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J. R. Nyquist
Tradução:
Wilson Filho Ribeiro de Almeida, 2021
Em pântanos rasos
24/09/2019
A rixa do “impeachment”
29/10/2019
— GUSTAVE LE BON
Os segredos do pântano
21/11/2019
Magia e destruição
21/01/2020
Aquele que não tem sementes demoníacas dentro de si
nunca dará à luz um novo mundo.
Verdade e beleza
07/02/2020
NIETZSCHE
Em suas meditações errantes sobre pensadores e artistas
alemães, Erich Heller pergunta: “Teria a feiúra da verdade feia
aumentado tão drasticamente desde a época de Platão, que
agora qualquer um que associe a verdade à beleza comete um
crime filosófico?”
Os fracos de espírito podem dizer “sim” à pergunta de
Heller. Mas a resposta certa é “não”. Não é que a verdade
tenha se tornado mais feia; ao contrário, trata-se da feiúra
crescente das mentiras dominantes de hoje. De fato, uma
falsificação doutrinária da realidade prevalece em nossa mídia
e com nossas elites políticas. (Veja a farsa do conluio da
Rússia como um exemplo recente).
Os falsificadores doutrinários de nosso tempo estão na
esquerda. Eles acreditam, erroneamente, em soluções
definitivas para os problemas sociais e políticos do homem:
pobreza, guerra, doença e desordem. Porém não existem
soluções definitivas para esses problemas. Aqueles que
acreditam em tais soluções acabam criando um problema pior,
a saber: o problema do governo arbitrário e despótico.
Uma vez que somos mortais que vivem em um universo
limitado pela morte e pela tragédia, ninguém sai deste mundo
vivo. Pobreza, guerra e injustiça sempre estarão conosco. As
soluções oferecidas pela esquerda são cunhadas em moeda
falsa. A demagogia deles é a da tirania iminente. E a tirania
não resolve nada. Ela simplesmente aumenta a quota de
pobreza, guerra e injustiça do homem. A condição humana só
pode ser mitigada pela prudência política, por restrições e
contrapesos que impedem centros potenciais de poder
absoluto. Mas a esquerda busca construir esses centros de
poder, condenando qualquer restrição de suas ambições
utópicas.
A esquerda adere ao socialismo — vagamente definido
— como um dogma flexível e secular com tendências táticas
que mudam de forma. Esse dogma, como todos os dogmas,
promove preguiça e desonestidade intelectuais, degeneração
moral, declínio econômico e despotismo político. A história
nos mostra isso repetidas vezes. No entanto, deixamos de
aprender com a história enquanto a doença intelectual se
espalha por metástase em nosso meio. Parecemos incapazes de
impedir seu progresso em nossas escolas, nossa mídia e nosso
governo. Portanto, estamos continuamente sujeitos a emissões
de gases conceituais de igualitarismo, darwinismo,
cientificismo — a bobagem da moda que impulsiona essa
degeneração adiante.
A feiúra dessa visão de mundo, que faz do homem uma
espécie de macaco, produz em seu rastro uma arte feia e um
mal-estar cultural. As pessoas estão cada vez mais se voltando
para os antidepressivos, porque a feiúra, a trivialidade e a falta
de fé da nova visão de mundo materialista são deprimentes —
e apodrecem a alma. O assim chamado socialismo
“científico”, é claro, não acredita na alma. Ele é desalmado,
apesar de suas pretensões humanitárias. Os sábios enxergam
através das falsas boas intenções do mainstream esquerdista.
Os tolos não conseguem enxergar, mas sim participam,
acrescentando suas boas intenções genuínas a algo que se
baseia na fraude. Assim, temos a situação confusa de pessoas
boas apoiando uma causa má. Parece que esse mal não é
reconhecido devido à ignorância daquilo que Nietzsche
chamou de “os demasiado muitos”.
O produto final de tudo isso é uma cultura feia mediada
por eruditos feios e políticos mais feios ainda. A feiúra aqui é
espiritual, moral e intelectual. Os sicofantas do
“progressivismo” são acólitos do feio. Como oponentes da
verdade, eles terminam como abastecedores do feio. Ao
combatê-los, também podemos nos tornar feios, porque a
inimizade é recíproca assim como reflexiva.
Diferente da ordem aristocrática de séculos anteriores, a
nova ordem, imbuída das psicopatias do lumpemproletariado,
não tem meios para se embelezar (por mais que se esforce). O
“artista” contemporâneo que se junta aos guerreiros da justiça
social pode superar a feiúra em alguns momentos; mas o mal-
estar interno da totalidade não pode celebrar genuinamente a
bela guarnição de prata na nuvem escura da realidade —
exceto como uma tela coberta de vômito. Tal é o imperativo
artístico do subversivo, do criminoso, do revolucionário. Não
apenas uma revolta artística, mas também revoltante.
Com o advento do bolchevismo, com o avanço da Grande
Mentira, a arte tornou-se pervertida. Ela gradualmente se
voltou para a celebração do vil e do grotesco. As galerias de
arte de hoje nos têm mostrado um crucifixo mergulhado em
urina. No mundo às avessas da Revolução, sob a Epifania dos
Perversos, em meio ao deplorável uivo dos niilistas, o falso
artista se junta à legião dos condenados. Eis a “consciência
patologicamente fechada” contra a qual Eric Voegelin alertava:
o sistema de cultura dos deliberados traidores, inversores,
subversores — da ordem humana.
Vermelhos Americanos
18/02/2020
RICHARD HOFSTADTER[9]
EZRA POUND
— V. I. LENIN
— XI JINPING
— PROGRAMA DO PARTIDO
COMUNISTA DOS ESTADOS UNIDOS
RICHARD NIXON
WINSTON CHURCHILL
O COLAPSO DO COMUNISMO
A AMÉRICA É INVENCÍVEL
O período preparatório
01/05/2020
— MARXISM-LENINISM
ON WAR AND ARMY, P. 12
— SÊNECA
O significado de inimizade
25/05/2020
— STANLEY G. PAYNE
THE SPANISH CIVIL WAR
(A Guerra Civil de Espanha, a União Soviética e o
Comunismo).
Mito e apocalipse
02/06/2020
— LUÍS XVI
PARA SUA GUARDA SUÍÇA
10 DE AGOSTO DE 1792
As tarântulas
09/06/2020
— FRIEDRICH NIETZSCHE
ASSIM FALOU ZARATUSTRA, 29
É o comunismo, estúpido
14/06/2020
— CARL BOGGS
GRAMSCI’S MARXISM, P. 52[37]
O que não lhe contaram, o que não lhe dirão, o que suas
medidas ativas foram projetadas para ocultar de você, é o
significado do mínimo solar que se aproxima.[40] Se quisermos
entender o timing estratégico da China, em termos de ações
desestabilizadoras e preparações militares, o próximo mínimo
solar precisa ser levado em consideração.
O que é o mínimo solar?
Ele envolve um enfraquecimento cíclico do campo
eletromagnético do Sol, resultando em um bombardeio mais
intenso dos oceanos por raios cósmicos, aumentando a
formação de nuvens de baixo nível que podem refletir até 60
por cento do calor do Sol. Os efeitos sobre o clima incluiriam
inundações de primavera mais freqüentes e uma estação de
cultivo mais curta nas latitudes do norte. Resultaria, desses e
de outros efeitos, uma redução significativa na produção
mundial de alimentos.
O governo russo sabe tudo sobre isso. O governo chinês
também sabe. E ambos os governos têm se preparado, em
segredo. O clima já causou perdas de safra na China
(mascaradas pelo discurso de perdas relacionadas à COVID-
19). Enquanto isso, o Ocidente tem sido ludibriado com uma
medida ativa chamada “ciência do aquecimento global
antropogênico”. Na verdade, a “teoria do aquecimento global
antropogênico” é uma pseudociência. Alguns dos que
promoveram essa pseudociência eram agentes de Moscou.
Outros eram “idiotas úteis”.
Ao contrário da narrativa predominante, o aquecimento
global é um fenômeno cíclico — como o Dr. Abdussamatov
explicou em seu artigo de 2009. Os dogmáticos do
aquecimento global antropogênico caluniaram o Dr.
Abdussamatov, chamando-o de “picareta”. Mesmo assim, o
seu crédito é alto nos círculos do Kremlin. Há alguns anos,
quando questionado sobre o aquecimento global, o presidente
russo Putin disse: “Eu acredito no resfriamento global”. Putin
apóia as afirmações do astrônomo uzbeque, nas quais os
seguintes fatos são enfatizados:
— JEAN BODIN
SOBRE A SOBERANIA[45]
— ANATOLIY GOLITSYN
MEIAS VERDADES, VELHAS MENTIRAS, 1984[48]
A verdade de Hamlet
25/07/2020
— NAPOLEÃO BONAPARTE
A dialética de Putin
09/10/2020
— VLADIMIR PUTIN
— HENRY ADAMS
Cegueira voluntária
20/11/2020
Pense nos interesses globais por trás de suas próprias
organizações de notícias. Pense na pressão mobilizada
pelas empresas de rede social para impedir a liberdade
de expressão acerca de qualquer contestação às
eleições. Este é um esforço gigantesco, bem
financiado e coordenado para privar a ‘nós, o povo
dos Estados Unidos’ de nosso direito mais
fundamental sob a Constituição, que é o de preservar
esta República que todos prezamos. É o 1775 de nossa
geração e das seguintes.
