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Partitura

Clave de Sol
Clave de Fá
Dinâmica

A dinâmica musical é a intensidade do som (para o caso do piano) ou a sensação que


determinado trecho musical poderá transmitir.
Os símbolos mais usados para registrar a intensidade do som são na partitura:

Pianíssimo

O pianíssimo indica: volume muito baixo, toque muito suave.

Piano

 
O piano indica: volume baixo, toque suave.

Forte
O forte indica: volume alto, toque pesado.

Fortíssimo

O fortíssimo indica: volume muito alto, toque muito pesado.

A título de curiosidade, a palavra “dinâmica” vem do grego dynamos, que significa força.

Ligações

Alguns outros sinais que poderão aparecer em partituras se referem a técnicas específicas.
Por exemplo, no piano podemos ter:

Legato
O legato indica que você deverá tocar as notas bem ligadas, segurando uma até o início da
outra. Transmite a sensação de um som contínuo.

Trinado

O trinado indica que você deve tocar uma repetição muito rápida entre a nota que está
escrita na partitura e a nota localizada um semitom ou um tom acima dela.

Ligadura

A ligadura une notas idênticas. Na prática, você irá somar o tempo das notas que a linha
está unindo, tocando-as como se fossem uma só.

Apogiatura
A apogiatura (ou appoggiatura) informa que a nota pequena ao lado precisa ser tocada de
maneira muito rápida, quase junto com a nota grande. É um “ornamento”, um pequeno
enfeite.

Acordes e Arpejos

Neste exemplo, as notas Sol, Si e Ré (se consideradas na clave de Sol) serão tocadas juntas.

Diferenciação de acordes e arpejos na partitura

Quando um acorde vier acompanhado desse símbolo:

Você deve tocar uma nota de cada vez, pois esse símbolo representa o “arpejo“. Como
a leitura da pauta é feita de baixo para cima, a primeira nota que você terá que tocar nesse
arpejo é a nota Sol, depois Si e depois Ré. Apesar de não possuírem o sinal de legato, você
deverá tocar essas notas bem unidas.

Figuras Musicais
Legal, mas quanto tempo cada uma dessas figuras dura? Veremos isso agora.
Primeiramente, saiba que nós acabamos de mostrar as figuras, em ordem, utilizando a
seguinte lógica: cada figura musical apresentada dura metade do tempo da figura anterior.
Ou seja, a Mínima dura metade do tempo da Semibreve. A Semínima, por sua vez, dura
metade do tempo da Mínima e assim por diante. Vamos exemplificar: se atribuíssemos
valores quaisquer a essas figuras, dizendo, por exemplo, que a Semínima vale 1, teríamos o
seguinte:

Obs: escolhemos aqui o valor 1 para a Semínima apenas para termos uma referência. Vamos
fazer isso ficar mais prático agora levando para a vida real. Digamos que o valor de uma
Semínima seja de R$ 1,00. Isso significaria que:

 – a Colcheia vale R$ 0,50

– a Mínima vale R$ 2,00


– a Semicolcheia vale R$ 0,25

– etc.

Esse exemplo foi importante para introduzir a ideia de que em uma Semínima cabem
2 Colcheias ou 4 Semicolcheias ou 8 Fusas, etc. Observe abaixo:

Obs: repare que as figuras mais rápidas que a semínima aparecem ligadas, formando blocos
que correspondem a uma semínima. Por exemplo, duas colcheias, uma ao lado da outra,

, são ligadas da seguinte forma:   

Nesse diagrama, fica fácil de se observar como as figuras cabem dentro umas das outras.
Repare que cabem 32 Fusas dentro de uma Semibreve. Portanto, se a Fusa representasse 1
segundo, uma Semireve representaria 32 segundos.

Legal, esse exemplo serviu para fins didáticos, mas como sabemos o tempo
verdadeiro (em segundos) que cada figura representa? Como saber se a Fusa vale 1
segundo, por exemplo? Existe alguma definição quanto a isso?
Sim, existe. É óbvio que precisamos de uma referência de tempo para que essas
figuras possam ter sentido. Essa referência quem vai dar é a própria música em
questão. Por exemplo, digamos que você tenha baixado da internet uma partitura
qualquer. Nessa partitura, vai estar escrito em algum lugar quanto tempo vale uma
determinada figura (geralmente é informado o valor de uma Semínima) e o tempo
das demais figuras você saberá por dedução.

