relação entre a escola, a família e a comunidade;
e) Identificação e atendimento de alunos com necessidades
educativas especiais;
f) Identificação e atendimento das diferenças nos ritmos de
aprendizagemdos alunos, mediante a utilização de várias
estratégias de ensino;
g) Participação activa e regular em acções de formação contínua
para o seu aperfeiçoamento profissional;
h) Promoção do espírito colaborativo, reflexivo, critico, criativo e
inovador no trabalho em equipa com os outros professores;
i) Criação de condições didáctico-pedagógicas que visem o
despertar do espírito colaborativo, reflexivo, criativo, crítico e
inovadornos alunos;
j) Identificação de pessoas recursos na comunidade, sempre que
necessário, para reforçar a abordagem de uma determinada
temática;
k) Realização da autovaliação sobre a sua prática didáctico-
pedagógica;
55
juntamente com os alunos numa perspectiva de inclusão
educativa;
56
e) Realização das tarefas didáctico-pedagógicas em busca de
soluções que objectivem a aprendizagem significativa;
f) Desenvolvimento de espírito de liderança e de associativismo na
escola e na comunidade;
g) Respeito dos ritmos de aprendizagem dos colegas relativamente
as capacidades cognitivas, psicomotoras, afectivas bem com as
questões de natureza racial, religiosa, cultural, histórica,
económica, política.
h) Desenvolvimento da cultura da pontualidade, assiduidade, bem
como o patriotismo, civismo, solidariedade em todas as
actividades escolares e extraescolares;
i) Prestação de atenção às orientações e explicações tanto do
professor como dos colegas nos actos inerentes aos processos de
ensino e de aprendizagem;
j) Desevolvimento de hábitos de leitura e realização de tarefas
para casa para promover a sua aprendizagem;
k) Desenvolvimento de competências para a aprendizagem ao longo
da vida;
l) Estruturação de um portfólio com todos os trabalhos realizados
nos ciclos de ensino e formação por disciplina;
m) Participação activa nos processos de ensino e de aprendizagem
nas aulas teórico-práticas e aulas práticas;
n) Socialização e partilha de saberes por si produzidos no quadro da
realização das tarefas de aprendizagens, sobretudo de natureza
individual;
o) Predisposição em garantir o retorno permanente dos saberes
cuuriculares em abordagem, mediante a apresentação dos
resultados das actividades da aprendizagem;
57
p) Identificação e rentenção do conteúdo mais significativo durante
a abordagem dos saberes curriculares;
q) Mobilização de recursos cognitivos já assimilados para a
resolução das situações-problema;
r) Promoção da cultura da paz, tolerância, humildade,
autoconfiança, solidariedade, autodidactismo, cidadania,
patriotismo e de aprendizagem ao longo da vida;
s) Participação activa na elaboração e gestão do Projecto Educativo
da Escola.
2. No desenho de materiais curriculares para o desenvolvimento e
avaliação curricular, deve-se ter em conta os papéis a que o aluno
está chamado a desempenhar, na organização e gestão do processo
de ensino-aprendizagem para a sua aprendizagem integral e de
qualidade.
Artigo 73º
(Papel do Pai/Encarregado de Educação)
1. Na organização e gestão do processo de ensino-aprendizagem, os
papéis do pai / Encarregado de educação podem ser, dentre
outros, os seguintes:
a) Acompanhamento dos processos de aprendizagem do seu
educando e apoiar a gestão de actividades práticas geradas no
acto educativo da escola;
b) Participação em actividades inerentes à organização e gestão do
processo de ensino-aprendizagem, quer da inicativa da escola,
quer de outras entidades que interveem na implementação da
política educativa do Estado angolano;
58
c) Colaboração com a direcção da escola e professores no processo
da preparação integral do seu educando para as exigências da
vida individual e colectiva;
d) Participação activa na constituiçãoe nas actividades da comissão
dos pais e encarregados de educação;
e) Aceitação das diferenças dos colegas do seu educando,
relativamente aos ritmos de aprendizagem, expressas através
das capacidades cognitivas, psicomotoras, afectivas bem como as
questões de natureza racial, religiosa, cultural, histórica,
económica, política;
f) Promoção da cultura da paz, tolerência, humildade, autocofinça,
solidariedade, autodidactismo, cidadania, patriotismo e de
aprednizagem ao longo da vida;
g) Apoio e acompanhamento dos processos da elaboração e
implementação do Projecto Educativo da Escola;
2. No desenho, desenvolvimento e avaliação curricularpara a
organização e gestão do processo de ensino-aprendizagem, deve-
se ter em conta os papéis a que o pai / encarregado de educação
está chamado a desempenhar, visando uma educação inclusiva,
integradora e de qualidade.
