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Instituto Politécnico Privado de Gestão, Hotelaria e Turismo–

Francisco dos Santos

Departamento de Administração e Serviços

ANÁLISE DOS RISCO FINANCEIRO NAS EMPRESAS PARA A


TOMADA DE DECISÃO (2022 – 2023)

Estudo de caso na Empresa ISANDANGO

Luanda, 2023
ANALISE DOS RISCO FINANCEIRO NAS EMPRESAS PARA A TOMADA
DE DECISÃO (2022 – 2023)

1. Arthur Lundovi

2. Edith Luciana

3. José da costa

4. Virgílio C.N. Baptista

5. Djamila Kissanga

O presente Trabalho “análise dos riscos


financeiros nas empresas para a tomada de
decisão” apresentado no Instituto Politécnico
Privado de Gestão e Hotelaria e Turismo
Francisco dos Santos, tem como condição a
obtenção do título de Técnico Médio de Gestão
Empresarial.

ORIENTADOR: Prof. Miguel Joaquim Filipe

Luanda, 2023
DEDICATÓRIA

Em primeiro lugar dedicar este trabalho a Deus sem ele não teríamos conseguido, pela honra
de vida e sabedoria aos meus colegas de curso pelo esforço, paciência e dedicação na
realização do mesmo ao professor pela competência no qual passou conhecimento e
experiência pela sua disponibilidade e atenção é de expressar com imensa satisfação que
encerramos uma etapa da vida académica.
EPÍGRAFE

“Se o dinheiro for a sua esperança de


independência, você jamais a terá. A única
segurança verdadeira consiste numa reserva de
sabedoria, de experiência e competência.”

Henry Ford
AGRADECIMENTO

Querer expressar aqui os nossos agradecimentos a todas as pessoas que de uma forma ou
outra, colaboraram para que neste trabalho fosse realizado. Em especial ao nosso orientador
prof. Miguel Philip pela sua competência, orientação e paciência durante o desenvolvimento
desta monografia.
RESUMO

As profundas transformações sociais ocorridas nas últimas décadas traduziram-se numa


economia globalizada, caracterizada por elevados níveis de competitividade, concorrência
intensa e mercados cada vez mais dinâmicos e instáveis. Através das análises pode se avaliar
o património da empresa, as decisões a serem tomadas e consequentemente verificar as
condições financeiras e econômicas da empresa.

Nesta conjuntura, verifica-se que as empresas têm sofrido quebras consideráveis nos últimos
anos, facto que coloca, o sector empresárial, em dificuldades acrescidas no que respeita à sua
capacidade de equilíbrio financeiro e sustentabilidade. Este contexto obriga a empresa a
procurar optimizar o seu modelo de gestão, por forma a responder adequadamente às novas
exigências colocadas.

Nesse sentido, a Análise Financeira revela-se uma ferramenta muito pertinente, uma vez
que fornece indicadores precisos, que permitem efectuar um diagnóstico correcto da
performance global da empresa centrada em três aspectos distintos: equilíbrio financeiro,
rendibilidade e risco, contribuindo também no processo de tomada de decisão,
nomeadamente na procura das estratégias mais adequadas para optimizar o modelo de gestão
actual e melhorar os resultados obtidos, aumentar as vendas e consequentemente a
lucratividade.

Palavras chave: Análise financeira para tomada de decisão, Risco empresárial,


Rentabilidade da empresa.
ABSTRACT

The profound social transformations that have taken place in recent decades have resulted in
a globalized economy, characterized by high levels of competitiveness, intense competition
and increasingly dynamic and unstable markets. Through the analyzes it is possible to
evaluate the company's assets, the decisions to be taken and consequently verify the financial
and economic conditions of the company.

In this context, it appears that companies have suffered considerable declines in recent
years, a fact that puts the business sector in greater difficulties with regard to its capacity for
financial balance and sustainability. This context obliges the company to seek to optimize its
management model, in order to adequately respond to the new demands placed.

In this sense, Financial Analysis proves to be a very relevant tool, as it provides precise
indicators, which allow a correct diagnosis of the company's global performance centered on
three different aspects: financial balance, profitability and risk, also contributing to the
process of decision-making, namely in the search for the most appropriate strategies to
optimize the current management model and improve the results obtained, increase sales and
consequently profitability.
ÍNDICE

DEDICATÓRIA................................................................................................................3
EPÍGRAFE........................................................................................................................4
AGRADECIMENTO........................................................................................................5
RESUMO 6
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................................9
2. REVISÃO DE LITERATURA.....................................................................................12
2.1. Função financeira.....................................................................................................12
2.1.1. Preparação, Execução, Controlo.....................................................................12
2.2. Análise Financeira....................................................................................................13
3. CRITÉRIOS DE ANÁLISE PARA IDENTIFICAÇÃO DE RISCO FINANCEIRO16
3.1. Contabilidade...........................................................................................................16
3.2. Demonstrações financeiras......................................................................................16
3.3. Analise de demonstração financeira.......................................................................17
4. Risco financeiro...............................................................................................................19
4.1 Fatores podem causar Riscos Financeiros..............................................................22
5. A importância da análise financeira na tomada de decisão........................................23
6. CENÁRIO MACROECONÓMICO.............................................................................26
6.1 Prevenção de riscos financeiros no cenário Macroeconómico..............................27
6.1.1. Importância de fazer a gestão de riscos financeiros..........................................28
6.2 As Formas de controlar risco financeiro................................................................29
6.2.1. Identificação dos factores que impactam negativamente a estrutura financeira
da empresa.......................................................................................................................31
6.3 A importãncia de análise de risco financeiro nas empresas..................................32
7.DESCRIÇÃO E ANÁLISE DE DOCUMENTOS CONTABILÍSTICO “CASO
PRÁTICO DA EMPRESA.............................................................................................33
7.1 APRESENTAÇÃO DA EMPRESA........................................................................33
8. CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES...................................................................35
9. ANEXO........................................................................................................................36
10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................37
1. INTRODUÇÃO

Toda e qualquer atividade econômica implica riscos. Afinal, se conhecermos a


probabilidade de um cenário se concretizar no futuro, pode-se, por meio de ferramentas de
análise de riscos financeiros, Lidar com as flutuações e imprevisibilidades do mercado,
prever cenários de crise com o intuito de reduzir os impactos de risco financeiro inerente ao
negócio e traçar estratégias para prevenir-se, rever ou reverter-se a quaisquer eventualidades
que possam comprometer o desenvolvimento financeiro do negócio, fazendo de modo eficaz
e eficiente á um evento inesperado em tempo real. Claro que cada um deles tem sua
especificidade que podem variar de acordo com segmento de atuação da empresa, entretanto,
nunca haverá uma atuação sem nenhum tipo de risco. E é neste contexto que surge a análise
de riscos financeiros.