Um livrinho perturbador
24/11/2020
— RICHARD M. WEAVER
— VLADIMIR LENIN
— FRIEDRICH ENGELS
‘Camaradas,
Estou muito animado hoje, porque a vasta pesquisa online
sina.com, que foi feita para nós, mostrou que a nossa próxima
geração é bastante promissora e que a causa do nosso partido
vai continuar. Ao responder à pergunta: “Você vai atirar em
mulheres, crianças e prisioneiros de guerra?”, mais de 80 por
cento dos entrevistados responderam afirmativamente,
superando em muito nossas expectativas.
Hoje, eu gostaria de me concentrar em por que pedimos à
sina.com para realizar esta pesquisa online entre o nosso povo.
O meu discurso de hoje é uma continuação do meu discurso da
última vez, durante o qual comecei com uma discussão quanto
ao problema das três ilhas, [em que] mencionei que 20 anos do
idílico tema de “paz e desenvolvimento” tinham chegado ao
fim, e concluí que a modernização pelo sabre é a única opção
para a próxima fase da China. Também menciono que temos
um interesse vital no exterior. Hoje, falarei mais
especificamente sobre essas duas questões.
A questão central desta pesquisa parece ser se devemos
atirar em mulheres, crianças e prisioneiros de guerra, mas o
seu sentido real vai muito além disso. Ostensivamente, nossa
intenção é principalmente descobrir qual é a atitude do povo
chinês em relação à guerra: se estes futuros soldados não
hesitarem em matar até mesmo os não-combatentes, eles
naturalmente serão duas vezes mais propensos e implacáveis
para matar combatentes. Portanto, as respostas às perguntas da
pesquisa podem refletir a atitude geral do povo em relação à
guerra.
Na verdade, porém, essa não é a nossa intenção genuína.
O objetivo do Comitê Central do PCC ao conduzir esta
pesquisa é sondar a mente do povo. Queríamos saber: se o
desenvolvimento global da China exigir mortes em massa em
países inimigos, o nosso povo endossará esse cenário? Ele será
a favor ou contra?
Como todos sabem, a essência do pensamento do
Camarada Xiaoping é “o desenvolvimento é a dura verdade”.
E o Camarada Jintao também assinalou repetida e
enfaticamente que “o desenvolvimento é a nossa maior
prioridade”, o que não deve ser negligenciado nem por um
momento. Mas muitos camaradas tendem a entender
“desenvolvimento” em seu sentido estrito, presumindo que se
limite ao desenvolvimento doméstico. O fato é que nosso
“desenvolvimento” refere-se à grande revitalização da nação
chinesa, a qual, obviamente, não se limita às terras que temos
agora, mas também inclui o mundo inteiro.
Por que o coloco dessa forma?
Tanto o camarada Liu Huaquing, um dos líderes da velha
geração em nosso Partido, quanto o camarada He Xin, um
jovem estrategista de nosso Partido, enfatizaram várias vezes a
teoria concernente à mudança do centro da Civilização
Mundial. Nosso slogan de “revitalizar a China” tem como base
essa forma de pensar. Vocês podem consultar os jornais e
revistas publicados nos últimos anos ou acessar a internet para
fazer pesquisas a fim de descobrir quem levantou o slogan da
revitalização nacional primeiro. Foi o Camarada He Xin.
Vocês sabem quem é He Xin? Ele pode parecer agressivo e
desprezível quando fala em público, com suas mangas e calças
todas arregaçadas, mas a sua visão histórica é um tesouro que
o nosso Partido deveria apreciar.
Ao discutir este assunto, começemos do início.
Como todos sabem, de acordo com as visões propagadas
por estudiosos ocidentais, a humanidade como um todo se
originou de uma mãe solteira na África. Portanto, nenhuma
raça pode reivindicar superioridade racial. No entanto, de
acordo com a pesquisa realizada pela maioria dos estudiosos
chineses, os chineses são diferentes das outras raças do
planeta. Não somos originários da África. Em vez disso, nós
nos originamos de forma independente na região da China. O
Homem de Pequim em Zhoukoudian, com o qual todos
estamos familiarizados, representa uma fase da evolução de
nossos ancestrais. “O Projeto de Busca das Origens da
Civilização Chinesa”, realizado atualmente em nosso país, visa
a uma pesquisa mais abrangente e sistemática sobre a origem,
o processo e o desenvolvimento da antiga civilização chinesa.
Costumamos dizer: “A civilização chinesa tem uma história de
cinco mil anos”. Mas, agora, muitos especialistas envolvidos
em pesquisas de diversos campos, incluindo arqueologia,
culturas étnicas e culturas regionais, chegaram ao consenso de
que as novas descobertas, como a da cultura Hongshan no
nordeste, a cultura Liangahn na província de Zhejiang, as
ruínas de Jinsha na província de Sichuan, e o Sítio Cultural do
Imperador Yongzhou Shun na província de Hunan, são todos
evidências convincentes da existência das primeiras
civilizações da China e provam que só a história da agricultura
de cultivo do arroz na China pode ser rastreada até 8.000 a
10.000 anos atrás. Isso refuta o conceito de “cinco mil anos de
civilização chinesa.”
Portanto, podemos afirmar que somos o produto de raízes
culturais de mais de um milhão de anos, e uma entidade
chinesa única de dois mil anos. Esta é a entidade chinesa de
dois mil anos. Esta é a nação chinesa que se autodenomina
“descendentes de Yan e Huang”, a nação chinesa da qual
temos tanto orgulho. A Alemanha de Hitler certa vez se gabou
de que a raça alemã era a raça mais superior da terra, mas o
fato é que nossa nação é muito superior aos alemães.
Durante nossa longa história, nosso povo se espalhou
pelas Américas e pelas regiões ao longo do Círculo do
Pacífico, e veio a ser os índios nas Américas e os grupos
étnicos do Leste Asiático no Pacífico sul.
Todos sabemos que, devido à nossa superioridade
nacional, durante a vibrante e próspera Dinastia Tang, nossa
civilização estava no auge do mundo. Éramos o centro da
civilização mundial e nenhuma outra civilização do mundo era
comparável à nossa. Mais tarde, por causa de nossa
complacência, estreiteza de visão e fechamento de nosso
próprio país, fomos superados pela civilização ocidental e o
centro do mundo mudou para o Ocidente.
Ao revisar a história, pode-se perguntar: o centro da
civilização mundial voltará para a China?
O camarada He Xin colocou isso em seu relatório ao
Comitê Central em 1988: se o fato é que o centro da liderança
do mundo esteve localizado na Europa a partir do século
XVIII, e depois mudou para os Estados Unidos em meados do
século XX, o centro de liderança do mundo mudará para o
Oriente do nosso planeta. E “o Oriente”, é claro, refere-se
principalmente à China.
Na verdade, o camarada Lui Huaquing fez observações
semelhantes na década de 1980. Com base em uma análise
histórica, ele apontou que o centro da civilização mundial está
mudando. Ele mudou do Oriente para a Europa Ocidental e
mais tarde para os Estados Unidos; agora está voltando para o
Oriente. Portanto, se nos referirmos ao século XIX como o
século britânico e ao século XX como o século americano,
então o século XXI será o século chinês.
Compreender com consciência esta lei histórica e saudar
o advento do século chinês é a missão histórica do nosso
Partido. Como todos sabemos, no final do século passado,
construímos o Altar para o século chinês em Pequim.
No exato momento da chegada do novo milênio, a
direção coletiva do Comitê Central do Partido se reuniu ali
para um comício, empunhando as tochas de Zhoukoudian, a
fim de prometerem se preparar para saudar a chegada do
século chinês. Estávamos fazendo isso para seguir a lei
histórica e definindo a realização do século chinês como a
meta dos esforços do nosso Partido.
Posteriormente, no relatório político do XVI Congresso
Nacional do nosso Partido, estabelecemos que a revitalização
nacional deveria ser nosso grande objetivo e especificamos
explicitamente em nossa nova Constituição do Partido que o
nosso Partido é o pioneiro do povo chinês. Todas essas etapas
marcaram um grande desenvolvimento no marxismo,
refletindo a coragem e a sabedoria do nosso Partido. Como
todos sabemos, Marx e seus seguidores nunca se referiram a
nenhum partido comunista como um pioneiro de um certo
povo; tampouco disseram que a revitalização nacional poderia
ser usada como slogan de um partido comunista. Mesmo o
Camarada Mao Zedong, um corajoso herói nacional, só
levantou a bandeira da “revolução proletária global”, mas
mesmo ele não teve a coragem de dar a publicidade mais forte
ao slogan da revitalização nacional.
