Aptidao Agricola Das Terras

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Aptiddo Agricola das Terras. Recomendagées de Uso e Manejo. Murillo Pundek - Engenheiro Agrénomo, M. Sc.— Auténomo. Margo de 2008 Resumo 1. Introdugao. 2, Classes de aptidao agricola 3. Descrigao das classes 3.1 Classe 1 3.2 Classe 2 3.3 Classe 3 3.4 Classe 4 3.5 Classe 5 3.6 Classe 6 4. Uso agricola nas diversas classes 5, Fatores determinantes 5.1 Declividade 5.2 Profundidade efetiva 5.3 Suscetibilidade a erosao 5.4 Pedregosidade 5.5 Fertilidade 5.8 Drenagem 6. Diagnéstico das classes 7, Recomendagées técnicas 7.1 Intensidade do problema 7.2 Classificaco das praticas 7.3 Recomendagées de praticas conservacionistas 7.3.1 Culturas anuais e olericolas 7.3.2 Fruticultura 7.3.3 Pastagens e capineiras 7.3.4 Matas © capoeiras 7.3.5 Reflorestamento 7.4 Outras recomendagées 8. Conceitos de algumas praticas conservacionistas 9. Bibliografia 10. Anexos 10.1 Legislacéo ambiental 10.2 Formulérios auxiliares pag. pag. pag. Pag, pag. pag pag. pag. Pag. pag. pag. pag. pag. pag. pag. pag. pag. pag pag. pag. pag. pag. pag. pag pag. Pag. Pag. 03 04 pag.20 pag. pag. pag. 241 26 1. Introdugao Atuaimente existem_diversos sistemas interpretativos de classificagao das terras para determinar sua aptidao agricola. Eles usam os mais variados fatores diagnésticos tanto fisicos como econémicos e sociais, para a interpretagao da aptidao, fornecendo elementos para o planejamento agricola. Discussées defendendo sistemas simplificados ou detalhados t8m ocorrido, cada vez com mais intensidade, no meio de professores, pesquisadores e técnicos de campo. Alguns defendem sistemas detalhados, como Kleveston, 1997 em seu trabalho de defesa de tese para o curso de mestrado. Por outro lado, alguns preconizam sistemas simplificados, como Lepsch, 1983, no manual para levantamentos conservacionistas da Sociedade Brasileira de Ciéncia do Solo, O sistema aqui tratado é caracterizado pela sua simplicidade, de maneira a atender as condiedes da pequena propriedade, do relevo acidentado, da pedregosidade e do risco a erosdo, que core em boa parte das propriedades agricolas de Santa Catarina. O levantamento e interpretagdo dos fatores diagnésticos, neste estudo, se atem apenas as caracteristicas do meio fisico, que servem de base para o planejamento conservacionista, com recomendagdes de uso e manejo para as glebas de terras a serem utiizadas. Isso no quer dizer que outros fatores como os sociais e econémicos nao so téo importantes, mas que devem ser considerados no planejamento de propriedades, numa ocasiao distinta, anterior ou posterior, ao planejamento conservacionista. Pretende-se que a revisdo da metodologia apresentada seja de grande utilidade para 0 técnico de campo na orientagdo de uso e manejo das glebas de terras das propriedades rurais. Desta maneira as recomendagSes aqui contidas seréo apropriadas para serem indicades na orientac&o geral de conducao dos trabalhos de cada gleba das propriedades rurais. ‘As recomendagées deste trabalho esto particularmente relacionadas a aquelas utiizadas pela extensdo rural desde a década de 70, como também aos trabaihos de Uberti, 1991 "Metodologia para a classificagao da aptido de uso das terras do Estado de Santa Catarina’ e, de Pundek, 1994 "Levantamento e planejamento conservacionista de propriedades rurais em microbacias". Trés mudangas fundamentais ocorreram com relapo aos trabalhos acima mencionados e que se faziam necessarias devidos os avangos tecnolégicos que ocorreram na ultima década. As mudaneas que ocorreram foram: 1. Criagao de mais uma classe de declive, dividindo a anterior que era de 20 a 45% em duas, sendo uma de 20 a 30% e a outra de 31 a 45%. Essa mudanga iré condicionar 0 uso de culturas anuais até a declividade de 30% e nao mais de 45%. Tem sido observado que os agricultores esto deixando de usar com culturas anuais suas areas de terres muito declivosas, devido as dificuldades de se trabalhar nessas inclinagdes do terreno. Essa mudanga também obriga a criagao de mais uma classe de suscetibilidade a eroséo, a exiremamente forte; 2, Mudanga nos critérios para a interpretagao dos graus de limitagao a fertiidade, que nao usard mais a necessidade de calcério, nem o pH, pasando usar a capacidade de troca de cétions (CTC) juntamente com a porcentagem de saturagao por bases (V%). Esses dois dados informam com boa preciso o potencial que um solo tem em fornecer nutrientes para as plantas. Atualmente todos laboratérios de solos do Estado esto fornecendo esses dados nas suas analises de rotina, o que por certo, facilitara a interpretacao; 3. As mudangas anteriores apresentam como conseqdéncia a ciagao de nova classe de aptidéo agricola, que passaréo de 5 para 6 classes. Isso obrigou uma redefinicéo do coneeito de algumas classes. Foi agregado a este documento, como anexo, parte da legislacéo ambiental, que trata das Areas de Preservacdo Permanentes (APP) , as quais devem ser consideradas como inaptas para qualquer atividade agro-silvo-pastoril de interesse econémico, portanto devem ser preservadas. Atualmente a Epagri/Ciram vem desenvolvendo uma nova metodologia para a classificaggo da aptidao agricola das terras através de proposta apresentada ao projeto SIRTIFAO e também Por projeto aprovado pelo CNPQ. Espera-se que dentro dos dois proximos anos ela esteja 3 pronta e testada, para que passe a servir de orientagéo bésica nos levantamentos conservacionistas em Santa Catarina, 2. Classes de aptidao agricola Foram estabelecidas seis classes de aptidao agricola des temas. A representacdo dessas classes ¢ feita por algarismos arabicos de 1 a 6, em escala decrescente de possibilidade de utilizagdo das terras. O fator limitante de maior intensidade condiciona o enquadramento de uma gleba de terra nas classes de aptidao agricola. A classe 1 € boa por exceléncia, ndo apresentando limitacdes de qualquer natureza Cada fator determinante € representado por letra (s} mindiscula (s) conforme segue: declividade (d), profundidade (pr), susceptibilidade a erosao (2), pedregosidade (p), limitago por fertilidade (9, drenagem (h). Os fatores limitantes que determinam o