 Esse tempo é dado em bpm (batidas por minuto), ou seja, se estiver escrito
Blocos de figuras musicais
 Nós já vimos que as figuras mais rápidas que a semínima (como a colcheia, semicolcheia,
etc.) aparecem ligadas em blocos quando há duas ou mais dessas figuras em sequência.
Porém, muitas vezes aparecem em sequência figuras diferentes entre si, por exemplo: 2
semicolcheias e 1 colcheia. Nesse caso, sabemos que um bloco completo (que equivale a
uma semínima) seria formado por 4 semicolcheias ou 2 colcheias. Observe:

 4 semicolcheias

  2 colcheias

 Mas, como 2 semicolcheias valem 1 colcheia, um bloco também pode ser formado por 2
semicolcheias + 1 colcheia. E como ficaria a representação desse bloco? Observe:

 
Repare que as duas semicolcheias estão ligadas a uma colcheia formando um bloco de 3
notas que equivale a uma semínima.

 Muito bem, vamos bagunçar um pouco mais então esse bloco. Imagine que ainda estamos
com 2 semicolcheias e 1 colcheia, mas agora as semicolcheias não estão uma ao lado da
outra. Digamos que a ordem seja: semicolcheia – colcheia– semicolcheia ao invés
de semicolcheia – semicolcheia – colcheia. Nesse caso, a representação ficaria assim:

 Repare que a primeira nota está ligada à segunda nota com metade da simbologia de
semicolcheia e metade da simbologia de colcheia:
Isso significa que a primeira nota deve ser tocada como semicolcheia e a segunda
como colcheia. O raciocínio é o mesmo para a última nota, que deve ser tocada como
semicolcheia:

Compasso Musical

Compasso musical é uma divisão da música em intervalos de tempo iguais, com o objetivo


de organizar a estrutura e facilitar a orientação para o leitor. Esse intervalo de tempo é
representado por barras verticais, como no exemplo abaixo (destacado em laranja):

Neste exemplo, qual foi a organização utilizada para os compassos? Foi separar
grupos de 4 semínimas. Isso significa que dentro de cada compasso cabem 4
semínimas. Esse é o intervalo de tempo definido para cada compasso, sendo que
poderiam existir outras figuras aí no meio, observe:
 

Neste exemplo, preste atenção no segundo compasso. Há várias figuras (semínimas,


colcheias, semicolcheias e fusas) nele, mas todas elas juntas ocupam o tempo de 4
semínimas, portanto, ficam dentro do mesmo compasso. O mesmo ocorre para os
compassos 1 e 3, que apresentam outras figuras que equivalem ao tempo de 4 semínimas.

Moral da história: afirmar “cabem 4 semínimas em um compasso” não significa dizer que
em um compasso só pode haver figuras de semínima. Essa referência apenas nos diz o
tempo que um compasso envolve, independentemente das figuras que estão ali.

 Legal, mas quem define o tempo/duração de um compasso? Onde está escrito que cada
compasso vai ter a duração de 4 semínimas?
Fração de compasso

 Observe essa fração abaixo, que aparece no início da partitura que acabamos de analisar:

 Essa fração 4/4 foi quem determinou que um compasso teria 4 semínimas. Vamos descobrir
o porquê disso:

 O denominador da fração:

 
Informa qual a figura que servirá de referência para a análise. O número 4 se refere à
semínima, portanto esta é a figura de referência. Já o numerador:

Informa quantas figuras cabem em cada compasso. Observe que o numerador desta fração
está dizendo que cabem 4 figuras em um compasso, e o denominador está dizendo que a
figura é a semínima, portanto, a fração 4/4 informa que cabem 4 semínimas em um
compasso.

