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Unidade 2 - Lajes
Unidade 2 - Lajes
LAJES
1
ESTRUTURAS DE CONCRETO I
AULA COM INÍCIO AS 19:00h
Normalmente têm
espessura entre 7 e 15 cm,
sendo projetadas para
diversos tipos de
construção, tais como:
muros de arrimo, escadas,
reservatórios e construções
diversas.
Figura 1.3 – Laje pré-moldada moldada Figura 1.4 – Lajes nervurada com EPS,
no local popularmente conhecido como isopor.
6
2.3. Lajes pré-fabricadas ou pré-moldadas
Define-se laje pré-fabricada ou pré-moldada àquela que tem suas partes
produzidas em escala industrial em uma fábrica.
Pode ser de concreto armado ou protendido, sendo utilizada tanto em
construções de pequeno porte como de grande porte.
Existem diversos tipos de lajes pré-fabricadas. Podem, por exemplo, ser
constituídas por vigas ou vigotas de concreto e blocos cerâmicos ou de
cimento, ou de EPS (isopor), ou um outro material cuja função é a de
completar o piso (Figura 1.5).
A grande vantagem deste tipo de solução é a velocidade de execução e
a eliminação de fôrmas. Seus vãos variam de 4 a 8 metros, podendo
chegar a 15 metros.
Armadura de distribuição
8
2.4. Lajes cogumelo
São lajes apoiadas diretamente nos pilares por intermédio de capitéis ou
engrossamentos que têm a função de absorver os esforços de punção
presentes na ligação laje-pilar. O dimensionamento é feito com base nos
esforços de cisalhamento, que são preponderantes sobre os esforços de
flexão (Figura 1.7).
(drop panel)
9
problema de puncionamento
10
2.5. Lajes lisas ou planas
São aquelas apoiadas diretamente nos pilares sem o uso de capitéis ou
engrossamentos (Figura 1.8). Esta solução apresenta uma grande vantagem
em relação às demais, pois propicia uma estrutura mais versátil. A ausência de
recortes nas lajes permite uma redução no tempo de execução das fôrmas,
além da redução expressiva do desperdício dos materiais.
t1 /2 t2 /2
sendo: a1 = menor valor entre e a2 = menor valor entre
0,3h 0,3h
15
Em função das várias combinações possíveis de vínculos nas quatro
bordas das lajes retangulares, as lajes recebem números que diferenciam
as combinações de vínculos nas bordas, como indicados na Figura 1.12.
16
3.3.1. Bordas livres
A borda livre caracteriza-se pela ausência de apoio, apresentando, portanto,
deslocamentos verticais (Figura 1.13 ).
Já nas bordas simplesmente apoiadas como nas engastadas, considera-se
que não ocorre deslocamentos verticais.
borda
borda
simplesmente
engastada
apoiada
borda livre
borda livre
17
3.3.2. Bordas simplesmente apoiadas
O apoio simples surge nas bordas onde não existe, ou não se pode admitir
a continuidade da laje com outras lajes vizinhas (Figura 1.14).
O apoio simples pode ser uma parede de alvenaria estrutural ou uma viga
de concreto.
18
3.3.3. Bordas com engaste perfeito
(a) (b)
Figura 1.15 – Lajes em balanço:
(a). engastada em viga de apoio; (b) engastada na laje adjacente
19
Exemplo de engaste perfeito: (lajes de rampas)
20
Borda apresentando engaste e apoio simples, simultaneamente:
Quando duas lajes contínuas possuírem espessuras muito diferentes, pode
ser mais adequado considerar a laje de menor espessura (L2) engastada na
laje de maior espessura (L1), e a laje com maior espessura sendo
considerada apenas apoiada na borda comum às duas lajes (Figura 1.17).
borda livre
borda simplesmente
borda engastada
apoiada
2L
Se a → L1 pode ser considerada engastada na laje L2;
3
2L
a → L1 é considerada simplesmente apoiada.
3
23
3.5. Cobrimentos nominais mínimos para lajes (cnom).
tolerância de
execução
Tabela 3 – Cobrimento nominal (cnom) para Δc = 10mm
Classe de agressividade ambiental (Tabela 6.1)
Componente
Tipo de estrutura I II III IV 2
ou elemento
Cobrimento nominal – mm (cnom)
Concreto armado Laje 1 20 25 35 45
1 Para a face superior de lajes e vigas que serão revestidas com argamassa de contrapiso,
com revestimentos finais secos tipo carpete e madeira, com argamassa de revestimento e
acabamento, como pisos de elevado desempenho, pisos cerâmicos, pisos asfálticos e outros,
as exigências desta Tabela, podem ser substituídas pelas de 7.4.7.5 (cnom ≥ barra), respeitado
um cobrimento nominal ≥ 15 mm.