Basicamente, a análise de riscos é uma das etapas do processo de gerenciamento de riscos


das empresas, que consiste na avaliação das probabilidades de variados perigos ocorrerem
num determinado período de tempo e no cálculo de seus possíveis custos e benefícios para a
corporação. Essa etapa ocorre após a identificação dos potencias perigos a que a corporação
está sujeita. No entanto, a análise dos riscos tem como o seu objetivo não apenas estimar
possíveis perdas operacionais, mas, principalmente ajudar as organizações a evitar ou mitigar
estes mesmos riscos previstos.

Portanto é bastante crucial fazer a avaliação da chance de ocorrência de um evento e de suas


possíveis consequências, para se estabelecer uma estratégia de prevenção que priorize os
riscos mais prováveis ou potencialmente mais graves sejam eles endógenos (risco de crédito,
de liquidez ou operacional), ou exógenos (flutuações cambiais, taxas de juros e outros
preços). Uma análise de risco financeira bem elaborada é fundamental à saúde dos negócios
de uma empresa, pois é ela quem dirá quais medidas precisam ser tomadas para evitar o
problema, além de ajudar no estabelecimento de planos emergenciais.
1.1. Problematização da pesquisa

As empresas lidam diariamente com riscos e oportunidades, o ato de empreender por si


só, inclui riscos que vão muito além do risco financeiro. Portanto, o risco existe desde a
abertura do próprio negócio mesmo que o planejamento estratégico tenha sido elaborado com
base em dados confiáveis e critérios técnicos.
De acordo com afirmação acima citado os problemas em causa são:
Quais fatores podem causar riscos financeiros nas empresas, como calcular a
probabilidade dos riscos que ocorrerão a curto e médio prazo e quais são as
ferramentas ou métodos utilizáveis na identificação dos riscos inerentes aos
investimentos das empresa?
1.2. Objectivos:
Geral
 Determinar parâmetros ou métodos que visam mitigar os riscos financeiros das
empresas em função do cenário económico e financeiro.

1.3. Específico
 Determinar a capacidade de solvência das dívidas em curto, médio e em longo prazo com a
ajuda de demonstrações de resultados, mapas ou dados extra contabilísticos.

 Demonstrar os rácicos mais utilizados no processo de gerenciamento de riscos financeiros e


económicos.
1.4. Hipóteses:
H1: É essencial para os gestores, que tomem o conhecimento do sistema financeiro e do
cenário macroeconómica, no sentido de tomar decisões adequadas que impactam os objetivos
traçados pela empresa, com vista a obter retorno do capital aplicado no projeto de
investimento.
H2: O planeamento financeiro é fundamental para todas as empresas independentemente do
porte ou do segmento, pois, ele faz parte de um conjunto de procedimentos que caracterizam
a gestão financeira e é responsável por controlar as finanças das empresas;
H3: A boa gestão financeira é crucial para a solidificação e o crescimento de uma empresa
no mercado.
1.5. Justificativa

Esse tema é bastante pertinente no meio empresarial para o desenvolvimento organizacional,


principalmente para quem pretende começar com o ato de comércio e investir em seu próprio
negócio.
No entanto, uma analise financeira é a chave para avaliar o rumo da sua empresa, é através
dela que pode-se mitigar riscos, colocando á sua empresa num lugar menos propenso a más
influências externas, ganhar conhecimento sobre o mercado e os produtos, e claro, a tomar
decisões de uma forma mais clara e acertiva. Razões pela qual a analise financeira é de
tamanha importância, pois, ajuda a potencializar os lucros na definição de uma estratégia , visão
profunda da situação financeira e a Capacidade para assumir créditos.

1.6. Metodologia

Para o desenvolvimento deste trabalho, foram realizadas revisões bibliográficas de


artigos em sites da internet e livros, coletando e descrevendo informações sobre riscos,
finanças e análise de riscos financeiro nas empresas, ou seja, pesquisa Qualitativa.
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1. Função financeira

A função financeira apresenta estruturas complexas, pois, compete-lhe:

 Um papel funcional que na qual esse mesmo papel consiste em definir a estratégia do
grupo, dar pareceres sobre projetos de investimentos e propor meios de
financiamento.

 Papel formal, consiste na elaboração e aplicação de sistemas contabilísticos e no


estabelecimento de regras financeiras por toda a empresa que constituem o grupo.

 A função financeira preocupa-se com a resolução dos problemas financeiros que se


colocam a disposição da empresa no âmbito do seu funcionamento.
2.1.1. Preparação, Execução, Controlo.
A atividade normal da empresa origina constante dispêndio de meios monetários,
compra de equipamento materiais primas, pagamento de salário, juros e tantos outros
dispêndios adicionais.

A constante necessidade em termos de recurso monetários, é nesse sentido que cabe a


função financeira, providenciar não apenas a existência de tais recursos monetários
indispensáveis ao correto funcionamento da empresa, mas também assegurar que sejam
aplicados de uma forma racional e rentável.

Em poucas palavras, podemos dizer que, a função financeira procura analisar e avaliar
a situação da empresa sob o ponto de vista de equilíbrio financeiro, por isso deverá preparar
ou definir, executar e controlar ás decisões financeiras no sentido de providenciar o emprego
rentável dos recursos monetários que são postos a sua disposição.

