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Para casa 3

Geografia-8ºano
Prof. Anderson

A nova ordem
mundial e o mundo
multipolar

Com a crise do mundo


socialista e com o
surgimento de novos
polos ou centros
econômicos mundiais,
ingressamos numa
ordem multipolar. Mas
é uma ordem multipolar
diferente daquela do
início do século XX, mais
complexa e com uma
interdependência entre
todos os países do
mundo. No aspecto
econômico, os Estados
Unidos não têm mais o
poder que tinham nos
anos 1950 e 1960. Todos
os países da União Europeia somados já possuem hoje uma economia maior que a norte-americana. A China, que
pulou do 10º para o 2º lugar em 2010, provavelmente terá a maior economia do mundo em cerca de vinte anos.
Também o poderio militar da China vem crescendo rapidamente. Isso tudo justificaria denominar a nova ordem de
multipolar. Mas alguns autores falam numa ordem mono ou unipolar, em razão da grande força militar sem
concorrentes dos Estados Unidos. Outros ainda preferem denominar a nova ordem de unipolar, pois no aspecto
militar existe apenas uma superpotência atuante nos vários recantos do globo: os Estados Unidos, e no aspecto
econômico e tecnológico, que é mais importante atualmente, existem vários centros mundiais de poder: a União
Europeia, os Estados Unidos, o Japão e a China. Do ponto de vista militar, a Rússia, em tese, ainda é uma
superpotência, com capacidade para exterminar praticamente toda a humanidade. Mas apenas em tese, pois a
crise econômica e social russa foi tão intensa nos anos 1990 e início do século XXI, que milhares de cientistas, que
garantiam a tecnologia nuclear, emigraram para países onde os salários são maiores: inúmeros militares tornaram-
se traficantes de drogas ou de armas, etc., e manter intacto todo o arsenal nuclear é algo que exige uma
manutenção constante e custa muito dinheiro, algo que a Rússia há alguns anos não tinha. Nos últimos anos, a
Rússia iniciou uma recuperação econômica graças aos elevados aumentos no preço do petróleo e do gás natural,
produtos que passou a exportar em grande quantidade. Mas a economia russa ainda é pouco desenvolvida, com
pouca tecnologia de ponta e tendo por base a exportação desses recursos naturais não renováveis. Quanto à
China, à primeira vista ela não deveria constar entre esses centros mundiais de poder, pois ainda tem uma enorme
massa populacional que vive na pobreza, além de não dominar tão bem a tecnologia moderna como os Estados
Unidos, o Japão e alguns países da Europa Ocidental. No entanto, a economia chinesa é a que mais cresce no
mundo desde os anos 1980, e o país vem se modernizando rapidamente. Além disso, a China também é uma
potência militar, provavelmente a segunda do mundo após a modernização de suas forças armadas e a crise russa,
e é o país mais populoso do globo, algo que também conta — embora nem tanto como no passado — numa
conceituação de grande potência mundial.

