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APOSTILA - Prática de Ensino - Concepção e Organização (UniFatecie)
APOSTILA - Prática de Ensino - Concepção e Organização (UniFatecie)
APOSTILA - Prática de Ensino - Concepção e Organização (UniFatecie)
Concepção e
Organização
Professora Esp. Andriele dos Santos Rodrigues Alvaro
EduFatecie
E D I T O R A
20 by Editora EduFatecie
Copyright do Texto © 20 Os autores
Copyright © Edição 20 Editora EduFatecie
o download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem a
ISBN 978-65-87911-68-7
UNIFATECIE Unidade 1
Reitor EQUIPE EXECUTIVA
Prof Ms.
Editora-Chefe
Diretor de Ensino Prof
Prof Ms. Sbardeloto
Diretor Financeiro UNIFATECIE Unidade 2
Prof
Diretor Administrativo (
Secretário Acadêmico
UNIFATECIE Unidade 3
Tatiane Viturino de
Oliveira
Prof
Coordenação Adjunta de
Extensão
www.unifatecie.edu.br/site/
Coordenador NEAD - Núcleo de
Educação a Distância
As imagens utilizadas neste
André Dudatt livro foram obtidas a partir
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Revisão Textual www.unifatecie.edu.br/
editora-edufatecie
e Diagramação edufatecie@fatecie.edu.br
AUTORA
Bons estudos!
SUMÁRIO
UNIDADE I....................................................................................................... 4
A Concepção de Escola ao Longo da História
UNIDADE II.................................................................................................... 17
Prática de Ensino e a Formação de Professores
UNIDADE III................................................................................................... 30
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica
UNIDADE IV................................................................................................... 43
BNCC e PPC - O Que Devo Saber Sobre Eles ?
UNIDADE I
A Concepção de Escola ao Longo da
História
Professora Esp. Andriele dos Santos Rodrigues Alvaro
Plano de Estudo:
● O breve histórico do surgimento da Escola;
● A Educação Básica na História Brasileira.
Objetivos de Aprendizagem:
● Conceituar e contextualizar a escola e seus avanços;
● Compreender os tipos de Educação adotados ao longo da história;
● Apresentar a importância da defesa da Educação para todos.
4
INTRODUÇÃO
A escola hoje em dia tornou-se parte integral de nossas vidas. Como pensar numa
sociedade sem escola? Atualmente o tempo que o aluno permanece na escola é muito
maior que antigamente, pois a família tinha um papel maior no processo da aprendizagem.
Os valores instituídos e ensinados sempre vieram antes do efetivo “ir à escola”, geralmente
devido à vida no campo, as crianças vinham para a “cidade” e só assim tinham acesso
ao ensino regular educacional. Então, temos aqui a apresentação da aprendizagem for-
mal – ensino escolar, aprendizagem informal – vivência com a família, aprendizagem por
atividades realizadas no cotidiano.
Mas com a expansão do trabalho, as evoluções das indústrias, a criança, segundo a
Lei de Diretrizes e Bases da Educação, tem a obrigatoriedade de frequentar a escola a partir
dos 4 anos completos de idade, ou conforme a necessidade das famílias pode ingressar nos
primeiros 6 meses de vida numa Instituição de educação infantil, de forma que se torna aluno
e frequenta cerca de no mínimo 14 anos escolares, apenas na Educação Básica.
Isso ocorre ao acompanharmos o desenvolvimento social avançado, onde há a
emancipação da mulher na busca por ocupar espaços na sociedade econômica, onde o
papel da escola ocorre de forma integral na vida do aluno, realizando o atendimento a todas
essas crianças que, além do ensino e aprendizagem escolar, estão presentes na escolar
para serem cuidados e orientados pelo docente. Assim além dos conhecimentos científicos
Com isso, uma escola que se intitula inclusiva, deve integrar-se à comunidade
como também apresentar um bom padrão em prestação de serviço, criar em seus docentes
um sério sentimento de colaboração e cooperação com a instituição. Sempre adotar uma
pedagogia de corresponsabilidade entre profissionais nas diversas instâncias educativas,
criando, assim, um sistema interdisciplinar que favoreça a aprendizagem dos alunos envol-
vidos nesse processo.
