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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

Vícios e dependências, Habilidade de Vida

Lazaro Marcos Witinesse


Witinesse: Cód. 708216052

Curo: Licenciatura em Ensino de Química


Disciplina: Habilidade de Vida, Saúde Sexual e Reprodutiva, Género e HIV
HIV-SIDA
Ano de Frequência: II° Ano

Tutor:
Gervásio Martins Filipe Nwidele

Lichinga, Novembro de 2022.


Classificação
Categorias Indicadores Padrões Nota
Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
 Índice 0.5
 Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao 2.0
objecto do trabalho
 Articulação e
domínio do
discurso académico
3.0
Conteúdo (expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e  Revisão
discussão bibliográfica
nacional e
2.0
internacional
relevante na área de
estudo
 Exploração dos
2.5
dados
 Contributos
Conclusão 2.0
teóricos práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação parágrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA  Rigor e coerência
Referências 6ª edição em das
2.0
Bibliográficas citações e citações/referências
bibliografia bibliográficas
Recomendações de melhoria:
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Índice

1. Introdução ........................................................................................................................... 5
1.1. Objectivos ................................................................................................................ 5
1.1.1. Objectivo Geral ......................................................................................... 5
1.1.2. Objectivos Específicos .............................................................................. 5
1.2. Metodologia ............................................................................................................. 5
2. Vícios e dependências, Habilidade de Vida........................................................................ 6
2.1. Estigma e Discriminação ......................................................................................... 6
2.2. Vício e dependência ................................................................................................. 8
2.2.1. Vício .......................................................................................................... 8
2.2.1.1. Tipos de Vícios .......................................................................... 8
2.2.1.2. Consequências /efeitos do vício ................................................. 9
2.2.2. Conceito de dependência .......................................................................... 9
2.2.2.1 Tipos de dependência .................................................................. 9
2.2.2.1.1. Dependência Física ................................................................. 9
2.2.2.1.2. Dependência Psicológica ...................................................... 10
2.2.2.1.3. Causas da Dependência ......................................................... 10
2.2.2.1.4. Consequências/Efeitos .......................................................... 10
2.3. Estratégias, para ultrapassar os vícios e dependências .......................................... 11
2.4. O ABCD ................................................................................................................ 11
2.5. Gestão de dinheiro e bens ...................................................................................... 12
3. Conclusão.......................................................................................................................... 13
4. Referências Bibliográficas ................................................................................................ 14
1. Introdução

O módulo de Habilidades de Vida pressupõe o ensino de habilidades que podem ser


aplicadas em vários aspectos da vida, por exemplo para enfrentar riscos de saúde; no contexto
de conflitos pessoais ou socais; encontrar o seu caminho no mercado de trabalho; ou na
participação democrática como cidadão. Com isso, os estudantes deverão desenvolver o tema:
Vícios e dependências nos adolescentes e jovens da actualidade e suas consequências, onde
deverão ter em conta os seguintes elementos

1.1. Objectivos

1.1.1. Objectivo Geral

 Compreender os Vícios e dependências, Habilidade de Vida.

1.1.2. Objectivos Específicos

 Debruçar sobre o Estigma e Discriminação;


 Conceituar, explicar e descrever os tipos e dependência;
 Descrever as Estratégias, para ultrapassar os vícios e dependências;
 Explanar sobre o ABCD.

1.2. Metodologia

Para a elaboração da presente pesquisa, foi possível pelo uso do método de pesquisas
bibliográficas. Que segundo Lakatos e Marconi (1987, p. 66) a pesquisa bibliográfica trata-se
do levantamento, selecção e documentação de toda bibliografia já publicada sobre o assunto
que está sendo pesquisado, em livros, revistas, jornais, boletins, monografias, teses,
dissertações, material cartográfico, com o objectivo de colocar o pesquisador em contacto
directo com todo material já escrito sobre o mesmo.

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2. Vícios e dependências, Habilidade de Vida

2.1. Estigma e Discriminação

O estigma pode ser descrito como um atributo ou qualidade, que ‘desacredita’,


significativamente, uma pessoa, perante as outras. Significa que as pessoas vão reparar para
alguém, com uma atitude negativa, por causa de uma certa qualidade ou característica. Por
exemplo, porque uma pessoa é conhecida ou suspeita de ser HIV positiva.

