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Manual de Evangelismo e Discipulado
Manual de Evangelismo e Discipulado
Este trabalho tem como objetivo ser uma ferramenta de trabalho eficiente, para preparação de
obreiros que desejam cumprir o seu papel, sua vocação ministerial com eficácia.
geradas pelo inferno, com o propósito de fazer com que a igreja do Senhor Jesus Cristo, perda sua
identidade e se desvie de sua verdadeira missão. A igreja tem vivido um tempo de muitas misturas, e
isto tem feito com que a igreja perca o seu poder de impacto, sobre a sociedade moderna.
A igreja do Senhor Jesus tem sido entulhada com um sincretismo doutrinário aterrorizador.
Nunca houve uma necessidade tão grande de homens e mulheres que saiam na defesa da fé cristã,
para isto é necessário o conhecimento das escrituras, e dos fundamentos doutrinários pelos quais
norteiam a fé cristã.
voltar urgentemente a caminhar em direção à Cristo. Uma igreja bem fundamentada é uma igreja que
Introdução
Evangelismo é a resposta de Deus para o mundo que geme. Não é algo que foi inventado
recentemente, não é uma técnica que foi usada pelos reformadores nem tão pouco pala igreja do
século XXI.
Evangelismo é o instrumento que Deus usa para a transmissão da sua maravilhosa e poderosa
mensagem. Evangelismo é um trabalho de iniciativa divina, não nasceu na mente humana, mas no
O verbo Evangelizar aparece 52 vezes no novo testamento. Suas derivações são da palavra
I - FORMAS DE EVANGELISMO
1 - Evangelismo pessoal
O evangelismo pessoal se completa através do coletivo, não deve ser separado, pois os dois
fazem o evangelismo completo. Todo o crente é um evangelista e deve ser hábil a levar pessoas a
Cristo, através do dialogo (não contenda), usando evangelhos ou porções bíblicas, folhetos, jornais e
revistas.
2 - Evangelismo coletivo
É a proclamação de Cristo a um grupo de pessoas no templo, ar livre, lares, escolas etc.
3 - Discipulado
É disciplinar uma pessoa através da influência do convívio do crente com ela. O exemplo da
A vida comunitária, familiar, social, comercial do cristão deve dizer ao mundo que Cristo está
nele.
4 - Organizações filantrópicas
Desafios jovens.
Escolas evangélicas.
Há pessoas que nunca aceitarão o convite para assistir um culto no templo, mas se forem
convidados a uma classe bíblica em sua residência, não haverá objeção. Fazendo convite aos
6 - Acampamentos
toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado”.
coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos
séculos”.
3 - Avisar os pecadores a respeito do seu caminho mal - EZ 33.7-9 – “A ti, pois, ó filho do homem,
te constituí por atalaia sobre a casa de Israel; tu, pois, ouvirás a palavra da minha boca e lhe darás
aviso da minha parte. Se eu disser ao ímpio: Ó ímpio, certamente morrerás; e tu não falares, para
dissuadir ao ímpio do seu caminho, morrerá esse ímpio na sua iniquidade, porém o seu sangue eu o
requererei da tua mão. Mas, se advertires o ímpio do seu caminho, para que dele se converta, e ele
não se converter do seu caminho, ele morrerá na sua iniquidade; mas tu livraste a tua alma”.
5 - Mostrar a providência de Deus para ele - RM 6.23 – “Porque o salário do pecado é a morte,
mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna por Cristo Jesus, nosso Senhor”.
1 - Cristo ordenou - MC 16.15 – “E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda
criatura”.
2 - O homem está perdido –Rm 3:23;6:23 –Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de
Deus.O salário do pecado é a morte ,mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna”.
3 - O evangelho é o poder de Deus para salvação - Rm 1.16 – “Porque não me envergonho do
evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do
4 - Para que creiam em Cristo - JO 7.38 – “Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior
5 - Para provocar sede espiritual - JO 7.37 – “No último dia, o grande dia da festa, levantou-se
O mundo sofre uma hidrofobia espiritual, o que o faz não almejar a água da vida - Cristo.
A presença da igreja no mundo e sua pregação é o elemento que provoca sede (somos o sal da
terra) - MT 5.13 – “Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o
sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora ser pisado pelos homens”. CL 4.6 – “A vossa
palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para saberdes como deveis responder a cada
um”.
O crente deve influenciar o meio em que vive sem ser influenciado. Provocar nas pessoas
6 - Ganhar almas eleva a espiritualidade do crente - LC 6.38 – “dai, e dar-se-vos-á; boa medida,
recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos darão; porque com a medida com que
7 - É uma tarefa a cumprir - MT 24.14 – “E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo,
8 - Quem ganha almas sábio é –Pv 11:30- “O fruto do justo é árvore de vida,e o que ganha almas
sábio é”.
IV - COMO EVANGELIZAR?
1 - Através do diálogo (João 4)
Por meio de uma pergunta - Você é feliz? Você é crente? Você já ouviu falar de Cristo?
Pressa.
Polêmica.
Ofensa.
Educação (com licença, por favor, obrigado, não há de quê, Pois não).
principalmente quando for do sexo oposto. A ética nos ensina a respeitar os direitos alheio).
Partir do conceito para o desconhecido (Não usar palavras desconhecidas, trabalhe dentro
Orar com a pessoa mesmo que ela não aceite Cristo como Senhor e Salvador.
2 - Usando todos os meios lícitos e possíveis (1 Co 9.22-23).
Os meios de transporte.
A imprensa.
O telégrafo.
O rádio.
O teatro.
A música.
A retórica em geral.
V - ONDE EVANGELIZAR?
Nos templos.
Nas ruas.
Nas praias.
Nos hospitais.
Nas cadeias.
Nos quartéis.
Por todos os lugares (o campo é o mundo, ide por todo mundo, a toda criatura, até os confins da
Durante o primeiro século, a igreja fez mais do que nos 20 séculos consecutivos.
No tempo dos apóstolos, a população mundial era de 250 milhões. Os meios de transporte eram
subdesenvolvidos, poucas estradas; não tinham imprensa, discos ou cassetes. O mundo era muito
atrasado em questão de tecnologia e comunicação, mesmo assim, Paulo nos dá a entender que
Em 1650, o mundo atingiu quinhentos milhões de habitantes (1500 anos levaram para dobrar a
população). Em 1850, redobrou, atingindo um bilhão. Em 1930, chegou a dois bilhões e em 1975, aos
Quadro espiritual
Dos oito bilhões de pessoas no mundo, só três bilhões são cristãos entre verdadeiros e
nominais. Um bilhão e meio vive entre cristãos, três bilhões e meio vivem isolados de qualquer
Cada geração de cristão é responsável por sua geração. A igreja atual terá que responder a
Deus por estes três bilhões e meio, que vivem isolados. Somos privilegiados com os meios de
recursos técnicos, temos os recursos divinos, mas faltam-nos recursos humanos, isto é, homens
disponíveis à Deus.
EZ 22.30 – “Busquei entre eles um homem que tapasse o muro e se colocasse na brecha perante
mim, a favor desta terra, para que eu não a destruísse; mas a ninguém achei”. MT 9.37 – “E, então,
se dirigiu a seus discípulos: A seara, na verdade, é grande, mas os trabalhadores são poucos”.
Levantai os olhos.... Vedes os campos... estão brancos para a ceifa... e se não houver colheita
haverá perda. Cada geração é uma seara madura. Portanto, ide e ceifai antes que seja tarde.
Talvez, não iremos pessoalmente aos confins da terra, mas poderemos ir por meio das orações,
contribuições financeiras (Mt 9.37-38), fortalecendo a igreja local, para que esses o alcance. Fomos
VI - QUANDO EVANGELIZAR?
1 - A tempo e fora de tempo.
Embora para tudo haja “o seu tempo determinado” (Ec 3.1), contudo, para a salvação de almas
3 - Agora (2 Co 6.2).
O desafio do tempo
O tempo é um dos maiores desafios da igreja. Os discípulos disseram: “ainda faltam quatro
O tempo é um desafio com relação à duração da vida humana, que é de 70 anos (Sl 90.10) –
Reafirmando o que fora dito, que há no mundo mais de três bilhões e meio de pessoas que
nunca ouviram o Evangelho. Quanto tempo levaríamos para evangelizar este povo? Levaríamos 87
anos evangelizando uma pessoa por segundo e com o crescimento populacional parado. Cremos que
nesses lugares a igreja não está evangelizando uma pessoa por segundo. Elas vivem aonde não há
presença de crentes.
O tempo nos desafia com relação à morte. Morrem no mundo 240 mil pessoas por dia, 10 mil
pessoa por ano, um milhão por mês e 300 mil por dia.
Há um índice de 60 mil conversões por dia, mas isso é muito pouco em relação aos 300 mil
nascimentos diários.
A - Do novo nascimento.
O evangelista deve possuir uma certeza íntima e profunda de uma experiência pessoal com
Cristo.
A salvação é uma obra consumada por nós, em nós e através de nós. Só estamos credenciados
1 TM 3.7 – “Pelo contrário, é necessário que ele tenha bom testemunho dos de fora, a fim de não cair
Pregue aquilo que você crê e viva aquilo que você prega. O pecador não será liberto pela
beleza do seu sermão, mas pela beleza que transformou sua vida. Cristo não disse para darmos
testemunho apenas, mas para sermos testemunhas. AT 1.8 – “mas recebereis poder, ao descer
sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia
Elizeu (2 Rs 4.9).
2 - Seus cuidados.
“Tem cuidado de ti mesmo...” “...porque fazendo isto, te salvará tanto a ti mesmo, como aos que
te ouvem”.
O pregador deve ter afinidade com Cristo, com a bíblia e com oração, para manter sua
espiritualidade firme.
Deve reconhecer que a tarefa de levar almas à Cristo é uma obra espiritual e o cultivo da
espiritualidade é a fonte de energia de quem evangeliza. Horas e mais horas de oração, é necessário
“Fale com Deus a respeito dos homens, antes de falar aos homens a respeito de Deus”
(Wesley Duwell).
Ser cheio do Espírito Santo. É o Espírito Santo que capacita o crente a trabalhar, é o Espírito
Todo crente que evangeliza deve ter a certeza de que sua vida é cheia do Espírito Santo.
O Espírito Santo nos prepara: Guia-nos em toda a verdade (Jo 16.8-11); ensina-nos o que falar
(Lc 12.12); lembra-nos da palavra (Jo 12.26); ajudá-nos em nossas fraquezas (Rm 2.26; 2 Co 3.5-6);
ajudá-nos a orar como convém (Rm 8.26; Ef 6.18); dá-nos autoridade para falar (At 4.33); capacitá-
“Persiste em ler”...
“São inexplicáveis os danos sofridos pelo evangelista e pela obra de Deus em geral, por causa
O evangelista deve ler não somente a bíblia, mas também é recomendável que se prepare
Se for possível, adquirir conhecimento da natureza humana em geral, história geral, psicologia,
sociologia, antropologia cultural, ética, filosofia, e estar informado acerca do que se passa no mundo.
Quem evangeliza deve cuidar de sua aparência, saúde, higiene etc. (exercícios físicos,
Nosso corpo é o templo do Espírito Santo, e por isso deve ser mantido cuidadosamente, “se
Atitudes são normas de proceder e o crente deve atinar para suas atitudes ao tratar com as
* Controle emocional.
* Cavalheirismo, diplomacia.
* Sensatez (cuidado para não ser motivo de zombaria, sofrer por amor a Cristo é uma coisa sofrer por
Oferecer o folheto com um sorriso e com as seguintes palavras: “Boa tarde quero lhe oferecer
uma mensagem importante; uma palavra de Deus para a tua vida; algo importante para sua vida”.
Cultos ao ar livre.
IS 53.6 – “Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho,
IS 64.6 – “Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo da
imundícia; todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniquidades, como um vento, nos
arrebatam”.
si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas
transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e
JO 3.16 – “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo
RM 5.8 – “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós,
1 TM 1.15 – “Fiel é a palavra e digna de toda aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar
JO 5.24 – “Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me
enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida”.
RM 10.13 – “Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo”.
1 JO 1.9 - “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos
Introdução
A integração e o discipulado são duas áreas do ministério cristão que caminham juntas,
discipulado e a integração do mesmo. Não há integração sem discipulado, como também não há
A falta de empenho por parte da igreja em discipular os novos convertidos, tem sido a causa
destes não permanecerem na sua nova vida, chegando assim até o batismo.
Segundo as estatísticas, 95% dos novos convertidos não permanecem na igreja. A razão desta
deficiência está na falta de sustentação da fé do novo convertido em seus primeiros dias de vida
cristã.
I - O QUE É INTEGRAÇÃO?
prolonga até que o novo crente esteja, de fato, integrado ao serviço cristão, e possa ele próprio
referidas têm a ver com a maneira pela qual o novo convertido é recebido na igreja, mesmo antes da
conversão.
É o exercício de amor para com os perdidos. Não basta amar por palavras. As ações falam
mais altas e, quando o fruto das motivações são corretas, indicam o grau de amor que se tem pelo
próximo. Em relação aos perdidos, só um coração apaixonado, tudo fará para vê-los integrados ao
corpo de Cristo.
encontra. Uma atitude hostil, por menor que seja, quebra este elo.
relações públicas da igreja, responsáveis pela recepção não só aos crentes, mas principalmente aos
visitantes. São os introdutores, que estabelecem o primeiro contato com os que estão chegando, e
estejam imbuídos da mesma expectativa em relação aos não crentes. Oferecer o lugar que está
C - Com o propósito do culto: É necessário que a filosofia do culto, tenha como propósito a
à frente, na hora do apelo, anotar os seus nomes e endereços, oferecendo-lhes as boas vindas ao
A - O poder da atração: A atração é o efeito que a igreja exerce sobre a comunidade. A melhor
atração é aquela que se opera através do bom relacionamento, estabelecido através do bom
B - A importância da atração: A vida é construída à base da atração. Nada se faz sem ela. A
criança é atraída pelo brinquedo, o matrimônio é o resultado da atração mútua, enfim, não há
nenhuma área em que a atração não esteja presente. O próprio Jesus declarou: “... a todos atrairei a
mim”.
encontrar o ponto de contato, como fez o apóstolo Paulo no areópago, para que se exerça a atração.
O problema é que os métodos usados no momento pelas igrejas, muitas das vezes tem
A literatura apropriada.
A carta pastoral.
O início do discipulado.
IV - O QUE É DISCIPULADO?
Quando a igreja queima etapas, não proporcionando alimentação adequada para o novo
B - O embasamento bíblico do discipulado: A ordem de Cristo foi bem mais ampla do que
simplesmente levar pecadores à conversão. MT 28.19 – “Portanto ide, fazei discípulos de todas as
O trabalho do ganhador de almas só será concretizado quando Cristo for gerado em cada novo
crente através do discipulado. Paulo recomendou: 2 TM 2.2 – “E o que de mim, entre muitas
testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os
outros”.
A - O discipulado individual: Neste ponto, o crente adota um novo convertido e o acompanha até
B - O discipulado coletivo: Neste caso, o discipulador se responsabiliza por um grupo, que pode ser
a classe de novos convertidos, a escola dominical, ou um núcleo de estudo bíblico nos lares.
C - O uso de uma literatura específica: É necessário usar uma literatura apropriada para o
discipulado.
Bebês espirituais têm de ser tratados da mesma maneira que os pais físicos tratam seus bebês. Com
Preparo espiritual.
Preparo bíblico.
Facilidade de relacionamento.
VI - OS FRUTOS DO DISCIPULADO.
A - Colheita mais produtiva: As pessoas que forem ceifadas permanecerão na igreja, e logo mais,
B - Crentes enraizados: Os crentes terão raízes profundas, o que permitirá que os mesmos resistam
C - Redução do número dos desviados: As pessoas criarão vínculos com a fé que agora
professam, e assim sendo, a “porta dos fundos deixará de ser maior que a porta da frente”.
Espírito Santo.
E - Obreiros bem preparados: Sabe-se, através da experiência, que os melhores obreiros são os
que receberam boa formação quando novos crentes, através da escola dominical.
F - Antídoto contra as heresias: Quantos crentes que caem nas armadilhas das seitas e heresias,
A - Aumento dos desviados: Este é o cenário atual da igreja. A falta de sustentabilidade da fé leva
B - Crentes enfraquecidos: Muitos do nosso meio não sabem a razão da vossa fé.
C - Presas fáceis das heresias: Se não tem como explicar as razões de sua fé, eles serão
E - Igrejas sem paixão pelas almas: A insensibilidade por parte da igreja moderna, em relação às
almas perdidas, com certeza é o reflexo de uma igreja, que não foi bem instruída a respeito dos
discipulado. Isto é, ganhamos as almas, depois não mais as encontramos na igreja. Nós batizamos
20% das pessoas que se decidem na igreja. Quais as causas deste tão grande prejuízo?
B - Falta de visitação: Os novos convertidos, na maioria das igrejas são esquecidos e nunca
C - Falta de integração: Os novos convertidos são imaturos espiritualmente falando, não tem uma
visão nítida da obra, de seus privilégios e deveres cristãos, não se integram na igreja, ficam
raquíticos, não crescem por falta de alimento espiritual e a igreja não cresce apesar de muitas
decisões.
A integração deve ser feita pelos cristãos mais experientes através do diálogo, do ensino, do
Os crentes judeus planejaram a integração dos gentios, novos convertidos (At 15.13; 20.33).
Paulo fez a integração dos crentes de Efésios que até então, ignoravam as bênçãos do Batismo
Amor.
Alimentação.
Ensino.
A – Visitação.
Deve haver uma equipe de visitação de pelo menos duas pessoas, algumas vezes por semana.
Deve ser constante, rápida e objetiva. Deve estar preparada biblicamente para responder às
A equipe deve acompanhar o neófito até o batismo. Deve haver alguém responsável para
Certeza da salvação.
Confissão de pecados.
2 - Lições pós-batismo:
Finanças.
Consciência limpa.
Interpretação bíblica.
Apologia.
IX - COMO DISCIPULAR
Discipular era a palavra favorita de Cristo, para aqueles cuja vida estava ligada
A palavra grega traduzida como discípulo é usada 269 vezes nos Evangelho e em Atos.
2 – Discipular - é uma das maneiras mais estratégicas para se ter um ministério pessoal ilimitado.
Isso pode ser feito em qualquer tempo, por qualquer pessoa, em qualquer lugar e entre qualquer faixa
etária.
3 – Discipular - é o mais flexível dos ministérios, visto que não precisa ser executado dentro de
extremamente flexível.
Toda pessoa nascida de novo é um milagre da graça de Deus. É da vontade de Deus que todo
o novo crente cresça até chegar à plenitude de Cristo. Um nascimento espiritual sadio é essencial
A falta de um discipulado, ministrado por pessoas que realmente foram geradas por Cristo, e
tiveram a experiência da conversão genuína, tem sido a causa de um retardamento espiritual, por
O novo crente é uma criança espiritual, e precisa ter cuidados especiais e imediatos maternos e
O que é um discípulo?
Discípulo é alguém que está envolvido com a palavra de Deus de maneira contínua.
JO 8.31 – “Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nele: Se vós permanecerdes na minha
JO 13.34-35 – “Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei,
que também vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes
de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em
mim. Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto;
LC 14.33 – “Assim, pois, todo aquele que dentre vós não renuncia a tudo quanto tem não pode ser
meu discípulo”.
LC 14.26 – “Se alguém vem a mim e não aborrece a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e
irmãs e ainda a sua própria vida, não pode ser meu discípulo”.
HERESIOLOGIA
Introdução
O aumento crescente das seitas e heresias da atualidade tem sido notório, isto nos leva a
Além dos ensinamentos heréticos disseminados fora da igreja de Cristo, por movimentos
pseudo-cristãos, existem também aqueles que são ensinados de maneira controvertida pela igreja
A necessidade que temos de conhecer estes ensinamentos é justamente para combatê-los à luz
da palavra de Deus.
A bíblia além de prever a proliferação do falso no seio da igreja, é o único antídoto eficiente
1 CO 2.12-13 – “Ora, nós não temos recebido o espírito do mundo, e sim o Espírito que vem de Deus,
para que conheçamos o que por Deus nos foi dado gratuitamente. Disto também falamos, não em
palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas ensinadas pelo Espírito, conferindo coisas
espirituais com espirituais”. 1 CO 11.19 – “Porque até mesmo importa que haja partidos entre vós,
GL 1.6-9 – “Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de
Cristo para outro evangelho, o qual não é outro, senão que há alguns que vos perturbam e querem
perverter o evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue
evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema. Assim, como já dissemos, e agora
repito, se alguém vos prega evangelho que vá além daquele que recebestes, seja anátema”.
2 PE 2.1-3 – “Assim como, no meio do povo, surgiram falsos profetas, assim também haverá entre
vós falsos mestres, os quais introduzirão, dissimuladamente, heresias destruidoras, até ao ponto de
renegarem o Soberano Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição. E
muitos seguirão as suas práticas libertinas, e, por causa deles, será infamado o caminho da verdade;
também, movidos por avareza, farão comércio de vós, com palavras fictícias; para eles o juízo
JD 1.3 – “Amados, quando empregava toda a diligência em escrever-vos acerca da nossa comum
diligentemente, pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos”.
Herege: Pessoa que propaga, segue ou defende ou pratica doutrina religiosa contrária à
verdadeira.
Os ensinamentos de homens, que deturpam as doutrinas bíblicas (Tt 1.14; Lc 11.37 54).
3.16;1 Pe 1.13).
Considerando toda a bíblia como a revelação da vontade de Deus aos homens (2 Tm 3.16-17).
Rechaçando as falsas doutrinas com a palavra: Eva (Gn 3.1-3); Jesus (Mt 4.1-11); Paulo (At
Definições
Religião: O termo religião, religio e religioris, significa fidelidade ao dever, lealdade, consciência do
dever, escrúpulo religioso, práticas religiosas. Cícero (106 - 43 A.C.) ligou esse termo ao verbo latim
relegere, que quer dizer retomar o que tinha abandonado, tornar a revisar, reler, considerar
cuidadosamente. Agostinho, identificou o termo religio com o termo religare que significa ligar,
Seita: (do latim secta ) - 1 - Doutrina ou sistema que diverge da opinião geral e é seguido por muitos.
Heresia: Do grego hairesis. Opinião, dogma, partido, partidarismo, grupos, diversões, intrigas
2.12-13; 1 Ts 5.21-22).
Para que a nossa fé seja aumentada, a medida que depararmos com as doutrinas, que na
maioria das vezes são ridículas e sem fundamentos, nos levando a ter mais segurança naquilo que
B - PLURALIDADE RELIGIOSA
A pluralidade religiosa não é exclusiva dos tempos de Jesus. Atualmente, existem milhares de
* Xintoismo (Japão)
* Judaismo (Palestina)
* Zoroastrismo (Pérsia)
* Islamismo (Arábia)
C – CLASSIFICAÇÃO DA SEITA
Afro-brasileiras: Umbanda, Quimbanda, Candomblé, Voduismo, Cultura Racional, Santo Daime etc.
Orientais: Seicho-no-ie, Igreja Mesiânica Mundial, Arte Mahikari, Hare Krishna, Meditação
Unicista: Voz da Verdade, Igreja Local, Adeptos do Nome Yeloshua e suas variantes (ASNYS), Só
pessoas, os cristãos permanecem indiferentes, desatentos a exortação de Judas 1.3: “Batalha pela fé
Defesa própria
Proteção do rebanho
Evangelização
Missões
Existem algumas correntes de pensamento filosófico, que podem ser encontradas nas diversas
religiões e seitas:
Agnosticismo - Doutrina que considera absoluto inacessível ao espírito humano. A palavra
“Agnosticismo” vem de uma palavra de origem grega que significa “não saber”. O defensor desta
doutrina crê que, nem a criação, nem os alegados fatos quanto à existência de Deus pode fazê-lo
conhecido.
Ateísmo - Teoria que nega a existência de Deus. Chamam-se ateus os que não admitem a existência
de um ser absoluto, dotado de individualidade e personalidade real livre e inteligente.
Empirismo - Posição filosófica segundo a qual todo conhecimento humano resultaria de experiência
e não da razão ou do intelecto, afirma que o único critério de verdade consistiria na experiência.
Ecletismo - Sistema filosófico que procura conciliar teses dos sistemas diversos, conforme critérios
de verdade determinados. Procura aproveitar o que há de melhor em todos os sistemas.
Epicurismo - Escola filosófica grega, que afirma o princípio do prazer supremo. (1) aceitar o prazer
que não produza dor; (2) evitar toda dor que não produza prazer; (3) evitar o prazer que impeça um
prazer ainda maior ou que produza uma dor maior que este prazer; (4) suportar a dor que afaste uma
dor ainda maior ou assegure um prazer ainda maior. Por prazer entende-se a satisfação do espírito,
proveniente do corpo e a alma sã e nunca de Deus.
Esoterismo - Filosofia religiosa oculta, doutrina secreta, que só é comunicada aos seus iniciados.
Caracterizado pelos estudos sistemáticos dos símbolos. É uma ramificação do espiritismo.
Gnosticismo - O conhecimento místico dos segredos divinos por via de uma revelação. Os gnósticos
opunham-se a simplicidade da fé cristã.
Positivismo - Ensina que nada há de sobrenatural, e tudo é baseado na ciência. É o culto às coisas
criadas em lugar do criador.
O método mais eficiente para identificar uma seita, é conhecer os quatro caminhos seguidos por
à Bíblia.
Exemplos:
Adventismo do Sétimo Dia – tem nos escritos de Ellen White, tanto inspiração quanto a Bíblia.
Testemunhas de Jeová - creem que somente com a meditação do corpo governante a Bíblia será
entendida (a revista Sentinela e Despertai).
Os Mórmons - o livro dos mórmons tem mais perfeição do que a Bíblia.
Os Meninos de Deus - dizem que é melhor ler os ensinamentos de David de Berg do que a Bíblia.
A igreja da Unificação, do Rev. Moom - julga ser seu princípio divino de inspiração mais elevado do
que a Bíblia.
Os Kardecistas - não tem a Bíblia como base, mas as doutrinas do espírito, codificadas por Allan
Kardec; usam outro evangelho conhecido como o evangelho Segundo o Espiritismo.
A igreja de Cristo Internacional (Boston) - interpreta a Bíblia segundo a visão de Kipp Mc Kean, do
seu fundador.
Refutação Bíbilica: Lc 24.27, 44; Jo 5.39-46; At 4.12, 10.43, 16.30-31; Rm 10.9-10
Exemplos:
Maçonaria - vê Jesus como mais um fundador de religião, ao lado de pessoas mitológicas, ocultistas
ou religiosas como Orfeu, Hermes, krishna, Maomé etc.
Legião da Boa Vontade - subtrai a natureza humana de Jesus, dizendo que Jesus possui apenas
um corpo aparente, além de negar a sua divindade dizendo que ele jamais afirmou ser como Deus.
Testemunhas de Jeová – subtrai a natureza divina, dizem que Ele é o arcanjo Miguel na sua
preexistência.
Refutação Bíblica: Jo1.1, 20.28; Tt 2.13; 1 Jo 5.20; Hb 1.6; Lc 2.7; 2.52; Mt. 4.2; Jo 19.28; Mt 11.19;
Mórmons: afirmam crer no sacrifício expiatório de Jesus, mas sem o cumprimento das leis
Adventismo: por meio da profetiza Ellen White, ensinam que a guarda do sábado também implica na
salvação.
Testemunhas de Jeová: ensinam que a redenção de Cristo oferece apenas a oportunidade para
Refutação Bíblica: Jo 8.44; 1 Jo 3.8; Ef 1.7; 1 Jo 1.7-9; Ap 1.5; Ef 2.8-9; Cl 2.14-17; Hb 12.5-11; 1
Co 11.31-32; Mt 11.28-30
equivale a desobedecer a Deus. Não existe salvação fora do seu sistema religioso, da própria
organização ou igreja.
O sectário bem informado é consciente das falhas da religião protestante evangélica. Ele não
consegue entender a variedade denominacional. Além disso, pensa que sabe tudo sobre sua fé e
está convencido de que conhece mais, acerca do que cremos do que nós mesmos.
Muitos adeptos fizeram sacrifícios, contrariaram seus familiares e suportaram a zombaria dos
amigos etc., como reconhecer agora que estão errados e a paz que encontraram não é verdadeira?
Moral: Antes de entrarmos nessa discussão, estejamos bem seguros do nosso terreno. Se não
soubermos responder ao argumento do sectário, não quer dizer que não dominamos os fatos. É o
nosso conhecimento inadequado que nos obriga a abandonar o campo derrotado, desonrando ao
Senhor.