2 Nas superfícies expostas a ambientes agressivos, como reservatórios, estações de
tratamento de água e esgoto, condutos de esgoto, canaletas de efluentes e outras obras em
ambientes química e intensamente agressivos, devem ser atendidos os cobrimentos da
classe de agressividade IV.
Δc é um acréscimo dado ao cobrimento mínimo (cmín), sendo considerado como
uma tolerância de execução.
cnom é igual ao cobrimento mínimo acrescido da tolerância Δc (Δc deve ser maior
ou igual a 10 mm). Portanto: cnom = cmin + Δc.
Para concretos de classe de resistência superior ao mínimo exigido,
os cobrimentos definidos na Tabela 3 podem ser reduzidos em até 5 mm. 24
3.5. Cobrimentos nominais mínimos para lajes (cnom).
24
3.6. Estimativa da espessura (h)
h = d + /2 + c →
sendo: h ≥ hmin; Figura 1.19 – Altura h da laje para lajes
c = cnom; maciças, supondo armadura de flexão positiva.
= diâmetro da armadura.
Como não se conhece inicialmente o diâmetro da barra longitudinal da laje, este
diâmetro deve ser estimado. Normalmente, para as lajes correntes, o diâmetro
varia de 5 mm a 10 mm. Para pode-se estimar inicialmente a barra com diâmetro
de 10 mm.
25
3.6.1. Estimativa da altura útil (d) da laje
Existem vários métodos para a estimativa (pré-dimensionamento) da altura útil
(d) de lajes retangulares com bordas apoiadas ou engastadas:
d= lx .
23
2 = 0,5 (para lajes em balanço); d = 2l3x .
3: coeficiente que depende do tipo de aço.
Tabela 4 - Valores de Ψ3 para o pré-dimensionamento da espessura de lajes
(* Notas de aula/Lajes de Concreto 2013 - Prof. Paulo Sérgio dos S. Bastos - UNESP – Bauru/SP) 26
3.7. Ações ou carregamentos sobre as lajes
Os carregamentos atuantes sobre as lajes são de diversos tipos, tais como:
pessoas, móveis, equipamentos fixos ou móveis, paredes, água, solo, etc.
Nos edifícios as lajes ainda têm a função de atuarem como diafragmas rígidos
(elemento de rigidez infinita no seu próprio plano), distribuindo os esforços
horizontais do vento para as estruturas de contraventamento (pórticos, paredes,
núcleos de rigidez, etc.), responsáveis pela estabilidade global dos edifícios.
Para determinação das ações atuantes nas lajes deve-se recorrer às normas NBR
6118:2014, NBR 8681:2003 e NBR 6120:1980, entre outras pertinentes.
28
b) Contrapiso (gcontr) :
Depende da espessura (e) do contrapiso: g contr = contr e
onde:
γcontr = peso especifico do contrapiso (traço 1:3 - em volume)
considerado igual a 21 kN/m³ (ou 2.100 kgf/m³);
e = espessura do contrapiso (m)
(normalmente adota-se e = 0,04 m); → g contr = 21 e
gcontr = carga permanente de contrapiso (kN/m²).
31
f) Carregamento devido a paredes (gpar)
A carga das paredes (gpar) sobre as lajes maciças deve ser determinada em
função da laje ser armada em uma ou em duas direções.
O peso das paredes (ppar) depende do tipo de alvenaria (tijolo, bloco, etc.) e da
espessura do reboco que compõe a parede. Este peso (ppar) normalmente é
apresentado por metro quadrado de parede pronta (1 m de largura por 1 m de
altura), como mostrado na Figura 1.20.
O peso por m² de uma parede rebocada em
ambas as faces pode ser representado por:
A Tabela 5 mostra alguns valores de peso de parede por m². Na Tabela foi
considerado reboco de 2,0 cm de espessura em cada face da alvenaria rebocada.
33
f.1) Carga de parede sobre laje armada em duas direções
34
Exemplo 1
Exemplo 1*: Determinar a carga de parede para a laje dada. A altura das
paredes corresponde a 2,7 m e são constituídas de tijolos furados de 10 cm e
reboco de 1,5 cm em cada face.
35
Exemplo 1*: Determinar a carga de parede para a laje dada. A altura das
paredes corresponde a 2,7 m e são constituídas de tijolos furados de 10 cm e
reboco de 1,5 cm em cada face.
Resolução:
38
Exemplo 2*: Determinar a carga das paredes atuantes nas lajes L1 e L2.
