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Josina Damião Rabias Mathamalo

Avaliação da Eficácia do Uso de Modelo Didáctico na Aprendizagem do Tema Sistema


Respiratório na Disciplina de Biologia, Caso da E.S.G de Aeroporto, 2022.
(Licenciatura em Ensino de Biologia Com Habilitações em Ensino de Química)

Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2022
Josina Damião Rabias Mathamalo

Avaliação da Eficácia do Uso de Modelo Didáctico na Aprendizagem do Tema


Sistema Respiratório na Disciplina de Biologia, Caso da E.S.G de Aeroporto, 2022.
(Licenciatura em Ensino de Biologia Com Habilitações em Ensino de Química)

Projecto de pesquisa, a ser entregue ao


Departamento de Ciências, Tecnologias,
Engenharias e Matemática, Extensão de
Niassa, curso de Biologia, sob orientação
do Supervisor: MSc Belito Bento Manuel e
Mussa Issufo

Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2022
3

CAPITULO I: INTRDUÇÃO

Dentro do contexto das inúmeras reformas pedagógicas decorridas na história, observa-


se uma necessidade de adaptação do professor para uma nova realidade de ensino,
desta forma, algumas metodologias tradicionais são legitimadas como processos
decorativos e poucos atrativos podendo atenuar o interesse do aluno pelo conteúdo
exposto (Chassot, 2002).

Sabe-se que, a persistência por meio dos docentes em métodos obsoletos, tais como, a
reprodução de conteúdo, faz com que o aluno torne-se mero receptor do
conhecimento, denominado como “pedagogia de transmissão”.

Acredita-se que há uma carência de propostas inovadoras que proporcionem ao


aluno uma visão clara e dinâmica, sendo assim, o professor deve se moldar ao
novo modelo de ensino, capaz de trazer o lúdico para sala de aula como ferramenta
pedagógica.

Desta forma, os professores precisam buscar métodos de ensino que potencializem suas
aulas colaborando com o conhecimento dos estudantes (GARCIA, 2001). Nesse sentido,
a utilização de modelos didácticos provoca curiosidades nos alunos, capaz de contribuir
para uma maior qualidade no ensino de biologia. Na construção do conhecimento
científico, a utilização do modelo didáctico é de suma importância, pois a prática
promove a participação do aluno, resultando em uma maior aproximação do mesmo
com o conteúdo, e tendo como consequência uma aprendizagem mais efetiva.

Segundo Paz et al (2006, p. 136), “os modelos didáticos são a essência da teoria e
podem ser classificados como: modelo representacional ou maquete (Terrário), modelo
imaginário e modelo teórico”. Tal metodologia alternativa pode ser capaz de estimular
o ensino, promovendo a integração entre o conteúdo e atividades práticas fazendo com
que o aluno seja activo no processo de ensino e aprendizagem (MATOS et al. (2009).
No ensino de biologia, diversos conteúdos são considerados complexos por alguns
alunos e a utilização de modelos didático pode trazer os conteúdos à realidade dos
alunos, uma vez que são mais atractivos e lúdicos, quando comparado ao ensino
tradicional.

Os modelos didáticos são ferramentas educacionais utilizadas para proporcionar uma


melhor aprendizagem dos alunos, contribuindo para uma possível melhoria em sua
4

vivência escolar e prática cotidiana, levando em conta a falta de demonstrações não


utilizadas pelos professores nas aulas de ciências, enxerga-se os modelos
didáticos como ferramentas fáceis e na maioria das vezes de baixo custo e como
uma ferramenta didática que pode ser usada pelos professores no exercício de
sua atividade docente e na promoção de uma aprendizagem mais activa por parte dos
educandos (Vilhena et al., 2010).

Por meio de modelos, o professor consegue despertar no aluno, o interesse


investigativo que existe na disciplina de biologia, onde os alunos podem interagir
tornando-se um ser activo e participativo na sala de aula, deixando de ser um mero
expectador e não detentor do seu próprio conhecimento. O uso de modelos
confeccionados com materiais simples torna-se alternativas importantes no ensino de
biologia despertando um maior interesse do aluno .