1 - Catolicismo Romano.
O catolicismo originou-se no ano 323 d.C., quando Constantino ao dominar o Império Romano
conseguiu controlar a igreja politicamente, através das benesses tais como: Ofertas valiosas,
ser a religião oficial do Império. Muitos se convertiam ao cristianismo somente pelo fato de ser a
Principais distorções:
A leitura da bíblia tornou-se proibida para os leigos, pois sua leitura é perigosa para os incultos.
Veneração e aceitação dos ensinamentos extra bíblicos: A tradição dos ensinos da igreja e dos
concílios.
Maria etc.
2 - Testemunhas de Jeová.
Fundada por Charles Taze Russel, nascido na Pensilvânia, Estados Unidos, foi membro da
igreja presbiteriana, congregacional e adventista. Compareceu muitas vezes aos tribunais por
problemas com a esposa. Seu grupo de estudo recebeu os nomes de: Torre de vigia de Sião, aurora
Principais distorções:
Adulteração das Escrituras, denominada de novo mundo.
Não crê na trindade, nega que Jesus Cristo seja Deus, e que o Espírito Santo não é uma pessoa e
Entre os adeptos, uns dizem que o inferno é este mundo outros afirmam ser a sepultura.
Afirmam que Jesus já veio em 1914, e que apenas 144.000 serão salvos, que também eram
Fundada por Willian Miller, fazendeiro norte-americano, que depois de estudar o livro de Daniel,
afirmou que Jesus voltaria em 10 de dezembro de 1843. Como não aconteceu, marcou novamente
para 22 de outubro de 1844. Muitas pessoas venderam tudo o que possuíam, e decepcionados
quiseram linchá-lo.
Principais distorções:
4 - Espiritismo.
O espiritismo é sem dúvida uma das heresias que mais proliferam em todo o mundo: são tantas
as ramificações das práticas espíritas que é difícil ate enumerá-las. Hoje, se ensina as suas doutrinas
nas revistas em quadrinhos, pela televisão, pelos jornais. Os artistas famosos se consideram
espiritualistas.
O espiritismo é um dos caminhos mais obscuros, levando o homem a ingressar, em densas
trevas espirituais. No início ele produz encanto, depois escraviza.
Hoje é comum alguém dizer abertamente que é um bruxo ou uma bruxa, um adivinhador ou
médium.
Tipos de Espiritismo
espiritualismo. Podemos encontrar diversas sociedades que se dizem ser filosóficas, teológicas,
científicas ou beneficentes. Satanás coloca nomes bonitos, que apelam na maioria das vezes para o
Espiritismo Kardecistas: O espiritismo praticado no Brasil tem como base as almas de Alan Kardec,
Hipolyte Leon Desnizard Rivail tomou o pseudônimo de Allan Kardec, porque acreditava ser ele a
Principais distorções:
5 - Mormonismo.
Os mórmons ou igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias foi organizada por Joseph
Smith em 1830 no estado de Nova Iorque (EUA), que conseguiu convencer as pessoas sobre a
Principais distorções:
Deus - tem um corpo de carne e osso, bem como seu filho. Por evolução chegou ao ponto que se
encontra.
Pregam a poligamia.
profetas, por isso é importante estarmos alertas. No momento presente, a Nova Era é o movimento
religioso que indica através da mistura das religiões e seitas, uma aproximação da presença do
anticristo na terra.
Teologia geral
Conceitos diversos
Teologia sistemática - é uma ciência que segue um esquema ou ordem humana de
desenvolvimento doutrinário; tendo como propósito incorporar em seu sistema toda a verdade a
respeito de Deus e seu universo.
No estudo científico da teologia, são acrescentadas leis pedagógicas que são estranhas às leis
de pesquisas.
Há porções que são incompreensíveis ao ser humano comum, não regenerado e ao cristão não-
espiritual. Para estes, a teologia sistemática torna-se uma ciência fechada, mesmo sendo pessoas
Cada estudante de teologia deve antes de penetrar neste campo sobrenatural, ilimitado de
pesquisas, evidenciar ser uma nova criatura, nascida de Deus, tendo o testemunho do Espírito Santo
direta de Deus; escrito pelo próprio Deus (Ex 31.18, 32.16), sonhos (Gn 40.1-23), visões (Ez, Dn, Ap),
por meio do mundo físico (Sl 19.1-6), símbolos, história e a encarnação de Jesus Cristo (Jo 14.6; Cl
1.15; Hb 1.3).
Revelação e razão - A teologia sistemática extrai seu material tanto da revelação quanto da razão.
Embora a porção fornecida pela razão seja incerta quanto a sua autoridade ou canonicidade.
Inspiração - É o ato divino em registrar a revelação recebida pelo profeta. A inspiração refere-se à
Deus. Eles sabiam que estavam escrevendo com autoridade divina. “Assim diz o Senhor... veio a mim
a palavra do Senhor...”
A ciência não é uma única forma de conhecimento, o único caminho para determinarmos à
A ciência não se propõe apenas a observar, registrar, verificar e formular os fatos objetivos; ela
também procura reconhecer e explicar as relações existentes entre esses fatos e as relações em um
Qual o propósito da teologia como ciência? É apresentar as certezas dos fatos referentes a
Ela age com a existência de Deus que tem relação com o universo e tem a ver com fatos
objetivos.
Assim como a ciência tem como propósito descobrir o que existe e não criar, igualmente a
teologia descobre fatos e relações referentes a Deus, ela não é criadora de deuses.
Alguns opositores afirmam que a teologia envolve o elemento fé, que não se harmoniza com a
ciência ou com as leis de pesquisa. A ciência também recorre à fé. Fé em outras pessoas além de
Se Cristóvão Colombo não houvesse encontrado a terra que procurava, sua fé teria sido apenas
uma imaginação.
Divisões da teologia sistemática.
1 – Teontologia - Deus e Seu ser.
Definições teológicas
1 - Teologia natural - Designa uma ciência, cuja base fundamenta-se em fatos que se referem a
Evidenciando a revelação através da natureza (At 14.17; 17.22-29; Rm 1.19, 20; Sl 8.19).
2 - Teologia revelada - Este termo refere-se a uma ciência que tem seu fundamento unicamente nos
fatos relacionados com Deus e o universo revelado na Escrituras (Gn 1.1-26; Hb 11.3).
3 - Teologia bíblica - É uma exposição do conteúdo doutrinário e ético das escrituras e uma
4 - A teologia propriamente dita - É um estudo sistemático da pessoa de Deus pai, Filho e Espírito
distinções que surgiram durante a “era cristã”, contrárias à verdade bíblica gerando heresias.
testamento. Deus, seus nomes, atributos... O homem, suas relações com Deus, as alianças ou
Cristo, os nomes da divindade Deus pai, Deus filho, Deus Espírito Santo. Os títulos da primeira
pessoa ficam restritos as combinações associadas com a palavra Pai de nosso Senhor Jesus Cristo,
Pai das misericórdias, Abba Pai, Pai celeste, Pai dos espíritos, Santo Pai, Pai justo, Pai das luzes, Pai
da glória.
indivíduo.
Temos estabelecido que a Escritura é a autoridade última no sistema cristão, e que nosso
A NATUREZA DA ESCRITURA
Devemos enfatizar a natureza verbal ou proposicional da revelação bíblica. Num tempo em que
muitos menosprezam o valor de palavras, a favor de imagens e sentimentos, devemos notar que
meio adequado de transmitir informação de e sobre Deus. Isto não somente afirma o valor da
Escritura como uma revelação divina significante, mas também afirma o valor da pregação e da
escrita como meios para comunicar a mente de Deus, como apresentada na Bíblia.
A própria natureza da Bíblia como uma revelação proposicional, testifica contra as noções
populares de que a linguagem humana é inadequada para falar sobre Deus, que imagens são
superiores às palavras, que música tem valor maior do que pregação, ou que experiência religiosa
pode ensinar mais a uma pessoa, sobre as coisas divinas, do que os estudos doutrinais.
Alguns argumentam que a Bíblia fala numa linguagem que produz vívidas imagens na mente do
leitor. Contudo, esta é somente uma descrição da reação de alguns leitores; outros podem não
responder do mesmo modo às mesmas passagens, embora eles possam captar a mesma informação
delas. Assim, isto não conta contra o uso de palavras como a melhor forma de comunicação
teológica.
Se imagens são superiores, então, por que a Bíblia não contém nenhum desenho? Não seria a
sua inclusão a melhor maneira de se assegurar que ninguém formasse imagens mentais errôneas, se
fossem importantes na comunicação teológica, o fato de que Deus escolheu usar palavras-imagens
em vez de desenhos reais, implica que as palavras são suficientes, senão superiores. Mas além de
palavras-imagens, a Escritura também usa palavras para discutir as coisas de Deus em termos
Uma imagem não é mais digna do que mil palavras. Suponha que apresentemos um desenho
da crucificação de Cristo para uma pessoa sem nenhuma base cristã. Sem qualquer explicação
verbal, seria impossível para ela constatar a razão para Sua crucificação e o significado dela para a
humanidade. A imagem em si mesma não mostra nenhuma relação entre o evento com qualquer
coisa espiritual ou divina. A imagem não mostra se o evento foi histórico ou fictício. A pessoa, ao
olhar para o desenho, não sabe se o ser que foi morto era culpado de algum crime, e não haveria
como saber as palavras que ele falou enquanto estava na cruz. A menos que haja centenas de
palavras explicando a figura, a imagem, por si só, não tem nenhum significado teológico. Mas, uma
vez que há muitas palavras para explicá-la, alguém dificilmente necessitará de imagem.
A visão que exalta a música acima da comunicação verbal sofre a mesma crítica. É impossível
derivar qualquer significado religioso da música, se ela é executada sem palavras. É verdade que o
Livro de Salmos consiste de uma grande coleção de cânticos, nos provendo com uma rica herança
para adoração, reflexão e doutrina. Contudo, as melodias originais não acompanharam as palavras
dos salmos, nenhuma nota musical acompanhou qualquer um dos cânticos na Bíblia. Na mente de
Deus, o valor dos salmos bíblicos está nas palavras, e não nas melodias. Embora a música
desempenhe um papel na adoração cristã, sua importância não se aproxima das palavras da
Com respeito às experiências religiosas, até mesmo uma visão de Cristo não é mais digna do
que mil palavras da Escritura. Ninguém pode provar a validade de uma experiência religiosa, seja
uma cura miraculosa ou uma visitação angélica, sem conhecimento da Escritura. Os encontros
sobrenaturais mais espetaculares são vazios de significado sem a comunhão verbal para informar a
mente.
O episódio inteiro de Êxodo não poderia ter ocorrido se Deus permanecesse em silêncio quando
Ele apareceu para Moisés, através da sarça ardente. Quando Jesus apareceu num resplendor de luz,
na estrada de Damasco, o que teria acontecido se Ele recusasse a responder quando Saulo de Tarso
Lhe perguntou: “Quem és Senhor?” A única razão pela qual Saulo percebeu quem estava falando
com ele, foi porque Jesus respondeu com as palavras: “Eu sou Jesus, a quem persegues” (At 9.3-6).
As experiências religiosas são sem significado, a menos que acompanhadas pela comunicação
Outra percepção errônea com respeito à natureza da Bíblia é considerar a Escritura como um
mero registro de discursos e eventos revelatórios, e não a revelação de Deus em si mesma. A pessoa
de Cristo, Suas ações e Seus milagres revelam a mente de Deus, mas é um engano pensar que a
Bíblia é meramente um relato escrito dela. As próprias palavras da Bíblia constituem a revelação de
Deus para nós, e não somente os eventos aos quais elas se referem.
Alguns temem que a forte devoção à Escritura, implica em estimar mais o registro de um evento
revelatório do que o evento em si mesmo. Mas se a Escritura possui o status de revelação divina,
então, esta preocupação não tem fundamento. Paulo explica que “Toda Escritura é inspirada por
Deus” (2 Tm 3.16). A própria Escritura foi inspirada por Deus. Embora os eventos que a Bíblia registra
possam ser revelatórios, a única revelação objetiva com a qual temos contato direto é a Bíblia.
Visto que a alta visão da Escritura que advogamos aqui é somente a que a própria Bíblia afirma,
os cristãos devem rejeitar toda doutrina proposta da Escritura que compromisse nosso acesso à
revelação infalível de Deus. Sustentar uma visão menor da Escritura destrói a revelação como a
Enquanto uma pessoa negar que a Escritura é a revelação divina em si mesma, ela permanece
sendo “apenas um livro”, e esta pessoa hesita em lhe dar reverência completa, como se fosse
possível adorá-la excessivamente. Há supostos ministros cristãos que urgem os crentes a olhar para
“o Senhor do livro, e não para o livro do Senhor”, ou algo com esse objetivo. Mas visto que as
palavras da Escritura foram inspiradas por Deus, e aquelas palavras são a única revelação objetiva e
explícita de Deus, é impossível olhar para o Senhor sem olhar para o Seu livro. Visto que as palavras
da Escritura são as próprias palavras de Deus, alguém está olhando para o Senhor somente até onde
ele estiver olhando para as palavras da Bíblia. Nosso contato com Deus é através das palavras da
Escritura. Provérbios 22.17-21 indica que confiar no Senhor é confiar em Suas palavras:
Inclina o teu ouvido e ouve as palavras dos sábios, e aplica o teu coração ao meu
conhecimento. Porque será coisa suave, se os guardares no teu peito, se estiverem todos eles
prontos nos teus lábios. Para que a tua confiança esteja no SENHOR, a ti tos fiz saber hoje, sim, a ti
mesmo. Porventura não te escrevi excelentes coisas acerca dos conselhos e do conhecimento, para
te fazer saber a certeza das palavras de verdade, para que possas responder com palavras de
Deus governa Sua igreja através da Bíblia; portanto, nossa atitude para com ela reflete nossa
atitude para com Deus. Ninguém que ama a Deus não amará as Suas palavras da mesma forma.
Aqueles que reivindicam amá-Lo devem demonstrar isso por uma obsessão zelosa para com as Suas
palavras:
Oh! Quanto amo a tua lei! Ela é a minha meditação o dia todo... Oh! Quão doces são as tuas
palavras ao meu paladar! Mais doces do que o mel à minha boca (Sl 119.97, 103).
O temor do Senhor é limpo, e permanece para sempre; os juízos do Senhor são verdadeiros e
inteiramente justos. Mais desejáveis são do que o ouro, sim, do que muito ouro fino; e mais doces do
Uma pessoa ama a Deus somente até onde ela ama a Escritura. Pode haver outras indicações
do amor de alguém para com Deus, mas o amor por Sua palavra é um elemento necessário, pelo
A INSPIRAÇÃO DA ESCRITURA
próprio Deus. A própria natureza da Bíblia indica que a comunicação verbal é a melhor maneira de
transmitir a revelação divina. Nenhum outro modo de se conhecer a Deus é superior ao estudo da
Escritura, e nenhuma outra fonte de informação sobre Deus é mais precisa, acurada e compreensiva.
Toda Escritura é soprada por Deus e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir,
para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente preparado para
Todas as palavras da Bíblia foram sopradas por Deus. Tudo que podemos chamar de Escritura
foi inspirado por Deus. Que a Escritura é “soprada por Deus” refere-se a sua origem divina. Tudo da
Escritura procede de Deus; portanto, podemos corretamente chamar a Bíblia de “a palavra de Deus”.
documentos no total, funcionando como um todo orgânico. O apóstolo Pedro dá endosso explícito
Tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor; como também o nosso amado irmão
Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada; como faz também em todas as suas
epístolas, nelas falando acerca destas coisas, mas quais há pontos difíceis de entender, que os
indoutos e inconstantes torcem, como o fazem também com as outras Escrituras, para sua própria
perdição (2 Pe 3.15-16).
Pedro explica que os homens que escreveram a Escritura foram “inspirados pelo Espírito
Santo”, para que nenhuma parte dela fosse “produzida por vontade de homem algum” ou pela
A Bíblia é uma revelação verbal exata de Deus, a ponto de Jesus dizer que “Porque em verdade
vos digo que, até que o céu e a terra passem nem um jota ou um til se omitirá da lei, sem que tudo
seja cumprido” (Mt 5.18). Deus exerceu tal controle preciso sobre a produção da Escritura para que o
seu conteúdo, na própria letra, fosse o que Ele desejava colocar em escrito.
Esta visão alta da inspiração escriturística não implica ditação. Deus não ditou Sua palavra aos
profetas e apóstolos como um patrão dita suas cartas para uma secretária. A princípio, alguém pode
tender a pensar que a ditação seria a mais alta forma de inspiração, mas esta não o é. Um patrão
pode ditar suas palavras à secretária, mas ele não pode ter controle sobre os detalhes diários da vida
dela - seja passado, presente ou futuro - e tem ainda menos poder sobre os pensamentos da
secretária.
Em contraste, a Bíblia ensina que Deus exercita controle total e preciso sobre cada detalhe de
Sua criação, a tal extensão que até mesmo os pensamentos dos homens estão sob o Seu controle.
Isto é verdade com respeito a todo indivíduo, incluindo os escritores bíblicos. Deus de tal forma
ordenou, dirigiu e controlou as vidas e pensamentos de Seus instrumentos escolhidos que, quando o
tempo chegou, suas personalidades e os seus cenários eram perfeitamente adequados para escrever
vê, ou o cego? Não sou eu, o SENHOR? Vai, pois, agora, e eu serei com a tua boca e te ensinarei o
“Assim veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: Antes que te formasse no ventre te conheci, e
antes que saísses da madre, te santifiquei; às nações te dei por profeta... E estendeu o SENHOR a
sua mão, e tocou-me na boca; e disse-me o SENHOR: Eis que ponho as minhas palavras na tua
“Mas faço-vos saber, irmãos, que o evangelho que por mim foi anunciado não é segundo os homens.
Porque não o recebi, nem aprendi de homem algum, mas pela revelação de Jesus Cristo... Mas,
quando aprouve a Deus, que desde o ventre de minha mãe me separou, e me chamou pela sua
graça, revelar seu Filho em mim, para que o pregasse entre os gentios, não consultei a carne nem o
Então, no tempo da escrita, o Espírito de Deus supervisionou o processo para que o conteúdo
da Escritura fosse além do que a inteligência natural dos escritores poderia conceber. O produto foi a
revelação verbal de Deus, e ela foi literalmente o que Ele desejava pôr em escrito. Deus não
encontrou as pessoas certas para escrever a Escritura; Ele fez as pessoas certas para escrevê-las, e
Portanto, a inspiração da Escritura não se refere somente aos tempos quando o Espírito Santo
exerceu controle especial sobre os escritores bíblicos, embora isto tenha deveras acontecido, mas a
preparação começou antes da criação do mundo. A teoria da ditação, a qual a Bíblia não ensina, é,
em comparação com a da inspiração, uma visão menor, atribuindo a Deus um controle menor sobre o
processo.
Esta visão da inspiração, explica o assim chamado e evidente “elemento humano” na Escritura.
Os documentos bíblicos refletem vários cenários sociais, econômicos e intelectuais dos autores, suas
diferentes possibilidades, e seu vocabulário e estilo literário único. Este fenômeno é o que alguém
poderia esperar, dada a visão bíblica da inspiração, na qual Deus exerceu controle total sobre a vida
dos escritores, e não somente sobre o processo de escrita. O “elemento humano” da Escritura,
portanto, não danifica a doutrina da inspiração, mas é consistente com ela e explicado pela mesma.
A UNIDADE DA ESCRITURA
procedem de uma única mente divina implica que a Bíblia deve exibir uma coerência perfeita. Isto é o
que encontramos na Bíblia. Embora a personalidade distinta de cada escritor bíblico seja evidente, o
conteúdo da Bíblia como um todo, exibe uma unidade e designa que procede de um único autor
divino. A consistência interna caracteriza os vários documentos escriturísticos, de forma que uma
Jesus assume a coerência da Escritura quando ele responde à seguinte tentação de Satanás:
“Então o diabo o transportou à cidade santa, e colocou-o sobre o pináculo do templo, e disse-lhe: Se
tu és o Filho de Deus, lança-te de aqui abaixo; porque está escrito: Que aos seus anjos dará ordens a
teu respeito, E tomar-te-ão nas mãos, para que nunca tropeces em alguma pedra. Disse-lhe Jesus:
Também está escrito: Não tentará o Senhor teu Deus” (Mt 4.5-7).
Satanás encoraja Jesus a pular do templo citando Salmo 91.11-12. Jesus replica com
Deuteronômio, e, portanto, é uma má-aplicação. Quando alguém entende ou aplica uma passagem
da Escritura de uma maneira que contradiz outra passagem, ele manejou mal o texto. O argumento
de Cristo aqui assume a unidade da Escritura, e nem mesmo o diabo pôde contestá-la.
Numa outra ocasião, quando Jesus tratava com os fariseus, Seu desafio para com eles assume
“E, estando reunidos os fariseus, interrogou-os Jesus, dizendo: Que pensais vós do Cristo? De quem
é filho? Eles disseram-lhe: De Davi. Disse-lhes ele: Como é então que Davi, falando pelo Espírito, lhe
chama Senhor, dizendo: Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, Até que eu
ponha os teus inimigos por escabelo de teus pés? Se Davi, pois, lhe chama Senhor, como é seu
filho? E ninguém podia responder-lhe uma palavra; nem desde aquele dia ousou mais alguém
Visto que Davi estava “falando pelo Espírito”, ele não poderia ter errado. Mas, se o Cristo
haveria de ser um descendente de Davi, como Ele poderia ser Seu Senhor ao mesmo tempo? Que
isto colocou um problema significa, em primeiro lugar, que tanto Jesus como Sua audiência
fazendo uma declaração significante, de forma alguma. A resposta aqui é que o Messias é tanto
O fato de que algo é paradoxal e até mesmo autocontraditório, não o invalida... Aqueles de nós
que têm trabalhado no campo científico estão muitíssimos conscientes da absoluta complexidade e
modelos na explicação científica — para nomear apenas dois fatores que posso lembrar claramente
do meu próprio tempo como um cientista natural — apontam para a inevitabilidade do paradoxo e da
Isto não tem sentido. Assumindo que McGrath conhece ciência o suficiente para falar sobre o
assunto, este é um testemunho contra a ciência, e não um argumento para se tolerar contradições na
teologia. Ele assume a confiança da ciência e julga todas as outras disciplinas por ela. Para
pessoa pode tolerá-las quando esta surgir também numa reflexão teológica.
Contudo, uma razão para rejeitar a confiança da ciência é precisamente porque ela
frequentemente se contradiz. A ciência é uma disciplina pragmática, útil para manipular a natureza e
avançar a tecnologia, mas que não pode descobrir nada sobre a realidade. O conhecimento sobre a
realidade vem somente de deduções válidas da revelação bíblica, e nunca de métodos científicos ou
empíricos. McGrath não nos dá nenhum argumento para ignorar ou tolerar as contradições na
ciência; ele apenas assume a confiança da ciência, a despeito das contradições. Mas, ele não dá
O que faz da ciência o padrão último pelo qual devemos julgar todas as outras disciplinas? O
que dá à ciência o direito de criar as regras para todos os outros campos de estudo? McGrath declara
engajamento mais superficial com a realidade”. Mas a ciência não é teologia. Além de ser “o
engajamento mais superficial com a realidade” - embora eu negue a confiança da ciência até mesmo
em tal nível - a ciência gera contradições e desmoronamentos, mas isto não significa que a teologia
A teologia trata com Deus, que tem o direito e poder para governar tudo da vida e do
pensamento. Deus conhece a natureza da realidade, e a comunica para nós através da Bíblia.
Portanto, é a teologia que cria as regras da ciência, e um sistema bíblico de teologia não contém
paradoxos ou contradições.
Assuma que a soberania divina e a liberdade humana sejam contraditórias. Alguns teólogos,
reivindicando que a Bíblia ensina ambas, encorajam seus leitores a afirmar ambas. Contudo, se
afirmar a soberania divina é negar a liberdade humana, e afirmar a liberdade humana é negar a
soberania divina, então, afirmar ambas significa rejeitar tanto a soberania divina (na forma de uma
afirmação da liberdade humana) como a liberdade humana (na forma de uma afirmação da soberania
divina). Neste exemplo, visto que a Bíblia afirma à soberania divina e nega a liberdade humana, não
Por outro lado, quando incrédulos alegam que a encarnação de Cristo exige uma contradição, a
qual é o contexto da passagem acima de McGrath, o cristão não tem a opção de negar a deidade ou
a humanidade de Cristo. Antes, ele deve articular e clarificar a doutrina como a Bíblia a ensina, e
É fútil dizer que estas doutrinas estão em perfeita harmonia na mente de Deus, e somente
parece haver contradições para os seres humanos. Enquanto permanecerem contradições, seja
somente na aparência ou não, não podemos afirmar ambas as coisas. E como alguém pode distinguir
entre uma contradição real e uma apenas aparente? Se devermos tolerar as contradições aparentes,
então, deverão tolerar todas as contradições. Visto que sem conhecer a resolução, uma aparente
contradição parece ser o mesmo que uma real, saber que uma “contradição” o é somente na
aparência significa que alguém já a resolveu, e, então, o termo não mais se aplica.
Cientistas e incrédulos podem se dedicar às contradições, mas os cristãos não devem tolerá-
las. Pelo contrário, em vez de abandonar a unidade da Escritura e a lei da não-contradição, como
uma “defesa” contra aqueles que acusam as doutrinas bíblicas de serem contraditórias, devem
afirmar e demonstrar a coerência destas doutrinas. Por outro lado, os cristãos devem expor a
Bíblia não contém erros; ela é correta em tudo o que declara. Visto que Deus não mente ou erra, e a
Bíblia é a Sua palavra, segue-se que tudo escrito nela deve ser verdade. Jesus disse, “a Escritura
não pode ser anulada” (Jo 10.35), e que “E é mais fácil passar o céu e a terra do que cair um til da lei”
(Lc 16.17).
A INFALIBILIDADE da Escritura se refere a uma incapacidade para errar - a Bíblia não pode
errar. INERRÂNCIA, por outro lado, enfatiza que a Bíblia não erra. A primeira diz respeito ao
potencial, enquanto a última mostra o estado real do assunto. Estritamente falando, infalibilidade é a
palavra mais forte, e ela exige a inerrância, mas algumas vezes as duas são intercambiáveis no uso.
É possível para uma pessoa ser falível, mas produzir um texto que é livre de erro. Pessoas que
são capazes de cometer enganos, apesar de tudo, não estão errando constantemente. Contudo, há
aqueles que rejeitam a doutrina da inerrância, mas ao mesmo tempo desejam afirmar a perfeição de
Deus e a Bíblia como a Sua palavra, e como resultado, mantém a impossível posição de que a Bíblia
é deveras infalível, mas errante. Algumas vezes, o que eles querem dizer é que a Bíblia é infalível
num sentido, talvez quando ela relata as coisas espirituais, enquanto que contém erros em outro
unidas às declarações bíblicas sobre a história, de forma que é impossível afirmar uma enquanto se
rejeita a outra. Por exemplo, ninguém pode separar o que a Escritura diz sobre a ressurreição como
um evento histórico e o que ela diz sobre seu significado espiritual. Se a ressurreição não aconteceu
como a Bíblia diz, o que ela diz sobre seu significado espiritual não pode ser verdade.
O desafio para aqueles que rejeitam a infalibilidade e a inerrância bíblica é que eles não têm
nenhum princípio epistemológico autoritativo, pelo qual possam julgar uma parte da Escritura ser
acurada e a outra parte ser inacurada. Visto que a Escritura é a única fonte objetiva de informação a
partir da qual todo o sistema cristão é construído, alguém que considera qualquer porção ou aspecto
da Escritura como falível ou errante, deve rejeitar todo o Cristianismo. Novamente, este é o porquê
não há um princípio epistemológico mais alto para julgar uma parte da Escritura como sendo correta
ainda reivindicar lealdade a ele, visto que a autoridade última em qualquer sistema define o sistema
inteiro. Uma vez que uma pessoa questiona ou rejeita a autoridade última de um sistema, ele não é
mais um aderente do sistema, mas, pelo contrário, é alguém que adere ao princípio ou autoridade
pelo qual ele questiona ou rejeita a autoridade última do sistema, que ele simplesmente deixou para
trás. Ter outra autoridade última além da Escritura é rejeitar a Escritura, visto que a própria Bíblia
assume a posição intelectual de um incrédulo, e deve prosseguir para defender e justificar sua
A confusão permeia o presente clima teológico; portanto, é melhor afirmar tanto a infalibilidade
como a inerrância bíblica, e explicar o que queremos dizer por estes termos. Deus é infalível, e visto
que a Bíblia é a Sua palavra, ela não pode e não contém nenhum erro. Nós afirmamos que a Bíblia é
infalível em todo sentido do termo, e, portanto, ela deve ser também inerrante em todo sentido do
termo. A Bíblia não pode e não contêm erros, seja quando falando de coisas espirituais, históricas ou
A AUTORIDADE DA ESCRITURA
Precisamos determinar a extensão da autoridade da Bíblia, para verificar o nível de controle que
ela deve ter sobre as nossas vidas. A inspiração, unidade e infalibilidade da Escritura implicam que
ela possui autoridade absoluta. Visto que a Escritura é a própria palavra de Deus, ou Deus falando, a
conclusão necessária é que ela carrega a autoridade de Deus. Portanto, a autoridade da Escritura é
Os escritores bíblicos, algumas vezes, se referem a Deus e a Escritura como se os dois fossem
intercambiáveis. Como Warfield escreve, “Deus e as Escrituras são trazidos em tal conjunção para
mostrar que na questão de autoridade, nenhuma distinção foi feita entre eles”.
