Elaboracao Laudo

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ELABORAÇÃO DE LAUDOS PERICIAIS E DE NÃO CONFORMIDADE

 DESCRIÇÃO: A perícia é uma ferramenta prevista em lei e criada para auxiliar o juiz
responsável por um determinado processo a produzir as provas necessárias à
formação de seu convencimento, o qual será formalizado em uma sentença, no final
do processo.
Assim como todos os procedimentos de um processo judicial, a perícia é regulada por
uma única lei, a Lei n. 13.105, de 16 de março de 2015, popularmente conhecida como
novo Código de Processo Civil, que traz um capítulo específico (XII) para tratar dos
meios de prova que as partes litigantes em um processo judicial podem se valer para
provar a verdade dos fatos, entre os quais se inclui a perícia.

TEMA 2 – JURISDIÇÃO, AÇÃO E PROCESSO.

 A jurisdição é a atividade realizada pelo Estado, objetivando a aplicação do direito


objetivo ao caso concreto trazido a juízo, resolvendo-se com caráter de definitividade
uma situação de crise jurídica, de modo a alcançar a pacificação social”.
 O conceito de jurisdição sob três enfoques distintos: como poder, função e atividade.
Como poder, a jurisdição é a manifestação da soberania estatal, consubstanciada na
capacidade de decidir imperativamente e impor decisões, não se limitando, assim, a
apenas dizer o direito, mas também de, por imperatividade, satisfazer a pretensão
perquirida.
Como função, ela se expressa no encargo que têm os órgãos estatais de prestar a
tutela jurisdicional quando chamados, promovendo a pacificação social, encargo esse
atribuído, em regra, ao Poder Judiciário — função típica — e, excepcionalmente, a
outros Poderes.
Como atividade, a jurisdição consubstancia-se em um complexo de atos praticados
pelo agente estatal investido da atividade jurisdicional no processo, forma que a lei
criou para que o exercício dessa função se tornasse possível.
 O direito de ação é inerente a toda pessoa física ou jurídica diante de ameaça de lesão
ao direito individual ou coletivo e força o Estado a exercer duas atividades:
 Reconhecer (ou não) o direito afirmado pelo autor da ação, bastando, para
tanto, promover o início de um processo judicial;
 Satisfazer a pretensão feita pelo autor da ação, o que pressupõe o
acolhimento do pedido, isto é, o reconhecimento de que o autor da ação tem
razão em relação ao fato que o motivou a procurar a tutela jurisdicional do
Estado.
 Processo pode ser entendido como uma ferramenta, como um instrumento usado
para tornar efetivo um direito material (por exemplo, a transgressão a uma
obrigação legal). O direito material gera direitos e obrigações, mas não se efetiva
sozinho, não se satisfaz por si; logo, existe uma relação de complementaridade entre o
processo e o direito material.
 Direito processual é o ramo do Direito que trata da sequência dos atos necessários à
satisfação do direito material, obrigando o juiz e as partes do processo com uma série
de direitos e obrigações a fim de dar uma resposta satisfatória à sociedade (jurisdição)
em relação a conflitos surgidos de sua relação.
ELABORAÇÃO DE LAUDOS PERICIAIS E DE NÃO CONFORMIDADE

 Perícia servirá como ferramenta de garantia da adequada jurisdição, auxiliando o


Estado a garantir a tutela do direito material adequada.

TEMA 3 – A PERÍCIA JUDICIAL

 O processo é uma ferramenta usada para tornar efetivo um direito material .


 Art. 369: “As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os
moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a
verdade dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na
convicção do juiz”.
 Basicamente, os tipos provas previstas pelo novo CPC em seus artigos 332 a 443 são os
seguintes:
Depoimento pessoal: ato pelo qual as partes comparecem em juízo para serem
ouvidas pelo juiz. Ressalvam-se o sigilo de certas profissões e a imputação de culpa
sobre o depoente.
Confissão: admissão em juízo da verdade de um fato que beneficia a parte contrária.
Exibição de documento ou coisa: ordem judicial emanada por juiz para que a parte
exiba documento ou coisa sob sua guarda.
Prova documental: documentos que compõem o corpo probatório do processo, os
quais devem ser juntados aos autos no momento adequado.
Prova testemunhal: consiste na apresentação de testemunhas para serem ouvidas em
juízo para fim de complementação de prova anteriormente produzida, ou a ser
produzida em audiência.
Prova pericial: são provas produzidas por meio de exame, vistoria ou avaliação
efetivada por perito técnico, que pode ser acompanhado por assistentes nomeados
pelas partes.
Inspeção judicial: ato pelo qual o juiz pode, em qualquer fase do processo, inspecionar
pessoas ou coisas, a fim de se esclarecer fato que interesse à decisão da causa.

