ADAMEK. Abuso de Minoria em Direito Societ Rio

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ABUSO DE MINORIA EM DIREITO SOCIETARIO ‘Manet Vitiea vox ADAM ISBN 978-85-392-0208.9 Dinetos reservados desta edie por MALHEIROS EDITORES LTD ua Paes de Araio, 29, conjunto 171 ‘CEP 04331-940 ~ Sao Paulo ~ SP Tels (Osst1) 3078-7208 Fas: (a) BE-S49S URL: www maleioseitores.com br mal: malhltosediores@tera.com be Compas PC Editorial Le capa Criagdo: Vinia Lila Amato dre: PC Baio Lida Impress no Brasil Prine in Brit ‘05.2018 “Men love power) Give all power tothe ma ey wil opr the fo. Give all power tothe few, they wl oppress the may. Both therfore ght have power, ‘har each may ded self against the other’ ALExan Hasta | dpm Catsie Drinker Bowen, Maceo Phiakip: the Sty of he Couto Cement ay, Sper 17, ete Back a Roo, 186. Para Gable André Para Gabriele ¢ Oto Para Erasmo Vallado Ae N. Frans PREFACIO u sincerament nha dvidas de que o Professor Doutor Macro ‘Visa vow ADawrk conseguisse escrever uma tse de doatorad no ms mo nivel da sua disertaydo de mest.’ No porque desconfasse di ‘opacidade de meu orientando, mas porque a disse em questo tal manera crativa,profundae abrangenie que ev achava muito dif ‘que le lorasealcangar esse mesmo polamar novamens ‘Mas me enganei...Teaho imprssio de que ele consegui ainda superarse! ‘A tese oa daa & publicagdo —Abuso ce minria em dieto soc ‘vio ~ & das ras riginas aprofundadas de que tenho nodcia nesses tantos anos de magisério. ‘Tem as mesma qualdades da dsserago: a desenvolurs do autor os viros ramos jriiens, a pesquisa beneitna, destemidoenfrent mento de todas as questaes ea preocupagio com a aplicago pric do sito. Mas avez sea mas riatva aida, ‘raz contibucdes vewdadcrament inovadoras para. ditto sexe tiso brie. ‘A anélse vertical do principio majoiii:& proteyio& minora ea proego & mari... O eso aprofundado do dever de lealdade no di ‘eto socetrioestrangire brasileiro, a conduzir inclusive a deverespo- ‘tvos de voto, O confonto das solues baseads no dever de lealdade muito mais abrangent ~ com aguels bascadas no respeito ao intrest socal ~ que no representa endo uma das facts daqule dover. E poral ‘em uma aunties aula de dreito sociti, Envereds 0 trabalho, «seguir, para oestudo comparativo do abuso ecw Dai pst) Die dtr: diva Dino fllometne © delle socket commercial (pei ili) bon comm, init Gmc Gn er Ms sts m wtscnse vow ou ~ Devs Stewed pein seo) . Ft da Advoaca (Li 89061934) ~ Giursprudoc comma gti) ~ Soci ita ~ etal sce naa ~ Gi nach (tic eb) 1 Jursprdncia Balers ans isis) > ssl pode dt gna perso ts) = ‘heidi ica psi) ~ “hse Rann tic ake) ~ spade do Spero Tb de ats Tbais ‘gona Pediat) gee) ~ sprained Pina eesti tao de So Plo (axyCdovel 40m danien RIES pane a eee ee tee) ~ scr cds Toba de lg Ci de Sn Pau pei site esa persist) L ~ de atti DL 7.661945; revo) ~ Lede Respond Empress Fale (1110/2008) ~ Utd Rites Plies 6019973) = eid Sina por Ate (64001976) ~ Ley de Seconds Comers (Li das Soceds Coe: ‘hse (L198) de 541072) ~ Nowe drssce Mochenschri pie eo) Nowe Zech fr Geshe (pie eno) ° ~ Obertnicgeic sal de inni nn Almas) ~ Céigo das Obigates soe 303.1911), Rove do ASP noe now a naz oom amuese netI68 ste nutans ast ar a poe woe a ak R Revita do dsbogads a Asocag dos Abogado eS Poul erin) (ASP) evade Diet Bani (geo) (ET) Revita de Dio Mea (sic) (Te Mahia Er Rene des saci (periin fnts) Revo Frese peso) (Fores) = ‘sceidnge de Recerca in Zvacen (perio ‘kpc en) Rev ds arapradin commercial prin Fines) Revita de Jip do Triana de gad de Mas (eras perio) ‘Reva ch Ta de tg do Esa de So Pad sie ‘ico evista ce spac cd ita de ig do sad Gamma persic) ‘evita rsp do Pina de Sus do sta b> Ti dean (pee) ‘evista spc do Tita de tga cd stad ‘is Grad Sul pro) ‘evs do Sapir Diba de aga pesisio) ‘Revs don Tabane) RE ‘Heme pines de drs conmercl oddone (pentane) ‘ovis Trinsral de road ST) (pin) See ipa) Recut Siti fs) ‘Le Sicet pin taliano) w Weriopior Mitltungen Zlichif fr Wirtchafi wed Bane exile) 2 au Bie (por exempl) Zetec fir Unters ed Cosel (pia coum) Zein fr des gesamie Handled Woche ipenodco steno) Zouch fe Wstachsfrech pio seo) Capitulo 1 INTRODUGIO LI O poder da mineria eos sens desvios: ‘mera consatagdes (0s mips ertumbantesexemplos dados pea istéraerigem a autémicotuismo afm, logo na aberura deste trabalho, que grupos Iminortiris, tanto quanto os majortirios, podem sex responsiveis Por graves abusos edesmandos no imbito da coletividade em que se Na sociedad polite, os dsvios de governs autoeriics, arto critcos ou oligrguics, que conde a nage com total alheamiento dos interessesedesignos da popula do seu Estado, so tantos eo recorrentes que dspensam qualquer esforgo de exempliicag. Até em ragées supostamentedemocritica verifcase esse mesmo fendmeno, ‘ue, em thtima anise, podera ser generieamente qualifeado como Sendo de abuso do poder do grupo de controle minortrio: uma minors, or distints fares, meas instrumentos,aesba por deter 0 poder de ‘mando sobre a coletividade e, no seu exeeito, comet desvios © abuses. ‘eres outa hi, pom, no so poucas nem Fara, em que ami nora, agindo enquante grupo minortro dento da sociedade civil ons nizada~, portato, sem deter oseucontole— age deforma a satisiaer ‘apenas os seu prio intressos mais imediats, com teal menospr2 pelos intereses de coletividade, 0, 0 que € ands mais censurivel, saa ‘vide pelo exclusiva ropdsio de prejudicarwereiros, sem nenhum ‘outro abjetiva claro, definidoc, muito menos, etimo. Tamibém quanto ‘880, 0 exempos hauridos da eonstatagaoempiica da nossa realiade ‘dem sr colicionados mancheis. Para fcar em alguns, records gui caso de greves abusvas de tabalhadores em sevigos pals ‘essenciais, que paralsam 0 Funcionamento de uma inteiraeidade, par postlar privilégiose benesss descabidos. Ov minoras que, sob pa Inuiveldiseuso da eradicato de iniqudades e desman bisticos, buscam ver insttuionalizados benessese prvigios que 0 no sere ‘stndidos a outs tantosinividuos que esti a mesmissinia situa ‘de deveres soa que, como diane se procurarievideciar, pode nesta partes se benicar da tora do abuso de minora. Além disso, a clevagdo gerl ds quéruns de detberogo, dentro da discipinacodii- 9. exesso ¢e Marce Covtn, Ala Vines e Florence Debs (Droit ss sh D0, as its 207, 382 p. 18). 10. Paul Le Canna uc se ere 30 "panos ttn do abuso nia" pcan felon de Faber de mort” (Le mii ere ‘craton sous at Fld non Jn 3 (151999) pp 537 eat) vmopucio » «ada, aumentou exponencialmente 28 hipdteses de minors de bloqucio «portato, também a stapes de potencial abso" Isto sem se ahr aqui ds “sciedades burs", sociedades com capital votante igual Aividido entre dois seis, euja consti & sempre desaconselhads pelos consultres, mas que ainda assim slo cotiquiras na pric © par. 8 qua a tansposipo das solucdes proposta pa teoria do abuso de rinoria ta ites ubsidios Em suma, 9 ausénea total de estos espesitios ao dito