“Ora, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a
terra que eu te mostrarei. E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu
nome; e tu serás uma bênção. E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te
“Ora, tendo a Escritura previsto que Deus havia de justificar pela fé os gentios, anunciou primeiro o
evangelho a Abraão, dizendo: Todas as nações serão benditas em ti” (Gl 3.8).
“Disse o SENHOR a Moisés: Levanta-te pela manhã cedo, apresenta-te a Faraó e dize-lhe: Assim diz
o SENHOR, o Deus dos hebreus: Deixa ir o meu povo, para que me sirva. Pois esta vez enviarei
todas as minhas pragas sobre o teu coração, e sobre os teus oficiais, e sobre o teu povo, para que
saibas que não há quem me seja semelhante em toda a terra. Pois já eu poderia ter estendido a mão
para te ferir a ti e o teu povo com pestilência, e terias sido cortado da terra; mas, deveras, para isso te
hei mantido, a fim de mostrar-te o meu poder, e para que seja o meu nome anunciado em toda a
“Porque diz a Escritura a Faraó: Para isto mesmo te levantei; para em ti mostrar o meu poder, e para
Enquanto a passagem de Gênesis diz que foi “o Senhor” que falou a Abraão, Gálatas diz, “A
Escritura previu... [A Escritura] anunciou...”. A passagem de Êxodo declara que foi “o Senhor” quem
disse a Moisés o que falar a Faraó, mas Romanos diz, “a Escritura diz a Faraó...”.
Visto que Deus possui autoridade absoluta e última, a Bíblia sempre carrega autoridade
absoluta e última. Visto que não há diferença entre Deus falando e a Bíblia falando, não há diferença
entre obedecer a Deus e obedecer a Bíblia. Crer e obedecer a Bíblia são crer e obedecer a Deus; não
crer e desobedecer a Bíblia é não crer e desobedecer a Deus. A Bíblia não é apenas um instrumento
através do qual Deus nos fala; antes, as palavras da Bíblia são as próprias palavras que Deus está
falando - não há diferença. A Bíblia é a voz de Deus para a humanidade, e a autoridade da Bíblia é
total.
A NECESSIDADE DA ESCRITURA
A Bíblia é necessária para a informação precisa e autoritativa sobre as coisas de Deus. Visto
que a teologia é central para tudo da vida e do pensamento, a Escritura é necessária como um
fundamento para tudo da civilização humana. Aqueles que rejeitam a autoridade bíblica, no entanto,
continuam a assumir as pressuposições cristãs para governar suas vidas e pensamentos, embora
eles recusem admitir isto. Uma tarefa do apologista cristão é expor a suposição implícita do incrédulo
das premissas bíblicas, a despeito de sua explícita rejeição delas. Mas à extensão que qualquer
barbarismo.
A infalibilidade bíblica é o único princípio justificável do qual alguém pode deduzir informação
sobre assuntos últimos, tais como metafísica, epistemologia e ética. Conhecimento pertencente às
categorias subsidiárias tais como política e matemática são também limitados pelas proposições
deduzíveis da revelação bíblica. Sem a infalibilidade bíblica como o ponto de partida do pensamento
de alguém, o conhecimento não é possível, de forma alguma; qualquer outro princípio falha em se
justificar, e assim, um sistema que depende dele não pode nem mesmo começar. Por exemplo, sem
uma revelação verbal de Deus, não há razão universal e autoritativa para proibir o assassinato e o
A Escritura é necessária para definir todo conceito e atividade cristã. Ela governa cada aspecto
da vida espiritual, incluindo pregação, oração, adoração e direção. A Escritura é também necessária
para a salvação ser possível, visto que a informação necessária para a salvação está revelada na
Bíblia, e deve ser conduzida ao indivíduo por ela, para receber a salvação. Paulo escreve, “as
sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus” (2
Tm 3.15).
Uma seção anterior deste livro aponta que todos os homens sabem que o Deus cristão existe, e
que Ele é o único Deus. Os homens nascem com este conhecimento. Embora este conhecimento
seja suficiente para tornar a incredulidade culpável, é insuficiente para salvação. Alguém adquire
escrita de outro. Portanto, a Escritura é necessária para o conhecimento que conduz à salvação, as
instruções que levam ao crescimento espiritual, as respostas às questões últimas, e sobre qualquer
A CLAREZA DA ESCRITURA
Há dois extremos, com respeito à clareza da Escritura, que os cristãos devem evitar. Um é
manter que o significado da Escritura é totalmente obscuro à pessoa comum - somente um grupo de
indivíduos de elite e escolhidos pode interpretá-la. A outra visão reivindica que a Escritura é tão clara
que não há parte dela que seja difícil de ser entendida, e que nenhum treinamento em hermenêutica
é requerido para manusear o texto. Por extensão, a interpretação de um teólogo maduro não é mais
A primeira posição isola o uso da Escritura do povão em geral, e impede qualquer pessoa de
enganados. A Bíblia não é tão fácil de entender que qualquer pessoa possa interpretá-la com igual
competência. Mesmo o apóstolo Pedro, quando se referindo ao escritos de Paulo, diz, “Suas cartas
contêm algumas coisas que são difíceis de entender”. Ele adverte que “as pessoas ignorantes e
instáveis distorcem” o significado das palavras de Paulo, “assim como eles fazem com outras
importantes tais como teologia e hermenêutica, mas, em vez de orarem por sabedoria e estudarem
as Escrituras, elas assumem que são tão capazes quanto os teólogos ou os seus pastores. Este
modo de pensar convida o desastre e a confusão. Diligência, treinamento e capacitação divina, tudo
Embora muitas passagens na Bíblia sejam fáceis de entender, algumas delas requerem
diligência extra e sabedoria especial para serem interpretadas acuradamente. É possível para uma
pessoa ler a Escritura e adquirir dela entendimento e conhecimento suficientes para salvação,
embora algumas vezes alguém possa precisar de um crente instruído até para isso:
“E, correndo Filipe, ouviu que lia o profeta Isaías, e disse: Entendes tu o que lês? E ele disse:
Como poderei entender, se alguém não me ensinar? E rogou a Filipe que subisse e com ele se
Mas há passagens na Bíblia que são, em diferentes graus, difíceis de entender. Nestes casos,
alguém pode solicitar o auxílio de ministros e teólogos para explicarem as passagens, de forma a
Neemias 8.8 afirma o lugar do ministério de pregação: “E leram no livro, na lei de Deus; e
declarando, e explicando o sentido, faziam que, lendo, se entendesse”. Contudo, a autoridade final
descansa nas palavras da própria Escritura, e não na interpretação dos eruditos. A Escritura nunca
está errada, embora nosso entendimento e indiferenças para com ela possam estar algumas vezes,
equivocados. Este é o motivo pelo qual toda igreja deveria treinar seus membros na teologia, na
hermenêutica e na lógica, de forma que eles possam manusear melhor a palavra da verdade.
Portanto, embora a doutrina da clareza da Escritura conceda a cada pessoa o direito de ler e
interpretar a Bíblia, ela não elimina a necessidade de mestres na igreja, mas, antes, afirma a sua
necessidade. Paulo escreve que um dos ofícios ministeriais que Deus estabeleceu foi o de mestre, e
Ele apontou indivíduos para desempenhar tal função (1 Co 12.28). Mas Tiago adverte que nem todos
deveriam ansiar assumir tal ofício: “Meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres, sabendo que
receberemos mais duro juízo” (Tg 3.1). Em outro lugar, Paulo escreve, “Digo a cada um dentre vós
que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação...” (Rm 12.3).
Aqueles escolhidos por Deus para serem ministros da doutrina são capazes de interpretar as
passagens mais difíceis da Escritura, e podem também extrair valiosos insights que podem evitar
outras dificuldades das passagens mais simples também. Efésios 4.7-13 se referem a este ofício
como um dos dons de Cristo à sua igreja, e, portanto, os cristãos devem valorizar e respeitar aqueles
Vivemos numa geração na qual pessoas desprezam a autoridade; elas detestam ouvir o que
devem fazer ou crer. A maioria nem mesmo respeita a autoridade bíblica, para não citar a autoridade
eclesiástica. Elas consideram as suas opiniões tão boas quanto à dos apóstolos, ou, no mínimo, dos
teólogos e pastores; sua religião é democrática, não autoritária. Mas a Escritura ordena os crentes a
obedecerem aos seus líderes: “Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por
vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria e não
gemendo, porque isso não vos seria útil”. Todo crente tem o direito de ler a Bíblia por si mesmo, mas
isto não deve se traduzir em desafio ilegítimo contra os sábios ensinos de eruditos ou contra a
A SUFICIÊNCIA DA ESCRITURA
Muitos cristãos reivindicam afirmar a suficiência da Escritura, mas seu real pensamento e
prática negam-na. A doutrina afirma que a Bíblia contém informação suficiente para alguém, não
somente para encontrar a salvação em Cristo, mas para subsequentemente receber instrução e
direção em todo aspecto da vida e pensamento, seja por declarações explícitas da Escritura, ou por
A Bíblia contém tudo que é necessário para construir uma cosmovisão cristã compreensiva que
nos capacite a ter uma verdadeira visão da realidade. A Escritura nos transmite, não somente a
vontade de Deus em assuntos gerais da fé e conduta cristã, mas ao se aplicar preceitos bíblicos,
podemos também conhecer Sua vontade em nossas decisões específicas e pessoais. Tudo que
precisamos saber como cristãos é encontrado na Bíblia seja no âmbito familiar, do trabalho ou da
igreja.
Paulo escreve que a Escritura não é somente divina na origem, mas é também abrangente no
escopo:
“Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para
corrigir, para instruir em justiça. Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído
A implicação necessária é que os meios de direção extra bíblicos, tais como visões e profecias,
são desnecessários, embora Deus possa ainda fornecê-los, quando Ele se agradar. Os problemas
ocorrem quando os cristãos sustentam uma posição que equivale a negar a suficiência da Escritura
em fornecer abrangente instrução e direção. Alguns se queixam que na Bíblia falta informação
específica que alguém precisa para fazer decisões pessoais; à luz da palavra de Deus, deve-se
entender que a falta reside nestes indivíduos, e não no fato de que a Bíblia é insuficiente.
Aqueles que negam a suficiência da Escritura carecem da informação que eles necessitam, por
causa da sua imaturidade espiritual e negligência. A Bíblia é deveras suficiente para dirigi-los, mas
eles negligenciam o estudo dela. Alguns também exibem forte rebelião e impiedade. Embora a Bíblia
trate das suas situações, eles recusam se submeter aos seus mandamentos e instruções. Ou, eles se
recusam a aceitar o próprio método de receber direção da Escritura no geral, e exigem que Deus os
dirija através de visões, sonhos e profecias, quando Ele já lhes deu tudo o que eles necessitam,
através da Bíblia.
Quando Deus não atende às suas demandas ilegítimas de direção extra bíblica, alguns decidem
até mesmo procurá-la através de métodos proibidos, tais como astrologia, adivinhação e outras
práticas ocultas. A rebelião deles é tal que, se Deus não fornecer a informação desejada nos moldes
O conhecimento da vontade de Deus não vem de direção extra bíblica, mas de uma
“E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso
entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus” (Rm
12.2).
A teologia cristã deve afirmar, sem reservas, a suficiência da Escritura como uma fonte
abrangente de informação, instrução e direção. A Bíblia contém toda a vontade de Deus, incluindo a
informação que alguém precisa para salvação, desenvolvimento espiritual e direção pessoal. Ela
contém informação suficiente, de forma que, se alguém a obedece completamente, ele estará
cumprindo a vontade de Deus em cada detalhe da vida. Mas, ele comete pecado à extensão em que
ele falha em obedecer à Escritura. Embora nossa obediência nunca alcance perfeição nesta vida,
todavia, não há nenhuma informação que precisemos para viver uma vida cristã perfeita, que já não
esteja na Bíblia.
HAMARTIOLOGIA
I – O PECADO
A palavra “pecado” conforme se encontra nas nossas versões, vem de uma raiz hebraica
II – A ORIGEM DO PECADO
informando acerca do 1º lar do homem, sua inteligência, seu serviço no jardim do Éden, as duas
Notemos a árvore proibida: por que fora colocada ali? Para prover um teste pelo qual o
homem pudesse, amorosa e livremente escolher servir a Deus, e dessa maneira desenvolver o seu
caráter, sem esta vontade livre o homem seria meramente uma máquina.
B - A origem da tentação: “Mas a serpente, mais sagaz que todos os animais selváticos que o
SENHOR Deus tinha feito.” (Gn 3.1a). É razoável deduzir que a serpente daqueles dias deveria ter
sido uma criatura formosa, foi o agente empregado por Satanás, o que já tinha sido lançado fora do
céu antes da criação do homem (Ez 23.13-17; Is 14.12-15). Por esta razão, Satanás é descrito como
“a antiga serpente, chamada diabo” (Ap 12.9), geralmente Satanás trabalha por meio de agentes.
Satanás usou a serpente, por esta ser uma criatura que Eva jamais desconfiaria.
10.16) que com grande astúcia oferece sugestões, as quais ao serem abraçadas, abrem caminhos a
desejos e atos pecaminosos. Ela começa falando com a mulher, o vaso mais frágil, que, além disso,
não teria ouvido diretamente a proibição divina (Gn 2.1-6) e ele espera até que Eva esteja só. Nota-se
a astúcia na aproximação. Ela torce as palavras de Deus (Gn 3.1; 2.16-17), e estão finge-se surpresa
por estarem assim torcidas: dessa maneira ela, astutamente, semeia dúvidas e suspeitas no coração
da ingênua mulher, e ao mesmo tempo insinua que está bem qualificada para ser juiz quanto à justiça
de tal proibição. Por meio da pergunta no versículo, lança uma tríplice dúvida acerca de Deus:
2 - A culpa
O conhecimento adquirido foi diferente do que eles esperavam em vez de fazê-lo semelhante a
Deus, experimentaram em profundo sentimento e culpa que a fez ter medo de Deus.
Assim como a nudez física é sinal de consciência culpada, da mesma maneira, procurar cobrir a
nudez é um quadro que representa o homem a procurar cobrir sua culpa com a indumentária do
esquecimento ou o traje das desculpas. Mas somente uma veste feita por Deus pode cobrir o pecado.
3 – O juízo
A - Sobre a serpente: “porquanto fizeste isto, maldita serás mais que todas as bestas, e mais que
todos os animais do campo; sobre o teu ventre andarás, e pó comerás todos os dias da tua vida”.
meio de dores darás à luz filhos; o teu desejo será para o teu marido, e ele te governará”.
C - Sobre o homem: o trabalho para o homem já tinha sido designado, o castigo consiste no afã, nas
A redenção
Prometida: Gn 3.15
1) A serpente procurou fazer aliança com Eva contra Deus, mas Deus porá fim nessa aliança. “E
porei inimizade entre ti e a mulher, e entre tua semente (descendentes) e a sua semente”... Haverá
uma luta constante entre o homem e o poder maligno que causou a sua queda.
mulher. “Ela (a semente da mulher) te ferirá a cabeça, Cristo a semente da mulher veio ao mundo
para esmagar a cabeça do diabo” (Mt 14.23, 25; Lc 1.31-35, 76; Gl 4.4; Rm 16.20).
Porém a vitória não será sem sofrimento. “E tu (a serpente) te ferirá o calcanhar”. No Calvário, a
serpente feriu o calcanhar da semente da mulher; mas este ferimento trouxe cura para a humanidade
Pré-figurada: Deus matou um animal, uma criatura inocente, para poder vestir aqueles que se
sentiam nus ante a sua vista por causa do pecado. Do mesmo modo, o Pai deu o seu Filho, o
inocente à morte, a fim de prover uma cobertura Expiativa para as almas dos homens.
A - Esfera moral:
1 - A palavra mais comum usada para o pecado significa “errar o alvo”, que reúne as seguintes ideias:
* errar alvo como o arqueiro que atira, mas erra; do mesmo modo, o pecador erra o alvo final da
vida.
2 - Outra palavra significa literalmente tortuosidade, muitas vezes é traduzido por perversidade.
3 - Violência e infração.
A palavra usada para determinar o pecador nesta esfera, significa violência ou conduta injuriosa
C - Na esfera da santidade
Nesta esfera definimos o pecado como profanação, transgressão (Sl 37.88; 51.13; Is 53.12).
D - Na esfera da verdade
A palavra frequentemente traduzida nesta esfera é insensato, escarnecedor (Pv 14.6, 15.20).
Dívida - Mt 6.12.
Desobediência - Hb 2.2.
Transgressão - Rm 4.15.
Queda - Ef 1.7.
Derrota - Rm 11.12.
O erro - Hb 9.7.
Fraqueza espiritual
Discórdia interna.
V - UNIVERSALIDADE DO PECADO
Os textos sagrados que se seguem, provam que todos pecaram. Somente Jesus não pecou,
porque não precedeu da geração humana - Rm 3.23, 5.12; 1 Jo 1.8; Sl 51.5, 58.3.
ANGELOLOGIA, SATANALOGIA E DEMONOLOGIA
O ensino da escrituras: a existência dos anjos é ensinada em pelo menos 34 livros da bíblia. A
O ensino de Cristo: Cristo sabia da existência dos anjos e ensinava claramente (Mt 18.10, 26.53).
Intelecto 1 Pe 1.12.
Emoções Lc 2.13.
Vontade Jd 6
Não se reproduzem: os anjos sempre são descritos como varões, porém na realidade não possuem
V - SUA CLASSIFICAÇÃO
Arcanjo - Jd 6.
Poderosos - Sl 103.20.
Santos - Ap 14.10.
À Cristo
As nações
Aos descrentes
SATANALOGIA
a) Ensino das escrituras: a existência de Satanás é ensinada em sete livros do Antigo Testamento e
11.18.
II - PERSONALIDADE DE SATANÁS
Nomes:
Satanás (adversário)
Difamador (diabo)
Belial (2 Co 6.15)
Títulos:
Maligno - 1 Jo 5.19
Tentador - 1 Ts 3.5
Serpente - Ap 12.9
Dragão - Ap 12.3
Seu caráter
É homicida - Jo 8.44
É mentiroso - Jo 8.44
É acusador - Ap 12.10
É adversário - 1 Pe 5.8
Suas limitações
Ele é criatura, e, portanto, não é nem onisciente nem infinito.
O pecado: Is 14.13-14.
Eu subirei ao céu
Serei semelhante ao Altíssimo (Satanás queria ser possuidor do céu e da terra), seu pecado
é chamado de orgulho.
Satanás usou várias pessoas para tentar boicotar a obra de Cristo - Mt 2.16; Jo 8.44; Mt 16.23.
Em relação às nações
Em relação ao descrente
Ele cega os entendimentos - 2 Co 4.4.
Em relação ao crente
DEMONOLOGIA
c) sua moralidade: são chamados de espíritos imundos e sua doutrina leva a uma conduta imoral (1
Tm 4.1-2).
a) Em geral
Os demônios podem ser usados por Deus na realização de seus propósitos - 1 Sm 16.16; 2 Co 12.7.
Em particular
influência diretos sobre ela, com certos prejuízos para as funções mentais e físicas.
A possessão demoníaca deve ser distinguida da opressão maligna ou influência maligna, nestas
duas últimas o demônio age de fora para dentro e na possessão ele age dentro da própria pessoa.
O crente não pode ser possuído por um demônio, por ser habitação do Espírito Santo, porém
Distúrbios mentais são ocasionalmente causados por possessão demoníaca a tal ponto de dar a
Destino temporário
Alguns que estavam livres foram lançados ao abismo (Lc 8.31).
Alguns que estão presos serão soltos na grande tribulação (Ap 9.1-11).
Destino definitivo
Finalmente todos os demônios, juntos com Satanás serão lançados dentro do lago de fogo (Mt
25.41).
ECLESIOLOGIA
Irmãos: a igreja é uma fraternidade ou comunhão espiritual, no qual foram obtidas todas as divisões
Crentes: os cristãos são chamados crentes porque a sua fé caracteriza-se na fé no Senhor Jesus.
Santos: são chamados santos porque estão separados do mundo, dedicados a Deus.
destino glorioso.
Discípulos: são discípulos porque estão sob a preparação espiritual, com instrutores inspirados por
Cristo.
Os do caminho: porque viviam de acordo com uma maneira especial de viver (At 9.2)
Ilustrações da igreja
Corpo de Cristo: o uso dessa ilustração faz lembrar que a igreja é um organismo e não meramente
uma organização.
especial, tal como uma organização fraternal ou um sindicato. Um organismo é qualquer coisa viva,
localiza a si mesmo em determinado lugar, onde o seu povo possa achar em casa - Ex 25.8; 1 Rs
8.27.
A noiva de Cristo: descreve a união e a comunhão de Deus com seu povo (2 Co 11.2; Ef 5.25-27;
Ap 19.7).
II - A FUNDAÇÃO DA IGREJA
Considerada profeticamente
Israel é descrito como uma igreja, no sentido de ser uma nação chamada dentre as outras
nações a ser um povo de servos de Deus (At 7.38). Quando o antigo testamento foi traduzido para o
grego, a palavra “congregação” (de Israel) foi traduzida por Ekklesia ou igreja, pois era a congregação
ou igreja de Jeová. Depois da igreja judaica o Ter rejeitado, Cristo predisse a fundação duma nova
congregação ou igreja, uma instituição divina que continuaria sua obra na terra (Mt 16.18). Essa é a
igreja de Cristo que veio a ter existência no dia de pentecostes.
Considerada historicamente
A igreja de Cristo veio a existir, como igreja no dia de pentecostes, quando foi consagrada pela
unção do Espírito Santo. Assim, os primeiros membros da igreja foram congregados no cenáculo e
consagrados como igreja pela descida do Espírito Santo.
A igreja de Cristo está no mundo para mudá-lo, precisamos conhecer a vontade de Deus
revelada na bíblia, e deixar o Espírito Santo aplicar as suas verdades em nossa vida diária.
A primeira carta de Paulo aos corintos traz dez princípios aos membros:
Tome cuidado para não trazer o seu estilo de vida mundano para a igreja - 1 Co 3.4.
Tolere o ponto de vista dos outros em assuntos amorais (os fracos não devem julgar os fortes, nem
Diante de Deus, homens e mulheres são iguais, mas eles precisam reconhecer as diferenças de seus
papéis para homens e mulheres em sua cultura, e ajustar seu estilo de vida a eles - 1 Co 10.1.
Equilibre as necessidades financeiras internas de sua igreja com as externas: evangelismo e serviço
Segurança - Rm 3.25, 26
Comunhão
Disciplina - At 2.42-47
Ministração - At 6.1-6
VI - A OBRA DA IGREJA
O batismo nas águas é o rito do ingresso na igreja cristã, e simboliza o começo da vida
espiritual.
sugere a fé em Cristo, o segundo a comunhão com Cristo; o primeiro é administrado somente uma
vez, porque pode haver apenas um começo de vida espiritual; o segundo é administrado
Batismo
Modo: a palavra batizar, usada na fórmula de Mateus 28.19, 20, significa literalmente mergulhar ou
imergir.
O recipiente: todos os que sinceramente se arrependem de seus pecados e exercitam uma fé viva
A eficácia: o batismo nas águas, em si não tem poder para salvar, as pessoas são batizadas, não
O significado: o batismo é uma confirmação da fé, manifestada ao Senhor Jesus Cristo. É um ato
simbólico que significa a morte do velho homem e ressurreição para uma nova vida com Cristo.
Ceia do Senhor
Os pontos-chave desta ordenança são as seguintes:
Comemoração: “Fazei isto em memória de mim”. Cada vez que um grupo de cristãos se congrega
para celebrar a ceia do Senhor, está comemorando, dum modo especial, a morte expiatória de Cristo
que os libertou dos pecados. Por que recordarmos mais a morte de Jesus do que qualquer outro
A morte foi o evento culminante de seu ministério e porque somos salvos, não meramente por
sua vida e seus ensinos, embora sejam divinos, mas por seu sacrifício expiatório.
Instrução: a ceia do Senhor é uma lição objetiva que expõe os dois fundamentos do evangelho - 1)
Inspiração: os elementos, especialmente o vinho, nos lembram que pela fé podemos ser
participantes da natureza de Cristo, isto é, Ter comunhão com Ele. Ao participar do pão e do vinho da
ceia, o ato nos recorda e nos assegura que pela fé, podemos receber o Espírito Santo de Cristo e ser
Segurança: a nova aliança instituída por Jesus (1 Co 11.25), é um pacto de sangue. Deus aceitou o
sangue de Cristo (Hb 9.14-24); portanto, compromete-se por causa de Cristo, a perdoar e salvar a
todos os que vierem a Ele. O sangue de Cristo é a divina garantia de que Ele será benévolo e
Responsabilidade: quem deve ser admitido ou excluído da mesa do Senhor? Paulo trata da questão
O culto público.
O culto particular.
IV - GOVERNO DA IGREJA
As primeiras igrejas eram democráticas em seu governo - circunstância natural em uma
comunhão onde o Dom do Espírito Santo estava disponível a todos, e onde toda e qualquer pessoa
podia ser dotada de dons para um ministério especial.
Nos dias primitivos não havia nenhum governo centralizado abrangendo toda a igreja. Cada
igreja era autônoma e administrava seus próprios negócios com liberdade. Embora que cada igreja
fosse independente uma da outra, quanto a jurisdição, as igrejas do novo testamento mantinham
relações cooperativas uma com as outras (Rm 15.26, 27; 2 Co 8.19; Gl 2.10; Rm 15.1; 3 Jo 8).
A . Posição Pós-Milenista.
Significado. A Segunda vinda de Cristo se dará depois do Milênio.
Ordem dos acontecimentos. A parte final da Era da Igreja (i.e, os seus últimos 1.000 anos) é o
Milênio, que será uma época de paz e abundância promovida pelos esforços da Igreja. Depois disso,
Cristo virá. Seguir-se-á, então, uma ressurreição generalizada e depois desta, um juízo geral e a
eternidade.
Método de interpretação. A interpretação pós-milenista é amplamente espiritualizada no que tange
a profecia. Apocalipse 20, todavia, será cumprido num reino terreno, estabelecido pelos esforços da
igreja.
B. Posição Amilenista.
Significado. A segunda vinda de Cristo se dará no fim da época da igreja e não existe um Milênio na
Terra. Estritamente falando, os amilenistas creem que as presentes condições dos justos no céu é o
Milênio, e que não há ou haverá um Milênio terrestre. Alguns amilenistas tratam a soberania de Cristo
sobre os corações dos crentes como se fosse o Milênio.
Ordem dos acontecimentos. A Era da igreja terminará num tempo de convulsão, Cristo voltará,
haverá ressurreição e juízo gerais e, depois, a eternidade.
Métodos de interpretação. A interpretação amilenista espiritualiza as promessas feitas a Israel como
nação, dizendo que são cumpridas na Igreja. De acordo com esse ponto de vista, Apocalipse 20
descreve a cena das almas no céu durante o período entre a primeira vinda de Cristo.
C. Posição Pré-Milenista.
Significado. A segunda vinda de Cristo acontecerá antes do Milênio.
Ordem dos acontecimentos. A Era da igreja termina no tempo da tribulação, Cristo voltará à Terra,
estabelece e dirige seu reino por 1000 anos, ocorrem a ressurreição e o juízo dos não-salvos, e
depois vem a eternidade.
Método de interpretação. O pré-milenismo segue o método de interpretação normal, literal,
histórico-gramatical. Apocalipse 20 é entendido literalmente. A questão do arrebatamento entre os
pré-milenistas não há unanimidade quanto ao tempo em que vai acontecer o arrebatamento.
