Apresentação TCC

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Boa noite banca, meu nome é Yure Saulo, minha orientadora do anteprojeto é a

professora, doutora Germana Gonçalves, como a de todos aqui, o tema da minha


pesquisa é: TEXTURAS, RELEVOS E SENSAÇÕES: A MANIFESTAÇÃO DO DESIGN NA
INCLUSÃO DO DEFICIENTE VISUAL NA PRÁTICA DE JOGOS POPULARES. Que na minha
proposta, foi escolhido essa manifestação através do baralho tradicional com a
inclusão do sistema Braile nele.

O que me fez chegar nesse tema e me motivou a querer coloca-lo em prática, foi que
desde o início eu sempre soube que queria fazer algo do cunho social, mas o que me
levou ao deficiente visual e ao Braile, nem foi exatamente esse grupo. Porém meu tio é
deficiente auditivo, sem estudo, não sabe libras e com isso fiquei pensando em unir
uma área que gosto muito que é o motion Design com o ensinamento das libras para
pessoas mais velhas que não tem oportunidade de acesso a esse ensino, até que
percebi que seria muito presunçoso eu me colocar como professor de uma linguagem
que nem tenho propriedade, com isso, e também desistindo do Motion,
fui buscar a coisa que mais gosto de fazer que é jogar e por coincidência estava
fazendo um projeto de um briefing para uma empresa na disciplina de identidade
visual com meu amigo e colega de curso Kaio Souza sobre jogos de tabuleiro,
principalmente jogo de cartas,
e isso me fez chegar em uma problemática. Um jogo tão comum quanto o baralho, que
está presente por gerações, mas possuindo uma dinâmica totalmente visual como que
uma pessoa que não enxerga poderia se sentir parte desse momento tão divertido de
um cotidiano? Com isso, comecei a pesquisar sobre jogos especificamente inclusivos
no mercado brasileiro com foco no deficiente visual e os poucos que achei não era
exatamente inclusivo e acabava meio que segregando, como em um exemplo que vi,
era um jogo da memória totalmente baseado em texturas, mas que para jogar com um
amigo vidente não iria servir, pois o visual dos pares não seria oculto, o único jogo
realmente que trazia essa metodologia inclusiva era uma dama, que eu não considero
um jogo totalmente visual, mas era bastante interessante o jeito que foi manipulado o
tabuleiro, com encaixe das peças nele, e também essas peças tinham formatos e
texturas diferentes de acordo com seu time, para conseguir fazer essa separação e
com isso eu percebi a carência do mercado com esses grupos,
mas eu tbm considero que tem uma certa dificuldade de fazer essa interação de
adicionar alguma linguagem nova a algo clássico, como no meu caso que é o baralho,
mas pretendo tomar todo o cuidado me baseado em estudos e metodologia como citei
em todo meu trabalho, a Ergonomia com certeza será meu pilar principal como
Designer, mas também tenho que pensar nesse público, por políticas do Design
inclusivo e Design centrado no usuário buscando entender a relação de sensação deles
com essas certas texturas mesmo.
Inclusive, essa adaptação feita no tabuleiro das damas é algo que também será um
problema a ser resolvido no meu caso, pois mesmo o jogo do baralho não tenha um
tabuleiro, mas ele tem uma distribuição desorganizada do fuça e do descarte das
cartas, pensando nisso, eu pretendo criar uma organização espacial por meio de um
tabuleiro onde teria esse divisão para fuça e descarte criando uma otimização e total
autonomia para o jogador cego também.
Com isso, meu objetivo é, criar um baralho inteiramente inclusivo para o deficiente
visual possibilitando a participação de pessoas videntes e não videntes numa mesma
partida, garantindo a permanência da dinâmica do jogo e sua praticidade.
O resultado que quero com esse projeto, é que eu consiga impactar o mercado, e
trazer esses pensamentos sobre criação de mais produtos em relação a esse grupo
social não ficando só nessa área da diversão, mas que exista esse pensamento
inclusivo e universal.
Busco também incentivar a área do Design, dando abertura e iniciativa para mais
ideias e surgimentos de práticas do Design inclusivo, Design social, Design centrado no
usuário, pois como vi no meu estudo, mesmo sendo uma área bastante falada, não se
tem muita energia e conhecimento concreto voltada para ela.
Por fim, e o principal ponto, é gerar mudança nessa inserção do deficiente visual nos
meios mais comuns de interação. porque trazer esse jogo visual que é tão comum e ao
mesmo tempo ele possuir o poder inclusivo de que mesmo um não vidente consiga
jogar, e se sentir totalmente envolvido e no controle de suas jogadas, trazer essa
autonomia mesmo, esse sentimento de disputa, de estratégia, vai ser incrível para
mim.
Com isso, finalizo minha apresentação com essa frase do Paulo Henrique Ferreira
Fontoura Júnior:
“Geralmente, os jogos proporcionam experiencias compostas de desafios, objetivos,
recompensas e raciocínio lógico. Essa mistura de elementos faz destes recursos
objetos de interesse singular para as pessoas”,
e eu como um jogador frequente concordo totalmente com isso e vendo a inovação
em jogos virtuais como the last of us, que traz mais de 600 configurações de
acessibilidade, todo um sistema de voz, mapeamento de som e assistência que
permite o deficiente visual completar o jogo com total autonomia, e eu também quero
trazer essa inclusão para jogos clássicos e manuais.
É isso, Obrigado!

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