TEMA 4 – O PERITO JUDICIAL

 Auxiliares da Justiça: Art. 149. São auxiliares da Justiça, além de outros cujas
atribuições sejam determinadas pelas normas de organização judiciária, o escrivão, o
chefe de secretaria, o oficial de justiça, o perito, o depositário, o administrador, o
intérprete, o tradutor, o mediador, o conciliador judicial, o partidor, o distribuidor, o
contabilista e o regulador de avarias.
Excluem-se as partes do processo (autor e réu), as testemunhas, o Ministério Público e
os advogados, além do próprio juiz, sobre o qual recai naturalmente um peso muito
maior de responsabilidades e deveres, as quais são tratadas pelo CPC em artigo
específico.
 “Art. 156. O juiz será assistido por perito quando a prova do fato depender de
conhecimento técnico ou científico.”

TEMA 5 – A PERÍCIA AMBIENTAL


ELABORAÇÃO DE LAUDOS PERICIAIS E DE NÃO CONFORMIDADE

 Os objetivos de uma perícia judicial, quais sejam:


Ser um meio produtor de prova: conforme vimos, a perícia judicial é um dos meios de
produção de prova previstos pela lei, que está disponível tanto para as partes
litigantes quanto para o juiz a fim de auxiliar na promoção da justiça.
Prestar auxílio técnico ao juízo: um dos objetivos da perícia é auxiliar o juiz com um
conhecimento especializado que ele não possui, de modo a lhe dar condições objetivas
para que tome a melhor decisão possível.
Solucionar demandas controversas: dentro de um processo judicial, há duas partes
em litígio, ou seja, duas pessoas físicas ou jurídicas, cada qual defendendo a sua versão
sobre uma demanda controversa, ou seja, sobre um fato sobre o qual não há consenso
entre as partes. A opinião técnica do perito é de fundamental importância para
esclarecer esse tipo de demanda;
Prover uma opinião imparcial: o perito judicial sempre estará comprometido com a
verdade e, de forma alguma, pode ter algum tipo de relação com as partes do
processo que possa comprometer a imparcialidade de sua opinião. Logo, em um litígio
entre duas partes com suas versões parciais dos fatos, a perícia tem o importante
papel de trazer uma terceira opinião, desprovida de parcialidade.

AULA 2

TEMA 1 — ATORES DA PERÍCIA E SEU PAPEL


 A perícia técnica é um meio de produção de prova previsto no Código de Processo
Civil, Lei n. 13.105, de 16 de março de 2015.
 Art. 465. O juiz nomeará perito especializado no objeto da perícia e fixará de imediato
o prazo para a entrega do laudo.
§ Incumbe às partes, dentro de 15 (quinze) dias contados da intimação do despacho
de nomeação do perito:
I - arguir o impedimento ou a suspeição do perito, se for o caso;
II - indicar assistente técnico;
 ATORES DA PERÍCIA: O juiz, responsável pelo julgamento do processo; o perito,
profissional especializado no objeto da perícia; o assistente técnico, profissional que
deverá prestar assistência técnica à parte, em relação ao objeto da perícia. Podemos
também incluir nesse rol o advogado, o qual tem o papel de representar a parte
litigante perante a Justiça, uma vez que as partes não podem exercer sua autotutela
em âmbito judicial.
 Art. 158. O perito que, por dolo ou culpa, prestar informações inverídicas responderá
pelos prejuízos que causar à parte e ficará inabilitado para atuar em outras perícias
no prazo de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, independentemente das demais sanções
previstas em lei, devendo o juiz comunicar o fato ao respectivo órgão de classe para
adoção das medidas que entender cabíveis.
 Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito,
tradutor, contador ou intérprete em processo judicial, ou administrativo, inquérito
policial ou em juízo arbitral:
Pena - Reclusão, de 1 a 3 anos, e multa.
ELABORAÇÃO DE LAUDOS PERICIAIS E DE NÃO CONFORMIDADE

§ 1º - As penas aumentam-se de um sexto a um terço, se o crime é praticado mediante


suborno ou se cometido com o fim de obter prova destinada a produzir efeito em
processo penal, ou em processo civil em que for parte entidade da administração
pública direta ou indireta.
§ 2º - O fato deixa de ser pu se, antes da sentença no processo em que ocorreu o
ilícito, o agente se retrata ou declara a verdade. Caso o perito tenha feito afirmação
falsa ou até mesmo omitido a verdade mediante suborno, a pena prevista (reclusão de
um a três anos) poderá ser aumentada de um sexto a um terço.