O ARREBATAMENTO DA IGREJA
Arrebatamento pré-tribulacional.
Significado. O arrebatamento da igreja (i.e., a vinda do Senhor nos ares para os seus santos)
ocorrerá antes que comece o período de sete anos da tribulação. Por isso, a igreja não passará pela
tribulação, segundo este ponto de vista. Provas citadas: A promessa de ser guardada (fora) da hora
da provação (Ap 3.10). A remoção do aspecto de habitação no ministério do Espírito Santo exige
necessariamente a remoção dos crentes (2 Ts 2). A tribulação é um período de derramamento da ira
de Deus, da qual a Igreja já está isenta (Ap 6.17; 1 Ts 1.10; 5.9). O arrebatamento só pode ser
iminente se for pré-tribulacional (1 Ts 5.6).
Arrebatamento mesotribulacional.
Significado. O arrebatamento ocorrerá depois de transcorrido três anos e meio do período da
tribulação. Provas citada: A última trombeta de 1 Co 15.52 é a sétima trombeta de Ap 11.15 que soa
na metade da tribulação. A Grande Tribulação é composta apenas dos últimos três anos e meio da
septuagésima semana da profecia de Dn 9.24-27, e a promessa de libertação da igreja só se aplica a
esse período (Ap 11.2, 12.6). A ressurreição ocorre na metade da tribulação (Ap 11.3; 11).
Arrebatamento pós-tribulacional
Significado: O arrebatamento acontecerá no final da tribulação. O arrebatamento é distinto da
segunda vinda de Cristo, embora seja separado dela por um pequeno intervalo de tempo. A igreja
permanecerá na terra durante todo o período da tribulação. Provas citadas: o arrebatamento e a
segunda vinda, são descritos pela mesma palavra. Preservação da ira significa proteção sobrenatural
para os crentes durante a tribulação, não libertação por ausência (assim como Israel permaneceu no
Egito durante as pragas, mas foi protegido de seus efeitos). Há santos na terra durante a tribulação
(Mt 24.22).
Arrebatamento parcial.
Significado. Somente crentes considerados dignos serão arrebatados antes de a ira de Deus ser
derramada sobre a terra; os que não tiveram sido fiéis permanecerão na terra durante a tribulação.
Provas citadas: Versículos como Hb 9.28, que exigem vigilância e preparo.
B. A Descrição do Arrebatamento.
1 Ts 4.13-18; 1 Co 15.51-57; Jo 14.1-3.
Tribulação
Sua Duração. É a 70ª semana de Daniel e, portanto, durará sete anos (Dn 9.27). A metade desse
período é apresentada pela expressões ‘42 meses’ e ‘1.260 dias’ (Ap 11.2-3).
Sua Distinção. (Mt 24.21; Ap 6.15-17).
Sua Descrição. Julgamento sobre o mundo. As três séries de juízos descrevem esse julgamento
(selos, Ap 6; Trombetas, Ap 8-9; taças, Ap 16). Perseguição contra Israel (Mt 24.9, 22; Ap 12.17).
Salvação de multidões (Ap 7). Ascensão e domínio do anticristo (2 Ts 2; Ap 13).
Seu Desfecho. A tribulação terminará com a reunião das nações para a batalha de Armagedom e
com o retorno de Cristo à Terra (Ap 19).
O Milênio
Definição. O Milênio é o período de 1.000 anos em que Cristo reinará sobre a Terra, dando
cumprimento às alianças abraâmica e davídica, bem à nova aliança.
Suas Designações. O Milênio é chamado de ‘reino dos céus’ (Mt 6.10), ‘reino de Deus’ (Lc 19.11),
‘reino de Cristo’ (Ap 11.15), a ‘regeneração’ (Mt 19.28), ‘Tempos de refrigério’ (At 3.19) e ‘o mundo
porvir’ (Hb 2.5).
Seu Governo. Seu cabeça será Cristo (Ap 19.16). Seu caráter. Um reino espiritual que produzirá paz,
equidade, justiça, prosperidade e glória (Is 11.2-5). Sua capital será Jerusalém (2.3).
Sua Relação com Satanás. Durante este período, Satanás estará acorrentado sendo liberto ao seu
final, para liderar uma revolta final contra Cristo (Ap 20). Satanás será derrotado e lançado
definitivamente no lago de fogo.
Os Juízos Futuros
C. Julgamento de Israel
Tempo: Na segunda vinda de Cristo
Lugar: Na Terra, no “deserto dos povos” (Ez 20.35)
Juiz: Cristo
Participantes: Judeus vivos ao tempo da Segunda vinda de Cristo
Base: Aceitação do Messias
Resultado: Os salvos entraram no reino; os perdidos serão lançados no lago de fogo
Textos: Ez 20.33-38
As Ressurreições
A - A ressurreição dos justos (Lc 14.14; Jo 5.28-29)
Inclui: Os mortos em Cristo, que são ressuscitados no arrebatamento da igreja (1 Ts 4.16)
Inclui: Os salvos durante o período da Tribulação (Ap 20.4)
Inclui: Os santos do Antigo Testamento (Dn 12.2 – alguns creem que serão ressuscitados no
arrebatamento; outros pensam que isso se dará na segunda vinda). Todos estes são incluídos na
primeira ressurreição.
B - Ressurreição dos Ímpios. Todos os não-salvos serão ressuscitados depois do Milênio para
comparecerem perante o grande Trono Branco e serem julgados (Ap 20.11-15). Esta Segunda
ressurreição resulta na Segunda morte para todos envolvidos.
PARACLETOLOGIA
DOUTRINA DO ESPÍRITO SANTO
Para ser uma pessoa não se faz necessário possuir uma forma corpórea (um corpo). Entretanto,
é mister que possua três atributos básicos de uma personalidade que são:
A - Intelecto
B - Sensibilidade
C - Volição
A - Intelecto - capacidade de pensar (Jo 14.26; 1Co 2.11), pensar é formar ideias, raciocinar, meditar
etc.
Como personalidade o Espírito Santo possui um nome: Consolador, que no grego significa
paracleto, alguém chamado para estar ao lado, tudo isso são provas da personalidade do Espírito
Santo.
Muito cuidado neste particular é necessário. Muitos têm negado esta realidade, apresentando o
Espírito Santo de maneira impessoal, como sopro, unção que unge, fogo que ilumina etc. Contudo,
esses nomes são apenas descrições das suas operações. Deve-se descrever o Espírito Santo de
uma maneira que não deixe dúvidas quanto a sua personalidade. Ele exerce os atributos de uma
pessoa, tem bondade 1 Co 12.11, tem sentimentos Ef 4.30, tem atividades pessoais que lhe são
atribuídas; ele releva 2 Pe 1.21, ele pode ser entristecido Ef 4.30, contra ele pode-se mentir At 5.3 e
blasfemar Mt 12.31-32.
A falta de uma forma corpórea definida, não é argumento contra a realidade de personalidade
Sim, porque ele possui, também, todos os atributos das suas outras pessoas da Trindade.
A - Eternidade - Hb 9.14
B - Onipotência – Lc 1.35
C - Onipresença - Sl 139.7-10
D - Onisciência - 1 Co 2.11
B - Preservação - Sl 104.30
C - Salvação - Jo 16.8, 9
4 - Símbolos do Espírito
A Bíblia menciona vários elementos, quase todos existem na natureza, obra das mãos de Deus,
A - Fogo - o fogo ilustra a limpeza, a pureza etc. (Mt 3.11; Ex 3.2; At 2).
C - Chuva - (falta de chuva é uma grande provação. A bênção do pentecostes está simbolizada como
a chuva, Jo 2.23-28. Existe uma "lei da chuva" Jó 28.25, 26 - QUAL? É a obediência diante de Deus e
de sua palavra Dt 28.1-12. Todavia, quando há desobediência de nossa parte, então o céu se torna
como bronze, e em lugar de chuva aparece a poeira. Cuidado com irrigações espirituais! A chuva é
32.2 - Nós como lavoura, somos lavoura de Deus, e precisamos deste orvalho toda manhã.
F - Pomba - Mt 3.16 (a pomba representa pureza, era uma das aves que servia para sacrifícios por
ser limpa, Lv 12.8 e veja Lc 2.24). A igreja como noiva deve ter olhos como de pombas, Ct 1.15, 5.2,
G - Azeite - (o azeite é, talvez, o mais comum e conhecido símbolo do Espírito Santo. Tem vasta
utilidade, beleza, alimento, iluminação, lubrificação, cura e alívio da pele. Da mesma sorte, o Espírito
2,19 - Segurança, a ideia de segurança também está incluída. Ef 1.18, os crentes são propriedade de
Deus, e sabe-se que o são pelo Espírito que neles habita. Nós temos sido selados, mas devemos ter
I - Água - A água é o elemento indispensável à vida física, ela purifica, refresca, sacia a sede e torna
frutífero o estéril. O Espírito Santo é indispensável na vida espiritual (Tt 3.5; Jo 3.5).
Era a maneira tríplice: 1) Como Espírito Criador, ou cósmico, por cujo poder o universo e todos os
seres foram criados. 2) Como Espírito dinâmico ou doador de poder; e 3) Como Espírito regenerador,
pelo qual a natureza humana é transformada. Como Espírito dinâmico ou doador de poder, o Espírito
atuava criando duas espécies de ministros: 1) Obreiros para Deus; e 2) Locutores para Deus.
Josué (Nm 27.8-21), Otoniel (Jz 3.9, 10) e José (Gn 41.38-40); Era de maneira singular e para
uma determinada finalidade, Deus capacitava uma pessoa para fazer uma obra. Exemplo:
Bezaleel - Foi cheio do Espírito de Deus para INVENTAR invenções (Ex 31.1-3);
Dã - Jz 13.25.
Ele desceu sobre a igreja no dia de pentecostes para com ela permanecer.
5.3 - Operação do espírito Santo tem duas áreas de atuação aqui na Terra: no crente e na Igreja.
B) Necessidade da Regeneração - Todo homem precisa nascer de novo. Antes do novo nascimento
estávamos mortos em nossos delitos e pecados (Ef 2.1); necessitamos nascer de novo - nascer do
Espírito.
Separação - dedicação.
A santificação é um assunto muito vasto, que não pode ser abordado neste pequeno espaço. O
Quando sentimos os impulsos da velha natureza, podemos estar certos de que temos um
maravilhoso poder dentro de nós. Por este divino poder, podemos ser vitoriosos.
Que privilégio este, de recebermos em nossos corações, não o simples dom do Espírito, mas a
Jesus disse que o Espírito Santo nos ensinará todas as coisas (Jo 14.26). O Espírito Santo é o
maior professor. Jesus estando no mundo foi considerado o "Grande Mestre" e o Espírito ocupou seu
influência consoladora do Espírito, que Paulo e Silas feridos pelos açoites, presos e algemados à
- Avisa e aconselha
Exemplos:
- Paulo cheio do Espírito Santo amaldiçoou Elias, o Encantador (At 13.9-12) etc.
O Espírito Santo encontrou na terra um lugar especial para sua atuação, a igreja. Jesus, o
edificador da igreja, ao encerrar sua missão aqui na terra, apresentou seu substituto ao dizer: “Eu vos
enviarei outro consolador, para que esteja convosco para sempre” (Jo 14.16).
Vejamos o que diz Pedro na sua mensagem At 2.32. “Porque a promessa vos diz respeito a
vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe, a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar”.
Sim. Não somente pedir, mas rogar, suplicar, clamar com todas as suas forças, crendo na
6.3 - Existe alguma fórmula bíblica para receber o Batismo com o Espírito Santo?
6.3.1 Vamos relacionar o que não é bíblico:
6.3.2 Não existe taxativamente uma fórmula para Deus operar, Ele opera como deseja. A bíblia
diz:
a) Os discípulos estavam assentados quando o Espírito Santo veio sobre eles (At 2.2-3).
b) “E impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo... Pedro e João ... lhes
c) Durante a pregação, Pedro na casa de Cornélio... “caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam
roupas, no momento do batismo nas águas, num culto de oração etc. Temos que ter cuidado para
não mecanizar as coisas do Espírito. NOTA: Vivemos no mundo do artificialismo, é bem provável que
nesta área haja quem queira fazer como Simão, o mágico, que ofereceu a Pedro dinheiro para
BATISMO: A palavra ‘Batismo’ é usada figurativamente para descrever a imersão no poder vitalizante
do Espírito Divino.
"... derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade e a minha bênção..." (Is 44.3).
"... eis que abundantemente derramarei sobre vós o meu espírito e vos farei saber..." Joel 2:28-32 "E
"... ficai... até que do alto sejais revestidos de poder." (Lc 24.49).
"... sobre aqueles que vires descer o Espírito... esse é o que batiza com o Espírito Santo" (Jo 1.33)
Dons vocacionais:
a) Exortar
b) Repartir
c) Presidir
d) Misericórdia (socorro)
Dons espirituais:
Dentre as insondáveis riquezas espirituais do Senhor Jesus Cristo à disposição da igreja para o
cumprimento do seu plano e propósito por meio dela aqui na terra está os dons espirituais.
sobrenaturais de capacidade divina para serviços especiais na execução do propósito divino através
da igreja.
exortação de Paulo em 1 Co 12.1 - "concernente aos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais
ignorantes".
Neste dia que precedem à volta do Senhor Jesus, quando o Espírito Santo aumenta as suas
atividades na terra, é para os cristãos um imperativo estarem suficientemente instruídos acerca das
dons, nos vem a mente coisas tangíveis, que nos são dados por possessão, para serem usados
quando e como queremos. Todavia, a palavra grega traduzida "dons", nos capítulos 12 e 14 de 1 Co,
não tem esse sentido. Esses dons não são objetos que possam ser guardados e usados por qualquer
pessoa. A palavra "dons", que no grego quer dizer "carisma", significa literalmente "HABITAÇÃO DO
FAVOR E DA GRAÇA DE DEUS", e não é encontrado em nenhum dos Evangelhos, mas somente
nas Epístolas.
sobrenatural.
a) Sabedoria
b) Ciência ou Conhecimento
c) Discernimento de Espíritos
Estes três dons manifestam o poder de Deus. Concede a capacidade do agir sobrenatural.
A) Fé
B) Curas
Estes três dons são de expressão verbal e manifesta a mensagem de Deus. Concedem a
a) Profecia
b) Variedade de Línguas
c) Interpretação de Línguas
Este dom tem a ver com a mente, vontade e propósito de Deus. Trata-se da "palavra da
sabedoria", isto é, uma partícula da infinita sabedoria de Deus. Há vestígio desse favor divino muito
Salomão 1 Rs 3.16-28, em Daniel etc. Esse dom opera na esfera do saber, na pregação, no ensino
naturais. É uma revelação de uma série de ações e se baseia no perfeito conhecimento de Deus.
A origem dos dons é a onisciência de Deus, que é um dos seus atributos divino. No velho
testamento encontramos um verdadeiro tipo deste dom. Samuel soube da vinda de Saul (1 Sm 9.15-
16) e que ele havia escondido "entre a bagagem" (1 Sm 10.21-22). Elizeu também teve conhecimento
Todavia, podemos observar como o filho de Deus manifestou este dom durante o seu ministério
terreno. Por exemplo: Ele soube que Natanael estivera debaixo da figueira (Jo 1.48), sabia que
Lázaro estava morto (Jo 11.14). As faculdades são úteis ao trabalho, mas a palavra de conhecimento
Muitos falharam nas concepções do real sentido de discernimento dos espíritos. Não se trata de
julgar, criticar ou fazer mau juízo do próximo, mas discernir os espíritos é saber quem está operando
na ambiente, se é o Espírito Santo, o espírito humano ou espírito mau. O vocábulo discernir aqui
significa "ver o oculto". O Dom da Ciência tem a ver com pessoas e coisas, mas este tem a ver
somente com espíritos. Paulo discerniu pelo espírito de Deus através do dom de discernir espírito,
que o espírito que estava na moça que vinha atrás deles dando anúncio que Paulo e Silas eram
servos do Deus Altíssimo, Paulo entendeu que aquilo era um espírito de adivinhação e Ele expulsou
Agora dirigimos a nossa atenção para os "dons de poder", o segundo grupo dos dons descritos
7.2.1 - Fé
A fé é mencionada em primeiro lugar, provavelmente, por ser necessária para a operação dos
sobrenatural. Mas é um dom especial de Deus, distribuído pelo Espírito, a algumas pessoas e para
quando foi lançado na cova dos leões (Hb 11.33). Abraão demonstrou-a quando creu no nascimento
de Isaque. Elizeu também demonstrou esse tipo de fé quando fez multiplicar o azeite da viúva (2 Rs
4).
Uma porção desta fé divina que de fato é um atributo de Deus derramado sobre o homem, pode
fazer até mesmo o que é aparentemente impossível, é isto o Dom de fé, não o confundamos, pois,
com fé comum que se manifesta para a salvação logo que ouvimos a palavra de Deus (Rm 10.17).
7.2.2 - Curas
O poder para curar é muito desejado em virtude de ser um sinal eloquente na confirmação da
dependência da soberania de Deus. O propósito dos dons de curar é, naturalmente, libertar das
enfermidades sofredoras. Contudo, eles têm ainda um propósito mais alto a Glória de Deus. Eles (os
dons de curar) chamam a atenção para a majestade do poder de Deus pela confirmação de sua
palavra. Estes dons contribuem para abrir os corações de tal maneira que muitos aceitam o
evangelho da salvação.
inconcebível à mente finita do homem. A Bíblia é o livro dos milagres, de fatos, ele é talvez o maior
milagre. As pragas do Egito foram milagres. A separação das águas do Mar Vermelho, o maná que
enviou ao povo no deserto, a água provida da rocha em Refidim, foram milagres realizados por Deus
por intermédio daqueles a quem Ele enche do seu Espírito. Ainda a paralisação do sol por intermédio
de José, o machado que emergiu do fundo das águas por meio de Elizeu, a sombra do sol que voltou
atrás atendendo à oração de Ezequiel, todos estes foram milagres testemunhas por muitos e estão
registrados na Bíblia.
7.3.1 - Profecia
A profecia tem sido definida como "falar na própria língua sob interação unção do Espírito
Subitamente, o Espírito vem sobre eles; de maneira fora do comum e, por um período de tempo, são
tomados por este poder proferindo verdades em que não pensaram nem estudaram antes.
Estive em um determinado congresso quando um Pastor veio de longe para dar uma
mensagem. E na igreja que esse servo de Deus pregar havia um irmão cuja esposa era muito
incrédula e não queria saber de Jesus; e na hora da mensagem eu vi e ouvi quando o Pastor dirigiu-
se para aquele irmão e disse: "sua esposa vai ser salva". Deus naquela hora estava usando o homem
Profecia se limitam à edificação, à exortação e à consolação. "Mas o que profetiza, fala aos homens,
edificando, exortando e consolando" (1 Co 14.3). O Dom da Profecia, portanto, serve para que
É a intenção de o Senhor Jesus Cristo construir sua igreja, e Ele mesmo disse bem claramente
a Pedro que, confessar a Jesus como Salvador é a confissão fundamental sobre a qual seria possível
O Dom do Espírito Santo, a Palavra de Deus e a salvação concedida por Jesus Cristo, são a
operação do Trino Deus nesta obra eterna: "Agora, pois, encomendo-vos ao Senhor e à Palavra da
sua graça que tem poder para vos edificar e dar herança entre todos os que são santificados" (At
30.32).
B) Exortação
É "chamar alguém para o lado" que é tradução literal da palavra grega "PARAKALAO", com a
finalidade de confortar, inspirar, defender e guiar. Não deve ser o tipo de exortação que admoesta
com ameaças. Esta obra tem que ser feita com dedicação pelos crentes que tem este dom.
C) Consolação
É o dar alegria e paz, é igual ao aspecto mais doce e agradável da exortação. Quando a Bíblia
nos ensina que a consolação é para o corpo de Cristo na sua totalidade, e não apenas para trazer
alegria individual e particular, então aprendemos ao amor de Deus em nossas vidas, também
estamos recebendo ordens e capacidade no sentido de amarmos ao nosso próximo com este mesmo
amor: "porque todos poderão profetizar um após outro, para que todos APRENDEREM e serem
CONSOLADOS" (1 Co 14.31).
- Cumpriu-se efetivamente? Nota-se que nem todas as profecias são de caráter preditivo. Ex: At
F) O perigo do profissionalismo.
Este dom é o poder de expressão vocal em línguas desconhecidas ao que fala, dado a certas
pessoas na igreja pelo Espírito de Deus, capaz de ser interpretado por meio de outro igualmente
sobrenatural, em condições que tais expressões possam tornar-se inteligíveis a toda congregação.
quem o interpreta explica em nossa língua materna. A diferença é que a interpretação das línguas é
Quando o dom de interpretação opera em consonância com o Dom de língua, os dois juntos são
Deus.
A) Caridades G) Fé
B) Gozo H) Mansidão
C) Paz I) Temperança
D) Longanimidade J) Verdade
E) Benignidade L) Justiça
F) Bondade
Nesta apostila vamos falar sobre o Fruto do Espírito que é a colheita de uma vida que é vivida
permanentemente em submissão ao Espírito. Assim, com esta atitude o espírito produz o fruto do
Este fruto engloba o máximo da essência e da natureza de Deus. Este amor Divino é suficiente
para influenciar todos os pontos de vista e conduta do cristão (Ef 5.1, 2). Amor é a motivação que
encontra seu prazer principal na satisfação dos outros, como os seguintes versículos instrui: Mt
Quando o amor, Fruto do Espírito, funciona corretamente, ele habilita o crente a dominar as
face de castigo e disciplina, e ele não se estende unicamente aos amigos, mas também aos seus
inimigos (Mt 5.44, 18.21-22). Este amor motiva o crente, como testemunha cristã, a tentar levar o
Deus de "AMOR"!
Espíritos (longanimidade, bondade, fé, mansidão) são descritos como expressão de amor. Isto,
portanto, enfatiza que o amor é a base das outras graças espirituais, e que é absolutamente
essencial na vida de cada cristão. Oremos para permanecer com este fruto em nossas vidas.
Claramente, é pelo desígnio de Deus que o amor é o primeiro enumerado na contagem do Fruto
do Espírito.
8.2 - Gozo
A palavra grega para o gozo é: CHARA. O gozo do Espírito pode existir simultaneamente com a
tristeza em face de tragédias e adversidades. Ele pode crescer até mesmo quando o crente sofre
Quando este fruto opera no crente, torna-se um princípio possível, relacionado à esperança,
confiança e otimismo. Isto não é um sentimento, mas uma atitude ou perspectiva; é uma maneira de
ver e entender. Esta dádiva espiritual do gozo é suficiente para neutralizar as naturais reações
alegria é uma nota tônica no Novo Testamento (At 13.52, 15.3; Rm 15.13; 1 Jo 1.4). Assim como o
ministério do Espírito na vida do crente, no gozo espiritual, une-se com seu crescimento à
semelhança de Cristo (Lv 10.21; Jo 15.11; Sl 40.8). Quando o Espírito Santo habita na pessoa, Ele
8.3 - Paz
No grego significa EIRENE. A dádiva espiritual paz, denota um senso de calma e harmonia.
Esta paz começa como um aspecto de salvação, e a consciência de um relacionamento certo com
A manifestação da paz com o Fruto do Espírito está enraizado nos atos do Espírito e não o
evento da vida de crente. A paz espiritual pode reinar no meio de dificuldades, conflitos e de
coração do crente (Is 26.3; Rm 14.7, 8.6). O fruto da paz interior deve caracterizar a vida de cada
cristão vitorioso.
8.4 - Longanimidade
temperamento rapidamente explosivo. O crente manifesta longanimidade quando ele mantém uma
Deus, seriamente deseja a quantidade de paciência ou longanimidade que seu povo usará, forte e
- evita contendas
- sana injúrias
- promove perdão
- dá a resposta branda que lança fora a fúria.
Quando o Fruto do Espírito é manifesto, o crente vai resistindo no equilíbrio e serenidade a respeito
da miséria e provação. Ele mantém uma despreocupada perseverança em fazer o bem, ele aceita as
ações dos outros com tolerância e abstém-se totalmente de tomar vingança (Tg 5.11).
Este fruto capacita o crente a reagir de uma maneira cristã verdadeira antes um tratamento
injusto da parte de outros. Antes, quanto eu não tinha Jesus em minha vida, gostava de tomar
vingança contra meus adversários, porém agora que sou cristão desfruto desta longanimidade
8.5 - Benignidade
ideia de bondade moral e integridade que se expressa em ser gracioso e disposto a servir (Rm 2.12;
1 Pe 2.3; Cl 3.12).
Como um caráter característico, benignidade denota um espírito de vontade que é exercida para
assumir a máxima consideração aos outros. O crente manifestando o fruto espiritual da benignidade é
verdadeiramente uma pessoa de sentimentos e ações nobres. Ele é naturalmente bom, honesto,
utilmente ajudador e terno de sentimentos. Ele sempre procura ver aos outros na melhor das
intenções.
Ao manifestar benignidade, o crente trata seus amigos da mesma maneira que Deus o tem
tratado (Ef 4.32). O verdadeiro cristão gentil, intencionalmente ou não, nunca ferirá aos outros (Sl
18.35; 1 Ts 2.7; 2 Tm 2.24). O meio de o cristão ganhar benignidade é a apropriação específica desta
8.6 - Bondade
A palavra grega para bondade é: AGATHOSUNE e como o fruto do Espírito inclui os caráter de
quem é virtuoso e de quem é bondoso. É uma maneira especial de viver para os outros sem esperar
recompensa, apenas a dilatação da sua alma. É constituído de um benefício prático e de zelo pelo
Um sinônimo primário para a bondade é generoso por si mesmo em relação aos outros, e
generosamente submete sua vontade à Deus. Ele dedica-se em servir amigos e em obedecer aos
Jesus ensinou que a bondade é de origem divina "NÃO HÁ BEM SENÃO UM SÓ, QUE É
DEUS..." (Mt 19.17). A dádiva da bondade de Deus torna possível o desejo de Paulo: "PARA QUE
FRUTIFICANDO EM TODA BOA OBRA (literalmente, frutificando em toda bondade)", Cl. 1.10. A
realidade deste fruto foi evidenciada no que Paulo tinha em mente para os crentes da Galácia:
"ENTÃO ENQUANTO TEMOS TEMPO, FAÇAMOS BEM A TODOS, MAS PRINCIPALMENTE AOS
8.7- Fé
O original grego usa a mesma palavra para o fruto da fé e para o dom fé. É permitido neste
contexto considerar que, a fé é uma questão de fruto expresso no caráter. Submetendo-se estas
Seu profundo envolvimento assegura que ele fielmente desempenha o de ver confiado. Sua
relação com Deus e sua chamada tornam-se inabaláveis. O termo fidelidade, particularmente
8.8 - Mansidão
Mansidão é na graça interior que se estende em direção a Deus e aos seres humanos. O termo
O homem manso era voluntário a servir não porque possuísse poder, mas porque estava pronto para
Mansidão, simplesmente, significa uma entrega total à vontade de Deus. Faz parte do caráter
do servo de Deus.
8.9 - Temperança
Denota "aprisionando com uma mão firme"; e isto fala da liberdade de extremos. Os crentes, em
quem o Espírito alcança temperar, controlar e restringir todos seus impulsos e motivações serão
autocontrole é um sinônimo adequado para temperança. O crente temperado pelo Espírito exercita o
ao Espírito Santo é o primeiro passo em negar seu próprio espírito e tornar-se a base do autocontrole
total. A temperança é uma qualidade essencial para o serviço cristão e para cada crente maduro.
OBS.: Todos, absolutamente todos estão convidados à buscar do Espírito Santo essas dádivas
maravilhosas, que resultam em base e fundamento para uma vida espiritual bem desenvolvida.
Falando de modo geral, os crentes podem entristecer, mentir à pessoa do espírito e extinguir
seu poder.
“... porque encheu satanás o teu coração, para que mentisse ao Espírito Santo? ...” (At 5.3).
demônios. O mestre respondeu: "Qualquer que blasfemar contra o Espírito Santo nunca obterá
perdão" (Mc 3.29), sobre o pecado imperdoável, vede, também (Mt 12.31; Jo 5.16).
qualquer disser alguma palavra contra o Filho do Homem, ser-lhe-á perdoado, mas se alguém falar
contra, o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste século nem no futuro” (Mt 12.32).
Sobre a blasfêmia contra o Espírito Santo, lemos em Hebreus o seguinte: “Porque é possível...”