A escola também tem a necessidade de orientar suas atividades com um projeto
pedagógico sistemático que se desenvolva a longo prazo, no qual sejam trabalhadas di-
ferentes formas de ensino, conteúdos e avaliações do processo de ensino-aprendizagem,
especialmente com aquele aluno que apresenta alguma necessidade educacional especial.
Porém isso não significa facilitação nem a negação da avaliação, e sim uma forma diferen-
ciada, buscando valorizar os desenvolvimentos de aprendizagem obtidos por esse aluno.
Os professores dessa instituição que desenvolvem a inclusão devem interessar-se
pelo que seu aluno deseja aprender. Acreditar nas suas potencialidades é um fator primordial
para que eles se desenvolvam com garantia de aprendizagem, aceitá-los como são, saber
escutá-los e valorizar as suas produções ajuda na independência deles. Aplicar uma metodo-
logia que estimule a sua participação em sala de aula favorece a sua aprendizagem efetiva.
Desse modo, não é viável perder a orientação dos objetivos formativos que devem
nortear os trabalhos e os currículos escolares para que as escolas inclusivas não fortaleçam o
estigma do insucesso na sua vida escolar. Orientado por essa visão, os alunos que têm neces-
sidades educacionais especiais nunca devem ser excluídos, segregados ou mesmo protegidos.
Eles devem conviver e estar presentes juntamente com os alunos considerados
normais que tenham a mesma idade mental ou cronológica; assim, eles assumem as
mesmas responsabilidades e os mesmos direitos. Dessa forma irão aprender a superar as
dificuldades que sua deficiência apresenta. Assim, o aluno com necessidades educacionais
especiais deve permanecer incluso à sociedade, da mesma maneira as escolas e profis-
sionais da educação devem trabalhar com uma pedagogia condizente com a proposta da
Declaração de Salamanca.
Acesse:https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-24782000000200010
REFLITA
Este grande educador, acredito ser um dos precursores nacionais a defender e buscar a
educação para todos. Dentre suas bandeiras, ele sempre saiu em defesa da Educação
para Jovens e Adultos, em busca de atender os oprimidos por uma sociedade capita-
lista, sem o menor interesse em formar cidadãos críticos e conscientes. É relevante
destacar que toda sua influência social, gerou discussões pertinentes às ações social e
educacional, sendo hoje alunos que recebem atendimento personalizado de maneira a
atenderem suas particularidades.
LIVRO
Título - Prática Docentes
Autor - Maria Alice Proença
Editora - Panda BOOKS
Sinopse - Especialista na abordagem italiana de Reggio Emilia,
a autora apresenta nesta obra uma proposta de formação de
professores, coordenadores pedagógicos e gestores da Educação
Infantil e séries iniciais do Fundamental I pautada na cultura do
coletivo e na importância do grupo na construção do conhecimen-
to. A partir do uso de registros reflexivos como documentação de
aprendizagem, fonte de planejamento e material de avaliação, e o
desenvolvimento de projetos interdisciplinares como uma metodo-
logia de trabalho para a efetivação de aprendizagens significativas,
a autora lança um olhar inovador e propõe uma transformação da
prática pedagógica de professores/educadores para a consolida-
ção de uma cultura de grupo.
FILME/VÍDEO
Título - Uma Lição de Vida
Ano - 2010 – Duração: 103 min.
Sinopse - O filme reconta a história de Kimani Maruge Ng’ang’a,
um queniano que foi preso e torturado por lutar pela liberdade de
seu país. Aos 84 anos, quando soube de um programa governa-
mental de escolas para todos, Maruge se candidatou a uma escola
primária que atende crianças de seis anos de idade. Sua entrada
acontece graças ao apoio de uma das professoras e ele também
se torna um grande educador.
Plano de Estudo:
● A Formação de Professores Permanente e Continuada;
● A Construção da Prática de Ensino.
Objetivos de Aprendizagem:
● Compreender os tipos de formação destinada aos docentes;
● Conceituar a estrutura da prática do ensino;
● Estabelecer a importância da formação de professores para o ensino.
17
INTRODUÇÃO
Ao falarmos sobre a escola, não temos como mensurar uma educação de qualida-
de sem correlacionar com a formação destes profissionais da educação. Pois tais relações
estabelecidas em sala de aula, entre o professor e seus alunos, implicam diretamente no
processo de ensino e aprendizagem.