Os objetivos fundamentais da função financeira podem ser:

 Determinar as necessidades de recursos financeiros na empresa

 Obter recursas de forma mais rentável;

 Aplicar racionalmente os recursos obtidos na aquisição de novos ativos;

 Controlar a aplicação dos recursos em termo de análise de previsão e realização ou


mesmo de estudo dos desvios. Analisar, recorrendo a um conjunto de técnicas,
informações sobre a situação econômica e financeira da empresa.
2.2. Análise Financeira

A análise financeira é um conjunto de técnicas destinadas ao estudo das situações


econômicas e financeiras das empresas ou de um negócio na sua capacidade de gerar lucros,
tendo em vista, em função das condições atuais e futuras1.

Por meio dela, observa-se o cenário financeiro como um todo, verifica-se os capitais
investidos, se são rentáveis ou reembolsáveis de modo a que as receitas cubram as despesas
de investimento e de funcionamento.

Ela aparece desta forma, como um dos instrumentos específicos de Gestão, que é
extremamente importante para as diversas entidades interessadas na boa gestão empresarial,
sendo que essas entidades interessadas as seguintes: os Gestores, Investidores e acionistas,
Estado, Trabalhadores com as respectivas Organizações e os Clientes.

Os Gestores: tem a necessidade de acompanhar a evolução da situação econômica


financeira para tomar decisões na tentativa de resolver os problemas que surgem durante a
atividade econômica, promovendo a estabilidade da empresa.

Investidores e acionistas: Estão interessados em conhecer a situação atual e futura de


forma a medir a liquidez, a solvabilidade e os riscos do negócio, para poderem tirar
conclusões sobre a rendibilidade do investimento.

Estado: tem interesse na atividade empresarial, sobretudo no aspecto contabilístico,


para aferir da veracidade das contas que justificam o pagamento de imposto. Ao estado
também interessa o aspecto financeiro para tirar ilações sobre as repercussões que a
instabilidade da empresa tem sobre o emprego, o investimento e o rendimento.

Trabalhador: justificam o seu interesse pela gestão, porque uma mantém estável e
equilibrada garante os postos de trabalho e a fonte de rendimento.

Clientes: Os clientes analisam os dados para determinar se o seu fornecedor tem


condições de continuar operando no mercado ou se é preferível optar por outro mais sólido
economicamente.

Sabe-se que, a análise financeira cabe a recolha de informação e o seu estudo para se fazer
uma apreciação sobre a situação financeira da empresa. Determina, através de um conjunto
de técnicas, em que medida estão a ser alcançados os objetivos da empresa. Análise de

1
https://pt.wikipedia.org/wiki/An%C3%A1lise_financeira
rentabilidade dos investimentos efectuados, seja a empresa como um todo, seja projectos de
investimento. O objetivo de qualquer empresa é a maximização do seu valor.

Desta forma, pode ser definida como um conjunto de técnicas e procedimentos que
ajudam análise das demonstrações contábeis, que, quando combinados, fornecem
informações valiosas para o processo de tomada de decisão.

Para melhorar a qualidade das decisões a tomar e o quer numa perspectiva provisionaria,
quer numa actual, no tocante ás três áreas fundamentas da gestão financeira da empresa deve-
se ter em conta o seguinte:

 O volume de ativos á manter pela empresa

 A estrutura destes ativos, quer os fixos quer os circulantes

 A composição do financiamento utilizado, repartindo em capital próprio e em capital


alheio.

Um dos objetivos da análise financeira é extrair informações das demonstrações


financeiras e dos demais relatórios, a fim de interpretar em termos quantitativos e qualitativos
o efeito das decisões de investimentos e operações tomadas.

Ela refere-se a avaliação ou estudo da viabilidade, estabilidade e capacidade lucrativa de


um negócio ou mesmo um projeto em que engloba um conjunto de métodos que permitem
realizar e diagnosticar a situação financeira do mesmo2.

Algumas empresas vêm tendo dificuldades, para conseguir impor seus negócios no
mercado. Estas situações podem ser causadas por diversas razões como por exemplo,
problemas internos da própria empresa ou qualquer outra que venha decorrer da situação
econômica momentânea, visto que tendo estes problemas elas provocam a queda de
rendimento ou de geração de lucro de uma empresa e, pode ser também a má administração,
falta de experiência ou de planeamento eficaz e descontrole do fluxo de caixa.

Objetivos da análise financeira: Estudo do equilíbrio financeiro em geral, e da liquidez e


solvabilidade em particular. Avalia se a empresa tem equilíbrio financeiro no curto prazo e no
médio longo prazo, e se tem capacidade para liquidar as suas obrigações nos prazos pré-
determinados.

Estudo do grau de eficiência da empresa, no que respeita à rentabilidade e produtividade.


Avalia se a empresa é ou não eficiente, em que actividades está a gerar resultados e como
estes têm evoluído ao longo do tempo.

2
https://pt.wikipedia.org/wiki/An%C3%A1lise_financeira
3. CRITÉRIOS DE ANÁLISE PARA IDENTIFICAÇÃO DE RISCO FINANCEIRO
3.1. Contabilidade
A contabilidade é muito antiga e sempre existiu para auxiliar as pessoas a tomarem
decisões. Todas movimentações possíveis de mensuração monetária são registradas pela
contabilidade, que, em seguida, resume os dados registrados em forma de relatórios e os
entrega aos interessados em conhecer a situação da empresa.

Através de relatórios contábeis, analisando os resultados obtidos, as causas que levaram


àqueles resultados e tomar decisões em relação ao futuro.

Segundo Sá (1998): “Contabilidade é a ciência que estuda os fenómenos patrimoniais,


preocupando-se com realidades, evidência e comportamentos dos mesmos, em relação à
eficácia funcional das células sócias”.

Na perspectiva de Marion (2008): “A contabilidade é um instrumento que fornece o


máximo de informações úteis para tomada de decisão dentro e fora da empresa”.

