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Modelo de Revisional - Crédito Habitacional
Modelo de Revisional - Crédito Habitacional
Modelo de Revisional - Crédito Habitacional
em desfavor de:
Mas, infelizmente, o SFH não vem cumprindo o seu papel institucional, seja
pelas práticas abusivas de seus agentes financeiros, seja pela
inconstitucionalidade de atos legislativos forjados sob a justificativa da
satisfação do "interesse coletivo" na verdade, somente das classes que operam
e controlam o mercado habitacional e financeiro, mergulhando o mutuário-
consumidor, às dezenas de milhares pelo país afora, no seguinte dilema:
compromete seu bem-estar e de sua família, cortando gastos até com
alimentação, para tentar manter em dia as exorbitantes prestações do
financiamento; ou, torna-se inadimplente e perde seu imóvel de moradia ao
agente financeiro. Eis o "pesadelo" da casa própria.
Assim é que o instrumento trazido à revisão desse Juízo está tisnado em sua
essência – por abusos do Requerido (agente financeiro) e pela
inconstitucionalidade de atos legislativos. Respeita a questão aos mecanismos
adotados para a "correção" do valor das prestações e do saldo devedor do
financiamento.
(...)
(...)
I - A Taxa Referencial (TR) não é índice de correção monetária, uma vez que
não reflete a variação do custo de vida, achando-se atrelada à captação dos
depósitos bancários. Precedentes do STF: ADIN 493-0/DF e ADIN 959/DF.
II- Embargos de Divergência acolhidos para que o índice aplicado seja o INPC,
e não a TR.
(...)
(...)
(...)
(...)
"O Decreto-lei nº 22.626/33, art. 4º, não foi revogado pela Lei nº 4.595/64
(RTJ 108/277, 81/919). A capitalização de juros (juros de juros) é vedada pelo
nosso direito, mesmo quando expressamente convencionada, não tendo sido
revogada a regra do Decreto-lei nº 22.626/33, art. 4º, pela Lei nº 4.595/64. O
anatocismo, repudiado pela Súmula 121 do STF, não guarda nenhuma relação
com a Súmula 596 do STF. (RSTJ 22/197)"
DA ANTECIPAÇÃO DA TUTELA
De igual modo resta patente in casu o periculum in mora, pois, caso não seja
antecipada (ainda que parcialmente) a tutela judicial pretendida, poderão os
Mutuários substituídos, a qualquer momento, se tornar inadimplentes ante a
onerosidade dos ilegais aumentos exigidos pelo 1º Requerido, existindo nesse
caso o perigo de terem expropriados sumariamente seus respectivos imóveis
(dano irreparável), mediante o excepcional e "violento" procedimento da
execução extrajudicial, que corre à margem do Judiciário, sem observância das
garantias constitucionais da ampla defesa e do contraditório ao mutuário
executado.
DOS REQUERIMENTOS
Nestes termos,
Pede deferimento.
ADVOGADO
OAB Nº