Para algumas pessoas, as PVHs (Pessoas vivendo com HIV) são


tratadas, de forma diferente, das outras pessoas, por causa dos atributos
negativos, que se lhes dão. Isto chama-se discriminação. Um tratamento
desigual e injustificado. É importante realçar que nem todas as atitudes de
estigmatização resultam em discriminação. Mas os efeitos da atitude negativa
ainda podem ser prejudiciais e podem magoar as PVHs. (UNESCO, UNAIDS,
2009).
Existem dois tipos principais de estigma:

 Estigma externo
 Estigma interno ou Auto-estigma.
Estigma externo (ou estatuto) refere-se às experiências de tratamento injusto e
diferenciado das PVHS, em relação a outras pessoas. Esta discriminação pode incluir
opressão, rejeição, punição, assédio, culpa ou exclusão. Também, às vezes, pode levar à
violência contra as PVHS. Os casos de estigma externo são:

 Distanciamento: as pessoas evitam as PVHs, ou recusam partilhar com elas os


mesmos utensílios.
 Rejeição: A sociedade, grupos de pessoas, membros da família, ou amigos, podem
recusar quaisquer relacionamentos com as PVHs.
 Julgamento moral: as pessoas culpam as PVHS, pelo seu estado de portadoras de
HIV, ou consideram-nas imorais.
 Estigma por associação: as pessoas que se associam com as PVHs são
estigmatizadas, por causa da sua relação.
 Falta de vontade de investir nas PVHs: as PVHS podem ser marginalizadas, nos
programas e serviços de saúde.
 Discriminação: oportunidades são negadas às PVHs. Por exemplo, a recusa de
acesso ao emprego, a recusa de cuidados de saúde apropriados ou de acesso aos
programas de ajuda médica, a recusa ao seguro ou empréstimos.
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 Abuso: abuso verbal ou físico contra as PVHs.
 Vitimação: Por exemplo, das crianças e órfãos infectados ou afectados pelo HIV.
 Abuso dos direitos humanos: Por exemplo, a quebra de sigilo, revelando a outra
pessoa o estado de alguém, sem o seu consentimento; ou ser testado, sem
manifestar tal consentimento.

Estigma interno (estigma sentido ou imaginado, ou auto-estigma) é a maneira como


uma pessoa sente, por si mesma. Por exemplo, vergonha, medo de rejeição, auto
culpabilização, sentimento de inutilidade. Resultado de auto-exclusão dos serviços ou
oportunidades, da exclusão social, medo de quebrar o silêncio, etc.

Como é que o estigma se desenvolve?

Aqui está um exemplo, sobre como o processo pode ocorrer: As


pessoas notam que o seu vizinho parou de ir ao serviço e tosse muito (uma
diferença) Ele é rotulado como “o homem com desenvolve-se um rumor de
que ele é HIV positivo Eles dizem que a causa da sua doença é o seu
comportamento mau e promíscuo Sida” Ele precisa de apoio, e deseja abrir-se,
em relação à sua condição. Mas (estigma externo) Os vizinhos evitam-no
Culpam-no, e generalizam uma atitude de “nós” e “eles” “nós não somos
como eles, E torna-se mais distanciado teme a reacção deles (estigma interno)
nós não somos pecadores, mas eles o são”. (MISAU, 2010).
Qual o impacto do estigma?

O estigma tem um grande impacto, sobre indivíduos, e comunidades, e a sociedade:

 Resulta na exclusão das pessoas consideradas portadoras do HIV positivo.


 Isola, divide e fragmenta as comunidades.
 Viola os direitos humanos, como o da igualdade e o da saúde.
 Resulta na interiorização da culpa e vergonha, que, por sua vez, torna difícil a
batalha contra o estigma.
 Compromete a saúde comunitária, ao diminuir o acesso à prevenção do HIV, ao
aconselhamento e testagem voluntária, ao tratamento e apoio às PVHs.

Quem é mais vulnerável ao estigma e discriminação relacionada com HIV & SIDA?

O estigma do HIV severo, particularmente enfrentado pelas populações-chave de


maior risco, tais como homens que praticam sexo com homens (HSH), trabalhadoras de sexo,
etc. e pelas mulheres jovens e pobres é, em parte, devido a estes vários estigmas pré-
existentes. Estigmas múltiplos são enfrentados pelas trabalhadoras de sexo, que são

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estigmatizadas, pela sua actividade, como mulheres e como HIV positivas. De facto, a maioria
da linguagem forte sobre o HIV ou SIDA é usada em referência às trabalhadoras do sexo.