Devemos saudar a chegada do século chinês levantando a
bandeira da revitalização nacional. Como devemos lutar pela
realização do século chinês? Devemos tomar emprestadas as
experiências preciosas da história humana, aproveitando a
notável fruição da civilização humana e tirando lições do que
aconteceu a outros grupos étnicos.
As lições incluem o colapso do comunismo na antiga
União Soviética e no Leste Europeu, bem como as derrotas da
Alemanha e do Japão no passado. Recentemente, tem havido
muita discussão sobre as lições do colapso do comunismo na
antiga União Soviética e nos países do Leste Europeu, então
não vou me alongar sobre elas aqui. Hoje eu gostaria de falar
sobre as lições da Alemanha e do Japão.
Como todos sabemos, a Alemanha nazista também dava
muita ênfase à educação do povo, especialmente da geração
mais jovem. O Partido Nazista e o governo organizaram e
estabeleceram várias instituições educacionais e de
propaganda, como a “Agência de Orientação da Propaganda
Nacional”, o “Departamento de Educação e Propaganda
Nacional”, a “Agência de Supervisão de Estudo e Educação da
Cosmovisão” e o “Gabinete de Informação”, todos visando a
incutir na mente do povo, desde as escolas primárias até as
faculdades, a idéia de que o povo alemão é superior, e
convencer o povo de que a missão histórica do povo ariano é
tornar-se os “senhores da terra”, cujo direito é “governar o
mundo todo”. Naquela época, o povo alemão era muito mais
unido do que nós somos hoje.
Não obstante, a Alemanha foi derrotada de maneira
totalmente vergonhosa, junto com seu aliado, o Japão. Por
quê? Chegamos a algumas conclusões nas reuniões de estudo
do Politburo, nas quais buscávamos as leis que regiam as
vicissitudes das grandes potências e tentávamos analisar o
rápido crescimento da Alemanha e do Japão. Se decidimos
revitalizar com base no modelo alemão, não devemos repetir
os erros que eles cometeram.
Especificamente, as seguintes são as causas fundamentais
de sua derrota: primeiro, eles tinham muitos inimigos ao
mesmo tempo, visto que não aderiram ao princípio de eliminar
os inimigos um de cada vez; segundo, eles eram muito
impetuosos, carecendo da paciência e perseverança necessárias
para grandes realizações; terceiro, quando chegou a hora de
serem implacáveis, eles se mostraram muito moles, deixando
assim problemas que ressurgiram mais tarde.
Vamos supor que, naquela época, a Alemanha e o Japão
tivessem conseguido manter os Estados Unidos neutros e
travado uma guerra prolongada, passo a passo, na fronte
soviética. Se eles tivessem adotado essa abordagem, ganhado
algum tempo para avançar em suas pesquisas, conseguido no
devido tempo obter a tecnologia de armas nucleares e mísseis,
e lançado com elas ataques surpresa contra os Estados Unidos
e a União Soviética, então os Estados Unidos e a União
Soviética não teriam sido capazes de se defender e teriam de
se render. O pequeno Japão, em particular, cometeu um erro
flagrante ao lançar o ataque furtivo a Pearl Harbor. Esse ataque
não atingiu partes vitais dos Estados Unidos. Em vez disso, ele
arrastou os Estados Unidos para a guerra, para as fileiras dos
coveiros que por fim enterraram os fascistas alemães e
japoneses.
Claro, se eles não tivessem cometido esses três erros e
ganhado a guerra, a história teria sido escrita de uma maneira
diferente. Se esse tivesse sido o caso, a China não estaria em
nossas mãos. O Japão poderia ter transferido a sua capital para
a China e governado a China. Posteriormente, a China e toda a
Ásia, sob o comando do Japão, teriam trazido à tona a
sabedoria oriental, conquistado o Ocidente governado pela
Alemanha e unificado o mundo inteiro. Isso é irrelevante, é
claro. Sem mais digressões.
Então, a razão fundamental para as derrotas da Alemanha
e do Japão é que a história não os preparou para serem os
“senhores da terra”, pois eles não são, afinal, a raça mais
superior.
Ao que parece, em comparação, a China de hoje é
alarmantemente semelhante à Alemanha daquela época.
Ambas se consideram as raças mais superiores; ambas têm um
histórico de serem exploradas por potências estrangeiras e,
portanto, são vingativas; ambas têm a tradição de adorar suas
próprias autoridades; ambas sentem que têm espaço vital
consideravelmente insuficiente; ambas erguem as duas
bandeiras do nacionalismo e do socialismo e se rotulam como
“nacional-socialismo”; ambas adoram “um só estado, um só
partido, um só líder e uma só doutrina”.
E, no entanto, se realmente quisermos fazer uma
comparação entre a Alemanha e a China, então, como disse o
Camarada Jiang Zemin, a Alemanha pertence à “pediatria” —
trivial demais para ser comparada. Qual é o tamanho da
população da Alemanha? Qual o tamanho de seu território? E
qual a duração de sua história? Nós eliminamos oito milhões
de soldados nacionalistas em apenas três anos. Quantos
inimigos a Alemanha matou? Eles estiveram no poder por um
período passageiro de pouco mais de uma dúzia de anos antes
de perecerem, enquanto nós ainda estamos ativos depois de
ficarmos por aí por mais de oitenta anos. Nossa teoria da
mudança de centro da civilização é, obviamente, mais
profunda do que a teoria de Hitler dos “senhores da terra”.
Nossa civilização é profunda e ampla, o que determinou o fato
de sermos muito mais sábios do que eles.
Nosso povo chinês é mais sábio do que os alemães
porque, fundamentalmente, nossa raça é superior à deles.
Como resultado, temos uma história mais longa, mais pessoas
e maior área de terra. Com base nisso, nossos ancestrais nos
deixaram as duas heranças mais essenciais, que são o ateísmo
e a grande unidade. Foi Confúcio, o fundador da nossa cultura
chinesa, quem nos deu essas heranças.
Essa herança determinou o fato de termos uma
capacidade de sobrevivência mais forte do que o Ocidente. É
por isso que a raça chinesa conseguiu prosperar por tanto
tempo. Estamos destinados a “não ser enterrados nem pelo céu
nem pela terra”, não importa a gravidade dos desastres:
naturais, causados pelo homem e nacionais. Essa é a nossa
vantagem.
Tome-se a resposta à guerra como exemplo. A razão pela
qual os Estados Unidos permanecem hoje é que nunca viram
guerra em seu continente. Quando seus inimigos apontarem
para o continente, estes inimigos chegarão a Washington antes
que o seu congresso termine de debater e autorize o presidente
a declarar guerra. Mas, quanto a nós, não perdemos tempo
com essas coisas triviais. O Camarada Deng Xiaoping disse
uma vez: “A liderança do Partido é rápida na tomada de
decisões. Assim que uma decisão é tomada, ela é
imediatamente implementada. Não há perda de tempo com
coisas triviais como nos países capitalistas. Essa é a nossa
vantagem! O centralismo democrático do nosso Partido
baseia-se na tradição da grande unidade. Embora a Alemanha
fascista também enfatizasse o centralismo de alto nível, ela se
concentrou apenas no poder do líder máximo, mas ignoraram a
liderança coletiva do grupo central. É por isso que Hitler foi
traído por muitos, mais tarde em sua vida, o que basicamente
esgotou a capacidade de guerra dos nazistas.
O que nos torna diferentes da Alemanha é que somos
ateus completos, enquanto a Alemanha era principalmente um
país católico e protestante. Hitler era apenas meio ateu.
Embora Hitler também acreditasse que os cidadãos comuns
tinham pouca inteligência e que os líderes deveriam, portanto,
tomar decisões, e embora o povo alemão adorasse Hitler
naquela época, a Alemanha não tinha a tradição de adorar os
sábios de forma ampla. Nossa sociedade chinesa sempre
adorou os sábios, e isso porque não adoramos nenhum Deus.
Quando você adora um deus, você não pode adorar uma
pessoa ao mesmo tempo, a menos que reconheça a pessoa
como o representante de deus, como fazem nos países do
Oriente Médio. Por outro lado, quando você reconhece uma
pessoa como um sábio, é claro que você vai querer que ela seja
o seu líder… Este é o fundamento do nosso centralismo
democrático.
O ponto principal é que somente a China é uma força
confiável na resistência ao sistema democrático parlamentar
ocidental. A ditadura de Hitler na Alemanha foi talvez apenas
um erro momentâneo na história.
