Cap. X. Vidro

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Capítulo IV- Vidro

O vidro se fabrica ao mesclar vários silicatos de sodio, calcio y chumbo, esquentados


de maneira conveniente a elevada temperatura até a fusão, e que depois de esfriado se produz
um material amorfo geralmente transparente, duro, estável e frágil.

O produto que chamamos vidro, é uma substância normalmente brilhante,


considerada como um sólido amorfo, porque não é nem sólido nem líquido, mas sim existe
em um estado vítreo.

4.1. Industria do vidro

Atendendo ao processo de esfriamento, pode classificar-se como vidro recozido (ou


comum) e vidro temperado.

Vidro cozido: depois da fusão dos elementos componentes, sai do forno e é


submetido a diferentes tratamentos de recocido (segundo o propósito) para atenuar as tensões
que se produzem durante dito esfriamento.

Vidro temperado: o recocido é submetido a processos térmicos por aquecimento até


plastificação, com um esfriamento brusco. Isso mediante o resultado apresenta propriedades
mecânicas muito apreciadas; sua ruptura é por fragmentação diminuída (pequenos pedaços).

4.2. Matérias primas

Partindo do fato de que os principais componentes do vidro são a sílice, a cal e outras
pequenas proporcione de metais, é que como:

Ácido sílico: utiliza-se o quartzo, cuarcitas e areias o mais livres possível de ferro e
finalmente pulverizados.

Cal: empregada em forma de pedra calcária, mármore ou creta.

Álcalis: em forma de sulfatos, nitratos e carbonatos.

Chumbo: como mínio.

Fundentes: utilizam-se o espato flúor e a criolita.


Os componentes principais do vidro, como já se disse, são produtos que se
encontram facilmente na natureza.

Os secundários, confieren-le propriedades especiais ou para facilitar o processo de


fabricação. Da mescla destes materiais secundários com as matérias-primas básicas na
percentagem correta se podem obter diferentes tipos de vidro, os quais podem ser
classificados de acordo a sua composição química. existindo numerosas composições.

4.3. Etapas da fabricação

A fabricação do vidro compreende as fases que seguem: preparação das misturas,


fusão, descoloração e recozido.

Preparação das misturas: As matérias-primas, antes mencionadas, trituram-se com


moinhos de bolas ou cilindros, misturando-se de maneira mecânica; podem ser incorporados
também pedaços de cerâmica ou vidros quebrados, de modo que a fusão se inicie com as
proporções de materiais precisos para a classe de vidro que se pretende obter.

Fusão: Faz-se em diferentes tipos de fornos: intermitentes ou de crisóis e contínuos


ou de cubeta.

Fornos de crisol: Formados por uma câmara revestida de tijolo refratário na qual se
colocam os crisóis de material também refratário, para introduzir as mesclas à medida que se
produz a fusão.

Fornos de cubeta: Por reverberação, cuja soleira forma uma grande cubeta refratária,
em que se carregam as matérias primas mescladas; chama-a se vai dirigindo para obter uma
fabricação contínua.

Depois de fundida a massa de vidro se esfria até 1 250° de maneira que adquira a
viscosidade para que seja trabalhada mediante o laminado, soprado, estirado e prensado.

Descoloração: Emprega-se o ácido arsenioso, salitre e o bióxido de manganês, este


último denominado como sabão do vidreiro, por transformar o óxido ferroso, que colore ao
vidro de cor verde, em óxido férrico que lhe dá um tom amarelo ou violado, quase
inapreciável.

Coloração: Se alcança com a adição de diversos óxidos, ocorriendo a equação


seguinte: 3SiO2 + CO3CA + SO4Na2 = 3SiO 2 CaO Na2O + SO 2 + CO 2
Recozido: Os objetos produzidos de vidro devem ser esfriados lentamente para que
não se produzam tensões internas de consideração, próprias, estas últimas, de um esfriamento
irregular durante a fabricação.

Este recozido geralmente se consegue colocando as peças ou elementos em fornos


alimentados pelos gases desprendidos do forno de fusão, a temperaturas muito próximas a do
reblandecimento e as deixando esfriar com lentidão.

Quando a fabricação responde a uma tecnologia mecânica se empregam fornos de


túnel contínuos e colocando os objetos em uma cinta transportadora que realizam um percurso
pre estabelecido, em um tempo já determinado.

