Download as pdf
Download as pdf
You are on page 1of 108
1 DIARIO F UIA Quarta-feira, 4 de Outubro de 2006 ISérie— N° 120 DA PEpIIBI IA Til VIVA © pnako OFICIAL DA REPUBLICA DE ANGOLA Prego deste mimero — Kz: 810,00 “Taxa a covresywinlénvia, quer oficial, quer ASSINATURAS (© prego de cata Tina publish ros Prion relotiva a anincio e assinaturas do «Diirlo Amo | da Rep 1% 2 série ée Kr’ 75,00 ¢ para AS tS Sies. ae se Kr: 400 275.001 3 série Ke: 95,00, ucreseiey do wspectivo da Repiblicas», devo ser ditigida 8 Imprensa ? PESTS) aL sétie so K7: 236 250.00] impests dev sein, eeporiuchs & pubheagin ‘Nacional — EP, em Luanda, Caixa Postal 1306 F 9 9,* série Ke: 123 $00,00 | 3.*série ue Uepsivito previo a efectiar na Tesora ASS série Ke 95 0001.06 | gy npronss Nacional — Et End. Teleg. edimprensin> IMPRENSA NACIONAL-E. P, Rua Henrique de Carvalho, n.° 2 Caixa Postal n.° 1306 Excelentissinios Senhores: Havendo necessidade de se evitarem 0s inconvenientes {que resultam para os nossos servigos do facto das respeeti- vas assinaturas wo Diiria da Reptilica niiw serem feitas com a devida oportunidade. Para que ndo hija interrupgdo no fornecimento do Didrio da Repiblica aos estimados clientes, temos a honra, de informé-tos que estio abertas a partir desta data até 15 de Dezembro de 2006, as respectivas assinaituras para o ano de 2007 pelo que deverio providenciar a regularizagio dos seus pagamenios junto dos nossos setvigos. 1. Os pregos das assinaturas do Didrio da Repiblica, no territ6rio nacional, passam a ser os Seguintes: AS 3 S6FIC5 cose sues Kx: 400 275,00 It série . a. Ky: 236 250,00 22 série... . Kz: 123 500,00 3s série... Kz; 95 700,00 2. As assinaturas serdo feitas apenas no regime anual. 3, Aos pregox mencionados no n.® I acrescer-se-4 um valor adicional para portes de corrcio por via normal das trés séries, para todo 0 ano, no valor de Kz: 73 975,00 que poderd sofrer eventuais alteragéies em fungiio da flutuagao das taxas a praticar pela Empresa Nacional de Correios de ‘Angola, E. P. no ano de 2007. Os clientes que optarem pela Teceprio das suas assinaturas através do corrcio deverao indicar 0 seu endorego completo, incluind a Caixa Postal, a fim de se evitarem atrasos na sua entrega, devolugao ou extcavio. Observagaes: = @) estes precas poderito ser alterados se howver wna desvalorizagdo da moeda necional, numa prow porcdo superior a hase que determinow 0 sew cleulo: b) as assinaturas que forem feitus depois de 15 de Dezembro de 2006 sofrerdo wn acréscime de na taxa corespondente a 15%: ©) dos organismas do Estada que nde regularizem os seus pagamentas até 15 de Dezembro do ano em curso ndo thes serdo concedidas a crédito as assinaturas do Didrio da Repiblica, para o ano de 2007, SUMARIO Conselho de Ministros Decreto-Lel n 5/06: “Aprova 0 Cédigo Aduancir, Ministerios da Administragtio do Territorio, da Administracéo Poblica, Emprego e Seguranca Social, das Financas, da Educacao e da Sadde Despacho conjunto n? 410/06: (Cra uma crmisso para no prazo de 48 dias, proceder no estudo de Viabiidide para a implementa da Deciety n° 1203, de & de Abril, que regula 0 regime juridica do destaramsento ¢ tansferbocia de pessoal cont © perfil para o exercicio de funsies téunicas e de discegio c chefia para a adminisiracin lacal do estado, 1970 CONSELHO DE MINISTROS Decreto-Lel n* 5/06 de de Outubro A legislagao aduaneira‘em vigor no Pais remonta, em uitos casos, ao perfodo anterior & independéncia nacional. Assim, por exemplo, Contencinso Aduanciro Colonial, em vigor, foi aprovado pelo Decreto n.° 33 531, de 21 de Feverviro de 194, ¢ Estatuto Organico das Alfiin- degas do Ultramar, foi aprovado pelo Decreto n° 43 199, de 29 de Setembro de 1960. O Pats sofrcu, desde entiio, profundas modificagées a Varios nfveis, designadamente no que toca a actividade aduaneira, A Repiblica de Angola aderiu & Orgunizagiio Mundial do Comércio (O.M.C.) amavés da Resolugio n° 4/96, de 15 de Maryo, da Assembleia Nacional; ao Conselho de Cooperagdo Aduaneira (actual Organizagio Mundial das Alfindegas) através da Resolucdo n.° 9/89, de 8 de Abril, da entio Comissio Permanente da Assembleia do Povo; e a Southem African Development Community (S.A.D.C.), sendo, deste modo, membro de pleno dircito das trés organizagbes. As profundas modificagées que 0 Pals sofreu e a adesio A Organivagio Mundial do Comércio, & Organizagio ‘Mundial das Alfandegas e 4 S.A.D.C. determinam, ineluta- velmente, a necessidade de se proceder a uma completa revisfio dos preceitos que até agora tém regido a actividade aduaneira. Com 0 Cédigo Aduaneiro, aprovado pelo presente decreto-lei, pretende 0 Governo definir a disciptina jurfdica fundamental do sistema aduanciro do Pats, designadamente, 05 scus fundamentos legais, a sua organizagfo, as respec tivas competéncias e o seu regime funcional Definindo uma disciptina juridica sistemética e integrada dos regimes da actividade aduancira e das diversas entidades e instituig6es que nela intervém, garan- te-se as alffindegas € aos utentes dos seus servigos um instrumento legal baseado em priticas aduaneiras modernas promulgadas pela Organizagao Mundial das Alffndegas e gradvalmente influenciadas pela intemacionalizagio do ‘comércio, pela globalizacio da economia e pela ponderago da necessidade de um controlo aduaneito eficaz com a facilitago do eomércio legttimo, A implementagio do Acordo Relative a Aplicagio do artigo VII do Acordo Geral Sobre Pautas Aduaneiras Comércio «GATT», em substituiclo da desactualizada Definigdo de Valor de Bruxetas, determinou a introdugo de uum conceito de valor aduaneiro das mercadorias baseado no preco pago ou a pagar. DIARIO DA REPUBLICA Com o objective de garantir maior transpartncia & ficécia na aplicago e cumprimento do regime juridico aduaneiro agora definido, o respectivo regulamento seri aprovado e publicado no mais curto espago de tempo, 0 que permitiré a impiementagao efectiva de uma nova & integrada disciplina juridica do sistema aduanciro, A opgio sistematica essencial subjacente ao presente diploma e ao respectivo regulamento € simples: o regime juridico fundamental do sistema aduaneiro e das actividades que no seu seio tém lugar passa a estar contido no Cédigo ¢ respectivo regulamento, ao invés de continuar disperso por uma mukiplicidade fragmentéria de instrumentos legisla. tivos cujo conhecimento se tem revelado difcil A revisio legislativa agora empreendida introduz significativas methorias na justiga fiscal, fixando-se normas claras que, facultando aos arguidos os meios necessérios para se defenderem, garantem, a0 mesmo tempo, a defesa dos legitimos interesses do Estado. As normas relativas aos trés ramos do contencioso aduaneito, quer as normas de direito substantivo, quer as Cédigo Aduaneiro. O aumento do mimero de processos fiscais aduaneiros & agua crescente complexidade técnico-jurfdica aconseTharn a criagio de um quadro de magistrados para julgar exchisivamente as questdes de cardcter muito especial que dizem respeito a0 contencioso fiscal aduaneiro. Deste modo, 0 julyamento dos processos fiscais aduaneiros € cometido a uma magistratura especializada que integrard a Sala do Contencioso Fiscal ¢ Aduaneiro. © Cédigo Aduaneiro integra igualmente 3s normas reguladoras dos processos administratives referentes & venda de mercadorias demoradas, abandonadas ou perdidas a favor do Estado, salvadas de naufriigio, achadas ou arrojadas, Trata-se de uma matéria distinta do conten aduanciro, apesar da analogia que, sob 0 aspecto formal, tem com a matéria relativa aox processos de contencioso fiscal e técnico, © Cédigo € constituido por