Entrevista e Seu Processo de Construção - Grup02

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Itinertios de pesquisa Pexpecivasquaiativas ext Socaiogs & Béveto Maris Pinto de Cath Nadie Zago Rita Aaifis Tones Vel (gs) Revs depron Alerandee Aen Valadter roto gre agrees Femanéa Carn Silva Cape Yomae Agta Gort te produto Mara Gabel Deiat CaP Beast. Catlogasio-n StsdestoNacional dor Eds 105.8) 86 Tnecisioe de peaguis: penpectves sedacagio / Node Zago, Mails isto de Canal, ‘Vile (oqanizadora), ~ Rio de Juncce: DPA, 2003. tivat em sociologa da ‘Améla Testa i bibliograia ISDN65-7490-216-0 Zago, Nad ‘eine, cop s7078 eDus70154 A ENTREVISTA E SEU PROCESSO DE CONSTRUGAO: REFLEXOES COM BASE NA EXPERIENCIA PRATICA DE PESQUISA problemas desta cansrugio orinndas de camadas populares. Conforme a proposta deste li reflexdo se volta para os procedimentos te6rico-metodolégicos adotados indramentos ailtados ma coleta de dadossomente ganham sentido quando articulados § problemitica de eitdo, £ nese sentido que apreseno, inicalmente, um conjunto de questes que wim norteando minha pritca de pesquisa, aoina perpectiva Dentro do tema acima mencionado, tenho privilegiado es permitam tanto quanto possi ar da realidacle dessa respeito ao valor clagio dos jow projetos sociais e profisionais, O objetivo geral € poder avancar na compreensio das trajetérias e dos resultados escolar em. contextos nos {quais os indicadores econ ce destivoraveis de ensino. is so bs Sonta Cxtrine (USC) RAMOS O€ FESQUISA Prosseguir com a pesquisa dentro de um quadro de preocupagdes ais ou menos circunscrito proporcionow alguns desdobramentos resultado de novas questies que vio sendo definidas, reel ppermnitindo problematizar realidadesjé bastante pesquisadas {por exemplo, (05 fendmenos de reprovagio e/ou evasio escolar ov, ainda, a relacio estudo-trabalho ¢ suas implicagdes na escolaridad) e outras que somen «em épocas mais recentes tém desperado 0 interesse dos sociélogos da educagio (como 6 0 caso d: ar, tanto dos pais quanto dos préprios alunos ou, ainda, do éxito nos estudos em meios socioculturamente desfavorecidos), Essa dindmica produzida pela nuidade da pesquisa num mesmo campo de interesse permite agacaz pesquisador, afinararestas, duvidar das formulagdes genéricas, wpliaro campo de compreensio de um determinado fe 0 , neste caso o das relagdes que as camadas populares estabelecem com a escola e, num sentido mais amplo, com 2 educagio formal. ‘Una atitude presente nas pesquisas nas quais te tum certo ceticismo diante de andlises reducionistas que realidade em relagio 4 escolariaagio pelo estabelecimento de uma relagio efbito , ainda, que tomam as camadas sociais de os) como meros reprodutores da a esse ceticismo, esti 2 preocupagio em ultrapassar a focalizagio no chamado fiacasso escolar pata compreender a escolaridade numa perspectiva que leve em conta 05, processos que configuram ama determinada carreira escolar e, Consegiientemente, 2 a¢30 dos atores socias. Conforme lembra Chatlot (1996, p. 51), “‘compreender um proces transformacio nao & 0 efeito de um detern imprevisto” A pres nos mostra a padsio uni os populares. Diferente dessa tendéncia, podemos identificar 0 crescimento de uma produgio no que conceme a educagio formal e una qualitativas em termos das investimentos dos atores socias. Seguindo essa tendéncia, a problemitica que tenho pesegy apoiada em uma pritica de pesquisa voltada para reilidades coneretas de ceacolarizagao ¢ em uma Sociologia que permite observar ¢ intexpretar a rede complexa ds relagdes cam a escola e.com os estudos. Com base pesquisas que seguem uma abordagem qualtativa, tenho procerado conhecer aslégicas das dar, gualmente, 0s processos dle exchusio e de “sobrevivncia” no sistema de ensino (Zao, 2000), {A pesquisa se volta entio para dimensOes mais resritas da reali social 4 mesmo femnpo em que procura manter relagio entee 0s planos macro e microssocial. Ao lado das condigdes escolares © sociais da populagio, nfo se podem s extruturas da sociedade bern como 3s polticas educacionais que sinda nio dersm conta de garantir a tlemocratizagio do acesso a0 ensino, exn todos 0s seus nivels, e 20 saber escolar. Com esis preocupagies, realize! o estado que constitu» de doutorado sobre pattcipagio de cians jovens no ta rural ¢ os projetos escolares ¢ profissionais para os flhos dos pequenos produtores rurais, No caso especifco dese estudo, diversos elementos indicam gue as questées estudadas nio podem ser tratadas em biocos monoliccos: as con produtor, como sua condicio gad 4 posse ou nfo da terra, a extensio da propriedade, o nivel téenico ¢ tipo dle producto ¢ outras cxpecificidades ligndas 8 organizagio familiar (como fo miimero, o sexo e 2 idade de seus membros) e, num ovtzo plano, is ‘condigdes de ensino nas reas rurais (ZAG0, 1989). Essa preocupagio de trio estudara relagio dos estudantes com institwigo de ensino e 0 sabex escolr como um bloco indiferenciado norteou também meus estudos posteriores.? texto, nese caso umn batvo da pesifria urbana, ma estatégia que em wn primeiro momento se evidenciou pertinence para diversificar a populagio segundo sua condigio social foi a moradia: um ancia na favela © outro de moradores de habitagdes populares." indo, ese critério se revelon importante pois reunir fa 10 mesmo tempo que ofersceu a oportunidade de inchuir uma populagio oriunda de outros municipios ¢ regides do Estado." Assim, os critérios qualitativos adotados fvoreceram a selecio de um grupo heterogéneo dentro de um bairro popular. rela 19 bairo, os lugares soci conformidade com os padres dominantes, mesmo com renda superior a de seus vizinhos, so distintos. Esses elementos que conferem tuma posigio hieriequica a certos segmencos da popalago em relagi0 a efeitos importantes de disciminagio e segregacio iis entre moradores e entre estes € Jovens oriundos de meios populares que fegiientavam o Ensino Médio, os alunos foram selecionados com base em denomsinadores eomuns do ponto de vista socioeconémico e cultura: 10s € escolaridade no superior 20 pelo tipo de curso que feeqiientava (formagio para o vestibular ¢ magistério) esas pesquisas c ad sobre a tealdade escolar do conjunto dos mos. Considero esse cxtério fundamental se quisermos afinar a anélise sobre os processos de escolarizagao, tal como jf foi aludido, Nesse sentido, nio se podem s possiveis variagdes no interior de um mesmo grupo social ¢ Num pélo encontramos familias cujos filhos der m historico escolar altamente defisado na relagio idade-série e, muitos deles, com interrupeio dos estudos antes de concluir o Ensino Fundamental. No outro, identificamos fanilias cujosfilhos freqtientavam, ce. Entre esses do existe arte A earnest € eu PROCESSO DE CONSTRUCAS. rmvitas varingbes. Uma pesquisa sociol6gica mama perspectiva qualitativa deve possibiliter s compreensio dessa realidade heterogénea, contradi air em determinismos sociologizantes ov psicologizamtes das condigbes socio. cas ¢ culeurais, a composigio mero de filhos, 0 sexo © a faa etiria de cada uum deles, entre outras de natureza objetiva e simbélica, tem nplicagdes na vida escolar, Como observa Lahire: Quando smudamos 0 foco da abjetiva € pretendemos considerar 28 faunlias que normalmente 1¢ tornam equivalentes 133 nga do ponto de vista de propriedades sociais gerais (por exemplo, capital es {Smico}, entio nos damos con rds simples nos procesios que conduzem is ficilidades ou escolares (1997, p. 32). Os casos gh : informe pesquisas jé citadas, ppermitem mostrar variagdes nfo apenas entxe esttatos da populagia mas também no interior de um mesmo grupo familisr. H portanto limites para os resultados da pesquisa quando tomamos 0s dados escolares de apenas um dosfilios c, com base neste, trams conclasSes sobre a situagio escolar de um grupo social Considerando dados objetivos como a regio idade-série, poderiamos deduzir que a situacdo escolar dos irmaos Mirio (18 anos, 3 série do Ensino Médio), Wilson série) ¢ Luiza (12 anos, 6 sézie) 6@ muito proxima, sobretudo se considerarmos que nenhum dele interrompido os estudos ¢ apenas o segundo hav entanto, quando nos aprofindamos em cada caso em particular, tentando compreender 0 significado e as priticas escolares, as diferengas ficam mais evidentes: Mario, desde 0 Ex ndamental, teve sempte resultados fav wduzia sua vida escolar com determinacio, enguanto Wilson ¢ Liza mantinham wma relag0 mais distante com a escola e com seus estudos. Nos dois c3s08, a8 recuperagdies foram ume cconstante.