brs Icio ea relevinia pritea do tema, por efeito de stvages concrete _tylmente ji existenes e em vas de se expan eagrava,constiven, 4 nosso ver, dads mais do que sufciemtes para, a justo ul, desaiar 1 desenvolvimento de escrito sole os abuso de minora no direitos cietro basil, 14 Divisdo proposta para o estudo 0 estado enoontrase dividido em cinco grandes partes. A primi, ‘composta por ts captulos, em por objetiva caracterizar 0 abso de mminoria em direito societirio ~ aalsando, pars ano, os varios insti tos empregados pela doutina nes lari edefnit os ses elementos ‘onsitutvos. A segunda apesents a tipoogia do abuso de minora € a sua cassia, com desta pars as stages mais ineressantes oo ‘origuets. A tereira, por sua ver, ata do delicadissimoe intrigae problema dos meios de sancionamento das situates de abso de mine tis, quando eno se colocarto em evidéncia os miiplos instruments cogitados na doutrins ma jurispradénciaestranger, com a correla lise de consisténcia eefieia de cada qual. A quara fa also is possives énicascontrauais ou estatutiias de auttutla tce reves ‘consideragSes sobre a hiptese, pousussimo explorada ma doutrina, do uso de jgualdade, que pode se intlar em soiesades em que o pial ‘votunte ¢iguslmentedividido entre dois sécios e ue, portato, 6 conse ne operarsobosigno da unanimidade; qualquer dssensoparalisao se Funcionamento. Por fin, a quinta parte tz as consideragiesconelasivas ‘do estudo, com a simula das conclusdes construe ao longo do texto © algumas outas poueas observagdesfinas, Eis o reo que itemns 11.A contagion: “rind mori io as pr ‘smo mesna eso: gare mir poser de vt” (lt MP Cora Face el Sn, Chg Cv coment, aX. Sao Pau: A, 208 p2sn, ™ USO DEMINORIAEM DIRETOSOCIETARIO percore ona tentativa de ofertar um quad defiitvo sobre a tora em constupio, ¢ sim, no af de apresenta subsiios pare demonstar ‘0s estos a elevineia do tema ea necessiade de buscar arrumagdo metodolgica Parr ABUSO DE MINORIA: CARACTERIZACAO E CONTORNOS DO INSTITUTO Capitulo 2 PRINCIPIO MAJORITARIO; PROTECAO 4 MINORIA PROTECAO 4 MAIORIA 2 Estraturas pessois das sociedades 0 diteitosocetro 60 direito das organizagdesfnalisicasprvadss| ©0.seuestudo compreende as associagdes em sentido estrioe as soci Aides ~ a quasdaquela se distingnem peo seu escope-fim erative, as que, em qualquer cas, também ém por substrate pessoal a eusiso se pessoas (CC, ats, $3 £981). A sociedad &, ex vi legis, contrato (CC, at 981), do qual podem ser partes pessoas natuais (CC, at 1, dependendo do tipo soci rio, também pessoas juridicas (CC, ans. 40, 4), 42 44). eonteato | fm send apo soca €o gnc (CC a, § 2 fa XV XX) dua sociedods (Cat 381 emigre sent eso CC "M5 socal O que dstngueasocadde da scale Cexcasramense ‘scope eect: ous pode a kere ade ccc open ita jamais pod pla eon ete aus embodies indteameas;» oie, proto ld, cscs jose la os «aha deuce rr on ms in Deut lb ing rosea, ‘xed sid snp 6 erro cope bcos ween ‘em pr objeto exerci de alias emprsi(anprea) et singles 9 qe ‘ere atv lo empresa (CC 92) - rea ins em gs Sma impine carter empresa ea sinpls& soca, inepenictene svoj: mn pla orm ¢ empress ew cooper taker pl fa, simples (Cc 9, pao ic), 2. Fm alguns ess, ald mesmo neg saee tems ide om mae denotes Esme Vlado Acros e Nowes Fy Msi Vi Ate, “Oso nega (Ca. 97, § 39" RDS. * AMUSO DE MINORLA A DAREEND SOCHETARIO pluriltera do ipo associative" gue, por efito, posi, nas Herbert Wiodemann, "a sua prpria qualidade, porquanto