oito partes: 4) a Parte I é integrada por disposigses gerais; 5) a Parte I define a natureza, a composi¢io € a organizagio do sistema aduanciro, nomeada- monte, a natureza, as atribuigoes e a composigno do sistema aduaneiro em geral, as compe- (Gncias, as atribuigdes, o Ambito de jurisdicao, a organizagdo € o funcionamento dos Grgdos que {ntegram o sistema aduanciro € as disposigdes relativas & claboracio dos regulamentos que I_SERIE — N° 120 — DE 4 DE OUTUBRO DE 2006 Gisciplinam a estrutura orginica, a organizagio interna € 0 funcionamento de alguns desses Srgios; ©) a Parte HII relativa & actividade aduancira, define 05 principios e as normas reiativos aos direitos € obrigagSes das pessoas que actuam perante as alfandegas, A apresentagio das declaragies aduanciras e a0 controlo acuanciro, a0 destino aduaneiro, aos regimes aduaneiros e aos c6digos de procedimentos, as garantias adua- neiras, a0 regime da tributago aduaneira e ao controlo pés-desalfandegamento, ao recmbolso € 4 dispensa de pagamento de direitos e demais imposigies aduanciras; d) a Parte TV contém o regime de determinagao do valor aduaneiro das mercadorias, inchuindo os critérios gerais e os métodos para a determi nago do valor aduaneiro; ©) a Parte V relativa ao contencioso fiscal aduaneiro, inclui a enumeragao dos crimes adva- neiros e das transgressdes fiscais aduanciras, a indicagio das respectivas sangéies, nomeada- mente das penas de prisio e das multas aplicdveis e as normas relativas a0 proceso fiscal adnanciro, nomeadamente as que discipli- nam a investigagao das infiacgdes fiscais adua- neiras, a aplicagio das cosrespondentes sangdes € a interposigho de recursos; ‘f)a Parte VI contém o regime do contencioso téenico aduanciro, incluindo as normas relativas & instrugio ¢ julgamento dos processos técnicos pelos ditectores Regionais das Alfandegas e aos recursos dos actrdios por estes. proferidos; 8) a Parte VIT regula 0 contencioso adminis aduaneiro; +h) a Parte VIII disciplina o abandono, 0 confisco, a apreensio eo arresto de mercadorias e de meios de transporte. Com o regime juridico definido no Cédigo, pretende-se: 4) garantir, na sua méxima extenséo, o cumprimento integral das normas juridicas adwaneiras; ) garantir a arrecadagio dos direitos, das demais imposigdes aduaneiras ¢ das multas que sejam devidas; ©) combater as infracgdes fiseais adwaneiras de natureza e gravidade diversas através da apliea- gio de sangées, mormente multas € aprisiona- mento; @) tratar, de modo eficlente, as infracgtes fiscai advanciras menos graves, os eros admini trativos ¢ a negligéncia; ° 1971 ©) evitar, na medida do possfvel, a prética, no futuro, de novas infracgdes fiseais aduanciras; P) disciplinar, pormenorizadamente, 0 exercicio do direito a representagao; 8) conferir aos utentes dos servigos aduaneiros as necessirias garantias, como, por exemplo, a possibilidade de interposigio de recurso contra as decisbes de natureza técnica e administrativa que hajam sido proferidas por aqueles servigos. Nestes termos, no uso da autorizagio legislativa concedida pela Resolugo n.° 25/06, de 5 de Julho da Assembleia Nacional, 0 Governo, ao abrigo da alinea b) do n2 1 do artigo 1112 da Lei Constitucional, decreta © seguinte: ARTIGO 1 (Aprovagtoy E aprovado, em ancxe ao presente decfeto-lei € dele fazendo parte integrante, 0 Cédigo Aduaneiro, adiante designado por Cédigo. CApteagto note 1. Até a entrada em vigor do presente decreto-lei e do Cédigo, as alffindegas e os utentes dos respectivos servigos devem realizar todas as diligéncias necessérias que garantam o efectivo e integral cumprimento do que rnaqueles se dispoe. 2. © Ministério das Finangas, através da Direcgio Nacional das Alfindegas, disponibilizar servigas e a0s seus utentes ods as informagdes necessirias ao efectivo cunprimento do disposto no mimero anterior. 3. Aos factos ilfcitos previstos na Parte V do Cédigo, praticados antes da sua entrada em vigor e j4 puntveis nos termos da legislagdo agora revogada, € aplicével o disposto naquela Parte, sem prejuiro da aplicagio da lei mais favordvel 4, Aos processos pendentes & data da entrada em vigor do Cédigo continua a aplicar-se a legistacdo substantiva e processual anterior, sem prejufzo da apticaglo da lei mais favordvel. Ws respectives ARTIGO 3* (ircito subsidisrio) Sto subsidiariamente aplicfveis, na medida em que sejam conformes com 0 disposto no Cédigo: 44) quanto aos crimes fiscais advanciros e seu proces- samento, as disposigoes do Cédigo Penal, do Cédigo de Processo Penal ¢ respectiva legisla- gdo complementar; 'b) quanto as transgressdes fiscais aduaneiras € seu processamento, ax disposigées da Lei-Quadro das Trunsgressdes Administralivass ©) quanto 2 responsabilidade civil, as disposigdes do Codigo Civil ARTIGO 4° (Diivkdas e omissies) ‘As dvidas e omissties que se suscitem ta interpretagdo, © aplicagiio do presente diploma ¢ do Codigo que dele faz parte integrante serio resolvidas por decreto executivo do Ministro das Finangas. ARTIGO 5° (Alteragies posteriores do Cédigo A¢ Todas as alteragdes ue de future vi na matéria conlidst no Cédign serio consideraday con fazendo parte dele e inseridas no lugar priptin, quer seja por meio de substituigao de artigos alterados, quer pela supresstio de artigos intteis ou pelo adicionamento dos que forem necessérios. 1. © Governo deve aprovar o regulamento que garants a efectiva aplicagio do Cédigo, no prazo de seis meses a contr da data de entrada em vigor deste diploma. ~ 2. Sem prejufeo do disposto no niimero anterior, © Director Nacional das Allindegas deve definir, de forma pormenorizada, as normas que garuitum a efectiva implementagiio dos procedimentos relevantes. ARTIGO escaminhoy Aos delitos fiscais de descaminho previstos em legislagdo avulsa é aplicével o regime relativo ao contra Dando, contanto que se verifiquem os respectivos pressu- postos legalmente exigidos. ARTIGO 8° (Revogucio do dlreito anterior) E revogada, a partir da data da entrada em vigor do presente decrcto-lei e do Cédigo nelc contido, a legislagao relativa ds matérias neles reguladas, bem como aquela que contraric 0 que neles se dispée, nomeadamente: 4) 08 artigos 279.° a 281.° do Cédigo Penal; ) 0 Decreto n.* 33 531, de 21 de Feverviro de 1944 eo Contencioso Aduaneiro Colonial nele con tid c) 0 artigo 15.° do Decreto n° 41 024, de 28 de Fevereiro ue 1957, na parle que se refere a0 prazo de 10 anos; DIARIO DA REPUBLICA 4) 0 artigo 2° do Decreto executivo conjunto ° 111/83, de 9 de Dezembro; ©) 0s artigos 1.° a 82 do regulamento de aplicagio, cobranga e distribuiglio de multus nas Alfin- degas de Angola, aprovado pelo artigo 1.” do Decreto executivo n 21/84, de 10 de Abril; ‘f).0 Decreto executive n.° 6/90, de 29 de Janeiro; 8) 0 artige 2.