enquadramento numa classe (1 a 6), devem ser representados por sua letra (s) correspondente, grafada depois do algarismo representativo da classe (ex.: 5p, 3h, Sprf, 3pref, etc.) 3. Descrigao das classes 3.1. Classe 1 ~ Aptidao boa para culturas anuais climaticamente adaptadas (entendem-se como culturas clmaticamente adeptadas aquelas recomendadas pelo Zoneamento Agrocimética do Estado de Santa Cetanna). So terras que apresentam nenhuma ou muito pequenas limitagdes e/ou riscos de degradaeao. Enquadra-se nesta classe, terras situadas em relevo plano ou suave ondulado, com profundidade efetiva superior a 100 cm, bem drenadas, sem pedregosidade, susceptibilidade a eroséo nuta ou ligeira, limitagao a fertilidade muito baixa ou baixa Obs,: Para 0 cultivo do arroz irrigado apesar de pouca profundidade efetiva e ma drenagem, podem enquadrar-se na classe 1 0s Gleissolos e parte dos Organossolos, desde que satisfagam os demais critérios da classe, que sejam observadas as praticas adequadas de manejo do lengol freatico e que n&o estejam enquadradas como Areas de Preservacao Permanente (APP) pela legislacao ambiental vigente. Neste caso suas representagées sero 1g (Gleissolos) ¢ 10 (Organossolos). 3.2, Classe 2 ~ Aptido regular para culturas anuais climaticamente adaptadas. So terras que apresentam limitages moderades para 2 sua utilizagéo com culturas anuais e/ou riscos moderades de degradagéo. Porém podem ser cultivadas desde que aplicadas praticas adequadas de conservacao e manejo do solo. Esta é a classe limite para sua utlizago com moto mecanizagao. Enquadra-se nesta classe, terras que tenham uma ou mais das seguintes caracteristicas: relevo ondulado, profundidade efetiva 50 a 100 cm, pedregosidade moderada, susceptibilidade a erostio moderada, limitagéo a fertilidade média, imperfeitamente drenadas. 3.3. Classe 3 ~ Aptido com restrigBes para culturas anuals climaticamente adaptadas, aptidéio regular para fruticultura e boa aptido para pastagens e reflorestamento. Esta é a classe limite para sua utilizagao com tragao animal. Sao terras que apresentam alto risco de degradacao ou limitagdes fortes para utilizagdo com culturas anuais, necessitando intensas e complexas medidas de manejo @ conservagao do solo se utlizadas com estas culturas. Porém podem ser utiizades com seguranga, com pastagens, ftuticultura ou refiorestamento, apenas com praticas simples de manejo e conservagao do solo. Enquadra-se nesta classe, terras que possuam uma ou mais das seguintes caracteristicas: relevo forte ondulado, pedregosas, forte susceptibilidade a eroséo, limitacao a fertlidade alta ou muito alta, profundidade efetiva menor que 50 cm e ma drenagem. Obs.: Incluem-se também nesta classe os Neossolos Quartzarénicos de granulagdo fina, com horizonte A. Proeminente ou A. Moderado e horizonte C de coloragdo vermelho amarela e de baixa fertilidade natural. Neste caso sua representagdo serd 3a, 3.4. Classe 4 ~ So terras inaptas para utilizacao com culturas anuais, aptid3o com restrigbes para fruticultura e aptidéo regular para pastagens e reflorestamento. Elas apresentam riscos de degradacao e/ ou limitagdes permanentes severas. ‘S40 impréprias para a utiliza¢o com culturas anuais. Entretanto, podem ser utilizadas com culturas permanentes como pastagens e reflorestamento, protetoras do solo. Também podem ser utiizadas com fruticultura, desde que acompanhadas de prdticas intensivas de conservagao e manejo do solo. Enquadra-se nesta classe, terras com uma ou mais das seguintes caracteristicas: relevo muito forte ondulado, muito pedregosas e susceptibilidade muito forte @ erosao. ‘Obs.: Inciuem-se também nesta classe os demais Neossolos Quartzarénicos néo enquadrados na classe 3 e os Espodossolos. Neste caso sua representagdo sera 4a 3.5. Classe § — Séo terras inaptas para culturas anuais e fruticultura. Aptidao com restrigdes para pastagem e regular para reflorestamento. Elas apresentam riscos de degradago e/ou limitagées permanentes muito severas. Enquadram-se nesta classe, terras com uma ou mais das seguintes caracteristicas: relevo montanhoso, extremamente pedregosas (50 a 70% de pedras) e suscetibilidade 2 erosdo extremamente forte. 3.6. Classe 6 ~ Preservaco permanente, So terras impréprias para qualquer tipo de cultivo, inclusive o de florestas comerciais ou para qualquer outra forma de cultivo de valor econdmico. Prestam-se para protecdo e abrigo da flora e da fauna silvestres, recreacao e armazenamento de agua. Recomenda-se o reflorestamento apenas em areas ja descobertas. Suas limitagdes principais so: relevo escarpado, extremamente pedregosa (70 a 90% de pedras), terras com predominancia de afloramento rochoso, lengol freatico permanentemente na superficie sem possibilidade de drenagem (pantanos e mangues), cabeceiras e deltas dos ios, areas com construgSes civis, mineracdo superficial e dunas. As Areas de Preservagdo Permanente (APP) previstas pela legislacao (Lei n°4.771 € Resolugao n°303, principalmente) séo enquadradas nesta classe de uso agricola (ver Anexo pag.21). - Uso Agricola nas Diversas Classes de Aptidao Agricola das Terras Classes | Culturas | Fruticultura | Pastagens e |Matas e reflo-| Preservagao anuais capineiras_| restamento_| permanente. 2_ aan 3 he 4 XXX TN | ANN | ic | is XOOCCOOO | 0OOOOOOT | TTTTA | MTTAATAT 6 XOOCKX | OOO OOOO FOGOO0OKK THM |Reguiar [WWW |Com —— [XXXXXX ] Inapta restrigao 5. - Fatores determinantes Para o diagnéstico das classes de aptidao agricola seréo estudados os seguintes fatores: profundidade efetiva, declividade, suscetibilidade a eroséo, pedregosidade, fertilidade e drenagem. 