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O que eu disse inicialmente é que os problemas emocionais não podem ser solucionados pela

razão e vice-versa. Isso é só em parte verdadeiro.

Talvez as emoções não possam ser compreendidas em sua totalidade pela razão, mas apenas
parcialmente.

Lembra do que me falou sobre o cérebro em uma caixa, que recebe estímulos sensoriais de um
computador? Estive a pensar e concluí que, se a consciência é algo metafísico, isso não poderia
ser verdade (a não ser que o homem já tenha conseguido criar algo metafísico artificialmente).
Pense: nunca ouvimos falar sobre algum laboratório fazendo experiências do tipo. Pensar que
somos cobaia de um laboratório desses nos faz chegar à conclusão de que não estamos em
2016, mas vivendo a vida de alguém que viveu em 2016, só que num laboratório de...2040,
talvez. Ok, até aí tudo bem. Mas, e os pensamentos? Bom, podemos analisar de duas formas:

1- Mesmo sendo algo metafísico, se ficar “guardada” em nossos cérebros, a consciência


pode ser transmitida para outra pessoa. Ou seja, não há apenas um cérebro e um
computador nessa cena: há o cérebro de alguém que viveu em 2016, passando
informações para o computador, que por sua vez passa tudo para o cérebro de 2040,
inclusive os pensamentos.
2- Se cada cérebro guarda dentro de si uma capacidade comum a todos os cérebros (a
capacidade de pensar e refletir), o cérebro de 2040 pode ter pensamentos e fazer
reflexões sozinho, por si só, mesmo sem saber que a “vida” que vive é governada por
um computador. E aqui voltamos na questão do véu: [eu estou apenas embaraçando
mais e mais isso aqui. É um nó difícil de se desmanchar]. Se precisamos de pelo menos
um dos sentidos para percebermos o mundo ao nosso redor, quer dizer que os
pensamentos precisam, necessariamente, ser transformados em atos ou palavras para
serem percebidos? Bom, na minha opinião, depende do ângulo em que se olha: para
uma terceira pessoa poder “sentir” nossos pensamentos, eles obviamente devem ser
postos em forma de ação ou palavras, a menos que tal pessoa seja capaz de ler
mentes. Mas nós mesmos não precisamos transformar nossos pensamentos em coisas
palpáveis para os percebermos. O que quero dizer é: o que está do lado de fora precisa
passar pelo “véu” para chegar até nós. Mas o que já está dentro de nós não tem
necessidade de fazer isso para que possamos percebê-los.

Voltando à caixa, ao olhar pela segunda forma, essa hipótese pode ser verdadeira. Mas, e
o livre-arbítrio, como fica? Bom, nossos atos são regidos pelos pensamentos (ainda que
involuntariamente). Sendo assim, o cérebro na caixa poderia controlar os atos de...de...da
pessoa que ele acha que é. Mas como fica o computador? A única conclusão em que posso
chegar é que mais uma vez a hipótese é descartada. Há ainda muitos senões nessa
conclusão, mas se fôssemos expô-los, iria muito longe.

Voltando ao ponto inicial, podemos dizer que “há razão nas coisas feitas pelo coração?”?
Bom, como sabemos, há muitas emoções explicadas pela ciência e até mesmos nós
usamos fluxogramas para entender nossos confusos sentimentos, às vezes.

Bom, se razão e emoção se completam, por que uma não poderia resolver os problemas
da outra quando esta é incapaz de resolvê-los sozinha?

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