° do Decreto n° 9/00, de 10 de Mayo; 1h) @ alinwa h) do artigo 1° da Lei n° 13/03, de 10 de Junho, quanto ao descaminho € contra- bando. ARTIGO 9° (Remissies) As remissies feitas para os preceitos revogados considerant-se efectuadas para as correspondentes normas lo Gouge. ARTIGO 10° (Locals designates) © Ministro dis Finangas deve coneeder um pra70 razodvel aos operadores dos locais actualmente utilizados, para o exerctcio da actividale aduancisa para que eles possam adaptar esses locas e as respectivas instalagBes as condigdes previstas no Cédigo € no regulamento. ARGO LL! (Operages em curso) As aperagSes de comércia internacional que. A dat dt entrada em vigor do Cédligo, j& estejam em curso, com apresentagdn de mercadorias e ou de nivios de transporte 3 alffindegas, & chegada ou & safda do Pais, ficam sujcitas a0 disposto na Tegislagfo que estava em vigor na data em que foram iniciadas as formalidades aduaneiras. ARTIGO 12° (Epteada em vigor) O presente decreto-tei e 0 Cédiga que dele faz parte imtegrante entram em vigor 90 dias apés a sua publicagto. Visto e aprovade em Conselho de Ministros. Publique-se. ‘Luanda, aos 27 de Maio de 2005. © Primeiro Ministro, Fernando da Piedade Dias dos Santos. Promulgade aos 16 de Agosto de 2006 O Presidente da Repiblica, José, Eouarvo pos Sarros; I_SERIE — N. 120 — DE 4 DE OUTUBRO DE 2006 CODIGO ADUANEIRO PARTE I Disposicdes Gerais ARTIGO 1° (Objecto e fim) © Cédigo define os principios e as normas juridicas fundamentais da actividade aduaneira no Pats e visa garantir, de forma eficaz. € transparente, a satisfago das necessidades de um sistema aduaneiro moderno. ARTIGO 2° ‘(Ambito de aplicacio) 1. Sem prejufzo do disposto no nimero seguinte, 0 Cédigo aplica-se de modo uniforme em todo 0 territério nacional. 2. So admitidas as préticas decorrentes dos usos € costumes vigentes em zonas geogrificas circunscritas, contanto que tais praticas ndo sejam contririas 2 lei nem a0 princfpio da boa-f. ARTIGO 3° Para efeitos do disposto no presente C lamento, entende-se por: 10 € No regu- 4) «Abandono>»: a rentincia da propriedade de quais- quer mercadorias ou meios de transporte sob acgio fiscal por parte do seu legitimo dono ou consignatirio; b) ccAcordo»: o Acordo Relativo & Aplicagio do artigo 7° do Acordo Geral Sobre Pautas Adul- neiras ¢ Comércio, da Organizag’o Mundial do Comércio «GATT», a que Angola aderiu através da Resolugaio n° 4/96, de 1S de Margo, da Assembleia Nacional; ©) «Alfandega» ov cAlfindegas: consoante 0 con- texto em que sdo utilizados, estes termos desig- fa ) 0s servigos administrativos responsdveis pela cobranga de direitos © demais imposigdes aduaneiras € pela aplicagio da legislagio aduaneira, nomeadamente das normas relati: vvas A importagiio, exportagio, circulagiio ¢ armazenagem de mercadorias © meios de transporte importados, exportados ou em trinsito; ou as estincias aduaneiras, os caminhos que directamente conduzem a estas, os depésitos aduaneiros ¢, em geral, os locais sujeitos a fiscalizagao permanente onde se efectuem 0 embarque e desembarque de passageiros ou 1973 operagies de carga e descarga de meréado- rias cativas de direitos ou outros impostos cuja cobranga esteja cometida as Alf’an- degas; 4d) «Apresentagdo de mercadorias ¢ ou de meios de transporte as Alfandegas»»: comunitagio & autoridade aduaneira da chegada de merca- dorias © ou de meios de transporte 2 estincia aduaneira ou a outro local designado ou aprovado por aquela autoridade, de acordo com as modalidades previstas neste Codigo; €) “Assisténcia administrativa miituen»: as medidas que, nos termos dos diversos acordos ou convenges internacionais de cooperagio administrativa aduaneira, uma administragio aduaneira tome, em nome de ou em colaboragio com outra administrago aduaneira, para efeitos da efectiva e correcta aplicagtio do ordenamento juridico aduaneiro e da prevengao, investigagio € repressio de infracgdes fiscais aduaneiras; fi «Auditoriens: 9 conjunto de medidas através das quais a autoridade aduaneira competente se certifica da exactidiio e da autenticidade das declaragdes, mediante, nomeadamente, 0 exame dos livros, dos registos, dos sistemas contabi- Ifsticos ¢ dos dados comerciais relevantes em poder dos declarantes, dos seus representantes, de outras entidades ¢ ou de outros interessados que, directa ou indirectamente, estejam envol dos em operagiies aduanciras 8) «Auto de noticia: € 0 instcumento destinade a faver fé, levantado ov mandado levantar pela autoridade instrulora, autoridade judieidria, Grgio de policia criminal ou outra entidade policial sempré que estes presenciarem qq ‘quer infracgio; h) «Autoridade aduaneira>s: a autoridade compe- tente para a aplicagao da legislaga0 aduaneira, os termos € com os limites nesta definidos; 1) «Autorizagdo de safdes: 0 acto pelo qual a auloridade aduaneira coloca & disposigio do declarante uma mercadoria declarada para um determinado regime, nos termos da declarago por aquele efectuada; i) “Autuanter: a avtoridade, érgio ou entidade que Jevanta ou manda levantar 0 auto de noticia; k) cAvaliagdo das mercadorias»»: processo de deierminago do valor aduaneiro das mercado- rias; D «Bagagem»: os objectos transportados pelo viajante € destinados ao seu uso pessoal, nas quantidades € segundo os critétios fixados na legislacdo aduaneira; 1974 m) «Cédigor: 0 Cédigo Aduaneiso; n) «Condigdo ou estatuto das mercadorias»: para estes efeitos, as mercadorias so classificadas em mercadorias nacionais, mercadorias nacio- nalizadas ou em mercadorias estrangeiras; 0) «Confisco das mercadoriasy: acto pelo qual as mercadorias sto declaradas perdidas a favor do Estado, sem direito a qualquer indemnizagio por parte do seu titular; >) « ou «Controle Aduaneiro»: todas as medidas toma- as pela autoridade aduancira competente, de forma isolada ou combinada, de modo a garantir 2 efectiva aplicago e observancia do disposto na legislago aduaneira; 1) «Declaracdo aduaneiray>, «Declaracdo de mer- cadorias» ou «Despacho aduaneirors: 0 acto pelo qual o declarante manifesta a vontade de sujeitar certa mercadoria e ou meio de trans- porte a determinado regime aduanciro ¢ indica 605 elementos cuja mongho é legalmente exigida para a aplicagiio desse regime, utilizando para 0 feito a forma ¢ a modalidade previstas neste Cédigo e na demuis leyislago aduaneira; 8) «Declaracéo sumdria dos meios de transporte: documento que deve ser apresentado as alffindegas no momento da chegada ou antes da partida de quaisquet meios de transporte e que deve conter: 08 dados exigidos pelas alfandegas relativa- mente a esses meios, nomeadamente, a sua natureza, matricula e tonelagem, a identifi- cagio da tripulagio e as provisdes existentes a bordo e, em anexo, (ii) 0 manifesto de carga; 1) «Declaramten: a pessoa que faz a declaragio aduaneira em seu nome ou a pessoa em nome da _ qual esta declaragao € feita; 4) «Demais imposigées aduanciras» ou «Demais imposicdes>: impostos, encargos, taxas e outras imposigdes aduaneiras, com exclusto dos direitos, que recaem sobre o valor das merca- dorias a importar ou a exportar e cuja arreca- dagio esteja legalmente cometida as alfandegas; DIARIO _DA REPUBIICA y) «Dentincian: & a transmissio As autoridades judi- cidrias ou aduaneiras ou aos Srgios de policia criminal do conhecimento da prética de uma infracgio fiscal aduaneira para efeitos de proce- dimento; w) «Denunciante»: aquele que procede & deniincia; 2) «Depositante: pessoa em nome da qual se apresenta a declaragio de sujeigo das merca- dorias ao regime de armazenagem aduanci ) «Depésito iempordrions: a armazenagem de mer- cadorias e ou de meios de transporte sob controlo aduaneiro em prédios ou em outros espagos vedados ou no, € aprovados pelas alfandegas (doravante designaclos por locais de depésito temporério), estando pendente a apre- sentacio da declarago de mercadorias € meios de transporte ¢ ou 0 seu desalfandegamento: 2) «Desalfandegamentor»: 0 cumprimento das formalidades aduaneiras necessérias para introduzir em livre circulago mercadorias ¢ ou meios de transporte importados ou para permitir a sua exportagio ou a sua sujeigfo a outro aa) «Destino aduaneiro das mercadorias»»: a sujeigio das mercadorias a um regime adua- neiro, ou o seu confisco a favor do Estado, ou ainda a sua inutilizaglo sob controle adua- neiro; bb) «Desvio do controlo aduaneiro: entre outros actos, a retirada de mercadorias de depésito temporério ou de armazém aduanciro ou a