5.1. ~ Declividade (4) A dsclividade sera determinada com clinémetro e enquadrada nas classes a seguir. Classe Declive (%) Deserigao Plano Oas ‘Sem limitaebes a moto mecanizagao ‘Suave ondulado >3a8 Idem ‘Ondulado >8a20 Idem Forte ondulado > 20430 Com limitag5es a moto mecanizagao, mas sen limitagdes a tracéo animal Muito forte ondulado 230445 Com limitagSes a tragdio animal Montanhoso >45a75 Idem Escarpado >75 Idem 5.2, - Profundidade efetiva (pr) A profundidade efetiva seré determinada pelo conhecimento ja existente do solo, ou em uma trincheira, ou em barranco de estrada, ou com trado, classificando-a conforme 0 quadro a seguir: Muito profundo Profundo 100 a 200 Pouco profundo 50a < 100 <50 Raso_ Conceito: Profundidade efetiva é a camada de solo sem impediment ao crescimento normal das raizes e a infiltragao da agua. S4o impedimentos: presenca ou vestigios do lengal freatico, estrutura maciga coesa, pedregosidade, rochosidade, camada cimentada, além de outros. Para a medida da espessura normalmente considera-se a soma dos horizontes A, B e C. Esses horizontes serio considerados quando apresentarem boas condigdes para o armazenamento & circulago de 4gua, como também para o crescimento radicular normal. 5,3. - Suscetibilidade a erosao (e) A suscetibilidade & eros € determinada pelo conhecimento do relevo e das propriedades fisicas do solo. Graus de Propriedades Limitagao Fisicas Nulo 1 Boas Ligeiro >3a8 | Boas e regulares Moderado >8a20 | Regulares Forte > 20430 Regulares Muito forte > 30045 | Regulares e mas Extremamente forte >45; Mas Indicadores de propriedades fisicas: Boas: Horizonte A esouro* com espessura de 25cm ou maior; Textura média/média ou argilosa/argilosa ou muito argilosa/muito argilosa; Presenga de horizontes A e B com 75cm ou mais de espessura total. Regulares: Horizonte A escuro* com espessura menor de 25cm, ou horizonte A claro™ com 25cm ou mais; Textura média/argilosa ou argilosa/muito argilosa; Presenga de horizontes A @ B com menos de 75cm de espessura total Mas: Horizonte A claro"* com espessura menor de 25cm; Textura arenosa/arenosa ou arenosa/média ou arenosa/argilosa ou arenosa/muito argilosa ou média/muito argilosa; Auséncia de horizonte B, “Cores escuras (valor e croma 3): Preto: Preto avermelhado; Bruno muito escuro; ‘Bruno acinzentado muito escuro; Cinzento muito escuro: Vermelho muito escuro acinzentado, “Cores cleres: outras cores, diferentes das relagbes anteriores. Caso as caracteristicas de declive de uma gleba e as suas propriedades fisicas apresentem graus de limitagao diferentes, considerar sempre a pior situago, como medida de seguranca, ara o enquadramento. 5.4 - Pedregosidade (p) A pedregosidade sera determinada por visualizacdo local e/ou pelo conhecimento do perfil do solo, 0 que leva a determinar uma das classes a seguir: Classe Presenca de pedras na massa do solo (%) Distancia entre pedras ha superficie (m) Descricao Nao pedregosa Moderadamente pedregosa Pedregosa Muito pedregosa Extremamente pedregosa ‘Auséncia ou <1 4a<3 3a30 10.430 1.5410 0,75a15 <0,75 Nao dificulta a motomecanizagao Dificulta, mas ndo impede a motomecanizagao. Impede a motomecanizago, mas no dificulta a tragao animal. Dificulta, mas no impede a trago animal. Invidvel o preparo do solo Conceito: Pedregosidade representa a presenca de pedras na superficie e/ou massa do solo ocupada por calhaus (2 a 20 cm) e matacGes (20 a 100 cm). Padrées na massa do solo: 1% 5.5. ~ Fertilidade (f) ‘S40 usados como indices de fertilidade no horizonte A os valores da analise de solo da gleba considerada, referentes a capacidade de troca de cations a pH 7,0 (CTC) ¢ 0 de saturagao por bases (V%). Caso a gleba em questo n&o conte com uma anélise de solo, desconsidera-se o fator fertilidade para o enquadramento da classe. Deve ser retirada uma amostra de solo para andlise e com os dados do laudo verifica-se a necessidade de novo enquadramento. S&o os seguintes os graus de limitagao a fertilidade: Graus de limitacées Capacidade de troca de cations (CTC) a pH 7,0 ‘Saturagao por bases (V%) (cmolcikg de solo) Z | <5,0 51-150 S180 0-20 Muito alto Mult alto Ato 21-44 Muito alto Alto Alto 45-64 Alto Médio. Médio 65-80 Médio Baixo Baixo > 80 Médio | Baixo: Muito baixo Nota: = a) Nao considerar os dados do quadro acima para Organossolos. b) Neossolos Quartzarénicos e Espodossolos apresentam graus de limitago a fertilidade alto ¢ muito alto, independente da CTC e V% que apresentarem. 5.6. ~ Drenagem (h) A drenagem € determinada pelo conhecimento da textura do solo e da presenga ou néo de horizonte glei, conforme as classes do seguinte quadro: Classes Evidéncias de ‘Textura mosqueado efou no perfil : gleizagao (cm) Excessivamente drenado Ausente Arenosa, Bem drenado Ausente ou > 100 Média, argilosa, muito argilosa. Imperfeitamente drenado 50a 100 Qualquer Mal drenado <50 Qualquer Nota: Os Neossolos Litélicos situados em topografia acidentada e os Latossolos muito brofundos e muito fridveis, normalmente so excessivamente drenados. 6. — Diagnéstico das classes Uma vez estabelecidos os fatores deter aptiddo agricola, com auxilio dos dado: rminantes, podem ser diagnosticadas as classes de s do quadro a seguir: Intensidade dos Fatores Determinantes nas Diversas Classes de Aptidéo Agricola das Terras 1. Declividade Fatores determinantes = Piano ou suave Forte | Muito forte ondulado | Ondulado | ondulado| ondulado | Montanhoso | Escarpado ray 2d) Gd (4a) (5d) 66) 2.Profundidade. Muito profundo | 1 20 3d 40 Sd 60 Profundo | 1 24 ad 4d 5d 8d Pouco protundo 2pr 2p ad 4d 5d 8d Raso 3pr 3p 3pr 4pr Ser | Spr 3. Graus de | | erosao | Nulo 1 2d 3d 4d | Sd 6d Ligeiro 1 2d 3d 4d) 5a &d Moderado 2e 2e ad 4d 5d 6d Forte 3e 3e 3e 4d 5d 6d Muito forte 4e 4e 4e 4e 5d 6d Extremamente Be se 5e Be 5e 6e forte 4. Pedregosidade N&o pedregosa_ | 1 2d ad 4d 5d 6d Moderadamente | 2p 2d 3d 4d 8d | 6d pedregosa Pedregosa 3p | 3 4d 5d ed Muito pedregosa 4 4p 4p 40 5d 80 Extremamente Spouse | Spouse | Spousp |} sp ousp 8p 6p pedregosa 5. Fertilidade | Muito baixo 1 2d 3d 4d 5d 6d Baixo 1 2d 3d 4d 5d 6d Médio at 2 3d 4d 5d 6d Alto 3F af 3d 4d bd &d Muito alto af 3f 3f 4a Sd 6d 6. Drenagem Excessivamente | (2h) (3a)*e 2d 34 4d 5d 6d drenado (aay? Bem drenado 4 2d ad 4d 5d 6d Imperteitamente. 2h 2h 3d 4d 5d éd drenado Mal drenado. |__ 3h; (1g;10)* 3h 3d 4d Sd 6d Nota: 1- Trata-se de Latossolos ¢ Neossolos Litélicos 2 - Trata-se de Neossolos Quartzarénico: Amarelo e fertilidade baixa, que armazenam pouca agua disponivel. Ss com A. proeminente e A. moderado, C Vermelho 3- Trata-se dos demais Neossolos Quartzarénicos e de Espodossolos, 4- No caso de uso com a cultura do arroz irrigado em Gieissolos (g), ou Organossolos (0) com potencial para a cultura e atendendo as exigéncias da legislagao ambiental. 