Hoje em dia, a escola desempenha diversos papéis em nossa sociedade. Inserido
em uma constante mudança, o educador tem como seu papel central a responsabilidade
de ensinar, para que sua prática final seja a formação do ser crítico e pensante nesta
sociedade, com mudança de atitudes, conceitos e forma de pensar dos seus alunos. Isso
nos traz a evidência da atuação profissional como essencial, e disponível para atualizações
e mudanças em suas práticas escolares, fazendo cada vez mais o uso das tecnologias
como recurso pedagógico.
Por isso, segundo Candau (2009, p. 46) a didática, “[...] é uma matéria de estudo
fundamental na formação profissional de professores e um meio de trabalho do qual os pro-
fessores se servem para dirigir a atividade de ensino, cujo resultado é a aprendizagem dos
conteúdos escolares pelos alunos”. Refletindo sobre as palavras da professora Vera Maria
Candau, podemos notar que a didática é uma disciplina de mediação entre os objetivos e
os conteúdos de ensino. Portanto, sua maior função é a de investigar as condições e as
formas reais de ensino.
Podemos perceber que construir aprendizagens não é uma tarefa fácil. Mas esse
não é um caminho solitário para o docente. Ele pode ser orientado por métodos, técnicas e
currículos. Juntos vamos analisar cada componente desse conjunto.
Vamos iniciar pelo ensino. De acordo com o Dicionário Aurélio (2009), ensino refere-se
à instrução. No entanto, para instruir alguém é necessário ter o que ensinar, ou seja, é preciso
existir um conteúdo. Sendo assim, podemos observar que o núcleo do ensino, ou seja, seu
aspecto mais importante é o conteúdo. Muito bem, estando isso entendido, vamos adiante.
Tendo um conteúdo a ensinar, precisamos descobrir a melhor forma de transmiti-lo
aos nossos alunos. Por meio do planejamento podemos organizar os temas, definir direções
e avaliar as atividades pedagógicas para verificar se estamos concretizando nossa tarefa de
ensinar. No entanto, o ensino é algo dinâmico e se modifica no decorrer das atividades do
professor devido a vários fatores, como: ritmo de trabalho dos alunos, interesse específico
por um determinado tema, necessidade de aprofundamento maior de algum aspecto do
conteúdo e outros. Para não nos perdermos nesse processo é que contamos com a ajuda
de um currículo.
O currículo, segundo Libâneo (2008), expressa os conteúdos de ensino. Nele, os
assuntos são divididos em matérias e possuem diferentes graus de aprofundamento, orga-
nizados segundo o nível escolar dos alunos. Conhecendo bem o currículo, o professor é
capaz de “prever” os conhecimentos e as habilidades que serão desenvolvidas no processo
de instrução. Tendo em vista o que os alunos precisam aprender, o professor pode traçar,
então, seus objetivos. Para alcançar esses objetivos, precisamos escolher um método,
ou seja, uma teoria que dê conta de nos orientar enquanto percorremos os caminhos dos
conteúdos.
Um método é formado por um conjunto de técnicas. Essas técnicas podem se referir
a uma instrução de estudo, de aplicação, de desenvolvimento ou de aprendizagem. Para
Sendo assim, qualquer atividade social ou o meio que está inserida, praticada no
ambiente em que vivemos, pode levar a uma aprendizagem. Desde que nascemos esta-
mos aprendendo e continuaremos aprendendo durante a vida toda. Nossa primeira fonte
de aprendizagem são nossas experiências com o mundo e com as pessoas com as quais
nos relacionamos. De maneira que nossa família está entre as primeiras pessoas com quem
construímos aprendizagens que nos levam a engatinhar, andar, tocar, falar, sentir, manipular
SAIBA MAIS
RESUMO: Este artigo apresenta e discute os resultados de uma pesquisa realizada com
um grupo de estudantes do quarto semestre do Curso de Pedagogia em uma Universi-
dade situada no Distrito Federal. Este estudo teve como objetivos identificar a importân-
cia da práxis educativa no processo de desenvolvimento e aprendizagem do estudante
e, evidenciar as contribuições das atividades práticas realizadas em instituições parcei-
ras, para a formação inicial do Pedagogo.