Talvez vocês agora tenham entendido por que decidimos
recentemente promover ainda mais o ateísmo. Se deixarmos a
teologia do Ocidente entrar na China e nos esvaziar desde
dentro, se deixarmos todos os chineses ouvirem a Deus e
seguirem a Deus, quem nos ouvirá e nos seguirá
obedientemente? Se as pessoas comuns não acreditarem que o
Camarada Hu Jintao é um líder qualificado, questionarem a
sua autoridade e quiserem monitorá-lo, se os adeptos
religiosos em nossa sociedade questionarem por que estamos
deixando Deus nas igrejas, o nosso Partido poderá continuar
governando a China?
O sonho da Alemanha de ser o “senhor da terra” falhou
porque, em última análise, a história não lhe concedeu esta
grande missão. Mas as três lições que a Alemanha aprendeu
com a experiência são as que devemos lembrar ao completar
nossa missão histórica e revitalizar nossa raça. As três lições
são: segurar com firmeza o espaço vital do país; segurar com
firmeza o controle do Partido sobre a nação; e segurar com
firmeza a direção geral para se tornar o “senhor da terra”.
A seguir, eu gostaria de abordar essas três questões.
A primeira questão é o espaço vital. Esse é o maior foco
da revitalização da raça chinesa. Em meu último discurso, eu
disse que a luta pelos recursos vitais básicos (incluindo terra e
oceano) é a fonte da grande maioria das guerras da história.
Isso pode mudar na era da informação, mas não
fundamentalmente. Nossos recursos per capita são muito
menores do que os da Alemanha daquela época. Além disso, o
desenvolvimento econômico dos últimos vinte anos teve um
impacto negativo e os climas estão piorando rapidamente.
Nossos recursos estão bastante escassos. O meio ambiente está
gravemente poluído, em especial o solo, a água e o ar. Não
apenas nossa capacidade de sustentar e desenvolver nossa
raça, mas até mesmo sua sobrevivência está gravemente
ameaçada, numa medida muito maior do que a enfrentada pela
Alemanha naquela época.
Qualquer pessoa que já esteve em países ocidentais sabe
que o espaço vital deles é muito melhor do que o nosso. Eles
têm florestas ao longo das rodovias, enquanto nós dificilmente
temos alguma árvore ao lado de nossas ruas. O céu deles é
geralmente azul com nuvens brancas, enquanto o nosso céu é
coberto por uma camada de névoa escura. A água da torneira
deles é limpa o suficiente para beber, enquanto até a nossa
água subterrânea está tão poluída que não pode ser bebida sem
filtrar. Eles têm poucas pessoas nas ruas, e duas ou três
pessoas podem ocupar um pequeno prédio residencial; em
contraste, nossas ruas estão sempre cheias de gente, e várias
pessoas têm de compartilhar o mesmo quarto.
Muitos anos atrás, havia um livro intitulado Catástrofes
Amarelas. Ele dizia que, por seguirmos o estilo americano de
consumo, nossos limitados recursos não sustentariam por
muito tempo a população e que a sociedade entraria em
colapso, quando nossa população atingisse 1,3 bilhão. Agora
nossa população já ultrapassou esse limite e contamos agora
com as importações para sustentar nossa nação. Não é que não
tenhamos prestado atenção a esse problema. O Ministério de
Recursos da Terra é especializado neste assunto.
Mas o termo ‘espaço vital’ (lebensraum) está muito
relacionado à Alemanha nazista. O motivo pelo qual não
queremos discutir isso tão abertamente é evitar que o Ocidente
nos associe à Alemanha nazista, o que poderia, por sua vez,
reforçar a visão de que a China é uma ameaça. Portanto, em
nossa ênfase na nova teoria de He Xin, “Direitos humanos são
só direitos de viver”, falamos apenas de “viver”, mas não de
“espaço”, a fim de evitar o uso do termo “espaço vital”. Do
ponto de vista da história, a razão pela qual a China se depara
com a questão do espaço vital é porque os países ocidentais
estabeleceram colônias antes dos países orientais. Os países
ocidentais estabeleceram colônias em todo o mundo, o que
lhes deu uma vantagem na questão do espaço vital. Para
resolver este problema, devemos levar o povo chinês para fora
da China, para que ele possa se desenvolver fora da China.
A segunda questão é o nosso foco na capacidade de
liderança do partido governante. Nesta, temos feito melhor do
que o partido deles. Embora os nazistas tenham espalhado o
seu poder em todos os aspectos do governo nacional alemão,
eles não enfatizaram a sua posição de liderança absoluta como
nós temos feito. Eles não consideraram o problema da gestão
do poder do partido como primeira prioridade, o que nós
temos feito. Quando o camarada Mao Zedong resumiu os “três
tesouros” da vitória do nosso partido na conquista do país, ele
considerava como “tesouro” mais importante o
desenvolvimento do Partido Comunista Chinês (PCC) e o
fortalecimento de sua posição de liderança.
Temos de nos concentrar em dois pontos para fortalecer
nossa posição de liderança e melhorar nossa capacidade de
liderança.
O primeiro é promover a teoria dos “Três
Representantes”, destacando que o nosso Partido é o pioneiro
da raça chinesa, além de ser o pioneiro do proletariado. Muitos
cidadãos dizem em particular: “Nunca votamos em vocês, do
Partido Comunista, para nos representar. Como podem ter a
pretensão de serem nossos representantes?”
Não há necessidade de se preocupar com esse problema.
O camarada Mao Zedong disse que, se pudéssemos liderar o
povo chinês para fora da China, resolvendo a falta de espaço
vital na China, o povo chinês nos apoiaria. Nesse momento,
não precisaremos nos preocupar com os rótulos de
“totalitarismo” ou “ditadura”. Se poderemos representar para
sempre o povo chinês é algo que depende de conseguirmos
conduzir o povo chinês para fora da China.
O segundo ponto, se poderemos levar o povo chinês para
fora da China, é o fator mais importante da posição de
liderança do PCC.
Por que digo isso?
Todos sabem que sem a liderança do nosso Partido, a
China não existiria hoje. Portanto, nosso maior princípio é
proteger para sempre a posição de liderança do nosso Partido.
Antes de 4 de junho, percebemos vagamente que, enquanto a
economia da China fosse desenvolvida, as pessoas apoiariam e
amariam o Partido Comunista. Portanto, tivemos de usar
várias décadas de tempo de paz para desenvolver a economia
chinesa. Não importa quais sejam os ismos, quer seja um gato
branco ou preto, ele será um bom gato se puder desenvolver a
economia chinesa. Mas, naquela época, não tínhamos idéias
maduras sobre como a China lidaria com as disputas
internacionais após o desenvolvimento de sua economia.
O Camarada Xiaoping disse então que os principais
temas do mundo eram a paz e o desenvolvimento. Mas a
agitação de 4 de junho deu um aviso ao nosso Partido e deu-
nos uma lição que ainda está fresca.
A pressão da evolução pacífica da China nos faz
reconsiderar esses dois temas principais de nosso tempo.
Vemos que nenhuma dessas duas questões, paz e
desenvolvimento, foi resolvida. As forças de oposição
ocidentais sempre mudam o mundo de acordo com suas
próprias visões; elas querem mudar a China e usar a evolução
pacífica para derrubar a liderança do nosso Partido Comunista.
Portanto, se apenas desenvolvermos a economia, ainda
encaramos a possibilidade de perder o controle.
A agitação de 4 de junho quase conseguiu fazer uma
transição pacífica; se não fosse pelo fato de que um grande
número de camaradas veteranos ainda estavam vivos e que
num momento crucial eles retiraram Zhao Ziyang e seus
seguidores, então todos nós teríamos sido colocados na prisão.
Depois da morte, teríamos muita vergonha de aparecer diante
de Marx. Embora tenhamos passado no teste de 4 de junho,
depois que nosso grupo de camaradas antigos faleceu, sem o
nosso controle, a evolução pacífica ainda pode chegar à China
assim como chegou à antiga União Soviética. Em 1956, eles
abafaram o incidente húngaro e derrotaram os ataques dos
revisionistas de Tito da Iugoslávia, mas não puderam resistir a
Gorbachev uns trinta anos depois. Assim que esses antigos
camaradas pioneiros morreram, o poder do Partido Comunista
foi retirado pela evolução pacífica.