mudanga de um regime aduaneiro para um outro sem autorizagdo das alffindegas; cc) «Direito>» ou «Direitos aduaneiro»>: os impostos indirectos que incidem sobre 0 valor da mercadoria importada ou exportada no territ6rio aduaneiro, isto é, 0 produto das taxas pautais pelas unidades tributdveis, em confor- midade com o disposto na Pauta Aduaneira; dd) «Direitos anti-dumping»: dircitos aplicados a certas mercadorias importadas com o objectivo de dirimir a margem de dumping: €0) «Direitos compensatérios»: direitos aplicados a certas mercadorias importadas com 0 objectivo de dirimir 0 montante do subsidio concedido para a produgdo € ou exportaglo dessas mercadorias; ff) «Estdncia aduancira>: a unidade administrative ‘competente para a realizagio das formalidades aduanciras, assim como as instalagGes ou outros locais aprovados para o efcito pelas autoridades competentes; 1 SERIE — N° 120 — DE 4 DE OUTUBRO DE 2006 _ 88) «Exportagdo»: a sada de mercadoria do territ6rio aduaneiro; hhh) «Formalidades aduaneiras>: © conjunto das ‘operagdes que, ‘no cumprimento da legislagio event set exccutadias polis sados ¢ pela autoridade aduaneira no que respeita & apresentagio e desalfandegamento de meréadorias e ou de meios de transporte; ii) Fronteira> ou «Fronteira_aduaneira»: 0s limites do territério aduaneiro; if) «Garantiass: 08 bens ov meios que asseguram, a contento da alfindega, 0 cumprimento de uma obrigagio para com ela; Kk) cdmportagdo»: a entrada de mercadoria no territ6rio aduaneiro, a ele destinada e proce- dente de outro tertitério aduaneiro, 1) «elmpostor»: prestagio, em regra pecuntéria, mas sempre coactiva € unilateral, sem o cardcter de sanglo, exigida pelo Estado ou por outro ente piiblico em representacao do Estado, com vista A realizagio de fins piblicos; mm) «Infracgdo fiscal aduaneirars: 0 facto tipi ‘feito e culposo dectarado puntvel por lei aduaneira anterior; nnn) <» ou «Leis e Regula- ‘mentos aduaneiros>: os diplomas legislativos e regulamentares, emitidos pela Repiblica de Angola, relativos a actividade aduaneira, as receitas tributdrias advaneiras, & importagio, & exportayfiv, a oulrus regimes aduaneitus, ben como & circulagdo, armazenagem, apreensio, arresto e leildes de mercadorias e ou de meios de transporte importados, exportados ou em transito, as infracgdes fiscais aduaneiras, a outras matérias conexas com estas ou com o desempenho de atribuigdes da administragio aduanei pp) «Liquidacio dos direitos e das demais impo- sigdes aduaneiras»»: a determinag3o ou 0 céleulo do montante dos direitos e das demais imposigdes aduanciras a cobrar; 440) «Locais designadas: as estincias aduaneiras e (68 locais ou instalagSes compostos por um ou mais edificios, contfguos ou separados, devida- mente isolados por vedagdo, contanto que sujeitos ao controlo e supervisgo das alfindegas © indicados e aprovados por estas para a 1975 realizagio de operagées aduaneiras, nomeada- mente, para a entrada e saida de pessoas, de mereadorias e de meios de transporte, para a apresentag’io e desembarago dos viajantes e dos seus itaveres © viawuras pessoais, para a apresentagio de mercadorias ¢ de meios de transporte as alfandegas, para a carga, descarga, aceitagio, manuseamento, depdsito, armazena- gem, envio ov aperfeigoamento de quaisquer mereadorias sob a algada das alfindegas e para 1 ingpecgfo fisica e desembarago das merca- dorias; 171) «Manifesto ou «Manifesto de carga: relago de toda a carga que vem a bordo de um meio de transporte, assinada pelo capitio, mestre ou arrais de navio, pelo patrdo de qualquer embar- cagiio, pelo comandante de aeronave, pelo maquinista, pelo condutor de camiio ou de autocarro, ou pelo condutor de outros meios de transporte, incluindo o transporte ferrovisrio, onde vem deserita, de maneira gensriva, nio sé © némero de volumes, como também a sua qualidade, as marcas, os niimeros, 0 peso, € todas as demais indicagdes necessfrias para a identificagdo da mercadoria, assim como a descrig%io dessa mercadoria por ordem dos portos ou locais de destino, conforme o meio de transporte utilizado; 88) «Medidas anti-dumpingy»: medidas adoptadas depois de uma investigayao realizada pela entidade competente do pais importador ter demonstrado a pritica de dumping ¢ a existén- cia de prejuizos daf resultantes; 1) «Medidas compensatorias>: medidas adoptadas depois de uma investigagio realizada pela emidade competente do pats importalor ver demonstrado que as mercadorias importadas beneficiaram de subsidios e que desse beneficio resultaram prejufzos para a indéstria ou comércio nacionais; uu) «Meios de transporte»: quaisquer_meios utilizados para o transporte de pessoas, mereadorias ou bagagens, designadamente, os navios, barcas, barcagas € outras embarcagbes, as aeronaves, os vefculos rodovisrios, incluindo ‘08 reboques¢ 0s semi-reboques, as carruagens € ‘0s vagées dos caminhos-de-ferro, os conten- tores com uma capacidade de carga igual ou superior a um metro cibico, incluindo partes desmontiveis, os oleodutos e os gasodutos; w) «Mercadoriay ow «Mercadorias: tolos. os produtos naturais, matérias-primas, artigos manufacturados, produtos semi-acabados, 1976 produtos acabados (obras), animais, moedas, substinias ou outras coisas, incluindo, nomea- damente, meios de transporte, equipamentos, ~ pecas e acessérios, salvo se do contexto resultar outro sentido; ww) «Mercadorias da mesma natureca ou da mesma espéciers: mercadorias classificadas num grupo ou numa gama de mercadorias produzidas por um ramo de determinada produgio, ou por um sector particular de um ramo de produgio, ¢ compreende as mercadorias idénticas ou similares; 2x) «Mercadortas demoradas>: quaisquer mereado- tias mantidas em local de depésito temporério por no ter sido cumprida, nos termos € prazos estabelecidos na lei, a obrigagfo de apresenta- {ga0 de uma declrayo aduancita, ou a obiigar flo de pagamento de direitos e demais imposi Ses aduaneiras devidos, ou, ainda, a obrigagio de remogo das mercadorias desalfandegadas do local de desalfondegamento; 39) «Mercadoriag»: mercadorias de que se pode 32) «Mercadorias estrangeiras»y: as mercadorias que nao se integrem nem no concelto de- merca- dorias nacionais nem no ambito das mercado- rias nacionalizadas; aaa) «Mercadorias idénticas»: mercadorias que do as mesmas sob todos 0s aspectos, possuindo as -mesmas caracteristicas fisicas, a mesma qualidade e 0 mesmo prestigio comercial, no obstando a que sejain qualificadas como idénticas as pequenas diferengas de aspecto que as mercadorias eventualmente apresentem; bbb) «Mercadarias nacionain»: as mercadorias produzidas no territérie nacional; ce) «Mercadorias nacionalizadas>: as mercadorias disponiveis no Pais apés desalfandegamento, destinadas a entrada em livre circulagdo e que tenham sido importadas mediante 0 pagamento de direitos e demais imposigées aduaneiras devidos ou que deles estejam isentas por disposigao legal: ddd) «Mercadorias produzidas»: as mercadorias cultivadas, fabricadas ou extrafdas; eee) «Mercadorias proibidas»: mercadorias cujo transito, importagio ou exportagio € proibido nos termos di legislaytu aplicével, ff) : a pessoa singular ou colectiva ou entidade fiscalmente equiparada que exerce a actividade de exploragio de transports internacionais, nacionais ou combi- nados, incluindo a pessoa que efectivamente transporta e a pessoa que & responsavel pelo transporte: bbb) «Transporte internacionab»: tipo de trans- porte que implica © atravessamento de fron- teiras © se desenvolve parcialmente em terri- t6rio nacional; cece) «Transporte nacional»: tipo de transporte que dddd) «Transporte combinado»: tipo de transporte ‘em que, na parte inicial ou final do trajecto, se utiliza © modo rodoviério e na outra parte modo ferroviério, o modo aéreo, a via fluvial ov a via maritima; eeee) «Valor advanciro»: 0 valor das mercadorias estabelecido nos termos do artigo 89.