* © Todor of nom > conti Florsndpalis, Zage (2000 de ambos seguit Ensino Fu: pas apés esse nivel t uma escolaridade proble 7 séries ¢ interrompeu os estuclos sem conchuir 0 Ensino Fundamental Graga, apés as quatro primeiras séries, eve um hist6rico escolar bastante istinto do irmio, cor e tinha projeto de ental ¢ médio com sucesso. © que fica ‘9s inmiios nfo percebem da ‘mesma forma ara eles 0 fato de estudar. O objetivo dolimitamos para o estudo e os procedimentas teérico-metodaldgicos adotadas para conhecer determinado universe soci ‘Com a definigio dos principios até aqui assinalados, volt a atengio para o que constituin © principal instramento de coleta de dados de sminas pesquisa: entrevista. Nio é inoportuno lembrar que a construgio de um trabalho de cas a ae 0 esta le descrita nos manuais de etodologia, Sobre iso vale retomara abservagiio de Becker (1997, p. 12} “Os principios gerais encontracos em livros ¢ artigos sobre metodologia Sio uma ajuda, mas, sendo genéricos, nio levam em consideragio 3s aguilo que sio de modo finico”. Sendo inico, muitas respostas 3s questées ‘que se apresentam na fise de coleta de dados vio sendo encontradas na pritica concreta ena dinimica que o pesquisador vai dando ao seu proprio trabalho. Nesse sentido, hi uma relacio dlialética permanente entre a para a interrogar. E nesse quadco que passo a destacar um conjunto de preocupacdes¢ procedlimentas que nortearam a pritica da pesquisa empisica 4 que acima me refer, consegiientemente, da producto dos dads. Entrando no campo da pesquisa empirica © pesquisador experimenta, em cada novo estudo, o que scredito no as wwe pata fazer parte do trabalho? estudo? Esses questionamentos tém suas razSes, 1¢ pretendemos incluir no trabalbo aderem aos fre outras razées, algumas de carter pessoal {sentimentos relacionados 4 sua condigio social, temor da repercussio que o depoimento possa causar etc.) fazem com que certas pessoas se squisador ‘outro local de estudo. A intengio ni ritio: € chamar-hes a atengio para a influéacia sobre os resultados sua formagio em pes desenolar conforme planejado ¢ desse modo esti proceso de constante construgio. Nos informantes podem sem nos, Para obter éxito lade cinteresse pelo que fazemos, o que— iga-se de pasagem — no € sempre evidente nas Ciéncias Sociais, nos encontrar um terreno que favoreca a produgio dos dados e pode exigir mais empo do que o previsto. Dificuldades,e maior ou menor gr30, Especificamente no meu modo particular de trabalho, em cada pesquisa procuro entrar em contato com pessoas que, pela posigio que ‘ocupain out conhecimento que detém do local estudado, podem a 1no mapeamiento do campo ¢ das pesoas-chave para 0 estudo fhm pritica de selecionar as fais através da sco por intermédio desta podemos is tendencioss,sobrenado em se aquaissabemos recat none tern de difculdades de descoberss que pass a sitar fundadores da produgio da pesquisa, em expec icerpessoal da entrevista, a relagdo entte entrevista e observagdo € a atengio com os sgniicados e com as bs sets soci {RARIOS DE FESOUISA A entrevista como instrumento principal da pesquisa A literatura voltada 4 metodologia da pesquisa nas C38 « Sociais tem dedicado atengio & entrevista, a suas diferentes modalidades, 1 seus limites e possibilidades na compreensio da realidade. Embora essa produgio possa sepresentar um auxiliar importante par legema entrevista como recuso de trabalho, dela nao podemos esperar encontrar receitas que possam ser transpostas dirctamente para todas as sitaagies. A regra & respeitar principios éticos ¢ de objetividade na pesquisa, bem como garantir 3s condigdes que fivorecam uma melhor aproximagio da realidade social e s sabemios que nenhum métod ide captar 9 problema em todas as suas dimensbes, Apesar esses cuidados reiterades nos livras de metodologia, no ignoramos que parte considerivel da produgio da entrevista e do aprendiza adquirimos sobre sua condugio se opera no processo concreto da investigagio. Aproprio-me de uma citagio pre pois sintetiza o que aqui quero dizer: “O melhor apres social fazé-la; mas, preferencialmente, ‘fuzt-la sabei faz" (Conn, ap, Ouvers, 1998, p. 22). Ness perspectiva ¢ em outras que serio aqui apeesentadas sobre a pesquisa qua modo como como princi ‘Amplamente utlizada nas Ci8ncias Humanas ¢ Sociais, a entrevista & empregada conforme diferentes perspectivas te6ricas, razZo pela qual cabém se d 10 a08 objetivos e modbalidades de condugio” Portanto, a escolha pelo tipo de entrevista, como & também o caso de ‘outros instruments de coleta de dados, no é neutra, Ela se justiica pela necessidade decorrente da problemitica do estudo, pois € esta que nos leva a fazer determinadas interrogagdes sobre 0 social e buscar as estratégias apropriadas para respondé-las. Definimos entio a natareza da entrevista e a maneira como ela seri conduida para melhor se ajustar variedade reforgar essa idéia: "Cada pesquisa prod objeto cientifico ¢ uma utilizag3o adaptada dos instramentos: a entrevista ro deveria jamais ser empregada