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Paula Bessa

Departamento de História, ICS, Universidade do Minho

ARTE NO REINADO DE D. JOSÉ I (1750-1777)


Reinado de D. José I (1750-1777)
•  Diferentes tendências artísticas:

•  Lisboa:
•  1) Pombalino: decoração disciplinada por classicismo severo
•  2) Rococó: gosto da corte (Queluz, por exemplo)

•  Sul: arquitectura evolui rapidamente para o neoclassicismo, a talha de Évora


desenvolve-se ao gosto rococó

•  Centro: Pombalino/ Rococó

•  Porto: influência de Nasoni

•  Braga (e Viana do Castelo): rococó muito particular marcado pela personalidade de


André Soares
O TERRAMOTO DE 1 DE NOVEMBRO DE 1755

•  O TERRAMOTO E SUAS CONSEQUÊNCIAS

•  SEBASTIÃO JOSÉ DE CARVALHO E MELO E A BAIXA


POMBALINA

•  BAIXA POMBALINA:
•  urbanismo e projectos de arquitectura,
•  diferenciação funcional de ruas, praças e dos respectivos
projectos de arquitectura,
•  técnicas de construção resistente aos sismos (cunhais e
enquadramentos de vãos em pedra e técnica “da gaiola”)
O ROCOCÓ
•  “Rocaille”: grutas artificiais, imitando rochas e onde as conchas estavam
sempre presentes (em moda desde o século XVI)

•  Após a morte de Luís XIV e durante o reinado de Luís XV: novo gosto
reagindo aos excessos de solenidade e pompa cortesã do reinado de Luís
XIV
•  A burguesia torna-se encomendadora importante de obras de arte
•  Inflência de ideias das Luzes: procura do verdadeiro e natural por oposição
ao ilusório e à vontade de impressionar:
•  Criam-se ambientes intimistas de elegantes motivos decorativos mas
permanece uma certa nostalgia do barroco

•  Os concheados são um motivo sempre presente no rococó. Não se copiam


conchas do natural. Os concheados do rococó são assimétricos e moldam-
se – e aplanam-se - a gosto a todas as superfícies
•  Outros motivos decorativos: acantos, rosas de toucar, folhas de louro,
miosótis, trepadeiras, …
ROCOCÓ
•  Fontes de influência em Portugal:

•  Presença em Portugal de Antoine Quillard (apesar de, em Portugal, pintar


sobretudo cenas religiosas e retratos e não cenas galantes)

•  Presença em Portugal de gravadores franceses (Rochefort, Debrie, Le


Bouteux) (cf. gravauras ainda existentes em colecções portuguesas, por
exemplo na Sociedade Martins Sarmento , algumas a propósito de Portugal
mostradas nas aulas)

•  Divulgação de gravuras de Augsburgo (Jeremias Wolf, Martinho


Engelbrecht, Hertel, …)

•  Divulgação de gravuras parisienses (Charles-Antoine Jombert)


O ROCÓCÓ EM BRAGA
D. José de Bragança (1741-1756)

•  D. José de Bragança: filho natural de D. Pedro II e de D. Francisca Clara da


Silva (ou seja, meio-irmão de D. João V)

•  Nomeado arcebispo de Braga em 11 de Fevereiro de 1739 e sagrado em 5


de Fevereiro de 1741
•  (devido à interrupção de relações entre o rei e a Santa Sé, Braga esteve
sem prelado de 1728 a 1741)

•  Arcebispo de 1741 a 1756:


•  não só contribui para a adopção do rococó mas é grande encomendador e
faz encomendas a André Soares
•  ANDRÉ SOARES e as suas particularidades e especificidades enquanto
artista rococó, segundo Robert Smith “o mais viril dos artistas rococó”
•  Influência de André Soares no âmbito da arquidiocese de Braga (incluía a
actual diocese de Viana do Castelo)
TALHA  E  AZULEJARIA  ROCOCÓ  

•  TALHA  ROCOCÓ  
•  Como  dis4nguir  a  talha  rocoó?  Pela  presença  de  concheados  

•  AZULEJARIA  ROCOCÓ  
•  Como  dis4nguir  a  azulejaria  rococó?  Pelas  presença  de  barras  de  enquadramento  com  concheados  

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