Leiamos (Hb 6.4-6). No mesmo livro capítulo 10.26-29... “E fizer agravo ao Espírito da Graça?”.
Nota: Blasfêmia do Espírito Santo não significa acreditar ou desacreditar nos dons espirituais.
Os ignorantes desta bênção, apenas desconhecem, o erro é, portanto, acreditar, receber e depois
desprezar ou pisar.
Tenhamos cuidado, pois em toda forma de espiritualismo para não macular o Espírito Santo,
pois estamos na última dispensação do Espírito Santo. Carecemos, pois de um conhecimento básico
SOTERIOLOGIA
Doutrina da Salvação
O Senhor Jesus Cristo, pela sua morte expiatória, comprou a salvação para os homens.
Como Deus a aplica e como ela é recebida pelos homens para que se torne uma realidade
experimental? As verdades relacionadas com a aplicação da salvação agrupam-se sob três títulos:
I – A NATUREZA DA SALVAÇÃO
A - justificação: é um termo forense que nos faz lembrar um tribunal, o homem culpado e
sendo esta concedida por um ato divino de regeneração a pessoa, por conseguinte, torna-se herdeira
C - santificação: sugere uma cena do templo, pois esta palavra se relaciona com o culto a Deus.
Harmonizadas suas relações com a lei de Deus e tendo recebido uma nova vida, a pessoa, dessa
hora em diante, dedica-se ao serviço de Deus. Comprado por elevado preço, já não é dono de si, já
não se afasta do templo, mas serve a Deus de dia e de noite. Tal pessoa é santificada e por sua
B - A adoção refere-se a conferir o privilégio da divina filiação; a regeneração trata da vida externa
que corresponde a nossa chamada e que nos faz participantes da natureza divina.
O aspecto externo da graça é provido pela obra expiatória de Cristo, o aspecto interno é a
3) Condições da salvação
Que significa a expressão condições da salvação? Significa o que Deus exige do homem a
quem Ele aceita por causa de Cristo, a quem dispensa as bênçãos do evangelho da graça. As
mencionado como símbolo externo da fé interior do convertido (Mc 16.16; At 22.16, 16.31, 2.38,
3.19). Abandonar o pecado e buscar a Deus são as condições e os preparativos para a salvação.
Estritamente falando, não há mérito nem no arrependimento nem na salvação, pois tudo quanto é
“Tristeza piedosa sobre o pecado”, “convicção da culpa produzida pelo Espírito Santo ao aplicar a lei
divina ao coração” ou, nas palavras do menino: sentir tristeza ao ponto de deixar o pecado.
B - Fé: fé, no sentido bíblico, significa crer e confiar. É o assentimento do intelecto como
concernentes a Deus e a Cristo; quanto à vontade, consiste na aceitação dessas verdades como
princípios e diretrizes da vida. A fé intelectual não é o suficiente (Tg 2.19; At 8.13,21) para adquirir a
salvação.
Conversão
(At 3.19).
II – A JUSTIFICAÇÃO
A ilustração procede das relações legais. O réu está perante Deus, o justo juiz, mas em vez de
receber a sentença condenatória, ele recebe a sentença de absolvição. Assim, vemos que
da justiça.
se justificara o homem para com Deus”? perguntou Jó 9\:1. “Que é necessário " \l 2 que eu
Ambos expressaram a maior de todas as perguntas: como pode o homem acertar sua vida
aos Romanos, na qual se apresenta, em forma sistemática e detalhada, o plano de redenção. O tema
evangelho é o poder de Deus para a salvação dos homens, pois o evangelho revela aos homens
como se pode mudar de posição e de condição, de maneira que eles sejam justos perante Deus.
Paulo declarou que pelas obras da lei ninguém será justificado. Essa declaração não é uma
crítica contra a lei, a qual é santa e perfeita, significa simplesmente que a lei não foi dada com esse
propósito de fazer justo o povo, e, sim, de suprir a necessidade duma norma de justiça.
definiu como a “bondade genuína e favor não recompensados” ou “favor não merecido”. Dessa
forma, a graça nunca incorre em dívida. O que Deus concede, concede-o como favor; nunca
Como pode Deus tratar o pecador como pessoa justa? Resposta: Deus lhe provê a justiça.
Mas será que isso é apenas conceder o título de “bom” e “justo” a quem não o Merece?
Resposta: O Senhor Jesus ganhou o título a favor do pecador, o qual é declarado justo. “Mediante
a redenção que há em Cristo Jesus”. Redenção significa completa libertação por preço pago.
Cristo ganhou essa justiça por nós, por sua morte expiatória, como está escrito: “Ao qual Deus
propôs para propiciação pela fé no sangue”. Propiciação é aquilo que assegura o favor de Deus
para com os que não mereceu. Cristo morreu por nós para nos salvar da justa ira de Deus, e nos
assegurar o seu favor. A morte e a ressurreição de Cristo representam a salvação do homem,
referindo-se o termo justificação à maneira pela qual os benefícios salvadores da morte de Cristo
são postos a disposição do pecador. Fé é o meio pelo qual o pecador lança mão deste beneficio.
5- O meio da justificação: A fé
Visto que a lei não pode justificá-lo, a única esperança do homem é receber “justiça sem lei”
(Isto, entretanto, não significa justiça ilegal, nem tão pouco religião que permita o pecado; significa
sem uma mudança de posição e condição). Essa é a “justiça de Deus”, isto é a justiça que Deus
concede, sendo também um dom, pois, o homem é incapaz de operar a justiça (Ef 2.8-10).
Mas um dom tem que ser aceito, como então será aceito o dom da justiça? Ou usando a
linguagem teológica: qual o instrumento que se aproxima da justiça de Cristo? A resposta é: pela
fé em Jesus Cristo.
A fé é a mão, por assim dizer, que recebe o que Deus oferece. Que essa fé é a causa
3.9.
III – A regeneração
1- A natureza da regeneração
A regeneração é o ato divino que concede ao penitente que crê uma vida nova e mais
elevada, mediante união pessoal com Cristo. O novo testamento, assim descreve a regeneração.
A - Nascimento – Deus, o pai é quem “gerou” e o crente é “nascido” de Deus (1 Jo 5.1), “nascido do
Espírito” (Jo 3.8), “nascido do alto” (Jo 3.3, 7). Esses termos referem-se ao ato da graça criadora que
B - Purificação - Deus nos salvou pela “lavagem da regeneração” (Tt 3.5), a alma fora lavada
renovação do Espírito Santo (Tt 3.5; vide também Cl 3.10; Rm 12.2; Ef 4.23; Sl 51.10). A essência da
regeneração é uma nova vida concedida por Deus pai, mediante Jesus Cristo e pela operação do
Espírito Santo.
D - Criação – aquele que criou o homem no princípio, e soprou em suas narinas o fôlego de vida, o
recria pela operação do seu Espírito Santo (2 Co 5.17; Gl 6.15; Ef 4.24; Gn 2.7). O resultado prático é
uma transformação radical da pessoa em sua natureza, seu caráter, desejos e propósitos.
E - Ressurreição – (Rm 6.4-5; Cl 2.13, 3.1; Ef 2.5-6) como Deus vivificou a alma em seus pecados e
a faz viva para as realidades do mundo espiritual. Esse ato de ressurreição espiritual é simbolizado
pelo batismo nas águas. A regeneração é a grande mudança que Deus opera na alma quando a
1- Necessidade da regeneração
histórico para o estudo deste tópico. As primeiras palavras de Nicodemos revelam uma série de
emoções provenientes do seu coração. A declaração abrupta de Jesus no versículo 3, que parece
ser uma repentina mudança de assunto, explica-se pelo fato de Jesus estar respondendo ao
Nicodemos revelam:
1 - Fome espiritual – Se esse chefe judaico tivesse expressando o desejo de sua alma, talvez
teria dito: Estou cansado do ritualismo morto da sinagoga, vou lá, mas volto para casa com a
mesma fome que saí. Infelizmente, a glória divina afastou-se de Israel; não há visão, o povo
perece. Mestre a minha alma suspira pela realidade! Pouco conheço da tua pessoa, mas tuas
palavras tocaram-me o coração, teus milagres convenceram-me de que és mestre vindo de Deus
e gostaria de te acompanhar.
2 - Faltou a Nicodemos profunda convicção – sentiu a sua necessidade, mas necessidade de
um instrutor e não de um salvador, Nicodemos teve de compreender que era pecador, que
3 - Nota-se em suas palavras um ato de autocomplacência – coisa muito natural num homem
de sua idade e posição. Nicodemos achava que as suas qualificações já seriam suficientes para
torná-lo membro do Reino de Deus. Jesus, no entanto, apontou a necessidade mais profunda e
universal de todos os homens, uma mudança radical e completa da natureza e caráter do homem
em sua totalidade. O homem não pode transformar-se a si mesmo; essa transformação terá que
vir de cima.
A natureza humana pode gerar a natureza humana, mas somente o Espírito Santo pode
gerar natureza espiritual. Nenhuma criatura poderá elevar-se acima de sua própria natureza. A
vida espiritual não passa de pai ao filho pela geração natural, ela procede de Deus para o homem
2 - Os meios de regeneração
Agência divina – O Espírito Santo é o agente especial na obra da regeneração. Ele opera a
transformação na pessoa (Jo 3.6; Tt 3.5), contudo, todas as pessoas da trindade operam nessa obra.
Realmente, as três pessoas operam em todas as divinas operações, embora cada Pessoa exerça
regeneração, que é um ato soberano de Deus, mas o homem pode tomar parte na preparação
B - Espirituais – Devido a sua natureza, a regeneração envolve união espiritual com Deus e com
Cristo mediante o Espírito Santo; e essa união espiritual envolve habitação divina (2 Co 6.16, 18; Gl
2.20, 4.5-6; 1 Jo 3.24, 4.13). Essa união espiritual resulta em um novo tipo de vida e de caráter,
descrito de várias maneiras (Ez 11.19) um novo homem (Ef 4.24); participantes da natureza divina (2
Pe 1.4). O dever do crente é manter seu contato com Deus mediante os vários meios da graça, e
C - Práticos – a pessoa nascida de Deus demonstrará esse fato pelo ódio ao pecado (1 Jo 3.9; 5.18),
por obras de justiça (1 Jo 2.29), pelo amor natural (1 Jo 4.7) e pela vitória que alcança sobre o mundo
(1 Jo 5.4).
IV – A santificação
1- Natureza da santificação
como são “santificados” e “santos”. Santificar é a mesma coisa que fazer santo ou consagrar. A
A - Separação – “santo” é uma palavra descrita da natureza divina, seu significado primordial é
“separação”; portanto, a santidade representa aquilo que está em Deus que o torna separado de tudo
quanto seja terreno e humano – isto é, sua perfeição moral absoluta e sua divina majestade.
B - Dedicação – santificação inclui tanto a separação de, como dedicação a alguma coisa; essa é “a
condição dos crentes ao serem separados do pecado e do mundo e feitos participantes da natureza
também a ideia de purificação. O caráter de Jeová age sobre tudo que lhe é consagrado, portanto,
homens consagrados a Ele participam de sua natureza. Limpeza é uma condição de santidade, mas
D - Consagração – No sentido de viver uma vida santa e justa. Qual é a diferença entre justiça e
santidade? A justiça representa a vida regenerada em conformidade com a lei divina; os filhos de
natureza divina e dedicada ao serviço divino; isto pede a remoção de qualquer impureza que estorve
esse serviço. “Mas como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa
maneira de viver” (1 Pe 1.15). Assim, a santificação inclui a remoção de qualquer mancha ou sujeira
E - Serviço – A aliança é um estado de relação entre Deus e os homens, no qual Ele é o Deus deles
e eles o seu povo, o que significa um povo adorador. A palavra santo expressa essa relação
contratual. Servir a Deus, nessa relação, significa ser sacerdote, por conseguinte, Israel é descrito
como nação santa e reino de sacerdotes (Ex 19.6). Qualquer impureza que venha desfigurar essa
1- O tempo da santificação
A - posicional e espontânea
B - prática e progressiva
A - O sangue de Jesus – Eterno, absoluto e posicional (Hb 13.12, 10.10, 14; 1 Jo 1.7).
redentora do filho de Deus, ao oferecer-se no calvário para aniquilar o pecado pelo seu sacrifício.
B - O Espírito Santo – santificação interna (1 Co 6.11; 2 Ts 2.12; 1 Pe 1.1-2; Rm 15.16). Nessas
passagens, a santificação pelo Espírito Santo é apresentada como início da obra de Deus nos
aspergido de Cristo. Tal qual o Espírito Santo pairava por cima do caos original (Gn 1.2), segundo o
estabelecimento da ordem do verbo de Deus, assim o Espírito paira sobre a alma humana, fazendo-a
C - A palavra de Deus - santificação externa e prática (Jo 17.17; Ef 5.26; Jo 15.3; Sl 119.9; Tg
1.23-25). Os cristãos são descritos como sendo “gerados pela palavra de Deus” (1 Pe 1.23).
C - Ascetismo – é uma tentativa de subjugar a carne e alcançar a santidade por meio de privações e
sofrimentos.
A - Fé na expiação
capítulo 6 vimos que a vitória sobre o poder do pecado foi obtida pela fé. O capítulo 8 apresenta outro
1 - Santificação completa
É absolutamente perfeito aquilo que não pode ser melhorado; isto pertence unicamente a
Deus. É relativamente perfeito aquilo que cumpre o fim para o qual foi designado; essa perfeição
é possível ao homem. No novo testamento a palavra “perfeito” e seus derivados têm uma
verdade, aplicações, e, portanto, deve ser interpretadas segundo o sentido em que os termos
forem usados. Várias palavras no grego são usadas para expressar a ideia de perfeição.
1 - Uma dessas palavras significa ser completo no sentido de ser apto ou capaz para
2 - Outra denota certo fim, alcançado por meio de crescimento mental e moral (Mt 5.48, 19.21; Cl
3 - A palavra usada em 2 Co 7.1 significa terminar ou trazer a uma terminação. A palavra usada em
Ap 3.2 significa fazer repleto, cumprir, encher (como uma rede), nivelar (um buraco).
arrependido em resposta à sua fé e Cristo. Ele é considerado perfeito porque tem um salvador
V – Segurança da Salvação
l) Calvinismo
A doutrina de João Calvino não foi criada por ele; foi ensinada por Agostinho, grande
teólogo do quarto século. Nem tão pouco foi criada por Agostinho que afirmava estar
tem a ver com sua salvação. Se ele, o homem, se arrepender, crer e for à Cristo, é inteiramente
por causa do poder atrativo do Espírito de Deus. Isso deve ao fato de que a vontade do homem
se corrompeu tanto desde a queda, que, sem a ajuda de Deus, não pode nem se arrepender,
nem crer, nem escolher corretamente. Esse é o ponto de partida de Calvino – a completa
servidão da vontade do homem ao mal. A salvação, por conseguinte, não pode ser outra coisa
senão a execução dum decreto divino que fixa, ‘sua extensão e suas condições’.
2) O Arminianismo
O ensino arminiano é como se segue: a vontade de Deus é que todos os homens sejam
salvos que Cristo morreu por todos. (1 Tm 2.4-6; Hb 2.9; 2 Co 5.14; Tt 2.11-12) com essa
finalidade Ele oferece sua graça à todos, embora a salvação seja obra de Deus, absolutamente
livre e independente de nossas boas obras ou méritos. O homem tem certas condições a cumprir.
Ele pode escolher a graça de Deus ou pode resistir-lhe ou rejeitá-la, seu direito de livre-arbítrio
sempre permanece.
3) Uma comparação
CRISTOLOGIA
I - A natureza de Cristo.
Da mesma forma como filho do homem significa um nascido do homem, assim também Filho de
Deus significa um nascido de Deus. Por isso, dizemos que esse título proclama a Deidade de Cristo.
Jesus nunca é chamado um filho de Deus, como os homens e anjos são chamados filhos de Deus
(Jó 2.1). Ele é o Filho de Deus no sentido único. Jesus é descrito mantendo uma relação para com
SEQ 5_0 \* alphabetic \r 1a) Consciência de Si Mesmo. Qual era o conteúdo do conhecimento de
Jesus acerca de si mesmo; isto é, que sabia Jesus de si mesmo? Lucas, o único escritor que relata o
incidente da infância de Jesus, diz-nos que com a idade de doze anos (pelo menos) Jesus estava
cônscio de duas coisas: primeira, uma revelação especial para com Deus a quem ele descreve como
seu Pai; Segunda, uma missão especial na terra nos negócios de meu Pai.
SEQ 5_0 \* alphabetic \r 2b) As reivindicações de Jesus. Ele se colocou lado a lado com a
atividade divina. “O meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também. Saí do Pai” (Jo 16.28). “O Pai
me enviou” (Jo 20.21). Ele reivindicava uma comunhão e um conhecimento divino (Mt 11.27; Jo
17.25). Alegava revelar a essência do Pai em si mesmo (Jo 14.9-11). Ele assumiu prerrogativas
divinas: Onipresença (Mt 18.20); poder de perdoar pecados (Mc 2.5-10); poder para ressuscitar os
mortos (Jo 6.39, 40, 54; 11.25; 10.17-18). Proclamou-se Juiz e Árbitro do destino do homem (Jo 5.22;
Mt 25.31-46).
SEQ 5_0 \* alphabetic \r 3c) A autoridade de Cristo. Nos ensinos de Cristo, nota-se a completa
ausência de expressões como estas: É minha opinião; pode ser; penso que...; podemos supor etc.
Um erudito judeu racionalista admitiu que Ele falava com a autoridade do Deus Poderoso.
SEQ 5_0 \* alphabetic \r 4d) A impecabilidade de Cristo. Nenhum professor que chame os
homens ao arrependimento pode evitar algumas referências às suas próprias faltas ou imperfeições;
em verdade, quanto mais santo ele é, mais lamentará e reconhecerá suas próprias limitações. Porém,
nas palavras e nas obras de Jesus há uma ausência completa de conhecimento ou confissão de
pecado. Embora possuísse profundo conhecimento do mal e do pecado, em sua alma não havia a
mais leve sombra ou mácula de pecado. Ao contrário, ele, o mais humilde dos homens, desafiou a
SEQ 5_0 \* alphabetic \r 5e) O testemunho dos discípulos. Jamais algum judeu pensou que
Moisés fosse divino; nem o seu discípulo mais entusiasta nunca lhe teria atribuído uma declaração
como esta: Batizando em nome do Pai, de Moisés e do Espírito Santo (Vide Mt 28.19). E a razão
disso é que Moisés, nunca falou nem agiu como quem procedesse de Deus e fosse participante de
sua natureza. Por outro lado, o Novo Testamento expõe este milagre: Aqui está um grupo de homens
que andava com Jesus e que o viu em todos os aspectos característicos de sua humanidade que, no
entanto, mais tarde o adorou como divino, proclamou o Seu poder para a salvação e invocou o seu
nome em oração. João, que se reclinava no peito de Jesus, não hesitou em dele falar como sendo
Jesus, o eterno Filho de Deus que criou o universo (Jo 1.1, 3), e relatou, sem nenhuma hesitação ou
desculpa, o ato da adoração de Tomé e a sua exclamação: “Senhor meu e Deus meu!” (Jo 20.28).
Pedro, que tinha visto o seu Mestre comer, beber e dormir, que o havia visto chorar enfim, que tinha
testemunhado todos os aspectos da sua humanidade, mais tarde disse aos judeus que Jesus está à
destra de Deus; que Ele possui a prerrogativa de conceder o Espírito Santo (At 2.33, 36), que Ele é o
único caminho da salvação (At 4.12); Quem perdoa os pecados (At 5.31); e é o Juiz dos mortos (At
10.42). Em sua Segunda epístola (3.18) ele o adora, atribuindo-lhe glória assim agora como no dia da
eternidade.
A palavra do homem é aquela por meio da qual ele se expressa e se comunica com os seus
semelhantes. Por sua palavra, ele dá a conhecer seus pensamentos e sentimentos, e por sua palavra
ele manda e executa a sua vontade. A palavra com que se expressa está impregnada de seu
pensamento e de seu caráter. Pela expressão verbal de um homem, até um cego pode conhecê-lo
perfeitamente. Embora se veja uma pessoa e dela se tenha informações, não se conhecerá bastante,
Ligeira consulta a uma concordância bíblica revelará o fato de que ‘Senhor’ é um dos títulos
mais comuns dados a Jesus. Este título indica a sua deidade, exaltação e soberania.
SEQ 5_0 \* alphabetic \r 1a) Deidade. O título Senhor, ao ser usado como prefixo antes de um
nome, transmitia tanto a judeus como a gentios o pensamento de deidade. A palavra Senhor no
grego (Kurios) era equivalente a Jeová na tradução grega do Antigo Testamento; portanto, para os
judeus ‘O Senhor Jesus’ era claramente uma imputação de deidade. Quando o imperador dos
romanos se referia a si mesmo como Senhor César requerendo que seus súditos dissessem César é
o Senhor, os gentios entendiam que o imperador estava reivindicando divindade. Os cristãos
título que somente pertencia a Um que é verdadeiramente divino. Somente àquele a quem Deus
SEQ 5_0 \* alphabetic \r 2b) Exaltação. Na eternidade, Cristo possui o título Filho de Deus em
virtude da sua relação com Deus (Fl 2.9); na história, Ele ganhou o título Senhor, por haver morrido e
ressuscitado para a salvação dos homens (At 2.36, 10.36; Rm 14.9). Ele sempre foi divino por
natureza; chegou a ser Senhor por merecimento. Por exemplo: se um jovem nascido na família de um
multimilionário não está contente em herdar aquilo pelo qual outros tenham trabalhado, mas deseja
possuir unicamente o que ganhou por seus próprios esforços, ele, então, voluntariamente renuncia
aos seus privilégios, toma o lugar de um trabalhador comum, e por meio do seu labor conquista para
si um lugar de honra e riqueza. Igualmente, o Filho de Deus, apesar de ser por natureza igual a Deus,
voluntariamente sujeitou-se a si mesmo às limitações humanas, porém, sem pecado, tomando sobre
si a natureza do homem, fez-se servo do homem, e finalmente morreu na cruz para redenção do
mesmo homem.
SEQ 5_0 \* alphabetic \r 3c) Soberania. No Egito, Jeová se revelou a Israel como Redentor e
Salvador; no Sinai, como Senhor e Rei. As duas coisas se justapõem, porque Ele que se tornou
Salvador deles, tinha direito de ser o seu Soberano. É por isso que os Dez Mandamentos iniciam com
a declaração: “Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão” (Ex
20.2). Em outras palavras, “Eu, o Senhor, que vos redimi, tenho o direito de governar sobre vós”.
SEQ 5_0 \* alphabetic \r 1a) Quem? De acordo com o hebraico a expressão ‘filho de’ denota
relação e participação. Por exemplo: ‘Os filhos do reino’ (Mt 8.12) são aqueles que hão de participar
de suas verdades e bênçãos. ‘Os filhos da ressurreição’ (Lc 20.36) são aqueles que participam da
vida ressuscitada. Um ‘filho de paz’ (Lc 10.6) é um que possui caráter pacífico. Um ‘filho da perdição’
(Jo 17.12) é um destinado a sofrer a ruína e a condenação. Portanto, ‘filho do homem’ significa,
principalmente, um que participa da natureza humana e das qualidades humanas. Dessa maneira,
‘filho do homem’ vem a ser uma designação enfática para o homem em seus atributos característicos
de debilidade e impotência (Nm 23.19; Jó 16.21, 25.6). Nesse sentido, o título é aplicado oitenta
vezes a Ezequiel como uma recordação de sua debilidade e mortalidade, e como um incentivo à
A humanidade do Filho de Deus era real e não fictícia. Ele nos é descrito como realmente
padecendo fome, sede, cansaço, dor e como estando sujeito em geral às debilidades da natureza,
SEQ 5_0 \* alphabetic \r 2b) Como? Por qual ato ou meio, o filho de Deus veio a ser Filho do
homem? Que milagre pôde trazer ao mundo segundo homem que é o Senhor do céu? (1 Co 15.47).
A resposta é que o Filho de Deus veio ao mundo como Filho do homem sendo concebido no ventre
nascimento. Ele que veio através de um nascimento virginal, viveu uma vida virginal (inteira sem
pecado) sendo essa última característica um milagre tão grande como o primeiro. Ele que nasceu
mundo milagrosamente.
SEQ 5_0 \* alphabetic \r 3c) Por que o Filho de Deus se fez Filho do homem, ou quais foram os
propósitos da encarnação?
SEQ 3_0 \* ARABIC \r 11. Como já observamos, o Filho de Deus veio ao mundo para ser o
Revelador de Deus. Ele afirmou que as suas obras e suas palavras eram guiadas por Deus (Jo 5.19,
20, 10.38); sua própria obra evangelizadora foi uma revelação do coração do Pai celestial, e aqueles
que criticaram sua obra ente os pecadores demonstraram, assim sua falta de harmonia com o espírito
SEQ 3_0 \* ARABIC \r 22. Ele tomou sobre si nossa natureza humana para glorificá-lo, e desta
maneira adaptá-la a um destino celestial. Por conseguinte, formou um modelo, por assim dizer, pelo
qual a natureza humana poderia ser feita à semelhança divina. Ele, o Filho de Deus, se fez Filho do
homem, para que os filhos dos homens pudessem ser feitos filhos de Deus (Jo 1.2), e um dia serem
semelhantes a Ele (1 Jo 3.2); até os corpos dos homens serão “conforme o seu corpo glorioso” (Fl
3.21). O primeiro homem (Adão), formado da terra, é terreno; o segundo homem é do céu (1 Co
15.47); e assim “como trouxemos a imagem do terreno” (vide Gn 5.3), “assim traremos também a
imagem celestial” (verso 49), porque Ao “último Adão foi feito em espírito vivificante” (verso 45).
SEQ 3_0 \* ARABIC \r 33. Porém, o obstáculo a impedir a perfeição da humanidade era o
pecado, o qual, ao princípio, privou Adão da glória da justiça original. Para resgatar-nos da culpa do
SEQ 5_0 \* alphabetic \r 1a) A profecia. Cristo é a forma grega da palavra hebraica Messias, que
literalmente significa ‘o ungido’. A palavra é sugerida pelo costume de ungir com óleo como símbolo
da consagração divina para servir. Apesar de os sacerdotes, e, às vezes, dos profetas, serem
ungidos com óleo quando consagrado aos seus ofícios, o título Ungido era particularmente aplicado
aos reis de Israel que reinavam como representantes de Jeová (2 Sm 1.14). Em alguns casos, o
símbolo da unção era seguido pela realidade espiritual, de maneira que a pessoa vinha a ser em
Saul foi um fracassado, porém Davi, que o sucedeu, foi um homem segundo o coração de
Deus, um rei que considerava suprema em sua vida a vontade de Deus e que se considerava como
representante de Deus. Porém, a grande maioria dos reis se apartou do ideal divino e conduziu o
povo à idolatria; e até alguns dos reis mais piedosos não estavam sem culpa nesse particular. Apesar
de Filho de Davi, também seria ele o Filho de Jeová, recebendo nomes divinos (Is 9.6, 7; Jr 23.6).
Diferente ao de Davi, seu reino seria eterno, e sob seu domínio estariam todas as nações. Esse era o
do governo, da mesma maneira, Jesus Cristo foi eternamente eleito para ser o Messias e Cristo, e
depois empossado publicamente em seu ofício messiânico no rio Jordão. Assim, como Samuel ungiu
primeiro a Saul e depois explicou o significado da unção (1 Sm 10.1), da mesma maneira Deus, o Pai,
ungiu a seu Filho com o Espírito de poder e sussurrou no seu ouvido o significado da sua unção: ‘Tu
é o filho de Jeová, cuja vinda foi predita pelos profetas, e agora te doto de autoridade e poder para a
As pessoas entre as quais Jesus teria de ministrar esperavam a vinda do Messias, mas
infelizmente suas esperanças eram coloridas por uma aspiração política. Esperavam um homem
forte, que fosse uma combinação de soldado e estadista. Seria Jesus esse tipo de Messias? O
Espírito o conduziu ao deserto para debater a questão com Satanás, que astuciosamente lhe sugeriu
que adotasse um programa popular, e dessa maneira tomasse o caminho mais fácil e curto para o
poder. Concede-lhes seus anelos materiais, sugeriu o Tentador (Vide Mt 4.3, 4 e Jo 6.14, 15, 26),
sacerdócio), faze-te o campeão do povo e conduze-os à guerra (vide Mt 4.8 e Ap 13.2, 4).