Depois que a agitação de 4 de junho foi reprimida,
estivemos pensando em como prevenir a China de uma
evolução pacífica e como manter a liderança do Partido
Comunista. Nós refletimos várias vezes, mas não tivemos
nenhuma boa idéia. Se não tivermos boas idéias, a China
inevitavelmente mudará de forma pacífica e todos nós nos
tornaremos criminosos na história. Depois de intensas
ponderações, finalmente chegamos a esta conclusão: somente
transformando a nossa potência nacional desenvolvida na
força de um primeiro ataque no exterior — somente levando o
povo a sair — poderemos ganhar para sempre o apoio e o
amor do povo chinês pelo Partido Comunista. Nosso partido
ficará então em um terreno invencível, e o povo chinês terá de
depender do Partido Comunista. Ele seguirá para sempre o
Partido Comunista com seus corações e mentes, como foi
escrito em um dístico freqüentemente visto no campo alguns
anos atrás: “Ouça o Presidente Mao, siga o Partido
Comunista!” Portanto, a agitação de 4 de junho nos fez
perceber que devemos combinar o desenvolvimento
econômico com a preparação para a guerra e o direcionamento
do povo a sair! Portanto, desde então, nossa política de defesa
nacional deu uma volta de 180 graus e, desde então, temos
enfatizado cada vez mais a “combinação de paz e guerra”. O
nosso desenvolvimento econômico trata inteiramente de se
preparar para as necessidades da guerra! Publicamente, ainda
enfatizamos o desenvolvimento econômico como o nosso
centro, mas, na realidade, o desenvolvimento econômico tem a
guerra como centro! Fizemos um esforço tremendo para
elaborar o “Projeto da Grande Muralha”, a fim de construir, ao
longo de nossas fronteiras costeiras e terrestres, bem como ao
redor de cidades grandes e médias, uma sólida “Grande
Muralha” subterrânea que possa resistir a uma guerra nuclear.
Também estamos armazenando todos os materiais de guerra
necessários. Portanto, não hesitaremos em travar uma Terceira
Guerra Mundial, a fim de fazer sair o povo e garantir a posição
de liderança do Partido. Em qualquer caso, nós, o PCC, nunca
desceremos do palco da história! Preferimos que o mundo
inteiro, ou mesmo o globo inteiro, compartilhe conosco a vida
e a morte do que sair do palco da história! Não existe uma
teoria da “dependência nuclear”? Ela quer dizer que, uma vez
que as armas nucleares comprometeram a segurança do mundo
inteiro, todos morrerão juntos caso a morte for inevitável. Na
minha opinião, existe outro tipo de dependência, ou seja, o
destino do nosso Partido está ligado ao do mundo inteiro. Se
nós, o PCC, acabarmos, a China estará acabada e o mundo
estará acabado.
A missão histórica do nosso Partido é levar o povo chinês
a sair. Se olharmos com uma visão ampla, veremos que a
história nos conduziu por esse caminho. Primeiro, a longa
história da China resultou na maior população do mundo,
incluindo chineses na China e no exterior. Segundo, assim que
abrirmos nossas portas, os capitalistas ocidentais em busca de
lucro investirão capital e tecnologia na China, a fim de ajudar
nosso desenvolvimento, de modo que possam ocupar o maior
mercado do mundo. Terceiro, nossos numerosos chineses no
exterior nos ajudam a criar o ambiente mais favorável para a
introdução de capital estrangeiro, tecnologia estrangeira e
experiência avançada na China. Assim, é garantido que nossa
política de reformas e de porto aberto alcançará um tremendo
sucesso. Quarto, a grande expansão econômica da China
inevitavelmente levará à redução do espaço vital per capita
para o povo chinês, e isso incentivará a China a se voltar para
o exterior em busca de um novo espaço vital. Quinto, a grande
expansão econômica da China inevitavelmente virá com um
desenvolvimento significativo de nossas forças militares,
criando condições para nossa expansão no exterior. Desde a
época de Napoleão, o Ocidente tem estado alerta para o
possível despertar do leão adormecido que é a China. Agora, o
leão adormecido está se levantando e avançando no mundo, e
se tornou imparável!
Qual é a terceira questão que devemos resolver com
firmeza para cumprir a nossa missão histórica de renascimento
nacional? É agarrar com firmeza o grande “problema da
América”.
Isso parece chocante, mas a lógica é na verdade muito
simples.
O Camarada He Xin apresentou um julgamento muito
fundamental, o qual é muito razoável. Ele afirmou em seu
relatório ao Comitê Central do Partido: o renascimento da
China está em conflito fundamental com os interesses
estratégicos do Ocidente e, portanto, será inevitavelmente
obstruído pelos países ocidentais fazendo tudo o que podem.
Portanto, somente quebrando o bloqueio formado pelos países
ocidentais encabeçados pelos Estados Unidos a China poderá
crescer e se mover em direção ao mundo!
Os Estados Unidos permitiriam que saíssemos para
ganhar um novo espaço vital? Em primeiro lugar, se os
Estados Unidos estão resolutos em nos bloquear, é difícil para
nós fazer algo significativo em relação a Taiwan, Vietnã, Índia
ou mesmo Japão, [então] quanto mais espaço vital podemos
conseguir? Muito simples! Apenas países como Estados
Unidos, Canadá e Austrália têm terras vastas para atender à
nossa necessidade de colonização em massa.
Portanto, resolver o “problema da América” é a chave
para resolver todos os outros problemas. Primeiro, isso
possibilita que muitas pessoas migrem para lá e até mesmo
estabeleçam outra China sob a mesma liderança do PPC. A
América foi originalmente descoberta pelos ancestrais da raça
amarela, mas Colombo deu crédito à raça branca. Nós, os
descendentes da nação chinesa, temos direito à posse da terra!
Diz-se que os residentes da raça amarela têm um status social
muito baixo nos Estados Unidos. Precisamos libertá-los. Em
segundo lugar, depois de resolver o “problema da América”,
os países ocidentais da Europa se curvariam diante de nós, sem
mencionar Taiwan, Japão e outros pequenos países. Portanto,
resolver o “problema da América” é a missão atribuída aos
membros do PCC pela história.
Às vezes penso como é cruel para a China e os Estados
Unidos serem inimigos que estão fadados a se encontrar numa
estrada estreita! Lembram-se de um filme sobre as tropas do
Exército da Libertação lideradas por Liu Bocheng e Deng
Xiaoping? O título é algo como “Batalha Decisiva nas
Planícies Centrais”. Há um comentário famoso no filme que é
cheio de poder e grandeza: “Os inimigos estão fadados a se
encontrar numa estrada estreita, apenas os bravos vencerão!”
Foi esse tipo de espírito de lutar para vencer ou morrer que nos
permitiu tomar o poder na China continental. É um destino
histórico que a China e os Estados Unidos hão de chegar a um
confronto inevitável num caminho estreito e lutar entre si! Os
Estados Unidos, ao contrário da Rússia e do Japão, nunca
ocuparam e prejudicaram a China, e além disso ajudaram a
China em sua batalha contra os japoneses. Mas certamente
serão uma obstrução, e a maior das obstruções! No longo
prazo, o relacionamento da China e dos Estados Unidos é de
uma luta de vida ou morte.
Certa vez, alguns americanos vieram nos visitar e
tentaram nos convencer de que a relação entre a China e os
Estados Unidos é de interdependência. O Camarada Xiaoping
respondeu de maneira educada: “Vá dizer ao seu governo, a
China e os Estados Unidos não têm uma relação
interdependente e de confiança mútua”. Na verdade, o
Camarada Xiaoping estava sendo educado demais, ele poderia
ter sido mais franco: “A relação entre a China e os Estados
Unidos é de uma luta de vida ou morte.” Claro, agora não é
hora de romper abertamente com eles ainda. Nossa reforma e
abertura para o mundo exterior ainda dependem de seu capital
e tecnologia, ainda precisamos da América. Portanto, devemos
fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para promover nosso
relacionamento com a América, aprender com a América em
todos os aspectos e usar a América como exemplo para
reconstruir nosso país.
Como temos administrado nossos negócios estrangeiros
nestes anos? Mesmo que tivéssemos de botar uma cara
sorridente para agradá-los, mesmo que tivéssemos de lhes dar
a face direita depois de terem batido em nossa face esquerda,
ainda assim teríamos de aguentar, a fim de aprofundar o nosso
relacionamento com os Estados Unidos. Lembram-se da
personagem de Wuxun no filme A História de Wuxun? A fim
de cumprir sua missão, ele aguentou tantas dores e sofreu
tantas pancadas e chutes! Hoje, os Estados Unidos são o país
mais bem-sucedido do mundo. Somente depois de
aprendermos todas as suas experiências úteis, poderemos
substituí-los no futuro. Mesmo que atualmente estejamos
imitando o tom americano: “A China e os Estados Unidos
apoiam-se mutuamente e compartilham a honra e a desgraça”,
não devemos esquecer que a história de nossa civilização
repetidamente tem nos ensinado que uma única montanha não
permite que dois tigres vivam juntos.