TEMA 2 — NOMEAÇÃO DO PERITO E ESCOLHA DOS ASSISTENTES TÉCNICOS

 § 1º Os peritos serão nomeados entre os profissionais legalmente habilitados e os


órgãos técnicos ou científicos devidamente inscritos em cadastro mantido pelo
tribunal ao qual o juiz está vinculado.
 § 3º Os tribunais realizarão avaliações e reavaliações periódicas para manutenção do
cadastro, considerando a formação profissional, a atualização do conhecimento e a
experiência dos peritos interessados.
 § 5º Na localidade onde não houver inscrito no cadastro disponibilizado pelo tribunal,
a nomeação do perito é de livre escolha pelo juiz e deverá recair sobre profissional ou
órgão técnico ou científico comprovadamente detentor do conhecimento necessário à
realização da perícia.
 Art. 467. O perito pode escusar-se ou ser recusado por impedimento ou suspeição.
Parágrafo único. O juiz, ao aceitar a escusa ou ao julgar procedente a impugnação,
nomeará novo perito.

TEMA 3 — SUBSTITUIÇÃO DO PERITO

 Art. 468 O perito pode ser substituído quando:


I - faltar-lhe conhecimento técnico ou científico;
II - sem motivo legítimo, deixar de cumprir o encargo no prazo que lhe foi assinado.
§ 1º No caso previsto no inciso II, o juiz comunicará a ocorrência à corporação
profissional respectiva, podendo, ainda, impor multa ao perito, fixada tendo em vista o
valor da causa e o possível prejuízo decorrente do atraso no processo.
§ 2º O perito substituído restituirá, no prazo de 15 (quinze) dias, os valores recebidos
pelo trabalho não realizado, sob pena de ficar impedido de atuar como perito judicial
pelo prazo de 5 (cinco) anos.
§ 3º Não ocorrendo a restituição voluntária de que trata o § 2o, a parte que tiver
realizado o adiantamento dos honorários poderá promover execução contra o perito,
na forma dos arts. 513 e seguintes deste Código, com fundamento na decisão que
determinar a devolução do numerário.

TEMA 4 — DETERMINAÇÃO DOS HONORÁRIOS DOS PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS NA PERÍCIA


 Relevância: é entendida como a importância da perícia no contexto social e
sua essencialidade para dirimir as dúvidas de caráter técnico-científico.
ELABORAÇÃO DE LAUDOS PERICIAIS E DE NÃO CONFORMIDADE

 Vulto: relacionado ao valor da causa no que se refere ao objeto da perícia; à


dimensão determinada pelo volume de trabalho e à abrangência pelas áreas de
conhecimento envolvidas.
 Risco: compreende a possibilidade de o honorário pericial não ser
integralmente recebido, o tempo necessário ao recebimento, bem como a
antecipação das despesas necessárias à execução do trabalho. Igualmente,
devem ser levadas em consideração as implicações cíveis, penais, profissionais
e outras de caráter específico a que pode estar sujeito o perito.
 Complexidade: está relacionada à dificuldade técnica para a realização do
trabalho pericial em decorrência do grau de especialização exigido, à
dificuldade em obter os elementos necessários para a fundamentação do laudo
pericial e ao tempo transcorrido entre o fato a ser periciado e a realização da
perícia. Deve ser considerado também o ineditismo da matéria periciada.
 Horas estimadas para a realização de cada fase do trabalho: é o tempo
despendido para a realização da perícia, mensurado em horas trabalhadas pelo
perito, quando aplicável.
 Equipe: é formada pelos auxiliares que integram o time de trabalho do perito,
estando sob sua orientação direta e inteira responsabilidade.

