QUANDO LER E FAZER: AENUNCIAGAO NO DISCURSO IDA IMPRENSA ESCRITA, “Traael de detinear os contomos do que me parece ser ‘um novo tertrio da semiolgia: odo sentido na ecepi000, se se prefer, o dos “efetos de sentido" A “primera semiolgia” {aquela dos anos 1960} podesercracterizada como nents traava'se de dase um corpus ede encase le para desre= ‘vero funcionamentoconctatv do sentido; anos procedimen- ts psicologzantes ou sociologizantes, precsva-se sloriza a andse da mensagem om si mesma’. A semiologa de segunda era" (adosanes 1970, procurandosuperarum pont de v- ‘a um pouc estticoetasindmica, b-e falar de producto do seni, sb ailuénca isa) das amen geraias 3 por “tirdos textos, twataase de recontir o proceso de sua cra (io! Vou sugerir que a semiologa do anos T980 cers una se- ‘logs capaz de ntgrar em sua tera os “eles ce sentido", 1 ca fr ts oe een ge ie Ursin elec naman sles ‘oon de 8 Linagson dlp ment278, 1 ne 2 Gnaceachore pgs ii de ope gal io ‘rhs eae Rebs porter, oSunio sor, vito que &somente enti que ea shateard 0 core junto de seu domino: 0 proceso que val da producto de sentido até a “consumacio” de Seto, sendo a mensager 0 ponto de passage que sistent a cculacto socal das signifies, ‘0 problema no é simples, pois uma mensagem nunca prouzautomaticamente um efit, Todo discus desenha, 0 Conti, um eampe de efits de sentido eno um eico fe to, A relagioentta produ ea reoepgo pref chara esa ima de reconecimento} & complex nad de causlidade I> rear na uniesodo sentido, Aa mesma tempo um dscao dad ‘no produz um efeito qualquer, A questo dos ees 6, pata. to, incontornvel ‘Nesta sevologa de tec geragio" uma problems: ‘ca€chamada a apotar uma contibuigio capital aqua concer ‘ete uncinamenta da nunca, Aenunciagio ‘Convém no separa 0 concito “de envnciagio® do par ‘do qual ele um dos termos: enuncadofenuncagso. Ardem do fenuncido é a ordem do que do (aproximadamente po- derseia dizer que o enunciada& da orem do “canted” 3 fenunciagio die respeito nba a0 que & cto, mas 20 dere 5 ‘modal, os modos de dizer Se compararmos cis fase "Pero esd doen” e * Creo que Pedro ests dente", pode: consderar que o que é envncada 6 idéntico nas dois casos oe {ado de doch atrbuid com precicado a Pedro. Se esaschcs frases sto derentes, eas oso ndo no plano do enuniado, mas 2 Semana somites i ee Gunoo tn 10 plano da enunciago: na primeira, locutor firma que Pedro ‘ti doente(pademos dizer: enuneiadorapresenta a doenca de Pedro como uma evdnca bjetva na segunda, o locator qua- iia que die como uma conga eatibui a siesta cima, (© que vara de uma frase para outa ni €o ito, masa relagio da lncutoraa que eed, aemadalidaes de saucizer,Os pronomes pestis sf ipicamente elementos ingistos, que sium no plano da enuneacao endo no plano de enunciado: as sim, "eu" & uma expresio “vazia", poderse-la dr, que se ‘preenche” apenas no momenta exato em que &utlizaa, pois desgnatio-somente quer a empress em um momento dado. & paris que os nglitatéma bit de associ o elemento fnunciag stuacdo dla: coma “eu voc aqui, “ago 1a onfem’ ec, oselementos ue concermem & enundagio es taam inimameste yds a0 que se chara precsamente de“ ‘oct de enuncagia". Ora « inconveniente de dar uma defini ‘lo situacional da enunciag € que tal defini flea presa d= ‘mas ao funconamento df, so &, a0 oa: No easo dim prensa esc, por exemplo,ndo i, propriamente, "situa