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O SUICÍDIO

Novamente sonhava com a paisagem que me aterrorizava a mente nas longas noites
de sono, mas dessa vez não conseguia acordar-me de tal sonho, as ilusões estavam
muito tensas para serem desfeitas de minha cabeça, e eu estava ligado tão
profundamente como se não houvesse outro lugar para eu estar se não ali, sentia meu
corpo em transe com as imagens fenomenais que surgiam daquelas lindas árvores e
suas flores, parecendo mais real do que a própria realidade.

— Keneb... Keneb... Ken... — Alguém no meio da natureza que rondava-me,


sussurrava meu nome lentamente, como se pedisse socorro disfarçando a delicadeza
de sua voz feminina, num tom tão carinhoso, parecendo com um canto lírico.

Eu procurava incessantemente da onde vinha aquele chamado musical, mas não


encontrava vida alguma a não serem as árvores ao meu redor.

Quem me chamava constantemente?

Sentia a presença de alguém, mas não o via, era uma sensação de conforto e ao
mesmo tempo incômodo.

Uma brisa gélida soou em meu rosto, trazendo consigo as mágicas pétalas das flores
caídas ao chão, como se fossem borboletas em perfeita união, subiam e desciam
apenas a alguns metros em minha frente, se acumulando como se fossem metais
encontrando seu centro feito de imã, e se transformando em algo único e muito maior.

Uma bela moça surgia na frente de meus olhos, no que antes fora simples pétalas
flutuantes, a brilhante luz do luar beneficiava-me a analisar tal criatura: alta, esbelta,
com seus olhos mestiços como se fossem orientais, da cor cinza como a lua brilhante
no céu daquela noite imaginária; estava usando um belo vestido de seda, da cor
vibrante das flores, que arrastava-se pelo gramado, vindo em minha direção; seus
braços finos e pálidos estavam descobertos até a altura dos ombros; seus cabelos
extremamente lisos escuros e brilhosos, longos com as pontas encostando em seu
quadril, se deixavam levar pela brisa do vento. Mostrava-me perfeitamente sua feição
e pelo mais incrível que pareça, conhecia aquela mulher, sabia quem ela era de
verdade, mas não queria acreditar, pois seria um fardo mais doloroso do que se pode
imaginar, e questões feitas a mim por eu mesmo, com respostas inesperadas
poderiam me causar grande impacto psicológico. Não era um simples sonho, era uma
lembrança que vinha a tona em minha mente.

Um sorriso carinhoso apareceu em seu rosto delicado definiu literalmente quem ela
era para mim. Recordando-me de suas feições, pensei comigo mesmo: “Ela é de
fato... minha verdadeira mãe”. Ou seja, minha mãe biológica.
Acordei num pulo assustado assim que recordei quem era aquela mulher, com um
suspiro tão profundo que mais parecia uma ressurreição inadequada ao momento, me
impulsionando com o corpo para frente posicionando-me a sentar-se sobre a cama.

Eu me arrependia de ter deitado cedo para poder relaxar após o atrito que Margarida e
eu tivemos naquela tarde, pois resultara-se num sonho, pesadelo, sobrenatural.

Tudo começou a fazer sentido para mim após aquele sonho, as mentiras que
conviviam comigo estava desvendada pelas imagens que tivera naquele sonho. Por
isso meus pais me tratavam diferente, — ou pelo menos imaginava que eles eram
meus pais — como se eu não passasse de um estranho dentro de sua casa, em baixo
de seu teto, e não pelo fato de eu ter deficiência. Bem que já era de se esperar, pois
minhas feições eram bem diferentes do casal que me criara até agora.

Queria “explodir” naquele instante, não sabia como minha mãe biológica aparecera em
minha mente, mas sabia que ela existia e era realmente minha verdadeira mãe.

“Como ela foi parar no meu subconsciente?”

“Como eu tinha tanta certeza de que ela era minha mãe?”

