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CICLO DE FORMAÇÃO

2023

PORTUGUÊS

EDUCAR
PARA
O SUCESSO

EDUCAR PARA O SUCESSO | PORTUGUÊS 1


Índice
Teste 3

Vê como se faz 5

Ficha de Avaliação Diferenciada 7

Ficha de Aula 1 9

Ficha de Aula 2 11

Rubrica de Avaliação 12

Soluções 14
UNIDADE | Romance de José Saramago, Memorial do Convento
TESTE
Educação Literária – Romance de José Saramago, Memorial do Convento
NomeTurmaN.ºData

Lê os textos e consulta as notas.


A.
Baltasar
Este que por desafrontada aparência, sacudir de espada e desparelhadas vestes, ain-
da que descalço, parece soldado, é Baltasar Mateus, o Sete-Sóis. Foi mandado embora do
exército por já não ter serventia nele, depois de lhe cortarem a mão esquerda pelo nó do
pulso, estraçalhada por uma bala em frente de Jerez de los Caballeros, na grande entrada
de
5 onze mil homens que fizemos em outubro do ano passado e que se terminou com perda de
duzentos nossos e debandda dos vivos, acossados pelos cavalos que os espanhóis fizeram
sair de Badajoz. A Olivença nos recolhemos, com algum saque que tomamos em
Barcarrota e pouco gosto para gozar dele, que não tinha valido a pena marchar dez léguas
para lá e correr outras tantas para cá, deixando no campo tanta gente morta e metade
da mão de
10 Baltasar Sete-Sóis. (…) Com ervas cicatrizantes lhe almofadaram o coto1, e tão excelente
era a carnadura de Sete-Sóis que ao cabo de dois meses estava sarado.

Por ser pouco o que pudera guardar do soldo, pedia esmola em Évora para juntar as
moedas que teria de pagar ao ferreiro e ao seleiro 2 se queria ter o gancho de ferro que lhe
havia de fazer as vezes de mão. Assim passou o inverno, forrando metade do que
conseguia
15 angariar, acautelando para o caminho metade da outra parte, e entre a comida e o vinho se
lhe ia o resto. Já era primavera quando, pago aos poucos por conta, o seleiro, com a última
verba, lhe entregou o gancho, mais o espigão que, por capricho de ter duas diferentes mãos
esquerdas, Baltasar Sete-Sóis encomendara. (…) E vossemecê, que idade tem, e Baltasar
respondeu, Vinte e seis anos. (…)
20 Com pouco dinheiro no bolsilho, umas só moedas de cobre que soavam bem menos
que os ferros do alforge 3, desembarcado numa cidade [Lisboa] que mal conhecia, tinha
Baltasar de resolver que passos daria a seguir, se a Mafra onde não poderia a sua única
mão pegar numa enxada que requer duas, se ao paço onde talvez lhe dessem uma esmola
por conta do sangue perdido.

José Saramago, Memorial do Convento, Porto Editora, 2022 [cap. 4], pp. 37-44.

1
parte que resta de um membro que foi amputado.
2
fabricante de selas de couro para cavalos.
3
saco que se traz ao ombro.