O Mestre nunca se desviou dessa escolha, apesar de ser muitas vezes tentado a abandonar o
Às vezes, proibia aos que Ele curava de espalharem sua fama, para que seu ministério não fosse mal
interpretado como sendo uma agitação popular contra Roma (Mt 12.15, 16; vide Lc 23.5). Nessa
ocasião, seu êxito tornou-se uma acusação contra Ele. Recusou-se, deliberadamente, a encabeçar
um movimento popular (Jo 6.15). Proibia proclamação pública de seu caráter messiânico, como
também o testemunho de sua transfiguração para que não suscitassem esperanças falsas entre o
povo (Mt 16.20, 17.9). Com sabedoria infinita, escapou a uma hábil armadilha que o desacreditaria
entre o povo como traidor da nação, ou, por outro lado, que o envolveria em dificuldades com o
governo romano (Mt 22.15-21). Em tudo isso, o Senhor Jesus cumpriu a profecia de Isaías que o
Ungido de Deus seria proclamador da verdade divina, e não um violento agitador, nem um que
buscasse seu próprio bem, nem que instigasse a população (Mt 12.16-21), como faziam alguns dos
falsos messias que o precederam e outros que, posteriormente, surgiram (Jo 10.8; At 5.36, 21.38).
Ele evitou fielmente os métodos carnais e seguiu os espirituais, de maneira que Pilatos,
representante de Roma, pôde testificar: “Não acho culpa alguma neste homem” (Lc 23.4).
Observamos que Jesus começou seu ministério entre um povo que tinha a verdadeira
esperança de um Messias, tendo, porém um conceito errôneo de sua Pessoa e obra. Sabendo disso,
Jesus não se proclamou, no princípio, como Messias (Mt 16.20) porque sabia que isso seria um sinal
de rebelião contra Roma. Ele, de preferência, falava do Reino, descrevendo seus ideais e sua
natureza espiritual, esperando inspirar no povo uma fome por esse reino espiritual, que, por sua vez,
os conduziria a desejar um Messias espiritual. E seus esforços neste sentido não foram inteiramente
infrutíferos, pois João, o apóstolo, nos diz (cap. 1) que desde o princípio houve um grupo espiritual
que o reconhecia como Cristo. Também, de tempos em tempos Ele se revelava a indivíduos que
Porém, a nação em geral não entendia a conexão entre o seu ministério espiritual e o
pensamento do Messias. Admitiam livremente que ele fosse um Mestre capaz, um grande pregador,
e ainda um profeta (Mt 16.13-14); mas certamente, não um que pudesse encabeçar um programa
Mas por que culpar o povo de uma expectação tal? Em verdade, Deus havia prometido
restabelecer um reino terreal (Zc 14.9-21; Am 9.11-15; Jr 23.6-8). Certamente, mas antes desse
evento, deveria operar-se uma purificação moral e uma regeneração espiritual da nação (Ez 36.25-
27; vide Jo 3.1-3). E tanto João Batista como Jesus, esclareceram que a nação, na condição em que
se encontrava, não estava preparada para participar desse reino. Daí a exortação: “Arrependei-vos:
porque é chegado o reino dos céus”. Mas enquanto as palavras ‘reino dos céus’ comoviam
profundamente o povo, as palavras ‘arrependei-vos’ não lhe causaram boa impressão. Tanto os
chefes (Mt 21.31, 32) como o povo (Lc 13.1-3; 19.41-44) se recusaram a obedecer às condições do
Mas Deus, onisciente, havia previsto o fracasso de Israel (Is 6.9, 10, 53.1; Jo 12.37-40), e Deus,
Todo-Poderoso, o tinha dirigido para o fomento de um plano até então, mantido em segredo. O plano
era o seguinte: a rejeição por parte de Israel daria a Deus a oportunidade de tomar um povo
escolhido de entre os gentios (Rm 11.11; At 15.13-14; Rm 9.25-26), que, juntamente com os crentes
judeus, constituiriam um grupo conhecido como a Igreja (Ef 3.4-6). Jesus mesmo deu a seus
discípulos um vislumbre desse período (a época da Igreja) que sucederia entre seus adventos
primeiro e segundo, chamado essas revelações mistérios porque não foram reveladas aos profetas
do Antigo Testamento (Mt 13.11-17). Certa ocasião, a inabalável fé demonstrada por um centurião
gentio contrastada com a falta de fé em muitos israelitas, trouxe à sua inspirada visão o espetáculo
de gentios de todas as terras entrando no reino que Israel havia rejeitado (Mt 8.10-12).
A crise prevista no deserto havia chegado, e Jesus se preparou para dar tristes notícias aos
seus discípulos. Começou com muito tato a fortalecer-lhes a fé com testemunho divinamente
inspirado acerca do seu caráter messiânico, testemunho dado pelo apóstolo Pedro. Então, fez uma
surpreendente predição (Mt 16.18-19), que se pode parafrasear da seguinte maneira: A congregação
de Israel (ou igreja, At 7.38) rejeitou-me como seu Messias, e seus chefes realmente vão
excomungar-me a mim, que sou a verdadeira pedra angular da nação (Mt 21.42). Mas por isso, não
homens como tu, Pedro (1 Pe 2.4-9), que crerão na minha Deidade e caráter messiânico. Tu serás
dirigente e ministro dessa congregação, e teu será o privilégio de abri-lhe as portas com a chave da
Então, Cristo fez um anúncio que os discípulos não compreenderam inteiramente, senão depois
de sua ressurreição (Lc 24.25-48); isto é, que a cruz era parte do programa de Deus para o Messias.
Desde então, Jesus começou a mostrar aos seus discípulos que convinha ir a Jerusalém, e padecer
muito às mãos dos anciãos, e dos principais dos sacerdotes, e dos escribas, e ser morto e ressuscitar
No devido tempo, a horrenda profecia foi cumprida. Jesus poderia ter escapado à morte,
negando a sua Deidade; poderia ter sido absolvido negando que fosse rei; porém, ele persistiu em
seu testemunho e morreu numa cruz que levava a inscrição: ESTE É O REI DOS JUDEUS.
Mas o Messias sofredor (Is 53.7-9) ressurgiu dentre os mortos (Is 53.10-11), e, como Daniel
havia previsto, ascendeu à destra de Deus (Dn 7.14; Mt 28.18), de onde virá para julgar os vivos e os
mortos.
Depois desse exame dos ensinos do Antigo e Novo Testamentos, temos elementos para
declarar a definição completa do título Messias; a saber, aquele a quem Deus autorizou para salvar a
Israel e as nações do pecado e da morte, e para governar sobre eles como Senhor de suas vidas e
Mestre. Que semelhante afirmação implica deidade é compreendido por pensadores judeus, se bem
que para eles isso constitui um escândalo. Claude Montefiore, notável erudito judeu, disse: Se eu
pudesse crer que Jesus era Deus (isto é, Divino), então obviamente ele seria meu Mestre.
Esse título é equivalente a ‘o Messias’, pois uma qualidade importante do Messias era sua
descendência davídica.
SEQ 5_0 \* alphabetic \r 1a) A profecia. Como recompensa por sua fidelidade, a Davi foi
prometida uma dinastia perpétua (2 Sm 7.16), e à sua casa foi dada uma soberania eterna sobre
Israel. Esta foi a aliança davídica ou a do trono. Data desse tempo a esperança de que, o que
acontecesse à nação, no tempo assinalado por Deus apareceria um rei pertencente ao trono e à
linhagem de Davi. Em tempos de aflição, os profetas relembravam ao povo essa promessa, dizendo-
lhes que a redenção de Israel e das nações, estava ligada com a vinda de um grande Rei da casa de
Notemos, particularmente, Is 11.1, que pode ser traduzido como segue: Porque brotará rebento
do trono de Jessé, e das suas raízes um renovo frutificará. Em Is 10.33-34, a Assíria, a cruel
opressora de Israel, é comparada a um cedro cujo tronco nunca brota renovos, mas apodrece
lentamente. Uma vez cortada, essa árvore não tem futuro. E, assim, é descrita a sorte da Assíria, a
qual há muito, desapareceu do palco da história. A casa de Davi, por outro lado, é comparada a uma
árvore que terá novo crescimento do tronco deixado no solo. A profecia de Isaías é como segue: A
nação judaica será quase destruída, e a casa de Davi cessará como casa real e será cortada junto à
raiz. Entretanto, desse tronco sairá um renovo; das raízes desse tronco sairá um ramo, o Rei-
Messias.
SEQ 5_0 \* alphabetic \r 2b) O Cumprimento. Judá foi levado ao cativeiro, e desse cativeiro
voltou sem rei, sem independência, para ficar subjugado, sucessivamente, pela Pérsia, Grécia, Egito,
Síria, e, depois de um breve período de independência, por Roma. Durante esses séculos de sujeição
aos gentios, houve tempo de desalento quando o povo voltava seu pensamento às glórias passadas
do reino de Davi e exclamava como o Salmista: “Senhor, onde estão as tuas antigas benignidades
que juraste a Davi pela tua verdade” (Sl 89.49). Os judeus nunca perderam a esperança. Reunidos ao
redor do fogo da profecia Messiânica, fortaleciam seus corações e esperavam pacientemente pelo
filho de Davi.
Não foram desapontados. Séculos depois de a casa de Davi haver cessado, um anjo apareceu
à uma jovem judia e disse: “E eis que em teu ventre conceberás e darás à luz um filho, e por-lhe-ás o
nome JESUS. Este será grande, e será chamado Filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o
trono de Davi, seu pai; e reinará eternamente na casa de Jacó, e seu reino não terá fim” (Lc 1.31-33,
parecia estar reduzida a seu estado mais decadente e quando os herdeiros vivos eram um humilde
carpinteiro e uma simples donzela, então, por milagrosa ação de Deus, o Ramo brotou do tronco e
cresceu tornando-se uma poderosa árvore que tem provido proteção para um sem-número de povos
e nações.
Jeová desceria para salvar o seu povo, no tempo em que haveria na terra um descendente da família
de Davi, pelo qual Jeová resgataria, e posteriormente governaria o seu povo. Que Jesus era esse
Filho de Davi manifesta-se pelo anúncio feito ao tempo de seu nascimento, por suas genealogias (Mt
1 e Lc 3), pelo fato de ter ele aceitado esse título quando lhe foi atribuído (Mt 9.27; 20.30, 31; 21.1-
11), e pelo testemunho dos escritores do Novo Testamento (At 13.23; Rm 1.3; 2 Tm 2.8; Ap 5.5,
22.16).
Todavia o título Filho de Davi, não era uma descrição completa do Messias, porque acentuava
principalmente a sua ascendência humana. Por isso, o povo, ignorando as Escrituras que falavam da
natureza divina de Cristo, esperava um Messias humano que seria um segundo Davi. Em certa
ocasião, Jesus procurou elevar os pensamentos dos chefes sobre esse conceito incompleto (Mt
22.42-46). Que pensais vós de Cristo (isto é, do Messias)? Ele perguntou: de quem é filho? Os
fariseus naturalmente responderam: É filho de Davi. Então Jesus, citando o Salmo 110.1, perguntou:
Se Davi lhe chama Senhor, como é ele seu filho? Como pode o Senhor de Davi ser filho de Davi?
Essa foi a pergunta que confundiu os fariseus. A resposta naturalmente é: O Messias é tanto Senhor
como filho de Davi. Pelo milagre do nascimento virginal, Jesus nasceu de Deus e também de Maria;
ele era desse modo, o Filho de Deus e Filho do homem. Como Filho de Deus ele é Senhor de Davi;
O Antigo Testamento registra duas grandes verdades messiânicas. Alguns trechos declaram
que o Senhor mesmo virá do céu para resgatar o seu povo (Is 40.10, 42.13; Sl 98.9); outros
esclarecem que da família de Davi se levantaria um libertador. Essas duas vidas completam-se na
aparição da pequena criança em Belém, a cidade de Davi. Foi então, que o Filho do Altíssimo nasceu
vindouro. O título mencionado aqui é Pai da eternidade que tem sido mal interpretado por alguns, que
dele deduzem não haver Trindade, afirmando erroneamente que Jesus é o Pai e que o Pai é Jesus.
regente que governava sábia e justamente, era descrito como um pai para seu povo. Por isso, o
Senhor, falando por meio de Isaías, diz acerca de um oficial: “E será como pai para os moradores de
Jerusalém, e para a casa de Judá. E porei a chave da casa de Davi sobre o seu ombro” (Is 22.21,
22). Note-se a semelhança com Is 9.6, 7 e vide Ap 3.7. Esse título foi aplicado a Davi, conforme se vê
na aclamação do povo na entrada triunfal de Jesus em Jerusalém: Bendito o reino do nosso pai Davi
(Mc 11.10). Eles não queriam dizer que Davi fosse seu antecessor, pois nem todos descendiam da
sua família; e, naturalmente, não o chamariam de Pai celestial. Davi é descrito como pai, porque
como o rei segundo o coração de Deus, foi o verdadeiro fundador do reino Israelita (já que Saul foi
um malogrado) ampliando suas fronteiras de 9.600 para 96.000 quilômetros quadrados. De igual
maneira, muitas vezes se refere a George Washington como o Pai dos Estados Unidos da América.
O pai Davi era humano e morreu; seu reino foi terreno, e com o tempo se desintegrou. Mas de
acordo como Is 9.6, 7, o descendente de Davi, o Rei Messias, seria divino, e seu reino seria eterno.
Davi foi um pai temporário para seu povo; o Messias será um Pai eterno (imortal, divino, imutável),
para todo o povo, assim destinado por Deus, o Pai (Sl 2.6-8; Lc 22.29).
Libertador de Israel. A salvação vem de Deus. Ele livrou o seu povo da servidão do Egito, e daquele
tempo em diante Israel soube, por experiência, que ele era o Salvador (Sl 106.21; Is 43.3, 11; Jr
14.48). Mas Deus age por meio de seus instrumentos; portanto, lemos que ele salvou Israel por meio
do misterioso anjo da sua face (Is 63.9). Às vezes, foram usados instrumentos humanos; Moisés foi
enviado para libertar Israel da servidão; de tempos em tempos foram levantados juízes para socorrer
Israel.
Contudo, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob
a lei, para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos (Gl 4.4, 5). Ao
entrar no mundo, ao Redentor foi dado o expressivo nome da sua missão suprema: “E chamarás o
seu nome JESUS; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados” (Mt 1.21).
nome Salvador; já tinha aprendido o fato pela sua própria história (At 3.26, 13.23). Os judeus
entenderam que a mensagem do evangelho significava que, assim como Deus enviara Moisés para
libertar Israel da escravidão do Egito, da mesma forma ele tinha enviado Jesus para resgatar seu
povo dos seus pecados. Eles entenderam a mensagem, mas recusaram-se a crer.
Crucificado, Cristo cumpriu a missão indicada pelo seu nome, Jesus, pois salvar o povo dos
seus pecados implica expiação e expiação implica morte. Como na sua morte, assim também durante
a vida, ele viveu à altura do seu nome. Foi sempre o Salvador. Em toda a Palestina, muita gente
podia testificar. Eu estava preso pelo pecado, mas Jesus me libertou. Maria Madalena podia dizer:
Ele me libertou de sete demônios. Aquele que outrora fora paralítico, também podia testificar: Ele
SEQ 5_0 \* alphabetic \r 1a - Como profeta Jesus pregou a salvação. Os profetas de Israel
exerciam seu ministério mais importante em tempos de crises, quando os governadores e demais
estadistas e sacerdotes estavam confusos e impotentes para atuar. Era essa a hora em que o profeta
entrava em ação e, com autoridade divina, mostrava o caminho para sair das dificuldades, dizendo:
de inquietação, causado pelo anelo de libertação nacional. A pregação de Cristo obrigou a nação a
escolher, quanto à espécie de libertação ou guerra com Roma ou paz com Deus. Eles escolheram
mal e sofreram a desastrosa consequência, a destruição nacional (Lc 19.41-44; vide Mt 26.52). Tal
qual, seus desobedientes e rebeldes antepassados que certa vez tentaram em vão forçar seu
caminho para Canaã (Nm 14.40-45), assim também os judeus, em 68 A.D., tentaram pela força
conquistar sua libertação de Roma. Sua rebelião foi apagada com sangue; Jerusalém e o Templo
foram destruídos, e o judeu errante começou sua dolorosa viagem através dos séculos.
O Senhor Jesus mostrou o caminho de escape do poder e da culpa do pecado, não somente à
nação, mas também ao indivíduo. Aqueles que vieram com a pergunta: Que farei para ser salvo?
Receberam instruções precisas, e essas sempre incluíam uma ordem de segui-LO. Ele não somente
mostrou, mas também abriu o caminho da salvação por sua morte na cruz.
SEQ 5_0 \* alphabetic \r 2b - Como profeta Jesus anunciou o reino. Todos os profetas
falaram de um tempo quando toda a humanidade estaria sob o domínio da lei de Deus, uma condição
descrita como ‘Ao reino de Deus’. Esse era um dos temas principais da pregação de nosso Senhor:
“Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus (ou de Deus)” (Mt 4.17). E ele ampliou esse
estabelecimento.
SEQ 5_0 \* alphabetic \r 3c - Como profeta Jesus predisse o futuro. A profecia baseia-se no
princípio de que a história não prossegue descontroladamente, porém é controlada por Deus, que
conhece o fim desde o princípio. Ele revelou o curso da história a seus profetas, capacitando-os,
dessa maneira, a predizerem o futuro. Como Profeta, Cristo previu o triunfo de sua causa e de seu
O Cristo glorificado continua o seu ministério profético por meio de seu corpo, a igreja, à qual
prometeu inspiração (Jo 14.26, 16.13), e concedeu o Dom de profecia (1 Co 12.10). Isso não significa
que os cristãos devam acrescentar algo às Escrituras, que são uma revelação de uma vez para
sempre (Jd 3), mas pela inspiração do Espírito, trarão mensagens de edificação, exortação e
TC \l5 "O Cristo glorificado continua o seu ministério profético por meio de seu corpo, a igreja, à qual
prometeu inspiração (João 14:26; 16:13), e concedeu o Dom de profecia (1Cor. 12:10). Isso não
significa que os cristão devam acrescentar algo às Escrituras, que são uma revelação Ade uma vez
para sempre@ (Jud.3); mas pela inspiração do Espírito, trarão mensagens de edificação, exortação e
consagrado para representar o homem diante de Deus, e para oferecer sacrifícios que assegurariam
o perdão e a aceitação de Israel. Uma vez por ano, o sumo sacerdote fazia expiação por Israel; em
um sentido típico, ele era o salvador deles, aquele que aparecia ante a presença de Deus para obter
o perdão. As vítimas dos sacrifícios daquele dia eram imoladas no pátio exterior; da mesma maneira
Cristo foi crucificado aqui na terra. Depois, o sangue era levado ao lugar santíssimo e aspergido na
presença de Deus; da mesma maneira, Jesus ascendeu ao céu para apresentar-se em nosso lugar
na presença de Deus. A aceitação por Deus, de seu sangue, nos dá a certeza da aceitação de todos
Apesar de Cristo haver oferecido um sacrifício perfeito de uma vez por todas, sua obra
sacerdotal ainda continua. Ele vive sempre para aplicar os méritos e o poder de sua obra expiatória
perante Deus, a favor dos pecadores. O mesmo que morreu pelos homens agora vive para eles, para
salvá-los e para interceder por eles. E quando oramos: Em nome de Jesus, estamos pleiteando a
obra expiatória de Cristo como a base da nossa aceitação, porque somente por ela temos a certeza
Cristo realizou muitas obras, porém a obra suprema que ele consumou foi a de morrer pelos
pecados do mundo (Mt 1.21; Jo 1.29). Incluídas nessa obra expiatória figuram a sua morte,
ressurreição e ascensão. Não somente ele devia morrer por nós, mas também viver por nós. Não
somente devia ressuscitar por nós, mas também ascender para interceder por nós diante de Deus
SEQ 5_0 \* alphabetic \r 1a - Sua importância. O evento mais importante e a doutrina central do
Novo Testamento resumem-se nas seguintes palavras: Cristo morreu (o evento) por nossos pecados
(a doutrina) (1 Co 15.3). A morte expiatória de Cristo é o fato que caracteriza a religião cristã.
Martinho Lutero declarou que a doutrina cristã distingue-se de qualquer outra, e mui especialmente
daquela que apenas parece ser cristã, pelo fato de ela ser a doutrina da Cruz. Todas as batalhas da
Reforma travaram-se em torno da correta interpretação da Cruz. O ensino dos reformadores era este:
É essa característica singular dos Evangelhos que faz do Cristianismo a única religião; pois o
grande problema da humanidade é o problema do pecado, e a religião que apresenta uma perfeita
provisão para o resgate do poder e da culpa do pecado tem um propósito divino. Jesus é o autor da
salvação eterna (Hb 5.9), isto é, da salvação final. Tudo quanto à salvação possa significar é
SEQ 5_0 \* alphabetic \r 2b - O Seu significado. Havia certa relação verdadeira entre o homem
e seu Criador. Algo sucedeu que interrompeu essa relação. Não somente o homem está distanciado
de Deus, tendo seu caráter manchado, mas existe um obstáculo tão grande no caminho, que o
homem não pode removê-lo pelos seus próprios esforços. Esse obstáculo é o pecado, ou melhor, a
culpa.
O homem não pode remover esse obstáculo; a libertação terá que vir da parte de Deus. Para
isso, Deus teria que tomar a iniciativa de salvar o homem. O testemunho das Escrituras é este: que
Deus assim fez. Ele enviou seu Filho do céu à terra para remover esse obstáculo, e dessa maneira,
reconciliou os homens com Deus. Ao morrer por nossos pecados, Jesus removeu a barreira; levou o
que devíamos ter levado; realizou por nós o que estávamos impossibilitados de fazer por nós
mesmos; isso ele fez porque era a vontade do Pai. Essa é a essência da expiação de Cristo.
Considerando a suprema importância deste assunto será ele abordado mais pormenorizadamente em
um capítulo à parte.
Cristianismo. Uma vez que estabelecida a realidade desse evento, torna-se desnecessário procurar
provar os demais milagres dos Evangelhos. Ademais, é o milagre com o qual a fé cristã está em pé
ou cai, isso em razão do Cristianismo ser uma religião histórica que baseia seus ensinos em eventos
definidos que ocorreram na Palestina há mais de mil e novecentos anos. Esses eventos são: o
Desses, a ressurreição é a pedra angular, pois se Cristo não tivesse ressuscitado, então não seria o
que ele próprio afirmou ser; e sua morte não teria expiatória. Se Cristo não houvesse ressuscitado,
então os cristãos estariam sendo enganados durante séculos; os pregadores estariam proclamando
um erro; e os fiéis estariam sendo enganados por uma falsa esperança de salvação. Mas, graças a
Deus, que em vez de ponto de interrogação, podemos colocar o ponto de exclamação após ter sido
exposta essa doutrina: Mas agora Cristo ressuscitou dos mortos, e foi feito as primícias dos que
dormem!
SEQ 5_0 \* alphabetic \r 2b) A evidência. Vocês cristãos vivem na fragrância de um túmulo
vazio, disse um cético francês. É um fato que aqueles que foram a embalsamar o corpo de Jesus, na
memorável manhã da ressurreição, encontraram seu túmulo vazio. Esse fato nunca foi nem pode ser
explicado a não ser pela ressurreição de Jesus! Quão facilmente os judeus poderiam ter refutado o
testemunho dos primeiros pregadores se tivessem exibido o corpo do nosso Senhor! Mas não o
Como vamos explicar a própria existência e origem da igreja cristã, que certamente teria
permanecido sepultada juntamente com seu Senhor, se ele não tivesse ressuscitado? A igreja viva e
Que faremos com o testemunho daqueles que viram a Jesus depois de sua ressurreição, muitos
dos quais o apalparam, falaram e comeram com ele, centenas dos quais, Paulo disse, estavam vivos
naqueles dias, muitos dos quais cujo testemunho inspirado se encontra no Novo Testamento?
uma mensagem propositadamente falsa, homens que tudo sacrificaram por essa mensagem?
seus maiores apóstolos e missionários, a não ser pelo fato de ele realmente Ter visto a Jesus no
caminho de Damasco?
Muitas tentativas já foram feitas para superar esse fato. Os chefes dos judeus asseveraram que
os discípulos de Jesus haviam roubado o seu corpo. Mas isso não explica como um pequeno grupo
de tímidos e desanimados discípulos pôde reunir suficiente coragem para arrebatar dos endurecidos
soldados romanos o corpo de seu Mestre, cuja morte lhes significava o fracasso completo das suas
esperanças!
experimentaram uma visão. Então, perguntamos: como podiam centenas de pessoas ter a mesma
visão e imaginar, a um só tempo, que realmente viam a Cristo? 2) Jesus realmente não morreu; ele
simplesmente desmaiou e ainda estava vivo quando o tiraram da cruz. A isso respondemos: então,
Jesus pálido e exausto, decaído e abatido, podia persuadir os discípulos cheios de dúvidas, e,
sobretudo a um Tomé, de que ele era o ressuscitado Senhor da vida? Não é possível!
Essas explicações são tão inconsistentes que por si mesmas se refutam. Novamente
afirmamos, Cristo ressuscitou! De Wette, teólogo modernista, afirmou que a ressurreição de Jesus
Cristo é um fato tão bem comprovado quanto o fato histórico do assassinato de Júlio César.
SEQ 5_0 \* alphabetic \r 3c) O significado. A ressurreição. Ela significa que Jesus é tudo quanto
ele afirmou ser: Filho de Deus, Salvador e Senhor (Rm 1.4). A resposta do mundo às reivindicações
A ressurreição significa que a morte expiatória de Cristo foi uma divina realidade, e que o
homem pode encontrar o perdão dos seus pecados, e assim Ter paz com Deus (Rom. 4:25). A
A ressurreição de Cristo significa que temos um Sumo Sacerdote no céu, que se compadece de
nós, que viveu a nossa vida e conhece as nossas tristezas e fraquezas; que é poderoso para dar-nos
poder para diariamente vivermos a vida de Cristo. Jesus que morreu por nós, agora vive por nós (Rm
8.34; Hb 7.25). Significa que podemos saber que há uma vida vindoura. Uma objeção comum a essa
verdade é: Mas ninguém jamais voltou para falar-nos do outro mundo. Mas alguém voltou e esse
alguém é Jesus Cristo! Se um homem morrer, tornará a viver? A essa pergunta antiga a ciência
somente pode dizer: Não sei. A filosofia apenas diz: Deve haver uma vida futura. Porém, o
Cristianismo afirma: Porque ele vive, nós também viveremos; porque ele ressuscitou dos mortos,
A ressurreição de Cristo não somente constitui a prova da imortalidade, mas também a certeza
da imortalidade pessoal (1 Ts 4.14; 2 Co 4.14; Jo 14.19). Isto significa que há certeza de juízo futuro.
Como disse o inspirado apóstolo: Deus tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o
mundo, por meio do varão que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dos mortos (At
17.31).
Tão certo como Jesus ressuscitou dos mortos para ser o Juiz dos homens, assim ressuscitarão,
foram instantâneas; a ascensão foi, no entanto, gradual vendo eles (At 1.9). Não foi seguida por
novas aparições, nas quais o Senhor surgiu entre eles em pessoa para comer e beber com eles; as
aparições dessa classe terminaram com a sua ascensão. Sua retirada da vida terrena que vivem os
homens aquém da sepultura foi de uma vez por todas. Dessa hora em diante, os discípulos não
deveriam pensar nele como o Cristo segundo a carne, isto é, como vivendo uma vida terrena, e sim,
como o Cristo glorificado, vivendo uma vida celestial na presença de Deus e tendo contato com eles
por meio do Espírito Santo. Antes da ascensão, o Mestre aparecia, desaparecia e reaparecia de
tempos em tempos para fazer com que paulatinamente os discípulos perdessem a necessidade de
um contato visual e terreno com ele, e acostumá-los a uma comunhão espiritual e invisível com ele.