A altura das paredes é de 2,7 m e são constituídas de tijolo furado de 12 cm e
reboco de 1,5 cm em cada face.
Resolução:
38
(* Notas de aula/Lajes maciças de Concreto - Cap. 8 - UFPR – 2006)
39
3.7.2
AÇÕES VARIÁVEIS
(q)
3.7.2. Ações variáveis (q)
A ação variável nas lajes é tratada pela NBR 6120/80 (item 2.2) como
“carga acidental”.
A carga acidental é definida pela NBR 6120 como “toda aquela que pode
atuar sobre a estrutura de edificações em função do seu uso (pessoas,
móveis, materiais diversos, veículos, etc.)”, e é suposta uniformemente
distribuída.
40
A seguir, são apresentados alguns valores de cargas acidentais (q) para
lajes, recomendados pela NBR 6120/80:
a) Edifícios residenciais:
- Dormitório, sala, copa, cozinha, banheiro → 1,5 kN/m²
- Despensa, área de serviço, lavanderia → 2,0 kN/m²
b) Escadas:
- Com acesso ao público (área comum) → 3,0 kN/m²
- Sem acesso ao público (área privativa) → 2,5 kN/m²
c) Hall / Corredores:
- Com acesso ao público (área comum) → 3,0 kN/m²
- Sem acesso ao público (área privativa) → 2,0 kN/m²
d) Terraços:
- Com acesso ao público → 3,0 kN/m²
- Sem acesso ao público → 2,0 kN/m²
- Inacessíveis à pessoas → 0,5 kN/m²
e) Forros sem acesso à pessoas → 0,5 kN/m²
Quando da existência de cargas ou equipamentos especiais, deve-se
considerar também estes efeitos.
41
3.7.2.1 Cargas acidentais específicas para parapeitos e balcões
Nas lajes em balanço que se destinam a parapeitos e balcões (Figura 1.23),
além das cargas permanentes e acidentais já citadas, a NBR6120 (item
2.2.1.5) também recomenda que devem ser consideradas aplicadas uma
carga horizontal de 0,8 kN/m na altura do corrimão e uma carga vertical
mínima de 2 kN/m.
- H = 0,8 kN/m;
- V = 2,0 kN/m.
carga acidental do compartimento que lhe dá acesso;
- q = mínimo entre
terraço com acesso ao público → 3,0 kN/m² (sugestão).
De acordo com a NBR-6118, para lajes em balanço com espessura h < 19 cm,
deve-se considerar o seguinte coeficiente adicional:
As lajes trabalham, basicamente, a flexão simples, isso quer dizer que nelas
estarão atuando momentos fletores e esforços cortantes.
44
3.8.1. Lajes retangulares armadas em uma direção
Quando a laje possuir > 2, de maneira muito simplificada, pode ser
calculada apenas na direção do menor vão (direção principal). Na outra
direção (maior vão), coloca-se uma armadura mínima de distribuição
recomendada pela NBR 6118.
45
3.8.1.1. Lajes retangulares isoladas armadas em uma direção
Pode-se supor que a carga p se distribua em faixas de largura unitária paralelas ao
menor vão. Seus momentos fletores, reações de apoio e flechas no meio do vão são
dados por (Figura 1.25 ):
Figura 1.25 – Momentos fletores e reações de apoio em laje armada em uma direção.
OBS: Para outros tipos de carregamentos devem ser consultadas as tabelas específicas. 46
3.8.1.2 . Lajes retangulares contínuas armadas em uma direção
As lajes contínuas armadas em 1 direção e com cargas uniformemente
distribuídas (Figura 1.26), poderão ser calculadas como vigas contínuas,
desde que observada a seguinte condição:
p1 l1
2
Não serão considerados momentos positivos menores M1
do que se houvesse engastamento perfeito nos apoios. 14,22
p2 l2
2
M2
24
p3 l3
2
M3
24
Fonte: LAJES DE CONCRETO - Prof. Dr. PAULO SÉRGIO DOS SANTOS BASTOS - UNESP – Bauru/SP - 2013
48
3.8.2.1. Método Analítico para o cálculo das reações de apoio
a) Método das Linhas de Ruptura ou Teoria das Charneiras Plásticas.
Este método é utilizado para o cálculo das reações de apoio, no caso de lajes
retangulares, isoladas, armadas em duas direções, com carga uniformemente
distribuída e trabalhando no regime plástico.
As reações assim obtidas são consideradas uniformemente distribuídas nas
vigas de apoio, o que representa uma simplificação hipotética de cálculo.