exatamente da mesma maneira” ‘A euTpEVSTA SEU PROCESSO DE CONSERUCAO Dentro dessa abordagem 0 pesquissdor se apropria da entrevista no como uma técnica que transpSe mecanicamente para wma sitwago de ox, mas como parte integrante da cons de estudo, Esa constragio implica uma interdependéncia dos diversos bprocedimentos associados a0 proceso de producio dos dados, o que sua problemati 31, passando pelo estudo da realidade e pola ados. Desse modo, embora possi ser adaptada a uma diversidade de situagies ¢ € se inscreve em um quadro conceitual especi Considerando a variedade de entrevistas e a peculiaridade de situagio em que é utilizada, procuro aqui 10 tenho me ropriado desse instrument nas pesquisa sobre excolarizagio, O ramo {que o trabalho foi tomando tem relagd0 com as deseobertas que a prop! jdade pesquisada proporciona, 20 mesto tempo que questdes tedrico- metodologicas, apoiadas nas novas abordagens da Sociologia da Educag problematizavam tanto a busca de in tanto a forma de erpretar scus resultados. Sabemos que 2 cestadada soffe um processo de amadurecimento, demanda grande folego, como nos disse Bourdiew “que se realiza ‘pouco a poulco, por retoques socessvos, por toda uma strc de comrecgSes, de emendas, sugeridos por o que se chama 0 quer dizer, esse ticos que orientam as opges ao mesmo tempo Paso entioa defnir os contomos da entrevista, o que no coztesponde de forma alguma a idéia de modelo pronto a ser utiizado, Esti claro também que as simples denom estruturada, entre outras, no sio suficient estas se refetem aos aspectos priticos ou téenicos de c caracteristicas da pesquisa qualitativa ©, dentro desta, da entrevista compreensiva,” & permitir a construgio da problemitica de estud CGutante o sew desenvolvimento © nas suas diferentes etapas, Em rar disso, a entrevista compreensiva no tem. uma estrutura rigid sides previamente definidas podem softer alteragdes c direcionamento que se quer dar a investigagio. Esta uma das principais caiacterfsticas que me aproxima desse recurso nos estados que tenbo realizado, To sean “comprocnsve” & adoro no tensida webessno (Kavenann, 19%). 296 InnicrAmos 0: pesquisa A entrevista compreensiva define ido de fizer pesquisa que difere do modelo clissico, estandardizado: definigio da problematica na fase que antecede 4 co hipéteses; amoste fo para representa ‘com questdes io impessoal do pesquisaddor que, centrado no igor todo, trabalia com pouca margem de variagio de uma entrevista a outra (KAUrvanny, 1996), Na entrevista compreensiva, o pesquisadar se engaja for investigagio € a compreensio do social e, de acordo com este, o que inceressa a0 pesquisador é 3 riqueza do material que descobre. Por todas essas difere Kaufinann (1996, p, 20), a entrevista compreensiva “inverte as fases ronstrugia do objeto: a pesquisa de campo nio é mais unia instin de vetificagio de uma problemitica preestabel pastida desta problematizagio”, Apoiada nese mes ainda destaco: a logica do con antes que este ou aquele elemento seja utlizado separadamente; can nétodo e teoria no sdo camisas-de-forca que dominam o pesquisador ¢ ;pediem descobertas de novos caminhos, Mas se tais carncteristicas proporcionam margem de liberdade tendncias espor formalismo metodolégico para assim se deixarem levar pelo immpressionismo e 28, que protestam contra ar todo esforgo de rigor & como um conjunto de técnicas de pesquisa. O sentido dado € 0 da orientagio teérico-metodol6gica que sustenta e di sentido aos nos adotados pelo tral investigagio, O método, ‘observa Oliveira (1998, p. 21), “envolve, sim, tos © processos, nos quais se apéia a reflexio”, Na seqiiéncia da perspectiva qualitat em trés questées que considero importantes nesta reflexio sobre a entrevista ¢ sua utilizagio nos estudos sobre a relagio dos atores soci A farmevst4 & seu paocesso oF coerRUcAO 297 de entrevistas a A primeiza diz respeito a0 niin var. Segundo « penspectiva tedrico-metodologica que apdia este capitulo, nio € possivel responder a esta pergunta com base ém cileulo matemitico, O nimero 4 comsiderat n3o @ independente dos propésitos do estudo, de stia problemitica e seus fandamentos. Por isso mesmo, observam Beaud ¢ ‘eber (1998, p. 177), 0 ndmero é um falso proble ‘num mesmo plano entrevistas com statas muito diferentes, com objetivos diferentes. Ao adotaxmosa entrevista em profundidade, a intengio aio ¢ produzir dades quantitativos, e nesse sentido a entrevistas nfo precisam ser mumerosas. Se o que (os mesmos autores de, nese caso, 998, p. 177), precisamos “fazer lo 0 leque do meio pesquisado”. Nessa mesma Kaufmann (1996) observa que o erro a evitar € a generlizagao com base em uma amostra mal formada."" © ideal é ponderar os critérios de ssbendo que a amostra alo serdrepresentativ 2 pesquisa wevistas redo, tagio do niimero de entsevistas lem do método escolhido (conforme acepcio anterior) e, uma ver do, deve-se entrar na sua légica. Se consideratmos gue ‘cada responde a uma maneira de pensar ¢ de produit aber que entrar na logica do método qualitative @ desse modo, nio podemos pretender a aplicagio dos mesmos procedimentos das interpretagSes esttistica evista “se insceeve em outro modelo de construcio do objeto” (id, ib., p. 26). querendo dizer que os dados Com est ima dicotomifa entre quantitative /qu criticada (Bournist:, 1989; Beau ¢ Weuen 1998; Baanpdo, 2000) Em um estudo recente com jovens do ior de alunos para, num segundo momento, aprofindar as informagdes com entzevistas, que se distinguem do questionério quanto aos seus objetivos. Uma das caracteristicas da entrevista € asegurar informagSes em maior profndidade do. Como ex=mple de disorsfo na composite da ceando que #2 p populagho co 298 IDNERARIOS DE PESCUIEA garantir um instrumento com questies fechadas, Dados estatsticos sobre a reilidade mais global dos jovens asim como resultados de outtas pesquisas se revelam importantes para estabelecer aproximagSes e diferengas nos resultados obtidos, ha citagio abaixo: Os métodor q) deserever sis com que por fangio comp edit: nio se deve pois pro mais do que podem sobre um campo que nio & 0 ur mais do que ear fazer tro lado, 0$ resultados devern ser rey dos com o que é obtide por outros is clissica anzlise estatstica profundidade ou observagdes ctnogrificas!” (BOURDIEL, 1989, No entanto, essa liberdade ce poder asociar procedin tiveis somente se. satos aparentemente Stifica se observarmos, conforme acrescentors lincia das condigSes de utilizagao das ‘éenicas, da sua adequagio a0 problema proposte e as condigdes do seu emprego" (Bounpiry, 1989, p. 2 io na pesquisa isto 6, 0 vigor neces Com esas ragdes, Passo para a segunda questio: a relagio insepariv em outros recursos cuja fangio & complem 08 angulos de observacio ¢ a condigio de produgio dos dados. Nesse sentido, rma vez que é mo quadzo da te cabe 2 cada uma delas (Beau e Wenen, separagio entre as duas, pesquisa que se define 1998, p. 177). Em meus estudos, essa relagio de complementaridade entre os dois ada escola do local da pesquisa, Umma mas famiflias e também com jovens consiste em realizar, sempre que possivel ncias. Por se tratar de uma relagio interpessoal e ser 1 20 I de moradia dos pesquisados, a entrevista oferece um material de observago bastante rico. O local é uma condigo importante na producio. dos dados, podendo ficilitar ou produzir constrangimentos. Os efeitos dessa escolha serio certamente distintos se 0 encontro 6 asa do informante, na escola ou no seu local de trabalho. Assim, uma das vantagens de a entrevista se realizar nas residéncias dos informantes é A ExTRGWSTA E Seu PROCESSO DE CONSTRLGAO 299 reduzie a0 miximo 38 interferénciasexteriores na produgio do discurso €, a0 mesmo tempo, failitar a conversagio para que esta posa ocom sais livremente, Outra vantagerh dessa escolha € a obtengio de dados sobre as condigSes sociais © econdmicas das familias. Considerando a renda freqlentemente iteegular em virtade do cariter de informalidade cada vex mais feqiiente nas relagSes de trabalho, mui 2s pela observacio, Um outro recurso ver se agregar 3 A observacio: um questionini para registro dos didos que caacterizar a populagio estudada, tomando-se desnecessirio lembrar a importincia dessa contextualizagio nos estudos sociologicos."* informagies sio reve evista icat © uso firegtiente do gravador nas pesquisas fstas, pritica essa que exige uma negociagio com 0 informante, para obter sua aprovagio. A gravagio do material é de © pesquisador est mais findamental importincia pois, com base ne! livre para concuzir as questdes, favorecer a relagio de inte avancar na problemat Fe regisoo rem uma fung abé pemnitir novamente escutar as entrevistas, reexaminando seu conte‘ido, A terceita questo refere-se 20 estado das priticas escolares para aprender, além dos significados e das formas de investimento escolar, Estas podem ser apreendidas por meio da entrevista” ¢ por perguntas nos a perceber a coerén cexplicitar, de forma mais cara, 0 modo de participagio das familias na educagio de seus filhos ¢ também destes