de ‘enuncagio" que ervoha, co mesm tempo, um locuor © un sloctio, Noentart,comoveremo,a ising entre nunca do e enuncagio & perfeitamenteaplicivel ao dscuso da im pens esr, ela at fondamental para compreenderofuncio- mento cesta cima, Varosimitar-n gu, consequentemen {e, 2 interpetar a oposiio enuncadalenunciago, que compor ta. dstingio ene o que ¢ dito e3s modaldades do czer. Em um dicuro, quakguer que sje sua astute, 36 mo- dlaldades de dizer consroem, do forma, 20 que chamaramos de dipastvo de enuncacao. Este dspostvo compora: 1. Alimagem de quer fal: chamarems esa imagem de 9 enundiador. Aqui o term “imagem” 6 metfico; trate do aga ou dos lugaes que aquele que ala atribu a si mesmo Esa imagem contém, portant, a ‘elagio daquele que fala a0 que ele de2 Almagem daquelea quem discus éenderecao: 0 ‘esinatiro, © produtor de disco no 36 const Seu lugar ou seus lgres no que di fazano so, ele Gefine igualment seu destnatiio 5. Arelgto entre o enunciado e 0 desnairio, que & proposta ne palo discus DDevese também dstinguir bem, no Inco, 0 emissor “rea do enunciador; depos o receptor rel” do desinatirie, Fnunciador e destinatso so entidadesescursvas. Eta dupla listing fndamental: um mesmo emissepoders, em discur- os dicentos, constr onuncladoresdiferedtes,confome, poe texemplo, oslo vada, pelo mesma motive consti cada vez ierentemente, sou destinatrio. Tado suporte de imprensa contém seu dispostio de enuciagi: ete tio pode ser coerente ou incoerente este uiastvel,adaptade a seus eitores ou mais ou menos inadapts- lo, No casoda impensa esr, deneminaremos esse dspostivo> de enunciagio o conato de ura ‘Acnunclagio eo “conteido" Fstudar o dipstve de enuncacio so 6, 0 conrato de letra, impliatia dear de lado 0 “conte, dsinteressase do nivel do enuncdot Certamente ni. Se a ditingdo entre fenuncacioeenuncado € portant, & porque um mesmo cor ‘edd fndiamos sto a propésito da doenga de Pedro] pode ser ‘enquadrado por modaladls de enunciagio muito diferentes. {© que o eninciador diz, a coisas que sopestaments ele fal consitem uma dimensi importante do convato de letra. € 4 Ocme eo cn pi i inst ones a ‘dao, porém, que, quand se pests atencio a0 dispositive de enunciagin, no se visa mais enuncid da mesma mania que ‘faz, por exemple, a andlse de consid, ‘ato de que um mesmo contesdo, um mesma dominio ‘tematico pos ser sumo por dispositos de enanciaga mut to lferentes, ovesiose de um interese pila na presente ‘eo, 0 da imprensa esta. Muito eqdenterent itn, em relagoa problemas de posicianamento despots demprenss, ‘com univenos de cxncocncia mata etree, nos quai tas revsas mut semelhantes uma s owas, do ponto de visa iio, paritham um conjunto de letores que & relatvamente hhomegeneo quanto a seu perl saciedemogrsfic. O caso dae ‘sts Femininas mensais tas “ce qualidade supeie” um bom ‘exemplo. Ora, neste gnero de casos revias que cabrem mah fu menos 05 mesnos ema, to €, eiiclmente disingubes {quanto a seu cone, podem reverse mito cfeentes uss ds cuts no plano do contrato da situa €, potato, pelo es to deste dio que se poe perceberexatamentea espeiods- te de um suport valvizar sa especicidadeem fae doses eoncorrentes ‘Umoutro exemple € dos dominios novos, masa me- nos epecazados. Vee, asi, foresee uma mul desi Potes que tentam constitu Conjunto deletoresem tora de lum centro de inteesse (computador pessoa, jogos