Existe uma relação entre a idade e o sexo, de tal sorte que as mulheres mais jovens são
mais estigmatizadas e culpadas pelo HIV do que as adultas, por se crer que as mulheres
jovens levam uma vida promíscua, irresponsável, materialista, de que resulta o HIV.

Outro exemplo de estigma múltiplo é o do HIV associado com o de


não ter filhos. Mulheres jovens casadas, com HIV, muitas vezes enfrentam
este duplo estigma. Por um lado, não é aceitável que uma mulher jovem
casada não tenha crianças (em cada caso são tidas como estéreis e por isso
estigmatizadas) ou pare de ter filhos, antes de atingir o número de crianças
esperado pela sociedade. Por outro lado, a comunidade não apoia a ideia de
mulheres com HIV terem filhos. Assim, estas mulheres jovens enfrentam
estigma múltiplo e simultâneo. (Jung, 1901).
2.2. Vício e dependência

2.2.1. Vício

Virtude e vício são coisas distintas em essência: Enquanto a virtude é uma prática
saudável, um hábito que proporciona prazer e faz bem, o vício (do latim "vitium", que
significa "falha ou defeito" ) é um hábito repetitivo, que degenera ou causa algum prejuízo ao
viciado e aos que com ele convivem. Na forma pouco prejudicial, é uma aceitação completa
ou afinidade completa por uma coisa. Por exemplo, ser viciado em chocolate. Na forma
perigosa, o vício caracteriza-se pelo descontrolo total de uma pessoa, em relação a alguma
coisa. A pessoa fica dependente desta coisa, chegando a níveis extremos, em alguns casos.
Nem tudo o que vicia é uma droga, mas todo o vício é uma droga.

2.2.1.1. Tipos de Vícios

Os vícios classificam-se em vícios por deficiência e por vícios em excesso. Por


exemplo: Ambos, o excesso ou a falta de exercícios, tornam o corpo débil, Ambos, o excesso
ou a falta de alimentos, também tornam o corpo débil.

Então, os vícios por deficiência (por exemplo: temer de tudo e não fazer nada = a
covardia) e os vícios por excesso (por exemplo: consumo excessivo de chocolate, compras
excessivas, etc.) causam danos.

O vício em excesso é prejudicial, porque destrói o corpo e a própria


pessoa. De vez em quando, beber, fazer compras, comer muito, etc., não é
ruim; só se torna prejudicial, quando já se está a praticar todos os dias. O
problema é que, quando as pessoas são impedidas do seu vício, aumenta-se-
lhes o nível de ansiedade e tornam-se violentas. O vício também é mau,
quando leva ao desperdício de dinheiro, e se prejudica a família e o próprio
8
viciado. Ou quando é prejudicial para a saúde (abuso do álcool, do tabaco,
comida em excesso, etc.). (MISAU, 2010).
2.2.1.2. Consequências /efeitos do vício

 Queimadura, azia, má digestão,


 Criar dívidas para ostentar o vício
 Criar inimigos
 Dificuldades em pensar em outras coisas para além do vício
 Sentir-se ansiosos e agressivos
 O interesse pela vossa vida social diminuiu
 Sentimento de culpa, às vezes
 Deixar de assumir ou cumprir alguns compromissos pessoais e familiares
Aristoteles distingue duas espécies de virtude:

a) A virtude intelectual, que requer experiencia e tempo para se desenvolver


b) A virtude moral que é adquirida pelo hábito e se manifesta nos actos da vida prática.
Nos tornamos justos, porque practiamos actos justos.

2.2.2. Conceito de dependência

Dependência é um conjunto de fenómenos comportamentais,


cognitivos e fisiológicos, que se desenvolvem, com o repetido consumo de
uma substância psicoativa. Anda tipicamente associada ao desejo poderoso de
tomar a droga, à dificuldade de controlar o consumo, à utilização persistente,
apesar das suas consequências nefastas, e à prioridade dada ao uso da droga,
em detrimento de outras actividades e obrigações. O termo foi recomendado
em 1964, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), para substituir outros
termos, com maior conotação moral negativa, como o termo "vício" (MISAU,
2010).
Uma pessoa é considerada dependente, se o seu nível de consumo incorrer em pelo
menos três dos sinais mencionados em cima, ao longo dos últimos doze meses, que
antecedem o diagnóstico.