A nova ordem e o poderio militar


A nova ordem mundial também possui outros traços importantes: a globalização e a Terceira Revolução Industrial
com o advento e a popularização de novas tecnologias (informática, robótica, telecomunicações, biotecnologia,
etc.).
O mundo ficou mais integrado, mais unido, com uma maior interdependência entre todos os países. O poderio
militar, ao que parece, teve sua importância diminuída (mas não anulada) nas últimas décadas, especialmente com
a desagregação da União Soviética e o fim da Guerra Fria. O importante passou ser o poderio econômico e
tecnológico. Mas uma grande potência mundial deve também ter boa capacidade de defesa e até de Intervenção
no exterior, pois sempre há o risco de
invasões por parte de outros Estados.
Muitas vezes, esses Estados tentam resolver
sua crise por meio da guerra, que sempre
une o povo, inclusive as oposições, contra o
inimigo comum: também existem os
interesses econômicos (investimentos,
fontes de combustíveis ou matérias-primas
essenciais, mercados compradores, etc.,) a
preservar no resto do mundo. Mas essa
necessidade de certo poderio militar não
significa que a grande potência mundial
deva priorizar os gastos militares, e muito
menos que deva desperdiçar recursos em armamentos nucleares. A história ensina que a
regra geral tem sido a ascensão e o declínio de grandes potências econômicas e militares,
mesmo que suas hegemonias perdurem séculos. Tal foi o caso do Império Romano, na
Antiguidade, ou, a partir do desenvolvimento do capitalismo, das inúmeras potências que
tiveram durante algum tempo uma supremacia internacional: Portugal e os Países Baixos, nos séculos XV e parte
do XVI; a Espanha, no século XVII; o Reino Unido, nos séculos XVIII e XIX; e os Estados Unidos, no século XX,
principalmente a partir da Segunda Guerra Mundial e também no início do século XXI. Geralmente uma potência
começa sua hegemonia pelo poderio econômico, seguido pelo militar. Este último sempre foi dependente da
economia. Em geral, quem tem mais fábricas ou manufaturas, mais recursos econômicos e tecnologia acaba
formando forças armadas mais modernas e bem equipadas. De acordo com essa norma, o Japão, principalmente,
e a Alemanha deveriam investir mais no militarismo, pois já são potências econômicas e tecnológicas. Contudo, há
dois elementos complicadores a esse respeito: primeiro, vivemos numa época em que a humanidade pode se
autodestruir, algo que nunca existiu no passado: segundo, já ficou evidente que gastos militares excessivos
reduzem o dinamismo da economia. O Japão de fato já começou há alguns anos, a investir mais recursos no
militarismo, embora de forma cautelosa e sem se lançar na aventura de armas nucleares. E a Europa já tem um
bom poderio militar, até mesmo com bombas atômicas, desde que organize um sistema único de defesa,
coordenando as tropas da Alemanha, do Reino Unido, da França e da Itália, as mais Importantes. Os primeiros
passos para essa unificação das tropas europeias já começaram a ser dados. Não podemos esquecer a China, uma
economia que vem conhecendo notável expansão desde 1980 e já se tornou o segundo PIB (Produto Interno
Bruto) do mundo: também investe na modernização militar e tem bombas atômicas e até sistemas a lançamento
de satélites espaciais próprios. Muitos autores acreditam que estamos assistindo atualmente à emergência da
China como uma nova superpotência militar ou poderá mesmo ser a principal competidora dos Estados Unidos
neste novo século. Com a revolução técnico-científica, ou Terceira Revolução Industrial, o poderio militar também
vem se modernizando. No lugar dos armamentos de destruição em massa — como as bombas atômicas ou de
hidrogênio, as armas químicas e biológicas, etc. — começam a predominar atualmente as chamadas “armas
inteligentes”. Elas consistem na aplicação da informática (chips e programas) e das telecomunicações (satélites,
sistemas de posicionamento global — GPS) nas armas, que se tornam mais precisas, atingindo o alvo com uma
precisão nunca vista antes. Em vez de exterminar milhões de pessoas de forma indiscriminada, esses armamentos
“inteligentes” procuram na medida do possível “dobrar” o inimigo com a destruição de alvos estratégicos (prédios
governamentais e militares, aeroportos, meios de comunicação, pontes e estradas, depósitos de armas, etc.). Com
isso, no lugar da quantidade ou mesmo da força bruta, o que mais conta é a qualidade, a tecnologia. Passa a ser
necessário um número bem menor de militares, porém mais qualificados, daí a crescente incorporação das
mulheres nas forças armadas. Além disso, são necessários os armamentos “inteligentes”, isto é, bem mais caros
(com maior incorporação de tecnologia, principalmente informática) e mais precisos, o que resultarão em um
menor desperdício de munição e em menos baixas. Assim como ria economia, em que a necessidade de elevada
escolaridade é uma exigência cada vez maior, também na guerra isso ocorre. Um pequeno número de pessoas com
conhecimentos em tecnologia avançada pode realizar multo mais do que um grande número de pessoas com as
ferramentas da força bruta do passado.
Exercícios

1) Cite alguns motivos que justificam chamar a nova ordem mundial de multipolar.
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2) Observe o mapa da ordem multipolar no séc. XXI e responda.


a) Quais são os quatro principais polos de poder no mundo?
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b) O Brasil está na área de influência de qual centro de poder?


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3) Por que alguns autores falam numa ordem mono ou unipolar?


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4) Sobre o poder e influência da Rússia nos dias atuais, marque V ou F.


( ) Em teoria, ainda é uma superpotência por causa do seu poderio militar.
( ) Milhares de cientistas que dominavam a tecnologia nuclear saíram do país a procura de melhores salários.
( ) Manter seu arsenal nuclear é algo que custa muito dinheiro, coisa que falta no país.
( ) Sua economia ainda é pouco desenvolvida e com baixa tecnologia.

5) Marque somente os fatores que fazem da China, uma superpotência mundial.


( ) tem a maior população ( ) domina a tecnologia de ponta ( ) sua economia é que mais cresce
( ) é uma potência militar ( ) tem o terceiro maior território

6) Sobre a Nova ordem mundial, complete.


a) Atualmente, o poderio_____________, teve sua importância diminuída. O importante passou ser o
poderio__________________ e_________________.

b) Durante a história, houve a ascensão e declínio de grandes______________, como o


Império________________, na antiguidade, ________________e os_________________nos séculos XV e XVI,
a___________________ no século XVII, o___________________, no século XVIII e XIX e os
__________________________, no século XX e início do XXI.

c) A_________________ vem se tornando a principal competidora dos Estados Unidos por causa dos seus
investimentos na modernização_________________, tem bombas atômicas e até sistema de lançamento de
______________________próprio.

7) Explique o que são “armas inteligentes”.


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