ele consti rmatrialmente uma comunsi de intresseseformalmente uma unidade ‘organizacioal.O contrato de sociedad &nocossariamente um eontato de constitigao de comuniSo” (gemeinschaftbegrindender Vertrag) © “de era um contrat de consiugio de oganizagio™ (nganisationsbe _grltdender Vertrag) Ou sia contato de comune de escop de co ‘operigioe, pos, daradouro 0 que faclment expica elevincia do fim comum na sociedad e maior intensdade dos deveres aessrios 1 laters de eondta (Neenpichten) deeortetes da boa objetiva, no Abita da reap juridiea soot 3. Portas vide: Tilo Asal "Oconto platen Proloma dis soviet anima en compar, St aa Saav,18S, pp 271-352. 4 Sore contain sacs, we linet de Paco Fer Lz (una cascia, e Nilanes Cts 201) Em poets, al conte {lop apesentad or Marl Foo Catan (Us cots ase In rss Valli AN. Panga (ood, Dav soir contemporain Shoat: Guar ati, 05 pp. 9-10, Herr Wiedman, Geelochatreh, Baal: Rach de Personae sehen Mincen CH. Back, 108, §21 1 pp. 9132: Der Geslscateiag Sasi eigen Quit dene begrtde ehh ine Ines {it foal cine Oxansanacaele bur Ceselachfterrg tment encischalbeatndendr Vrtag. Der Cseltsvrtoy i egsinaip et ‘rissensbprindender Versa Asin ante cde Ue Hae (ese ‘thes ey Minho: C1 ec, 200759, 2.6, ‘6s coud xerox conor dcomune dean, “gata cnt prt so dsc a nse ‘dana sapo conn (Gaeppe Fer "Dole sce Conmentaro del Cs Chale “eu Antonin Sse Gueppe Brins,Bogrs Nica ancl Ets, 1935919) >. Segundo expla Cainto Salam Fi,“ carter asia deo om ‘eto desmoaa obom dente pla oun ol se exataoayes “nit dentin ete sete Fee bie ca qc es vie deve ice acoopeasio™ (Die nccti enova meeado ie nts deo soe ‘ho ay Sao Paul: Maths Ets. 26m 29-58). Clovis V do Comoe Sia, com za, cbservon 9 sui: "Nas ees jus em qu cope seme en su plete (rsa res in, ono as de sce) cde de ao ma oa a os, om fxite deer de ape | rts suprapesl eee dpogni onjut ea sue rsconaoe co afm smug camo pm ‘es, to Pal: Busha, 197%, p31), No meso Sedo ¢ vein dls fue se dorm ao estado de baw bjt en ns (ee: Aras area ‘a beige em ere 1 ed, tein. Colmbr: Alm, 2008, 2p 126 Dah Marie Cosa, "Os cps natives da bo cea PRINCIMONASORITANO, PROTECAOA MNORABAMAIORIA 39 CConforme o subsrato ou estrutura pessoal, qualifica-se as soce- des em: (i) unipessoais (Einpersonengeselischafen); (i) iualitrias de duas pessoas (Zweipersonengeselschayfen; ou (i) pliipessoa integrads por gros majoritcio (maieia ou contolada)e minortio (minora ou no controlador), estiveis ou eambiantes ~ send que cada uma dessasextruturas porta problemas jurions especiicns” No dito pitrio vigente, até poueo tempo, as socicdades unis: soa no cram entre ns econhecidas como forma gral de imitagao da responsbildade do empresrio individual portant, eran adits apenas em carter excepeional.” E que afora as situages specifies de ‘nipessoalidade temporaria - que padiam, poder, perdrar pelo inter val de até das assembleias gerais dina nas sciedades por ages (LSA, art. 206, a) ou 180 Cento e citi dias ns demas ips socie- trios (CC, an 1.033, 1V), sem, antes dso, provocaradisolugo tal da sociedade-, 0 dieto liv sé reconhevia unipesoaidade perma nent em duas especitiaseresiduais states: na subside intepral «que 6 pode adoara forma de soeiedade anime er por sca dice ‘uira companhia (LSA, at. 251), e nas empresas piblias, Sé recon temente, através da Lei 12.481, de 11,7201, introduztese no dirio brasileiro a “rmpesa individual de responsabilidad Timitada” (Eiel, fs perpavs dort pnd