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Sexta-feira, 5 de Margo de 2021 ARIO DA REPUBLICA ORGAO OFICIAL DA REPUBLICA DE ANGOLA Série N° 41 Prego deste niimero - Kz: 1.530,00 Tain + sarap SAC NATUR Opa Tela pla nr Da relativa a mincio ¢ asimaturas do «Disrio Ano | da Republica 1* © 2.* serie € de Kz: 75.00 ¢ para da Republica», deve ser dirigida # lmprensa |. ces sries Kz: 1.469.391,26] 9 3. serie Kz: 95.00, acrescido do respective Nace = ED, Ln, i Henig de ee a ED see 85768120 | imponto cdo sl, dependendompublicas0 do corinne gore = ip: | 82! ee 4512957 | "sede deg itopivioncfeur na ee tegen AB ee iz 30053954 | denis -E SUMARIO A gett cada ver mais exgente das reosts publica ea i i esconccnzago cn curso determina que OGE 2021 tals Presidente da Repdblica a A Deereto Presdenca °§921: Aprova ne Regras de Execugio do Orgamento Geral do Esta pars © Heacicio Heonémico de 2021. — Revoaa o Decreto Pesidencial in? 14/20, de 21 de Maio PRESIDENTE DA REPUBLICA Decreto Presidencial n° §9/21 de Sde Margo A desconcentragio da exeengio do Orgamento Geral do Estado, atraves do Sistema Integrado de Gestao Financeira do Bstado, requer uma maior responsabilidade dos gestores das Unidades Orgamentais ¢ dos Orgies Dependentes na execucio dos respectivos argamentos. Neste contexto, as rearas de execugdo orgamental para 0 OGE 2021 trazem desafios acrescidos no que se refere is normas de arrecadago de receitas proprias por parte dos Grafs locais e institutes publicos,reforgando a necessidade dda mesma ser sempre através da utilizagao da Referéncia Unica para Pazamento ao Estado (RUPE), bem como maior autonomia na execusso destas despess, admitindo, por conseguinte, para além da realizagao de despesas de fim ionamento com recurso a receitas proprias, arealizagio de despesas de apoio ao desenvolvimento ¢ de capital, sendo que esta titima mediante devida antorizagio, Ainda no ambito da desconcentracdo da execugae do orgamento, merecem destaque as medidas de abonacio de assinaturas dos gestores de Unidades Orgamentais dos Oraiios do Poder Local e as novas normas sobre a respon sabilizagto dos ératos locais no dominio de prestagao de contas sobre a gestio dos respectivos orcamentos. uma execugao que respeite de forma mas firme prineipios essenciais como o de legalidade, parciménia etransparéacia, pelo que foram também introduzidas importantes alteragics, face as rearas de Execugao Orgamental de 2020, designada- mente nos dominios das regras para 0 reconhecimento de divida pelo Estado, execugao de contratos, pagamento a0 ‘exterior por Unidades Orgamentais, despesas com o pessoal ‘eajustes orgamentais, Havendo a necessidade de se estabelecer as Resras de Exccugio do Orgamento Geral do Estado para o Exercicio Econémico de 2021, nos termos do disposto no artigo 35° da Lein® 15/10, de 14 de Julho — Lei do Orgamento Geral do Estado; © Presidente da Republica decreta, nos termos da ali- nea 1) do artigo 120° € do n° 3 do artigo 125°, ambos da Constituigio da Republica de Angola, © seguinte: ARTIGO 1" CAprevaezo) ‘Sao aprovadas as Regras de Execugao do Orgamento Geral do Estado para 0 Exercicio Econémico de 2021, ‘anexas ao presente Decrelo Presidencial, de que ¢ parte integrante, ARTIGO 2° (Revogacio) Errevogado o Decreto Presidencial n° 141/20, de 21 de Maio. ARTIGO 3° (Davids « omisoes As diividas e omissbes resultantes da interpretagao e apli- ‘cacao do presente Diploma sto resolvidas pelo Presidente da Republica. 