eetoicos, video etc. F aro que, ente esas revs, sobardo somente aguelas que tiverem conseguid consruir um conrato de ura adapta ao dominio em questi: sucesso (ou fracas) nao psa pelo que ¢ dao cote), mis peas madaidades ce Zero conto. Freqoentemente, a esagnagio ou baka do conjunt de Jetores esta de uma ateragioprogesvae sensvel do con trata, ou eno da inroducio de matiicagies redacionais que produzem uma incoerncia no conta. & © canvato della {que cri incl ente a suport es ton\Veze bem que a semiolgia da enundacto,apicada & emiicagtoe ails detalhada do conto de letra dos su- pares de impreasa, fomeceinformacbes que lhe sio espectcas fe que no pode se recolhidas por nenhum dos ouzosmétodos fexitentes,& manipulacdo dos dadossociodemogrsfics ating? fm teto que ea no pode utrapasar quando se tata precisr ‘mente de separa supores imprensa cuj leitorado tem ust Composgia mais ou menos idéntica- Os métodos do tipo “esto te vida" propem categorias de andse que nio tim nenhuma especicdade em face da prensa no hi nenhuma passage preci entre es ou aquela categoria do estilo de vid © uma re- ‘omendlags de esta redaiona ou de argurmentosem vor ‘dor anunciantes;exa pssagem 6 sempre de natura intuit ‘Quanta anslse clea do conte, sua capacidadede descr- ‘Glo nioatinge eno um aspeco do contato de leitur: as varie- ‘Gs temas no conta do supore. Eas varias no sio egligenciveis, mas, com mais feqiéncs, eso longe de sera ‘mensio mais importante. Em compensagdo, no que conceme ‘0 fanconamento da enunciago, este escapa por deinigio & nile do conte, visto que a eninciagao io & dl ode do ‘conte ‘Asemiologia tom, potanto, nesse dominio, uma conte ‘igs importante a dar, que 6 exchsivamente sa. Varingies nunciativas 'Nacapa ce um suport imprensa 0 enunciader pode fa- _zerutas cots (Figura 1) 06 muito poueas ef Figara 2; ce pede inerpelar © desinatro pelo viés do alhar da manequim (cf. Figura 100, 20 contro, mater dest *adistnea", ropoadehe um garde imples especadorohandoum perso- hagem queno 8 odestinatro (Piura 2-As modadades de a ‘Gamboa ‘enunciagona capa so, em todo caso um suport de imprenst, tum fator cuca na conseugio de contrato: a capa pode mostrar td um mado simultaneamente condemsadoe preczo a natreza ‘do contrato, ou eno, sermas ou menos ncerents cm este - time, “Tomer uma capa de Marie France (cl Figura 3). Nesta ‘capa, colocase um cato enunciade, Primera, ele cassia: os ariges anuncados so frtementeenquadrados por rbricas ex. plas: “Moda, “Medicina” "Artes Segundo, ee hierar pla tipogatiae pla cor, extra um tema coma male importantedo que os outs: Matha especial. Tere, quanti: "10 cl "10 bots, 20 modelos expicades'. Quarto: faz peguntas: ‘arto, qual & 0 método bom” “Pade-se iver de seu talento”. Quinto: esas perguntas, vs tém umafrma impesselrefrca- ta plo “se"dothulo:fzem-se H, LM. (abitogoes de alupuel ‘moderade) com 0 que é velho. Set, apresentase uma imagem |queésuportede moda, eum dos ttuasremete moda: otexo @ 2 imagem so, pant, aticulades ene eno interior da revis- ta, nes ago: anunclados na capa, encontarse-o 08 temas de ‘mock represents pela manequim da capa, Acniiguragio de todos eses elementos anuncla um enunciador pag, que ‘pré-odena ouniverso do dco na inten do eter, que ai uit, responder pergunas, explicar,informsto,em suma,con- Servando uma distinciaabjetva dele, ‘Comparemos esa capa atm