° & seguimtes do Cédigo para a apresentagio de uma dectaragdo aduaneira e, sempre que aplicavel, para 0 géteulo © percepeio do montante dos direitos € das demais imposigdes aduaneiras Aevidos: ff) «Veiculo: qualquer viatura ou meio de trans- porte, como, por exemplo, vefculo automével, carroga, carreta de bagagens, aeronave, com- boio, incluindo as suas coisas acess6rias ou pertencas, as ferramentas, os mobiliérios, os equipamentos, as bestas de carga, os aparelhos e 0s cordames; 8888) : qualquer pessoa singutar que entra ou sai do tertitorio aduaneiro, para efeitos de aplicago da legislaglo aduancira, no que toca a conceito de bagagem. ii) ARTIGO 4° (Direltos dos interessados & informagaoy particulares tém o direito a ser informados pelas s, sempre que o requeiram, sobre: > andamento dos processos em que sejam directa- mente interessados e as decisGes definitivas que sobre eles forem tomadas; 4 aplicagio geral ou especifica da legislagao aduaneira, nomeadamente do Cédigo, do regu- lamento, das instrugdes, das resolugdes defini- tivas € das decisOes da Organizagio Mundial das Alfandegas. informagées referidas na alfnea a) do némero rangem, nomeadamente, a indicago do servigo rocesso se encontra, os actos e diligéncias + as deficiéncias a suprir pelos interessados. Ifandegas devem notificar os intcressados, por prazo de 15 dias dteis, das decisées que profiram ‘querimentos pelos quais Ihes seja solicitada a. referida no n? 1. “Andegas devem fundamentar a decisfo pela qual 98 referidos requerimentos € qualquer outra ceptivel de causar consequéncias adversas aos rejuizo do disposte no mimero anterior, os podem, nos termos do disposto neste Cédigo, amagio e imterpor recurso administrativo das cisdes. ARTIGO 5° ‘98, modelos ¢ formatos dos documentos adnancires) srejuizo do disposto no n° 2, os formulétios, omatos dos documentos relativos as declara- ras, A cobranga de receitas fiscais aduaneiras, & » regime de determinago do valor aduaneiro DIARIO DA_ REPUBLICA das mercadorias ou ao cumprimento dos deveres previstos neste Cédigo, no respectivo regulamento ou em outra legislagdo aduancira em vigor, devem ser aprovados ou alterados, sempre que necessério e sob proposta do Director Nacional das Alfandegas, pelo Ministro das Finangas. 2. Os formulérios, modelos e formats dos documentos relativos ao controlo aduaneiro de pessoas, mercadorias e meios de transporte, devem ser aprovados ou alterados, sempre que necessério, pelo Director Nacional das Alffindegas. 3. Deve ser publicada, anualmente, no Boletim Infor- mativo da Direcgfio Nacional das Alfindegas, unia lista actualizada de todos os formulfrios, modelos e formatos em vigor e dos locais onde estes podem ser adquirides ARTIGO 6° (Prazos) 1. Os prazos marcados pelo Cédigo so improrrogaveis, com excepgiio dos casos nelc previstos. 2, Salvo disposigao legal em contririo, & de 10 dias seis © prazo para a interposiglio dos recursos previstos no. da data em que a decisio passivel de impugnaco haja sido notificada ao interessado, PARTE Il Sistema Aduanciro TITULO Do Sistema Aduanciro em Geral ARTIGO 7° (Natureza e atribubgdes) 1. O sistema aduancito € integrado por uma organi- zagiio, que se traduz no conjunto dos preceitos legais disciplinadores das caracteristicas ¢ do funcionamento do sistema e na existtneia de érgios, isto é, de centros institu. cionalizados de podcres funcionais. 2. So as seguintes as atribuigées dos Srgfos que integram 0 sistema aduaneiro: 4) propor medidas de politica fiscal aduaneira relati- vvas 3 entrada ¢ suid de mercadorias e de meios de transporte ¢ a0 fluxo interno do comércio internacional, tendo em conta a orientagao, os padres, as instrugBes e as recomendagives esta- belecidas nas convengdes internacionais relati- vas a assuntos aduaneiros, designadamente no aque toca: i, A simplificagao e & harmonizaydo dos proce- dimentos aduaneiros; 1 SERIE — N° 120 — DE 4 DE OUTUBRO DE 2006 fi, & adopgto da Nomenclatura do Sistema Har- monizado para a Classificagao das Merca- dorias; introdugZo do sistema de valor aduaneiro de mercadorias estabelecido pelo Acordo Geral sobre Pautas Aduaneiras e Comércio («GAT») da Organizagio Mundial do Comércio; iv. a0 desenvolvimento e uti ‘io de meca- nismos electrénicos para simplificar 0 Proceso de desalfandegamento aduanciro € fortalecer 0 controlo aduaneiro, nomeada- mente scanners ov outros dispositivos que permitam captar imagens em papel ou fotografias; € ¥. 8 aplicagio de controlos aduaneiros com base na aniilise de risco; 5) coordenar a implementagao das decisées do Governo relativas a assuntos aduaneiros; ) investigar e punir as infracgdes fiscais aduaneiras; 4) propor medidas em matéria de politica fiscal e aduaneira, tendo em vista promover o desenvol- vvimento econémico e social do Pais; ©) designar os locais de entrada e de safda de mereadorias que sejam objecto de comércio internacional, bem como os locais para. o depésito temporsrio ¢ desalfandegamento des- tas mercadorias; f) realizar a cobranga dos direitos e demais imposi- Ges aduaneiras que recaem sobre o fluxo do comércio internacional, bem como de outros impostos ou taxas que, por forga da legislago aplicdvel, hajam de ser cobrados pelas alfan- degas; 8) efectuar # fiscalizagdo e controle aduaneiro de mercadorias, meios de transporte e pessoas, nomeadamente dos: i. que entram ou saem do territério aduaneiro; |. que se movimentam pelo territério aduaneiro. ‘em transito, quer para um outro pas, quer para um destino aduaneito; i. que se encontrem em qualquer érea designada pelas alfandegas para o depésito temporario € desalfandegamento das mercadorias e ou dos meios de transporte, incluindo qualquer ‘rea designada para a implementagio de um regime aduaneiro; ‘A) prevenir, combater e reprimir a prética de fraude cambial na rea de operagio das alfindegas, de comércio internacional, ndip,autarizado e de tréfico ilfcito de substincias estupefacier psicotr6picas, armas, objectos de arte, a dades e outras mercadorias proibidas ou s a restrigbes: 4) orientar as actividades da Polici iscal, de esta prestar 0 apoio necessdri a gestdo + cional das alfaindegas ¢ a execugdo do se grama de modemizagao; 4) permitir que os agentes econémicos internaci que tenham capacidade para operar por propria, actuem directamente junto das degas; 8) permitir que terceiros, que ajam em non agentes econémicos internicionais, ac directamente junto das alfandegas, contant cesses terceiros assegurem uun nivel aceitss servigo prestado © que possam ser respon lizados, em conformidade com o dispos legislago aduancira, pela exactidio ¢ le dade dos despachos aduaneiros que apresen 1) proteger, no cumprimento do disposto na lee ‘$80 aplicdvel aos fluxos do comércio ext 0s direitos de autor, o patriménio artisti: cultural, a fauna ¢ flora selvagens, a sai moral puiblicas, o ambiente ¢ a indiistria nc nal; ‘m) emitir parcceres e propostas sobre os tratad: convengdes internacionais relativas a0 cot cio internacional e garantir 0 efeetivo cum mento dos que hajam sido aprovados ratificados pelo Estado; com transpartncia no proceso de tomade decisdes sobre os recursos interpostos. pc operadores de comércio intemacional em m: ria de aplicagdo de legislagao técnica aduane procedimentos aduaneiros, avaliagio ou cla: ficagdo pautal das mercadorias ou nos ca omissos