Sabendo da necessidade de novas estratégias para uma melhor aprendizagem e


compreensão nos diversos temas da biologia, intentamos construir um modelo didáctico
montável sobre o sistema respiratório a fim de elucidar o funcionamento e localização
de suas estruturas. Esse modelo é composto pelos órgãos que integram o trato
respiratório, bem como pelas estruturas anexas. Ademais, almejamos que esta
ferramenta pedagógica facilite o entendimento nos alunos do ensino médio sobre o
sistema supracitado.

1.1. Delimitação do tema


A pesquisa aborda aspectos relacionados com a Avaliação da Eficácia do Modelo
Didáctico na Aprendizagem Sobre Sistema Respiratório nas Aulas de Biologia, na
E.S.G de Aeroporto. Esta pesquisa será realizada na Cidade de Lichinga,
especificamente, na E.S.G de Aeroporto, entre os meses de Agosto a Outubro de 2022.

1.2. Problematização

Frequentemente é observado um descontentamento de estudantes e professores quanto a


metodologias tradicionais adotadas no Ensino de Biologia. A utilização exclusiva de
quadro preto, giz e livro didáctico torna o conteúdo abstrato, facto este que culmina no
desinteresse e cansaço dos alunos.
5

Em Moçambique, Província de Niassa, em particular a Escola Secundária Geral de


Aeroporto, actualmente as aulas de Biologia ainda apresentam inúmeras características
de um ensino tradicional, onde o professor é visto como detentor do saber, enquanto os
alunos são considerados sujeitos passivos no processo de ensino e aprendizagem.

E, por conta disso, com o passar do tempo o aluno perde o interesse pelas aulas de
Biologia, pois muito pouco de diferente é feito para tornar a aula mais atractiva e que
motive o mesmo a aprender e construir seu próprio conhecimento.

Pimenta, (2008) & Nóvoa, (2009) afirmam que a actuação docente é fortalecida pe1a
contínua reflexão sobre as aulas práticas que permeiam o saber professores e que
objectivam agir de forma coerente e transformando o cidadão.

E que essas práticas de ensino de biologia são elementos relevantes nas aulas, e
envolvem diretamente o trabalho do professor e o processo de aprendizagem do aluno.
E para tornar a aula mais dinâmica e atractiva, existem diversos métodos que podem ser
utilizados pelos professores, como por exemplo o uso dos recursos didácticos e aulas
experimentais, contribuindo para a aprendizagem e motivação dos alunos.

Diante, do quadro teórico acima mencionado levanta-se o seguinte problema de


pesquisa:

 Qual é a Eficácia do Modelo Didáctico na Aprendizagem Sobre Sistema


Respiratório nas Aulas de Biologia, caso da E.S.G de Aeroporto?

1.3. Justificativa
A avaliação da eficácia dos Modelos Didácticos bem como a adopção de práticas
ilustrativas são estratégias de ensino biologia, visto que possibilitam a participação
activa dos alunos, para a representação de estruturas e processos, reflexão e discussão
acerca de diversas temáticas (Duso et al., 2013).

Durante o tempo em que autora prestou aos serviços de Estágio Pedagógico na E.S.G de
Aeroporto, deparou-se no seu dia-a-dia, que quase a totalidade dos professores de
Biologia mediavam suas aulas teoricamente, sem uso de recursos didácticos ou
realização de aulas práticas de ensino. Foi nessa altura que emanou a indagação sobre
Avaliação da Eficácia do Modelo Didáctico na Aprendizagem Sobre Sistema
6

Respiratório nas Aulas de Biologia, procurando assim contribuir para o sector na melhor
abordagem destes casos e talvez, melhorar a prática docente nas escolas.

A realização desta pesquisa é de extrema importância, pois, avaliar a eficácia do


Modelos Didácticos na Aprendizagem Sobre Sistema Respiratório nas Aulas de
Biologia, na E.S.G de Aeroporto, constitui uma melhor estratégia.

Como sabe-se, o sucesso dos modelos didácticos utilizados nas salas de aula, se deve ao
facto de serem mais fácil e atractivo para os alunos lidarem com os conteúdos de forma
dinâmica do que de forma apenas textual.

Neste sentido como enfatizam Trivelato & Oliveira (2006), a prática docente, deixa os
alunos mais interessados em aprender, possibilitando aos alunos que participarem de
forma mais activa e expressem suas opiniões, interagindo com as informações. Para tal,
aulas mais dinâmicas e atraentes tornam o aprendizado mais eficaz e prazeroso, seja
para o professor ou para o aluno.