3.2. Demonstrações financeiras

Segundo Neves, (1996): De modo a avaliar o perfil econômico-financeiro de uma


determinada empresa ou entidade, é necessário recorrer a técnicas de análise apropriadas.
Embora existam várias técnicas, a mais usual, recorre à análise de indicadores ou rácios. Um
indicador ou rácio é um quociente entre duas grandezas correlacionadas e obtidas as
demonstrações financeiras, balanço e demonstração de resultados.

A análise através de rácios estabelece diferentes relações entre várias rubricas das
demonstrações financeiras. A informação obtida é uma informação mais expressiva do que as
rubricas em valor absoluto, o que permite, com mais facilidade, estabelecer comparações,
procurar forças e fraquezas nas empresas.
Dito de outro modo, este é um instrumento de apoio que consegue sintetizar, uma
relativa quantidade de informação e ajuda na comparação do desempenho económico
financeiro das empresas, ao longo do tempo.
3.3. Analise de demonstração financeira

De acordo com Brigman e Houston (1999), a analise das demonstrações financeiras é


útil tanto para analistas internos como para analistas externos à organização. Para os analistas
internos, esta análise permite visualizar a condição geral da empresa, antevendo condições
futuras bem como ponto de partida para o planeamento organizacional. Por outro lado, para
os analistas externos, a referida analise tem como objetivo a previsão de futuro, analisando
possíveis pontos de investimentos.
Seguindo esse posicionamento, expõe Assaf Neto (2006), A análise das
demonstrações financeiras visa fundamentalmente ao estudo do desempenho econômico-
financeiro de uma empresa em determinado período, para diagnosticar, sua posição actual e
produzir resultados que sirvam de base para a previsão de tendências futuras.

Desta forma, expõe Matazazzo (2003), a contribuição da analise de demonstrações


financeiras para a tomada de decisão é notória, uma vez que esta expõe aspectos relevantes a
respeito da empresa, tais como: A situação financeira e económica, desempenho, pontos
fortes e fracos, adequação das fontes ás aplicações de recursos, evidências de erros da
administração, avaliação de alternativas econômico-financeiras futuras e outras.

A análise deve ocorrer na seguinte ordem lógica: inicialmente, extraem-se índices das
demonstrações financeiras, posteriormente, comparam-se os índices com padrões, levando-se
em conta outras informações relevantes, para chegar a conclusões. Por fim, tomam-se
decisões.

De acordo com Brigman e Houston (1999a), a colecta e registro de dados assim como
elaboração das demonstrações financeiras é atribuição da contabilidade. Não é objetivo de este
trabalho discutir como são obtidas as demonstrações financeiras, mas sim analisar os dados
apresentados e concluir se a empresa é bem ou mal administrada, se merece ou não crédito, se tem
condições de pagar as suas dívidas, se é lucrativa, se irá continuar investindo e operando no
mercado.

As demonstrações financeiras são úteis, por exemplo, para os bancos que necessitam
verificar a situação da empresa antes de conceder-lhe um empréstimo. Os fornecedores
necessitam dos dados para verificar se o cliente terá condições de pagar pelos
produtos/serviços comprados.
Os clientes também analisam os dados para determinar se o seu fornecedor tem
condições de continuar operando no mercado ou se é preferível optar por outro mais sólido
economicamente.
Para garantir a autenticidade dos dados apresentados auditorias são realizadas nas contas da
empresa por escritório especializado.

As demonstrações contábeis são uma representação monetária estruturada da posição


patrimonial e financeira em determinada data e das transações realizadas por uma entidade no
período findo nessa data.

Objetivo das demonstrações contábeis de uso geral é fornecer informações sobre a


posição patrimonial e financeira, o resultado e o fluxo financeiro de uma entidade, que são
úteis para uma ampla variedade de usuários na tomada de decisões. As demonstrações
contábeis também mostram os resultados do gerenciamento, pela administração, dos recursos
que lhe são confiados.

A análise das demonstrações contábeis consiste em uma técnica que realiza a


Composição, comparação e interpretações dos demonstrativos da empresa. A finalidade da
análise é transformar os dados extraídos das demonstrações em informações úteis para a
tomada de decisões.

4. Risco financeiro

A definição de risco tem a ver com a dupla dimensão incerteza/indesejabilidade que


podemos associar a um dado resultado de um determinado acontecimento. Nesta condição,
estaremos perante uma situação de “risco” quando existe a probabilidade de uma determinada
situação ter um resultado que não é o desejado.
Risco financeiro é a possibilidade de prejuízo em decorrência de transações
financeiras e operações de investimentos, sejam os agentes pessoa física ou jurídica.

Segundo Pinho et al. (2011), estamos perante uma situação de risco quando existe a
probabilidade de uma determinada situação ter um resultado que não é o desejado.
Partindo deste conceito, para avaliar o nível de risco associado a um determinado
acontecimento, precisamos de determinar o seu grau de indesejabilidade, assim como a
probabilidade da sua ocorrência.
No que diz respeito à possibilidade de ocorrência de um determinado acontecimento
indesejável, esta é calculada a partir da probabilidade de ocorrência desse acontecimento
durante um determinado período de tempo.
Em termos estatísticos, o valor esperado de um dado acontecimento corresponde à
média ponderada de todos os acontecimentos com probabilidade de ocorrerem.

No entanto, uma forma intuitiva de tentar medir o grau de risco passa por calcular o
rácio entre os resultados com probabilidade de acontecer, e os resultados possíveis de
acontecerem. Quando uma empresa decide alocar recursos em um novo projeto, por exemplo,
corre o risco financeiro de o negócio não ter o retorno esperado e ainda resultar em prejuízo.