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EDUCAR
PARA
O SUCESSO

B.
Ricardo Reis
Desceram ao primeiro andar, e o gerente chamou um empregado, moço dos recados
e homem dos carregos, que fosse buscar a bagagem deste senhor, (…) nome Ricardo
Reis, idade quarenta e oito anos, natural do Porto, estado civil solteiro, profissão médico,
última residência Rio de Janeiro, Brasil, donde procede, viajou pelo Highland Brigade,
parece o
5 principio de uma confissão, duma autobiografia íntima, tudo o que é oculto se contem nesta
linha manuscrita, agora o problema é descobrir o resto, apenas. E o gerente, que
estivera de pescoço torcido para seguir o encadeamento das letras e decifrar-lhes, ato
contínuo, o sentido, pensa que ficou a saber isto e aquilo, e diz, Senhor doutor, não
chega a ser vénia, é um selo, o reconhecimento de um direito, de um mérito, de uma
qualidade, o que requer
10 uma imediata retribuição, mesmo não escrita, O meu nome é Salvador, sou o responsável do
hotel, o gerente, precisando o senhor doutor de qualquer coisa, só tem que me dizer, A que
horas se serve o jantar, O jantar é às oito, senhor doutor, espero que a nossa cozinha lhe
dê satisfação, temos também pratos franceses. O doutor Ricardo Reis admitiu com um
aceno de cabeça a sua própria esperança, pegou na gabardina e no chapéu, que
pousara numa
15 cadeira, e retirou-se. (…)

Ricardo Reis senta-se numa cadeira, passa os olhos em redor, é aqui que irá viver não
sabe por quantos dias, talvez venha a alugar casa e instalar consultório, talvez regresse ao
Brasil, por agora o hotel bastará, lugar neutro, sem compromisso, de trânsito e vida
suspensa.

José Saramago, O Ano da Morte de Ricardo Reis, Porto: Porto Editora, 2016 [cap. 1], pp. 18-20.

1. Nos dois textos são descritas figuras masculinas. Identifica um traço comum às
duas personagens e outro que as distinga.

2. Compara o perfil social de cada um dos retratos.

3. Explicita o aspeto que é mais realçado em cada um dos retratos masculinos.

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VÊ COMO SE FAZ
Gramática – Romance de José Saramago, Memorial do Convento
NomeTurmaN.ºData

Lê o texto e responde ao questionário.

As personagens, “mestres de vida” Carlos R


de Letra
de nove
Para começar, lanço uma questão que envolve José Saramago e os p. 6.
seus mundos narrativos, mas não só os dele. Que elementos do relato
retemos e va- lorizamos, quando falamos de um grande romancista?
Resposta evidente: as personagens que ele concebeu, modelou e
narrativamente desenvolveu. Não só
5 elas, naturalmente, mas sobretudo elas, como seres de papel que ganham o
cor- po, as emoções e os pensamentos que o ficcionista lhes incute. E que,
para mais, concentram muitas vezes os grandes sentidos que a história
contada modeliza. (…)
Se questionarmos um leitor de José Saramago não preocupado com
classi-
10 ficações nem com sistematizações, o que retém ele da sua leitura e como
reage a ela? Provavelmente, considera que são as grandes personagens
legadas por Saramago que ficaram na sua memória: Blimunda e um padre que
queria voar, a família Mau-Tempo e o cão Constante, Ricardo Reis e Lídia, já
não musa etérea, mas empregada doméstica com corpo e com desejo, Maria
Sara, a Mulher do
15 Médico, Maria Magdala e o Sr. José. (…)
Foi o próprio José Saramago quem sublinhou (e de forma enfática) o
sig- nificado das suas personagens e os rumos interpretativos que elas
traçaram e continuam a traçar à sua ficção. Recordo dois testemunhos do
autor. Um: aquele em que ele declarou, num dos discursos de Estocolmo, a
relevância das perso-
20 nagens como seus “mestres de vida”, quer dizer, “os que mais intensamente
me ensinaram o duro ofício de viver, essas dezenas de personagens de
romance e de teatro que neste momento vejo desfilar diante dos meus olhos,
esses homens e essas mulheres feitos de papel e de tinta, essa gente que eu
acreditava ir guian- do de acordo com as minhas conveniências de narrador e
obedecendo à minha
25 vontade de autor (…)”.
Segundo testemunho: a afirmação, numa entrevista de 1995 à Folha
de São Paulo, segundo a qual a personagem feminina assume um grande
vigor funcional e semântico na ficção saramaguiana. Assim: “As minhas
personagens verdadeiramente fortes são sempre figuras femininas”; e mais
adiante: “Provavel-
30 mente isso resulta de que a parte da humanidade em que ainda tenho
esperança é a mulher”.