Na verdade, as reações têm uma distribuição não uniforme, em geral com
valores máximos na parte central das bordas, diminuindo nas extremidades.
Porém, a deslocabilidade das vigas de apoio pode modificar a distribuição
dessas reações.
Embora a transferência das cargas das lajes sobre seus apoios aconteça no
regime elástico, o procedimento de cálculo proposto pela NBR 6118:2014 baseia-
se no regime plástico, a partir da “posição aproximada” das linhas de
plastificação, também denominadas charneiras plásticas.
A Teoria das Charneiras Plásticas admite que, sob a ação da carga de ruptura,
as lajes se dividem em painéis que giram em torno de linhas ao longo das quais
os momentos, tanto os positivos quanto os negativos, são constantes máximos, e
iguais aos momentos de ruptura da laje (a armadura atinge seu patamar de
escoamento). 49
Neste método procura-se identificar qual a configuração de ruína da laje e, para
esta situação, são calculados os esforços pela chamada teoria das charneiras
plásticas; a configuração de ruína (colapso) é definida pelas fissuras surgidas
nessa situação (linhas de ruptura), comprovadas de forma aproximada em
análises experimentais (Figura 1.27).
Figura 1.28 - Áreas de influência para o cálculo das reações de apoio de lajes
lx , = K , p lx lx , , lx
Rx = Kx p ; R x x ; R y = K y p ; R y = K y p
10 10 10 10
onde:
Ki = coeficiente que depende de = ly / lx e dos tipos de apoio;
p= valor da carga uniforme atuante na laje (kN/m²);
lx= menor vão da laje (m);
Rx = reação nos apoios simples perpendiculares à direção de lx;
Ry = reação nos apoios simples perpendiculares à direção de ly;
R’x = reação nos apoios engastados perpendiculares à direção de lx;
R’y = reação nos apoios engastados perpendiculares à direção de ly.
52
3.8.2.2. Teoria das placas delgadas ou de Kirchoff
53
A equação fundamental das placas delgadas tem a forma:
4 4 4 p
+2 2 2 + 4 =−
x 4
x y y D
onde:
54
3.8.2.3. Métodos aproximados para o cálculo de lajes
56
b) Teoria das Grelhas (para lajes isoladas sobre apoios rígidos)
A Teoria das Grelhas é um processo rápido e simplificado, utilizado para o
cálculo dos esforços em lajes retangulares isoladas sobre quatro apoios
indeformáveis, submetidas a uma carga p uniformemente distribuída, e que
não possuam rigidez à torção. Trata-se de um processo simples que serve de
base para o processo de Marcus.
Consiste em se imaginar duas faixas ortogonais isoladas e independentes na
região central da laje, que se entrecruzam no seu centro A, como mostra a
Figura 1.30.
Este procedimento, como visto, não leva em conta a influência favorável dos
momentos de torção, que tendem a diminuir as solicitações de flexão.
Como o ponto médio A das duas faixas é único e indivisível, deve-se ter no
cruzamento das duas faixas a igualdade de deslocamentos, ou seja: fx = fy 57
Da igualdade das flechas: fx = fy, resulta-se o valor de px e py. Em seguida,
considerando-se sempre as faixas independentes, e levando-se em conta o
tipo de apoio em suas bordas, calculam-se os momentos Mx e My em cada
faixa.
Fonte: UDESC – Apostila de Concreto armado I / 2014 - Profa. Sandra Denise Kruger Alves 58
Seja uma laje com os bordos simplesmente apoiados (Fig 1.31).
No seu ponto médio haverá a igualdade de deslocamentos verticais, ou seja: fx = fy.
4 4
5p x l x ; 5p y l y
onde: f x = fy = ; p = p x + py
384EI 384EI
px = Kx.p
sendo: e Ky + Kx = 1
py = Ky.p A
4 4 •
5px l x 5py l y
= p x lx = p yl y
4 4
Portanto:
384EI 384EI
59
De forma análoga, pode-se obter os valores de (Kx) e de (Ky) para os demais
tipos de condições de apoio para cada painel isolado (Figura 1.32):
Figura 1.32 – Valores de (Kx) e de (Ky) para os demais tipos de condições de apoio.
60
Tabela 8 – Cálculo das flechas e momentos fletores para lajes
isoladas pela Teoria das Grelhas.
Onde: px = k x p py = k y p kx + k y = 1 px + p y = p
61
c) Método de Marcus
Este método é válido para lajes maciças de espessura constante (ou para
lajes nervuradas), com formato retangular, e que possuam apoios
contínuos ao longo dos quatro bordos e estejam submetidas a cargas
uniformemente distribuídas por unidade de área.