O mesmo risco corre ao investidor, pessoa física que decide aplicar seus recursos em
algum ativo financeiro, seja ele de renda fixa ou variável. Quanto menor o valor do rácio,
mais arriscado será um determinado acontecimento.
Conjugando a probabilidade de ocorrência de um determinado acontecimento com o
seu grau de indesejabilidade, podemos definir três modos de visualizar um determinado
acontecimento em termos da gestão do risco a que se encontra sujeito determinado, agente
económico:
O acontecimento é de algum modo indesejável, mas a probabilidade de ele ocorrer é
de tal forma diminuta que não vale a pena incorrer nos custos de gestão desse risco;
O acontecimento é indesejável e a probabilidade dele ocorrer é suficientemente alta,
tornando-se a cobertura desse risco importante;
O acontecimento é de tal forma indesejável que, mesmo que a probabilidade da sua
ocorrência seja ínfima, terá sempre que se efetuar a cobertura do risco.

Se há uma operação envolvendo diferentes agentes econômicos, há risco financeiro,


mesmo quando os ativos são considerados “livres de risco”. Diante disso, o investidor ou
empreendedor precisa compreender o risco financeiro e calcular a relação risco x retorno para
decidir se vale ou não a pena investir.

É, Importante ressaltar que baixo risco, em geral, está associado a retornos pouco
significativos e, retornos robustos, por outro lado, são acompanhados de riscos maiores.
Logo, para aceitar correr mais risco, o potencial retorno precisa compensar. Do contrário, não
faz sentido.
Tendo em conta a noção de risco apresentada, podemos agora analisar os diferentes
tipos de riscos a que uma empresa pode estar submetida. Numa primeira fase, podemos
distinguir entre dois tipos de risco: o risco específico da empresa e o risco de mercado.

No que respeita ao risco específico da empresa, este diz respeito ao risco que afeta de
forma isolada uma empresa em particular, grupos de empresas ou um determinado sector,
podendo este ser reduzido ou eliminado através da constituição de uma carteira de títulos
diversificada.
Quanto ao risco de mercado, este corresponde ao risco que afecta transversalmente
todas as empresas, não podendo ser eliminado através da diversificação de um portefólio.

Partindo desta distinção, os modelos de risco/rendibilidade concluem – se que o único risco


remunerado é o risco de mercado e que somente este é reflectido na rendibilidade esperada
de um investimento.

Assim, uma empresa que invista tempo e recursos a eliminar o risco específico que
lhe afecta, pode estar a prestar um mau serviço aos seus acionistas, dado que estes poderiam
eliminá-lo de uma forma menos dispendiosa ao diversificarem os seus portefólios.

Outra distinção a fazer na classificação dos riscos consiste em diferenciar entre risco
contínuo e risco ocasional. Enquanto o risco contínuo deriva de uma fonte ou factor de risco
que pode mudar continuamente “por exemplo, a taxa de juro, de inflação ou de câmbio”, o
risco ocasional está associado à ocorrência de um evento específico “por exemplo, um
terramoto ou um incêndio”.

Em última análise, segundo Pinho et al. (2011a), o risco pode ser enquadrado em três
grandes grupos: risco de negócio (ou operacional), risco estratégico e risco financeiro.
O risco de negócio está relacionado com o conjunto de riscos que a empresa assume
voluntariamente com o intuito de obter uma vantagem competitiva face aos seus
concorrentes, criando desta forma valor para os seus acionistas.

Este risco faz parte de qualquer actividade empresarial, sendo uma das principais
competências de qualquer negócio de sucesso. Relativamente ao risco estratégico, este está
associado a alterações ao nível económico, social e político, como por exemplo as políticas
de nacionalização, privatização ou expropriação.
Por último, o risco financeiro está associado a perdas decorrentes de alterações nos
mercados financeiros. Tendo em conta que as alterações nos mercados financeiros conduzem
a flutuações de variáveis financeiras como as taxas de juro ou de câmbio, a exposição ao
risco financeiro afeta diretamente o valor de ativos e passivos de uma empresa. Desta forma,
a gestão do risco financeiro permite que as empresas se foquem naquilo que elas sabem fazer
melhor, ou seja, no risco de negócio.

4.1 Fatores podem causar Riscos Financeiros.

Ao integralizar o capital social de uma empresa, os sócios não sabem exactamente se


o ROI (retorno sobre o investimento) será como esperado, mesmo que o planeamento
estratrégico tenha sido elaborado com base em dados confiáveis e critérios técnicos. Mas
alguns factores podem potencializar o risco financeiro de uma empresa, como por exemplo:

Alavancagem além da conta: trabalhar com capital de terceiros pode ser uma
estratégia, mas o endividamento demasiado coloca a saúde financeira da empresa em risco

Alto índice de inadimplência: toda empresa lida com algum nível de inadimplência,
mas se a quantidade de devedores duvidosos for muito grande, o risco financeiro é
potencializado

Câmbio e taxas de juros: as variações das taxas de juros e do câmbio influenciam a


economia como um todo e também são fatores que podem colocar o capital de uma empresa
em risco.
Conforme o segmento e área de actuação, cada empresa deve considerar os factores de risco,
mensurá-los e estabelecer métodos de prevenção dentro do planeamento financeiro.

5. A importância da análise financeira na tomada de decisão3

A análise da gestão financeira tem que ser englobada num planeamento estratégico
global, que direcione a organização num caminho que assegure, a médio e longo prazo,
vantagens competitivas, configurando os seus recursos num ambiente de mudança contínua,
de modo a satisfazer as necessidades do mercado e a corresponder às expectativas dos
interessados (proprietários, investidores e parceiros, por exemplo).

3
https://fia.com.br/blog/risco-financeiro
No entanto, esta informação não assume todo o seu potencial quando analisada de
forma isolada e fragmentada. É necessário contextualizá-la e interpretá-la num quadro global,
de acordo com a própria dinâmica organizacional interna.

Assim, tornasse necessário recorrer, adicionalmente, a variável de carácter qualitativo


relativa à gestão da empresa em questão, de forma a consolidar a informação obtida com base
na análise financeira.
As demonstrações financeiras também são chamadas de relatórios contábeis e são a
fonte de informações para análise, servindo de base, inclusive para avaliação quanto à
possibilidade de investimento.
Segundo Ribeiro (1999, p. 40) “Demonstrações Financeiras são relatórios ou quadros
técnicos que contém dados extraídos dos livros, registros e documentos que compõem o
sistema contábil de uma entidade.” Os registros contábeis realizados periodicamente pelas
empresas são a fonte dos dados para o processo de elaboração das Demonstrações
Financeiras.
As demonstrações financeiras de uma empresa apresentam informações que revelam
suas operações por um período de tempo, e quando analisadas permitem detectar quais são os
aspectos fortes e fracos apresentados em suas atividades operacionais e não operacionais,
auxiliando assim, a tomada de decisão.