Acesse: https://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2017/23961_13445.pdf
“Ninguém começa a ser professor numa certa terça-feira às 4 horas da tarde... Ninguém
nasce professor ou marcado para ser professor. A gente se forma como educador per-
manentemente na prática e na reflexão sobre a prática” (Paulo Freire).
Perceba que essa frase pode soar como escolha de educar. Por vezes nascemos com
esse desejo de ensinar, mas Freire descreve que ninguém é marcado e que essa cons-
trução do saber acontece, a partir do momento que se busca, na prática, desenvolver a
permanente e continuada reflexão do ensino. Lembrando que a formação de professo-
res se faz constantemente na reflexão das ações e na prática escolar.
Juntos chegamos à conclusão da Unidade II, em que tratamos sobre um dos as-
suntos mais importantes e pertinentes ao processo escolar, o ensino e a aprendizagem.
Aprendemos que nas práticas escolares estão inseridos valores que se fazem a partir dos
acontecimentos e desenvolvimento social que envolvem o meio escolar; pois temos esta-
belecidos o currículo e a prática pedagógica a partir deste contexto.
Lembrando que sempre podemos inserir inovações e aprimorar nossas práticas nas
participações das formações pedagógicas, e conforme a realidade social dos meus alunos.
Ativar em nosso relacionamento a empatia, ao se colocar no local do aluno e ex-
perimentar aquilo que ele tem conhecimento. Sabemos que nossas experiências pessoais
e vivências familiares contribuem diretamente para com o processo da aprendizagem, por
vezes causal ou indireta, aquela que não acontece em sala de aula mas que proporciona
ao aluno a aprendizagem que virá agregar os conhecimentos científicos adquiridos e expe-
rimentados no meio escolar.
Cabe a cada um de nós, como educadores, proporcionar aos nossos alunos a opor-
tunidade de acrescer os conhecimentos e desenvolver o seu psíquico, a fim de contribuir
para com a ascensão escolar, novos conhecimentos e novas experiências.
Concluímos que a formação de professores está correlacionada com a prática
escolar, desde que o profissional inclua em sua rotina as inovações, técnicas, recursos e
metodologias aprendidos. Lembrando que toda essa relação está nas legislações nacionais,
nos documentos normativos escolares, como o Projeto Político Pedagógico e na Proposta
Pedagógica curricular, promovendo a ação docente no processo da aprendizagem.
Nos vemos na próxima unidade, onde vamos apresentar a Lei de Diretrizes e Bases
e as Diretrizes Nacionais para a Educação, que estabelecem como as práticas e tudo aquilo
que vem amparar a prática docente.
LIVRO
Título - Saberes docentes e formação profissional
Autor - MAURICE TARDIF
Editora - Editora Vozes
Sinopse - O livro discute os saberes que servem de base aos
professores para realizarem seu trabalho em sala de aula. São
criticados os enfoques anglo-americanos que reduzem o saber
dos professores a processos psicológicos, assim como certas
visões europeias tecnicistas que alimentam atualmente as abor-
dagens por competência e também se posiciona de forma crítica
em relação às concepções sociológicas tradicionais que associam
os professores a agentes de reprodução das estruturas sociais
dominantes.
FILME/VÍDEO
Título - Ao mestre, com carinho
Ano - 1967 – Duração: 105 min.
Sinopse - Um jovem professor enfrenta alunos indisciplinados,
neste filme Clássico que refletiu alguns dos problemas e medos
dos adolescentes dos anos 60. Sidney Poitier tem uma de suas
melhores atuações como Mark Thackeray, um engenheiro desem-
pregado que resolve dar aulas em Londres, no bairro operário de
East End. A classe, liderada por Denham (Christian Roberts), Pa-
mela (Judy Geeson) e Barbara (Lulu, que também canta a canção
título) estão determinados a destruir Thackeray como fizeram com
seu predecessor, ao quebrar-lhe o espírito. Mas Thackeray acos-
tumado à hostilidade enfrenta o desafio tratando os alunos como
jovens adultos que em breve se sustentarão por conta própria.
Quando recebe um convite para voltar à engenharia, Thackeray
deve decidir se pretende continuar.
Plano de Estudo:
● Diretrizes Curriculares Nacionais;
● A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira.
Objetivos de Aprendizagem:
● Conceituar e contextualizar as legislações nacionais sobre a educação;
● Compreender as diretrizes curriculares para a educação.