10 7. ~ Recomendagées técnicas para uso e manejo das classes de aptidao agricola. O planejamento conservacionista € feito considerando o levantamento das classes de aptidao agricola ¢ as recomendagbes técnicas de uso e manejo para as terras dessas classes. As limitagdes de uso das terras variam desde muito pequenas até muito severas, passando por graus intermediaries moderados. Toda essa variagdo esté relacionada as diversas classes de aptidao agricola das terras. As praticas conservacionistas também apresentam uma variabilidade de suas eficiéncias. Assim as mais simples devem ser usadas para resolver problemas de pouca intensidade. Quando os problemas |4 s4o de maior intensidade, devem ser usadas praticas de eficiéncia moderada. Finalmente nas glebas com problemas severos, devem ser usadas praticas complexas para minimizar a degradaco. Para maior efetividade das praticas conservacionistas, 6 recomendada a utiizagdo de duas ou mais préticas para provocar a interagdo entre elas, 7.1 Intensidade dos problemas de degradacao. A intensidade dos problemas de degradacao depende de fatores como: * Classe de aptidéo agricola; + Uso e manejo da gleba. Assim podemos esperar: + Problemas de pequena intensidade na classe 1, com cobertura permanente; * _Problemas irreparaveis na classe 4 com culturas anuais em plantio convencional. Medidas de uso e manejo deverao ser adotadas de acordo com a intensidade dos problemas. —_Tipos de problemas esperados conforme a classe de aptidao agricola e ao uso atual, classe de culturas fruticultura pastagem e matas e aptidaio anuais capineira_| reflorestamento agricola 1 ‘simples ‘simples simples simples 2 moderado | simples simples simples 3 complexo moderado simples simples 4 irreparavel complexo moderadoe | moderado | ‘complexo 5 irreparavel__ Irreparavel | complexo complexo 7.2 Classificagao das praticas conservacionistas. Simples: + De facil execucd * Realizada por uma sé pessoa; ‘+ Pratica barata, ou mesmo sem custo; © De execugao manual; ‘+ _Normalmente de menor eficiéncia Moderada + Média facilidade de execugao; ‘+ Realizada por mais de uma pessoa; * Custos com despesas de custeio + Executadas por maquinas simples de tracdo animal; ‘+ Normalmente de média eficiéncia, 1 Complexa’ De dificil execucdo; Realizada por duas ou mais pessoas; Pratica cara, com despesas de custeio e investimento; Executada por maquinas complexas de trag&o motora ou mesmo animal; Normalmente de maior eficiéncia, 7.3 Recomendacées de praticas conservacionistas. Recomendagées técnices envolvem praticas conservacionistas usadas para minimizar os efeitos da degradacao, As praticas conservacionistas apresentam variagSes nas suas eficiéncias. * Praticas simples devem ser usadas para problemas de pequena monta; + Problemas de maior intensidade devem ser tratados com praticas moderadas; * Problemas severos exigem o uso de praticas complexas, 2 Recomendacées de praticas simples, moderadas e complexas Classe de Recomendagao de uso| Fatores determinantes Praticas aptidao recomendadas agricola 1 | Cutturas anuais efou | Declive 0 a 3% efou erosto Simples olericolas nula Declive 4 a 8% e/ou erosdo Moderadas lige Fruticuttura | Qualquer | Simpies Pastagem e capineira | Qualquer Simples Mata e capoeira Qualquer Simples Reflorestamento Qualquer Simples 2 ‘Culturas anuais e/ou Pedregosidade moderada Moderadas olericolas Fertilidade média Moderadas Drenagem imperteita Moderadas Declive 9 a 14% e/ou eroséo Moderadas | ligeira Declive 15 a 20% efou Complexas erosao moderada Fruticultura | Pedregosidade moderada | simples. Fertiidade media Simpies Drenagem imperfeita | Simples Declive 9 a 14% e/ou erosdo Simples. ligeira Declive 15 a 20% e/ou Moderadas erosdo moderada Pastagem e capineira Qualquer Simples Mata e capoeira Quaiquer Simples - Reflorestamento Qualquer Simples T 3 | Culturas anuais e/ou Qualquer Complexas olericolas Fruticultura | Qualquer | Moderadas Pastagem e capineira Qualquer Moderada Mata e capoeira Qualquer Moderadas Reflorestamento Quaiquer Moderadas 4 Fruticultura Qualquer Complexas Pastagem e capineira Quaiquer Compiexas Mata e capoeira Qualquer Complexas Reflorestamento Qualquer Complexas 5 | Pastagem e capineira Qualquer Complexas | Mata e capoeira Qualquer Complexas | Reflorestamento Qualquer Complexas 13 7.3.1 Recomendacdes de praticas conservacionistas, de classes de aptidao agricola e de tipos para culturas anuais e/ou olericolas. Praticas possivels [Classes Tipos 1 Eliminaséo do fogo| Tad Simples 2. Cobertura morta (mulching) 1a3 Moderada 3. Calagem 1a3 Complexa 4, Adubagao verde 193 Moderada 5. Uso do esteteo 1a3 Complexe 6, Adubagao mineral 13 Moderada 7. Cultivo minimo 123 Complexe 8. Plantio direto 1a3 Compiexa 98. Escarificagdo 1a3 Complexa 10, Rotagao de culturas 1a3 Simples 11. Consorciagéo de cultures a3 Simples 42, Plantio em nivel 123 Simples 13, Plantio em faixes (rotacdo efou retengo) 103 Simples 14, Uso do terraco 183 Complexa 45, Uso do cordao de vegetal 183 Moderada 18. Uso do patamar de vegetal 3 Complexa 117. Uso do cordao de pedra 263 Complexa 18. Uso do patamar de pedra 3 Complexe 19. Enleiramento em nivel 123 | compiexe 20. Rompimento de compactagdo subsuperticial 123 Complexa, 21. Incorporagao de resteva (arroz irrigado) 1 Moderada 22, Acessos em nivel 1a3 Complexe 14 7.3.2 Recomendacées de praticas conservacionistas, de classes de aptiddo agricola e de tipos para fruticultura. Praticas possiveis, Classes Tipos 7. Bliminagao do fogo aa ‘Simples 2, Cobertura morta (mulching) laa Moderada 3. Calagem a4 Complexa 4, Adubagao verde a4 Modereda 5. Uso do esterco 1a4 Complexa 6: Adubagéo mineral a4 Moderada 7. Cultivo minimo 1a4 | Complexe 8. Escatificagao 123 Complexa 9, Rompimento de compactagao subsuperticial 123 Complexa 410. Plantio em nivel ta4 Simples 11, Uso do terrago a3 Complexa 12. Uso do cordao de vegetal ta4 Moderada 13. Uso do patamar de vegetal 3e4 Complexa 14, Uso do cordao de pedra 2a4 Complexa 18. Uso do patamar de pedra 3e4 Compiexa 16. Uso de banqueta individual |3e4 Moderada 17. Alternéncia de capina jaa Simples 18. Enleiramento em nivel 