outa, desta vez de Marie hae. Figua 4, Agu, nenuma dasficacio: todos os ules Se apresentam como tendo a mesma importneia, em uma lita ‘etretae com caratres muito menores, Os tues comporam cites ene aspas, que os inglstaschamam de “dscuso te porta’: “Nao hi mais homens"; Teste: quando uma prestuta‘quer “tomarse honest". fas polawas entre aspas néo sio ‘encode por Marie Claire e também no so abuidas ao des- tina: so testemunhos que remeter ao género da report em, As mulheres so objtvadas, designadas: "Nao hi maisho- mens" Prquetantas mulheres diem sf Como n caso prece- ‘dente, simager da manequim é porte de moda, mas nerhum porte de moda se aticuia a a magem asume armoda de una ‘maneiasiencosa, pr asim dizer, eo enunciador Maco Clare fala de cosa completamente diferente: a prositvici, a hepatte ‘alos problemas das relgdes entre 0 homens a mulheres. ones cae sams dante de dois dlscuros esis, montados paralla- mentee para um enunciador que deta letra aibedade de decir sobre aimportncia relatva dos temas tata, Distncia ‘como no caso anterior (poi nenhuma intepelago, enum ns, nenhum “voc vem aaro fame como destnaiil, mas lstncia em peagopa, ‘Com uma capa de Cosmopolitan ff. Fgua 5), entramos fem um univesoftakmenteeferent. Aqui, antes de tco, una Impressio de confosio: muito texto espathado em unis tomplons tendo cala uma dos nves,Poderseia técizer que‘.enunciador anuncia uma cet desordem: no € na peagodia a clascagio que se consti o vnculo com a letra. Dent ‘ess combinacio, oenunciadrse pea ialogar como destina- ‘ro, De uma pare, elo interpela detamete:"Voc® rabalha, «le no; de outa parte, o enuncador fz falar destinatto, Deem cone plava deste timo: Asim exclaago: NSO, nol” do destinatio, repica a questo do enunciadr:"Entio, por que voce dsm? 3 confisto do desnairi: "uo amo, mas eu o engano respon o andncio que o enuncaor faz de seu conics "Como perder este dio habit. Asim sins ‘Goncotace ‘aura um jogo deLinguagem que conse a camplcdade entre 0 ‘enuncador © desivatii, Eno mbit dessa cumplcidade (nos Antpods da distinc cite) que Cosmopolitan transmits vs lores implicts, drs consahes, avancard uma cata HberaizacS0 ‘dos costes, A imagem dla cpa se const de ma manera to lfeente de Mare France e de Marie Chie: nao €suparte de mada. O que a manequim us, na verdad, prateamente nto se ‘ali, iso no tem impor alguma ao longo dos meses, mesmo ipo de mdher que retorea cf, Figur 6,7 8) cm tuto de ume espécie de “Togs absrat, A imagers funcio-na, potato, como materalzagio de um'modo de vd “Vver Cosma", quese atalzanacumplicidade encenada pelos tulos. Crem, articalago forte ene os elementos, posiio de enunciago pedagégia IM France) paallizagio de dois i= ‘cursos que nfo se enconram: a dstncia “ebjetha” do stem noe di reportagem, de um ldo, a medasofisicadaesenciosa, do outro (Mare hire; cumplicidade em tome de um modo de vida que, de alguma forma, a “marca” da revista (Coumopal- tan). Tres eiasfemininas, és modalidades diferentes deanun- {car um contato na capa Apresenga ou auséncia de uma posgio de enunciagSo pedapégica,¢ dar, nio € 56 uma questio de inguager, passa também pelos meds de tatainto da imagem. Comparemos ‘duasimagens de reistas de decoraco (ct Figuas 9 10) No pe meio caso, tds os elementos do watamentofoogfic: ae, 4 rites omogénea de todas os objets, a uiformidade da cla rida, os indies de