 Veja abaixo os números que representam cada figura no denominador, além da semínima:

 1 – Semibreve

2 – Mínima

4 – Semínima

8 – Colcheia

16 – Semicolcheia

32 – Fusa

64 – Semifusa
 Vamos trabalhar alguns exemplos de frações (tome como exercícios) para que fique bem
claro quantas figuras cabem em cada compasso:

 4/4 = Cabem 4 semínimas

4/2 = Cabem 4 mínimas

4/8 = Cabem 4 colcheias

2/4 = Cabem 2 semínimas

3/1 = Cabem 3 semibreves

5/32 = Cabem 5 fusas

7/2 = Cabem 7 mínimas

Como definir um compasso para uma música

O tempo definido para o compasso está relacionado com a pulsação que a música possui.
Experimente pegar algumas partituras, ouvi-las e verificar sua fração de compasso. Você vai
reparar que o compasso está marcando: o ritmo da música, a forma como os
instrumentistas estão dividindo os acordes ou, simplesmente, o padrão rítmico que a
melodia segue.

Alguns estilos musicais geralmente já presumem qual será o seu tempo. A valsa, por
exemplo, possui o tempo 3/4. De um modo geral, o tempo mais comum de aparecer em
partituras, sem dúvida, é o 4/4. Mas existem inúmeras possibilidades de tempos, portanto
não se limite a tocar somente tempos “redondinhos”. Leia o artigo “Ritmo – teoria” aqui no
site para praticar sua musicalidade em tempos mais complexos. Isso vai enriquecer sua
visão, além de te preparar para repertórios variados do ponto de vista de ritmo e compasso
musical.

Barra de Compasso

Barra de compasso final

  

A barra final avisa a você que a música chegou ao fim.

Linha de compasso dupla


 

A linha de compasso dupla marca o começo de outra seção, outro momento da música.


Fique atento porque os tempos e até mesmo a tonalidade podem mudar.

Marca de repetição

A marca de repetição informa que você deve voltar para o trecho onde houver outra marca
igual a essa e repeti-lo mais uma vez. Se não houver outra marca, volte para o início e repita
tudo até essa marca.

Pausas Musicais

Pausas musicais são intervalos de tempo em que deve haver silêncio, ou seja, nenhuma nota
deve ser tocada nesse instante. A lógica dos tempos é exatamente a mesma que vimos para
as figuras musicais. Existem pausas de semibreve, mínima, semínima, etc. Veja abaixo a
representação de cada uma delas:

Exemplos de pausas musicais


Ponto de Aumento

Ponto de aumento é uma simbologia que faz a figura musical aumentar sua duração pela
metade. Ele deve ser colocada à direita da nota ou pausa. Observe abaixo:

Ponto de aumento sobre uma mínima

Nesse exemplo, o ponto de aumento foi colocado sobre uma Mínima, e isso fez a Mínima
ter duração de Mínima + Semínima, pois a Semínima possui metade da duração de uma
Mínima.
Uma nota pontuada equivale a uma nota ligada a outra nota de valor igual à metade dela.
Observe agora outro exemplo, dessa vez sobre uma semínima:

Ponto de aumento sobre uma semínima

Nesse caso, a semínima foi somada à uma colcheia, pois a colcheia possui metade da
duração de uma semínima.

Esse ponto de aumento mostrado até aqui é chamado de simples. O ponto de aumento
duplo é aquele soma metade mais um quarto do valor da nota. Veja abaixo:

Ponto de aumento duplo

A Mínima, nesse caso, foi somada a uma semínima mais uma colcheia. Repare que a
colcheia é metade do valor da semínima, portanto representa 1/4 do valor da mínima.

 Veja também o exemplo de ponto duplo sobre a semínima, mantendo o mesmo raciocínio:

Existe ainda o ponto de aumento triplo, que consiste na nota + 1/2 +1/4 + 1/8 da nota. A
ideia é a mesma que viemos trabalhando até aqui. Observe:

Ponto de aumento triplo

Staccato

O Staccato, também chamado de ponto de diminuição, é um ponto colocado abaixo ou


acima da nota. Sua função é dividir o valor de uma figura musical em som e silêncio de
mesma duração. Observe:
Exemplo de staccato

Nesse exemplo, o staccato foi colocado sobre uma colcheia. Repare como ele dividiu a figura
em uma nota de semicolcheia e uma pausa de semicolcheia. As duas figuras somadas
totalizam uma colcheia. Observe que a função desse ponto é reduzir pela metade a duração
de uma nota, por isso ficamos com uma figura pela metade somada a uma pausa.