30
INTRODUÇÃO
Mais uma vez, concordamos com nosso autor. E arrisco um pouco mais. Nossa
capacidade de descobrir as relações reais implicadas nas diferentes instituições é desen-
volvida sempre por meio da didática. Aliás, é exatamente esse o contexto de atuação de
nossa disciplina: as relações humanas.
Finalizamos a leitura da LDB nos dois últimos títulos, que falam sobre as Disposi-
ções Gerais e Das Disposições Transitórias; podemos concluir:
SAIBA MAIS
Uma curiosidade nesta leitura será agregar conhecimentos não apenas da Educação
Nacional e também Internacional. Neste livro, vamos descobrir sobre os aspectos teóri-
cos e práticos no campo da educação inclusiva. De acordo com as diretrizes curriculares,
as práticas para cada modalidade possuem sua exclusividade e necessidade devido às
suas especificidades. Os capítulos abordam principalmente a utilização e a aplicabili-
dade do Plano Educacional Individualizado (PEI), instrumento empregado inicialmente
em redes escolares na Europa e nos Estados Unidos, com a finalidade de promover o
desenvolvimento e a ambientação de alunos que necessitem de cuidados especiais.
Fonte: a autora.
Ana Lins dos Guimarães Peixoto cursou até o Ensino Primário, mas com sua experiên-
cia de vida, desde seus 14 anos fazia poemas. Foi uma esposa fiel, respeitava seu ma-
rido, mesmo a convite não participou da Semana de Arte Moderna. Ao tornar-se viúva,
buscou por seus sonhos, aprendeu em um curso de datilografia como eternizar suas
falas, aos 70 anos. Em 1965 editou, como escritora, seu primeiro livro, aos 75 anos de
vida. Podemos refletir que nunca é tarde para desenvolver ou aprender, sempre temos
a chance de conquistar nossos objetivos.
Fonte: a autora.
LIVRO
Título - Diretrizes curriculares e processos educativos
Autor - Selma Garrido Pimenta
Editora - Editora Cortez
Sinopse - Os desafios para a formação do psicólogo escolar apre-
sentam a pesquisa e trazem discussões relevantes e necessárias
para essa temática, tanto para estudantes como docentes, super-
visores de estágio e psicólogos.
FILME/VÍDEO
Título - O sorriso de Monalisa
Ano - Década de 50
Sinopse - No filme, a professora apresenta novas propostas de
aprendizagem, estimulando em suas alunas um pensamento libe-
ral, enfrentando a administração da escola e as próprias garotas. O
maior desafio para essa professora será fazer com que suas alunas
assumam sua identidade cultural como ser social e histórico. Esse
filme nos traz uma visão mais ampla de novos conhecimentos e a
oportunidade de inovar em nossa educação, seguindo a proposta
curricular.
Plano de Estudo:
● Base Nacional Comum Curricular;
● Proposta Pedagógica Curricular.
Objetivos de Aprendizagem:
● Conceituar e contextualizar a Base Nacional Comum Curricular
como normativa nacional para a Educação Brasileira;
● Estabelecer a importância da Proposta Pedagógica Curricular como prática docente.
43
INTRODUÇÃO
Bons estudos!
Nesta unidade, vamos abordar uma disciplina, no caso a Matemática, que é uma
das cinco áreas do conhecimento que compõem a Base Nacional Comum Curricular (BNCC)
e, como as demais, expressa sua intenção na formação integral dos estudantes do Ensino
Fundamental – anos iniciais e finais.
Os diferentes campos que compõem a Matemática reúnem um conjunto de ideias
fundamentais e importantes para o desenvolvimento do pensamento matemático dos estu-
dantes, devendo, nas salas de aula, se converter em objetos de conhecimento.
Para tanto, parte-se do princípio de que a história da constituição do conhecimento
matemático se desenvolve juntamente com a história da própria humanidade, visto que:
[...] as ideias matemáticas comparecem em toda a evolução da humanidade,
definindo estratégias de ação para lidar com o ambiente criando e desenhan-
do instrumentos para esse fim, e buscando explicações sobre os fatos e fenô-
menos da natureza e para a própria existência (D’AMBRÓSIO, 1999, p. 97).