No entanto, este estudo será relevante na medida em que colherá informações referentes
a avaliação da eficácia dos Modelos Didácticos na Aprendizagem Sobre Sistema
Respiratório nas Aulas de Biologia, sendo assim possível entender a importância dos
mesmos no processo de ensino aprendizagem de Biologia.

Na área científica o conhecimento sobre a prática docente utilizando modelos didácticos


é muitas vezes importante para o processo de ensino aprendizagem dos alunos em todos
os níveis de ensino, o elo de interacção professor-aluno.

Na área educacional o presente estudo será importante, pois os seus resultados podem
ser uma alavanca para o melhoramento do ensino aprendizagem dos alunos.
7

1.4. Objectivos
1.4.1. Objectivo geral
 Avaliar a Eficácia do Modelo Didáctico, na Aprendizagem Sobre Sistema
Respiratório nas Aulas de Biologia, na E.S.G de Aeroporto.
1.4.2. Objectivo específicos

 Verificar se os professores de Biologia utilizam modelos Didácticos como


recursos no processo ensino e aprendizagem;
 Aferir a frequência da utilização modelos didácticos como recursos no processo
ensino e aprendizagem;
 Construir um modelo didáctico Sobre Sistema Respiratório nas Aulas de
Biologia, na E.S.G de Aeroporto;
 Avaliar a Eficácia do modelo didáctico sobre Sistema Respiratório nas Aulas de
Biologia, na E.S.G de Aeroporto
8

CAPÍTULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA


2.1. Modelos Didácticos

2.1.1.Definição

Os modelos didácticos são ferramentas educacionais utilizadas para proporcionar uma


melhor aprendizagem dos alunos, contribuindo para uma possível melhoria em sua
vivência escolar e prática quotidiana.

De acordo com Souza (2007), “modelos didácticos é todo material utilizado como
auxílio no ensino e aprendizagem do conteúdo proposto para ser aplicado pelo professor
a seus alunos”. Os modelos didácticos compreendem uma diversidade de instrumentos e
métodos pedagógicos que são utilizados como suporte experimental no
desenvolvimento das aulas e na organização do processo de ensino e de aprendizagem.

Eles servem como objectos de motivação do interesse para aprender dos educandos, ou
seja, são de fundamental importância no processo de desenvolvimento cognitivo do
aluno”, uma vez que desenvolvem a capacidade de observação, aproxima o educando a
realidade e permite com maior facilidade a fixação do conteúdo e consequentemente, a
aprendizagem de forma mais efectiva, onde o educando poderá empregar esse
conhecimento em qualquer situação do seu dia-a-dia.

No momento que o professor utiliza um recurso didáctico dentro da


sala de aula, ele transfere os conhecimentos que estão expressos no
livro para a realidade do educando. Dessa forma, o professor pode usar
o recurso didáctico para preparar, melhorar ou aprimorar a aula que
será dada. São exemplos de recursos didácticos: artigos, apostilas,
livros, softwares, sumários de livros, trabalhos académicos,
apresentações em PowerPoint, filmes, actividades, exercícios,
ilustrações, CDs, DVDs (Ferreira, 2007:3).

Os professores podem utilizar esses instrumentos didácticos-pedagógico para


desenvolver um tipo de aula diferente, de forma mais dinâmica e proveitosa. Quando o
professor usa esses, ele torna a aprendizagem dos educandos significativa, acessível e
evitam que as aulas tornem-se monótonas, rotineiras do dia-a-dia.
9

Pode-se dizer, então, que a eficácia de um modelo didáctico é expressa por uma equação
entre o seu grau de especialização, o perfil dos sujeitos envolvidos e as características
da situação de ensino (Rangel, 2005).

Segundo Castoldi & Polinarski (2009), pelo comodismo ou mesmo pelo medo no novo,
grande parte dos professores tende em utilizar métodos tradicionais de ensino, por ser
uma técnica de ensino considerada pelos educadores, mais fácil e prático de se trabalhar
e aplicar, os professores têm convivido com um cenário educacional diferente daquele
que foram formados, onde ouvem um discurso constante de que há uma necessidade
visível de actualização permanente.