Desse modo, a ascensão vem a ser a linha divisória entre dois períodos da vida de Cristo: do
nascimento até à ressurreição, ele é o Cristo da história humana, aquele que viveu uma vida humana
perfeita sob condições terrenas. Desde a ascensão, ele é o Cristo da experiência espiritual, que vive
SEQ 5_0 \* alphabetic \r 2b) O Cristo exaltado. Afirma certa passagem que Cristo subiu, e outra
diz que foi levado acima. A primeira representa a Cristo como entrando na presença do Pai por sua
própria vontade e direito; a segunda acentua a ação do Pai pela qual ele foi exaltado em recompensa
Sua lenta ascensão ante os olhares dos discípulos trouxe-lhes a compreensão de que Jesus
estava deixando sua vida terrenal, e os fez testemunhas oculares de sua partida. Mas uma vez fora
do alcance de sua vista, a jornada foi consumada por um ato de vontade. O Dr. Swete, assim
comenta o fato: Nesse momento toda a glória de Deus brilhou em seu derredor, e ele estava no
céu. Não lhe era a cena inteiramente nova; na profundidade do seu conhecimento divino, o
Filho do homem guardava lembranças das glórias que, em sua vida anterior à encarnação,
gozava com o Pai antes que o mundo existisse (Jo 17.5). Porém, a alma humana de Cristo até
o momento da ascensão, não experimentara a plena visão de Deus que transbordou sobre ele
ao ser levado acima. Esse foi o alvo de sua vida humana, o gozo lhe estava proposto (Hb 12.2)
Foi em vista de sua ascensão e exaltado que Cristo declarou: É-me dado todo o poder
(autoridade) no céu e na terra (Mt 28.18; vide Ef 1.20-23; 1 Pe 3.22; Fl 2.9-11; Ap 5.12). Citemos
outra vez o Dr. Swete: Nada se faz nesse grandioso mundo desconhecido, que chamamos o
nossa mente realizam-se no outro lado do véu por meios divinos igualmente
incompreensíveis. Basta que a igreja compreenda que tudo que se opera ali é feito pela
SEQ 5_0 \* alphabetic \r 3c) O Cristo soberano. Cristo ascendeu a um lugar de autoridade sobre
todas as criaturas. Ele é a cabeça de todo o varão (1 Co 11.3), a cabeça de todo o principado e
potestade (Cl 2.10); todas as autoridades do mundo invisível, tanto como as do mundo dos homens,
estão sob seu domínio (1 Pe 3.22; Rm 14.9; Fl 2.10, 11). Ele possui essa soberania universal para
ser exercida para o bem da igreja, a qual é o seu corpo; Deus sujeitou todas as coisas a seus pés, e
sobre todas as coisas o constituiu como cabeça da Igreja. Em um sentido muito especial, portanto,
SEQ 3_0 \* ARABIC \r 11. Pela autoridade exercida por ele sobre os membros da igreja. Paulo
usou a relação matrimonial como ilustração da relação entre Cristo e a Igreja (Ef 5.22-23). Como a
igreja vive em sujeição a Cristo, assim as mulheres devem estar sujeitas a seus maridos; como Cristo
amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, assim os maridos devem exercer sua autoridade no
mesma maneira, a esposa deve ser obediente, não só por questão de consciência, mas por amor e
reverência.
Para os cristãos, o estado de matrimônio se tornou um mistério (isto é, uma verdade com
significado espiritual), porque revela a união espiritual entre Cristo e sua igreja; autoridade da parte
de Cristo, subordinação da parte da igreja, amor de ambos os lados, o amor retribuindo amor, para
ser coroado pela plenitude do gozo, quando essa união for consumada na vinda do Senhor (Swete).
Cristo. Jesus é o Senhor não era somente a declaração do credo, mas também a regra de vida.
SEQ 3_0 \* ARABIC \r 22. O Cristo glorificado não é somente o Poder que dirige e governa a igreja,
mas também a fonte de sua vida e poder. O que a videira é para a vara, o que a cabeça é para o
corpo, assim é o Cristo vivo para a sua igreja. Apesar de estar no céu, o Cabeça da igreja, Cristo está
na mais íntima união com seu corpo na terra, sendo o Espírito Santo o vínculo (Ef 4.15; Cl 2.19).
SEQ 5_0 \* alphabetic \r 4d) O Cristo que prepara o caminho. A separação entre Cristo e sua
igreja na terra, separação ocasionada pela ascensão, não é permanente. Ele subiu como um
precursor a preparar o caminho para aqueles que o seguem. Sua promessa foi: “Onde eu estiver ali
estará também o meu servo” (Jo 12.26). O termo precursor é primeiramente aplicado a João Batista
como aquele que prepararia o caminho de Cristo (Lc 1.76). Como João preparou o caminho para
Cristo, assim também o Cristo glorificado prepara o caminho para a igreja. Esta esperança é
comparada a uma âncora da alma segura e firme, e que penetra até ao interior do véu; onde Jesus,
nosso precursor, entrou por nós (Hb 6.19-20). Ainda que agitada pelas ondas das provações e das
adversidades, a alma do crente fiel não pode naufragar enquanto sua esperança estiver firmemente
segura nas realidades celestiais. Em sentido espiritual, a igreja já está seguindo o Cristo glorificado; e
tem-se assentado nos lugares celestiais, em Cristo Jesus (Ef 2.6). Por meio do Espírito Santo, os
crentes, espiritualmente, no coração, já seguem a seu Senhor ressuscitado. Entretanto, haverá uma
ascensão literal correspondente à ascensão de Cristo (1 Ts 4.17; 1 Co 15.52). Essa esperança dos
crentes não é uma ilusão, porque eles já sentem o poder de atração do Cristo glorificado (1 Pe 1.8).
Com essa esperança, Jesus confortou os seus discípulos antes de sua partida (Jo 14.1-3). “Portanto,
SEQ 5_0 \* alphabetic \r 5e) O Cristo intercessor. Em virtude de ter assumido a nossa natureza
e ter morrido por nossos pecados, Jesus é o Mediador entre Deus e os homens (1 Tm 2.5). Mas o
Mediador é também um Intercessor, e a intercessão é mais do que meras palavras que resolvam
suas dificuldades; porém, um intercessor diz alguma coisa a favor da pessoa pela qual se interessa.
apogeu das suas atividades salvadoras. Ele morreu por nós, ressuscitou por nós, ascendeu por nós e
intercede por nós (Rm 8.34). Nossa esperança não está em um Cristo morto, mas em um Cristo que
vive; e não somente em Um que vive, mas em um Cristo que vive e reina com Deus. O sacerdócio de
Portanto, ele pode levar a um desfecho feliz (perfeitamente, Hb 7.25) toda a causa cuja defesa
ele pleiteia assegurando assim àqueles que se chegam a Deus, por sua mediação, a completa
precisamente esse; ele vive sempre com esse intento de interceder diante de Deus a favor dos
seus. Enquanto Deus existir, não pode haver interrupção de sua obra intercessora... porque a
intercessão do Cristo glorificado não é uma oração apenas, mas uma vida. O Novo Testamento
estendidos e em forte pranto e lágrimas, rogando por nossa causa diante de Deus como se
fora um Deus relutante, mas o apresenta como um Sacerdote-Rei entronizado, pedindo o que
ou parácleto é aquele que é chamado a ajudar uma pessoa angustiada ou necessitada, para
confortá-la ou dar-lhe conselho e proteção. Essa foi a relação do Senhor para com seus discípulos
durante os dias de sua carne. Mas o Cristo glorificado também está interessado no problema do
pecado. Como Mediador, ele obtém acesso para nós na presença de Deus; como Intercessor, ele
leva nossas petições perante Deus; como Advogado, ele enfrenta as acusações feitas contra nós
pelo acusador dos irmãos, na questão do pecado. Para os verdadeiros cristãos uma vida habitual de
pecado não é admissível (1 Jo 3.6); porém, isolados atos de pecado podem acontecer aos melhores
cristãos, e tais ocasiões requerem a advocacia de Cristo. Em 1 Jo 2.1-2, estão expostas três
considerações que dão força a sua advocacia: primeira, ele está com o Pai, na presença de Deus;
segunda, Ele é O Justo, e como tal, pode ser uma expiação por outrem; terceira, ele é A propiciação
pelos nossos pecado, isto é, um sacrifício que assegura o favor de Deus por efetuar expiação pelo
pecado.
SEQ 5_0 \* alphabetic \r 6f) O Cristo onipresente. (Jo 14.12). Enquanto estava na terra, Cristo,
necessariamente, limitava-se a estar em um lugar de cada vez, e não podia estar em contato com
todos os seus discípulos ao mesmo tempo. Mas ao ascender ao lugar de onde procedera a força
motriz do universo, foi-lhe possível enviar seu poder e sua personalidade divina em todo tempo, a
todo lugar e a todos os seus discípulos. A ascensão ao trono de Deus deu-lhe não somente
onipotência (Mt 28.18), mas também onipresença, cumprindo-se, assim, a promessa: “Porque onde
estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles” (Mt 18.20).
SEQ 5_0 \* alphabetic \r 7g) Conclusão: Valores da ascensão. Quais os valores práticos da
esperamos ver, é um incentivo à santidade (Cl 3.1-4). O olhar para cima vencerá a atração das coisas
um Cristo meramente humano levaria o povo a considerar a igreja como uma sociedade meramente
humana, útil, sim, para propósitos filantrópicos e morais, porém destituída de poder e autoridade
igreja como um organismo, um organismo sobrenatural, cuja vida divina emana do Cabeça Cristo
ressuscitado. (3) O conhecimento interno do Cristo glorificado produzirá uma atitude correta para com
o mundo e as coisas do mundo. Mas a nossa cidade (literalmente, cidadania) está nos céus donde
também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo (Fl 3.20). (4) A fé no Cristo glorificado
consigo o conhecimento de que naquele dia, teremos que prestar contas a ele mesmo (Rm 14.7-9; 2
Co 5.9, 10). O sentido de responsabilidade a um Mestre no céu atua como um freio contra o pecado e
serve de incentivo para a retidão (Ef 6.9). (5) Junto à fé no Cristo glorificado temos a bendita e alegre
esperança de seu regresso. “E se eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez” (Jo 14.3).
TEONTOLOGIA
TEOLOGIA DE DEUS
I - A existência de Deus
Nossa principal base para a crença na existência de Deus é a Bíblia e o testamento do Espírito
Santo em nosso interior. A Bíblia de Gênesis a Apocalipse revela um Deus vivo, Santo, Todo-
Ateu Teórico – Classe mais intelectual e baseia sua negação da existência de Deus no
2 - Ateu cético - duvida da capacidade da mente humana de admitir que haja Deus;
B - Agnosticismo – vem da palavra grega não saber. O defensor de agnosticismo crê que nem a
criação, nem os alegados fatos quanto a sua existência de Deus podem fazer conhecido. Só creem
no que pode ver e apalpar.
C - Deísmo – O deísmo admite que Deus existe, contudo rejeita por completo a sua revelação a
humanidade.
D - Materialismo – O materialismo declara que a única realidade é a matéria.
A fé na revelação
O cristão temente a Deus aceita, por fé, a verdade de sua existência segundo a revelação
contida na Bíblia. Não se trata de uma fé cega, mas da fé que se baseia nas escrituras sagradas,
como palavra inspirada por Deus – Hb 11.6.
A Bíblia não só revela Deus como criador de todas as coisas (Gn 1.1), mas também sustentador
de todas as coisas (Mt 6.26; Hb 1.3) e como dirigente dos destinos de indivíduos ou nações (Sl
22.28).
A Bíblia afirma que Deus faz todas as coisas segundo o conselho de sua vontade, revelando,
assim, a realização gradual de seu grande e eterno propósito de redenção.
sobre a existência de Deus. Alguns desses argumentos vêm de Platão e Aristóteles, filósofos gregos
Argumento que admite que exista na mente do homem o conhecimento básico da existência de
Este argumento, em geral, encerra a ideia de que tudo que existe no mundo deve ter uma causa
homem de um ser supremo, e do seu anseio por uma moral superior, indica a existência de um Deus
É o argumento que parte da premissa de que entre todos os povos da terra é comum a
evidência de que o homem é um ser religioso em potencial. O cristão temente a Deus não necessita
de nenhum dos argumentos aqui apontados, pois a convicção da existência de Deus é um ato de fé
no que a Bíblia diz. O salvo tem por fundamento a fé; o testemunho é o do Espírito Santo.
“mas, como está escrito: Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração
Mas Deus no-lo revelou pelo Espírito; porque o Espírito a todas as coisas perscruta, até mesmo as
profundezas de Deus. Porque qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o seu próprio
espírito, que nele está? Assim, também as coisas de Deus, ninguém as conhece, senão o Espírito de
Deus. Ora, nós não temos recebido o espírito do mundo, e sim o Espírito que vem de Deus, para que
Não se pode provar a existência de Deus por meios naturais, mas sim por meio da fé, pela
potente e constante operação do Espírito Santo que em nós habita (Rm 8.16, 26, 27).
A Bíblia apresenta o Espírito Santo como “O Espírito da verdade” (Jo 16.13). Deus existe, Deus
é real. Este é o testemunho infalível e superior dado pelo Espírito Santo que mora no coração dos
salvos.
II - A revelação de Deus.
A palavra revelação tem sentido de descobrir, descerrar, remover o véu, assim sendo, quando a
Bíblia fala em revelação divina, ou pensamento em mente é do seu Criador, dando a conhecer o
homem o seu poder e glória, sua natureza e caráter, sua vontade, caminhos e planos, sua graça, seu
amor, sua misericórdia; em suma, assim mesmo a fim de que os homens possam conhecê-lo.
No decorrer dos milênios, Deus tem se revelado ao homem, através da natureza; a Israel
através do pacto que fez com Abraão; Deus se revelou aos patriarcas por meios mais diversos, como
sendo a palavra profética. Deus se revelou nos últimos tempos através de Jesus Cristo (Cl 1.19);
Deus se revelou à igreja através de Jesus Cristo, das escrituras, por meio de suas múltiplas
Sl 19.1-6 – “Os céus manifestam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra de suas mãos. Um
dia faz declaração a outro dia, e uma noite mostra sabedoria a outra noite. Sem linguagem, sem fala,
ouvem-se as suas vozes em toda extensão da terra, e as suas palavras até o fim do mundo. Neles
pós uma tenda para o sol que é qual noivo que sai do seu tálamo, e se alegra, como um herói a
correr o seu caminho. A sua saída é desde uma extremidade dos céus, e o seu curso até a outra
Is 40.26 - “Levantai ao alto os vossos olhos, e vede quem criou estas coisas, quem produz por conta
a seu exército, quem a todas chama pelos suas forças, e pela fortaleza do seu poder, nenhuma
faltará”.
Jó 12.7-9 - “Mas, perguntas agora alimárias, e cada uma delas tu ensinará: e às aves dos céus, e
elas to farão saber; ou fala com a terra, ela to ensinará até os peixes do mar to contarão. Quem não
entende por todas estas cousas que a mão do Senhor faz isto”.
A criação toda revela o criador, Gn 1 e Sl 104 mostram detalhadamente que Deus fez cada
coisa para um fim determinado e toda natureza se constitui agentes de Deus para manifestação do
seus propósitos. Os elementos da natureza não manifestaram por si mesmo a presença divina. Isto
seria confundir Deus com a natureza.
A natureza é, pois, qual espaçosa janela aberta em direção ao infinito, convidando os homens a
adorarem, Aquele que tudo criou segundo o seu santo e soberano conselho e propósito.
Deus se revela a Israel.
Deus fez do povo de Israel o centro de sua revelação na terra, para através dele abençoar toda
a humanidade.
Rm 3.2; Ne 9.13.
A revelação de Deus na história de Israel é algo constante e potente. Ele atenta o favor divino,
bem como sua provisão como porque Ele escolheu para si.
O fundamento da atitude religiosa de Israel era a aliança que Deus estabeleceu entre si e a
descendência de Abraão (Gn 17). Esta aliança foi uma imposição real mediante a qual Deus
comprometeu perante os descendentes de Abraão a ser o Deus deles, dessa maneiram, dispondo-se
A principal ênfase de revelação de Deus a Israel, recai sobre a sua fidelidade a aliança feita
com Abraão. Sua paciência e misericórdia, sua lealdade aos seus próprios propósitos Hb 6.13, 14.
Isaías: Is 6.1
Jeremias: Jr 31.3
Ezequiel: Ez 1.26-28
Daniel: Dn 10.5, 6
Amós: Am 9.1
“Certamente o Senhor Jeová não fará cousa alguma, sem Ter revelado o seu segredo aos seus
receberam em primeira mão o impacto inicial da revelação divina em pessoa - 1 Jo 1.1-4; Cl 1.26-27;
Gl 1.11, 12.
Pela visão que tiveram de Deus, os apóstolos foram mudados de frágeis pigmeus em valentes
bandeirantes da fé.
O apóstolo Paulo declara que o “mistério” (segredo) do beneplácito de Deus visando à salvação
da igreja e a restauração da humanidade caída, por meio de Cristo, foi agora revelado, depois de
haver sido mantido oculto até o tempo da encarnação do verbo divino (Rm 16.25, 26; 1 Co 2.7-10; Ef
1.9, 3.3-11).
As origens da igreja estão no eterno passado, conforme o propósito de Deus sobre Ela. Deus
A marcha triunfal da igreja, como baluarte da verdade é mais uma prova indiscutível de que
A vida de Deus.
A vida de Deus está intimamente ligada ao fato da existência de Deus, abordada anteriormente.
A Bíblia revela Deus como um Deus Supremo, vivo, todo-poderoso que realiza e faz todas as
furor treme a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação. Assim lhes direis: Os deuses
que não fizeram os céus e a terra desaparecerão da terra e de debaixo destes céus. O SENHOR fez
a terra pelo seu poder; estabeleceu o mundo por sua sabedoria e com a sua inteligência estendeu os
céus. Fazendo ele ribombar o trovão, logo há tumulto de águas no céu, e sobem os vapores das
extremidades da terra; ele cria os relâmpagos para a chuva e dos seus depósitos faz sair o vento.
Todo homem se tornou estúpido e não tem saber; todo ourives é envergonhado pela imagem que ele
mesmo esculpiu; pois as suas imagens são mentira, e nelas não há fôlego. Vaidade são, obra
ridícula; no tempo do seu castigo, virão a perecer. Não é semelhante a estas Aquele que é a Porção
de Jacó; porque ele é o Criador de todas as coisas, e Israel é a tribo da sua herança; SENHOR dos
Outras referências: Antigo Testamento - Sl 115.1-7; Dt 5.26; 1 Sm 17.36; 2 Rs 19.4; Sl 84.2; Jr 23.36;
Dn 6.20; Os 1.10.
A espiritualidade de Deus.
Jo 4.20-24 – “Nossos pais adoravam neste monte; vós, entretanto, dizeis que em Jerusalém é o lugar
onde se deve adorar. Disse-lhe Jesus: Mulher, podes crer-me que a hora vem, quando nem neste
monte, nem em Jerusalém adorareis o Pai. Vós adorais o que não conheceis; nós adoramos o que
conhecemos, porque a salvação vem dos judeus. Mas vem a hora e já chegou, em que os
verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai
procura para seus adoradores. Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em
espírito e em verdade”.
Deus é Espírito com personalidade plena. Ele pensa, sente, fala, podendo assim, Ter comunhão
direta com suas criaturas, sendo Deus Espírito não está sujeito as limitações.
O ensino de que Deus é Espírito não implica que Deus tenha uma existência indefinida e irreal,
compreensível ao mortal.
A personalidade de Deus.
soma total das características necessárias para descrever o que é um ser pessoal.
O nome é uma das mais fortes evidências da personalidade de um ser, foi pelo nome de Jeová
Eu Sou = Ex 3.14
Personalidade de Deus.
No Novo Testamento revela os nomes:
Theos = Deus
Kirios = Senhor
Rater = Pai
A personalidade de Deus pode ser provada não só pelo que Ele é, mas também pelo que Ele
Tristeza - Gn 6.6
Ira - 1 Rs 11.9
Zelo - Dt 6.15
Amor - Ap 3.19
Ódio - Pv 6.16
Autoexistência de Deus.
Deus existe por si mesmo. Diferente de todas as suas criaturas, a vida de Deus não vem de
Assim como o Pai tem a vida em si mesmo, Ele concedeu ao filho Ter a vida em si mesmo.
A eternidade de Deus.
A Bíblia apresenta do princípio ao fim, um Deus que existe por si mesmo, eternamente, que não
tem princípio nem fim de dias.
“Plantou Abraão tamargueiras em Berseba e invocou ali o nome do SENHOR, Deus Eterno.” Gn
21.33.
“O Deus eterno é a tua habitação e, por baixo de ti, estende os braços eternos; ele expulsou o inimigo
“Mas o SENHOR permanece no seu trono eternamente, trono que erigiu para julgar.” Sl 9.7.
és Deus.” Sl 90.2.
“Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o SENHOR, o Criador dos fins da terra, nem se cansa,
Tempo e eternidade.
O tempo tem relação estrita com os mundos dos objetos que existem em sua sucessão.
Deus enche o tempo, está em cada partícula dele, porém a sua eternidade não é a mesma
A eternidade de Deus está em contraste com o tempo, a nossa existência está dividida em
períodos compreendidos por dias, semanas, meses e ano. Não é assim a existência de Deus.
A nossa vida está dividida entre passado, presente e futuro, porém na vida Deus o passado e o
futuro se fundem no eterno presente (Ex 3.13, 14; Jo 5.48). Sua eternidade pode definir-se com
aquela perfeição divina, por meio da qual Ele se eleva sobre as limitações temporais.
7. A imutabilidade de Deus.
Na qualidade de um ser infinito, absolutamente independente e eterno, Deus não está sujeito a
mudanças.
“Disse Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU
“Eles perecerão, mas tu permaneces; todos eles envelhecerão como uma veste, como roupa os
mudarás, e serão mudados. Tu, porém, és sempre o mesmo, e os teus anos jamais terão fim.” Sl
102.26-27.
“Porque eu, o SENHOR, não mudo; por isso, vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos.” Ml 3.6
Imutabilidade: É a perfeição por meio da qual, Deus não está sujeito a qualquer mudança, no seu
ser e também em suas posições, promessas e propósitos (Tg 1.17). Assim, Deus é imutável, não
“então, se arrependeu o SENHOR de ter feito o homem na terra, e isso lhe pesou no coração.” Gn
6.6.
“Viu Deus o que fizeram, como se converteram do seu mau caminho; e Deus se arrependeu do mal
A onisciência de Deus.
O Deus da Bíblia não é somente um ser pessoal, existente em si mesmo, eterno e imutável. Ele,
também, é o Deus perfeito em ciência e sabedoria. Ele não só possui a perfeita sabedoria, pois Ele
mesmo é o manancial de toda ela.
Onisciência: A onisciência de Deus tem a ver com sua capacidade de tudo saber.
A onisciência de Deus inclui tudo; seu conhecimento é universal incluído tudo quanto pode ser
conhecido. Jo 3.12.
Deus conhece desde a eternidade, aquilo que será durante toda vida.
Deus conhece o plano total dos séculos, bem como a parte que cada homem ocupa nele. Ef 1.9-12.
Deus sabe tudo quanto ocorre em todos os lugares: tanto o bem como o mal. Pv 15.3.
Deus conhece todos os filhos dos homens, seus caminhos e suas obras. Pv 5.21
Pela sua onisciência ou capacidade de saber todas as coisas, Deus conhece o que está,
Deus conhece tudo na natureza, cada estrela, cada passarinho (Sl 147.4; Mt 10.29).
Deus conhece tudo no terreno do procedimento humano (Sl 139.1-4; 1 Cr 29.19; Ex 3.7).
Hb 4.13 – “E não há criatura que não seja manifesta na sua presença; pelo contrário, todas as coisas
estão descobertas e patentes aos olhos daquele a quem temos de prestar contas.”
9. Onipotência de Deus.
A palavra onipotência deriva de dois termos latinos Omnis e potência que juntos significa todo
o poder, mostra que Deus é ilimitado, Ele tem poder para fazer qualquer coisa que queira.
Gn 18.14 – “Acaso, para o SENHOR há coisa demasiadamente difícil? Daqui a um ano, neste mesmo
Jó 42.2 – “Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode ser frustrado”.
Sl 93.4 – “Mas o SENHOR nas alturas é mais poderoso do que o bramido das grandes águas, do que
Jr 32.17 – “Ah! SENHOR Deus, eis que fizeste os céus e a terra com o teu grande poder e com o teu
A onipotência de Deus não significa o exercício do seu poder para fazer aquilo que é incoerente
No domínio da experiência humana - José (Gn 39.2, 3, 21); Nabucodonosor (Dn 4.19-37); Daniel (Dn
1.9); Faraó (Ex 7.1-5); Aos homens em geral (Sl 75.6, 7).
pois sua Onipresença é que Deus está em todos os lugares. Ele age em todos os lugares e possui
Tem a ver com a verdade consoladora que anima os corações dos crentes. A infalível presença de
Veracidade de Deus
A verdade – veracidade e fidelidade de Deus – são manifestas no decorrer de toda a narrativa
bíblica.
Depoimento Bíblico quanto à veracidade de Deus.
Sl 31.5 – “Nas tuas mãos, entrego o meu espírito; tu me remiste, SENHOR, Deus da verdade”.
Jo 3.33 – “Quem, todavia, lhe aceita o testemunho, por sua vez, certifica que Deus é verdadeiro”.
Rm 3.4 – “De maneira nenhuma! Seja Deus verdadeiro, e mentiroso, todo homem, segundo está
escrito: Para seres justificado nas tuas palavras e venhas a vencer quando fores julgado”.
1 Ts 1.9 – “pois eles mesmos, no tocante a nós, proclamam que repercussão teve o nosso ingresso
no vosso meio, e como, deixando os ídolos, vos convertestes a Deus, para servirdes o Deus vivo e
verdadeiro”.
1 Jo 5.20 – “Também sabemos que o Filho de Deus é vindo e nos tem dado entendimento para
A veracidade é um dos múltiplos aspectos da perfeição divina. Deus é ao mesmo tempo veraz e
2 - Fidelidade de Deus
Fidelidade é outro aspecto da veracidade divina. Deus é fiel, pois cumpre todas as suas
Dt 7.10 – “e dá o pago diretamente aos que o odeiam, fazendo-os perecer; não será demorado para
Dt 32.4 – “Eis a Rocha! Suas obras são perfeitas, porque todos os seus caminhos são juízo; Deus é
Sl 117.2 – “Porque mui grande é a sua misericórdia para conosco, e a fidelidade do SENHOR
Satanás será banido da terra e posto no seu lugar, enquanto os novos céus e nova terra serão
estabelecidos.
Conselho de Deus.
O conselho de Deus é o seu plano eterno em relação ao mundo material e espiritual, visível e
invisível, abrangendo todos os seus eternos propósitos e decretos, inclusive a criação e redenção,
Ef 1.11 – “nele, digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito
Is 40.13-14 – “Quem guiou o Espírito do SENHOR? Ou, como seu conselheiro, o ensinou? Com
quem tomou ele conselho, para que lhe desse compreensão? Quem o instruiu na vereda do juízo, e
Is 14.26-27 – “Este é o desígnio que se formou concernente a toda a terra; e esta é a mão que está
estendida sobre todas as nações. Porque o SENHOR dos Exércitos o determinou; quem, pois, o
invalidará? A sua mão está estendida; quem, pois, a fará voltar atrás?”.
Is 46.10-11 – “que desde o princípio anuncio o que há de acontecer e desde a antiguidade, as coisas
que ainda não sucederam; que digo: o meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade;
que chamo a ave de rapina desde o Oriente e de uma terra longínqua, o homem do meu conselho.
Dn 4.25 – “serás expulso de entre os homens, e a tua morada será com os animais do campo, e dar-
te-ão a comer ervas como aos bois, e serás molhado do orvalho do céu; e passar-se-ão sete tempos
por cima de ti, até que conheças que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens e o dá a
quem quer”.
As coisas em particular.
Às naturais, como:
As espirituais, como:
A obra de Deus nos crentes, por meio de suas próprias ações (Fl 2.12, 13).
benevolência de Deus.
Criar o homem;
4 - Sabedoria de Deus.
Sabedoria e conhecimento não são as mesmas coisas; ainda que estejam intimamente ligadas nem
sempre se encontram juntas. Uma pessoa totalmente inculta pode sobrepor em sabedoria a um
erudito.
adquirido pela prática da vida e pela intuição. O conhecimento é teórico; a sabedoria é prática. Ambas
são imperfeitas no homem, porém em Deus se caracterizam por sua absoluta perfeição.
1 Sm 2.3 – “Não multipliqueis palavras de orgulho, nem saiam coisas arrogantes da vossa boca;
Jó 12.13 – “Não! Com Deus está a sabedoria e a força; ele tem conselho e entendimento.”
1 Co 1.24 – “mas para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, pregamos a Cristo, poder
Ef 3.10 – “para que, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus se torne conhecida, agora, dos
A sabedoria de Deus está relacionada com sua inteligência, tal como se revela na adaptação
5 - A soberania de Deus
A soberania de Deus é a soma de algum atributo, dentre os quais se destacam:
Onipotência, Onisciência e Onipresença.