TEMA 5 — PAGAMENTO DOS HONORÁRIOS PERICIAIS

Art. 95. Cada parte adiantará a remuneração do assistente técnico que houver
indicado, sendo a do perito adiantada pela parte que houver requerido a perícia ou
rateada quando a perícia for determinada de ofício ou requerida por ambas as
partes.
§ 1º O juiz poderá determinar que a parte responsável pelo pagamento dos honorários
do perito deposite em juízo o valor correspondente.
§ 2º A quantia recolhida em depósito bancário à ordem do juízo será corrigida
monetariamente e paga de acordo com o art. 465, § 4º.
§ 3º Quando o pagamento da perícia for de responsabilidade de beneficiário de
gratuidade da justiça, ela poderá ser:
I - custeada com recursos alocados no orçamento do ente público e realizada
por servidor do Poder Judiciário ou por órgão público conveniado;
II - paga com recursos alocados no orçamento da União, do Estado ou do
Distrito Federal, no caso de ser realizada por particular, hipótese em que o valor será
fixado conforme tabela do tribunal respectivo ou, em caso de sua omissão, do
Conselho Nacional de Justiça.

AULA 3
TEMA 1 – QUESITOS PERICIAIS
 Quesitos periciais são perguntas técnicas, formuladas pelos assistentes técnicos,
para orientar o trabalho do perito.
ELABORAÇÃO DE LAUDOS PERICIAIS E DE NÃO CONFORMIDADE

 Art. 465. O juiz nomeará perito especializado no objeto da perícia e fixará de


imediato o prazo para a entrega do laudo.
§ 1º Incumbe às partes, dentro de 15 (quinze) dias contados da intimação do
despacho de nomeação do perito:
I - arguir o impedimento ou a suspeição do perito, se for o caso;
II - indicar assistente técnico;
III - apresentar quesitos.
 Quesitos são inquirições, questões essenciais, ou seja, pontos específicos que o
ator processual deseja submeter ao crivo do conhecimento técnico do profissional
então nomeado para a realização da prova pericial.
 Grande objetivo dos quesitos: orientar tecnicamente o trabalho do perito. Mais
do que isso, pode-se dizer que é possível utilizar-se o quesito (desde que bem
escrito) para induzir tecnicamente a conclusão do perito.

TEMA 2 – O PAPEL DO PERITO EM RELAÇÃO AOS QUESITOS


2.1 Utilizar os quesitos para avaliar o encargo

2.2 Responder, objetivamente, a todos os quesitos formulados.


 A avaliação de pertinência do quesito cabe apenas ao juiz:
Art. 470. Incumbe ao juiz: I - indeferir quesitos impertinentes; II - formular os
quesitos que entender necessários ao esclarecimento da causa.
 Segundo o art. 473 do CPC, uma vez aceito o encargo de perícia, o perito deverá
dar respostas conclusivas a todos os quesitos do processo:
Art. 473. O laudo pericial deverá conter: (...) IV - resposta conclusiva a todos os
quesitos apresentados pelo juiz, pelas partes e pelo órgão do Ministério Público.

TEMA 3 – QUESITOS SUPLEMENTARESE E ESCLARECIMENTOS

 Art. 469. As partes poderão apresentar quesitos suplementares durante a


diligência, que poderão ser respondidos pelo perito previamente ou na audiência
de instrução e julgamento.
 O art. 465 do CPC determina que as partes têm o prazo de 15 dias para
apresentação dos quesitos iniciais.
 Art. 477. O perito protocolará o laudo em juízo, no prazo fixado pelo juiz, pelo
menos 20 (vinte) dias antes da audiência de instrução e julgamento.
§ 1º As partes serão intimadas para, querendo, manifestar-se sobre o laudo do
perito do juízo no prazo comum de 15 (quinze) dias, podendo o assistente técnico
de cada uma das partes, em igual prazo, apresentar seu respectivo parecer
(Brasil, 2015).
§ 2º O perito do juízo tem o dever de, no prazo de 15 (quinze) dias, esclarecer
ponto:
I - sobre o qual exista divergência ou dúvida de qualquer das partes, do juiz ou do
órgão do Ministério Público;
II - divergente apresentado no parecer do assistente técnico da parte.
ELABORAÇÃO DE LAUDOS PERICIAIS E DE NÃO CONFORMIDADE

§ 3º Se ainda houver necessidade de esclarecimentos, a parte requererá ao juiz


que mande intimar o perito ou o assistente técnico a comparecer à audiência de
instrução e julgamento, formulando, desde logo, as perguntas, sob forma de
quesitos.