Outros trabalhos, como o de Carvalho (2003), afirmam que é papel do


professor actuar como mediador do processo de ensino e aprendizagem.
Sendo assim, ao ensinar a Biologia, o professor deve priorizar o
desenvolvimento de atitudes e valores dos estudantes, utilizando
metodologias e práticas educacionais que promovam o questionamento,
o debate e a investigação minimizando, desta maneira, as limitações de
um aprendizado passivo ainda presente no contexto escolar.

2.2. Classificação dos Modelos Didácticos

Existe uma série de modelos didácticos que os professores de Biologia podem


desenvolver e aplicar nos ambientes de ensino e aprendizagem, podendo inclusive
construir nas aulas modelos didácticos, sendo importante a escolha de um recurso
adequado aos objectivos de ensino do conteúdo, uma vez que, “O uso de materiais
didácticos no ensino escolar, deve ser sempre acompanhado de uma reflexão
pedagógica quanto a sua verdadeira utilidade no processo de ensino e de aprendizagem,
para que alcance o objectivo proposto” (Souza, 2007).

Gianotto & Araújo (2012), separam os diferentes tipos de recursos didácticos em:
naturais, técnicos tradicionais e contemporâneos.

2.2.1. Recursos didácticos técnicos tradicionais e contemporâneos

Segundo FREITAS (2013), os recursos tradicionais, como quadro e giz, livro didáctico
e textos científicos são os mais utilizados e muitas vezes são ditos pelos professores
como único tipo de recurso disponível. Já os contemporâneos, como materiais visuais e
informatizados, talvez sejam os mais utilizados depois dos tradicionais, havendo um
consenso de que tornam o processo educativo mais atraente e dinâmico. Esse tipo de
10

recurso estimula os estudantes a desenvolverem habilidades intelectuais e cooperação,


em que mostram interesse em aprender e buscar informações sobre um determinado
assunto além do que o professor apresenta em sala de aula.

Os recursos audiovisuais, por exemplo, proporcionam uma aula diferenciada permitindo


diversificar as actividades e assumir um papel motivador do processo de ensino e
aprendizagem (SANTOS, 2010). Um filme, um vídeo ou um programa multimídia têm
um forte apelo emocional e, por isso, motivam a aprendizagem dos conteúdos
apresentados pelo professor. Além disso, a quebra de ritmo provocada pela apresentação
de um audiovisual é saudável, pois altera a rotina da sala de aula.

Além dos recursos didácticos tradicionais e contemporâneos, existe


uma diversidade de materiais que podem ser utilizados como recursos
alternativos. Dentre esses, os recursos que podem ser construídos pelos
alunos manualmente, os modelos didácticos, são pertinentes para
representar uma ideia, um objecto, um acontecimento, um processo ou
um sistema criado com um objectivo específico (GILBERT et al.,
2000).

Outro tipo de recurso são os jogos didácticos, que se caracterizam como uma importante
e viável alternativa lúdica para auxiliar e favorecer a construção do conhecimento. O
jogo didáctico, quando bem elaborado, pode proporcionar ao estudante a capacidade de
interacção com o conteúdo, bem como favorecer o desenvolvimento de habilidades
quanto à cognição, a afeição, a socialização, a motivação e a criatividade (MIRANDA,
2001).

O uso de jogos na Educação visa construir conhecimentos, treinar habilidades já


estudadas, aprofundar questões importantes e desenvolver estratégias de raciocínio
lógico

2.2.2. Recursos didácticos naturais


Os recursos didácticos naturais, como materiais biológicos, possibilitam uma interacção
entre teoria e prática, pois não se baseiam somente em abstracções típicas, mas também
na observação do material real (XAVIER, 2007).

JACOB (2009) sugere que o uso de recursos naturais no ensino de Ciências e Biologia
desenvolvem nas/nos estudantes capacidades de resolução de problemas, de
investigação, além de favorecer a construção de significado dos conceitos teóricos.
11

Há um consenso entre as/os docentes de Biologia de que a aula


experimental em laboratório é o “recurso didáctico” mais adequado
para o ensino de Biologia, entretanto, a aula experimental, assim como
a aula de campo, é uma modalidade didáctica, que se refere à maneira
como os conteúdos seleccionados serão apresentados e trabalhados,
englobando tanto as acções docentes como as acções discentes
(MIRANDA, 2001).