Também não devemos esquecer o que o camarada
Xiaoping enfatizou: “Abstenha-se de revelar ambições e tirar
os outros do caminho.” A mensagem escondida é: devemos
tolerar a América; devemos ocultar nossos objetivos últimos,
esconder nossas capacidades e aguardar a oportunidade. Dessa
forma, nossa mente está clara. Por que não atualizamos nosso
hino nacional com algo pacífico? Por que não mudamos o
tema bélico do hino? Em vez disso, ao revisar a Constituição
desta vez, pela primeira vez especificamos claramente que a
“Marcha dos Voluntários” é o nosso hino nacional. Assim,
entenderemos por que constantemente falamos em voz alta
sobre o “problema de Taiwan”, mas não sobre o “problema
americano”. Todos nós conhecemos o princípio de “fazer uma
coisa sob a cobertura de outra”. Se a gente ordinária só
consegue ver a pequena ilha de Taiwan com seus olhos, então
vocês, como a elite do nosso país, deveriam ser capazes de ver
o quadro completo da nossa causa. Ao longo desses anos,
segundo o acordo do Camarada Xiaoping, uma grande parte
do nosso território no Norte foi entregue à Rússia; vocês
realmente acham que o nosso Comitê do Partido é bobo?
A fim de resolver o problema da América, devemos ser
capazes de transcender convenções e restrições. Na história,
quando um país derrotava outro país ou ocupava outro país,
ele não podia matar todas as pessoas na terra conquistada
porque naquela época não se podia matar pessoas de maneira
eficaz com sabres ou lanças longas, ou mesmo com rifles ou
metralhadoras. Portanto, era impossível ganhar um pedaço de
terra sem manter o povo naquela terra. Entretanto, se
conquistássemos a América dessa forma, não poderíamos
fazer com que muitas pessoas migrassem para lá.
Somente usando meios especiais para “limpar” a América
é que seremos capazes de levar o povo chinês até lá. Esta é a
única escolha que nos resta. Esta não é uma questão de
estarmos dispostos a fazer isso ou não. Que tipo de meio
especial existe disponível para nós para “limpar a América”?
Armas convencionais como caças, canhões, mísseis e
navios de guerra não vão adiantar; nem as armas altamente
destrutivas, como as armas nucleares. Não somos tolos a ponto
de querer morrer junto com a América usando armas
nucleares, apesar do fato de termos estado exclamando que
resolveremos o problema de Taiwan a qualquer custo.
Somente usando armas não-destrutivas que podem matar
muitas pessoas seremos capazes de reservar a América para
nós mesmos. Tem havido um rápido desenvolvimento da
tecnologia biológica moderna e novas armas biológicas têm
sido inventadas uma após a outra. Obviamente, nós não
ficamos ociosos, nos últimos anos aproveitamos a
oportunidade para dominar armas desse tipo. Somos capazes
de alcançar o nosso propósito de “limpar” a América
subitamente. Quando o Camarada Xiaoping ainda estava
conosco, o Comitê Central do Partido teve a perspicácia de
tomar a decisão certa de não desenvolver grupos de porta-
aviões e se concentrar, em vez disso, no desenvolvimento de
armas letais que possam eliminar populações em massa do
país inimigo.
Do ponto de vista humanitário, deveríamos dar um aviso
ao povo americano e persuadi-lo a deixar a América e deixar a
terra onde tem vivido ao povo chinês. Ou pelo menos
deveriam deixar metade dos Estados Unidos para ser colônia
da China, porque a América foi descoberta pelos chineses.
Mas isso funcionaria? Se essa estratégia não funcionar, então
só nos restará uma escolha. Ou seja, usar meios decisivos para
“limpar” a América e reservar a América para nosso uso num
instante. Nossa experiência histórica provou que, contanto que
façamos isso acontecer, ninguém no mundo poderá fazer nada
a nosso respeito. Além disso, se os Estados Unidos, como
líder, estiverem acabados, então os outros inimigos terão de se
render a nós.
As armas biológicas não têm precedentes em sua
crueldade, mas se os americanos não morrerem, então os
chineses terão de morrer. Se o povo chinês estiver amarrado à
terra atual, um colapso social total está fadado a ocorrer. De
acordo com os cálculos do autor de Perigo Amarelo, mais da
metade dos chineses morrerão, e esse número seria de mais de
800 milhões de pessoas! Logo após a libertação, nossa terra
amarela sustentava quase 500 milhões de pessoas, enquanto
hoje o número oficial da população é de mais de 1,3 bilhão.
Esta terra amarela atingiu o limite de sua capacidade. Um dia,
quem sabe quando chegará, o grande colapso ocorrerá a
qualquer momento e mais da metade da população terá de ir
embora.
Devemos nos preparar para dois cenários. Se nossas
armas biológicas tiverem sucesso no ataque surpresa, o povo
chinês será capaz de manter as suas perdas em um número
mínimo na luta contra os Estados Unidos. Se, no entanto, o
ataque falhar e desencadear uma retaliação nuclear dos
Estados Unidos, a China sofreria talvez uma catástrofe na qual
mais da metade de sua população pereceria. É por isso que
precisamos estar preparados com sistemas de defesa aérea para
nossas cidades grandes e médias. Seja qual for o caso, só
podemos avançar com coragem, pelo bem do nosso Partido e
nosso Estado e do futuro da nossa nação, independentemente
das adversidades que tenhamos de enfrentar e dos sacrifícios
que tenhamos de fazer. A população, mesmo que mais da
metade morra, pode se reproduzir. Mas, se o Partido cair, tudo
estará perdido, e perdido para sempre.
Na história chinesa, na substituição das dinastias, os
implacáveis sempre venceram e os benevolentes sempre
fracassaram. O exemplo mais típico envolveu Xiang Yu, o Rei
de Chu, que, após derrotar Liu Bang, deixou de continuar a
persegui-lo e a eliminar suas forças, e sua leniência resultou na
morte de Xiang Yu e na vitória de Liu… Portanto, devemos
enfatizar a importância da adoção de medidas enérgicas. No
futuro, os dois rivais, China e Estados Unidos, no devido
tempo se encontrarão numa estrada estreita, e nossa leniência
para com os americanos significará crueldade para com o povo
chinês. Aqui, algumas pessoas podem querer me perguntar: e
os vários milhões de nossos compatriotas nos Estados Unidos?
Podem perguntar: não somos contra chineses matando outros
chineses?
Esses camaradas são muito pedantes; não são
pragmáticos o suficiente. Se tivéssemos insistido no princípio
de que chineses não deveriam matar outros chineses, teríamos
libertado a China? Quanto aos vários milhões de chineses que
vivem nos Estados Unidos, este é, sem dúvida, um grande
problema. Por isso, nos últimos anos, temos feito pesquisas
com armas genéticas, isto é, armas que não matam pessoas
amarelas. Mas produzir um resultado com esse tipo de
pesquisa é extremamente difícil.
Das pesquisas feitas com armas genéticas em todo o
mundo, Israel é o mais avançado. Suas armas genéticas são
projetadas para atingir os árabes e proteger os israelenses. Mas
mesmo eles não alcançaram o estágio de implantação real.
Temos cooperado com Israel em algumas pesquisas. Talvez
possamos importar algumas das tecnologias usadas para
proteger os israelenses e remodelar essas tecnologias para
proteger o povo amarelo. Mas suas tecnologias ainda não estão
maduras e é difícil para nós superá-las em poucos anos. Se for
preciso cinco ou dez anos para que algum avanço possa ser
alcançado em armas genéticas, não podemos nos dar ao luxo
de esperar mais do que isso.
Velhos camaradas como nós não podem se dar ao luxo de
esperar tanto tempo, porque não temos assim tanto tempo de
vida. Os velhos soldados da minha idade podem esperar mais
cinco ou dez anos, mas os do período da Guerra Antijaponesa
ou os poucos velhos soldados do Exército Vermelho não
podem esperar mais.
Portanto, temos de desistir de nossas expectativas quanto
a armas genéticas. É claro que, de outra perspectiva, a maioria
dos chineses que vivem nos Estados Unidos se tornaram nosso
fardo, porque foram corrompidos pelos valores liberais
burgueses por muito tempo e seria difícil para eles aceitar a
liderança do nosso Partido. Se sobrevivessem à guerra,
teríamos de lançar campanhas no futuro para lidar com eles,
para corrigi-los. Vocês ainda se lembram que, quando
tínhamos acabado de derrotar o Kuomintang (KMT) e libertar
a China Continental, muita gente da classe burguesa e dos
intelectuais nos receberam de forma extremamente calorosa,
mas depois tivemos de lançar campanhas como a “repressão
aos reacionários” e o “Movimento Antidireitista” para limpá-
los e corrigi-los? Alguns deles estiveram escondidos por muito
tempo e não foram expostos até a Revolução Cultural. A
história provou que qualquer turbulência social pode envolver
muitas mortes.
Talvez possamos colocar desta forma: a morte é o motor
que move a história para frente. Durante o período dos três
reinos, quantas pessoas morreram? Quando Genghis Khan
conquistou a Eurásia, quantas pessoas morreram? Quando
Manchu invadiu o interior da China, quantas pessoas
morreram? Poucas pessoas morreram durante a Revolução de
1911, mas, quando derrubamos as Três Grandes Montanhas, e
durante as campanhas políticas como a “supressão dos
reacionários”, a “Campanha Três-Anti” e a “Campanha Cinco-
Anti”, pelo menos 20 milhões de pessoas morreram.