2048 DIARIO DA REPUBLICA ARTIGO 4° (@emrada em igo) © presente Diploma entra em vigor na data da sua publi- cagio e permanece vélido até a entrada em vigor, na erdem jusidiea, de novo Diploma que o revoaue Apreciado em Conselho de Ministros, am Lasanda, ‘08 28 de Janciro de 2021 Publiquesse. Luanda, aos 18 de Fevereiro de 2021 © Presidente da Repttica, Jako Manvsr. Goxgarves Lounexco. REGRAS DE EXECUGAO DO ORCAMENTO GERAL DO ESTADO PARA 0 EXERCICIO ECONOMICO DE 2021 CAPITULO T Disposisies Gerais ARtigo 1* (Obie) O presente Diploma estabelece as Rearas de Execugao do Orgamento Geral do Estado para 0 Exercicio Economica de 2021, Antigo 2° Gnbioy presente Diploma é aplicivel a todos os Gratis do Estado, Entidades ou Instinrigées que beneficiam de dota- 8es do Orgamento Geral do Estado, nos termes da lei ARTIGo 3° estas bases) ‘Na execugao do Or¢amento Geral do Estado, as Unidades Orgamentais devem respetar, com rigor, as disposiqaes cambinadas dos seguintes Diplomas: @ Lein® 15/10, de 14 de Julho, do Orgamento Geral do Estado, com as alteragoes da Lei n° 12/13, de 11 de Dezembro, b) Lein® 41/20, de 23 de Dezembro; ©) Lei n° 18/10, de 6 de Agosto, do Patriménio Publico; cb Decreto Presdencial n® 31/10, de 12 de Abril que aprova 0 Regulamento clo Processo de Prepara- so, Execusao eAcompanhamento do Programa de nvestimento Piblico: 6) Decreto Presidencial n° 40/18, de 9 de Fevereiro, qe estabelece o Regime de Financiamento dos ‘Orgaos da Administragao Local do Estado; ‘f Decreto Presidencialn® 47/18, de 14 de Fevereiro, que estabelece 0 Regime Aplicavel as Taxas, Licengas © eutras Receitas Cobradas pelos Orgaos da Administragao Local do Estado € aprovaa respectiva Tabela 4g) Decreto Presidencial n° 289/19, de 9 de Oumbro,, que estabelece 0 Procedimento para a Opera- cionalizagao do Direito da Agéncia Nacional de Petréleos, Gas e Biocombustiveis sobre os Recebimentos da Concessionaria Nacional; +h) Decreton® 39/09, de 17 de Agosto, que estabelece as Normas ¢ Procedimentos a Observar na Fis- calizaco Orgamental, Financeira, Patrimonial Operacional da Administragao do Estado ¢ dos Orwaos que dele dependem; D Decreto n° 73/01, de 12 de Outubro, que define os Oratos, as Regras ¢ as Formas de Fun- cionamento do Sistema Integrado de Gestio Financeita do Bstado;, D Decreto Executive n° 1/13, de 4 de Janeiro, que determina os Procedimentos de Emissio da Cabimentagiio e de Instituigtio da Pré-C: tagao € do Classificador Orgamental, de forma 8 assegurar uma aplicago mais racional dos recursos publicos disponiveis. ARrIGo 4° (Uaioe Aceon ne Sistema Ileprado deGesta Foner do Estado) 1. Todo 0 fimcionério piblico, agente administrative ‘1 pessoal contratado, adguire a qualidade de utilizador samente spés frequéncia de uma formacio de execuctio corgamental 2. Apes a frequéncia da formagao e aribuigto de umn cer tificado deve seravibuido um perfil e senha de utilizader a0 funciondrio da Unidade Oreamental ou Oraio Dependente 3. O perfil do utilizador © os acess0s sA0 atribuidos apenas de acordo com @ compatibilidade da execugao das ‘actividades, ap6s homotozado pelo Validador do Orsi. 4. A senha tem caracter confidencial ¢ unipessoal 5. Sempre que se registar mudanga de utilizador, 0s res ponsaveis das Unidades Orgamentais ou OraaosDependentes deve informar, no prazo maximo de $ (cinco) di, por oficio ou comteio electronico, aos Servigos Executives do Ministerio das Finangas, para que sejam desactivados os perfis anteriores ou atribuidos novos. 6. A atribuigio, suspensio © desactivagio dos perfis de acessos no SIGFE € da competéncia dos Servigos de Tecnolosia de Informagao ¢ Comunicagdo das Finangas Piblicas. 7.A responsebilidade na indicagao dos uilizadores cabe aosresponsiveis da Unidade Or¢amental, Orso Dependente 0 Validador do Onsdo do Sisterna Orgamental 8, Todos os Servigos Executivos Directos do Ministerio das Finangas, que concotrem para a execugio orgamental, {em a responsabilidad de acompanbar, er fimngo da espe- cificidade orgamenta,acriagao de perfs, os utilizadores, as alteragbes ¢ a inactivapdes dos utlizadores. I SERIE —N°41 —DE 5 DEMARGO DE 2021 2049 9. Toda © qualquer actividade realizada no SIGFE, de forma fraudulenta, faz 0 sou utilizador incorrer em respons sabilidade disciplinar, administrativa, civil, financeira € criminal. 