2.2.2.1 Tipos de dependência

2.2.2.1.1. Dependência Física

Quando a droga é utilizada em quantidades e frequências elevadas, o organismo


defende-se, estabelecendo um novo equilíbrio, em seu funcionamento, e adaptando-se à
droga. De tal forma que, na falta dela, funciona mal. A dependência física é o resultado da
adaptação do organismo a uma droga. O que torna impossível a suspensão brusca da droga.

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Pois a suspensão da droga provoca múltiplas alterações somáticas, por exemplo, o "delirium
tremens" (= o corpo não suporta a abstinência, entrando em estado de pânico).

2.2.2.1.2. Dependência Psicológica

O indivíduo em estado de dependência psicológica sente um impulso constante de


fazer uso das drogas, a fim de evitar o mal-estar. É uma condição, em que a droga produz um
sentimento de satisfação e um impulso psicológico, exigindo o uso periódico ou contínuo da
droga, para produzir prazer ou evitar desconforto.

No estado de dependência psíquica, o desejo de tomar outra dose,


transforma-se em necessidade, que, se não for satisfeita, leva o indivíduo a um
profundo estado de angústia (depressão). É muito difícil vencer a dependência
psíquica. Por isso, há pessoas que voltam a consumir uma droga, mesmo
depois de a terem deixado há muito tempo. O álcool, a nicotina, a heroína e
alguns medicamentos criam ambas as dependências: a física e a psicológica.
(Jung, 1901).
2.2.2.1.3. Causas da Dependência

 Forte desejo ou compulsão de consumir drogas;


 Consciência subjectiva de dificuldades na capacidade de controlar a ingestão de
drogas;
 Uso de substâncias psicoativas, para atenuar sintomas de abstinência, com plena
consciência da efectividade de tal estratégia;
 Estado fisiológico de abstinência;
 Evidência de tolerância, necessitando de doses crescentes da substância requerida,
para alcançar os efeitos originalmente produzidos;
 Estreitamento do consumo, quando o indivíduo passa, por exemplo, a consumir droga,
em locais não propícios, a qualquer hora, sem nenhum motivo especial, etc.;
 Negligência progressiva de prazeres e outros interesses, em favor do uso de drogas;
 Persistência no uso de drogas, mesmo com evidência de manifestações nocivas;
 Evidência de que o retorno ao uso da substância, após um período de abstinência, leva
a uma reinstalação rápida do quadro anterior.

2.2.2.1.4. Consequências/Efeitos

 Síndrome de abstinência
 Desejos persistentes ou esforços mal sucedidos, para controlar o uso
 Uso frequente de quantidades maiores, ou por períodos mais prolongados do que o
pretendido

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 Muito tempo é consumido a conseguir usar ou recuperar-se do uso
 Abandono ou redução das actividades sociais, ocupacionais ou recreativas, devido ao
uso.

2.3. Estratégias, para ultrapassar os vícios e dependências

Drogas, álcool, internet, pornografia, consumismo:

Pensar nos meus reais valores, nas minhas reais necessidades e prioridades

Ter um projecto claro, para a minha vida


Ter um bom relacionamento familiar
Ter um ideal religioso, que me leve a boas atitudes
Ter uma relação saudável e segura
Ter um trabalho profissional interessante e encorajador
Ocupar-me com actividades artística e de laser
Relacionar-me com boas pessoas
Buscar conhecimentos e informações, através do estudo
Praticar desporto Estar em contacto com a natureza
Viajar e fazer novas amizades

2.4. O ABCD

Todas as pessoas buscam, de uma maneira ou de outra, ser felizes, estar bem consigo
mesmas. Mas nem sempre os meios que se usam, para chegar a este fim, são os acertados. Ou,
ainda mais, achamos que isso há-de chegar, por si mesmo. Nem sempre isso acontece. É
preciso pensar que são necessárias certas habilidades, para podermos atingir esse objectivo da
felicidade.

O que nos propomos, neste módulo, são algumas ferramentas, que podem ajudar e
facilitar, na prevenção do HIV. O método já é muito conhecido: é o método ABC:

A = Abstinência do sexo,

B = Be faithful, seja fiel

C = Condom, o preservativo.