ocupacio dos lars (a lara aces) et30 ipa significa que oenuciador tem uma vontade informa, No segundo e250, imager exconde ant quanto mors un ambiéncia. A primeia imagem define, portant, 0 destinoa ore motvado por umainengioapropriatha pita pla qual analagio de ada clement, pelo dstinatirio, em va de uma Utlzag passvel, continua Sendo a questo essencl, No e- undo caso, mania de mostar¢ tio importante, senso mai, quanto o que émastrado: a imagem conida, ents, destinati- rio a tomar dsancia do especta, a adotar um pont de vita extn e, por consegunte,aanulr toda matvacio apopriaiva, ‘A diferenca de tamanho ¢ tem muitos consequence em todos ‘sniveisdefunclonamento do discus da mprensa esr, vito ‘quea posigio de enuncacio pedagigica define oenuncidor 0 destinatio como designs 0 pimeiro mostra, expla, aconse- Ihe; 0 Segundo olka, compreende, tra proveta, A posigko de ‘enunciagio “éitanciad enio-pedégica induz uma cena s- ‘meta entre oenunciaor eo destinatia: opine, mostran- Alouma manera devera cosas (Figura 11),conwidaa destina ‘iro a adotaro mestna pontode vista ou, pelo menos, aapeciar 4 manoia de most tanto quanto o que € mostra. 3 raz80 pla qual esa enunclacio “dstanciad volta a propor a0 dest atirio um jogo em que o enuncadar eo desintiia s reen ‘conta na cumplicidade crada pela para de certos valores ultras. € claro, pois, que ens variagbes na enuncaglo exo asocadas aos “ves de gama” ds spores ‘Avontade de “arsparéncia® do enunciadr (oy, 0 coo Irto, de opaciace relat) wade, no univers da impreas e aaa, por madalidades de excita muito cferentes.To-memos um exemplo. Um dos problemas fundamentals que a in ‘rene semanal de stusidades deve resolver € decir por onde ass a fontia entre o que al sr apresentado com ji conhe- ide do lito e aque que vai ser nfrmado a ele (que dizer, 0 {que vai ser apesentalo como nlo-conhecido do destiato). sa fontea nem sempre € tcl de wacar, eos Semaniros de aualdades podem ser asics conforme sua maneia de “dso” os elementos informativos eos elementos nio-iformat- CConsderemos estes dis alos: 1. Uanos a negocigto acai. 2. O fracas bands tu 1 informatio 0 tule 2 ndo 0 thule spre senlao faeaso como uma informacio fomecida ao desinattio ‘uy, em outs palavras este tuo supée que odesinatto sabe que hs uma negociago em cuso no Libano, mas que ele no sabe que ela acaba de racassar. Nenhum dos elementasdo tala, 2 € informatvo em relago ao acontecimento: © que 0 ttulo 2 anuncia no équehouve um facasso da negocaciono ibano, ‘fato de que o enuncador vai falar dese racaso, cu exstncia S dada como conhecida do etna, Unrsuporte como PariMatch, por exempl,€infocmati- ‘oem tds os niveisdeorgnizagio dese tata (uo na capa ula do artigo no interior do jomalesumo /legenda da totex- to do artigo) Em cada um deses nies, o destnatvia¢ vsado por umainormagao que suposamenie ele no em. Indo do tex. ‘para o artigo, ole progridenainfomacio, maseleatem em ‘ala etapa; se ele se detém no camino, ficou bend alga. ‘ois do acontecimenio. Pari Match pemite, asi, vis nies de tua, Nas “noticias” (news), em compensagio, todos ose ‘mentos que enquaram o texto dos artigos tls e resumes) 0 ‘opacos,no-nformatios: no tim outa fungio senso ade nei- taro leitoraler artigo Seo ltr slinitara percorer os tus, no obtém informagées sobre os tos © que ele encanta 6 um ease tra jogo de inguger que serve para consi