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1
O referente do pronome “os” é a expressão “mundos narrativos”, pois é possível substituir o pronome por essa expressão.
2
A oração (A) é a única oração subordinada substantiva completiva (desempenha a função sintática de CD da oração
“Provavelmente, considera”.) As restantes orações são introduzidas por pronomes relativos.
3
A expressão é selecionada pelo verbo “falar”.
4
O pronome relativo retoma “as personagens”, desempenhando a
função sintática de CD (permite a substituição pelo pronome pessoal
–“as”).
5
A oração tem valor restritivo (não é delimitada por vírgulas).
6
A oração substantiva relativa desempenha a função sintática
de sujeito da oração antecedente.
7
a) O pronome relativo desempenha a função de sujeito, pois tem como referente “seres de papel”, que concorda com o
predicado e pode ser substituído por “eles”.
b) O pronome relativo desempenha a função de CD, pois tem como referente “as emoções e os pensamentos” e pode ser
substituído por “-os”.

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PARA
O SUCESSO

1. Indica o referente de “os” (l. 2).


5. A oração subordinada adjetiva relativa
(A) “mundos narrativos”. “que envolve José Saramago e os
(B) “José Saramago e os seus seus mundos narrativos” (ll. 1-2) tem
mundos”.
valor
(C) “elementos do relato”.
(A) restritivo.
(D) “seres de papel”.
(B) contrastivo.
2. Todas as orações transcritas são (C) concessivo.
orações adjetivas relativas restritivas, (D) explicativo.
exceto a oração
6. A oração “quem sublinhou (e de
(A) “que são as grandes personagens
forma enfática) o significado
legadas por Saramago que
das suas personagens e os
ficaram na sua memória” (ll. 11-12)
rumos
(B) “que ficaram na sua memória” (l.
12) interpretativos” (ll. 17-18) desempenha
a função sintática de
(C) “que queria voar” (l. 13).
(A) sujeito.
(D) “que elas traçaram” (ll. 18-19).
(B) complemento direto.
3. Indica a função sintática de “de um (C) modificador do nome restritivo.
grande romancista” (l. 3).
(D) modificador do nome apositivo.
(A) Complemento do nome.
(B) Complemento do adjetivo. 7. Indica a função sintática dos
pronomes relativos na
(C) Complemento oblíquo.
a) linha 6.
(D) Modificador do grupo verbal.
b) linha 7.
4. O pronome relativo na oração “que
ele concebeu” (l. 4) desempenha a
função sintática de
(A) sujeito.
(B) complemento direto.
(C) complemento indireto.
(D) complemento oblíquo.

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FICHA DE AVALIAÇÃO DIFERENCIADA
Leitura – Romance de José Saramago, Memorial do Convento
NomeTurmaN.ºData

Lê o texto e responde ao questionário.

Uma genealogia cultural


Ao lermos os Cadernos de Lanzarote IV de José Saramago, encontramos a lista dos
autores que, segundo o próprio, mais o influenciaram. “A minha lista, com a respetiva
fundamentação, foi esta: Luís de Camões, porque como escreve em O Ano da Morte de
Ricardo Reis, todos os caminhos portugueses a ele vão dar; Padre António Vieira, porque a
língua portuguesa nun-
5 ca foi mais bela que quando ele a escreveu; Cervantes, porque sem ele a Península Ibérica
seria uma casa sem telhado; Montaigne, porque não precisou de Freud para saber quem
era; Voltaire porque perdeu as ilusões sobre a humanidade e sobreviveu a isso; Raul
Brandão porque demonstrou que não era preciso ser-se génio para escrever um livro
genial, Húmus; Fernando Pessoa, porque a porta por onde se chega a ele é a porta por onde
se chega a Portugal;
10 Kafka, porque provou que o homem é coleóptero ; Eça de Queirós, porque ensinou a ironia
1