1a4 Complexa 49. Cultura intercalar na formago 1a3 simples 20. Ceifa do mato ta4 Moderada 21. Acessos em nivel a4 Compiexa 16 7.3.3 Recomendagées de praticas conservacionistas, de classes de aptidio agricola e de tipos para pastagens e capineiras. Praticas possiveis Classes |Tipos “T Eliminagae do Fogo Tas 7 Sites 2. Calagem tas Complexa 3. Uso do esterco tas Complexa 4. Adubago mineral tas Moderada 5. Sobressemeadura e ressemeio \1as Simples 6. Controle do pastoreio fas Simples 7. Introdus&o de espécies (gramineas leguminosas) 125 | Simples 8. Sulcos em nivel 3as | Moderada 9. Use do terrago 1a3 Complexa 10. Enleitamento cortando as éguas tas Complexa 11. Uso do cordao de vegetal 325 Moderada 12. Uso do cordéo de pedra |3as Complexa 19, Rotagao de pastagens 145 Simples 14, Altura de corte (capineiras) tas Simples 15. Acessos em nivel tas Complexe 7.3.4 Recomendagées de praticas conservacionistas, de classes de aptidao agricola e de ipos para matas e capoeiras. Praticas possiveis Classe |Tipos 1 Eiinapl @ convo & Togo Tas [Sie 2. Uso do aceiro 125 Simples 3. Interdi¢ao de gado 3a5 Simpies 4, Plantio de enriquecimento 1a8 Moderada 5, Manejo sustentado \s ‘Complexa 6. Plantio de converse fas Moderada 7. Manuteng&o ¢ enriquecimento de matacilare de |1a6 Complexe cabeceiras 8. Acessos em nivel tas Complexa 16 7.3.8 Recomendagées de praticas conservacionistas, de classes de aptidao agricola e de tipos para reflorestamento. Praticas possi ] Classes Tipos 1. Bliminagao e controle do fogo [tas Simples 2. Uso do acsiro ltas Simples 3. Interdigdo do gado 3a8 Simples 4. Interdigéo do gado na formacao. tas Simples 5, Plantio cortando as aguas 3a5 | Simpies 6. Sulcos em nivel 5 | Moderada 7. Calagem 1a5 Complexa 8. Uso do esteroo tas Complexa 10. Corte em talhadia (eucalipto) tas Moderada 11. Corte em faixes niveladas e altemadas 3a8 Moderada 12, Manejo sustentado 5 Complexe 19, Enleiramento cortando as aguas 1a5 | complexa 14, Cultura intercalar ne formago 123 Simples 15. Implantago e/ou manutengo de matas cilares ¢ de 1a6 Complexe cabeceiras 16, Acessos em nivel jtas Compiexa 7.4 Outras recomendagées: * Considerar que néo devem ser recomendadas préticas isoladas, mas sempre duas ou mais Para provocar interagao entre elas, na minimizagdo dos problemas de degradagao. + Nessa interacdo deverdo ser contempladas praticas de controle da erosao por impacto (vegetativas), como também por escorrimento superficial (mecénicas). * Praticas conservacionistas que usam a motomecanizagéo como escarificac&o, terraceamento © rompimento de compactagao subsuperficial, dificilmente poderdo ser executadas em solos rasos e/ou com grau de erosdo forte ou maior e/ou muito pedregosos ‘ou maior e/ou com declividade maior de 20%, 7 ~ Conceitos de algumas praticas conservacionistas Adubagao mineral - ¢ 0 uso de fertiizantes quimicos adicionados ao solo, com a finalidade de proporcionar melhor nutrigsio &s cultura, Adubagao verde ~ consiste na utiizagao de plantas leguminosas ou no, em rotacéo, Sucessdo ou consorciacdo com as culturas, deixando-as preferencialmente na superficie Para que mantenha o solo protegido do impacto da chuva e do excesso de insolacdo e Para manter e/ou melhorar as suas propriedades fisicas, quimicas e bioldgicas. Alternancla de capina ~ é uma pratica utilizada em fruticultura, onde linhas de plantas Conduzidas em nivel so capinadas alternadamente, criando obstéculo ao escorrimento superficial. Calagem - 6 0 uso de material calcério com a finalidade de minimizar os efeitos da acidez dos solos. Ceifa do mato - é pratica usada na fruticultura onde as capinas so substituidas por ceifa, permanecendo o sistema radicular que aumenta a resisténcia a desagregacao do solo. Cobertura morta (mulching) — qualquer material tal como palha, serragem, folhas, Plastico etc., que é espalhado @ superficie do terreno com a finalidade de proteger o solo do impacto direto da gota de chuva e dos raios do sol. Controle de pastoreio ~ consiste em retirar 0 gado de uma pastagem quando as plantas ainda recobrem toda a area, Corte em talhadia — é 0 corte de madeira com regeneragao, por brotagao, das cepas das arvores (ex. eucalipto). Cultivo minimo ~ 6 0 uso minimizado de maquinas agricolas sobre 0 solo, com a finalidade de menor revolvimento. Enleiramento em nivel ~ é a pratica utilizada no desbravamento (mato, capoeira) de uma gleba, dispondo os residuos em linha de nivel. Escarificagao ~ & 0 uso do escarificador no preparo reduzido do solo, quebrando a camada densa superior e formando rugosidade superficial. Manojo sustentado ~ ¢ toda exploracao florestal que objetiva a manutengao do estoque e retiradas periédicas do ineremento. Plantio de conversao — ¢ 0 plantio de espécies nativas nobres, sob cobertura em capoeira adulta ou mata secundaria, com a técnica da eliminaco gradual da vegetacao matricial. Plantio de enriquecimento — é 0 plantio com espécies desejaveis, nas florestas Naturais, acompanhado da remogo de trepadeiras, arbustos e arvores indesejaveis. Plantio direto ~ é a impiantacdo de uma cultura diretamente sobre uma palhada, com a finalidade de manter 0 solo coberto, evitando o impacto da gota da chuva. A rotagdo de culturas a adubacdo verde so indispensdveis no sistema de plantio direto. Plantio em faixa de retengao — ¢ a pratica que utiliza uma faixa de cultura permanente de largura especifica e nivelada, entre faixas de rotaco. Plantio em faixas de rotacdo - é a pratica utilizada numa gleba onde cultures temporarias so dispostas em faixas nivelades e alternadas. Plantio em nivel ~ 6 2 pratica que executa a operaco de plantio de uma cultura em linhas niveladas. Ressemeio — é pratica utilizada em pastagem para repovoar as areas descobertas, protegendo o solo da erosao. Rompimento de compactagéio subsuperficial — ¢ a quebra de camada profunda adensada (pé de arado ou de grade), com a finalidade de aumentar a permeabilidade do solo. Rotagao de pastagem — é a utllizacdo de diferentes espécies de pastagens anuais em rotagao numa mesma area. 18 Sulcos em nivel ~ é 0 uso de pequenos canais nivelados, que tem a finalidade de diminuir 0 escoamento superficial aumentando a infiltragao. Uso de banqueta individual ~ é pratica usada em fruticultura, protegendo a area de solo de cada arvore com um pequeno patamar. Uso de cordao (pedra ou vegetal) — é 0 uso de linhas niveladas de obstdculos, com a finalidade de diminuir a velocidade do escorrimento superficial Uso do esterco — é 0 uso de dejetos animais com a finalidade de methorar 0 solo. Uso do patamar (pedra ou vegetal) ~ é pratica que objetiva formar patamares, com a finalidade de reduzir a declividade e o escorrimento superficial. 