“Por que tive aquele sonho em minha paisagem constante?”

As dúvidas começaram a se formar em minha mente, como um bolo de neve se


acumulando descendo a ladeira de uma enregelada montanha.

Levantei-me da cama rapidamente, sem se preocupar se sairia derrubando os moveis


do quarto pelo fato de estar sem óculos, nem me importava com a bengala que me
ajudara a anos.

Cambaleando fui em direção a porta do quarto, deixei-a aberta assim que sai do
cômodo atordoado.

Minha mãe estava na cozinha preparando a janta, concentrada em mexer a


escumadeira em formas de circulo, a colher dentro da panela, que cozinhava algo
muito cheiroso, mas que não me distrairá de tal segredo que acabara de descobrir.

Ela se virou rapidamente em minha direção assim que ouviu o barulho que eu causava
entre o percurso que cometia, por causa de ter que se apoiar em cada objeto que
estivesse a minha frente com os braços, deixando-os caírem ao chão, para eu não cair
ao chão como esterco sendo jogado na lavoura, a diferença entre eu e a merda: é que
merda teria algum fim útil a humanidade, e eu naquele exato momento não.

— Keneb... que susto! Cadê sua bengal...

— Quando vocês iriam me contar a verdade!? — Interrompendo-a perguntei-lhe


atônito, antes dela me fazer uma pergunta.

— Mas do que você está falando? — Seu rosto transparecia irônico e duvidoso sobre
o que lhe tinha inquirido, me respondendo com outra pergunta, mas ela já sabia qual
era a resposta, deveria querer ter certeza se era o mesmo assunto que destorcia em
minha cabeça, pois sua feição denunciava que ela sabia a respeito do segredo
revelado por um sonho.

— Você sabe do que estou falando... não se faça de boba...— eu não conseguia
pronunciar as palavras lentamente — você não é minha mãe biológica! Não passa de
uma farsa!

Eu estava sendo ingênuo, não pensava no impacto que minhas palavras poderiam
trazer antes de pronunciá-las. Como se ela tivesse levado um tiro no peito, a mulher
que eu pensava conhecer durante minha vida toda, não passava de uma estranha
para mim naquele momento, e o que eu tinha acabado de dizer-lhe foi mais do que
uma ofensa para ela. Sua feição fechou-se rapidamente como o céu se fecha num dia
de muito calor para uma longa tempestade.

Seus passos em minha direção pareceram-me vultos de tão rápidos que se


locomoviam. Seu braço direito se levantou e com um golpe certeiro em meu rosto com
sua gélida mão, fazendo um estrondo ressonar entre as paredes da cozinha, seus
cabelos loiros que estavam presos num rabo de cavalo, soltaram-se como se
supusessem o ato de sua dona ser de alta veracidade, me fizeram dar alguns passos
para trás, sentindo minha bochecha arder imediatamente após o intenso impacto de
carne contra carne.

Coloquei minhas mãos ao rosto quente no local atingido, não acreditando no que ela
acabara de fazer, nunca antes se quer relou um dedo em mim, e agora sentia seus
dedos marcados na minha face. Bem que eu mereci tal brutalidade, pois aquelas
palavras foram mesmo inadequadas.

Olhei bem nos seus olhos cheios de lágrimas, profundamente, percebendo o


arrependimento do seu ato na iluminação que refletia da luz naqueles olhos azuis.
Suas mãos socorreram sua boca entre aberta, ela também deveria não acreditar no
que acabara de fazer comigo.

O silêncio era a única barreira entre nós dois, duraram segundos, mas pareciam uma
eternidade.

— Me desculpe filho... não tive a intenção de te machucar... — Suas mãos ainda


permaneciam entre sua boca enquanto me dizia. — o que eu fiz? — Retirando suas
mãos do posto, ela perguntava a si mesma, dessa vez olhando para as suas mãos,
que causou-me espanto, com as palmas abertas.