2.3. Influência de alguns modelos didácticos no ensino aprendizagem


2.3.1. A utilização dos modelos Sistema Respiratório

Não há como negar que a tecnologia vem se fazendo presente em nossa vida, facilitando
nossos afazeres diários e contribuindo em muito com o nosso trabalho.

Segundo pesquisas, os modelos Sistema Respiratório são muito utilizados no âmbito


educacional, porque envolvem os sentidos de percepção mais fortes na aquisição de
conhecimentos e de informações. No caso dos modelos Sistema Respiratório, se
considerado sua praticidade e as diversas opções de uso, eles tornam-se um instrumento
imprescindível para a realização de aulas dinamizadas.

Ao longo dos anos vários recursos didácticos como o quadro de giz, o


flipchart, o projector de slides, o computador, o vídeo e o data show,
vêm sendo usados pelo professor para veiculação de suas ideias em sala
de aula. Cabe ao docente verificar a necessidade do educando,
observando o interesse e seu contexto cultural, no sentido de utilizar o
material de apoio mais adequado. Contudo, uma análise desses
dispositivos alicerçada em critérios claramente definidos, torna-se
fundamental, para que atendam os objectivos educacionais do ensino
(MEC, 2008).

De acordo com SANTOS (2010), “são modelos Sistema Respiratório todos e quaisquer
recursos utilizados no contexto de um procedimento visando estimular o aluno e
objectivando o aprimoramento do processo de ensino e aprendizagem”.

Os professores em sua maioria consideram os modelos Sistema Respiratório meros


recursos didácticos, não imaginam a imensa produção didáctica que o mesmo pode
alcançar e contribuir na formação dos educandos. O que pode dificultar o processo de
ensino aprendizagem são muitas vezes as aulas tradicionais e desmotivadoras. Dessa
forma os professores devem evitar o ensino puramente verbalizado, uma vez que a
aprendizagem é mais eficaz quando se realiza uma experiência directa, vista e ouvida.
12

As novas tecnologias empregadas no processo de ensino, incluindo os modelos Sistema


Respiratório e instrumentos sofisticados que ainda estão em desenvolvimento,
possibilitam maior flexibilidade, criatividade, interacção e comunicação no processo
ensino e aprendizagem, estimulando a participação activa do educando (SANTOS,
2012).

2.3.2. A construção do modelo Sistema Respiratório

Existe uma grande oferta de metodologias, de técnicas, de objectos, de tecnologias que


o professor pode usar didacticamente a seu favor maximizando sua aula e optimizando
sua docência para conquistar o aluno de uma maneira que eles por conta própria
esperem ansiosamente para a realização da aula. E uma dessas tecnologias que pode se
tornar uma ferramenta poderosa de ensino é modelo Sistema Respiratório.

Como todo recurso didáctico usado no processo ensino e aprendizagem, o ensino


através modelo Sistema Respiratório possui vantagens.

Segundo Bonini & Lombardo (2004), Dentre as principais vantagens destacam-se:


 Distribuição do conhecimento em larga escala;
 Redução dos custos de distribuição, pois pela modelo Sistema Respiratório não
há custos de impressão e transporte;
 São possíveis diversas técnicas de ensino, tais como: texto, imagens,
comunicação entre professores, professores e alunos e entre os alunos.
2.4. Importância dos Modelos Didácticos para o Processo de Ensino Aprendizagem
de Biologia

Para que os alunos demonstrem maior interesse pelas aulas, todo e qualquer recurso ou
método diferente do habitual utilizado pelo professor é de grande valia, servindo como
apoio para as aulas (Gianotto & Araujo, 2012).

Dessa forma, as utilizações desses recursos no processo de ensino podem possibilitar a


aprendizagem dos alunos de forma mais significativa, ou seja, no intuito de tornar os
conteúdos apresentados pelo professor mais contextualizados propiciando aos alunos a
ampliação de conhecimentos já existentes ou a construção de novos conhecimentos
(Ferreira, 2007).
13

Com a utilização de recursos didácticos diferentes é possível tornar as aulas mais


dinâmicas, possibilitando que os alunos compreendam melhor os conteúdos e que, de
forma interactiva e dialogada, possam desenvolver sua criatividade, sua coordenação,
suas habilidades, dentre outras.