19 8._ Bibliografia consultada BERTONI, J; LOMBARDI, F. Levantamento © Planejamento Conservacionista in Conservagao do Solo. icone, Sao Paulo, 1.990. D'AGOSTINI, L. R.; et al, Sistema de Classificagao de Aptido Adequacidade de Uso do Solo Para o Estado de Santa Catarina. Imprensa Universitaria. Florianépolis, 1994 EMBRAPA. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaria. Sistema de Avaliagao da Aptidéo Agricola das Terras. Servigo Nacional de Levantamento e Conservagao do Solo. Embrapa- SPI. Brasilia, 1.978, EPAGRI. Empresa de Pesquisa Agropecuaria e Extens4o Rural de Santa Catarina SA. Manual de Referéncias Técnico-econémicas de Sistemas de Produgo Agropecuarios de Santa Catarina. Epagri, Floriandpolis, 2.005, ESTADOS UNIDOS. Classificago das Terras in Manual de Conservago do Solo. Departamento de Agricultura. Servico de Conservacao de Solos. Washington DC, 1.951 IBGEISAA. Aptidao Agricola Padrées de Uso e Cobertura do Solo e Aptidao Agricola x Uso Atual de Santa Catarina. Diretoria de GeociéncialDiretoria de Recursos Naturals. Florianépolis, 1.994, KLEVESTON, R. Efetividade do Procedimento Classificatério na Avaliagio da Relagdo de Uso e Manejo das Terras. Florianépolis, 1.997. KLAMT, E.; et al. Proposta de Normas e Critérios para Execugo de Levantamentos Semi- Detalhados de Solos e para Avaliacdo da Aptidao Agricola das Terras. Nicleo Regional Sul da Sociedade Brasileira de Ciéncia do Solo. Pelotas, 2.000. LEPSCH, |.; et al. Manual para Levantamento Utilitério do Meio Fisico ¢ Classificagao de Tetras no Sistema de Capacidade de Uso. Sociedade Brasileira de Ciéncia do ‘Solo/Ministério da Agricultura. Campinas, 1.983. MINISTERIO DA AGRICULTURA, Aptido Agricola das Terras — Estudos Basicos para o Planejamento Agricola - Santa Catarina. Secretaria Nacional de Planejamento Agricola, Brasilia, 1.978, NEUBERT, E, O. Levantamento de Solos ¢ Avaliago da Aptidao Agricola das Terras da Microbacia do Rio Armazém (Urussanga-SC), UFRGS. Porto Alegre, 1.995, PUNDEK, M. Levantamento e planejamento conservacionista de propriedades rurais em microbacias in Manual de Uso, Manejo e Conservacao do Solo e da Agua, Epagri, Florianépolis, 1.994. RAMALHO A. F; BEEK, K. J. Sistema de Avaliaggo da Aptidéo Agricola das Terras. Embrapa/CNPS. Rio de Janeiro, 1.996. ‘SCHINNEIDER P.; GIASSON E.; KLAMT E. Classificagéio da Aptidao Agricola das Terras Um sistema alternativo. Agrolivros. Guaiba, 2.007. UBERTI, A. A. A.; et al. Metodologia para Classificacéio da Aptidéo de Uso das Terras do Estado de Santa Catarina. Empasc/Acaresc, Florianopolis, 1.991 20 10.Anexos 10.1 Legisla¢ao ambiental RESOLUGAO CONAMA N? 303, DE 20 DE MARCO DE 2002. RESOLVE; Art {© Constitul objeto da presente Resolugéo o estabelecimento de pardmetros, definigtes limites referentes as Areas de Preservagao Permanente. Art. 2° Para os efeitos desta Resolugéo, sdo adotadas as seguintes definigSes Incite! mais alto: nivel aleancado per ocasiéo da cheia sazonal do curso dégua perene ou ntermitente; UI; nascente ou olho df égua: local onde aflora naturalmente, mesmo que de forma intermitente, @ agua subterranea; Ill; Veredla: espago brejoso ou encharcado, que contém nascentes ou cabeceiras de cursos Giagua, onde ha ocorréncia de solos hidromérficos, caracterzado predominantemento. por jandues de buritis do brejo (Mauritia fiexuosa) e outras formas de vegetacdio tipica, IV morro: elevagao do terreno com cota do topo em relagéo a base entre cinquenta e trezentos metros @ encostas com deciividade superior a trinta por cento (aproximadamente dezessete graus) na linha de maior declividade; Vmontanha: elevagao do terreno com cota em relao3o a base superior a trezentos metros; Meas, ge morro ou montana: plano horizontal definido por planicie ou superficie de lengol ¢/agua adjacente ou, nos relevos ondulados, pela cota da depressdo mais baixa a0 seu redor Vil linha de cumeada: linha que une os pontos mais altos de uma sequéncia de morros ou de montanhas, constituindo-se no divisor de aguas; Vill - restinga: depésito arenoso paralelo a linha da costa, de forma geralmente alongada, Produzido por processos de sedimentacao, onde se encontram diferentes comunidades que Fecebem influéncia marinha, também consideradas comunidades edaficas por dependerem mais da natureza do substrato do que do clima. A cobertura vegetal nas restingas ocorrem mosaico, e encontra-se em praias, cordées arenosos, dunas e depressdes, apresentando, de acordo com 0 estagio sucessional, estrato herbaceo, arbustivos ¢ arboreo, este titimo mais Interiorizado; x « manguezal: ecossistema litoraneo que ocorre em terrenos baixos, sujeitos & ago das marés, formado pot vasas lodosas recentes ou arenosas, as quais se associa, Predominantemente, a vegetaco natural conhecida como mangue, com influéncia flivio. ‘marinha, tipica de solos limosos de regides estuarinas @ com dispersdo descontinua 2o longo da costa brasileira, entre os estados do Amapa e Santa Catarina; X= duna: unidade geomorfolégica de constituigéo predominante arenosa, com aparéncia de cémoro ou colina, ‘produzida pela acéo dos ventos, situada no litoral ou no interior do continente, podendo estar recoberta, ou no, por vegetagao; XI tabuleiro ou chapada: paisagem de topografia plana, com deciividade média inferior a dez por cento, aproximadamente seis graus © superficie superior a dez hectares, terminada do forma abrupta em escarpa, caracterizando-se a chapada por grandes superficies a mais de seiscentos metros de altitude; Xl escarpa: rampa de terrenos com inelinaeao igual ou superior @ quarenta e cinco graus, que Gelimitam relevos de tabuleiros, chapadas e planalto, estando limitada