cumplcdade entre ‘© enunciador eo desinairio, por mela de um taro perma ‘ente a objeos cutis que suposamente ume oouto cone com, Cada tla ¢ uma “che” uj decitacao funcona como “prox da pertencimenta a um unveto cultura prado Troyat “Desi, dee eras dos fanceses 0 acaso ea necesidade = Restos ecachchos = Macehichi eos homens de méemore Fsta manobra enunciata fundamental que conste em abi um eat saber ao destinatica(enstuindoo como mals {4 menos “inormado’, masa menes euto", mals ou menes apaz de notaraluses ee) detemmina a “tatsparéacia” ov a “opacidade”relativa do discuso, Que um dicuso & compart samente opaco que der que ele privlegiaaenuncagsasobre 0 ‘enuncado, que exbe suas modaldades de diet mais daqued Da producto a reconhecimento Posci ddtica ou no, transpardocia os opacdade, ds tncia ou logo, objetvidade ou cumpliidad, para de va lores nivel do cto ou no plana das modalidades do ize, forte anculago dos nives ou discuses montades “em paallo,gau «tipo de saber aruda ao ler: poe mia ds esolas eta dasem relaga a esas cimensdes que, ar, admiom gras) @ Amultasoutas,constd-se 0 conto de eure: apeesenase umn fenuncador que prope um lara um destnaino “Aanslize smiolige tm por objetivo desacare dere: ‘vertodas as aperagies que, no dscurso da suport, deteiiaam a posicio do enunciadore, como conseqincia, ado destinatir“Tits obseracSes a propio css = Prime a andl nines trabaha sobre ur dno s+ ote: ea se sta em um univers de eancorréncis ad, no intrior do qual se vata de identicr 0 que {az dferenca entre os Suporte, 0 que, no interior do univers escolhido, conti para defn a especie dd de cada super. Oupor outa a ands ésempee comparaiva ~ Segundo, a operagies afar dever ser regulars, ou Se), corsttu imanantes, modaidades oe cecireo ‘quo so repetom e que, canseqentement, dio uma cota esbilidade reacio suportletor, ~ Tereiro, 56 a anise cose, em um primeira mo mento, em identicar © desereverprecsamente cada ‘peragio enundatia, ate, na sequined com proendor 35 relagies entre esas operages: ur pro- Pedal discus islada nunca determina um con- tro, este amo €o resultado de uma confguracio de ementos. Qusea, aandse deveabranger alga de ‘conju de cada porte com suas eventual incoerén- tiaseconadigbcs,€ claro. Uma andlisedocspostvo de enunciagio 60 que chama {de uma andi na produgzo: mas o catato se cumpre, mas ot ‘menes bam, no lor: no recnfecimento. Devers, pos, it ‘r unto aos letoes do univeso de concornea edad, que se pasa com os Contato propostes pelos suportes que _zem pate dese univers, qual a efeicia elava de cada cot to, seus pont fortes e sev pontos fracas. objetivo da fase de Prtca que completa sempre a andlisesemiclgica. Asim, somos Tevados lidar, para cada sport esudado, com sus leiores © ss noleitores, exp om entrevista semis, aa em gra Bees ae ene pons mbna ene ip Si de Ties pou Como 26,7238 Genoa pos projetivos: tendo a andize serioigea permite determinar 5 dimensies fundamentals de cada contat, watase de te ‘las. Toa uma sre de exercicosprojetivos &preparada a par- tite materia exraldos dos suporesetudados: 0 cscuso dos letores e dos ntotetores € asim induzido a propo de ele: menios que iusram cada aspect do corto de eras apes, ‘ragmentos de atgos, exemplos de paginaio, varia na a= culo imagemtento,varagtes na organiza dos elementos do enquadramento tule subttues eabecathos) tc. ‘No instil