em sua vida escolar. (© estudo sobre as priticas permite desmistificar idéias infundadas como a desmobilizagio escolar ou a resignacio das camadas populates diante da educagio. Os termos “participagio” ” go bastante AMos DE PESQUISA dale culeral de seus membros. Nese sentido, do termo “pantcipas forma de os pais sex coma escolarizagi0 dos filhos no est Jones, on se, relacion 1989), duvidando das eategs ‘i existentes, conforme tem sido mostrado: Jos ensinow que as priticss dos “dominados” sio “dorainantes": elas zadas sejarm idealizadas (populismo). ador no meio estulado (..), de-vsta sobre 0 objeto, ihumina 4 complexidade dis pritca, revela sua densdade Beam ¢ Wines, 1998, p. 9). Essa mudanga de perspectiva sugerida por Grignon e Passeron faz 0 etos, contextualizados € to do que eles fazem sio também investimentos escolares, modos de participacao, embora nem sempre em consonincia com_o que & considerado ps escola, F preciso entio romper com os ensuadzamentos abstratos de dis como “interes” ¢ “participagio” para que gine visbildade a daqueles que nio esto resignados diate dos mecanismos de pr imento dos pais ida apriorsticamente, pode dar hagar em jento de outros modos de intervencio, Sem entrar nos casos Jaridade das pricas envolvidas, se revestem de um carter & possivel citar exemplos recorrentes nos estudos, ar a idade de ingresso dota} filho(a) no trabalho para nio prejudicar seus estudos ou de muitas outras que, diante do baixo grau de instrugio, nao acompanhavam diretamente 6s deveres escolares, mas adotavam outras formas de se fazer pres foxse no plano mais subjetivo, como a insisténcia em transmitir 0 valor I da educagio para encorajar a pi ia na escola, fosse conttolando a assidnidade e 0 cumprimento das tarefis de casa, Também io podem ser aqui esquecidos aqueles que lutam por uma bola de A ernest & SHU PROCESSO DE CONSTRUCAC estudos ou investem na escolha de um estabelecimento pablico para suas chances de acesso ao Ensino Superior. Olhar “nism outro epresenta esse esforgo do pesquisador em problematizar 0 gue The é familiar (Vits10, 1978)" para compreender a re metamorfosed-la, Entrevista: uma relacao social singular Uma relacao de confianca A entrevista se desenvolve em uma relagio social. Nesse sentido, © pesquisador no pode ser interpretado como se ele no fosse tal pessoa, pertencesse a tal sexo, etnia ¢ profissio, ow ‘ainda, como se nao use determinado lugar na sociedade. A entrevista expressa realidades, sentimentos ¢ cumplicidades que tramento com respostas ‘standardizadas poderia ocultar, eviden dada neutralidade Gientifica daquele que pesquisa, © encontro com un interlocutor exterior 0 universo social do entrevitado representa, em virios casos, oportunidade de este ser ouvido € poder filar de questdes sociais qui Aisecamente, Essas questdes podem dizer respeito a0 content como as relagSes sociais no baizro, mas também a probles abrangentes como a viol feito das greves do ensino pablico, as incertezas sobre o futuro, Concordo assim com Beaud ¢ Weber (1998, 180) quando dizem que o problema na pesquisa nao esté no fa pesquisador ser um elemento estranho 20 grupo pesq) justamente por nio fazer parte di ide vizinhanga ete,), esa condigo o coloca em wma posigio objetiva Avorivel. No rio nossos 5 seus interlocutores, porta-vozes de suas reivindicagdes, 0 sinaagdes para ilustrar essa observacto: ‘Um pai entrevistado gostaria de obter informagio sobre proced nto a midia fizia gwande formagées sobre a6 possbilidades evi as acima descritas nos colocam frente a situagSes ‘em relagio s quais no podemos fazer de conta que nada ouvimos ainda, dar uma resposta evasiva para garancit o distanc a responder ‘ar, quando do meu conhecimento, alternativas possiveis para 0 que m. Como conseguir 0 engajamento reivindicado na pesquisa se a Tambémm sempre me spresento como profestora univenstiriae resp 4s perguntas que surge sobre meu tebalho e inka pessoa. Beaud e Weber (1998, p. 217) lembram que, cm ver de se deixar paralitar pela nogio de neutralidade, 0 pesquisador deve estar preocupado em obtera confianga a ee ue se estabelece entre centrevistador ¢ entrevistado decide 0 d ratureza das i seu artipo ~ ene diversos autores sobre a idéia de que as boas entrevistas estar ae HOS jonada 3s quests ds tenia cde condo e mais} epaciade de Sher on Boe os coe cnet compel a ‘eats de um mater p. 208), : ia © grau de implicagio do informance depende muito da confiana que ele deposita na pessoa do pesquisador e, evidentememte, de como se sente