basso, fs Asoo Jn de Areva, Hsin Tveia Ties e Palo Cube (cor). Principio do wo Cage Co altro emar:homenagen a ala daar, So Pals Quart ati, 2s 403, 3 As scien qusoanipesass (mau a parses do wi io frum dibs ro que deve prmateer og de psocn oe, ‘Stn en, spe Hiulro, em emo se sce a raise ‘irs ss dese em mor pete eee pes, "combs em eons de guase sempre mia cabs! 9 ete lo ma on de minora staconalind)mo pte os pce eps; ‘amino imo e poe consensus she ‘mori peed saris amen, as ea 10. Sor tio rps odo bra, ones: Call Si len Flos tied uns, Sa Pas Males Ete 1998.0 isc emo socetis de ison de responded cnr inva’ nO pov reo sonra ck. pp. 178207, «Toe Je Mesa (Garin Sour, “Sociedade nipescal como tio orgie dss nso Vilhido Ae N Fra exc), Dims soto conto = 1p. 491.309 dos ven este ener sche nil ‘sponse inka” (CC, a DH0-A) Sebastian, vide: Roman Ct, dia ea Bri Si Pl ET 1986, © USO DEMINORIAEM DIREIEO SOCTETARIO ‘regula no art. 980-A do Csgo Civil @& qual a nosso ver sem raz, pire da dou ainda insite em negartheaessénciasocetcia.” Para além da sociedade unipesseal (Einnanngeselschaf), a dou- ‘wna ainda discute se seria possvel, mesmo que lemporaramenic, 2 existéncia (ou, melhor, a persstincia) de sociedade sem sécios (Kein. ‘manngeselsehoft~0 ue, a nosso ver, emer tempociioseafigua plenamentepossvel, dant da letra dali mas, em carter permanente, isso encontra-se afastado do quadro positvo, no obstant, no exterior «mesmo enten6s, vores abalizadasdiscutam se mo se devera admit “las de lege ered, em especial pars possibilitat a exploragao direta de tividades econdmicas que, hoje, sfo exectiadas através de sociedades ‘ontoladas po fundagdes (CC, at 62), que nada mais so do que pati- mos de feta persnalizados 12, De nos pre to eos vd em cones que» Biel € sociedad ‘ids psa em pia lesa psu foe lao at 44, VI CC, como pest joc, « gue sn gus nie estas dite ees de vinta spud, oto sera do empress asd um pani lars quot, o ci ie ima pra Fel (ao, pois dos arimnie enon sa mens pen om segundo up ane siti oa Sht-A do CC ur veces" ou denoming so""aplwia ‘rs te consi por emcentagie de quctas de cide eee {arse de soda nina, Sj com psn reap do dscepeant reco aldo ren ders did meu menos couse, 0 Sorento de coment durin que ngs Eel o essa itn dfende ‘vrs dua wove espe de pose ji" Epes nial de Resp ‘stds Lada Evel nn voce penal a nove ete, de Alapessotdoempeesirio ed seosdade eps (Enea 3 I Jomad ‘a umig oder Poe o aon descr a Eel uma epoca ses pads tem sutto petel exc asad cod pol ptt Ieee ms do € oie Ar olga gue asin pens, costo provers € tf unig ans on anc peta les ug = mors ca de Fito Konor Cor sae o pectin mac pre (So Pano a RT, 1070), a al pane art mse wpa {Elogs, magia por Anew Hacker oprvion aeover Hae & Rw Wel pp) ei oder de una capa se sco eu sed Mais ‘tiny lems, analisou alguns aspect urdeosenvovidos na figura da sociedad em ais (Std em sch nO now dc soci ey Sto Pau Maio sores, 198, pp 12133) PRINCIO MADORETARO:PROTECADANINORIAEAMAIORA 4 Sovicdades iualitirias de dus pessoas ~ partis ou, como sto também jocosamente conhecdas, “sciedades burrs" sto aguelas em ‘eas prtcpagBes soca 0s diets de volo encontran-eigualer te divididos (50% 50%) em dois slides locos ou grupos. © principal desaio nests sociedadesconsiste em evitar ou superar as situages de impasse ou laqueio (Patituationen ox deadlocks), que podem se 9 Filfar até na condupao dria dos negécos elevar& completa paralisia ths aividades~ dando enseo ao