Experiência 2 - Leis de Kirchhoff

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DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

Eletricidade II Profª Leny

Experiência 2

1- Objetivos:
- Comprovação das leis de Kirchhoff.
- Observação das convenções de sinais, em cálculos e em medições de tensões e de correntes.
- Comprovação das regras do divisor de tensão válida para resistores em série) e do divisor de
corrente (válida para resistores em paralelo).

2- Material Utilizado:
Observação: nas aulas presenciais de laboratório, este experimento seria realizado em bancada,
com os resistores, fonte de tensão e multímetro disponibilizados na bancada de testes. No presente
semestre letivo, excepcionalmente, utilizaremos (“Softwares”de Simulação) os quais são Programas
de computador que permitem simularmos o funcionamento de circuitos. Com tais Programas, é
possível montarmos um circuito de forma virtual (por meio do desenho das ligações entre eles),
aplicarmos a ele uma tensão de entrada, por exemplo, e inserir medidores para mensurar correntes
ou tensões de interesse. Neste roteiro experimental, os estudantes podem usar o software de
simulação de sua preferência. Sugerimos, o emprego do QUCS (Quite Universal Circuitos
Simulator) ( Quite Universal Circuits Simulator) que é um “software” livre, que o estudante
pode instalar em seu computador e, também, é compatível com todos os sistemas operacionais.
Mas, ressaltamos que a escolha do software fica a critério de cada grupo de trabalho.
Nas simulações, serão usados:
- Resistores de 100Ω , 470Ω, 1KΩ, 3,3KΩ, 5,6KΩ, 10KΩ.
- Fonte DC.
- Medidor de tensão e medidor de corrente (utilizados de forma virtual, no “software” simulação).
Lei de Kirchhoff
Das Correntes
3- Introdução Teórica
3.1- Leis de Kirchhoff : Regem o comportamento do conjunto de elementos.
Lei de Kirchhoff
Das Tensões
Lei de Kirchhoff das Correntes: (LKC)
Vem da conservação da carga. A carga total que chega a um nó é igual àquela que sai dele. Assim,
há várias formas de escrever esta lei, matematicamente. Ao iniciarmos a análise, normalmente
arbitramos correntes em todos os braços do circuito e, então, escrevemos as equações que,
matematicamente, expressam esta lei. Exemplo: Seja um nó pertencente a um circuito qualquer (na
figura 1 está apenas representado o nó e as reticências indicam que há um circuito completo, não
desenhado, ao qual ele está ligado).

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Formas de escrever a LKC, matematicamente:

Lei de Kirchhoff da Tensões (LKT)


Exemplo: Seja um circuito em que foram representados blocos constitutivos (dentro de cada bloco
pode haver um ou mais componentes). As tensões entre cada dois pontos extremos de cada bloco
foram escolhidas arbitrariamente. Para escrever a LKT, escolhe-se um sentido de percurso e um
ponto para iniciá-lo. As tensões que estiverem no mesmo sentido de percurso escolhido, serão
somadas e aquelas que estiverem em sentido contrário, serão subtraídas.
Se escolhermos o percurso ABCDA (no exemplo
da figura 2):
-v1 +v2 -v3 +v4=0
Se escolhermos o percurso CBADC (no mesmo
circuito):
- v2 + v1 – v4 + v3 =0

3.2- Regra do Divisor de Tensão: (Válida Para Resistores em Série):


Numa associação de resistências em série, a tensão em cada uma delas é uma fração da tensão total,
cujo numerador é a resistência do próprio trecho e o denominador é a soma das resistências. Assim,
a tensão total divide-se entre todas as resistências da associação; a maior resistência terá a maior
tensão. Seja o exemplo da figura 3.

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Observação: A regra do divisor de tensão, deduzida para uma associação em série de duas
resistências, é facilmente generalizável para o caso em que haja um número maior de resistências;
se desejarmos, por exemplo, a tensão v1 (sobre a resistência R1 da figura 4, a seguir) basta
raciocinarmos que todas demais resistências somadas podem ser substituídas por uma resistência
equivalente (Ra, na figura); assim:

R1 R1
v1 = R 1 . i = . Vf = . Vf
R1 +Ra R1 +R 2 +. . . +Rn

3.3- Regra do Divisor de Corrente: (Válida Para Resistores em Paralelo):


Seja a associação em paralelo de resistências da figura 5.