De acordo com Souza (2007:112-113), utilizar recursos didácticos no processo de


ensino e aprendizagem é importante para que o aluno assimile o conteúdo trabalhado,
desenvolvendo sua criatividade, coordenação motora e habilidade de manusear objectos
diversos que poderão ser utilizados pelo professor na aplicação de suas aulas.
14

CAPÍTULO III: METODOLOGIA DE TRABALHO

3.1. Descrição da área de estudo


A Cidade de Lichinga é a capital da Província de Niassa e fica localizada no planalto do
mesmo nome, entre as coordenadas 13º 18’ 02’’ de latitude sul e 35º 14’ 00’’ de
longitude leste, a uma altitude entre 1000 a 1400m e possui uma área de 290km2
(Ferrão, 2014 apud António & Omar, cp: 2012).

Segundo a mesma fonte, Lichinga tem como limites geográficos, Norte: Rios Luchimua
e Sambula; Noroeste: é limitada pelos rios Sambula e Lussanhando; Nordeste: limita-se
por uma linha recta até Serra Matama; Leste: separa-se pelo rio Lucinge; Sul: é limitado
através do rio Lungunha e Sudoeste: limita-se por um alinhamento recto que vai até ao
rio Necatembe.

O clima da cidade é tropical húmido, com duas estações não nitidamente distintas:
chuvosa nos meses de Outubro à Abril e seca durante os meses de Maio à Outubro. As
temperaturas médias variam entre 15 a 20º C nos meses de Abril e Agosto, enquanto as
máximas variam entre 17 a 28º C nos meses de Setembro e Maio (Ferrão, 2014:26).

Segundo CENSO de 2017, grande parte da população é Yao, pois, antigamente esta era
habitada maioritariamente por estas populações, mas, ultimamente, é habitada também
por outras etnias. A população da Cidade estima-se em cerca de 85.758 habitantes,
predominantemente, yaos, Nyanjas, Macuas e Ngonis.

3.1. Breve Historial e Localização da Escola Secundária Geral de Aeroporto


3.1.1. Localização geográfica da escola

A escola Secundária Geral de Aeroporto localiza-se no extremo Norte da cidade de


Lichinga, tendo como limites, a Norte o bairro Assumane e zona Industrial, a Sul o
bairro Namacula, a Este o bairro Aeroporto e a Oeste o Quartel das Forças Armadas de
Defesa de Moçambique.

3.1.2. Breve Historial

A escola Secundária Geral de Aeroporto, iniciou com 4 salas de aulas, em 2009,


engajada no plano económico-social (PES-2007), sob proposta da Direcção Provincial
da Educação do Niassa. Construídas 4 de aulas em 2009, neste em que nos encontramos
15

es que em 2010 se introduziu a 8ª classe do curso diurno como turmas anexas na E.S.G
de Namacula

3.1.3.Estrutura e composição da escola

A Escola Secundária Geral de Aeroporto é composta por 5 blocos, deste 1 bloco


administrativo onde podemos encontrar Secretaria, Gabinete do director, Gabinete do
directores Adjuntos pedagógico do 1º ciclo para além da sala dos professores e director
adjunto pedagógico.

3.2. Tipo de estudo


Quanto a natureza à pesquisa sera básica, pela necessidade da pesquisadora ter de
contribuir na construção do Modelo Sistema Respiratorio no Ensino de Biologia, na
prática docente; Quanto aos objectivos, sera descritiva, porque procurará identificar os
principais factores que contribuem no Ensino de Biologia a não construção dos modelos
didácticos na prática docente-cidade de Lichinga.

Quanto à abordagem do problema apresentado, a pesquisa é quantitativa, pois, o


significado dos dados obtidos serao traduzidos em números para classificá-las e analisá-
las. Esta requer o uso de recursos e de técnicas estatísticas. Quanto aos procedimentos
técnicos é estudo de caso, porque envolve o estudo profundo e exaustivo de um ou
poucos objectos de maneira que se permita o seu amplo e detalhado conhecimento.
(Impelemarebo, 1999:58).