fendmeno que, em doutring, tab ‘conbecio por “abuso de igualdade”, nfretado em outa parte dest stud (ap. 8). Por fim, sociedaes pluripesoais integradas por grupos majoit- rio (maioria) e minortéri (minora) so as demais que no se eng dram em nenhuma das eategorias precedentes. Constitem a form ‘mais corriguvita de estrturagao pessoal das sociedadese, sobretu, clas & que se colocam os problemas de abuso da maori (ou abuso de poder de controle), opressio & minora e~por que nio? ~ abuso de Desde, vale enfaizar que nem tds situao de mineral, nquanto tal suscita problemas juridcos deicads e nem tod a situss20 ‘emauoa minora esa sendo“presionada” ouem desvantagem € jui- Aicamentesaneiondvel! "Que alguém ea vordade, a maioria tem, bsolutamente deve tera palavra & ates uma consequéncia inevitivel ‘do principio majoritri Maoria e minora nlo epresentam stuybes indescjveis; polo contri, constituem prssuposto Fundamental pars 0 Funeicnamonto eficiente das sociedades eujo proesso de formagio da ‘vont coltva opera de aeordo com a rgra da maior, 14. Do pot de visa tino, “abuso da main “abso da min ‘ao expenses que nea 4 proedela do ue ou ages, “eteo ‘inners sma © propo dtr defini ¢ "ops ort” dency 15.0 wero "snore signin "ar ngs, pat contin 1, no sent jz, também & name empresa er 9 sent do "pia un ang por sage cL De Plcdo Sh, Focal, “OLIV, Pres, 973. lt) acpi est jf enone ono se {pees Motomo Ditniio de Ling Prguss Miho, en vero Sct Nc) ne uti Seno ur eos empezar o veto “sonar” ¢ 0 8 ‘eas pr sina ated per sant unit cota To, Per V- Kane. Der Mindoro i cheracho Aer Bem: tap Vag. 207 § Ten 8p. 2s rund ~ un va leMethst hs Sager ht ul sus haben me lnc ins eanuige Fe sso: Meter 22 A organizasio de poderes eo principio majortirio 0 fendmeno da cooperagio entre dois ou mas sujeitos para conse- ‘cued de una espcifica e determina fnalidade em cera amo dei Vidide (privatechtiches Kooperatonsrcht) &quaifcado de fenémens sssciaio e consul o cere do ditctosocietro, do qual descends 8 idsia de eooperagto, Pra vabilizi-lo,prevéo sistema juridico und Série de orm de organizaso a ordenarem as competéncis de ado da Sociedade no dnito dos relacionametos nto e exer.” visando a harmoniar os interessespotencialmente confines ds partes, Dente as aonmas de organizagio, mereeem destacue aquslas que fondenam 9 processojuridco de formapdo da voniade coetiva eas ‘quai, para tanto, podem adotar dis distintos sistemas ou prinepios andementais de voto: o da unanimidade (Einstinmigtisprinsip)." ‘quindo para a formagao ds deliberao positiva nde poe haver votos 1. Sando expla Ero Vato Areva Noves Pan “sting cate elages mera extern pence ken da aides & porn, Tabs dr svi, Relies Is nage exelent io, lila de rps ea sca, c qc danandam ers de dling decom ta dos ps soi eres qo dfn parti de aa mee "seni tiv, songs de rads ¢ dr a don. Reo {Sees por eat a, as en espe a cms ‘spi eas dem exe ago do ro presente porter, ‘resporsabidde da sisal eos anes des pr dane cae seis esse dn por da i scene pa ‘een nara, ope gu peo como eas ‘octndeem cont de paris (CU an 81) Na dee soe me ‘ei ccnp al star xno ano ds mes [S106 A dingo cie late tema exter, suede oo cea ps ‘segues di ela spo suraamerse (san, ene pls taro gps sb a epee com ere), trl de corsets jules porcine que at expen po enema oe lope diene impor 8 sass dss pate rns sed sce nvm, nm td oq Tor mp ste pt eet np ‘0 ico. Al dso a elds, ore elo Serms isos cos cxemas pl cri, por moras sete pr