Desta forma, os métodos de ensino ganharam muita ênfase, pois seriam privilegia-
das atividades em pequenos grupos, com a utilização de material didático e os ambientes de
sala de aula deveriam ser estimulantes para que os alunos pudessem construir o conceito
matemático a partir de situações vivenciadas.
Pelo viés da Escola Nova, defendia-se os métodos ativos, absorvendo teorias da
aprendizagem como o Associacionismo (associação do símbolo com a quantidade) e o Méto-
do da Descoberta (materiais didáticos manipuláveis, atividades lúdicas e/ou experimentais).
Trata-se de uma visão considerada muito mais ampla, pois a valorização de aspec-
tos sociais e culturais no ensino de Matemática resulta em mudanças de concepções de
ciência, de ensino, de aprendizagem, de currículo, de práticas pedagógicas e valores.
É também um modo de conhecer a cultura em seu ambiente natural e de tratar
o conhecimento matemático da escola de um modo mais humanizado. A Base Nacional
Comum Curricular aprofunda e amplia alguns dos objetivos dos PCNs que, ao longo dos
anos, vem nos mostrar a importância de trabalhar a Matemática de forma mais humanizada
e sem pressão. A Matemática é um componente importante na construção da cidadania, na
medida em que a sociedade utiliza, cada vez mais, de conhecimentos científicos e recursos
tecnológicos, dos quais os cidadãos devem se apropriar.
A aprendizagem em Matemática está ligada à compreensão, isto é, à apreensão
do significado; apreender o significado de um objeto ou acontecimento pressupõe vê-lo
em suas relações com outros objetos e acontecimentos. Recursos didáticos, como jogos,
livros, vídeos, calculadora, computadores e outros materiais têm um papel importante no
processo de ensino aprendizagem. “Contudo, eles precisam estar integrados a situações
que levem ao exercício da análise e da reflexão, em última instância, a base da atividade
matemática”.(BRASIL, 2013).
MATEMÁTICA - 1O ANO
(EF01MA01)-Reconhecer e
utilizar da função social dos
números naturais como indi-
cadores de quantidade, de
ordem, de medida e de código
de identificação em diferentes
situações cotidianas.
• Representar ideias e quan-
tidades por meio de símbolos
(letras, algarismos, desenhos
e outras formas de registro)
em diferentes contextos -
O conceito de número Símbolos e seus significados:
Números e Álgebra imagens, figuras, desenhos,
Sistema de numeração letras e número.
Números naturais • Identificar e diferenciar nú-
meros de letras e outros sím-
bolos que estão presentes nos
diferentes gêneros textuais
e em diferentes contextos -
Símbolos e seus significados:
imagens, figuras, desenhos,
letras e número.
• Conhecer a história do núme-
ro, a sua origem e importância.
• Expressar hipóteses a res-
peito da escrita de um deter-
minado número utilizando-se
de algarismos.
Fonte: a autora.
Você sabia que além das atividades da BNCC direcionadas nas práticas pedagógicas
para a educação infantil, ensino fundamental e médio, tais organizações pedagógicas
são adotadas como processo no Nível Superior, como processo avaliativo nas gradua-
ções em licenciaturas, previsto na LDB. O artigo trará essa discussão da implantação da
Base Nacional para a educação superior.
Acesse:
https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/179352/101_00724%20ok.pdf?s
equence=3&isAllowed=y
REFLITA
“Educar é crescer, e crescer é viver. A educação é assim, vida no sentido mais autêntico
da palavra”
(Anísio Teixeira).
Bons Estudos!
LIVRO
Título - BNCC Em debate: Como fica a docência?
Autor - Camila Rodrigues dos Santos
Editora -
Sinopse - A Educação brasileira, a partir da segunda metade do
século XX e início do século XXI, passou por diversas transforma-
ções, leis, diretrizes, propostas curriculares e filosóficas pautadas
por muitas orientações sociais, políticas, ideológicas. A Base Na-
cional Comum Curricular – BNCC (homologada em 2017) provoca
cada um desses profissionais a pensar a docência lançando o
olhar sobre a BNCC, proposta elaborada após três anos de deba-
tes e discussões, valorizando a riqueza de conhecimento regional
e local. Como quem está na escola já está construindo seu tra-
balho diário, reconstruir o Projeto Político Pedagógico é o grande
desafio de 2019. O conjunto de artigos que este livro traz provoca
a reflexão sobre como a formação profissional pode continuar
evoluindo ao longo da carreira, dentro das escolas, pesquisando e
aperfeiçoando os conhecimentos adquiridos, incorporando o que
é bom, criticando o que discorda, criando novas estratégias de
ensino e aprendizagem.