na Pauta Aduaneira; e o) exercer outras atribuigées que legalmente poss: ser conferidas as alfindegas. ARTIGO 8 (Composicéo) Do sistema aduaneiro fazem parte: a) as alfindegas: 5) outras entidades, nomeadamente a Policia Fisca. outras autoridades piblicas, que, nos termos « legislagdo em vigor, devem apoiar a acco d: alfindegas, bem como as empresas especi. lizadas que prestem servigos de apoio i alfaindegas; ¢) 0 Conselha, Superins Técnica Aduancitn; 0 wun 4) a Sala do Contencioso Fiscal Aduaneiro e, nos termos da legislagdio em vigor ¢ nos limites da respectiva competincia, os tribunais civeis e criminais, TIrULO 1 Alfandegas CAP{TULO I Prineipios Gerals ARTICO 9° (Prinetpios) No exercicio das suas atribuigBes € no cumprimento dos seus deveres, as alffindegas regem-se pelos prinefpios enunciados no presente capitulo. ARH 10 (Principio da tegalidute e da simplificaso) As formatidades, a8 condigdes ¢ os requisitos adua- neiros a serem observados em matéria de procedimentos devem ser os que a legislagio estabelece € sempre que possivel, os mais simples. ARTICO 115 (Principio da discriclonartedade técnica) A intervengtio aduaneira pode ter por objecto a recolha de amostras, devendo a respectiva selecgio, sempre que possfvel, ser efectuada com base na andlise de risco de perda de receitas para 0 Estado ow com base em outras atribuigdes estatutirias. ARTIGO 12" (Principio da proporcionatidade) © controlo aduaneiro limitar-se-4 a0 estritamente necessério para garantir 0 cumprimento da legislagio aduaneira em vigor. ARTIGO 13°) (Principle da livre fluagio do nfvcl de Interveag%o) Os operadores que, de forma consistente e regular, ccumpram os preceitos da legislago aduaneira e que, como tal, sejam reconhecidos, podem vir a ser sujeitos a um teduzido nfvel de intervengao no que toca aos prineipios de estiio de risco. ARTIGO 4° (Principio do contralo advanciro baseado em auditorias) © contiolo aduaneiro deve incluir auditorias a todas as entidades que, directa ou indirectamente, esto ou estiveram envolvidas em operacies aduaneiras © ou em operagées de comércio internacional, podendo as referidas auditorias, ser realizadas antes ¢ ou depois do desalfandegamento das mercadorias € ou dos meios de transporte, DIARIO DA REPUBLICA ARTIGO 15! (Principlo da asssttncla administrativa métus) As alffindegas devem propor ao Govemno a celebragio, de acordos internacionais de assisténcia administrativa miitua em matéria aduaneira e cooperar com outras administragdes aduaneiras no sentido de fortalecer 0 controlo aduaneiro. ARTIO 16° (Priactplo da cooperagio instituctonal) As alffindegas devem cooperar com outras entidades pablicas € com os operadores de comércio internaciona designadamente através da celbragio de acordos com aquelas entidades e estes operadores, no sentida de fortalecer 0 control aduaneiro e promover 0 comércio internacional legitimo. CAPITULO I Das Alfandegas em Geral ARTIGO 17 (Natureza) 1. As alfindegas so um servigo executive pubtico que exerce a sua acgao em todo 0 territério nacional, 2. As alffindegas so tuteladas pelo Ministério das Finangas. ARTIGO 18° (Competénsia) As alfandegas compete, sob orientagio do Ministério das Finangas, propor medidas em matéria de politica, legislagaio e procedimentos advaneiros, garantir a sua efectiva implementacio, ¢ realizar as actividades de controlo e de supervisio necessérias ao cumprimento dos seus deveres. ARTIGO 19° ‘Atrtbulgbes) 1. Sa0, nomeadamente, atribuigdes das alfandegas: a) propor medidas ou altcragdes relativas a legislag3o respeitante & politica aduaneira, em coordena- ‘¢4o com outras entidades interessadas; +b) garantir 0 efectivo cumprimento da legislacéo aduaneira e salvaguardar os interesses do Estado; ) consultar, em matéria de aplicagio ou methoria da legitlagdo @ politica adwaneiras, af entidades que intervenham na actividade aduaneira de forma mais relevante; 4) garantir 0 acesso, por parte de qualquer interes- sado, & informagao necesséria & aplicagtio da egislagdo aduancira; L SERIE — 120 — DE 4 DE Ol €) definir normas e instrugdes sobre questies aduaneiras, em conformidade com a legislagio vigente; A) propor a criagio, alteragdo, extingio ow deli tamentos integrados nas direcgdes, de direegbes regionais ou de estancias aduaneiras; 8) designar, em coordenagio com outras entidades pliblicas € com os operadores de comércio internacional, os locais, no Pafs, para a entrada e safda de comércio internacional e para o depésito tempordrio e desalfandegamento de mercadorias ¢ ou de meios de transporte; ‘) controlar a entrada, trinsito e exportagio de mercadorias, meios de transporte, quantias em dinheiro, viajantes ¢ tripulagdo, de harmonia com a legislacto em vigor; 1) apor, sempre que necessério ou conveniente, selos, estampilhas, marcas ou quaisquer outros sinais prescritos nas leis aduaneiras, designadamente mecanismos de natureza electrénica, com 0 objectivo de identificar, segurar ou manter inviolaveis mercadorias ou meios de transporte sujeitos a fiscalizagao, ou para certificar que sobre aquelas mercadorias ou estes mi recaiu confisco, arresto, apreensio ou outra providéncia; J) superintender todo © servico de despacho de mercadorias, procedendo ao respectivo registo, controlo, arrecadagio e contabilizagio dos direitos advaneiros e de quaisquer impostos ou taxas cuja cobranca the seja cometida; prever as receitas que serio arrecadadas no -exercicio das suas actividades; D autorizar e controlar, nos termos da legislagdo em vigor, os regimes e procedimentos especiais de isengio, reembolso ¢ suspensio de direitos demais imposigdes por pagar; 1m) executar, controlando o cumprimento das exigén- cas legais, o programa de auditoria e inspeccao das actividades inerentes As operagdes comer- ciais internacionais e das entidades envolvidas no processo de importaglo, exportagio despachos alfandegérios; rn) superintender a actividade dos despachos adua- neiros ¢ habilitar as pessoas com competéncia para os realizar; 0) prever e detectar a pritica de infracgbes fiscais aduaneiras, de fraudes contra as feceitas do Estado, de fraudes cambiais, de comércio internacional no autorizado € de tréfico iltcito de substincias estupefacientes ou psicott6picas, armas de fogo, objeclos de arte, antiguidades e 1981 outras mercadorias proibidas ou sujeitas a restrigdes, punindo ou participando aos tribu- nais competentes, consoante 0s casos, aquelas infracgbes, fraudes ou tréfico; ph proteger os ot propriedade intelectual, 0 patriménio cultural, a fauna e a flora selvagens, a satide € a moral publica, o ambiente e a indiistria nacional; 4) compilar os dados estatisticos relativos & activi- dade aduaneira, especialmente os que se refiram as importacdes, exportacdes, transito, armaze- nagem e isengdes; 1) fazer propostas em matéria de cléusulas aduaneiras inclufdas ou a incluir em acordos internacionais, contratos comerciais e de transporte ou em ‘outros tipos de acordes em que seja parte o Estado Angolano ou pessoas que desenvolvam qualquer actividade no Pais, controlando o seu efectivo cumprimento; §) participar em organismos, organizagées, convé- nios e acordos de natureza aduaneira, a que 0 Pafs tenba aderido ou em que participe com o ‘estatuto de observador; ‘teferidos na alfnea anterior, no ambito das suas alribuigdes; 4) intervir, em coordenago com as autoridades maritimas, nos casos de naufrégio; ¥) agir, nos termos da lei, em todos os casos de arrojos € achados do mar, w) atribuir, nos termos da lei, outro destino as mercadorias € ou aos meios de transporte apreendidos ou abandonados em dreas sob controlo aduanciro