sobre esse aspect da questi, que cance ‘pe aos métodos de execucio bem conhecidos.Limiar-me-e a sublinhar que, do meu pono de visa, otestedo contrat de eis ‘ano lecalda ago faz parte da estatigia de conjunta de um pro- cecimento ques protende semiolgico: em ua abordagem se- ‘iolégca completa, a ansle do corpus em si ext "num beco sem said’ enteapeobemsica da produgio ea problemi da ecepci0. Or, na parte deca a precsar omodl de funciona ‘mento de um contatojunto ao letoreseaasndo-etres, nose trata deenzegarsea uma andlise maison menos padronizadade ‘um material projet obtdo por enireisas ou em reunides de srupo: a imerpetagSo scar cl prtia cinteiramente orien: {ols peoeresulados da anise semiolpie, Elz dea lima ue © material concerente is expects, as ntereses, 35 = jeses, aos elementos do imagindro verbalzados pelos indiv- duos adquire sua verdadeirasigticacio. ‘Sem a andize semiolipica do cantata de letura, uma prea desinada a colt os dads sobre os letores iclmente pode escapar da banalzaio: emt um deteminad stor da po- lag, os consumidoves da imprensa no tem intresss, ex pectatas, mothagdes ov necessdades em geal. Todos esses ementon so esruoraos, ogpnizados,“wabulhados" perma entemente pelos dicusos midis aos qua els so maou ‘ener fis, Como em mutes outros dominios, aan emilS- ca serve para fazer justia & especial do objeto estado:a tm suponteimprensa , certaments, um “preduto', mas no & tum produto com os utes. ‘© concete de cantata de letra implica que o dscurso de um suport de imprensa sea um espa imagine onde pr cursos mtltipos so propa a letor uma paisagem de lg ma forma, 1a qual o eto pode escoher seu cain com mas ‘ou menosberade, onde hi zona ns quale core rlsco de se perder ou, a0 conto, que s8o perfetamente sializadas sa paisagem & mas ou menos pana, mas ou menos acdents- da. Aa longo detado a seu perio, etorreenconta persons gens diferentes, que Ihe popdem atvidades diversas «com 02 ‘uais ele sente mais ou menos desej de etabelecer una vla- ‘ho, conforme imagem gus els he dio, a manera con otra tam, a dstnca ou a intimidae quelhe propdem, Um dscuso& tum espago had, che de ators, de canis ede objetos, © ler “€ movimentar esse univeso,aceitando a tejltnd, ido de prefernca para alreia ou para esquerdaivestinds maior ‘ou menor esfrgo, escutando cam um ouvido a como dois. er ize: 6 preciso, pi, erminar com a procedimentotadiconal que selimiaacaracterizaro kel “objetivament’, io pas ‘amente em ermon de CSP (Categorissocogrfisionas ude ‘tla de vida, sem jamais ndagarse sobre a questi ce saber 0 que ee faz ou no faz) quando I: cas sechegue a responder ‘su questo, compreenderse-io mahor as azdes pels quae leoqueselbe Menai alc ina pei id aan Pa et a Ae ne eet etre dre dic aloanesin pee a Gunes ‘A peobemstcasemiticn Dea problemaica s ex, ceo, um certo panto de vst concerente 8s pergunias que fram formulas por Ere Fugue 0 estado dos eens faz, ou no, pate do campo da ‘semologia? Nio sri de adirar se minha resposta for esol mente posta, Se a divider psshel no quadro da pra seriologia”, no é mais paraasemiologla de “teria geri" Para esa lima, de ato, 0 “verdad abjeta” no €3 mens gem em s (qualquer que sea o mod de conceals, como ‘um conjunta designes ou como um dar), masa producsole confecimento do Seto, sentido cuja mensagem nia € senso 0 ponto de passer, ‘Quando etabalha no