aos portugueses; Jorge Luís Borges, porque inventou a literatura virtual; Gogol, porque
contemplou a vida humana e a achou triste”.
Ao lermos esta genealogia cultural, compreendemos a obra e o percurso de José
Saramago, mas também o sentido do caminho que seguiu. Camões permite entender a
gesta2 portuguesa,
15 nos claros e escuros. O épico e o lírico retratam não apenas o desafio da demanda da Índia,
mas igualmente a procura do eu e do nós e a distância entre o sonho e a realidade como no
Memo- rial do Convento, onde a sociedade é retratada, a propósito de uma descomunal
construção, só possível graças ao ouro do Brasil e à coexistência entre a riqueza e a miséria.
E ao lermos Que Farei com Este Livro? Podemos compreender, com Camões, a nossa
panóplia de paradoxos.
20 Portugal e os portugueses mostram-se contraditórios entre si, capazes de cultivar a ilusão,
mas também de se empenharem na obra que não se fica pelas intenções.
Já Vieira cria na sua oratória uma realidade em que a construção do futuro
corresponde à razão temperada pela fé, num extraordinário encantamento da palavra. “É
o verbo vieirino que vai ressoando no meu cérebro enquanto escrevo” – di-lo-á José
Saramago em entrevis-
25 ta ao Correio do Minho em 1983. E completa o raciocínio: “Pegamos nos sermões do
Padre António Vieira e, para além do preciosismo e do concetismo do gozo por vezes
um pouco obscurecedor do sentido, verificamos que há, em tudo o que escreveu, uma
língua cheia de sabor e ritmo, como se isto não fosse exterior à língua, mas lhe fosse
intrínseco”.
E ouvimos Vieira no Sermão de Santo António aos peixes, de 1654, no seu ritmo oral, que
30 afeiçoa o uso da palavra escrita: “Tão alheia cousa é, não só da razão, mas da mesma
nature- za, que, sendo todos criados no mesmo elemento, todos cidadãos da mesma pátria,
e todos finalmente irmãos, vivais de vos comer!”. É essa ligação entre os movimentos da
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sociedade que se torna presente na escrita amadurecida de Saramago. E não seria o
Quinto Império o horizonte da sociedade humana reconciliada, com cidadãos da mesma
pátria conscientes do
35 respeito mútuo, para não se comerem uns aos outros, facto que tanto preocupa o romancista?
Guilherme d’Oliveira Martins, Jornal de Letras, 16 a 29 de novembro de 2022, p. 8.

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PARA
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1. O texto apresenta características do género textual


(A) artigo de opinião, uma vez que apresenta um ponto de vista pessoal sobre o
tema, apoiado em argumentos e em exemplos significativos.
(B) apreciação crítica, já que analisa criticamente a perspetiva genealógica sobre o tema.
(C) artigo de opinião, porque expõe detalhadamente e exemplifica uma
genealogia cultural.
(D) apreciação crítica, visto que apresenta e analisa criticamente várias obras que
abordaram o tema.

2. O autor do texto refere que, numa obra de José Saramago, ficamos a conhecer
(A) a sua genealogia cultural.
(B) uma grande lista de autores conhecidos.
(C) as obras que o autor leu na infância.
(D) as razões que o levaram a reler várias obras.

3. A tese defendida pelo autor do texto está presente


(A) na frase “É essa ligação entre os movimentos da sociedade que se torna
presente na escrita amadurecida de Saramago”.
(B) na frase “Ao lermos esta genealogia cultural, compreendemos a obra e o
percurso de José Saramago”.
(C) na interrogação “Que Farei com Este Livro?”.
(D) na interrogação retórica final.

4. O autor do texto coloca a interrogação final


(A) para persuadir.
(B) para solicitar a participação dos leitores.
(C) como estratégia argumentativa.
(D) para informar.