ae, latm cao oles” ct anaes de aula pos gogo nS?) Naina, ea Ed Nl Lia Coxhoe stems anda un pine espe ms ign et Gu los os rats Seve ‘eon, ot alld pars prance. ‘occ Zutinmumgyriep ata oy eps al on shes sta o-somante no heer ves doa sec, pra amiss sabes Ensim) Srey dar debra ay Ca tes Coma ar, 1984, 00 8 p18 188, Pacino MMORTAR;PROTEEOAMINORAEAMAIDRIA Ae tajeigdo da proposta, ¢ © majoritrio (Mehrhetsprinip), quando a ‘eiberagio surge como 0 resultado da reunigo de um cero mero me Jiitrio de votos favor Cada qual respond por espefcas vantages ‘ dosvantagens.”| Enquanto nas sociedades de pessoas, em rao da—legalmentepre- smida unio personalistea mais esreita entre os sce, preponders © principio da unanimidade (CC. ars. 986, 996, 999, 1,040 1.046) ts socodades dias do captais(ou melhar, na sociedades nermalmenie predisposias a ordenar empresas de maior pot), o principio majortio ‘esponta com maior vigor (CC, ars. L061, 1.063, § 1, 1.072, § 8, € 176: @LSA, art. 129.6 135%), A escola fundamental do legsladr prio pelo peineipio male ritiro nas socedades de capitis e naguelis proofdenadss estar ‘empresas de maior pot, pate da dia de que apenas cle possi, > ‘eiego jurdico, a necesséria formas o uniia da vontadecoltiva ext ira unanimidade asseguaria a patcipasdo de todos em cada devisio, 19, Stee a aa dopo gai, vale cote liso esto eo ven Gite ("Ube sect des Najeliypns, onerea J Tb13).¢mase moma, 4 money de Francesco Calgano (La forse di mena lee lara: tra del principio moran, Bao aime 2007 © nal de he fo ada pars alan Sul Stra del Pcp Maveoranes: Rota dele Soc pp 108-1120) este tetra prs pu (De do pip de mara ao ens ina de Nea Castner Snir pend de pleas ht oI, 20. No Conpessa Nac cana ast apresettos Pos de Ll (PLs ‘503027 abd) ue nlite fr vad, oa a or ted ast 939 do Ce, de doa asta aera gr de wnanimiade © 090 {tooo paso cope do argo eno segue At.9,As moda do Son mca sind qu up bj mtr tea no ar 97. deve ‘erect or mira slat de voto © cart ao detain uta Ser) spendin se aot ropa sdogs do a 2252d0 OC tl cas ‘oc po ener mie mann con ier at sot so man cane reno dives” 21, OvPrios de Llosa not arioralngiavam toi quran ‘ade delta previo aL. Go Ce dando eu nov ed "ART A dcr dos ed oma eos voto comespondes ‘imi a mane do calc totaal eg quran ma leva ara Gic.No cto deenat, apie odo no § 2 doa 1.010" 22, Tn sgn qu endo conten, ems por soir a ce sade anime, sere em cater excapena cn som rr Re ‘bas maeads elo sen i excepeinaidae so, deseo sesun LSA, 87,525 2 pte 202, §9,281,229,§ 30298 § eC wt 1061, pas ‘as tomar a sociedadeincapaz de agi? na medida em que asples discordincia de um eomprometeria a decisso.* A opeo plo pincpio Imajritirio revels preocupacdio do lesislador em buscar tue ria eapacdade funcional desis sociedads:procuravnblizar afr ‘so coletiv da vontade por efit assegurars sua copocidade dear, Superando oimobilismo gue pode decor da exigéeta de unanimid- 4d.® No se tran de consagrara vontade do maior sobre 0 menor, senio «daadogdo de um expedientetenieo-jrtion pare a solu datica dos possvcisconfitos conexionados ao processo de formagdo da vontade ‘coltva“Exigira unanimidade”, dizi .X, Carvalo de Mendon, son 2 CS Ssh cect Ka: Ca Ney 11612, 481~ pam quam “Cntnmipk pin de Toate ‘seni Echt hr hon de eon et 2. ais ober qe ag anise abe un and romassceb es nm asa unit ume (CC a Dc Dost de peri gua sdian, dou (Ct 101) rng pose Peni altar o cont rs uno, saapur feuds on i ta cl pn serene ti mc prensa sik ac laa O pot oan ‘herd, odio tain, poe Gone Cott "Ls Gps noms, ate ‘Este sche et gene coments dapat me ant le ‘et post dos plop areola che ei ante pu nie inset pepe, et septs poole cnn dk cone a pin te slants pn. oe brea arminnraronecogianns exerts sence ae Sci dar 2200s del ule pr emi el ato tango ove siopatonedivera icone tt t(D comer Vl Tht Leyte Pas CEDAR Teh 3p.) 25. Cl: Frances Gago, Descho comer va 2 ado de age ‘eer, Clon: Tenin 1.4137 To Tra de Mian avd ek por og, vl 3 Re Dai Fre, 95. 