Download as docx, pdf, or txt
Download as docx, pdf, or txt
You are on page 1of 9

1.

(ACAFE 2017 Vestibular de Verão - Outros cursos) “Diferentemente do Realismo e do


Naturalismo, que se voltavam para o exame e para a crítica da realidade, o Parnasianismo
representou na poesia um retorno ao clássico, com todos os seus ingredientes: o princípio do
belo na arte, a busca do equilíbrio e da perfeição formal. Os parnasianos acreditavam que o
sentido maior da arte reside nela mesma, em sua perfeição, e não na sua relação com o
mundo exterior.”
(CEREJA; MAGALHÃES, 1999, p. 334).

Sobre o Parnasianismo, assinale a alternativa correta.

a) Um exemplo de poesia parnasiana é a obra Suspiros poéticos e saudade, de Gonçalves de


Magalhães, na qual o poeta anuncia a revolução literária, libertando-se dos modelos
românticos, considerados ultrapassados.
b) Os parnasianos consideravam que certos princípios românticos, como a simplicidade da
linguagem, valorização da paisagem nacional, emprego de sintaxe e vocabulário mais
brasileiros, sentimentalismo, tudo isso ocultava as verdadeiras qualidades da poesia.
c) Os maiores expoentes do Parnasianismo, na poesia e na prosa, ocuparam-se da literatura
indianista, na qual exaltavam a dignidade do nativo e a beleza superior da paisagem tropical.
d) Tomás Antônio Gonzaga e Cláudio Manoel da Costa exemplificam a tendência de uma
poesia pura, indiferente às contingências históricas, com sátira à mestiçagem e elogio à
nobreza local.

2. (UFAM - PSC 2010) Coloque V para afirmativas verdadeiras e F para as falsas. Assinale a
sequência correta.
Pode-se descrever o Parnasianismo como um movimento
( ) cujo conteúdo é mais importante que a forma de seus textos.
( ) que trabalha com temas greco-latinos e prefere formas fixas, como o soneto.
( ) que legou obras de cunho social, preocupado com a situação do país em seu tempo.
( ) cujo descritivismo dos poemas se iguala ao Romantismo, ambos preocupados com o
ambiente político de seus respectivos momentos históricos.
( ) em que a mulher é apresentada como a musa inspiradora, situada em meio à natureza
brasileira.

a) F – V – F – V – F
b) V – V – F – F – V
c) F – V – F – F – F
d) F – F – F – V – V
e) V – F – F – F – V

3. (UPE - SSA 2013) Texto 6

Cárcere das almas


Ah! Toda a alma num cárcere anda presa,
Soluçando nas trevas, entre as grades
Do calabouço olhando imensidades,
Mares, estrelas, tardes, natureza

Tudo se veste de uma igual grandeza


Quando a alma entre grilhões as liberdades
Sonha e, sonhando, as imortalidades
Rasga no etéreo o Espaço da Pureza.
Ó almas presas, mudas e fechadas
Nas prisões colossais e abandonadas,
Da Dor no calabouço, atroz, funéreo!

Nesses silêncios solitários, graves,


que chaveiro do Céu possui as chaves
para abrir‐vos as portas do Mistério?!
(Cruz e Souza)

Texto 7

A um poeta
Longe do estéril turbilhão das ruas,
Beneditino, escreve! No aconchego
Do claustro, na paciência e no sossego,
Trabalha, e teima, e sofre, e lima, e sua!

Mas que na forma se disfarce o emprego


Do esforço; e a trama viva se construa
De tal modo, que a imagem fique nua,
Rica mas sóbria, como um templo grego.

Não se mostre na fábrica o suplício


Do mestre. E, natural, o efeito agrade,
Sem lembrar os andaimes do edifício.

Porque a Beleza, gêmea da Verdade,


Arte pura inimiga do artifício,
É a força e a graça na simplicidade.
(Olavo Bilac)

Após a leitura, assinale V para as afirmativas Verdadeiras e F para as Falsas.