Lágrimas escorriam de seu rosto, e como se eu fosse um espelho, imitei-a


instintivamente.

— Eu não sou sua mãe biológica, nem Vanderson é seu pai biológico... — Sua voz
estava mais alta e grave do que de costume. Estava a dois passos de distancia de
mim, fazendo-me querer recuar alguns metros a mais para que pudesse precaver
outro ataque. — mas nunca deixamos de lhe tratar como filho... então não nos trate
como qualquer um!

Sua voz ressonava tremula, aquele assunto a abalara por completo. Novamente
pensava o quanto fui ingênuo de não pensar antes de lhe falar tais palavras
vergonhosas, mas aquele assunto não era de se ignorar facilmente. A consciência me
pesava por completo.

— Eu quem lhe peço desculpas... “mãe”... — Ao pronunciar a última palavra, foi como
se nunca antes a tivera ouvido.

— O que você queria... que eu e seu... “pai”, lhe falassem a verdade? — “Sim”,
imaginei. — Você já se sente mal por andar desse jeito,— ela apontava para minhas
pernas — não queríamos que você se sentisse mais inútil do que já se sente.

Aquela frase doeu-me profundamente, preferia que ela me desse outro tapa do que ter
que ouvir tais palavras. Ela não percebeu o que acabara de pronunciar, mas por ter
visto meu feitio, sabia de que não era nada bom, como eu fui ingênuo antes, ela foi
ingênua agora, de certa forma nós tínhamos uma ligação.

Simplesmente virei minhas costas a ela e fui novamente em direção ao quarto, não
conseguia conter a enchente de água que saia de meus olhos.

— Keneb... volte! — Gritos lhe escaparam da boca. — Não terminei de falar ainda!

Não queria mais dar-lhe ouvidos, minha cabeça doía como se a tivesse encontrado
com a parede, continuei caminhando até o quarto e bati a porta com tamanha força
antes dela alcançar-me para continuar sua palestra desanimadora, creio que até
mesmo os vizinhos tenham ouvido.

Estava cansado de ser excluído de assuntos familiares com desdém, aquele de fato
era um segredo que deveria ser compartilhado comigo, dessa vez, me sentia
literalmente inútil, um vegetal ambulante, e graças a um estranho sonho que me
mostrou a realidade, vi-me entre uma decisão que mudaria minha vida com certeza.

A depressão me dominava a algum tempo, sempre se sentindo inútil, não tendo


amigos nem ao mínimo inimigos, não tinha mais motivos além do trabalho com a arte
de pintar, que também foi roubado por quem acreditei ser minha verdadeira mãe, mas
novamente me iludia com sonhos inadequados.

“Nunca irei achar alguém que me ame pelo que sou!” “Nunca serei feliz!” “Nunca terei
uma família de verdade.” Refletia comigo mesmo embaixo dos cobertores,
consequentemente me fazendo tomar uma decisão monstruosa:... o suicídio.

Suicídio era a única escapatória para pessoas como eu. Será que era uma escapatória
mesmo? Na verdade, era a forma de pessoas fracas pensarem, em não ir de cara com
os problemas para poder enfrentá-los, o suicídio era mais convincente, e naquele
momento me sentia mais fraco do que nunca. Não tinha apoio emocional, a não ser a
morte.
Olhei para meu celular, para saber quantas horas tinham se passado após a
discussão que tivera com Margarida na cozinha. — Não conseguia mais pensar nela
como se fosse minha mãe. — O relógio mostrava onze horas e vinte e nove minutos.
Todos dentro da casa já deveriam estar dormindo. Era a hora perfeita para eu praticar
tal pensamento abominável.

Levantei-me da cama lentamente para não fazer barulhos e acabar acordando o casal
que dormia no quarto a frente do meu quarto. Ajustei meus óculos, abri meu guarda
roupas e escolhi minhas melhores peças do vestuário, como se fosse um dia de
celebração importante, e sinceramente era, pois seria o último dia de minha vida.