3.3. Amostragem
Será utilizada uma amostragem do tipo acidental ou convencional, em que amostra será
constituída por professores de biologia e alunos da 8ª classe, no período da pesquisa

3.4. Amostra
A amostra sera constituída por professores de biologia de ambos os sexos, que
leccionam aulas de biologia na E.S.G. de Aeroporto e alunos da 8ª classe.

De forma sequencial apresentarão-se os dados demográficos, conforme pode-se


observar, em relação a característica sexo, dos 10 professores de biologia que serão
entrevistados, (tabela 1).
16

Tabela 1: Distribuição das frequências dos professores de biologia em estudo segundo o


sexo

Variável sexo Número Fr (%)


Masculino ? ?
Feminino ? ?
Fonte: Autora, (2022)

3.5. Técnicas e instrumentos de colecta de dados


As técnicas usadas para a colecta de dados serao: Entrevista e a observação directa e
como instrumento usar-se-a o inquérito

A entrevista será constituída por uma série de perguntas abertas e fechadas, as quais
pretenderam saber se os professres utilizam modelo SR, na sua prática docente; se os
professores de Biologia utilizam os recursos didácticos como um método no processo
ensino e aprendizagem; Aferir a frequência da utilização dos modelos didácticos no
processo ensino e aprendizagem.

Construção e Avaliação da Eficácia do modelo didáctico sobre Sistema


Respiratório nas Aulas de Biologia, na E.S.G de Aeroporto

Existem diversos modelos de sistema respiratório, e para o presente estudo o modelo


será feito com garrafa PET e balão (Apêndice 2).

A avaliação da Eficácia do modelo didáctico será realizada com a participação de 70


alunos da 8ª classe do Ensino básico, sendo 35 meninas e 35 meninos, curso diurno
combinado com a direcção da escola, coordenação pedagógica e o professor de ciências
de biologia da escola, tendo sido o mesmo durante o horário normal das aulas. Para o
desenvolvimento das actividades o projecto será realizado obedecendo às seguintes
etapas:

1) Aplicação de questionário: com cinco questões, para detectar os conhecimentos


prévios dos alunos a cerca do assunto;

2) Palestra: será realizada uma apresentação de uma aula explicativa, com exposição de
cartaz do aparelho respiratório humano, demonstrando suas características e funções.
Em seguida será pedido que dois alunos enchem uma bexiga, para a observação do
volume da caixa torácica nos movimentos de inspiração e expiração;
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3) Apresentação do modelo didáctico: demonstração do funcionamento do sistema


respiratório por meio de um modelo didáctico, criado com: garrafa pet, bexigas e
mangueira de nível, onde serão explicados os movimentos de entrada e saída do ar, o
volume da caixa torácica, o movimento diafragmático durante o processo de expiração e
inspiração, além de apresentar os órgãos envolvidos no processo. A mangueira de nível,
na parte superior representara as vias respiratórias, os pulmões e o diafragma serão
representados por bexigas. O modelo mostrara que puxando a bexiga para baixo, ocorre
à expansão da caixa torácica, representando o movimento de inspiração, quando os
pulmões enchem-se de ar simbolizam a entrada do mesmo pelas vias aéreas, já a saída,
seria a volta da bexiga representando um menor volume dos pulmões e
consequentemente, da caixa torácica ocorrendo assim, o relaxamento do diafragma.

4) Aplicação do mesmo questionário no final da aula, para uma possível avaliação do


aluno a cerca do assunto abordado.

3.6. Critérios de Inclusão/Exclusão

Faram parte do estudo todos os professores de biologia de ambos os sexos, que


leccionam aulas de biologia na E.S.G. de Aeroporto. Por outro lado, não serao inclusos
no estudo todos os professores de biologia de ambos os sexos, que nao leccionam aulas
de biologia na E.S.G. de Aeroporto

3.7. Análise de dados

Após a recolha de dados referentes o Ensino de Biologia em Tempos de Pós-Pandemia:


Um olhar para a Prática Docente, na E.S.G de Aeroporto, os resultados da entrevista e
do inquérito usando as técnicas referidas acima, estes serao processados usando o
pacote informático Microsoft Excel 2010. Foi usado o método estatístico, como é o caso
da estatística descritiva, para calcular a frequência percentual, os mesmos resultados
serao dispostos subforma de gráficos para melhor compreensão dos dados obtidos.
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4.BIBLIOGRAFIA

1. BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Paris: Edições 70, 1977.


2. BELOTTI, S. H. A.; FARIA, M. A. Relação professor-aluno. Saberes da
Educação, v.1 ,n. 1, p. 01-12, 2010.
3. BORGES, R. M. R; LIMA, V. M. do R. Tendências contemporâneas do ensino
de biologia em Maçambique. Revista eletrônica de Enseñanza de las Ciências.
V. 6 n. 1, 2007.
4. DUSO, L.; CLEMENT, L.; PEREIRA, P. B.; FILHO, J. P. A. Modelização:
uma possibilidade didática no ensino de biologia. Ensaio Pesquisa em Educação
em Ciências, v. 15, n. 2, p. 29-44, 2013.
5. FERREIRA, Sheila Margarete Moreno. Os recursos didácticos no processo
ensino-aprendizagem. Cabo Verde, 2007.
6. FREITAS, A. C. de O. Utilização de recursos visuais e audiovisuais como
estratégia no ensino da biologia. Ceará, 2013.
7. GIANOTTO, D. E. P & ARAUJO, M. A. de L. Recursos didácticos alternativos
e sua utilização no ensino de Ciências. EDUEM. Maringá, 2012.
8. Impelemarebo, J. W. Metodologia Científica. Rio de Janeiro; Guanabara
Koogan S.A, 1999, p58.
9. KRASILCHIK, M. Prática de Ensino de Biologia. São Paulo: Edusp, 2008.
10. LARENTIS, C.; MALACARNE, T. J.; SEREIA, D. A.. A importância dos
modelos didáticos no ensino de ciências nas séries do ensino fundamental. 2010.
11. LIMA, D.B; GARCIA, R.N. Uma investigação sobre a importância das aulas
práticas de Biologia no Ensino Médio. Cadernos do Aplicação, v. 24, n. 1,
jan./jun. 2011.
12. Nóvoa, A. Professores: imagens do futuro presente. Lisboa: Educa, 2009
13. Pimenta, S.G. Formação de professores: Identidade e saberes da docência. In:
PIMENTA, S.G. (Org.) Saberes pedagógicos e atividade docente. 6. ed.São
Paulo: Cortez, p. 15-34. 2008.
14. SILVA, Carina Helena da, MACÊDO, Patricia Barros de, COUTINHO,
Anderson da, SILVA, Silva Janaína Cristina da, RODRIGUES, Cynthia,
OLIVEIRA, Waleria de Melo Silva Gilvaneide Ferreira de, ARAÚJO, Monica
Lopes Folena. A importância da utilização de atividades práticas como
estratégia didática para o ensino de ciências. Capes, Pernambuco, p.2,
ago.2009.
19

15. SOUZA, Leandro, T et al. O Ensino da Biologia e as Atividades Experimentais:


aposta motivacional para aprendizagem; Janeiro de 2019.
16. SOUZA. Salete Eduardo. O uso de recursos didáticos no ensino escolar. Arq
Mudi. 2007; 11(Supl. 2):110-4.
17. VIEIRA, H. J.; FIGUEIREDO-FILHO, L. C. S., e FATIBELLO-FILHO, O.
(2007): “Um Experimento Simples e de Baixo Custo para Compreender a
Osmose”, in: Biologia Nova na Escola, n.º 26, pp.37-39.
18. VILHENA, N. Q.; PONTES, A. N.; PEREIRA, A. S. S.; BARBOSA, C. V. O.;
COSTA, V. M. Modelos didático-pedagógicos: estratégias inovadoras para o
ensino de biologia. II Simpósio Internacional de ensino de Ciência e
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19. XAVIER, K. R. F., et. al. O uso de materiais biológicos como elementos
facilitadores do processo de ensino e aprendizagem em actividades teórico-
práticas. UFPB. João Pessoa, 2007.
20

Apêndices
21

Apêndice 1: Guião de Observação da Aula, para ESGA

Variável Aula com modelo Aula sem modelo didáctico Freq.


didáctico
No de
alunos
Sexo M F

Idade Homens Mulheres

Momento
do uso do
modelo
Duração
Método de
exposição
Teste Homens Mulheres
P N P N

Total

Autora: Josina Damião Rabias Mathamalo!

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