TEMA 4 – O CONTEÚDO DO LAUDO PERICIAL, SEGUNDO O CPC

 Art. 473. O laudo pericial deverá conter:


I - a exposição do objeto da perícia;
II - a análise técnica ou científica realizada pelo perito;
III - a indicação do método utilizado, esclarecendo-o e demonstrando ser
predominantemente aceito pelos especialistas da área do conhecimento da qual
se originou;
IV - resposta conclusiva a todos os quesitos apresentados pelo juiz, pelas partes e
pelo órgão do Ministério Público.
§ 1º No laudo, o perito deve apresentar sua fundamentação em linguagem
simples e com coerência lógica, indicando como alcançou suas conclusões.
§ 2º É vedado ao perito ultrapassar os limites de sua designação, bem como emitir
opiniões pessoais que excedam o exame técnico ou científico do objeto da perícia.
§ 3º Para o desempenho de sua função, o perito e os assistentes técnicos podem
valer-se de todos os meios necessários, ouvindo testemunhas, obtendo
informações, solicitando documentos que estejam em poder da parte, de terceiros
ou em repartições públicas, bem como instruir o laudo com planilhas, mapas,
plantas, desenhos, fotografias ou outros elementos necessários ao esclarecimento
do objeto da perícia.

TEMA 5 – AS MELHORES PRÁTICAS PARA ELABORAÇÃO DE UM BOM LAUDO PERICIAL

 Organização e estrutura: O laudo pericial deve ser bem organizado, para se fazer o
mais didático e claro possível.
 Clareza: instrumento de apoio - Conforme destaca o próprio CPC no parágrafo 3º
do art. 473, o perito poderá “instruir o laudo com planilhas, mapas, plantas,
desenhos, fotografias ou outros elementos necessários”.
 Objetividade: O laudo pericial deve ser objetivo e se limitar à matéria que se está
discutindo na justiça.
 Referencial teórico: credibilidade - O profissional de perícia é um especialista que
possui aval técnico da sociedade, pois teve seu cadastro previamente aprovado
em determinado tribunal, para exercer o papel de auxiliar da justiça.
 Simplicidade: didático - Por fim, o laudo pericial deve se orientar pela
simplicidade, para que possa ser didático e compreensível.

AULA 4

TEMA 1 – PLANEJAMENTO DA AUDITORIA AMBIENTAL


ELABORAÇÃO DE LAUDOS PERICIAIS E DE NÃO CONFORMIDADE

 Etapa 1 (início da auditoria); etapa 2 (preparação da auditoria); etapa 3 (execução


da auditoria); e etapa 4 (elaboração do relatório de auditoria).
 Definição do escopo da auditoria: a equipe responsável deverá fazer a descrição
da localização física e das atividades da organização, consultando o auditado
sempre que necessário.
 Análise crítica preliminar da documentação: o auditor-líder irá avaliar toda a
documentação base para a auditoria, requisitando, sempre que necessário,
documentos suplementares.

1.1 Elaboração do plano de auditoria –


O plano deve incluir:
 Objetivos e escopo da auditoria;
 Critérios de auditoria;
 Identificação das unidades auditadas;
 E identificação dos funcionários da unidade que tenham responsabilidade direta
com de auditoria o SGA;
 Identificação dos elementos do SGA prioritários;
 Procedimentos de auditoria;
 Identificação de idiomas, dos documentos de referência, da época e da duração
previstas, das datas e dos locais e dos membros da equipe de auditoria;
 Programa de reuniões;
 Requisitos de confiabilidade;
 Conteúdo e formato do relatório de auditoria e data prevista de sua emissão;
 e requisitos de retenção de documentos.

1.2 Atribuição de funções aos membros da equipe de auditoria

1.3 Preparação dos documentos da auditoria

TEMA 2 – EXECUÇÃO DA AUDITORIA

 A qual se divide nas 4 etapas descritas a seguir:

2.1 Reunião de abertura:


2.2 Coleta de evidências: É a auditoria propriamente dita, ou seja, o momento em
que a equipe de auditoria vai realizar as atividades necessárias à coleta de
evidências, como entrevistas, exame de documentos e observação de atividades e
situações, em quantidade suficiente para se determinar a conformidade do SGA do
auditado em relação aos critérios de auditoria.
2.3 Análise de evidências: as evidências devem ser analisadas criticamente em
comparação aos critérios.
2.4 Reunião de encerramento: A reunião de encerramento deve acontecer antes
da elaboração do relatório de auditoria. Nela devem participar auditores,
administração do auditado e responsáveis pelas funções auditadas.
ELABORAÇÃO DE LAUDOS PERICIAIS E DE NÃO CONFORMIDADE

TEMA 3 – NÃO CONFORMIDADES DE AUDITORIA


3.1 Conceito:
 Requisito como sendo a necessidade ou expectativa que é declarada, geralmente
implícita ou obrigatória (sendo que implícita significa que é costume ou prática
comum para a organização e que a necessidade ou expectativa sob consideração
esteja implícita).
 O termo “não conformidade” como o não atendimento a um requisito.
 Não conformidade é, portanto, “o não atendimento de uma necessidade ou
expectativa declarada (proveniente de norma), implícita ou obrigatória” (ABNT,
2015).
 Não conformidade refere-se aos requisitos da Norma e de requisitos adicionais do
sistema de gestão ambiental que a organização estabelece para si mesma.