Após me trocar, parei-me na frente do espelho por um segundo, olhando a vergonha


em que eu era a mim mesmo, eu usava um belo macacão jeans de camponês que
ganhara da querida vizinha, a senhora Selena, que me dera no dia de meu aniversário
do ano passado, e uma camisa branca, minha preferida, e nos pés uma bota marrom
de couro, que eu comprara com o dinheiro da minha penúltima obra de arte, não era
nada de um preço em dinheiro alto, eu gostava muito de ser humilde, naquele
momento queria me sentir de certa forma... bem. Mesmo Selena sendo um doce, não
era diferente de Margarida e Vanderson. Aquelas lágrimas de solidão não me
abandonavam nem sequer por um instante de meu rosto, eram as únicas
companheiras que tinha durante minha vida toda.

Fui em direção a escrivaninha que ficava ao lado direito da cabeceira da cama, peguei
meu celular coloquei no bolso do macacão que ficava no centro do peito e parti para a
janela do quarto, abrindo-a cuidadosamente. Joguei minha bengala do lado de fora e
logo depois passei minhas pernas bambas de nervosismo.

Sabia onde iria cometer tal ato desastroso, caminhando passo após passo, contando
os últimos segundos de minha vida, estava indo em direção as Montanhas Do Norte,
para pular do penhasco que me levaria aos rochedos envolta do lago Sereno. Morte
instantânea, e sabia que anjos não existiam, então... por que temer a morte? Algo me
dizia que aquelas montanhas seriam o local perfeito para a minha morte.

Após um tempo de caminhada, ao atravessar as árvores, cheguei as benditas


Montanhas Do Norte, tremulo e com a respiração forjada a acelerar sua velocidade
cadê vez que chegava mais próximo ao penhasco.

Queria que minha vida fosse diferente e não terminasse daquela maneira, mas seria
preciso colocar um ponto final na história, e não tinha opções para escolher entre o
certo e o errado, apenas teria que continuar meu percurso sem olhar para trás, para o
doloroso passado. Eu estava determinado de mais para voltar a trás.

Meu celular começou a tocar no bolso do macacão, fazendo-me dar um pequeno pulo
de espanto para trás.

Peguei o aparelho e olhei para ver quem me ligava, percebi que já era mais de meia
noite e meia, não parecia o número do telefone de quem me ligava na tela do celular,
somente mostrava desconhecido. “Quem ligava para mim?”, pensei comigo. Não
importei-me com tal ligação, desliguei o celular e fui em direção ao meu destino,
aquela ligação telefônica não iria me abalar ou mudar minha opinião. Um grande erro
que eu não queria ver.

Sentimentos recíprocos nasciam e morriam constantemente, pessoas se suicidavam


desde os tempos medievais, não faria diferença morrer naquele lugar, seria um a
menos na humanidade, um valor insignificante, mais um peso de carne inútil.

O penhasco estava a dois passos em minha frente, agora seria a hora correta de
tomar coragem e pular nos braços da morte. O vento sussurrava em meus ouvidos
vozes de desespero, gélidas e agitadas, fazendo meus cabelos dançarem conforme a
música imaginária decorria. Minhas pernas estavam tremulas de ansiedade para pular,
e não me obedeciam como naturalmente faziam.

Levantando minha cabeça deixando-a pensa para trás, olhei para o límpido céu
iluminado pelo luar daquela noite, um fenômeno incrível, lembrava-me o “sonho” que
tinha vendido ao senhor Thomas naquela tarde. As estrelas golpeavam meus olhos
molhados, como se fossem vagalumes. Queria morrer do jeito da história que
considerava predileta, que Margarida me contara, mas nessa história realista que a
vida nos propõe... não haveria sobrevivente, pois se Deus não existia, não existiria
anjos.— Novamente me iludia, não querendo acreditar em milagres de seres divinos.