V R1 . R2
Podemos escrever que: R eq = =
i R 1 +R 2

R1 . R 2
Logo: V =
( R1 +R 2 )
.i

As expressões calculadas mostram que, numa associação paralela de resistências, a corrente numa
resistência é uma fração da corrente total igual à resistência do outro trecho sobre a soma delas. É
possível perceber que a maior resistência terá menor corrente e a menor das resistências receberá a
maior corrente.
Da mesma forma que generalizamos a regra do divisor de tensão para um número qualquer de
resistências, também podemos generalizar a regra do divisor de corrente. A figura 6 ilustra este
procedimento: suponha que desejamos calcular a corrente i2 (no resistor R2). Basta reunirmos todos
os demais resistores, substituindo-os por um só que seja equivalente ao grupo (denominado R//, na
figura) ; posteriormente, é só aplicar a regra do divisor de corrente ao circuito resultante.

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3.4- Multímetros Digitais (Medição de tensão e de Corrente):
As informações deste item não serão empregadas no presente semestre letivo, uma vez que
estamos trabalhando com experimentos realizados virtualmente e não manusearemos os
multímetros disponíveis no laboratório. Entretanto, julgamos útil mantê-las neste texto, para que os
estudantes as tenham como fonte de consulta para futura aplicação, quando necessitarem utilizar
instrumentos presencialmente.
Conforme citado no roteiro da primeira experiência, os multímetros são instrumentos que recebem
esse nome por serem utilizados para múltiplas medições em circuitos. Em nossa experiência o
multímetro empregado é um modelo de bancada, fabricação ICEL modelo MD-6400, ou o modelo
MINIPA ET-1649, que possuem seleção automática de escalas. A figura 7, a seguir, mostra o painel
frontal destes instrumentos. Alguns cuidados devem ser tomados ao manusear multímetros para
medição de tensões e de correntes:

1-Não tente medir tensões que ultrapassem a capacidade do multímetro; além de danificá-lo, poderá
se expor a risco de choque elétrico. Quando estiver usando um multímetro que não tenha seleção au-
tomática de escala, nunca ultrapasse os limites de tensão ou corrente de cada escala, pois poderá da-
nificar seriamente o multímetro.
2- Sempre conecte o pino banana preto da ponta de prova no borne “COM” do multímetro.
3,- Ao medir tensões alternadas acima de 30V e contínuas acima de 60V, seja extremamente cuida-
doso, pois essas tensões podem causar um forte choque elétrico. Correntes muito baixas são o sufici-
ente para provocar a desagradável sensação do choque elétrico. E acima de 20mA pode ocorrer para-
da cardio- respiratória.
4- Identifique os sinais de advertência: o ponto de exclamação dentro do triângulo indica que o
usuário deve consultar o manual de fabricante para inteirar-se dos limites de operação do
instrumento. A seta zigue-zague indica a possibilidade de uma tensão de valor elevado aparecer entre
os bornes indicados, quando o multímetro for usado para medir tensões.
5- Ao usar as pontas de prova sempre mantenha os dedos atrás da saliência de proteção circular das
pontas de prova, evitando encostá-los, fazendo contato com o circuito.
6- Para medir tensão, a ponta de prova preta é conectada na posição indicada por COM e a verme-
lha naquela indicada por VHzΩ; além disso, a chave seletora deve é posicionada para VDC, ou
VAC, dependendo do tipo de tensão que irá medir; (se o multímetro não tiver seleção automática)
de escalas, e não tiver ideia da ordem de grandeza da tensão que irá medir, comece pela maior esca -
la e vá diminuindo.

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7- Para medir tensão: as pontas de prova são inseridas em paralelo com a tensão a ser medida.
8- Para medir corrente: ligue a ponta de prova vermelha na posição indicada por mA ou 10A
(à esquerda do terminal COM) e preste atenção para mudar a seleção de função para corrente
AC, ou CD, dependendo do tipo de corrente que irá medir.
9- Para medir corrente o multímetro precisa ser inserido em série com a corrente a ser medida.
10- Se o multímetro não tiver seleção automática de escalas e não souber a ordem de grandeza da
corrente que deseja medir, comece pela maior escala e vá diminuindo, para não ultrapassar o máximo
valor que pode ser medido em dada escala, evitando danificar o instrumento.