( ) São dois sonetos pertencentes ao mesmo movimento literário. Suas temáticas


expressam sentimentos idênticos; no primeiro, o constrangimento do eu poético por ter sido
preso injustamente e, no segundo, a equiparação do poeta a um monge beneditino.
( ) São poemas líricos que possuem forma fixa, preocupação tanto do Parnasianismo
como do Simbolismo, pois ambos os movimentos se caracterizam pela busca da forma
perfeita, isto é, da Arte pela Arte.
( ) O primeiro poema revela um certo misticismo, próprio da poesia simbolista, enquanto o
segundo trata do próprio fazer poético, constituindo‐se, portanto, como um meta‐ poema, tema
característico da poesia parnasiana.
( ) Em A um poeta, Olavo Bilac discursa, em linguagem sóbria e erudita, sobre o trabalho do
poeta, enquanto em Cárcere das almas, Cruz e Souza metaforicamente concebe o corpo
como uma prisão, daí a morte significar libertação.
( ) Os dois poemas recorrem, em suas temáticas, a aspectos ligados à vida religiosa: o
primeiro, ao tomar o corpo na acepção de cárcere e o segundo quando metaforicamente
relaciona a necessidade de isolamento exigida pelo labor poético à vida dos monges no
claustro.
Assinale a alternativa que contém a sequência CORRETA.

a) V, V, V, F, F
b) F, V, F, V, F
c) V, V, F, V, V
d) F, F, F, V, V
e) F, F, V, V, V

4. (UPE - SSA 2014) TEXTO 1

Ao coração que sofre

Ao coração que sofre, separado


Do teu, no exílio em que a chorar me vejo,
Não basta o afeto simples e sagrado
Com que das desventuras me protejo.

Não me basta saber que sou amado,


Nem só desejo o teu amor: desejo
Ter nos braços teu corpo delicado,
Ter na boca a doçura de teu beijo.

E as justas ambições que me consomem


Não me envergonham: pois maior baixeza
Não há que a terra pelo céu trocar;

E mais eleva o coração de um homem


Ser de homem sempre e, na maior pureza,
Ficar na terra e humanamente amar.
Olavo Bilac. Disponível em: http://pensador.uol.com.br. Acesso em: 06 out. 2014

TEXTO 2

Soneto

Pálida à luz da lâmpada sombria,


Sobre o leito de flores reclinada,
Como a lua por noite embalsamada,
Entre as nuvens do amor ela dormia!

Era a virgem do mar, na escuma fria


Pela maré das águas embalada!
Era um anjo entre nuvens d'alvorada
Que em sonhos se banhava e se esquecia!

Era a mais bela! Seio palpitando...


Negros olhos as pálpebras abrindo...
Formas nuas no leito resvalando...
Não te rias de mim, meu anjo lindo!
Por ti − as noites eu velei chorando,
Por ti − nos sonhos morrerei sorrindo!
Álvares de Azevedo. Disponível em: http://pensador.uol.com.br. Acesso em: 06 out. 2014.

Os Textos 1 e 2 têm por temática o amor, visto, entretanto, sob pontos de vista diferentes, em
razão principalmente de seus autores pertencerem a movimentos literários e contextos
históricos distintos. Com base na leitura dos textos e no seu conhecimento sobre a produção
literária dos autores, assinale as relações adequadas.

I. Texto 1 – Visão carnal do amor: Parnasianismo.


II. Texto 2 – Visão irreal e casta da mulher: Ultrarromantismo.
III. Texto 1 – Visão racional do amor: Ultrarromantismo.
IV. Texto 1 – Visão antropocentrista da vida: Parnasianismo.
V. Texto 2 – Realização amorosa improvável: Ultrarromantismo.

As relações CORRETAMENTE estabelecidas são, apenas

a) I, II, III e IV.


b) I, II, IV e V.
c) I, II e III.
d) I, III e V.
e) II, IV e V.

5. (UFAL 2000) As afirmações seguintes referem-se ao Parnasianismo no Brasil:

I. Para bem definir como entendia o trabalho de um poeta, Olavo Bilac comparou-o ao de um
joalheiro, ou seja: escrever poesia assemelha-se à perfeita lapidação de uma matéria preciosa.

II. Pelas convicções que lhe são próprias, esse movimento se distancia da espontaneidade e
do sentimentalismo que muitos românticos valorizavam.

III. Por se identificarem com os ideais da antiguidade clássica, é comum que os poetas mais
representativos desse estilo aludam aos mitos daquela época.