A rentabilidade: diz respeito à margem de rendimento de uma empresa, ou seja, o


quanto ela está rendendo com a execução das suas atividades. Os indicadores de rentabilidade
são importantes porque apontam com clareza se a estratégia de negócio que sendo usando se
está correcta e qual é o rumo.
Há casos em que estes índices podem prever problemas com o fluxo de caixa. Os
indicadores de rentabilidade, na análise empresarial apresentam os aspectos económicos das
empresas, são indicadores que mostram em percentual a situação económica da empresa,
mostra qual foi à rentabilidade do capital investido.
Rentabilidade do Ativo: Da mesma maneira que os índices de margem, os índices
de activos são divididos em duas partes: o retorno sobre o ativo e o giro do ativo. Neste caso,
ambos funcionam como excelentes indicadores de desempenho do negócio como um todo e
fornecem informações importantes para o seu direcionamento.
O retorno sobre o ativo calcula a rentabilidade independentemente de onde os recursos
vieram, apenas admitindo os investimentos realizados.
Retorno sobre o capital: Esse índice serve para demonstrar se a empresa apresenta
um bom investimento para os novos sócios ou se está mexer no seu próprio capital para se
manter operando no mercado.
principalmente sobre o desempenho das ações de marketing e sucesso dos novos
produtos. Empresários que tomam decisões sem analisar este índice estão mais propensos a
desperdiçar dinheiro com a sua empresa. E nos casos mais drásticos podem levar a empresa à
falência.

Análise vertical: é uma ferramenta muito utilizada pelos administradores para


analisar as demonstrações contábeis e financeiras da empresa. Possui finalidade de comparar
quais contas que mais oscilaram dentro de uma empresa.

A análise vertical vai analisar as demonstrações financeiras em proporção de uma


determinada grandeza. No caso da análise do balanço, vai exprimir todos os itens em função
do total do ativo em percentagem.
A informação por elas prestada proporciona elementos que dão aos administradores a
capacidade de planeamento controle das actividades e gestão do património da empresa.

Assim, a análise financeira divide-se em duas categorias distintas:

Análise económica: usada para apurar e apreciar o resultado da remuneração dos


investidores, dos investimentos e das operações da empresa.

Análise financeira: para dedicar atenção à solvência, liquidez e gestão de tesouraria


da empresa. É a partir desta análise que investidores, credores, empresários e administradores
decidem sobre a necessidade de correções à gestão, à segurança em investir e à garantia dos
capitais emprestados.

Análise horizontal: o administrador possui informações sobre quais contas tiveram


oscilações durante períodos confrontados.
A análise horizontal é um conjunto de demonstrações financeiras ao longo de diversos
períodos, meses ou anos, por exemplo. A partir dessa leitura, poderão retirar-se conclusões
quanto à evolução da situação patrimonial da empresa (quando se analisa o balanço) ou do
seu desempenho (quando se analisa a demonstração de resultados).

. É preciso considerar a necessidade de fazer comparações com valores de períodos


anteriores e também identificar como ocorre a evolução dos resultados, garantindo uma
avaliação mais completa e assertiva.
Nesses casos, a análise vertical e horizontal são muito importantes, fornecendo
comparações relevantes para o controle financeiro da empresa.

Custo de Oportunidade
Custo de oportunidade tem por finalidade medir quanto uma empresa ou investidor,
sacrificou de remuneração por ter tomado uma decisão de aplicação de recursos em
determinado investimento de risco semelhante.

A avaliação do custo de oportunidade é muito importante para saber se realmente está


sendo tomada a decisão correcta de investimento, pois pode estar sendo investido recursos
financeiros, dedicando tempo e esforços em projetos que não apresenta o mesmo retorno que
outra actividade com risco semelhante.

6. CENÁRIO MACROECONÓMICO

O cenário macroeconômico apresenta tanto informações sobre a economia actual


quanto projeções para o futuro. Por sua vez refere-se à área da economia que estuda os
fenômenos econômicos em sentido amplo4.

Portanto, a macroeconomia faz a análise dos mercados que tenham relação directa
com o funcionamento da economia de um país sem focar no entendimento individualizado de
cada sector.
Logo, questões relacionadas aos agentes económicos como: Famílias, Governo,
Empresas não são objetos de investigação. Os mercados que compõem o estudo da
macroeconomia:
Mercado de bens e serviços: se refere ao nível de produção agregada e de preços;
Mercado de trabalho: estuda os níveis de emprego e de salários;
Mercado monetário: estabelece políticas monetárias para definição de taxas de juros;
Mercado de títulos: avalia a oferta e de preço de títulos a partir do interesse dos agentes
superavitários e deficitários;
Mercado de divisas: determina a relação de valor da moeda nacional com outras moedas do
mercado global.

4
HYPERLINK "https://blog.genialinvestimentos.com.br/o-que-sao-taxas-de-juros/" \
 Principais indicadores macroeconômicos

Inflação: mostra o comportamento dos preços dos serviços e bens de consumo em
determinado período;
Taxa de juros: a variação desse índice indica o movimento das taxas praticadas na oferta de
crédito às pessoas físicas e jurídicas;
Taxas de emprego: refere-se à alta ou baixa desse índice e ajuda a entender os motivos que
favorecem em maior ou menor grau o desemprego no país;
Produto Interno Bruto (PIB): revela o crescimento econômico de um país;
Taxa de câmbio: aponta a valorização ou desvalorização da moeda nacional em relação às
outras;
Endividamento da população: mostra a parcela da população com dívidas e os riscos de
inadimplência.
 A importância da macroeconomia.
A macroeconomia é um campo que tem importância significativa para qualquer
entidade envolvida no comércio e seus princípios permitem que pesquisadores e outros
especialistas preveêm várias coisas relacionadas aos mercados econômicos e as políticas
monetárias.
Em um cenário de alta da inflação, por exemplo, o poder de compra da população é
reduzido. Afinal, com o decorrer dos anos, a mesma quantidade de dinheiro não adquire mais
os mesmos itens, certo Como consequência, há uma diminuição do consumo por parte das
famílias.
Essa situação pode levar a menos investimentos pelas empresas, reduzindo a geração
de empregos. Isso porque a baixa demanda por bens e serviços da economia encolhe os lucros
das companhias, que poderiam ser direcionados para sua expansão.
Além disso, o baixo consumo da população leva a diminuição na arrecadação de impostos,
que são destinados a investimentos em áreas essenciais.