Elaboração e moldo: Depende do tipo de vidro que se programa obter, de janela


(estirados ou soprados), luas laminadas, vidro de garrafas e outros recipientes, para óptica e
aparelhos químicos.

Hoje em dia o vidro plano soprado se faz mecanicamente a partir do emprego de


máquinas especiais e verificação automática.

O vidro plano coado se obtém laminando uma massa fundida em estado pastoso,
entre dois cilindros ou entre este e uma mesa, os quais podem ser lisos ou gravados
(ornamentais).

4.4. Vidro comum

Têm superfícies plainas, de alta transmissão luminosa, claridade óptica, podem


temperar-se ou laminar-se e constituem a base para a fabricação de outros tipos de produtos
vítreos: de capa, espelhos, objetos decorativos, temperados, laminado e de dobre
acristalamento.

Fabricação: em espessuras que vão de 1,8 até 15,0 mm; neste processo a espessura
indicada se controla através da velocidade em que cai coada, ao banho de estanho, para o
processo de lenta solidificação ao que se submete.

4.5. Vidro de capa

Em sua fabricação a base é uma lua incolor (ou colorida, conforme seja o interesse)
em que se depositam várias capas magras e sólidas de materiais inorgânicos.
Podem-se laminar, temperar, ou endurecer térmicamente; dependendo da disposição
de capas requeridas.

As caras são paralelas; existem em grande variedade de tonalidades, dependendo do


vidro apóie; estão destinados a controlar temperaturas altas em tempo de calor e a satisfazer
um nível adequado de isolamento térmico; dependendo do tipo de cada capa (dura ou mais
branda) pode ser instalado para seu uso como vidro monolítico, laminado em dobro
acristalamiento ou tratado térmicamente.

4.6. Vidro de seguridade

Formados por dois ou mais vidros unidos mediante a intercalação de uma lâmina de
buteral de polivinilo-PBV (película ou capa muito delgada de plástico que assegura uma
perfeita união por aderência e resistência durante a ensambladura mecânica de dois vidros que
se submetem a um processo de laminação).

Estos vidros são utilizados para qualquer tipo de cerramiento, lucernarios, áreas de
ocos em elevadores, pisos de vidro, portas de passagem, mobiliário urbano, biombos,
corrimões, áreas de risco humano e ambiental.

Controlam também os raios ultravioletas que afetam móveis, quadros, sofás de


materiais delicados, como peles, entre outros.

Existem tipos que são resistentes ao fogo e altas temperaturas; pois se transformam
em telas opacas que asseguram a estanqueidad das chamas e limitam a transferência do calor
transmitido.

4.7. Vidro aislante

Existem situações em que a condensação da superfície interior de uma janela, está


acostumada a constituir um problema frequente, tratando-se de solucionar reduzindo a
humidade relativa do habitáculo interior. A passar em áreas interiores de grande humidade
como cozinhas, banhos e habitações, ou outros sítios onde permaneçam um número alto de
plantas ornamentais, podem precisar deste tipo de vidro.

Deve ter-se em conta que a redução da humidade relativa interior de uma habitação
pode ter efeitos positivos sobre la condensação ao evitá-la, mas os pode ter negativos ou
nocivos na confortabilidade do espaço que se pretende.
4.8. Vidro de decoração

Trata-se de vidros impressos cuja massa é fundida e se lâmina entre dois


rodilhos, obtendo um vidro plano no que uma de suas caras apresenta o desenho
gravado. Permite a possibilidade de criação de diferentes ambientes e possibilidades.
Têm uma espessura normal que vai de 4,0 a 6,0 mm; ou de 10 e 19 mm, para este
último caso em pisos.

Podem ser de diferentes tipos de cor também: vidro mateado, acetinado e


ligeiro, ideal para a decoração de interiores; mateado ao ácido, com excelente
acabamento superficial que facilita sua limpeza e evita a impressão de rastros digitais;
gravado ao ácido cuja superfície é tratada com um procedimento muito sensível por
meios químicos para obter tal fim, desta maneira essa prancha gravada com motivos
ornamentais, que embora permita o passo da luz, suaviza os reflexos e esfuminha as
imagens.
4.9. Eleção do tipo

Necessidade Resultados Productos e considerações

Vidro comum Aumentando a grossura do vidro alcançamos


Aislamento Acústico Limitar os ruídos que penetram através do vidro maior isolamento
Vidro laminado O vidro laminado formado com polivinilo
butiral oferece maior isolamento.
Vidro aislante Utilizar diferentes espessuras do vidro na
composição do duplo acristalamiento.
Aumentar o tamano da barra de espaço
(câmara)
Combinar suas caras com vidros laminados
acústicos.
Térmico Reduzir o consumo energético e diminuir as Vidro aislante Produz até a metade das perdas energéticas
perdas energéticas comparado com o vidro comum.
Control solar Melhorar a ingresso de luz. Vidro aislante Colocar em uma de suas caras um vidro de
Controlar o excesso de calor que atravessa o vidro. controle solar.