TEMA 4 – EVIDÊNCIAS DE AUDITORIA

 4.1 Conceito: evidências de auditoria consistem em registros, declarações de fato


ou outra informação pertinentes aos critérios de auditoria e verificáveis.
 A evidência é de grande importância, pois ela é a “prova” da constatação do
auditor, sem a qual não é possível comprovar a existência de não conformidade a
requisito da norma.
 Diversos autores classificam as evidências de auditoria em três tipos:
a. Física: são as comprovações obtidas através da inspeção in loco realizada pelo
auditor e expressam a existência tangível, representada por anotações do auditor,
cópias de documentos ou mesmo fotografias. Comumente as evidências físicas
comprovam, ou não, a consecução de atitudes;
b. Analítica: obtida por meio do exame de documentos, comparações ou cálculos;
c. Testemunhal: consiste nas provas obtidas pelo auditor através das respostas e
declarações, tanto de natureza oral, quanto escrita.

4.2 Requisitos da evidência - são requisitos das evidências de auditoria:

 Suficiência Trata-se de informações que expressam dados factuais completos,


adequados e convincentes, conduzindo os usuários às mesmas conclusões - auditor ou
cliente. Para ser suficiente a evidência deve ser convincente para justificar os conteúdos
dos relatórios de auditoria. Suficiência é encontrada quando, ambos, auditor e receptor
do relatório estão satisfatoriamente convencidos de que os impactos e conclusões da
auditoria são apropriados. Isso normalmente requer que a quantidade de evidência
coletada seja suficiente para também convencer o auditado, mas em última análise o
auditor deve estar mais preocupado em persuadir o usuário do relatório [...]
 Pertinência Uma evidência é pertinente quando diz respeito ao objetivo da auditoria
realizada e tem uma relação lógica com as constatações e conclusões do auditor.
 Fidedignidade A fidedignidade da evidência está diretamente relacionada ao seu grau
de confiabilidade, integridade e procedência - significa tratar-se da melhor informação
que se pode obter usando as técnicas apropriadas de auditoria. Diz-se que uma
evidência é fidedigna quando objetiva e livre de parcialidade.
ELABORAÇÃO DE LAUDOS PERICIAIS E DE NÃO CONFORMIDADE

 Relevância: Diz respeito diretamente ao objeto dos exames e significa que a informação
usada para fundamentar as descobertas e recomendações de auditoria atinge os
objetivos estabelecidos para o trabalho. Relevância dos itens objeto dos exames significa
o grau de relação entre as evidências e os objetivos do auditor. A evidência deve ser
relevante para o objetivo específico da auditoria que ela serve e cada objetivo específico
deve ser coberto.
 Utilidade: significa que a informação obtida auxilia tanto o auditor a alcançar suas
conclusões como ajuda a Unidade a atingir suas metas e objetivos. A Utilidade ou
Validade refere-se à força ou credibilidade da evidência em dar suporte às conclusões
concernentes à natureza da entidade sob exame.

TEMA 5 – RELATÓRIO DE AUDITORIA: deverão estar materializadas todas as conclusões


da equipe de auditoria.
TEMA 1 – ORGANIZAÇÃO E ESTRUTURA
TEMA 2 – INSTRUMENTOS DE APOIO
“instruir o laudo com planilhas, mapas, plantas, desenhos, fotografias ou outros
elementos necessários”, ou seja, toda ferramenta que auxilie o perito a tornar o laudo
pericial mais claro e didático, deverá ser utilizada. Os instrumentos de apoio podem ser
observados no laudo de exemplo, ao longo de todo o documento (mapas, croquis e
fotos).
TEMA 3 – OBJETIVIDADE
TEMA 4 – REFERENCIAL TEÓRICO: Para elaborar o laudo pericial, o perito deve se valer
de referências técnicas, acadêmicas ou científicas para dar maior credibilidade a seu
trabalho.
TEMA 5 – SIMPLICIDADE

AULA 6
TEMA 1 – ORGANIZAÇÃO E ESTRUTURA

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