e superintender, nos termos da legislagio respectiva, a venda judicial ou extrajudicial dessas mesmas mercadorias € ou meios de transporte, designadamente a venda ‘em hasta piblica, por meio de propostas em carta fechada ou em estabelecimento de leilbes; x) gerir os recursos humanos a elas afectados € garantir a sua adequada formagio profissional; 9) administrar 0s recursos materiais ¢ financeiros que hes sejam afectados; 2) apoiar, mediante prévia solicitagao e com 0 acordo do Ministério das Financas, outros organismos. do Governo na tarefa de fazer cumprir a Tegislagio nacional, designadamente no que respcita a aplicagio dos controlos de imigraco, de satide ¢ fito-sanitarios, sempre que tal tarefa no possa ser levada a cabo pelos organismos ccompetentes; 42a) realizar quaisquer outras funges que Ihes sejam cometidas por lei ou que Ihes sejam confiadas pelo Ministro das Finangas 1982 2. Para os efeitos do disposto na alinea i) do n° 1, as alffindegas podem apor, sempre que necessério ou conveniente, selos, marcas ou quaisquer outros. sinais, armazenagem de mercadorias ou de meios de trans sujeitos & fiscalizagdo, com o objective de seguiar ou manter inviokiveis essas metcadorias ou meios de transporte. ARTIGO 20° Cmbito © éren de jurisdigha) 1. A jurisdigfo das alfindegas garante 0 controlo, pre~ vengio, detecgio e investigagio das infracgbes_fiscais aduaneiras em todo o territério aduaneiro, abrangendo a zona priméria e a zona secundéria. 2. A zona priméria, sob controlo ¢ supervise perma nentes das alfindegas, nela existindo mercadorias que aguardam um destino aduancire ou mereadorias que, embora tenham jd um destino aduaneire, estejam sob regime suspensivo, abrange: 4) as dreas terrestres e aquiticas, coniinuas ou no, ‘ocupadas por portos, enseadas, rios € ancora- douros; 2) as aguas territoriais e a zona contigua segundo a definigio da legislago em vigor; ©) as zonas terrestres numa extensio de SO quilé- metros a partir do litoral; d) as zonas terrestres nuina extensio de 50 quilé- ‘metros a pastir da fronteita terrestre; ©) as areas ocupadas por linhas férrcus, compreen- endo as respectivas estagdes ¢ oficinas, muni extension de 10 quilémetros para cada um dos. lados das mesmias linhi ~) as dreas terrestres ocupadas pelos aeroportos € aerédromos numa extensio de 10 quilémetros ‘em sua volta; £8) postos aduancitos ¢ frontcirigos © todas as zonas adjacentes numa extensio de 10 quilémetros em ‘sua volta; 1) todos os locais onde se encontrem mercadorias ‘que aguardem um destino aduanciro; ‘) toda a zona terrestre e instalagdes aprovadas ou designadas pelas alfandegas para a carga, descarga, recebimento, depésito temporaria, ‘manuseamento, armavenagem, entrega, proces- samento de beneficiagaio ou fabrico de quais- quer mercadorias sujeitas a um regime adua- civ nos termos do presente Cédigo. 3. A zona secundaria engtoba a parte restante do territério aduanciro, incluindo as 4guas tensitoriais e 0 seu espago aéreo. DIARIO DA REPUBLICA ARTIGO 21° (Organivago, gestd0 ¢ func nto) 1. © Cédigo estabelece os princfpies © as nernias apttcavers ao desempenho das auinuigoes © ao exeicicio das competCncias das alfindegas, nomeadamente: 4) o nivel de comperdncias delegadas ay all para a tomada de decisdes; B) a gestio da execugio dos procedimentos adu: neiros, formalidades € requis para que as alffindegas desempenbem ay su atribuigdes no que respeita ao controle do movinicnto de fe pessoas, quer & entrada. quer 2 ecessitioy neios de transporte, mereude ida do Pais © fant dos locais designados. ¢ 2 arrecadacio dos dineitos e demais imposighes. los termes: da legislagio em vigor 2. © Conselho Ue Ministros deve aprovar as norma relativas A estutura oF ni7agao. interna € funcionamento das aifanegas, heme come aprovan eo mento das alffindegas. 3. Compete ao Ministre das Finangas, sob proposta de Director Nacional das Alfindegas. ‘ar ¢ demilir os directores € 05 ehefes de departamentos. de delegagéies udwanciras CAPITULO TIL 1 Nacional das Alfandegas, s Aduaneiros Do Direc e dos Funciona ARTIGO cia do Director Na (on das Alfindeg 9) 1. Sem prejuize do disposto em outras normas, as decisées que, nos termos do Cédigo ¢ do regulamento, sejam da compettncia das alfindegas, serie tomadas pelo respectivo director nacional ou pela pessoa em que este hata delogado por escrito, mediante prévia ratificagin do Ministeo das Finangas, 2. Compete ao Director Nacional das Alfindevas, mo Ambito das suas competéneias legais, nomeadhamente: a) definir a classificagdo e distiibuig dos. diversos postos du geogrilicws ros, bem como adaptar as cespectivas responsabilidades: fun- cionais de acordo com as necessidades; b) nomear os chefes de postos adua restantes funcionarios aduaneiros, sen prejutza do disposto no n.? 3 do artigo anictivn, ©) orientar a implementagao dos. procedimentos aduanciros; 4) representar as alffnileyas em juizo ¢ fora dele, podendo, para 0 efeito, constituir advogado; Wivos € 0s LSERTE — N. 120 — DE 4 DE OUTUBRO DE_2006 6) decidir outras questies relativas a0 funciona mento © a administrago das alffindegas que no sejam da competéncia legal de outra entidade. KINO 25° (Precrogativas especificas dos funclonérias aduanetros) 1. Para 0 eficaz. desempenho das suas fungécs respei- tantes A administragio do sistema aduaneiro e a aplicagzo da legislagao aduancira nas zonas priméria e secundéria, os funcionarios das alfaindegas, de acordo com a natureza das suas fungées e com a estrutura orginica das alfandegas definida em diploma especifico, gozam das seguintes prerrogativas especificas, podendo: a) ter uso € porte de arma, nifo sendo responsiveis pelas consequéncias que reswltem do seu uso legitimo, na defesa dos interesses do Estado ou em defesa pessoal, no exerefcio legal e regular das suas fungdes, mas respondendo civil e cri- minalmente pclo seu uso indevido; b) requisitar 0 auxitio das autoridades militares, Policiais e civis, sempre que o considerem ‘ou sempre que a sua seguranga pessoal seja ameagada; cc) mandar parar e revistar meios de transporte, inspeccionar as mercadorias transportadas, usando, nomeadamente, scanners ou outros dispositivos que permitam captar imagens em papel ou fotografia, ¢ examinar a documen- tagio comercial ¢ de transito relativa aqueles meios e mercadorias; ) interpelar e exigir a qualquer pessoa que entre, saia ou permanega na zona fiscal priméria, que declare quaisquer mercadorias transportadas por si ow em scu nome, revistar qualquer pessoa sempre que haja suspeita, assente em funda- mentos plausiveis, da prética de violagio da Jegistagdo aduancira, e, no decurso dessa inter- pelagao e revista, examinar os documentos de identificag4o, nomeadamente bilhete de identi- dade, passaponte, cédula ou ontros certificados ‘ou atestados a que a lei atribui forga de identificago das pessoas, e, atentas ds circuns- tancias do caso, os documentos de viagem; ®) ordenar, se necessétio, para efeitos de interro- gatério ou de prestagio de declaragdes, a comparéncia, perante As alfndegas, das pessoas que, nas’ zonas fiscais, se tornem suspeitas da ratica de qualquer infracgao fiscal aduaneira, e interrogé-las; J) entrar e realizar buscas, durante o perfodo normal de funcionamento, em quaisquer instalagées, edificios, estabelecimentos, lojas, armazéns, 1983 depésitos tempordries e recintos fechados utilizados para o exereicio do cométcio internacional, processamento ov armazenagem de mercadorias importadas, em transito ou Preparadas para exportayao, com excepgao dos espagos exclusivamente destinados & habi #) proceder & inspecgdo e auditoria dos