Para as lajes maciças, a Teoria das Grelhas apresenta resultados mais
altos (conservadores) quando comparados com o cálculo exato (Teoria
das placas delgadas), por não levar em consideração a ação favorável da
união entre as faixas e a consequente existência de momentos torsores.
O Método de Marcus resultou do confronto entre esses dois resultados e
a posterior correção dos valores obtidos pelo processo das grelhas, de
modo a aproximá-los mais dos valores reais das placas delgadas.
Marcus observou que a Teoria das Grelhas fornecia valores relativamente
altos para os momentos fletores positivos, propondo então coeficientes de
correção para os mesmos. Já os momentos negativos por apresentarem
valores semelhantes, não foram alterados.
62
Portanto, a diferença entre o Método de Marcus e a Teoria das Grelhas é a
introdução de fatores de correção Cx e Cy para os momentos positivos Mx e My.
No método de Marcus, os momentos fletores positivos corrigidos, Mx e My são
dados por:
Mx = Cx .Mx,grelha e My = Cy .My,Grelha
sendo Mx,Grelha e My,Grelha os momentos fletores positivos calculados através
da teoria das grelhas.
Os coeficientes de correção Cx<1 e Cy<1 são função das condições de
contorno (apoio) e da relação = ly/lx entre os vãos da laje,
=8 = 14,22 = 24 63
A partir da formulação de Marcus e de manipulações matemáticas, é
possível obter tabelas que dependem somente da relação entre os vãos
( = ly / lx) e do tipo de laje.
64
3.8.2.4. Métodos numéricos em geral
65
a) Método das Diferenças Finitas
O Método das Diferenças Finitas é um dos métodos numéricos que leva a
uma solução aproximada da equação diferencial da placa.
Consiste na integração numérica da equação diferencial, que é substituída por
outra, de diferenças finitas como por exemplo:
67
c) Método de Czerny (que será adotado em nosso curso).
Para a aplicação das tabelas de Czerny, deve-se considerar que o vão menor
é sempre lx.
Os momentos positivos e negativos nas duas direções das lajes são obtidos
a partir de parâmetros obtidos em tabelas, em função da relação dos vãos
= ly/lx, que varia de 1 a 2.
68
No Anexo B estão apresentadas as Tabelas B-1 a B-11, que fornecem os
valores dos coeficientes x, y, x, y e a para o cálculo dos momentos
fletores e flechas para lajes armadas em duas direções, que serão dados
pelas seguintes expressões:
onde:
lx menor vão da laje;
mx momento fletor positivo na direção x;
my momento fletor positivo na direção na y;
mbx momento fletor negativo (borda) na direção x;
mby momento fletor negativo (borda) na direção y;
a flecha máxima da laje;
p carga uniformemente distribuída (B-1 a B-9) e triangular (B-10 e B-11);
x coeficiente para definição do momento fletor positivo na direção x;
y coeficiente para definição do momento fletor positivo na direção y;
x coeficiente para definição do momento fletor negativo (borda) na direção x;
y coeficiente para definição do momento fletor negativo (borda) na direção y;
a coeficiente para definição da flecha;
Ec módulo de elasticidade secante do concreto (Ecs); e
h espessura da laje.
Se a carga uniformemente distribuída corresponder a um valor característico
(pk = gk + qk) os momentos fletores resultarão característicos (mk). Se a carga
corresponder a um valor de cálculo (pd = g gk + q qk), os momentos fletores
resultarão de cálculo (md). 69
3.9. Compatibilização de momentos fletores em lajes contínuas
Exemplo 3
OBS: Os alívios que ocorrerem nos momentos fletores positivos não são considerados, ou seja, são desprezados.
Exemplo 3
Exemplo 3
Exemplo 3
Exemplo 3: Determinar os momentos fletores de cálculo atuantes no painel de
lajes abaixo indicado. Considerar:
• estado limite último, combinações últimas normais, edificação tipo 2
(g = 1,4 e q = 1,4);
• carga permanente uniformemente distribuída (gk): 4 kN/m²: e
• carga acidental uniformemente distribuída (qk): 2 kN/m².
Fonte: : Prof. M. A. Marino - Notas de aula/Lajes maciças de Concreto - Cap. 8 - UFPR – 2006
72
Solução: A solução do problema consiste na aplicação das Equações de
Kzerny (pag. 69) para a determinação dos momentos fletores em lajes
isoladas. A uniformização dos momentos negativos nas regiões de
continuidade de lajes é feita com a utilização da equação que fornece X
(item 3.9 – pg. 70).
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83
Obrigada!!!
Lista de Presença.