Vidro térmico Usar vidro temperado e térmico endurecido.


Segurança Reforçar a segurança ante golpes para evitar danos, corte e Vidro laminado Usar vidro de segurança ou para o fogo.
lesões.
Decoração Criar diferentes ambientes; adapta-se a diferentes estilos Vidro de Usar espelhos, vidro laqueado, esmaltes,
arquitetônicos decoração impressos, mateado ao ácido, com gravuras.
4.10. Clasificação do vidro, atendendo a sua composição química

Assim se clasificam:

 Vidro cálcico-sódico;
 Vidro cálcico-potásico
 Vidro plúmbico-potásico
 Vidro aluminoso-cálcico-alcalino

Vidro cálcico-sódico: Denominado como vidro de janelas, transparente (até em


placas grosas), de cor verde azulada, pouco fusível, sonoro e denso.

Vidro cálcico-potásico: Ao comercializá-lolhe reconhece como de Boêmia (ou meio


cristal); é incolor, escassamente fusível, sonoro e de menor dureza que o vidro anterior.

Vidro plúmbico-potásico: Denominado como cristal de chumbo, de grande brilho,


sonoro, transparente, pesado, facilmente fusível, pouco duro, de grande densidade e índice de
refração alto.

Vidro aluminoso-cálcico-alcalino: Chamado também como vidro de garrafas, é de


cor verde obscura ou parda avermelhada, pouco fusível, duro e escassamente sonoro.

4.11. Condições que deverá cumprir o vidro

 Resistente aos agentes atmosféricos;


 Sem defeitos por manchas, gretas, e presença de borbulhas;
 Cortado perfeitamente;
 Não apresentar ondulações;
 Deve existir uma relação direta entre a resistência e o emprego do mesmo.

4.12. Fatores de efetividade e rendime nto do vidro.

 Tipologia construtiva;
 Orientação do edifício;
 Tipo de carpintaria em que vai ser empregado o vidro;
 Enlace ou união entre o vidro e a carpintaria;
 Utilização de sellantes adequados e compatíveis com a química do vidro;
 Correto calçado ou sujeição dos vidros;
 Atender as indicações no uso do vidro indicados pelo fabricante.
4.13. Normas

[01] UNE-EN 572-4 Vidro para a edificação. Produtos básicos de vidro. Vidro de silicato
sodo-cálcico. Parte 4: Vidro estirado.

[02] UNE-EN 572-5 Vidro para a edificação. Produtos básicos de vidro. Vidro de silicato
sodo-cálcico. Parte 5: Vidro impresso.

[03] UNE-EN 572-6 Vidro para a edificação. Produtos básicos de vidro. Vidro de silicato
sodo-cálcico. Parte 5: Vidro impresso armado.

[04] PR-EM 1279 Vidro para a edificação. Acristalamiento isolante pré-fabricado selado.

[05] UNE-EN 1748-1 Vidro para a edificação. Produtos básicos especiais. Parte 1: Vidros
borosilicatados.

[06] UNE-EN 1748-2 Vidro para a edificação. Produtos básicos especiais. Parte 2:
Vitrocerâmicas.

[07] UNE-EN 1863-1 Vidro para a edificação. Vidro de silicato sodocálcico termoendurecido.

[08] EM 12150-1 Vidro para a edificação. Vidro de silicato sodocálcico de segurança


temperado térmicamente.

[09] EM 12150-1 Vidro para a edificação. Vidro de silicato sodocálcico reforçado


quimicamente.

[10] EM 12143-2 Vidro para a edificação. Vidro laminado e vidro laminado de segurança.
Parte 2: Vidro laminado de segurança (ISO 12543-2:1998).

[11] EM 12143-3 Vidro para a edificação. Vidro laminado e vidro laminado de segurança.
Parte 3: Vidro laminado (ISO 12543-3:1998).

Dr. Luis Arestuche, professor disciplina.


2018.08.27

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