Estávamos com receio de que alguns jovens de hoje tremeriam
de medo ao ouvir falar de guerras e pessoas morrendo.
Durante a guerra, estávamos acostumados a ver gente
morta. Sangue e carne voavam por toda parte, cadáveres
jaziam em pilhas nos campos e o sangue corria como rios. Nós
vimos isso tudo. Nos campos de batalha, os olhos de todos
ficavam vermelhos de tanto matar porque era uma luta de vida
ou morte e apenas os bravos sobreviveriam.
É de fato brutal matar cem ou duzentos milhões de
americanos. Mas esse é o único caminho que garantirá um
século chinês no qual o PCC liderará o mundo. Nós, como
humanitários revolucionários, não queremos mortes. Mas se a
história nos confronta com uma escolha entre as mortes de
chineses e as de americanos, teríamos de escolher as últimas,
pois, para nós, é mais importante salvaguardar a vida do povo
chinês e a vida do nosso Partido. Isso porque, afinal, somos
chineses e membros do PCC. Desde o dia em que nos
juntamos ao PCC, o Partido, a vida sempre esteve acima de
tudo! A história provará que fizemos a escolha certa.
Agora, que estou para terminar meu discurso, vocês
provavelmente entendem por que queríamos saber se o povo
se levantaria contra nós se um dia adotássemos secretamente
meios enérgicos para “limpar” a América. Por mais de vinte
anos, a China tem desfrutado de paz e uma geração inteira não
foi testada pela guerra. Em particular, desde o final da
Segunda Guerra Mundial, houve muitas mudanças nos
formatos da guerra, no conceito de guerra e na ética da guerra.
Especialmente desde o colapso da antiga União Soviética e
dos Estados comunistas do Leste Europeu, a ideologia do
Ocidente passou a dominar o mundo como um todo, e a teoria
ocidental da natureza humana e a visão ocidental dos direitos
humanos têm sido cada vez mais disseminadas entre os jovens
da China. Portanto, não tínhamos muita certeza quanto à
atitude do povo. Se nosso povo se opõe fundamentalmente à
“limpeza” da América, teremos, é claro, de adotar medidas
correspondentes.
Por que não conduzimos a pesquisa por meios
administrativos em vez de pela internet? Fizemos o que
fizemos por um bom motivo.
Em primeiro lugar, fizemos dessa forma para reduzir a
inferência artificial e para ter certeza de que receberíamos o
que o povo pensa de verdade. Além disso, essa forma é mais
confidencial e não revela o verdadeiro propósito da nossa
pesquisa. Mas o mais importante é o fato de que a maioria das
pessoas que podem responder às perguntas online são de
grupos sociais relativamente bem-educados e inteligentes. São
os grupos radicais e de liderança que desempenham um papel
decisivo entre o nosso povo. Se eles nos apoiarem, então o
povo como um todo nos seguirá. Se se opuserem a nós,
desempenharão o perigoso papel de incitar as pessoas e criar
distúrbios sociais.
O que acabou sendo muito reconfortante é que não
entregaram uma prova em branco. Na verdade, entregaram
uma prova com uma pontuação superior a 80. Este é o
excelente resultado do trabalho de propaganda e educação do
nosso Partido nas últimas décadas.
Claro, algumas pessoas sob influência ocidental se
opuseram a atirar em prisioneiros de guerra, mulheres e
crianças. Está todo mundo louco? Outros disseram: “Os
chineses adoram se rotular como um povo que ama a paz, mas
na verdade são o povo mais cruel. Os comentários evocam
matança e assassinato, trazendo arrepios ao meu coração.”
Embora não haja muitas pessoas com esse tipo de ponto
de vista e não afetem a situação geral de forma significativa,
ainda precisamos fortalecer a propaganda para responder a
esse tipo de argumento.
Quer dizer, propagar vigorosamente o último artigo do
Camarada He Xin, que já foi apresentado ao governo central.
Vocês podem procurá-lo no site.
Se acessarem o site pesquisando por palavras-chave,
descobrirão que há algum tempo o Camarada He Xin disse ao
Hong Kong Business News, durante uma entrevista, que: “Os
EUA têm uma conspiração chocante.” De acordo com o que
tinha em mãos, de 27 de setembro a 1º de outubro de 1995, a
Fundação Mikhail Sergeevich Gorbachev, financiada pelos
Estados Unidos, reuniu 500 dos mais importantes estadistas,
líderes econômicos e cientistas do mundo, incluindo George
W. Bush (ele não era o presidente dos Estados Unidos na
época), a Baronesa Thatcher, Tony Blair, Zbigniew Brzezinski,
bem como George Soros, Bill Gates, o futurista John Naisbitt,
etc., todas as personalidades mais populares do mundo, no
hotel Fairmont de São Francisco, para uma mesa-redonda de
alto nível, discutindo os problemas da globalização e de como
guiar a humanidade para avançar no século XXI. De acordo
com o que He Xin tinha em mãos, as pessoas importantes do
mundo que estavam presentes pensavam que, no século XXI,
apenas 20 por cento da população mundial seria suficiente
para manter a economia e a prosperidade do mundo, os outros
80 por cento ou 4/5 da população mundial seriam lixo humano
incapaz de produzir novos valores. As pessoas presentes
pensavam que esse excesso de 80 por cento da população seria
uma população de escória e que meios de “alta tecnologia”
deveriam ser usados para eliminá-la gradualmente.
Já que os inimigos planejam em segredo eliminar nossa
população, por certo não podemos ser infinitamente
misericordiosos e compassivos com eles. O artigo do
Camarada He Xin saiu na hora certa, ele provou a justeza de
nossa abordagem de batalha ao estilo olho por olho… [e] a
grande previsão do Camarada Deng Xiaoping de preparar as
tropas contra a estratégia militar dos Estados Unidos.
Certamente, ao divulgar os pontos de vista do Camarada
He Xin, não podemos publicar o artigo nos jornais do Partido,
para evitar aumentar a vigilância do inimigo. A conversa de
He Xin pode lembrar ao inimigo que apreendemos a ciência e
a tecnologia modernas, incluindo a tecnologia nuclear “limpa”,
bem como a tecnologia de armas biológicas, e podemos usar
medidas poderosas para eliminar sua população em grande
escala.
O último problema de que eu gostaria de falar é o de
tomar com firmeza os preparativos para a batalha militar.
Atualmente, estamos na encruzilhada de avançar ou
retroceder. Alguns camaradas viam problemas inundando todo
o nosso país — o problema da corrupção, o problema da
empresa estatal, o problema de contas ruins do banco,
problemas ambientais, problemas de segurança da sociedade,
problemas educacionais, o problema da AIDS, vários
problemas de apelação, até mesmo o problema das agitações.
Esses camaradas vacilavam na decisão de se preparar para
batalhas militares. Eles pensavam: deviam pegar primeiro o
problema da reforma política, isto é, a nossa própria reforma
política vem primeiro. Depois de resolver os problemas
internos, poderemos então lidar com o problema da batalha
militar estrangeira.
Isso me lembra o período crucial de 1948 na Revolução
Chinesa. Naquela época, os “cavalos” do Exército da
Libertação Popular “estavam bebendo água” no rio Yangtze,
mas enfrentavam situações extremamente complexas e
problemas difíceis por todas as áreas libertadas, e a autoridade
central recebia relatórios de emergência diariamente. O que
fazer? Deveríamos parar para administrar as áreas de
retaguarda e assuntos internos antes de seguir em frente, ou
continuar, apesar das dificuldades, a fim de transpor o rio
Yangtze com uma única tentativa vigorosa? O Presidente Mao,
com sua extraordinária sabedoria e coragem, deu a ordem da
marcha: “Continuem a revolução até o fim”, e libertou toda a
China. Os problemas conflitantes anteriormente considerados
“sérios” foram todos resolvidos nesta grande onda
revolucionária que se movia para frente.
Agora, parece que estamos no mesmo período crítico dos
dias em que os “cavalos estavam bebendo água” no rio
Yangtze na era revolucionária: contanto que resolvamos o
problema dos Estados Unidos de um só golpe, nossos
problemas domésticos serão todos prontamente solucionados.
Portanto, nossa preparação para a batalha militar parece visar
Taiwan, mas na verdade ela visa os Estados Unidos, e a
preparação vai muito além do escopo de atacar porta-aviões ou
satélites.
O marxismo apontou que a violência é a parteira para o
nascimento do século da China. Conforme a guerra se
aproxima, fico cheio de esperança em relação à nossa próxima
geração.
FIM
[1] n.t.: nos Estados Unidos, o termo “liberal” costuma ser usado, de modo geral,
como sinônimo de “esquerdista” ou “progressista”. Neste livro, o termo às vezes
aparecerá com esse sentido. [N.T.]