5. A partir do segundo parágrafo, o autor do texto


(A) demonstra a importância de Mensagem e de Fernando Pessoa na vida e obra de
Saramago.
(B) demonstra a influência de Os Lusíadas em Memorial do Convento.
(C) exemplifica a importância de Fernando Pessoa na vida e obra de Saramago.
(D) argumenta e exemplifica a importância de Camões e de Padre António Vieira
na obra de Saramago.

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FICHA DE AULA (contextualização)
Oralidade – Romance de José Saramago, Memorial do Convento
NomeTurmaN.ºData

Antes de assistires ao vídeo, deves ter em conta os seguintes aspetos.


• Ler todas as questões do enunciado.
• Seguir as instruções.
• Estar concentrado na audição, desvalorizando ruídos.
Enquanto o ouves, podes tomar notas ou responder diretamente neste enunciado.
Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas.
1. ª audição
• Atenta na informação genérica.
2. ª audição
• Regista as tuas respostas.
Após as audições
• Verifica as tuas respostas.

1. Vais visionar um vídeo da RTP ensina intitulado “A Biblioteca do Convento de Mafra”.


Considerada uma das mais belas do mundo, esta biblioteca nasceu no reinado de D. João V,
o rei que privilegiava a cultura e o saber.

https://ensina.rtp.pt/artigo/a-biblioteca-do-convento-de-mafra/ (4:55 min)

2. Assinala como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das afirmações seguintes.
(A) A Biblioteca de Mafra foi criada no século XVIII e é uma das mais bonitas do mundo
(B) É uma biblioteca religiosa e profana, onde vivem várias famílias de morcegos,
que preservam os livros e voam 40 Km por noite.
(C) Ao longo dos tempos, esta biblioteca passou por várias ameaças, embora
tenha sido conseguido escapar.
(D) A extinção das ordens religiosas, a ocupação do palácio de Mafra pelos franceses
e a implantação da República foram mais-valias para este lugar da cultura
portuguesa.
(E) Os frades, os intelectuais e os militares protegeram esta biblioteca das várias ameaças.
(F) Muitos dos acessos foram entaipados e muitos, ainda hoje, são inacessíveis.

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2.1. Corrige as afirmações que consideraste falsas.

3. Seleciona a única opção correta para cada um dos itens.


3.1. Ao longo dos tempos, a cumplicidade e proteção de muitas personalidades
(A) foram decisivas para a preservação deste lugar de cultura.
(B) contribuíram para a dissolução desta biblioteca.
(C) possibilitaram o abandono de muitas obras.
(D) contribuíram para o esquecimento de muitos livros.
3.2. Esta biblioteca é um património de memórias praticamente intocável,
(A) embora os ingleses tenham invadido o palácio.
(B) graças a várias estratégias de proteção em períodos adversos.
(C) ainda que os frades não tenham conseguido evitar o roubo de várias obras.
(D) graças à implantação da República.
3.3. Esta biblioteca é a conjunção de duas bibliotecas:
(A) uma castelhana e outra portuguesa.
(B) uma conventual e outra franciscana.
(C) a biblioteca real e a biblioteca conventual.
(D) uma de origem europeia, outra da corte portuguesa.
3.4. Esta biblioteca é criada
(A) em 1572 por Bento XIV.
(B) em 1752 por Bento XV.
(C) em 1572 pelo Papa Bento XV.
(D) em 1752 por bula papal.
3.5. A particularidade desta Biblioteca é o facto de ter sido criada com
(A) livros proibidos sobre esoterismo, quiromancia, interpretação da face
huma- na e questões sociais polémicas.
(B) três estantes entaipadas, mas que não são visíveis.
(C) um piso superior escondido a que só os frades têm acesso.
(D) livros escondidos com versões da Bíblia não aprovadas por Roma.
3.6. As estantes da biblioteca são ocupadas por
(A) mais de 30 mil livros.
(B) mais de 30 mil volumes.
(C) menos de 30 mil obras.
(D) menos de 30 mil páginas.
3.7. A biblioteca está organizada com três espaços
(A) com livros religiosos de diferentes temas.
(B) com livros sobre ciência e religião.
(C) que têm livros com diferentes temas.
(D) com gramáticas, dicionários e clássicos.