10. Sempre que os Servigos Executivos Directos ou as Unidades Orpamentais verificarem irregularidades na uti- lizagao dos acessos por parte do utilizador do SIGFE, devem solicitar aos Servigos de Tecnologia de Informagao € Comunicagao das Finangas Publicas a desactivayo do perfil € inactivagiio da senha. CAPITULO IL Disciplina Orcamental ARTIGO S° (Documentos do SIGFE) 1. 0 SIGFE assegura a dindmica e a eficicia da exe- cucao orgamental efinanceira desconcentrada do Oreamento Geral do Estado, 2. Os documentos para a movimentagio dos recursos financeiros no SIGFE so os sequintes ‘@ DC —Docimento de Cobranga; b) GR — Guia de Recedimento, utilizada para o Apésito de outras receitas, caugoes ¢ devolu- goes derecursos, ©) GPT — Guia de Pagamento de Taxes, utlizada para efectuar pagamentos pelo Pottal de Servigos, @) Mensagem SWIFT —wiilizada para a entrada de recursos provenientes de financiamentos inter- nos € extemos; ©) NRF — Necessidades de Recursos Financeires, uilizada para solicitar & Direcgio Nacional do Tesouro a real necessidade de Recinsos Finan ff OT — Ordem de Transferencia, utilizada pela Ditecgao Nacional do Tesouro para as transfe- réncias de recursos financeiros, g) OS — Orden de Saque, utilizada para efectuar pagamentos em nome do Estado pelo Gestor da Uo. Wi Oftctos de Pagcamento — utilizados exchusiva- ‘mente pelo Ministerio das Finangas para efectuar pagamentos em nome do Estado; 8 NCD — Nota de Cabimentagio de Despeso, utili- zada pata identificar a classificagao cxgamental € 0 valor de cada despesa a efectuar em nome doEstado, Jj NACD — Nota de Anulagao de Cabimentagao de Despesa, utilizada para anlar a eabimentacao processada, repondo o saldo orgamental da res- pectiva rubrien orcamental B Mentagens Blectrénicas Padvonizadas — utile zadas para a realizagio de pagamentos, com origem no pagador, através do sistema de liqui- ago por bruto em tempo real do Sistema de Pagamentos de Angola (SPA). ARTIGO 6° (execusao dare =) 1. Todas as receitas do Estado, incluindo as receitas aduaneias, as receitas resutantes da venda do patriménio mobilidrio do Estado, os emolumentos e receitas similares, deve ser recolhidas via Referéncia Unica de Pagamento a0 Estado (RUPE) na conta que 0 Tesouro Nacional mantém no Banco Nacional de Angola (BNA), denominada CUT, inde= pendentemente de estarem ou nfo consignadas & alguma Unidade Orcamental, com excepeio das receitas especi- ficas que dao entrada em bancos comerciais e das receitas ‘comumitrias que devem dar entrada na Conta Asregadora ‘enquanto no forem eriadas as Sub-CUT’s Provinciais © “Municipais, através do Portal do Municipe, sob a rubriea «Receitas dos Servigos Comumitirios» 2. As receitas consulares das missbes diplomticas, nomeadamente embaixadas, consulados ¢ representacoes comerciais da Republica de Angola, devem ser recolhidas nas respectivas contas bancarias. 