4- Procedimento Experimental
4.2- Lei de Kirchhoff das Tensões e Regra do Divisor de Tensão (Válida Para Resistores Em
Série):
-Utilizando o programa de simulação de circuitos de sua preferência, estabeleça as ligações do
circuito da figura 8, inserindo a fonte de alimentação com valor de 10V.

- Insira o medidor de tensão, com as pontas de prova vermelha e preta nas posições indicadas na
figura 8. Obtenha, por meio da simulação do circuito, a tensão v1 (sobre o resistor de 3,3KΩ).
- Anote o valor obtido e tire um “Print” da tela de sua simulação.
- Insira outros medidores de tensão, em sua simulação, de forma a medir, também, as tensões nos
demais resistores (v2 e v3); em seu relatório, mostre as tensões obtidas, na simulação e, utilizando
estes valores, verifique e comprove a Lei de Kirchhoff das Tensões, para o percurso fechado
formado pela associação de componentes da figura 8.
- Calcule o valor da tensão v1, pela regra do divisor de tensão e compare com o valor obtido na
simulação. Apresente, em seu relatório, o cálculo realizado e a comparação de resultados.
- Calcule, também, as tensões v2 e v3, comparando com os resultados da simulação.
- Repita o procedimento de obtenção da tensão sobre o resistor de 3,3KΩ, invertendo as pontas de
prova do medidor, conforme mostrado na figura 9. Na figura 9, esta tensão foi denominada de v4.

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- Compare os resultados obtidos nas simulações para as tensões v2 e v4 . Qual a diferença observada
entre eles? Estes resultados correspondem ao esperado, pela análise teórica? Justifique.
4.3- Regra do Divisor de Corrente: (Válida Para Resistores em Paralelo)
-Insira, no programa de simulação escolhido, o circuito da figura 10.

- Insira os amperímetros (medidores de corrente), conforme ilustra a figura, para obter os valores
das correntes i, i1 e i2 , por meio da simulação do circuito.
- Em seu relatório, tire um “print” da tela, mostrando os resultados de sua simulação.
- Calcule o valor da corrente i. Calcule os valores das correntes i1 e i2 , usando a regra do divisor de
corrente.
- Compare os valores obtidos para as correntes na simulação, com aqueles determinados pelos
cálculos.
- Verifique a Lei de Kirchhoff das Correntes no nó c do circuito da figura 10, com os valores
obtidos na simulação para as correntes i, i1 e i2 .
- Sabe-se, conforme explicado nas aulas teóricas, que a resistência equivalente, entre dois terminais
de uma associação de resistências, é a razão da tensão sobre a corrente que uma fonte “veria” se
fosse aplicada entre estes terminais da associação. Assim, considerando o circuito da figura 10,
podemos afirmar que:

onde o valor da tensão da fonte que alimenta o circuito é Vf=10V

Assim, utilizando este conceito, com o valor obtido na simulação para a corrente i, calcule a Reqab.

- Repita o cálculo de Reqab., considerando que se trata de uma associação mista de resistências
(série e paralela) e aplicando as fórmulas de equivalência apresentadas em aula teórica. Em seu
relatório, apresente os cálculos realizados.

- Compare os resultados obtidos para Reqab, pelos dois processos descritos anteriormente. e
comente a conclusão desta comparação, em seu relatório.
- Inverta as pontas de prova do amperímetro, para obter a corrente iA, conforme mostra a figura 11, a
seguir.
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- Simule o circuito da figura 11, de forma a obter a corrente iA.
- Tire um “print” da tela da simulação deste circuito, mostrando o resultado obtido.
- Compare os resultados obtidos para a corrente i (Figura 10) e para a corrente i A (Figura 11), nas
simulações. Qual a diferença observada entre eles? Estes resultados correspondem ao esperado, pela
análise teórica? Justifique.
- Verifique a Lei de Kirchhoff das Correntes, para o nó c, aplicando os resultados da simulação do
circuito figura 11. Em seu relatório, apresente seus cálculos.

Bibliografia:
Close, Charle M. Circuitos Lineares, Vol. 1. LTC/EDUSP Ed.

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