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FICHA DE AULA
Escrita – Romance de José Saramago, Memorial do Convento
NomeTurmaN.ºData

Allan McDonald, José de Sousa Saramago,


15 maio 2020, https://cartoonmovement.com
(consultado em 18.02.2023).

Bernardino de Souza Pereira (1895-1985), 1940, Museu Paulista da Universidade de São Paulo.
(Bartolomeu Lourenço (1685-1724) apresenta o “instrumento para se andar pelo ar” em 1709, na Sala das Embaixadas, perante a Corte Portuguesa.)

TAREFA

No romance Memorial do Convento, de José Saramago, Bartolomeu Lourenço diz: “O


ho- mem primeiro tropeça, depois anda, depois corre, um dia voará”.
A partir da tua experiência de leitura do romance, reflete sobre a afirmação do inventor da
Passarola.
Num texto bem estruturado, com um mínimo de duzentas e um máximo de trezentas e cin-
quenta palavras, defende um ponto de vista pessoal sobre a importância de acreditarmos
na consecução dos nossos sonhos.
No teu texto:
• explicita, de forma clara e pertinente, o teu ponto de vista, fundamentando-o em
dois argumentos, cada um deles com um exemplo significativo;
• formula uma conclusão adequada à argumentação desenvolvida;
• utiliza um discurso valorativo (juízo de valor explícito ou implícito).

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Tarefa: Escrita de texto de opinião

Escala
Critérios
Excelente Satisfatório Insatisfatório

Adequação ao O aluno redige um O aluno redige O aluno redige um


tema proposto texto adequado ao um texto pouco texto desadequado
tema. adequado ao tema. ao tema.

Rigor na O aluno estrutura o O aluno estrutura O aluno não


estrutura do texto texto em vários o texto em estrutura o texto
e na correção momentos três momentos em três momentos
linguística perfeitamente perfeitamente perfeitamente
delimitados. Redige delimitados. Redige delimitados. Redige
um texto com um texto com um texto com
correção linguística. algumas incorreções muitas incorreções
linguísticas. linguísticas.

Clareza na O aluno cumpre as O aluno cumpre O aluno não cumpre


aplicação das regras estruturais do algumas regras as regras estruturais
regras do género género textual solicitado estruturais do do género
(apresentação do género textual textual solicitado
tema e do ponto de solicitado (apresentação do
vista; inserção de dois (apresentação do tema e do ponto de
argumentos ilustrados tema e do ponto de vista; inserção de
com dois exemplos cada vista; inserção de dois argumentos
um; conclusão e retoma dois argumentos ilustrados com dois
do ponto de vista). ilustrados com dois exemplos cada um;
exemplos cada um; conclusão e retoma
conclusão e retoma do ponto de vista).
do ponto de vista).

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LISTA DE VERIFICAÇÃO – ESCRITA DE UM TEXTO DE OPINIÃO

Questões relevantes Sim Não

1. Refleti sobre o tema proposto?

2. Elaborei tópicos de orientação?

3. Após preparação, reformulei alguns aspetos da planificação?

4. Escrevi um texto com explicitação do tema e de um


ponto de vista (tese)?

5. Respeitei o tema?

6. Preocupei-me em desenvolver argumentos (dois)


e os respetivos exemplos (um para cada argumento)?

7. Fundamentei as ideias?

8. Utilizei um discurso valorativo?

9. Introduzi conectores para articular o discurso?

10. Evitei repetições?

11. Construí um discurso correto linguisticamente?

12. Estruturei o texto e delimitei-o com introdução,


desenvolvimento e conclusão?