[2] n.t.: “the proof is in the pudding” (“a prova está no pudim”) é uma expressão
derivada do provérbio “the proof of the pudding is in the eating” (“a prova do
pudim está em comê-lo”), equivalente a “só a experiência comprova”. [N.T.]
[3] Ver: https://www.scribd.com/book/438107041.
[15] Termo russo que designa as forças especiais da Federação Russa. [N.T.]
[16] n.t.: SAC – Strategic Air Command (Comando Estratégico Aéreo) era o
Departamento de Defesa, Comando Especial e Força Aérea dos Estados Unidos
durante a Guerra Fria.
[17] n.t.: “Ardil 22 é uma expressão cunhada pelo escritor Joseph Heller no seu
romance Ardil 22 que descreve uma situação paradoxal, na qual uma pessoa não
pode evitar um problema por causa de restrições ou regras contraditórias. […] A
expressão ‘ardil-22’ baseia-se na explicação do personagem Doc Daneeka de como
qualquer piloto requisitando uma avaliação psicológica na esperança de não ser
considerado são o bastante para voar, e assim escapar de missões perigosas,
demonstraria deste modo sua sanidade.” Fonte:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ardil_22_(lógica)
[18] Tradução do russo de V. D. Sokolovskii, com análise e notas de H. Dinerstein,
L. Gouré e T. Wolfe: https://www.rand.org/pubs/reports/R416.html
[19] n.t.: “topeira” é um infiltrado, em jargão de espionagem.
[20] n.t.: “dangle” ou, em russo, подстава (podstava) é um agente que finge
desertar e oferecer informações autênticas às agencias de inteligência do inimigo.
[21] Joseph D. Douglass, Jr., Red Cocaine: The Drugging of America and the West,
p. 47 e pp. 17-18: https://portalconservador.com/livros/Joseph-Douglass-Red-
Cocaine-The-Drugging-of-America-and-the-West.pdf
[22] Viktor Suvorov, Spetsnaz:
https://books.google.com/books/about/Spetsnaz.html?
id=LVI2AAAACAAJ&source=kp_book_description
[23] Cf. “On Global Terrorism: FAKT interview with A. Litvinenko”, 31 mar. 2020:
https://jrnyquist.blog/2020/03/31/on-global-terrorism-fakt-interview-with-a-
litvinenko/
[24] “Anatoliy Golitsyn: The Key to Understanding Today’s World Situation”:
https://thecontemplativeobserver.wordpress.com/tag/new-lies-for-old/
[25] Desinformação do Kremlin:
https://www.google.com/amp/s/amp.theguardian.com/world/2020/mar/18/russian-
media-spreading-covid-19-disinformation
A versão de desinformação do Kremlin: https://euvsdisinfo.eu/report/the-
coronavirus-is-part-of-a-us-war-against-russia-and-china/
[26] Vídeo “Chinese Woman Tells Truth About Current Situation in China”:
https://www.youtube.com/watch?v=VfN_jtYmqG4
[27] n.t.: Tory: partido conservador do Reino Unido.
https://www.google.com/amp/s/www.foreignaffairs.com/articles/united-states/2020-
03-05/us-chinese-distrust-inviting-dangerous-coronavirus-conspiracy%3famp
https://www.ratemyprofessors.com/ShowRatings.jsp?tid=336548
https://www.google.com/amp/s/www.nytimes.com/2020/01/01/opinion/china-
swine-fever.amp.html
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/m/pubmed/26552008/
https://apnews.com/PR%20Newswire/ff548c99a03afb0d69bb7871f7cd4fc0
[29] https://www.globalsecurity.org/military/world/china/yuzhao-capabilities.htm
[32] https://spectator.org/daniel-ortega-a-cold-war-communist-is-still-killing-
people-in-nicaragua/
[33] https://www.sahistory.org.za/archive/chapter-4-role-communist-party-anc-
richard-monroe
[34] https://www.breitbart.com/politics/2020/04/27/producers-warn-america-is-
facing-protein-shortage-in-coronavirus-era/
[35] n.t.: Voyennaya Mysl (Pensamento Militar): jornal militar soviético.
[36] Ver Robin Eubanks, Credentialed to Destroy: How and Why Education
Became a Weapon:
https://www.amazon.com/dp/1492122831/ref=cm_sw_r_cp_api_i_JdM2Eb4HBAT
WR
[37] Gramsci’s Marxism:
https://www.amazon.com/dp/0904383032/ref=cm_sw_r_cp_api_i_aWL6EbTEDEP
X1
[38] n.t.: a “fina linha azul” (em inglês, “the thin blue line”) é uma expressão que
se refere à idéia de que a polícia é a linha que impede a sociedade de cair no caos
violento.
[39] NOTAS E LINKS:
https://www.google.com/amp/s/www.marketplace.org/2014/11/26/lingering-cost-
rioting/amp
https://www.google.com/amp/s/www.forbes.com/sites/jackkelly/2020/06/02/cities-
will-see-citizens-flee-fearing-continued-riots-and-the-reemergence-of-covid-
19/amp/
[40] https://www.amazon.com/s?
k=grand+solar+minimum&hvadid=78271608348644&hvbmt=be&hvdev=c&hvqm
t=e&tag=mh0b-20&ref=pd_sl_8wkgkb0eqs_e
[41] Twilight of Abundance: Why Life in the 21st Century Will Be Nasty, Brutish,
and Short:
https://www.amazon.com/dp/1621571580/ref=cm_sw_r_cp_api_i_zCQ6EbNZMK
PA0 — A preliminary sketch.
[42] https://en.wikipedia.org/wiki/Dalton_Minimum
[43] Edward Jay Epstein, The Hammer File:
https://www.amazon.com/-/de/Dossier-Secret-History-Epstein-1996-10-
01/dp/B01FKUZHIE/ref=cm_cr_arp_d_product_top?ie=UTF8
[44] NOTAS E LINKS:
https://www.amazon.com/dp/0945001088/ref=cm_sw_r_cp_api_i_T8oeFbM31J29
Y
[49] We Will Bury You, de Jan Sejna (1985-08-
03): https://www.amazon.com/dp/B01FEONCKG/ref=cm_sw_r_cp_api_i_K-
oeFb6W08FMG
[50] Se você sabe como ler o seguinte livro, todos os fatos que comprovam as
alegações de Kalashnikov estão aqui: Putin’s Kleptocracy: Who Owns
Russia?: https://www.amazon.com/dp/1476795207/ref=cm_sw_r_cp_api_i_H.oeFb
07VCGGS
[51] Shakespeare’s Tragedy of Hamlet, Prince of Denmark, arranjada para
representação no Royal Princess’s Theatre, com Notas Explicativas de Charles
Kean, F. S. A., conforme apresentada na segunda-feira, 10 de janeiro de 1859:
http://www.gutenberg.org/files/27761/27761-h/27761-h.htm
[52] n.t.: Karen: gíria americana que, em suma, se refere pejorativamente a uma
mulher branca que exige direitos acima do normal ou usa a sua posição privilegiada
para conseguir o que quer.
[53] https://youtu.be/TMrtLsQbaok
[54] https://youtu.be/B1KYvz7FFrE
[55] https://youtu.be/AyRbfteCex8
[56] https://youtu.be/FhXIifZYvxM
[57] “China scientists warn of global cooling trick up nature’s sleeve”, de Stephen
Chen, South China Morning
Post: https://www.scmp.com/news/china/science/article/3022136/china-scientists-
warn-global-cooling-trick-natures-sleeve?onboard=true
[58] VÍDEOS, NOTAS E LINKS:
[62] Roger Cliff, China’s Military Power: Assessing Current and Future
Capabilities: https://www.amazon.com/dp/1107502950?tag=sa-sym-new-
20&linkCode=osi&th=1&psc=1
[63] Ver “O discurso secreto do general Chi Haotian”, no Apêndice.
[64] https://en.wikipedia.org/wiki/Zimmermann_Telegram
[68] https://www.amazon.com/dp/B005QBKXSM/ref=dp-kindle-redirect?
_encoding=UTF8&btkr=1
[69] https://www.ntd.com/allan-dos-santos-us-election-problems-mirror-vote-
rigging-in-latin-america_525377.html
[70] https://www.bing.com/news/search?
q=Eric+Coomer&qpvt=eric+coomer&FORM=EWRE
[71] https://youtu.be/k1jcy17vThA
[72] https://youtu.be/akqeL9AtJYI
[73] “Xi Jinping Orders Chinese Army to Prepare for War ‘at Any Second’”:
https://www.breitbart.com/asia/2021/01/05/xi-jinping-orders-pla-prepare-war-any-
second/
[74] V. I. Lenin: Marx, Engels, Marxism, Oitava edição revisada, Progress
Publishers, Moscou, 1968, p. 248.
[75] https://www.marxists.org/archive/trotsky/1924/lit_revo/intro.htm