no topo pela ruptura Positiva de declividade (linha de escarpa) e no sopé por ruptura negativa de declividade. englobando os depésitos de colivio que se localizam préximo ao sopé da escarpa; Art. 3° Constitui Area de Preservacao Permanente a érea situada: | em faixa marginal, medida a partir do nivel mais alto, em projec horizontal, com largura minima, de: a 2) trinta metros, para o curso d’égua com menos de dez metros de largura; ») cinglienta metros, para 0 curso d'agua com dez a cingiienta metros de largura; <) cem metros, para 0 curso d'4gua com cingdenta a duzentos metros de largura: @) duzentos metros, para o curso d'agua com duzentos a seiscentos metros de largura: ©) quinhentos metros, para o curso d’4gua com mais de seiscentos metros de largura; II 20 redor de nascente ou olho d’agua, ainda que intermitente, com raio minimo de cinqaenta metros de tal forma que proteja, em cada caso, a bacia hidrografica contribuinte: I~ ao redor de lagos e lagoas naturais, em faixa com metragem minima de: 2) trinta metros, para os que estejam situados em areas urbanas consolidadas; b) com metros, para as que estejam em Areas rurais, exceto os corpos d'agua com até vinte hectares de superficie, cuja faixa marginal seré de cinguenta metros; IV - em vereda e em faixa marginal, em projegao horizontal, com largura minima de cingulenta metros, a partir do limite do espago brejoso e encharcado; V = no topo de morros ¢ montanhas, em éreas delimitadas a partir da curva de nivel Correspondente a dois tergos da altura minima da elevagdo em relacdo a base: Vi- nas linhas de cumeada, em area delimitada a partir da curva de nivel correspondente a dois fercos da altura, em relagao a base, do pico mais baixo da cumeada, fixando-se a curva de nivel para cada segmento da linha de cumeada equivalente a mil metros; VIl- em encosta ou parte desta, com deciividade superior a cem por cento ou quarenta e cinco graus na linha de maior declive; Mill - nas escarpas e nas bordas dos tabuleiros e chapadas, a partir da linha de ruptura em faixa nunca inferior a cem metros em projecSo horizontal no sentido do reverso da escarpa; IX- nas restingas: a) em faixa minima de trezentos metros; medidos a partir da linha de preamar maxima; b) em qualquer localizagao ou extensao, quando recoberta por vegetago com fung&e fixadora de dunas ou estabilizadora de mangues; X- em manguezal, em toda a sua extenséo; XI-em dung; Xil - em altitude superior a mil ¢ oltocentos metros, ou, em Estados que no tenham tais elevagGes, & critério do érgao ambiental competente; XiIll- nos locais de refiigio ou reproducdo de aves migratérias; XIV nos locais de refiigio ou reproducao de exemplares da fauna ameagadas de exting&o que constem de lista elaborada pelo Poder Pablico Federal, Estadual ou Municipal; XV - nas praias, em locais de nidificacdo e reprodugdo da fauna silvestre. Parégrafo Unico. Na ocorréncia de dois ou mais morros ou montanhas cujos cumes estejam Separados entre si por distancias inferiores 2 quinhentos metros, a Area de Preservagao Permanente abrangeré 0 conjunto de morros ou montanhas, delimitada a partir da curva de nivel correspondents a dois teros da altura em relagdo a base do morro ou montanha de ‘menor altura do conjunto, apiicando-se o que segue: | agrupam-se os morros ou montanhas cuja proximidade seja de até quinhentos metros entre seus topos; |lidentifica-se o menor morro ou montanha; {Il - traga-se uma linha na curva de nivel correspondente a dois tergos deste; ¢ !V - considera-se de preservagao permanente toda a area acima deste nivel. Art. 4° © CONAMA estabelecerd, em Resolucéo especifica, parametros das Areas de Preservacao Permanente de reservatorios attificiais e 0 regime de uso de seu entomo, 22 RESOLUCAO CONAMA N° 302, DE 20 DE MARCO DE 2002, RESOLVE: Art, 1° Constitui objeto da presente Resolugao 0 estabelecimento de parametros, defi limites para as Areas de Preservacao Permanente de reservatorio altifcial e instituigo da slaboragdo obrigatéria de plano ambiental de eonservaco © uso do seu entornos Art 2° Para efeito desta Resolucdo so adotadas as seguintes definigdes: | . Reservatorio artificial; acumulagSo néo natural de agua destineds a quaisquer de seus miltiplos usos; 1 - Area de Preservacao Permanente: @ area marginal ao redor do reservatério artificial e suas thas, com a funcéo ambiental de preservar os recursos hidricos, a palsagem, a establidace geologica, a biodiversidade, o fluxo génico de fauna e flora, proteger o solo © assegurat 0 bom estar das populagdes humanas; Ill- Plano Ambiental de Conservactio Uso do Entorno de Reservatério Artificial: conjunto de diretrizes © proposigées com o objetivo de disciplinar a conservagio, recuperacao, 0 uso e poupacao do entomo do reservatério artificial, respeitados os pardmetios estabeleciios nesta Resolucéo e em outras normas aplicaveis; \V = Nivel Maximo Normal: 6 a cota maxima normal de operacdo do reservatsrio; V- Area Urbana Consolidada: aquela que atende aos seguintes critérios: a) definigao legal pelo poder puiblico; ») existéncia de, no minimo, quatro dos seguintes equipamentos de infra-estrutura urbana: 7. malha viaria com canalizacao de aguas pluviais, 2. rede de abastecimento de agua; 3. rede de esgoto; 4. distribuigao de energia elétrica e iluminagao publica; §. __recolhimento de residuos solidos urbanos; 6. __ tratamento de residuos sdlidos urbanos; 6 ©) densidade demografica superior a cinco mil habitantes por km? Art 3° Constitui Area de Preservacdo Permanente a area com largura minima, em proje¢So horizontal, no entomo dos reservatérios artiiciais, medida a partir do nivel maximo normal de 1° trinta metros para os reservatérios artifciais situados em reas urbanas consolidadas e cam metros para areas rurais; 1 quinze metros, no minimo, para os reservatérios artificiais de geracdo de energia elétrica ‘com até dez hectares, sem prejuizo da compensagao ambiental. Ill = quinze metros, no minimo, para reservatérios artificiais nao utlizados em abastecimento pidblico ou geragao de energia elétrica, com até vinte hectares de superficie ¢ localizados om rea rural. § 1 Os limites da Area de Preservaao Permanente, previstos no inciso J, poderdo ser ampliados ou reduzides, observando-se 0 patamar minimo de trinta metros, conforme estabelecido no licenciamento ambiental e no plano de recursos hidricos da bacia onde o reservatorio se insere, se houver. § 2° Os limites da Area de Preservacdo Permanente, Previstos no inciso II, somente poderao ser ampliados, conforms estabelecido no licenciamento ambiental, e, quando houver, de acordo Com o plano de recursos hidricos da bacia onde 0 reservatério se insere. § 3° A reducdo do limite da Area de Preservagao Permanente, prevista no § 1° deste artigo néo Se aplica as areas de ocorréncia original da floresta ombrafila densa - pore&o amazonica, inolusive os cerradées © aos reservatérios artficiais utiizados para fins de abastecimento pablico. 