Está correto o que se afirma em

a) II, apenas.
b) I e II, apenas
c) I e III, apenas
d) II e III, apenas.
e) I, II e III

6. (UFRGS 2006) Com relação ao Parnasianismo, são feitas as seguintes afirmações.

I - Pode ser considerado um movimento anti-romântico pelo fato de retomar muitos aspectos
do racionalismo clássico.
II - Apresenta características que contrastam com o esteticismo e o culto da forma.
III - Definiu-se, no Brasil, com o livro "Poesias", de Olavo Bilac, publicado em 1888.
Quais estão corretas?

a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.

7. (UNIFESP 2006) Não se mostre na fábrica o suplício


Do mestre. E, natural, o efeito agrade,
Sem lembrar os andaimes do edifício:
Porque a Beleza, gêmea da Verdade,
Arte pura, inimiga do artifício,
É a força e a graça na simplicidade.
(Olavo Bilac)

Os versos de Olavo Bilac pertencem ao período conhecido como Parnasianismo e denunciam

a) vocabulário simples e pouca preocupação com as qualidades técnicas do poema, já que as


sugestões sonoras não estão neles presentes.
b) emoção expressa racionalmente, embora seja bastante evidente o caráter subjetivo na
construção das imagens.
c) a busca da perfeição na expressão, visando ao universalismo, como exemplificam os termos
Beleza e Verdade, grafados com maiúsculas.
d) o afastamento da realidade social, decorrente de uma visão idealizada do mundo, descrito
por metáforas pouco objetivas.
e) a forma de expressão pouco idealizada, resultante de uma concepção de mundo marcada
pela complexidade que, nos versos, se manifesta em vocabulário seleto.

8. (MACKENZIE 2014)
Texto I

Paisagens de Inverno II

Passou o outono, já, já torna o frio...


- Outono de seu riso magoado.
Álgido inverno! Oblíquo o sol, gelado...
- O sol, e as águas límpidas do rio.

Águas claras do rio! Águas do rio,


Fugindo sob o meu olhar cansado,
Para onde me levais meu vão cuidado?
Aonde vais, meu coração vazio?

Ficai, cabelos dela, flutuando,


E, debaixo das águas fugidias,
Os seus olhos abertos e cismando...

Onde ides a correr, melancolias?


- E, refratadas, longamente ondeando,
As suas mãos translúcidas e frias...
Camilo Pessanha, Clepsidra, 1920

Obs.: álgido: frio, gélido.

Sobre o Simbolismo, movimento ao qual é vinculado o poeta Camilo Pessanha, e o


Impressionismo, movimento ao qual é associado o pintor Claude Monet, é INCORRETO
afirmar que

a) por ser, no século XIX, o início do caminho artístico em direção à abstração, o


Impressionismo, cujas figuras não devem ter nitidez e contornos absolutos, é considerado um
dos primeiros marcos da Arte Moderna.
b) a arte simbolista valoriza o espiritual, o misterioso, o vago, o inconsciente, retomando,
inclusive, a subjetividade, o misticismo e o individualismo caraterísticos do Romantismo.
c) no final do século XIX, a estética simbolista e seu espírito decadentista decretam a falência
do Positivismo, do Cientificismo e do Naturalismo.
d) na tentativa de valorizar a sugestão, os sentimentos e as emoções, a arte simbolista utiliza
com frequência as descrições pormenorizadas dos objetos.
e) para os impressionistas, o essencial não é retratar a realidade do objeto, mas, sim, a
impressão que esse objeto produz.

9. (UFAM - PSC 2009) Assinale a afirmativa que NÃO se refere de modo correto ao
Simbolismo:

a) Surgido da inteligência européia, afirmou-se como uma oposição vigorosa ao triunfo do fato
e das coisas sobre o sujeito.
b) É uma reação às correntes analíticas e a estilos literários objetivos que proliferaram na
segunda metade do século XIX.
c) Os cultores desse estilo tinham a aspiração de integrar a poesia na vida cósmica, privilégio
que tradicionalmente coube à religião e à filosofia.
d) As posturas estéticas do período almejavam a apreensão direta de valores transcendentais,
como o Bem, o Verdadeiro, o Sagrado.
e) Converge para ideais anti-românticos, abrindo caminho para o exercício de uma outra
linguagem, mais aderente aos sentidos e aos objetos.