na situaglo da entrevista, Garantir essa qualidade tio nocessiria nio é tarefa simples, uma vez que em seu desenvolvimento varios fitores estio implicados, parte (curiosidade, eriativida les relacionados 4 pessoa do pesquisador extrapolam sua atuago, Por outro Jado, a A.rutnevsra € seu mocesso dada deade o inicio da eonversgio, mas vai sendo poueo a poco consiuida Desde o momento inci éfandamentalescrecer oxcbjecvos th perguao desino as informagBes,oanonimato de pessoas ligare, dlémt go hordrio do enconto © tempo provive de duragio. Exes teclrecimenton ¢ compromisos fazem parte do acordo inicil entre posgusador e pesquitado, que é preciso rexpetar. Tatmbém no so sem Enportinea a apresentacio pesoal do pesgutador ¢ desenvolve a entevsta, sto 6, a dindmica de Para possbilitar maior confianga ma celagio enteevistador/ nnuovitado, eda memento €acompanhada de uma dbseracoc gue vai dando 2s coordenadas sobre a melhor fo convenagio.E precio ndo do entrevista o hogar central dloenconto , porivo meso, um elemento fndanental €amaafetagso deinterese pela sua peso osu dicuno, Esse interes &indsocivel Gh capacidade da seta do que dito ede no-julgamenco, Pia avorecet 4 produgio do dscuso "o pesquisador deve equecer tot Jo a descobsir, cheio de rqueaas desconheckdt amo trabalho de campo, auxiiam 0 sub confianga tio necessiria e, por isso mesmo, sempre prada nos livios de metodologia da pesquisa, Minhas experitncias im mostrado que, a partir do momento em que o pes reende © objetivo do taba xe oe(ewa, ele cooper, io se furtando a responder ¢ a argumentar sobre as questdes da pesquisa Organizagao e dinamica da entrevista ‘A margem de berdade necessiria & produgio do discurso comesponde a uma condugio anirquica da entrevista. A fle faz parte da logica do método vista compreensiva, tus & importante demonsear, na 40, uonde 0 pesquisador quer chegar. Dai a imporsincia de termos um ponto de partida € ‘garantirmos esa condigio mediante um roteiro de quest6es. En ‘pesquisa organizo temas e, dentro destes, quest®es mais espe processo auxilia na definigio da problemética, ajuda a hierarguizar assuntos on tems, separand tral do que é pesifxico ma Iravenanos os pscasa Procuro conduzir a entrevise de forma a torni-la proxima de uma discussio, escarecendo desde 0 inicio que aquele encontro nio & para Jevantar conhecimentos do tipo escolar mas para falar de questies que os informantes vivenciam cotidianamente. A riqueza das respostas ex jtamente ligada a0 interesse que 05 temas ¢ o desenvol da eevista representam para a pessoa. Para facilitar a conversagio, roduzo inicialmente questbes mais gerais de interesce da pesquisa, procurando assegurar um grau de maior descontra¢io, para entio passar para aquelas mais especificas sobre a escolaridsde. Com os paii, lango com interesse de conhecer a histéria da familia, sua procedén geogrifica, entre outras, enquanto que com os jovens é dado um tempo 1a filar de suas ocupagées no-escolares, como o trabalho, o lazer, para depoi relagio cr fi previsto, produzindo 30 de duragSo de ead fam normas a respeito, o tempo é um elemento sportante para permitiro aprofundamento do que est sondo investigada bm a rng, Jembram Beaudl e Weber (1998, p, 195), dere ama di ado. Mesmo nio estando todo o tempo voltado para os temas previstos, © encontto como um todo fiz parte do proceso de construcio da entrevista, Muitas vezes o inicio ganha um tom mais formal, sendo necessiio intervir além do desejivel para de er de for mais descontrafda a ponto de a presenca do gravador nio parecer um obsticulo. Nio taro, quando aparentemente concluimos a entrevista © damos um tempo para uma conversa mais despretensiosa, sargem dados tes sobre a escolaridade, entre outros relacionados 4 problemitica n qluestio. Bim situagdes como a que se segue niio hesito em retomar a savacio para no perder a informacior Cheguei na casa de Ana por duas horas Em outras o tempo de ps A entrevista mm momento paliticamente efervescente no baitro, com presiées de todos 05 lados para impedir a pemmanéncia das familias que 10 pessoa atuante no rnovimento, Ana tisha muito ieogeticos sobre a esol sio reduridos. 