23 § 4° A ampliago ou redugdo do limite das Areas de Preservagao Permanente, a que se refere o § 1°, deverd ser estabslecida considerando, no minimo, os seguintes eriterios | caracteristicas ambientais da bacia hidrogréfica, |! geologia, geomorfologia, hidrogeologia e fisiogratia da bacia hidrografica; Lil tipologia vegetal; IV - reoresentatividade ecologica da area no bioma presente dentro da bacia hidrografica em Guest Inserido, notadamente a existencia de espécie ameacada de extingdo ¢ 2 importancia da érea como corredor de biodiversidade; V-finalidade do uso da agua; MI- uso e ocupagao do solo no entorno; XiLz.o impacto ambiental causado pela implantagao do reservatério @ no entomo da Area de Preservacao Permanente até a faixa de cem metros. §'6* Na hipétese de reducto, a ocupacdo urbana, mesmo com parcelamento do solo através de (bleamento ou subdiviséo em partes ideals, dentre outros mecanismos, nao posbra ceccdor dez por cento dessa area, ressalvadas as benfeitorias existentes na area urbaes consolidada, @ &poca da solicitaggo da licenca prévia ambiental § 6° Nao se apiicam as disposigies deste artigo as acumulagées artificiis de gua, inferiores a Cinco hectares de superficie, desde que nao resultantes do barramento ou represamente de Gunes d'agua e néo localizadas em Area de Preservagéo Permanente, & excepao daquelas destinadas a0 abastecimento publico, Art. 4° © empreendedor, no ambito do procedimento de licenciamento ambiental, deve elaborar © Plano ambiental de conservacdo e uso do entorno de reservatério artificial em conformidede com © termo de referéncia expedido pelo 6rgzo ambiental competente, para os reservatérios attifciais destinados a geragao de energia e abastecimento publico. § 1° Cabe ao érgao ambiental competente aprovar o plano ambiental de conservagéo ¢ uso do gntorno dos reservatérios artificiais, considerando o plano de recursos hidricos, quando houver, sem prejuizo do procedimento de licenclamento ambiental. § 2° A aprovagao do plano ambiental de conservagdo © uso do entorno dos reservatérios attfciais devera ser precedida da realizacdo de consulta publica, sob pena de nulidads do ate Paministrativo, na forma da Resolugzo CONAMA n® 09, de 3 de dezembro de 1987, naquilo que {or aplicavel,informando-se ao Ministerio Pablico com antecedéncia de trinta dias da respective data, § 3° Na analise do plano ambiental de conservacao e uso de que trata este artigo, seré ouvido o Fespectivo comité de bacia hidrogréfica, quando houver. § 4" © plano ambiental de conservagao © uso poder4 indicar éreas para implantagdo de pélos {uristioos e lazer no entono do reservatério artificial, que no poderdo exceder a dez por canto da area total do seu entomo. § 5° As areas previstas no paragrafo anterior somente poderéo ser ocupadas respeitades a legistagdo municipal, estadual e federal, e desde que a ocupagdo esteja devidamente licenciada pelo drgéio ambiental competente. Art. &* Ags empreendimentos objeto de processo de privatizagéo, até a data de publicagso desta Resolucao, aplicam-se as exigéncias ambientais vigentes a época da privatizagao, inclusive os cem metros minimos de Area de Preservacao Permanente. Paragrafo Unico, Aos empreendimentos que dispdem de licenca de operagso aplicam-se as exigéncias nela contidas. Obs: Para mais detalhes, ver legislacao. 24 10.2 Formulérios auxiliares INDICADORES DE PROPRIEDADES Proprietario; Municipi Gleba: Indicadores de propriedades fisicas Presenca (marque com X) Boa: Horizonte superficial: A escuro (preto, cinzento muito escuro, bruno muito escuro) com espessura de 25cm ou maior. Textura: médiamédia ou argilosa/argilosa ou muito argilosalmuit. argilosa. | Horizontes/espessura : presenca de Ae B com 75cm ou mais total. L Regular: te Horizonte superficial: A escuro com espessura menor de 25em ou A | claro com espessura de 25cm ou maior. | ‘Textura: média/argilosa ou argilosa/muito argilosa. Horizontes/espessura: presenca de A e B com menos de 75cm total. | Ma: Horizonto superficial: A claro com espessura menor de 250m. |Textura: arenosafarenosa ou arenosalmédia ou arenosalargilosa ou arenosa/muito argilosa ou média/muito argilosa Horizontes/espessura: auséncia de B. pO Nota: Ti6s indieadores dentro de uma mesmia classe (boa ou regular ou ma) caractorizamn essa Classe. Menos de trés indicadores om qualquer das trés classes caractorizam classe regular Propriedade fisica determinada (marque com X) ] I Boa T Regular ] | Ma | 25 Aptidao Agricola e Uso e Manejo Proprietario: Municipio: Gleba: 1, Fatores determinantes (marque com x Declividade Pedregosidade Plano Nao pedregosa ‘Suave ondulado Moderadamente pedregosa Ondutado |_| Pedregosa Forte ondulado Muito pedregosa face Muito forte ondulado Montanhoso i eee Escarpado Fertilidade (imitagao) Profundidade efetiva Muito bab Muito profundo Baixo Profundo Médio Pouco profunde Alto Reso Muito atto ‘Suscetibilidade 4 erosao Drenagem Nulo Excessivamente drenado Ligeiro Bem drenado Moderado Imperfeitamente drenado Forte Mal drenado Muito forte ees 2. Classe de aptidao de uso (marque com X) alias fee eee eed 3. Fatores que determinam a classe (marque com X). Decividade Profundidade efetiva ‘Suscetibild, @ erosso Extremamente pedregosa Pedregosidade Fertiidade Drenagem| 4, Praticas de uso e manejo. + Uso: + Manejo (praticas recomendadas): 28

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