Arrastava minhas pernas ao precipício, o difícil seria pular, mas após tal feito, tudo se
tornaria mais fácil. Admirei o formato da rosa que tinha no apoio de mão que ficava na
superfície da bengala, era lindo de se olhar, um objeto que me ajudara durante anos e
somente agora via o quanto era belo e precioso, suas pétalas de madeira eram tão
modeladas que pareciam ter nascido no objeto de apoio e não sido feitas por alguém
cuja obra de arte era fenomenal. Larguei o objeto ao chão, o único que me apoiou
durante esse tempo todo. Retirei meus óculos e o coloquei no bolso do macacão junto
ao celular, e lentamente deixei meu corpo sucumbir.

Por um instante vi minha vida inteira passar por minha mente, senti que a ponta de
meus pés já não tinha mais apoio, e deixando se levar por ralé, meu corpo se inclinou
como se fosse uma árvore cortada próximo à raiz.

Margarida, Vanderson, a escola, a vizinha, minha verdadeira mãe, o senhor Thomas,


todos entre outras pessoas que marcaram minha vida, passaram por minha mente
como se fosse um fleche duma câmera digital de tirar fotos.

Me sentia mais leve do que o normal, mas minha consciência pesava, “Deus existe?”,
cogitei impaciente, “Me perdoaria?”, meu corpo parecia amortecido por causa da
gravidade da terra que me puxava para os rochedos.

Fechei meus olhos e esperei o impacto chegar vitorioso, tirando todas aquelas
lembranças que a vida nos proporcionava. Meu coração batia desregulamente, parecia
que iria sair pela boca. “Adeus... vida!”, foram as únicas palavras que passaram em
minha cabeça.

Alguns centímetros antes de colidir de cara com a morte, ouvi um barulho de bater de
asas alargando-se conforme chegava mais perto, vindo por trás de mim, zumbindo em
meus ouvidos. Dois ganchos macios me agarraram pelo tórax, passando por minhas
costas abraçando-me firmemente, como se desejasse meu corpo mais que tudo, eram
dois braços fortes, cobiçosos e com uma pele tão macia quanto a mais natural seda já
fabricada.

De repente, com um impacto doloroso ao meu peito causado por aqueles fortes braços
que me pressionava, fazendo-me suspirar com falta de ar, fez o percurso ao chão
mudar, planando na superfície do lago instantaneamente, alguém me carregava em
direção a margem do outro lado do lago Sereno, salvando-me do suicídio. Lá no
fundo, bem no fundo, em meu interior, eu agradecia por não ter morrido.

Não poderia ser real, não tinha como ser real, era para eu estar morto nesse exato
segundo, aquilo deveria ser mero sonho após a morte, pois não existiam pessoas que
pudessem voar sem um automóvel com motor e asas.

Abri meus olhos exaustos lentamente, dessa vez acreditando que não era um sonho,
mas sim um milagre. Além de ver meu reflexo sobre a água que a luz do luar me
proporcionava, vi uma criatura me carregar, mas graças a velocidade do voo não
conseguia ver claramente sua fisionomia, apenas conseguia ver suas belas formas. O
ser tinha asas: uma branca, como se fosse de um pombo, e a outra negra, como se
fosse de um morcego, cada qual dava o dobro de seu tamanho quando abertas por
total comprimento, de ponta a ponta na horizontal, era incrivelmente fabuloso. Imaginei
o Anjo da história que minha “mãe” contara-me quando criança todas as noites antes
de dormir, parecia ser verídico, mas não tinha certeza se era mesmo um anjo, pois
pelo que aprendi sobre a criatura milagrosa, eles não tinham asas negras iguais a de
um morcego.

Minha respiração começara a falhar por conta da monstruosa força que foi depositada
ao meu peito, e antes que pudesse admirar algo a mais daquele belo ser, meus olhos
sucumbiram num sono profundo, desejando não serem abertos por um longo tempo.

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