10. (ESPM 2005) O sincretismo (de elementos literários de várias épocas com características
particulares do Simbolismo) pode aparecer no mesmo poema. Marque a letra que apresente os
seguintes elementos: pessimismo, imagens vagas, presença do branco, vocabulário exótico,
fusão dos sentidos, misticismo.

a) Quente estrias a alma, à frialgem, nas cousas...


Que bom morrer! manhã, luz, remada sonora...
Pousas um dedo níveo às níveas cordas, pousas
E és náufrago de ti, a harpa caída, agora.
Pedro Kilkerry

b) A minha Alma, pobre ave que se assusta,


Veio encontrar o derradeiro asilo
No teu olhar de Imperatriz augusta,
Cheio de mar e de céu tranquilo.
Alphonsus de Guimaraens

c) Para as Estrelas de cristais gelados


As ânsias e os desejos vão subindo
Galgando azuis e siderais noivados
De nuvens brancas a amplidão vestindo...
Cruz e Souza

d) De onde ela vem?! De que matéria bruta


Vem essa luz que sobre as nebulosas
Cai de incógnitas criptas misteriosas
Como as estalactites de uma gruta?!
Augusto dos Anjos

e) O vento vem vindo de longe,


a noite se curva de frio;
debaixo d'água morrendo
meu sonho, dentro do navio...
Cecília Meireles

11. (UNIFESP 2016) O Simbolismo é, antes de tudo, antipositivista, antinaturalista e


anticientificista. Com esse movimento, nota-se o despontar de uma poesia nova, que
ressuscitava o culto do vago em substituição ao culto da forma e do descritivo.
(Massaud Moisés.
A literatura portuguesa, 1994. Adaptado.)
Considerando esta breve caracterização, assinale a alternativa em que se verifica o trecho de
um poema simbolista.

a) “É um velho paredão, todo gretado,


Roto e negro, a que o tempo uma oferenda
Deixou num cacto em flor ensanguentado
E num pouco de musgo em cada fenda.”
b) “Erguido em negro mármor luzidio,
Portas fechadas, num mistério enorme,
Numa terra de reis, mudo e sombrio,
Sono de lendas um palácio dorme.”
c) “Estranho mimo aquele vaso! Vi-o,
Casualmente, uma vez, de um perfumado
Contador sobre o mármor luzidio,
Entre um leque e o começo de um bordado.”
d) “Sobre um trono de mármore sombrio,
Num templo escuro e ermo e abandonado,
Triste como o silêncio e inda mais frio,
Um ídolo de gesso está sentado.”
e) “Ó Formas alvas, brancas, Formas claras
De luares, de neves, de neblinas!...
Ó Formas vagas, fluidas, cristalinas...
Incensos dos turíbulos das aras...”

12. (UEPA 2012) Respirando os ares da modernidade literária, a estética simbolista revela-se
uma reação artística à referencialidade que violentamente restringe a palavra poética ao
mundo das coisas e conceitos. No intuito de libertar a linguagem poética, o Simbolismo explora
diversos recursos sensoriais a fim de sugerir mistérios. Simbolista, Alphonsus de Guimaraens
escreve muitos textos que apelam para o símbolo visual, a imagem, carregado de insinuações
de misticismo e morte.

Marque a alternativa cujos versos se relacionam ao comentário acima.

a) Queimando a carne como brasas,


Venham as tentações daninhas,
Que eu lhes porei, bem sob as asas,
A alma cheia de ladainhas.
b) Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar...
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.
c) Encontrei-te. Era o mês... Que importa o mês? agosto,
Setembro, outubro, maio, abril, janeiro ou março,
Brilhasse o luar, que importa? ou fosse o sol já posto,
No teu olhar todo o meu sonho andava esparso.
d) Lua eterna que não tiveste fases,
Cintilas branca, imaculada brilhas,
E poeiras de astros nas sandálias trazes...
e) Venham as aves agoireiras,
De risada que esfria os ossos...
Minh’alma, cheia de caveiras,
Está branca de padre-nossos.
Gabarito
1. B
Explicação: B

2. C
Explicação: C

3. E
Explicação: E

4. B
Explicação: B

5. E
Explicação: E

6. C
Explicação: C

7. C
Explicação: C

8. D
Explicação: D

9. E
Explicação: E

10. A
Explicação: A

11. E
Explicação: E

12. E
Explicação: E

You might also like