13. Escrevi o texto com correção linguística?

14. Revi o texto e atentei na estrutura, no vocabulário, no registo


de língua, no encadeamento das ideias, na coerência e
coesão?
15. Reformulei o texto após revisão?

16. Respeitei o limite de palavras estipulado?

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O SUCESSO

SOLUÇÕES
TESTE, p. 3
Educação Literária – Romance de José
Saramago, Memorial do Convento
1. As duas personagens acabam de
chegar a Portugal e apresentam 3. No texto que descreve Baltasar,
características realçam-se a miséria e a injustiça da
que as tornam figuras de exceção. guerra, enquanto no texto B, o
Baltasar distingue-se pela falta da mão narrador apresenta com muito detalhe
esquerda e até ironia a relação entre o gerente
e Ricardo Reis pelo facto de ser um do hotel e o hóspede recém chegado
médico recém chegado do Brasil. As (“Senhor
duas personagens chegam a um local doutor, não chega a ser vénia, é um
do qual estavam ausentes há algum selo, o reconhecimento de um direito,
tempo, no entanto vêm de locais muito de um mérito, de uma qualidade, o que
diferentes: Baltasar vem de Espanha, da requer uma imediata retribuição,
guerra, e Ricardo Reis vem do Brasil. mesmo não escrita”).
O aspeto que mais distingue as duas Em suma, os dois retratos
figuras é a idade e a classe social. masculinos centram-se em aspetos
Enquanto Baltasar é jovem e precisa de distintos.
pedir esmola, Ricardo Reis aloja-se num
hotel e não demonstra ter problemas
económicos.
Concluindo, as características das duas
figuras masculinas afastam-nas mais do
que as aproximam.
2. As duas figuras apresentam papéis
sociais muito diferentes.
Baltasar é rejeitado como soldado, pois
perdeu uma mão. Na verdade, não pode
lutar, mas também não pode trabalhar
(“não poderia a sua única mão pegar
numa enxada que requer duas”). Tem de
pedir esmola para mandar fazer um
gancho que lhe substitua a mão.
Ricardo Reis é um médico que pondera
exercer medicina, vive num hotel e, se
quiser, pode optar por alugar uma casa
ou continuar a viver no hotel.
Concluindo, estas duas personagens
apresentam um perfil social oposto.
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VÊ COMO SE FAZ, p. 5
FICHA DE AULA (contextualização), p. 9
Gramática – Romance de José Saramago,
Oralidade – Romance de José Saramago,
Memorial do Convento
Memorial do Convento
1. (A)
2.
2. (A)
(A) V
3. (C)
(B) F
4. (B)
(C) V
5. (A)
(D) F
6. (A)
(E) V
7.
(F) V
a) Sujeito.
2.1. (B) É uma biblioteca religiosa e
b) Complemento direto. palaciana, onde vive uma espécie
de pequenos morcegos, que
FICHA DE AVALIAÇÃO DIFERENCIADA, p. preservam os livros, comendo os
7 insetos que os danificam e chegam
Leitura – Romance de José Saramago, a voar 40 Km por noite.
Memorial do Convento (D) A extinção das ordens religiosas,
1. (A) a ocupação do palácio de Mafra
pelos franceses e a implantação da
2. (A)
República foram ameaças para este
3. (B) lugar da cultura portuguesa.
4. (C) 3.1. (A)
5. (D) 3.2. (B)
3.3. (C)
3.4. (D)
3.5. (A)
3.6. (B)
3.7. (C)

FICHA DE AULA, p. 11
Sugestões de tópicos de resposta
Acreditar na construção de um sonho
. aumenta a autoestima;
. ajuda a ultrapassar os obstáculos;
. permite superar as incertezas;
. estimula a criatividade;
. faz o mundo avançar.

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LINHA AREAL PROFESSOR
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