recanhecimento,lida-se com dois ‘onjuntosdscursios: um eorpus que eu analiso em suas prope dades eum conjunto corstiude pelos discusos dos receptores {naocorrncia tors enolitores de suportesimprensa deter inados. Defire, portant, a questo das efitos como a das relagiesstemsticas ere ess dois conjunts: permanego em ‘semitca porque trabalho somente sabe rela interdcurs ‘as Vejo ml, eftvament,« que podeva se" eeito de seni- do" de um diurso, do onto de visa serine no 6 um ou tro discuso no qual manila, reese, iecreve-se, eet do pimeiro, Nocasodo estudo do contrat deletor, tenho, por ‘conseguite, de um lado, um corpus de suportes de imprensa {que me permite trabalhar “na produgio" para reconsttut ara Indica de produgo de cada um dos suport , de outa lado, tenio recor, apatcdo scars des eceptores, arama ‘is derecanhecimento, ques sempre varias, pois cro que 27 oui tng, Nas opts par ue ite ‘Eset nmnsmaire Smege,Ps MEtum do disposi de enunciaio jamais produ um Unico fe 1, mas empreviios, conforme es recepenes Nao estou, porno, dispsto a dear a questo dos efei- tosaes outros ipsesloges, scilogs, sicanalitas etc) Everdade ‘ve, dese ponto de vista, o semilogo se enconva em uma pos- {odie afrma, de una parte, que uma mensagem nunca rodurs6 um efito, que virosefitossio sempre posses eas egura, de outa pare, qe uma mensagem nuncs produz um fet qualquer. Cio que, eftivament, se esas das colsasso Aafimads 20 mesma tempo, extamce em uma stag muta Aesconfonavel em relagio a causaidade. Pretende que é preciso tentarpreservar esa ambit de epermanecerna pasa que conse em dizer qe enum feta de sentido éautomstco, que nen eeto de sentido & ‘a oer de uma relao linear causalefeto, mas que, 20 mesmo tempo, hi feito de sentido e que ese efto ndo tem regio ‘com as propriedades da mensagem. Por que 6 preciso ficar nasa poscio desconortvl? Por ue, so semilogp “deta os efetos para os owes, iso implica tim corte bizato da reaidade. Na vedade,haveré uma causal- ‘dade anicante? Eu acre nis. Neste caso, havea um espe lala ds cuss fo semilogo que no poderainterogarse so bres efeitos e especial dos ees (os qutos quenao teria nada asaber sobre as causas. Esta stuacio, esta estanhaclstibu io de compotncias, resulta no que Roland Barthes denancou [af muito tempo: ax que se ecupam dos ects das mensagens Sem inteogarse sobre a nature dascausssioinevtavelmente levodos a nturalzar signe. 9. IMPRENSA ESCRITA 'ETEORIA DOS DISCURSOS SOCIAI: PRODUGAO, RECEPGAO, REGULAGAO o content de nosas sociedad pind mias- za aliens esria representa um domino totalmente ex- ‘cepcional para a analise dos discursos, na busca de um campo propcio a ese de suas hipétses terieas wa comprovagso de ‘seus insrumentosde descrigio ela de uma part, uma especie de aboratério para o estudo dis iansformagbes sococulals das rupas soca das relies entre ess tansformagies © 8 ‘evoluco eo enteacamenta dos gineros discuss comport, de outa parte, una rede de produ de discusoscujacomple- dade irvoca operacioralizagio de um suadra conceal de ilps nes, apna de fazer fenea essa complexidade, © objetivo deste trabalho € fazer um primeira exame completo da horzonte dese quado conceit lembrand, por so mesmo, alguns ds problemas que surgem quando se aborda © dominio da imprensa esta, do ponto de vita de uma teva dhs dscurividade social 1 Mea pmpite de mdtea, autistic roauptcom cfg Tse 580