Download as pdf
Download as pdf
You are on page 1of 9
tr peti tae Cope 2013 co ators Brat eds arn a Eater Spars litical ne Pb Ti a sau. “Oualaatelnpesraane engi: gr tre, Soh pti en oentapce ead atta, 1 tag mts. 2 Uriel 3. Ung, Giovani Forgiarini Aiub O SUJEITO ENTRE LINGUAS MATERNA E ESTRANGEIRA: LUGAR DE INTERFERENCIAS, HISTORICIDADES, REVERBERAGOES Curitiba 2014 CAPITULO + PALAVRAS INTRODUTORIAS Aoutainge &aqvla que se fla num gaelic velo- coments nabtiva-lge dont, da bea, Sa pla do andar cove gar sence, oi ae sieves cave, anomie ofende(SARTHES, 0043.27. De inci, algumas palavras de Géethe para insigar uma breve reflexéo:*quem no sabe lingua estrangeirasno sabe nada de spr" ‘Sequindoalgicadotudoedonada (esime dons, dosempreedorunca) estas polavras de Goethe seria possve continua dizendo que qvem sabe ‘aiguma lingua estrangera sabe tudo de 5 Seré realmente que quern nfo sabe alguma lingua estrangera no conhece nada de si, como afirma 0 poeta alemo? Entao no & possve saber nada de i mesmno meramente comafpela lingua matema? Ae aprender uma lingua estranget, por outro lado, épossvel que se tenha um autocanhecimento leno? Todos estes questionamentos podem ser feitos a partir de uma possivelnterpretagio da maxima da escritor. No entanto,respostas para estas questées é que nSosSoacetiveis, uma vez que nia ¢ pausivel ua reflexéo pelo vis deste paradoxo: ndo se pode pensar exclsivamente ‘emsuas extremidades, pelo sim e pela nfo, pelocertoe pelo errado. Nao & de se negar, prém, que quem aprende uma lingua estan gira tema possibildade de perceber outros modos de dizer, outas est {ras linguistics, cutrosléxicos, outros sons, outras maneitas de se comu- rica de nose comunicar.lém disso, quemaprende uma lingua estan ‘tire tema possibildade de se deparar, em um primeira momento, com estranho (um estranho que va se tomando familia) e com o familiar (um familar que vei se tomando passive de estanhamento). Aprender uma lingua estrangeira também deixar capturarse, éimaginar quese domina, ‘mas ésertomadoinconscientemente pelo otro da lingua estrangeira, Entre estar tomado pela lingua estrangera © 0 deseo inicial de ‘aprendé-a estio os desentendimentos mais notérios 2s falhas mais sin- gels, os questionamentos mais fortes, em sum, 0 admirvel (porém complexe) processo de aprencizagem. Neste interim repletode nova for. ulasées,hipéteses, lus, embates hd a possbildade de se perguntar Por que ev digo assin?, em vez do olhar drecionado apenas para o outro (Gorque eles falam desse jit?) N5ose trata unicamente de musdaro pont {de visa. Trata-se de olhar para dentro, alterando o alhar sobre si mesmo, ‘trata sede se dr inicio ao processo de identfiags, Processo este que imuitas vezes ndo ¢teorizado, pois a concepgao de sjeto que subjaz a "muita teria de ensino de uma lingua estrangeira é de umn sujeito carte- siano,plenamente consciente (sem brechas pare 3s flhas, para o deseo inconsciente que irompe),o que ha & 0 syjlta tomado como a oigern © ‘ausa do cer. Em muita teorlas sobre a inguagem, em especial as do {ensino de inguas estrangeiras,ndohé lugar para reflexes sobre uma con. Cepgio de sjtto cindido, clvado, um sujito assujeitado, Desse modo, tendoa premissade que hbosueito do discursoquandocindivduo inter. pelado pela ideologia(e ele sempre ) &relevante dizer que oprocesso de _aprendizagem,seja ele qual for, ndo ocorre de maneia exclsivamente ‘onsciente, pois asim no haveriaa possiblidade para uma identiicagéo, ‘Ao mobilizs aspectos da aprendizagem de uma lingua estran- tira, este estudo ndo objtivatrabalhé-os a partir de um novo sujeto (no sentido de que ovelho deixa deexstin, massim na tentativatesica «de mobiizar uma concepsao.de syeito recenfigurado por uma identi «ago coma lingua estrangeira de tal moda que uma identincasso seja ‘uma eaptura, pos “aquele que se identifiatalvez creia que ests cop: turando 0 outro, mas é ele quem é capturada" (MANNONI apud SER- RANHINFANTE, 2998, p. 253). Portanto, a necessidade de que ocara essa capturano processo de aprendizagem é extremamente relevant, pois ela Gums busca, Neste caso, uma busca pelo outro, uma desesta bilizagSo do sjeto. Isto e refere a uma busca por sentides otros, mais especificamente por uma produgdo de senidos em lingua estrangeica, Pensando no ensino de linguas estrangeirasna sala de aul, nfo & possvel trabalhar apenas no émbito do estrutura, do linguistico, em que 0s setidos (passive sequer

You might also like