6.1 Prevenção de riscos financeiros no cenário Macroeconómico.

Há diferentes tipos de riscos envolvendo as finanças de um negócio ou investimento.


Para prevenir um risco financeiro, é preciso primeiro compreendê-lo para depois estabelecer
estratégias de controle.

Há diferentes métodos para se calcular a probabilidade de um risco financeiro. São


análises feitas a partir de cálculos com base em cenários hipotéticos, que consideram as
possibilidades de acontecimento de um evento crítico.
Vamos imaginar uma empresa importadora sujeita ao risco do câmbio (risco de
mercado). Ao calcular possíveis perdas devido a um hipotético cenário de alta do dólar, a
empresa pode adotar estratégias de hedge (proteção) cambial e garantir mais previsibilidade
no fluxo financeiro.

Algo parecido pode ser feito para neutralizar ou reduzir um risco de crédito, por
exemplo. Por meio de SOFTWARS avançados, uma empresa consegue analisar rapidamente
se um cliente tem probabilidade de pagar por algo que está comprando a prazo ou não.
Se a probabilidade de inadimplência é grande, compensa-se o risco com a cobrança
maior de juros.
Se há um risco operacional, envolvendo o defeito de uma máquina da linha de
produção, deve-se investir mais em manutenção preventiva ou em renovação do maquinário.
Para cada risco em potencial, há uma análise específica, com cálculos para avaliar as
probabilidades de risco financeiro, bem como seus efeitos.

6.1.1. Importância de fazer a gestão de riscos financeiros

A Gestão de riscos financeiros tem como principal objectivo minimizar cenários de


incerteza, tanto em relação ao fluxo de caixa de uma organização quanto aos investimentos
de uma pessoa física.
Por meio de métodos e ferramentas, a gestão de risco fornece dados e informações
que sustentam tomadas de decisões.
Estes são alguns dos objetivos de uma boa gestão de riscos:

Minimizar os danos:

Acontecimentos que estão fora do alcance e do nosso controle, como eventos


climáticos e conflitos geopolíticos, podem trazer impactos directos nas finanças pessoais ou
de um negócio. São riscos difíceis de serem mensurados e evitados, mas podem ser
minimizados com uma estratégia de gestão de riscos.
Garantir maior eficiência

Por meio de cálculos e estudos estatísticos, o gestor ou investidor tem condições de


relacionar as possibilidades de ocorrência de um determinado risco financeiro aos possíveis
prejuízos que ele pode causar.
Assim, consegue agir com eficiência, tomando medidas preventivas ou correctivas em
tempo hábil.

6.2 As Formas de controlar risco financeiro

Partindo do facto de que o risco financeiro existe em qualquer operação, resta


identificar as formas de controlá-lo.
Mecanismos de controle evitam surpresas desagradáveis e perdas irreparáveis que
podem levar um negócio à falência. Dentre as principais formas de controlar um risco
financeiro, podemos destacar:

1- Mapear os riscos

O primeiro passo é conhecer os riscos aos quais você está exposto. Quais riscos são
mais preocupantes? O de mercado, de crédito, de liquidez ou operacional? Ao elencar os
riscos por ordem de importância, é possível fazer uma análise de cada um e desenvolver
estratégias de mitigação.

2- Faça uma análise dos riscos e dos danos

A análise dos riscos envolve a aplicação de métodos e ferramentas que cruzam dados
e projectam diferentes cenários. A partir de uma análise objetiva, é possível decidir se é
sensato correr ou não correr o risco de determinado investimento.

 Tipos de riscos financeiros:


riscos de crédito;
riscos de liquidez;
riscos de mercado;
riscos operacionais;
riscos legais;

 Riscos de crédito:
Consiste na possibilidade de empresa não conseguir honrar os seus compromissos
financeiros.
 Riscos de liquidez:
Trata-se da dificuldade de recuperar o dinheiro que foi investido, sem que ele perca valor.
 Riscos de mercado:
Diz respeito às oscilações que acontecem nas bolsas de valores. Essas oscilações dizem
respeito a commodities, acções de empresas, economias nacionais e internacionais, bem
como moedas.
A flutuação que ocorre na bolsa pode afectar positiva ou negativamente as
organizações, podendo gerar lucro ou prejuízo.
 O risco operacional:
Envolve os erros que podem acontecer durante a operação de uma atividade. É decorrente de
um erro e pode ser acarretado por falha humana, de sistemas, processos, entre outros fatores.
 Risco financeiro:
falha pode representar um bom dinheiro desperdiçado. Por isso, contar com a análises
baseadas em dados seguros é o melhor caminho para afastar esse perigo.
 Riscos legais

São aqueles que envolvem o descumprimento de acordos que foram feitos sem respaldo
jurídico ou qualquer garantia da justiça.

6.2.1. Identificação dos factores que impactam negativamente a estrutura financeira da


empresa.
 Gestão financeira:
Toda e qualquer empresa deve ter em conta alguns dos fatores que impactam
negativamente na estrutura financeira da empresa tendo em conta a sua capacidade
produtiva ou rentabilidade económica.