Artigo 74º
(Papel dos Parceiros Sociais)
1. Na organização e gestão do processo de ensino-aprendizagem, os
papéis dos parceiros sociais podem ser, dentre outros, os seguintes:
a) Cooperação com as instituições da educação na identificação e
resolução dos problemas da educação;
b) Participação activa em acções concorrentes à promoção de uma
educação de qualidade;
59
c) Apoio e acompanhamentoda organização e gestão dos processos
de ensino e de aprendizagem, nos vários níveis de intervenção
educativa;
d) Apoioe acompanhamento de actividades práticas e estágios
curricularesnas instituições públicas, público-privadas e
privadas;
e) Realização de actividades junto das instituições de ensino que
promovam a cultura da paz, tolerância, humildade,
autoconfiança, solidariedade, autodidactismo, cidadania activa,
patriotismo e de aprendizagem ao longo da vida;
f) Apoio e acompanhamento dos processos da elaboração e
implementação do Projecto Educativo da Escola;
2. No desenho, desenvolvimento e avaliação curricular para a
organização e gestão do processo de ensino-aprendizagem, deve-se
ter em conta os papéis dos parceiros sociais, para uma educação
inclusiva, integradora e de qualidade.
Artigo 75º
(Projecto Educativo da Escola)
1- O Projecto educativo da escola alinha-se na perspectiva da
democratização da escola como espaço para a promoção da
cidadania na comunidade mediante a adequação das intenções
educativas do estado e da sociedade, assegurando o diálogo
efectivo entre os saberes universais e os saberes locais,no âmbito
da educação inclusiva, integradora e de qualidade.
60
Capítulo VI
ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DO PROCESSO DE ENSINO -
APRENDIZAGEM
Artigo 76º
(Componentes Didácticas para organização e gestão do
processo de ensino-aprendizagem)
61
Artigo 78º
(Conteúdos do processo de ensino-aprendizagem)
Os conteúdos referem-se à organização do sistema de
conhecimentos, habilidades, atitudes, valores e ética de diferentes
áreas de saber científico, seleccionados em conformidade com os
objectivos educacionais do Estado.
Artigo 79º
(Procedimentos metodológicos do processo de ensino-
aprendizagem)
1. São procedimentos metodológicos que buscam a efectivação da
relação dos processos de ensino e da aprendizagem mediante um
conjunto de actividades planificadas para a abordagem dos
conteúdos.
2. Na organização e gestão do processo de ensino-aprendizagem, os
procedimentos metodológicos devem fundamentar-se no conjunto
das interactividades que pressupõem uma aprendizagem
significativa.
Artigo 80º
(Meios de Ensino-Aprendizagem)
Os meios de ensino-aprendizagem constituem o suporte material
dosprocedimentos metodológicos que intermedeiam a relação entre
o sujeito e o objecto da aprendizagem para concretização dos
objectivos educacionais.
Artigo 81º
(Avaliação ao Serviço de aprendizagem)
A avaliação configura-se como intermediário da relação entre os
processos de ensino e da aprendizagem, corporizada por um
conjunto de actividades que permitem a captação de evidências
62
sobre o grau da concretização dos objectivos educacionais, para a
tomada de decisões, ao longo da aula.
Artigo 82º
(Formas de organização do processo de ensino-
aprendizagem)
As forma de organização do processo de ensino-aprendizagem
permitem levar a cabo de forma sistemática e com um processo
único, o ensino e a educação com todos os alunos que integram a
turma, constituindo a actividade principal em que se materializam
os planos e programas de disciplinas.
Artigo 83º
(Modelo Pedagógico)
63
CAPÍTULO VII
DISPOSIÇÕES FINAIS
Artigo 84º
(Implementação)
1. O Departamento Ministerial responsável pela gestão dos níveis de
Educação Pré-Escolar, Ensino Primário e Ensino Secundário deve
assegurar que os processos de desenho, desenvolvimento e
avaliação curricular apliquem o disposto no presente Diploma
Legal.
2. Para efeitos do disposto no número anterior, o Departamento
Ministerial responsável pela gestão dos níveis de Educação Pré-
Escolar, Ensino Primário e Ensino Secundário deve proceder a
avaliação e a adequação curricular periódica nos Níveis de
Educação Pré-Escolar, Ensino Primário e Ensino Secundário.
Artigo 85º
(Dúvidas e omissões)
As dúvidas e omissões resultantes da interpretação e aplicação
do presente diploma são resolvidas pela Assembleia Nacional.
Artigo 86º
(Entrada em vigor)
A presente Lei entra em vigor noventa (90) dias após a sua
aprovação.
64
Anexo 1
Enquadramento do Quadro de Referência Curricular como
intermediário entre a Política Educativa e a Política
Curricular
Visão Nacional
65