Mas nós, numa visão holística da vida, propomos o ABCD, que significa muito mais.

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A= abstinência, de tudo quanto possa destruir o projecto de vida. Isto é, temos de
abster-nos da mentira, da corrupção, do estigma, do sexo desprotegido, do álcool, das drogas,
da violência, da poluição do meio ambiente...

B = be faithful significa fidelidade: em primeiro lugar, fidelidade a ti mesmo e ao teu


projecto da vida, ao teu corpo, à tua família, à tua igreja, ao teu parceiro, a Deus,

C= change, mudança. É tempo de escolher, de fazer escolhas responsáveis, de


transformação.

D= danger perigo. Para chegar a ter uma vida em plenitude, devem evitar-se os
perigos, como, por exemplo, o das drogas, o do HIV...

Portanto, desenvolver o método do ABCD implica, da tua parte, a elaboração e


realização de um projecto de vida, assim como aprender a gerir recursos e conflitos. Estes
elementos são importantes, para realizar o Projecto de vida.

2.5. Gestão de dinheiro e bens

Os recursos materiais são necessários, para a implementação de qualquer projecto. E


um deles é o dinheiro. Gerir bem o dinheiro requer esforço, tempo e humildade, seja para as
finanças pessoais, seja para a gestão empresarial. (MISAU, 2010).

Existem algumas práticas, que podemos compartilhar, para te ajudar a gerir melhor o
teu dia-a-dia, e todos os aspectos financeiros relacionados.

Uma boa gestão, uma boa administração dos recursos económicos, materiais e
pessoais vai fazer a diferença, na implementação do teu projecto de vida. Abster-te de gastar
dinheiro superficialmente, ter cuidado do teu tempo, fazer escolhas certas, vão ser, podem ser
um grande desafio para ti.

a) Vives ainda com os teus pais, ou já estás fora da casa deles? Como te sentes a viver
com eles? Como te sentes a viver já fora da casa deles?
b) Quais são os bens que tens? E como usas o que tens à tua disposição?
c) Achas que és um bom gestor/uma boa gestora dos bens que tens? Como descobres
isso?

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3. Conclusão

O vício é um hábito repetitivo, que degenera ou causa algum prejuízo ao viciado e aos
que com ele convivem. Na forma pouco prejudicial, é uma aceitação completa ou afinidade
completa por uma coisa. Por exemplo, ser viciado em chocolate. Na forma perigosa, o vício
caracteriza-se pelo descontrolo total de uma pessoa, em relação a alguma coisa. A pessoa fica
dependente desta coisa, chegando a níveis extremos, em alguns casos. Nem tudo o que vicia é
uma droga, mas todo o vício é uma droga. Já a Dependência é um conjunto de fenómenos
comportamentais, cognitivos e fisiológicos, que se desenvolvem, com o repetido consumo de uma
substância psicoativa. Anda tipicamente associada ao desejo poderoso de tomar a droga, à dificuldade
de controlar o consumo, à utilização persistente, apesar das suas consequências nefastas, e à prioridade
dada ao uso da droga, em detrimento de outras actividades e obrigações.

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4. Referências Bibliográficas

Canadian Public Health Association. (2012). Introduction to HIV New Prevention


Technologies (NPTs). Ottawa.

Jung, C.G. (1901). O Desenvolvimento da Personalidade. Edição integral Título do original:


"Über die entwicklung der persönlichkeit". Tradução: Frei Valdemar do Amaral. ISBN
85-332- 0813-8.

Kirby, D. (2013). Reduzir o Comportamento Sexual de Risco No Seio dos Jovens. Um kit de
ferramentas de formação para formuladores de currículos. ETR Associates. Scotts
Valley, California.

MISAU, Instituto Nacional de Saúde, CNCS. (2010). INSIDA 2009: Inquérito Nacional de
Prevalência, Riscos Comportamentais e Informações sobre o HIV e SIDA em
Moçambique, Relatório final, Maputo.

UNESCO, UNAIDS. (2009). International Technical Guidance on Sexuality Education. An


Evidence informed approach for schools, teachers and health educators. Vol 1. The
rationale for sexuality education. Vol 2. Topics and Learning Objectives. UNESCO:
Paris.

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