 Veja agora outro exemplo, dessa vez sobre uma semínima:

  

 A ideia permaneceu a mesma, a única diferença desse exemplo é que o ponto foi colocado
acima da nota. Isso não altera em nada a função do ponto.

Além desse tipo de ponto de diminuição, chamado de simples, existem também outros 2
tipos de pontos de diminuição, o alongado e o ligado.

O ponto de diminuição alongado, também chamado de seco, staccatíssimo ou staccato


grande, tem a forma de um triângulo que aponta para a cabeça da nota. Esse ponto divide a
nota em 4 partes de mesma duração, onde a primeira parte é uma nota e as outras 3 partes
são silêncios. Observe o exemplo abaixo:

Staccato grande

 Note como a Mínima, nesse caso, foi dividida em 4 colcheias, onde a primeira foi uma nota
e as 3 últimas foram silêncios.

 O ponto de diminuição ligado, também chamado de brando, staccato dolce ou meio


staccato, é representado por um ponto e um traço. Sua função é dividir o valor da figura
também em 4 partes, mas aqui as 3 primeiras figuras são sons e a última é um silêncio. Veja
o exemplo abaixo:
Meio staccato

Tercina e Sextina

Tercina é a divisão de um tempo em três partes.


Já mostramos um exemplo de como contar um tempo em 4 partes. Se, em vez de
contarmos até 4, dividimos o tempo entre um “bip” e outro do metrônomo em 3 partes,
temos a chamada tercina. Tocar notas em tercina nada mais é do que distribuir notas
pensando em um tempo dividido por três. Por exemplo, se essas notas abaixo (simbolizadas
como colcheias) estivessem marcadas como tercinas (número 3 em cima das notas):

Exemplo de tercina

Você pensaria o seguinte: o natural seria dividir uma semínima em 2 partes e cada parte
representaria uma colcheia. Mas como elas estão marcadas como tercinas, eu devo dividir
as semínimas em 3 partes em vez de 2 partes e cada parte vai ser o tempo dessa “colcheia
em tercina”.

 A mesma lógica se aplica às demais figuras musicais. Por exemplo, uma semicolcheia em


tercina é uma colcheia dividida em 3 partes em vez de 2.

Sextina

A sextina é a mesma coisa que a tercina, só que você deve dividir em 6 partes ao invés de 3.

Portanto, quando você ouvir por aí as palavras “tercina” e “sextina” agora já sabe que
significam 3 notas por tempo, ou 6 notas por tempo.
Sustenidos e Bemois

Antes de analisarmos outros tipos de acidentes (bequadro, dobrado sustenido e bemol),


vale a pena mencionar que além dos acidentes que são a armadura de clave, o compositor
poderá acrescentar outros acidentes ao longo da partitura. Observe abaixo:

Nesse caso, a aplicação é bem óbvia mesmo, um sustenido ao lado da nota Dó indica que
você deve tocar Dó#. Preste muita atenção apenas em um detalhe, esse “#” vale para todo
compasso! Logo, se você tem outro Dó no mesmo compasso, esse também vai ser sustenido
(apesar de não estar indicado). Já o compasso vizinho não sofrerá essa alteração. Grave
bem: Os acidentes só têm poder no compasso em que estão inseridos! A lógica é a mesma
para os bemóis.

Obs: Compasso é o espaço compreendido entre duas barras verticais | |. Falaremos mais
sobre eles quando explicarmos os tempos na partitura.

Vamos ver então outros acidentes que eventualmente podem aparecer:

Dobrado bemol

Este é o dobrado bemol. Quando você avistá-lo, em vez de descer um semitom (bemol)


desça dois!
Dobrado sustenido

Apesar de não ter nada a ver com o sinal de sustenido, esse é o dobrado sustenido. Ele
indica que você deverá subir dois semitons.

Bequadro

Por último, existe um sinal que anula os acidentes bemol e sustenido, o chamado
“bequadro”. Ele é utilizado de duas maneiras:

Para anular um acidente dentro de um compasso (destacado em vermelho):

Para anular um acidente da armadura:

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