registos, conias, correspondéncia ¢ sistemas electrdnicos ‘ou informéticos respeitantes as actividades de comércio internacional, processamento ow armazenagem de mercadorias provenientes ou destinadas a esta actividades 1h) elaborar extractos ¢ fazer c6pias de todos ou alguns dos referidos registos, documentos ou arquivos electrnicos ou informaticos para fins de inspecsao on auditoria nos termos da alfnea precedente: #) inspeccionar ¢ verificar a quantidade, a qualidade, a origem, o valor, 0 estado aduaneiro, a finalidade e 0 destino de quaisquer mercadorias. € ou meios de transporte encontradas na zona fiscal priméria ou encontrados em outro lugar em resultado do exercicio das suas compe- uéncias previstas no presente Codigo; J) extrair, para os efeitos do disposto na alinea anterior, sempre que necessério, amostras para andlise, considerando-se, para 0 efeito de determinagao dos direitos e demais imposigdes devidos, que as mercadorias incluidas numa sé consignacio, recipiente ou meio de transporte tém a me: natureza e caracteristicas das. amostras extrafdas pelo funcionstio aduanciro competente; 4) solicitar auxitio e informagdes a qualquer pessoa que se encontre na zona fiscal primaria, ou em qualquer local, edificio ou instalago nos quais as alfindegas possam entrar para exercer as Prerrogativas que o presente Cédigo thes reconhece; D solicitar ans 6rgios da administragio do Estado, a quaisquer pessoas singulares © colectivas, os elementos © esclarecimentos necessirios a0 ‘cumprimento da sua tungio; 1m) exigit, por meio de aviso emitida nos termos do regulamento, com base nox despachos adua- neiros apresentudos, 0 pagamento de direitos & demais imposigdes legalmente devidos, sem prejuizo do recurso subsididrio as disposiges do Cédigo Civil e da demais legislagao relevante para assegurar o pagamentu dos direitos e demais imposigdes em divida, sempre que, antes ou depois do desalfandegamento, se verificar que aqueles no foram pagos na sua totalidade; 1984 rn) realizar, na zona fiscal secundéria, buscas em quaisquer instalagdes ¢ revistar quaisquer pessoas que af se encontrem, contanto que seiam observados os limites previstos no n.°7 do presente artigo; 0) deter, em flagrante delito, qualquer pessoa suspeita da pratica de crime fiscal aduaneiro ou da prética de infracg%o punivel com pena de prisio, mormente nos casos em que haja perigo de fuga da pessoa suspeita para 4rea no sujeita A jurisdigo da Sala do Contencioso Fiscal e Aduaneito, entregando-a as autoridades compe~ tentes mais préximas 1p) apreender e remover para armazém sob controlo aduaneiro quaisquer mercadorias relativamente as quais as alffindegas, no exercfcio das suas fungdes, hajam detectado a prética de acto que constitua violagdo da legislagio aduaneira, independentemente de essas mercadorias terem sido ou no desalfandegadas; 4) apreender os meios de transporte efectivamente uilizados na pritica de infraccao fiscal adua- neira e quaisquer meios de transporte conce- bidos ou adaptados para ocultar mercadorias {que sejam objecto de comércio internacional; 1) determinar a apreensio dos elementos probatérios, de infracgées fiscais aduaneiras por si detec tadas; 5) determinar a apreensto do corpo de delito, nomeadamente, mercadorias, meios de trans- portes, livros de escrituragdo, registos e demais elomentos de prova da pritica de infracgdes fiscais aduaneiras por si detectadas; 1) gozar de garantia administrativa, pelo que nfo podem ser demandados criminatmente por actos, relatives a0 exeroicio legal e regular das suas fungées, mesmo que estas hajam cessado, sem ‘utorizagio expressa do Ministro das Finangas. 2. O Director Nacional das Alfandegas, o seu delegado, os directores regionais das alfandegas, os chefes de departamentos, de repartigdes, de secgdes, de delegagdes e de estincias aduanciras, os funcionérios dos quadros ‘téenico ¢ auxitiar das alfandegas e os funcionérios encarre- gados da fiscalizagio aduaneira e quaisquer funciondrios aduaneiros com funcées de inspecgio e fiscalizagto, consideram-se, pela natureza especial das suas fungdes, em. servigo permanente, pelo que Ihes & permitido entrar livremente nas gores maritimas e ferroviérias, aeroportos, aerédromos, portos, navios, comboios, aeronaves, veiculos € recintos sujeitos ao controlo fiscal aduaneiro. DIARIO DA REPUBLICA 3. Para efeitos de identificagao no momento do exercicio das suas prerrogativas especificas, as pessoas referidas no mimero anterior, sempre que iniciem uma diligéncia ou nos casos em que alguém solicite a sua identi- ficagio, devem exibir 0 cartio de identificagio profissional de modelo aprovado nos termos da legislagdo vigente. 4, Sempre que alguma das diligéncias anteriormente referidas for iniciada antes do cair da noite, pode ela pros- seguir durante a noite pelo tempo necessério para a sua conclusio, 5, No que respeita a meios de transporte, as diligéncias previstas na alinea c) do n° 1 podem ser realizadas a qualquer momento, quer esses meios se encontrem a circular, a entrar ou a sair do Pafs, quer estejam estacio- nados, parados, ancorados ou fundeados em qualquer local sob controlo aduaneiro. 6. As diligéncias referidas nas alineas ¢) f)€ g) don. 1 estio sujeitas & autorizago hierérquica prevista no regula- mento, podendo ser realizadas a qualquer momento durante © perfodo normal de funcionamento da respectiva insta- Jago, loja, armazém, depésito temporario, ou recinto fechadlo, incluindo o perfodo da noite, os fins-de-semana & 05 feriados nacionais. 7. As buscas em edificios ou instalagées a revista ¢ detengao de pessoas devem ser realizadas nos termos da Lei n° 22/92, de 4 de Setembro, da Lei n° 18-A/92, de 17 de Julho, do Cédigo de Processo Penal e da legislagio complementar, com as seguintes adaptagSes: @) aquelas medidas devem ser aplicadas apenas nos casos em que haja suspeita fundada da prética de infeacgfo fiscal aduancira; ) a detengio de individuos em qualquer local e as revistas que tenham lugar fora do ambito da ‘zona fiscal priméria 86 podem ser realizadas nos ‘casos em que haja suspeita fundada da prética de algum dos crimes fiscais aduanciras previs- tos na Parte V do presente Cédigo: ©) salvo nos casos de urgéncia comprovada ou de flagrante delito, todas as revistas € detengdes previstas neste artigo devem, nos termos do regulamento, set precedidas de préviae superior autorizagao das alfandegas; d) as buscas em iméveis destinados a fins habita- cionais 86 podem ter lugar mediante prévio mandado do Juiz da Sala do Contencioso Fiscal ¢ Aduanciro competente, nos casos ¢ segundo as formas previstas na Ici, no sendo permitida a entrada durante a noite no domictlio de qualquer pessoa sem o seu consentimento, I SERIE — N° 120 — DE 4 DE OUTUBRO: DE 2006 8, Em tudo o que nfo esteja especialmente previsto no Cédigo, é aplicavel as revistas, buscas e apreensdes, com as necessdrias adaptagdes, 0 disposto na Lei n° 22/92, de 4 de Setembro. 9, Os funciondrios aduuneiros sé poderdo exercer us prerrogativas referidas nas alineas ¢), n) € 0) don? 1 quando elas constem das prerrogativas exaradas no respectivo cartdo de identificagdo profissional. 10, © averbamento das prerrogativas de que trata 0 mimero anterior serd efectuado pela Direcgo Nacional das Alffindegas, devendo os cartes de identifieagSo profis- sional onde forem efectuados esses averbamentos ser registados separadamente, em livro préprio, naquela Direcgio. 11. Os funciondrios aduaneiros e os funciondrios cencarregados da fiscalizagiio aduaneira que nfo usufruam as, presrogativas mencionadas nos niimerns anteriores devem

You might also like