450 py. 1 A Fer oni fdr dri comes, Comb L984 Gap 128 p97 Nos tabs “Edeement nae ds aac dh paso jr, she acne vbaivs de mon uc cmp m6 ‘ha orn mis fore, maa pea vr da race ue rv tro cro soci sna du rho deen, Nem soe ea Ica eran pc de even seenp ent deci eer deal vided empres w Scents nese gue redo sty vere cor ics obrva ‘inns elder no as io dns (isteap a83361,5 CC Rel Bes Narco Bia va 3010185), 26. dose Rubia, eno comers xaos qi ipo ms Jeti “no sign esl comer ens in ot ts oe se ‘Ves menos ene expo dee se ep deer RISC WADORITARIO: PROTEGKOA MINORABAMAIORA 55 “seria expora sociedad ing, seria a no absurd de aera um séacionista a qualidade de representane ot tito da vontade Soca” ‘A base pur formagto de maiorasrelativas, absoluas ou quai acs no simbito das sciedades 6, por principio, no qualquer direitos ‘amas, xpocficamente poder de vot, 0 dieito” de voto, 0 qual fem its pases, & visto como drsitoessencial do sSeioe, portant, Inerente sha qualidade. No dist acinar brasileiro, diversamente, ‘dcito de voto & predsposto a0 atingimento de determinado interes (LSA, ac. 115) no aparece como dirito esencal do acionista (LSA, art, 109): propria fel aconéra regula, por exemplo, a ag preferenil privad deal poder (LSA, art. 17, $29, muito embora até para eas, 0 {ue existe € apenas suspenso condiional do direito de voto — tao {sim que o mesmo existe plenamenteexerctivel na fase de eonst- foie da companhia (LSA, art. 87, § 2%; durane a vida onindria da s- ide, fica suspenso see enquanto frem distribuides prioicamete ‘osdiviendos fos ou minimos aque fagam jus os seus tiulares (LSA, fit IIL, § 19, limitadsmente, existe ara certas deliberagdes (LSA, as, 136, 1% 14, $8 4% 11, 52 65 e 161, §4, 6), sendo que, na fixe A lguiagao, worn ela & provalecer sem condcionamentos (LSA a 213, § 19, Diversamente, no sistema do Codigo Civil, considerando os ‘ios quivuns de deliberaga fkados em ung do capt social eon fiderando que «ta quota deve se arbuido valor equ por este valor é ‘qe e define as vores (CC, as. 1.01D.€ 1.072), lo espago pra {previo de quotas preferencais sem dito de vot,” emergindo di puricipcin dein sos en Sn aint wn rio qu sine mile orm eines dares en ae, neni [Sects Adnpar omni pera Svan rar ‘ft sti de ne ci on on Serpe elev Loe efor ayer aglan sapemcn na bn {dulce cn proces deform de volta areata (Caso de ecto ‘Eroteasoniina, ey Mao: Earl de Boesha Fane, 19% tig p28) 27 JX. Canal de Mendonga, aad dro come rev IV, se, Rind ane Frets Beso, 1984 1125p. 17 238, doin debates sel prev de qua preteens ou so, Ost, ss post forme abeten (ou “fabs” para ds 0 Iino nio pst de arefentad.O qu pres saber ses desma Ege se pene sila aves da expresso “qo pein! se fer {outs com epi dns polis on sonia (CC. at 007) esos Stmproipc mats vein in comet d tds do dices ope ot ‘ein dove st posta masse, com a, sepotendr dar uno 0 ‘vot, arp cette (Jorge Labo, Soca ita,

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