FILME/VÍDEO
Título - Como Estrelas na Terra
Ano - 2007
Sinopse - Ishaan é um garoto de nove anos que tem pouquíssi-
mos amigos. Vive com sua família em uma pequena comunidade
da Índia. Ishaan apresenta muitas dificuldades na escola, tendo
sido reprovado no ano anterior e tendo risco de ser reprovado
novamente. Já seu irmão, Yohan, é o melhor da classe, com no-
tas altíssimas e um grande sucesso nos esportes também. Após
uma reunião com os professores de Ishaan, que informam aos
pais que o menino não apresenta avanços na escola, o pai decide
enviar o garoto a um colégio interno para que seja disciplinado e
consiga êxito nos estudos. Após um período em que Ishaan se
sente cada vez mais triste e solitário, sofrendo severas punições
dos professores, ele conhece o professor Nikumbh, que além do
trabalho no colégio, leciona também em um colégio para crianças
com necessidades especiais.
BRASIL. Lei nº 4.024/61, com redação dada pela Lei 8.131/95. Brasília, 1996.
CANDAU, V. M. (Org.). A didática em questão. 29. ed. Rio de Janeiro: Editora Vozes, 2009.
DICIONÁRIO AURÉLIO. Língua Portuguesa - 4. ed. 2009 - Livro. São Paulo: Aurélio Buar-
que de Holanda Ferreira
DONATO, Sueli Pereira; MOCELIN, Márcia Regina. Sistemas de Ensino e Políticas Educa-
cionais. Curitiba: Contentus, 2020.
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. 28. ed. São Paulo: Cortez, 2008.
MALHEIROS, B. T.; RAMAL, A. (Orgs.). Didática geral. Rio de Janeiro: LTC, 2012.
PADILHA, Anna Maria Lunardi; OLIVEIRA, Ivone Martins de. Educação para todos: As
muitas faces da inclusão escolar. Campinas: Papirus, 2014.
SAVIANI, Dermeval. Educação: do senso comum à consciência filosófica. 18. ed. rev. Cam-
pinas: Autores Associados, 2009.
60
CONCLUSÃO GERAL
Prezado(a) aluno(a),
Neste material busquei trazer para você os principais conceitos a respeito do estu-
do da didática e a organização do trabalho pedagógico. De maneira que promovemos uma
reflexão sobre o papel do professor e sua prática docente no cotidiano escolar, bem como
os limites e desafios presentes no processo de ensino aprendizagem. Além de apresentar
os subsídios teóricos, para que o seu trabalho em sala de aula possa ser aprimorado,
destacamos os elementos internos e externos que interferem no processo de ensino e
aprendizagem, que são pontuais para observarmos em nossas práticas educativas.
Abordamos as definições teóricas e, neste aspecto, acreditamos que tenha ficado
claro para você o quanto é necessário para professores, e todos envolvidos no ambiente
escolar, compreender os processos instituídos. De maneira que a aprendizagem efetiva
ocorre em sala de aula, com a construção do currículo de forma direcionada e a linguagem
que organiza a Instituição, o projeto político pedagógico irá adequar os planos nacionais de
ensino às necessidades da escola (família, alunos, comunidade e professores).
Destacamos também a importância histórica das práticas pedagógicas ao reco-
nhecer os precursores e as correntes da educação brasileira. Cada uma à sua maneira
veio a contribuir para com a evolução educacional. Permitindo que autores e educadores
nacionais e internacionais, em culminância com a realidade social, adequassem o processo
de ensino e aprendizagem destinado aos alunos.
Esse olhar para o passado, para entender o presente e visualizar o futuro, é algo
inerente aos educadores que pensam em melhorar e contribuir para a educação contempo-
rânea. A partir de agora acreditamos que você já está preparado(a) para seguir em frente,
desenvolvendo ainda mais suas habilidades e competências em seus alunos e aprender
com esse processo.
Sucesso em sua caminhada pedagógica.
61
EduFatecie
E D I T O R A