3. As receitas refetidas no imero anterior destinam-se 1 suportar despesas, no limite da Prosramacio Financeira trimestral autorizada das respectivas Misses Diplomiéticas, devendo o saldo assim como o excedente nas contas bancé- i sobre a Programagto Financeira set communicado, por intermédio dos extractos bancérios, Direcgao Nacional de Contabilidade Publica, a Direcgio Nacional do Tesouro © 4 Administragio Geral Tributirin, até a0 5° dia do més subse ‘quente, para quenno momento das transferéncias esses sejam, , cadastradas no SIGFE podem ser movimentadas a crédito para constitui- ‘lo de uma reserva para fazer face a despesas com viagens « deslocagao da Unidade Orgamental, desde que os valores uutilizados para esse fim no ultrapassem 15% do orgamento, para bens e servigos da respectiva Unidade Orgamental no 10. As autorizacoes de Fundos Permanentes sto vilidas ‘At6 solicitagao de liquidagao pela Unidade Orgamental on anulagao pelo Ministro das Finangas ARTIGO 32° (@restagao de contaserexisto do Fundo Permanente) 1. As Comissoes Administrativas dos Fundos: Permanentes fica obrigadas a enviar a0 gestor da respec tiva Unidade Orgamental, com periodicidade mensal, os documentos justifcativos das despesas legalmente reali- zadas, devendo ser classficadas pelas verbas orgamentais, aplicveis, mumeradas e descritas numa relagio discrimi- nativa de todas as quantias pagas € pondo-se, em cada um deles, de forma bem visivel a declaragio «Pago por Canta do Fundo Permanenter, 2. Os documentos devem ser apresentados na sua forma nal emitidos em nome da Unidade Orgamental e auten- ticados pelo fomeceder, para serem homologados. tendo em vista a reconstituigao desses fundos. 3. Acemissiio da «Ordem de Saque> para a reconstituigao do Fundo Pamaente s6 deve ocomer caso seja cum prido o estabelecido no n: 1 do presente artigo ¢ a Nota de Cabimentagao discrimine as naturezas econdsmicas das des pesas realizadas. 4. As Comissées Administrativas dos Fundos Perma- nentes escrituram em documento ox Livro proprio os seus movimentos em que langam: 4) A débito, a importincia inicial do fundo e as suas reconstituigBes; b) A crédito, as importancias de todas as despes pagas, ©) Do livto referido no niimero anterior constam os termos de abertura € de encerramento, devi- damente assinados pelo Gestor da Unidade Orgamental, assim como as respectivas folhas smumeradas ¢ por ele rubricadas, 5. Ate ao dia 5 (cinco) de cada més as Comissoes: Adiinistrativas dos Fundos Permanentes devem reme- ter aos gestores das Unidades Orgamentais, um balmcete demonstrative dos valores recebidos ¢ das despesas pagas, bbem como do saldo existente. 6. A Comissio Administrativa deve, até ao dia 28 de Dezembro de cada ano, apresentar a prestagao de contas a0 Gestor da Unidade Orgamental, nos termos do n° 5 do pre sente artigo ¢ informar a Direcy#o Nasional do Tesouro do Ministerio das Finangas as disponibilidades na conta Fando Permanente: 2064 DIARIO DA REPUBLICA 7. Os saldos dos Fundos Permanentes a 31 de Dezembro revertem a favor da CUT, obrigatoriamente, até ao dia 10 de Janeiro, sendo os Fundos Pamanentes do exercicio seguinte reconstituidos através de dotagses orgamentais do respec tivo ano econémico. 8 Nao deve ser feita qualquer reconstitigo do Fundo Permanente nos seauintes casos: @ Se um dos membros da Comissa0 Administrativa cestiver sob inquerito ou a responder a processo administrativo; ) Se um dos membros tiver a seu cargo a guarda € a utilizagao de um bem a adquirir ou de um servigo a ser prestado, ©) Se esgotade o prazo nao tenha sido apresentada a prestagao de contas. 9. Os membros das Comissbes Administrativas. dos Fundos Pamanentes no podem deixar o exercicio de fingoes, na respectiva Unidade Orgamental, sem prévio Despacho do Ministro das Finangas, em que se declare livre da sua responsabilidade para com o Tesouro Nacional CAPITULO VII Prestaciio de Contas ARTIGO 33° (Contr atndoe Hnanesr0) 1. 0 Controlador Financeiro é a entidade que junto do Ministério das Finangas tem a missio de asseaurar a gestio dos reetsos financeitos piblicos de acordo com as normas cticas, jurdicas ¢ técnicas que regem a execugao do OGE 2. Ao Controladar Financeiro so atribuidas, entre outras, as sequintes tarefas

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