8 pat forneceu evid cocasies volte a ligi-lo para nfo perder revelava (Diizio de campo, Segundo Kaufinann, quando © quacro formal da entrevista é como que esquecido, se aproximando de um ssago, pociemos dizer que o nivel de profundidade (0 smo tempo adverts lito, se rar numa verdadeira ir em uma equivaléncia de porigdes: cada um dos pel diferente (o}. © pesquisador entea no mundo do infar nga (1996, p. 48, 52) © pesquisador, segundo © mesmo autor, deve “se ele pode a cada instante fizer melhor, aprofindando su interior dela mesma” (KAUFMANN, 1996, p. 49). Para encontrar boa. & necessirio manter uma escuea atenta, interessada, conforme ji foi assinalado, e refletir durante a f ‘lacionandl as questbes com 6 diseutso dos informantes. Por isso mesmo, colocar boas questdes nao se comma tio evidente pois esas no estio necessariamente defi Uma ensrevista que comega mal, en pode depois de uma boa pergunta Entre o inicio ¢ o desenrolar da entrevista podemos notar essa mudanga, niio se processa numa relagio de “sentido linear, Esta é a razio pela qual ro segue uma estrutura rigida pois repres de ser conduzido o fechado impede todo o imprevisto e o desencad que é propria a cada encontro (Brau e Weser, 1998, p. 206) Tratando-se de uma relagio social, temos que contar c realidade viva sujeita a imprevistos, os quais, com freq pistas importantes para a compreensio do fendmeno sevelam a singularidade de cada entrevista. Dependendo da importincia 306 inneRARIOS Be esqUEA «que sentimos em esclarecé-las ¢ aprofiondé-tas, va foi previsto no roteito inicial. Porém, cuiéados sio sempre necessitios Nio se trata simplesmente de estender evista a todas as dizeedes O imteresse € acrescentar questdes que a io sugere quando estas tém relagio com a problemitica da pesq uma dinimica de conversagio mais rica do que a simples respo ss formuladas, a0 mesmo tempo permanecendo 20 MANN, 1996, p. 4 (© pesquisador prope um tema ¢ intervém para encorajar ¢ relancar as questées, solicitar mais esclarecimentos do que é dito. Segundo cada formagdes complementares, por ext possiblitem a contineidade do dis miexo de ajustamentos ¢ redefinigdes (BlaNcher e GoTMAN. 1992, p. 22), poss wes (BEAUD ¢ Wenn, 1998) base no que dizem os informantes. Para chegar a ese nivel é necesirio ter una boa assimilagio da enitevista, saber © que se quer sleanrar, conhiecer bem seu roteiro para justamente nfo ficar resto a ee. A medida que a pesquisa avan condugio da entrevis dispensando a consulta estrita ao roteiro, No mict: 380 especifico, final se ra conchusoes parciais e, para ‘er seu roteiro regalarmente § cri sugere Kausimann (1996, p, 46). Nesse ser 10 vai sendo submetido a uma anilise constante. ras entrevista, € fe dar um tempo, vever o material para afinar questoes previamente definidas. Co elhorar a condugio das entrevistas, um procedimento ira entrevista gravada e transcrevé-ta, Podentos assim ‘A tnraevsta & SEU PRocess0 DE CONSTRUGAD axpectos aos quais no damos suc ee condte tm conor 1 panva em momentos iaproprados, geri espostas ou nfo dar a devida importincia a uma idéia nova ¢ qu imereceria ser explorada. Outro cuidado € no introdusie um mitntero texcesivo de questdes para nio desencadear respostas breves e supeficiais, som engajamento pessoal (Kat 1996, p. 45), Por toda essa atengio do pesquisador numn trabalho de campo dessa nacareza, lntivo realizar, num s6 periodo, muitas entrevists A pritica do trabalho tem mostrado que, 20 mesmo estamos revendo 0: os ¢ a conducio da coleta de dados, = 0 obj n sntos de reflexio sobre os dados obtidas sio freat ricos ¢ parecem essenciais para firmar os procedi do trabalho de campo ao mesmo tempo que a entievista ¢ a problemética ganbam em predisio, A literatura sobre entrevista € bastante at claborei nao teve por objetivo fizer um apanhado dessa prod articular um certo mimero de prin ‘nusma entrevista com a experiéncia concreta de sua realizacio. C Give especialmente a seg ormativos que muitas ¥% : 1) efozear aidéia de entrevista como parte de urn conjunto de questOes que, como tal, nfo pode ser pensada isoladamente dos fundamentos da nar o compromisso da pesg} « . alha. Ao fazé-lo, Cennmente deine’ deter cont Sipe teva pane de mens essen, Page tm camino que com o aval spend temo, mas por nio poderncs debar de olor vende” dhnte des dexcoberas revels, aj pla Iitua de autres 2, que tam outs formas de com a qual encerro o presen A pesquisa de campo co: ead Tnwens0s 0¢ pscusa do mesmo jeito que entramos porque, como pesquisadores, is dese processo de ¢l ate Referéncias bibliograficas » Ss Wane, F. Guide de Ken, HLS. Método 1997, Buancuir, A, (org) L’o Brancner, A; GomMan, A. Lips (org) A Buancko, Z, Ene questionstios Gy Zaco, N. (orgs) Dunu-Brttar, M.; Van ZANTEN, A. Sod Cal Fonquin, J. C. (org) Sia Vores, 1595, 999, Gricwon, Cs PASSERON, J=C. 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