A gestão financeira compreende um conjunto de ações e procedimentos


administrativos, que visam maximizar os resultados econômicos e financeiros de uma
empresa.”
A falta de controle financeiro é a causa de grandes prejuízos para os negócios,
inclusive a falência. Isso porque ela afecta o planeaamento estratégico da empresa,
permite que fraudes e desvios de dinheiro e mercadorias aconteçam.

Destacamos assim alguns benefícios de realizar uma gestão financeira eficiente:


Auxílio na tomada de decisões;
Redução de custos;
Aumento da produtividade;
Redução de falhas;
Redução de fraudes e desvios.

Deste modo apresentamos alguns principais erros financeiros que impactam


negativamente a estrutura financeira da empresa:
 Não acompanhar e analisar o desempenho da empresa;
 Não fazer um planeamento financeiro;
 Não registrar as operações realizadas;
 Não controlar os fluxos de caixa;
 Não controlar o estoque;
 Não ter um sistema de gestão;
 Não calcular o preço de venda correctamente;
 Misturar finanças pessoais com empresariais.

6.3 A importãncia de análise de risco financeiro nas empresas

Toda e qualquer empresa em actividade, independente do segmento de actuação está


sujeita a riscos de diversas fontes mesmo em operações autossuficientes, riscos operacionais
e logísticos podem se tornar realidade e acabar afectando o seu faturamento.

Os riscos podem ser de diversas natureza mas , aqueles que classificamos como
financeiros tem maior relevancia no curto a médio prazo a razão para isso é porque impactam
directamente o fluxo de caixa da empresa sendo que fluxo de caixa é um documento de
informação referente aos fluxos de dinheiro gerados e utilizados pelas actividades
operacionais, de investimento e de financiamento da empresa.

De modo que, esse impacto acaba por comprometer o capital de giro e sua capacidade
de fazer frente aos seus compromissos portanto é fundamental ter clara certeza sobre quais
são os riscos que podem afectar seu planeaamento estratégico sejam eles relacionados ao
ambiente microeconomico.

A análise de risco é importante e necessária ela nos ajuda á identificar os activos da


empresa sejam eles Tangíveis ou intagíveis, pois todos necessitam de proteção adequada
principalmente quando se trata de uma análise de risco estratégica.
Qualquer empresa deve sempre ter em conta as medidas adequadas em tempo útil para
evitar problemas ou reduzir o impacto.

Toda via, análise de risco financeiro ajuda directamente as empresas em actuar em


vários mercados de modo em que podem ter maior controle dos riscos que podem impactar
directamente á estrutura da empresa actuando assim de forma preventiva e correctiva,
combatendo a probabilidade de prejuízos e implementando soluções rápidas e eficientes.
7. ANÁLISE DE DOCUMENTOS CONTABILÍSTICO “CASO PRÁTICO DA
EMPRESA “SANDINGO”

7.1 Apresentação da empresa


A empresa “ISANDANGO, Lda” inserida no mercado angolano, na fabricação e
comercialização de calçados. Cuja a sede está localizada na província de Luanda,
concretamente no município de .........

7.2. Demonstração dos principais indicadores económicos e financeiros

 Grau de autonomia finannceira


2022 2021
62069 831,52 41 069 833,00
Ga = =0,41 Ga = =0,04
1513 099 368,73 1 072834 543

 Grau de dependência financeira

1 451 029 543 103 1 764 710


Gd = =¿ 0,96 Gd= =0,96
1513 099 368,73 1 072 834 543

 Liquidez geral

1395 636 137,48 990 517 026


Lg = =9,41 Lg= =1 , 05
148248 783,52 943 949 401

 Liquidez reduzida

1395 636 137 , 48−353 054 640 990 517 026−5 101 670
Lr= =7 , 03 Lr= =1,04
148 248783 , 52 943 949 401

 Grau de cobertura do active fixo

1364 850585 , 128 885142


G.c.a.f = =11,62 G.c.a.f = =1,57
117 463 231 ,25 82317 517

 Solvabilidade financeira
62069 831,52 41069 833
SL= =0,007 SL= =0,04
8787 800632 1031 764 710

 Rentabilidade do capital próprio

21000 000 35 604 602


RCP= ∗100=34 % RCP= *100 = 87%
62069 831,52 41 069 833

 Rentabilidade do active total


21 000 000 35 604 602
Rat = ∗100=1,39 % Rat = ∗100=3,32 %
1513 099 368,73 1072 834 543
7.3. Análise dos dados:

De acordo os dados indicadores acima referidos, constatou – se que Durante o exercício


económico, nos dois períodos, a empresa apresentou menos autonomia financeira, o que
significa maior dependência de inserção de capitais alheios.

Quanto a disponibilidade financeira a curto prazo, visualizando a liquidez geral, a empresa


“ISANDANGO, Lda” apresentou capacidade financeira nos dois períodos em honrar com os
compromissos financeiros, respectivamente pagamento de salários e outras obrigações a curto
prazo.

As demonstrações dos dados da liquidez reduzida, mostra que a empresa


“ISANDANGO, Lda, conseguiu honrar com os seus compromissos, somente com os activos
totalmente líquido.

Quanto ao grau de cobertura do activo fixo, os capitais permanentes foi suficiente para
financiar ou cobrir, os activos fixos sem recorrer aos capitais a curto prazo.

Os resultados da solvabilidade financeira, nos dois períodos, mostram que a longo


prazo a empresa não terá capacidade em honrar com os seus compromissos financeiros.
8. CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES
9. ANEXO
10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

https://pt.wikipedia.org/wiki/An%C3%A1lise_financeira
https://ipog.edu.br/wp-content/uploads/2020/12/neidineu-casas-de-oliveira-junior-101591018
https://enotas.com.br/blog/analise-financeira/
https://www.suno.com.br/guias/macroeconomia/
https://fia.com.br/blog/risco-financeiro/
https://expenseon.com/gestao-de-despesas/risco-financeiro-tipos-e-gestao/
IUDICÍBIUS, S.; Marion, J. C. Contabilidade Comercial. Editora Atlas, 2002
https://ipog.edu.br/wp-content/uploads/2020/12/neidineu-casas-de-oliveira-junior-
101591018

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