Deus governa como Rei no mais absoluto sentido da palavra, e todas as coisas
depende dEle e a Ele servem.
Dn 10.14-17 – “Agora, vim para fazer-te entender o que há de suceder ao teu povo nos últimos dias;
porque a visão se refere a dias ainda distantes. Ao falar ele comigo estas palavras, dirigi o olhar para
a terra e calei. E eis que uma como semelhança dos filhos dos homens me tocou os lábios; então,
passei a falar e disse àquele que estava diante de mim: meu senhor, por causa da visão me
sobrevieram dores, e não me ficou força alguma. Como, pois, pode o servo do meu senhor falar com
o meu senhor? Porque, quanto a mim, não me resta já força alguma, nem fôlego ficou em mim.”
1 Cr 29.11-12 – “Teu, SENHOR, é o poder, a grandeza, a honra, a vitória e a majestade; porque teu é
tudo quanto há nos céus e na terra; teu, SENHOR, é o reino, e tu te exaltaste por chefe sobre todos.
Riquezas e glória vêm de ti, tu dominas sobre tudo, na tua mão há força e poder; contigo está o
2 Cr 20.6 – “e disse: Ah! SENHOR, Deus de nossos pais, porventura, não és tu Deus nos céus? Não
és tu que dominas sobre todos os reinos dos povos? Na tua mão, está a força e o poder, e não há
Is 33.22 – “Porque o SENHOR é o nosso juiz, o SENHOR é o nosso legislador, o SENHOR é o nosso
1 - Vontade:
Expressa, primariamente, o atributo da autodeterminação de Deus, mediante a qual Ele age de
conformidade com seu eterno poder e Deidade, sustentando todas as coisas para bem eterno de
suas criaturas - Sl 135.6.
A eleição de Jacó como cabeça da família e como pai de doze patriarcas, dos quais adveria a nação
A eleição de José ao elevado posto de governador do Egito, com o propósito de salvar Jacó e seus
filhos de morrerem de fome numa época de grande escassez de alimento (Gn 50.20).
A libertação de Israel do Egito, com mão forte e com braço estendido (Ex 6.6).
A condução de Israel durante quarenta anos, pelo deserto, até o monumento da entrada em Canaã, a
A preservação histórica de Israel, apesar de rejeitarem Jesus como o Messias, para fazê-la nação
Quanto ao pecador em particular, a vontade de Deus é que ele se converta e seja salvo.
SENHOR, que se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar”.
2 Pe 3.9 – “Não retarda o Senhor a sua promessa como alguns a julgam demorada, ele e longânimo
para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento”.
1 Ts 4.3-8 – “Pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação, que vos abstenhais da
prostituição; que cada um de vós saiba possuir o próprio corpo em santificação e honra, não com o
desejo de lascívia, como os gentios que não conhecem a Deus; e que, nesta matéria, ninguém
ofenda nem defraude a seu irmão; porque o Senhor, contra todas estas coisas, como antes vos
avisamos e testificamos claramente, é o vingador, porquanto Deus não nos chamou para a impureza,
e sim para a santificação. Dessarte, quem rejeita estas coisas não rejeita o homem, e sim a Deus,
2 - Justiça de Deus.
Justiça: Lei que é parte inerente à natureza de Deus, a qual se constitui no modelo mais elevado de
lei, pelo qual todas as outras leis têm que ser julgada.
Justiça Absoluta: Justiça absoluta de Deus tem a ver com a retidão da divina natureza em virtude da
Justiça Relativa: Justiça relativa de Deus tem a ver com sua perfeição por meio da qual Ele se
mantém contra toda violação da sua santidade e faz ver em todo sentido que Ele é santo.
A Justiça divina e governativa de Deus. Tem a ver com aquilo que Deus usa como governante
dos bons e dos maus.
A Justiça Governativa Pode Ser:
Para designar a retidão de Deus na execução da lei. A Justiça distributiva de Deus se relaciona
com a distribuição das recompensas e dos castigos (Is 3.10; Rm 2.6; 1 Pe 1.17).
Manifesta na sua recompensa aos homens e aos anjos (Dt 7.9, 12, 13; 2 Cr 6.15; Sl 58.11; Mq
Refere-se à aplicação de castigo da sua parte. E uma manifestação da ira divina (Rm 1.32, 2.9,
12.19; 2 Ts 1.8).
3 - Bondade de Deus.
À luz das escrituras a Bondade de Deus é tratada de maneira genérica e específica. A Bondade
de Deus não deve ser confundida com sua ternura, já que está expressa a um conceito mais restrito.
A Bondade de Deus para com suas criaturas pode ser definida como a perfeição que o mantém
solícito, pronto a tratar generosamente todas as suas criaturas. É o afeto pelo qual Deus assiste (Sl
Sl 36.6 – “A tua justiça é como as montanhas de Deus; os teus juízos, como um abismo profundo. Tu,
Mt 5.45 – “para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste, porque ele faz nascer o seu sol sobre
Mt 6.26 – “Observai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo,
vosso Pai celeste as sustenta. Porventura, não valeis vós muito mais do que as aves?”.
Lc 6.35 – “Amai, porém, os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai, sem esperar nenhuma paga;
será grande o vosso galardão, e sereis filhos do Altíssimo. Pois ele é benigno até para com os
ingratos e maus”.
At 14.17 – “contudo, não se deixou ficar sem testemunho de si mesmo, fazendo o bem, dando-vos do
4 - O amor de Deus
Quando a Bondade de Deus se manifesta em favor de suas criaturas racionais, assume o mais
Amor: Aquela perfeição de Deus pela qual Ele, eternamente, comunica-se com suas criaturas -
Jo 3.16.
Deus ama os crentes salvos em Jesus Cristo com um pai ama seus filhos, espirituais em Cristo.
5 - Graça de Deus.
Graça: A imerecida bondade de Deus para com aqueles que foram feitos indignos dela, por natureza,
Exemplos:
Por graça foi que o caminho da redenção abriu-se para o homem (Rm 3.24; 2 Co 8.9).
Por graça foi que Cristo selou a obra da redenção para todo mundo (At 14.3).
Por graça, os pecadores receberam o Dom de Deus em Jesus Cristo (At 18.27; Ef 2.8).
Por graça fomos enriquecidos com dons espirituais, os mais diversos (Jo 1.16; 2 Co 8.9; 2 Ts 2.16).
6 - A misericórdia de Deus.
Misericórdia Divina: Pode ser definida como bondade ou o amor de Deus para aqueles que se
Gozam da misericórdia de Deus aquele que teme ao Senhor (Ex 20.6; Dt 7.9; Sl 86.11; Lc 1.50).
As misericórdias de Deus estão sobre todos os homens que obedecem aos seus mandamentos (Lc
6.35, 36).
7 - Longanimidade de Deus.
Longanimidade: Aquela bondade ou amor de Deus, em virtude do qual Ele suporta o obstinado e
Textos Bíblicos:
Sl 86.15 – “Mas tu, Senhor, és Deus compassivo e cheio de graça, paciente e grande em misericórdia
e em verdade”.
Rm 2.4 – “Ou desprezas a riqueza da sua bondade, e tolerância, e longanimidade, ignorando que a
1 Pe 3.20 – “os quais, noutro tempo, foram desobedientes quando a longanimidade de Deus
aguardava nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca, na qual poucos, a saber, oito pessoas,
2 Pe 3.15 - “E tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor: como também o nosso amado
irmão Paulo vos escreveu Segunda a sabedoria que lhe foi dada”.
sua natureza. Significa sua absoluta pureza moral, indica que Ele não pode pecar nem tolerar o
pecado.
Ex 15.11 – “Ó SENHOR, quem é como tu entre os deuses? Quem é como tu, glorificado em
Lv 11.45 – “Eu sou o SENHOR, que vos faço subir da terra do Egito, para que eu seja vosso Deus;
Js 24.19 – “Então, Josué disse ao povo: Não podereis servir ao SENHOR, porquanto é Deus santo,
Deus zeloso, que não perdoará a vossa transgressão nem os vossos pecados”.
Is 6.9 – “Então, disse ele: Vai e dize a este povo: Ouvi, ouvi e não entendais; vede, vede, mas não
percebais”.
Somente Deus é santo em si mesmo e absoluto distinto de todas as suas criaturas, exaltado
sobre elas em infinita majestade. Santidade de Deus é um dos atributos transcendentais e, algumas
vezes, se fala dela com perfeição suprema e central.
Quando Deus libertou Israel do Egito, no Sinai outorgou-lhes e fez com a nação uma aliança de
Os 10 mandamentos dados por Deus a Israel através de Moisés no monte Sinai, destacam-se
É revelado o interesse de Deus em comunicar uma particular desse seu atributo àqueles que Ele
O propósito de Deus expresso nos 10 mandamentos viria a escrever influência na vida de Israel
As escrituras ensinam que Deus é um, e que além dEle não existe outro Deus. Contudo, a
unidade divina é uma unidade composta de três pessoas distintas e divinas que são: Deus Pai, Deus
Filho e Deus Espírito Santo. Não se trata de deuses independentes. São três pessoas, mas um só
Deus. Os três cooperam unidos e num mesmo propósito, de maneira que, no pleno sentido da
palavra, são um. O Pai cria, O Filho redime e O Espírito consola, no entanto, em cada uma dessas
No Antigo Testamento.
Na criação do homem: Gn 1.26 – “Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem,
conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus,
sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra”.
A respeito da queda: Gn 3.22 – “Então, disse o SENHOR Deus: Eis que o homem se tornou como um
de nós, conhecedor do bem e do mal; assim, que não estenda a mão, e tome também da árvore da
Na torre de Babel: Gn 11.7 – “Vinde, desçamos e confundamos ali a sua linguagem, para que um não
Na visão de Isaías: Is 6.8 – “Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem
No Novo Testamento.
Mt 3.16-17 – “Batizado Jesus, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de
Deus descendo como pomba, vindo sobre ele. E eis uma voz dos céus, que dizia: Este é o meu Filho
Mt 28.19 – “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do
1 Co 12.4-6 – “Ora, os dons são diversos, mas o Espírito é o mesmo. E também há diversidade nos
serviços, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade nas realizações, mas o mesmo Deus é quem
2 Co 13.13 – “A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo
Ef 4.4-6 – “há somente um corpo e um Espírito, como também fostes chamados numa só esperança
da vossa vocação; há um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é
obediência e a aspersão do sangue de Jesus Cristo, graça e paz vos sejam multiplicadas”.
Jd 20-21 – “Vós, porém, amados, edificando-vos na vossa fé santíssima, orando no Espírito Santo,
guardai-vos no amor de Deus, esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo, para a vida
eterna”.
Ap 1.4-5 – “João, às sete igrejas que se encontram na Ásia, graça e paz a vós outros, da parte
daquele que é, que era e que há de vir, da parte dos sete Espíritos que se acham diante do seu trono
e da parte de Jesus Cristo, a Fiel Testemunha, o Primogênito dos mortos e o Soberano dos reis da
terra. Àquele que nos ama, e, pelo seu sangue, nos libertou dos nossos pecados”.
A trindade definida.
Profetas
Supridor de Ministro
a sua:
1 - DEUS PAI
Deus: O pai de toda a criação.
1 Co 8.6 – “todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem
existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós também, por ele”.
Ef 3.14-15 – “Por esta causa, me ponho de joelhos diante do Pai, de quem toma o nome toda família,
Dt 32.6 – “É assim que recompensas ao SENHOR, povo louco e ignorante? Não é ele teu pai, que te
Ml 1.6 – “O filho honra o pai, e o servo, ao seu senhor. Se eu sou pai, onde está a minha honra? E,
se eu sou senhor, onde está o respeito para comigo? - diz o SENHOR dos Exércitos a vós outros, ó
sacerdotes que desprezais o meu nome. Vós dizeis: Em que desprezamos nós o teu nome?”.
Mt 5.45 – “para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste, porque ele faz nascer o seu sol sobre
Mt 6.6 – “Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está
I Jo 3.1 – “Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de
Deus; e, de fato, somos filhos de Deus. Por essa razão, o mundo não nos conhece, porquanto não o
O nome do Espírito Santo sempre aparece associado aos nomes do Pai e do Filho:
Na comissão Apostólica (Mt 28.16).
Na operação dos dons espirituais (1 Co 12.4-6).
Na bênção apostólica (2 Co 13.13)
C - CRIAÇÃO EM GERAL
CRIAÇÃO: pode ser definida como aquele ato livre de Deus, por meio da qual, segundo o conselho
de sua soberania vontade e para sua própria glória. No princípio, produziu todo o universo visível e
invisível, sem uso da matéria preexistente e, assim lhe deu existência distinta da sua própria
existência.
Semana da Recriação
1° Dia: “Disse Deus: haja luz; e houve luz” (Gn 1.3).
2° Dia: “E chamou Deus o firmamento céus” (Gn 16-8).
3° Dia: “Aparecimento da terra firme” (Gn 1.9-13).
4° Dia: “A organização do sistema solar” (Gn 1.14-19).
5° Dia: “O surgimento da fauna marinha” (Gn 1.20-23).
6° Dia: “A criação dos animais terrestres” (Gn 1.24-26).
O Deus real e verdadeiro.
Não é um policial onipresente, nem deve ser confundido com a consciência humana.
Transcende a educação recebida na lar (Nm 23.19).
Está acima do tempo (Dn 4.34).
É o Senhor dos exércitos e o Deus da guerra (Jr 25.31).
Apesar de perfeito, inclina-se para a nossa imperfeições (Sl 103.14; Is 42.3).
Se constitui em causa não apenas pela qual vale a pena viver, mas, se necessário, pela qual vale a
pena morrer, também (Ef 6.12).
Não se deixa prender (1 Rs 8.27).
Está interessado por todas as suas criaturas (Mt 6.26; Lc 12.27).
Se revela aos homens.
Sempre escolhe o melhor para os homens.
INTERCESSÃO
I - TIPOS DE ORAÇÃO
1. Adoração - tipo de oração que expressa nossa devoção a Deus, o valor que Ele tem para nós.
5. Intercessão - Orar por alguém ou algo que não está diretamente ligado a característica individual
da nossa vida.
Definição: Intercessão é orar, colocando-se na brecha entre Deus e o povo, ou entre Satanás e o
povo.
Exige renúncia.
É necessário conhecer ao máximo as duas partes. Jesus conheceu, pois é Deus e veio como
homem.
É dar, é servir.
Revela intimidade.
Deus poderia agir sozinho, mas preferiu incluir o homem em seu plano estratégico para salvar, livrar,
Nossa postura é muito importante - atitude interna e postura física - pois revela em que realmente
cremos.
Desejo, determinação.
Disciplina.
Separe um tempo específico, até ganhar o hábito. Este hábito se transformará em estilo de vida.
É necessário saber manter a chama do Espírito Santo acesa em nossos corações - Ef 4.30; 1 Ts
5.19.
É necessário ser cheio de fé, crendo que Deus vai nos usar - Hb 11.6; Mc 11.24; Ef 1.19.
Voz do inimigo.
Obs.: Estes princípios são uma das marcas da JOCUM Internacional, uma das maneiras que Deus
usa para falar conosco. Devemos tomar todo o cuidado para não pensarmos que temos uma fórmula
mágica, que somos melhor que outros, ou até mesmo cairmos em uma rotina, deixando que o valor
Pedir a Deus que o Espírito Santo nos ensine a orar, colocando as suas orações em nossas
É aqui que focalizamos nas cargas que Ele vai compartilhar conosco.
Agradecer com fé pelo que Deus vai fazer e pelas cargas que Ele vai nos dar.
Esperar em silêncio.
ADORAÇÃO
Jo 4.23-24
Definição
A raiz hebraica da palavra adorar significa virar-se para beijar, ou beijar a mão. Biblicamente,
Reconhecer o valor que Deus tem para nós e dar uma resposta adequada a este valor.
No inglês: Worship (Worth – ship) – Dignidade – Sl 48.1 é certo, justo e apropriado para nós
adorarmos a Deus.
“Oração é a ocupação da alma com suas necessidades. Louvor é a ocupação da alma com
alcançar as expectativas que Ele tem a nosso respeito – é a expressão de nossa devoção a Ele – Jo
17.3; Os 6.1-3, 6.
Deus já é adorado no céu, constantemente, por seus anjos (Is 6, Ef 1, Ap 4), mas Ele preferiu
criar seres com quem pudesse repartir sua imagem e semelhança, a fim de que deles livremente
recebesse adoração.
Deus programou para sermos adoradores: isso está em nossa própria natureza. Se não
adorarmos a Ele, então outra pessoa, objeto ou valor será alvo da nossa adoração.
2. Adoração: Antigo Testamento X Novo Testamento.
No Antigo Testamento, o modelo de adoração foi imposta pelo Senhor, como um caminho que
Os judeus não compreendem o propósito ilustrativo do modelo que Deus instituiria, por causa
de seu legalismo, pagando o espírito e a atitude de adoração à qual a adoração devia levar – Cl 2.16,
17.
A mulher Samaritana demonstrou isto em sua conversa com Jesus (Jo 4): “Mestre... onde...”. A
resposta de Jesus não foi a que ele esperava: “Mulher, não é onde ou como, e sim com que atitude”.
O Novo Testamento nos traz um novo entendimento sobre esta realidade: adoração deve ser
Louvor é o modo como nos expressamos a Deus, usando o nosso pensamento, corpo e
obras do Senhor.
louvá-Lo.
Reverência não implica em reprimir nossas emoções, e sim em saber usá-las de modo
A.4. O louvor na Bíblia pode ser expresso através das seguintes formas:
Sf 3.7 – NVI Thompson: “... Ele se deleitará em ti; Ele te aquietará com seu amor; Ele regozijará
Cânticos espirituais: Ef 5.19; Cl 16. É uma forma bem espontânea de louvor, que nasce no espírito da
Aplauso – Sl 47.1.
Condenação – Rm 8.1.
atenção em Deus. É preciso lembrar-se de quem Deus é, confiar nEle e deixar que ele fale conosco
no louvor.
Tradições Religiosas.
Conceitos errados sobre a pessoa, o Senhor revela-se como Ele realmente é, e descobrir a
Preocupação com o que outros vão pensar: medo de ser rejeitado. Devemos Ter a mesma
Repressão Satânica.
O diabo não quer que louvemos a Deus, e vai fazer o que pode para não permitir. É necessário
Em Hb 13.15, 16 o escritor fala de sacrifício de louvor, “que é o fruto de lábios que confessam o
seu nome. Não vos esqueçais de fazer o bem e de repartir com outros, pois com tais sacrifícios Deus
se agrada”.
O sacrifício de louvor não são os lábios que confessam, mas o fruto da confissão.
Que confissão é essa? De que o escritor estava falando? Provavelmente do mesmo tema de
– Dt 16.16-17. Antes, vivíamos com uma atitude egoísta de satisfazermos nossos próprios desejos,
mas agora Deus nos chama para repartir, dividir, compartilhar, servir: isso é expressão de amor.
Paulo se referiu a esse tipo de adoração em Rm 15.16, mencionado os gentios, o fruto de seu
trabalho. Também, criou em Ef 4.18 oferta que receberá como adoração a Deus. Em ambos os
A atitude de servir é uma premissa para a verdadeira adoração. A queda de Lúcifer se deu
quando ele tirou os olhos de Deus, colocando-o sobre si mesmo como abjeto a ser servido: adorado.
Os próprios levitas e sacerdotes são um modelo de ministros – que quer dizer servos. A
Bíblia fala que fomos feitos um povo que serve, e este serviço um testemunho para o mundo perdido.
Abraão foi um homem que entendeu que devia toda a sua devoção a Deus. Quando o Senhor
pediu a vida de seu filho, ele estava disposto a dar. Isso tocou o coração de Deus. Em dar seu filho
ao Senhor, Abraão se identificou com Deus, que também seu filho pelo mundo – medida do amor do
Pai – Jo 3.16.
Servir – dar – com o coração disposto agradar ao Senhor acima de qualquer custo é amizade
Adorar é o ato de darmos nossas vidas a Deus, de nos abandonarmos para Ele.
Jesus ensina em Mc 10.42-45 o estilo de vida que o evangelho prega – o serviço. Ele mesmo foi
Parece que entendemos errado, que recebemos no mundo sobre servir é trazido para dentro do
Reino de Deus, onde não há posição ou status, mas sim níveis de responsabilidades. O líder deve
Quanto mais – dinheiro, responsabilidade, talento, visão, relacionamentos etc. – Deus coloca
em nossas mãos, maior deve ser nossa atitude em canalizar, dar, oferecer generosamente de volta
“Um desejo ardente e não egoísta de dar a Deus é a essência da adoração. Começa quando
oferecemos a nós mesmos, depois nossa atitude e então nossas posses – até que adoração seja um
Este é um novo caminho para adoração aberto para nós pelo próprio Jesus – entregar no Santo
O caminho da santidade nos leva a descobrir o que é agradável ao Senhor – Ef 5.8-10; Fp 1.11.
A nossa santidade nos identifica com o caráter do Pai – “Sede santos porque eu sou Santo”- 1
Pe 1.15-16. É também uma condição básica para nos relacionar com Deus em intimidade. O ser
humano tende a tornar-se semelhante ao foco de sua devoção – Sl 115.4-8. 135.15-18. Se o foco de
nossa adoração é o Senhor, vamos nos tornar semelhante a Ele, espelhando sua glória – 2 Co 3.18.
C. ADORAÇÃO E ADOÇÃO
A adoração como estilo de vida é um processo que nos identifica com Deus. Desde a criação do
homem o Senhor repartiu conosco sua imagem e semelhança, que foram quebradas com a entrada
do pecado em nossas vidas. O propósito de Deus foi restaurar esta imagem e semelhança perdida,
nossas vidas do ponto de vista de Deus - o conceito que Deus tem de nós.
Deus tem um novo nome para cada um de nós. Relacionando com modo peculiar com que Ele
nos vê, individualmente. Nossa nova identidade em Deus precisa nascer pela fé, tomar forma e
Busque uma palavra do Senhor que venha expressar este conceito que Deus tem a seu
respeito, esse novo nome que Ele lhe deu – Jr 29.11; Is 62.1-4. Proteja esta palavra, creia nela com
todo o seu coração, pois o diabo tentará trazer descrença e acusação ao sue coração. Assuma essa
identidade, deixe que Deus espelhe sua glória – o caráter de Cristo – através desse novo nome que
Ele te der.
A identificação com Deus através da adoração deve nos motivar a aceitar o desafio de nos
de Moisés demonstra o exemplo de Jesus em percorrer, passo a passo, o caminho para que nós
Em nossa vida de adoração a Deus, ele reparte conosco seus segredos, sonhos, desejos,
palavras, sentimentos e cargas. Adoração nos traz uma visão mais clara das coisas de Deus. Essa
CONCLUSÃO
Cada um de nós vive, todos os dias, a cada momento, uma nova oportunidade de expressar a
adoração ao Senhor. Não importa que tipo de personalidade ou ocupação possuímos, há uma
maneira pessoal de respondermos a Ele de acordo com a revelação e o valor que Ele tem para nós.
Deus procura adoradores que se disponham a se relacionar com Ele na intimidade do Espírito e
na coerência de sua Palavra, a verdade. Um preço a ser à altura do chamado que Ele hoje coloca
para nós. Estamos a aceitar este chamado?
DÍZIMOS E OFERTAS
Este não é um assunto muito abordado, mas é de tremenda importância para a vida da Igreja.
Muitas pessoas têm problemas sérios na área financeira por não contribuir ou contribuir de
maneira equivocada.
Pessoas inconstantes em seus dízimos tendem a ser instáveis na sua vida financeira. Pessoas
Nós precisamos entender que nosso compromisso com o corpo (irmãos em Cristo), também é um
compromisso financeiro.
Existem, ainda, muitos enfoques errados sobre esse assunto e muito que ainda precisa ser
restaurado. Uns pecam pelo excesso, outros pelo descaso, outros pela ganância etc.
Antes, porém de entrarmos no assunto de dízimos ofertas vamos falar um pouco sobre dinheiro.
O DINHEIRO
O que o dinheiro?
Muitos textos que vamos estudar são do Velho Testamento, e na época que alguns deles foram
Todos os artigos serviam como artigos de troca (gado, prata, ouro, objetos).
A riqueza era medida, por exemplo, pela quantidade de gado. Ex Abraão Gn 13.2.
O primeiro metal que foi usado como instrumento de troca foi a prata. As pessoas trocavam
Gn 23.16 – “Tendo Abraão ouvido isso a Efrom, pesou-lhe a prata, de que este lhe falara diante dos
Mais tarde, começou-se a usar a moeda de metal (cerca de 700 AC), estampando-se nela seu
lugar de origem. Mas não vamos perder muito tempo falando da evolução histórica do dinheiro.
A Natureza do Dinheiro
O dinheiro é uma POTESTADE. Ou seja, ele tem poder em si mesmo. Exerce poder sobre as
pessoas.
Nesse texto Jesus usa uma palavra em aramaico para riquezas: MAMOM
Mamom (o dinheiro) tem a tendência de conduzir as pessoas para longe do Deus verdadeiro. (Ex.: o
Dá segurança
Liberdade
Parece onipresente.
Um dos problemas mais sérios do dinheiro (mamom) é que ele reivindica a lealdade e amor que
seu discípulo. Temos que aprender a usar o dinheiro que Deus nos dá (confia aos nossos cuidados),
Incentivo: pode ser usado para intensificar nosso relacionamento com Deus e com os irmãos.
A bíblia nos fala de pessoas ricas que andaram com Deus e foram uma benção para o próximo
Conceitos errados
O dinheiro não é neutro. Ele pode ser bom se usarmos bem ou pode ser mau se usarmos mal.
O dinheiro satisfaz sim: Para uma pessoa materialista que ama o dinheiro e as coisas que ele
Você não é rico pela quantidade de bens (ou dinheiro) que possui, mas pela quantidade de
Uma pessoa pode ter muito dinheiro e ser pobre para Deus. Outras podem ter pouco dinheiro e
Você é pobre quando o que tem é seu. Você é realmente rico quando o que tem é dos outros.
O Senhor e o dinheiro
Nesses textos vemos que todo o ouro, toda a prata, todas as riquezas são do Senhor,
pertencem a Ele, estão sob o seu domínio. (Até o dinheiro que está no seu bolso agora)
Deus nos dá o dinheiro não para que sejamos escravos dele, ou amemos a ele ou sirvamos a
ele, mas para que façamos bom uso dele. O nosso coração não deve estar no dinheiro, e sim no
Senhor. O objetivo de Deus não é nos tornar ricos, mas sim tornarmo-nos semelhantes a Jesus.
Dízimos
O que é dizimo?
Deus não precisa de dinheiro. Ele não precisa do nosso dinheiro. Mas quer que sejamos fiéis e
obedientes, desprendidos do dinheiro e atentos às necessidades uns dos outros. Para isso,
precisamos ter fé que Ele cuida de nós, depender Dele para nosso sustento. Precisamos saber que
Dt 14.22 – “Certamente, darás os dízimos de todo o fruto das tuas sementes, que ano após ano se
recolher do campo”.
Lv 27.30 – “Também todas as dízimas da terra, tanto dos cereais do campo como dos frutos das
O dízimo pertence ao Senhor, é propriedade Dele, não nossa. Este é um conceito fundamental.
O dízimo não é parte da nossa renda que damos ao Senhor. São os 10% pertencentes a Deus
Nós não damos o dízimo, nós devolvemos o dízimo ao Senhor (é propriedade dele). Por isso
não devemos retirar do que sobra e sim das primícias da nossa renda.
Pv 3.9 – “Honra ao SENHOR com os teus bens e com as primícias de toda a tua renda”.
Muitas pessoas que não devolvem o dízimo e retém para si, ou usam o dinheiro do dízimo para
outras coisas, estão usando dinheiro do Senhor e não seu (estão sendo infiéis e desobedientes).
Ex.: Este conceito estava presente desde a criação do mundo, no jardim do Éden (Adão, Eva e a
Árvore). Desobedecendo este princípio, eles trouxeram problemas para si e para toda humanidade.
Dar o dízimo é uma questão de fidelidade e obediência ao Senhor. Quando não somos fiéis no
dízimo e usamos o dinheiro que é do Senhor para outras coisas, estamos roubando a Deus.
Ml 3.8-9 – “Roubará o homem a Deus? Todavia, vós me roubais e dizeis: Em que te roubamos? Nos
dízimos e nas ofertas. Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, vós, a nação
toda”.
Quando não damos o dízimo, trazemos maldição para nós mesmos. Às vezes, a pessoa não dá
o dízimo e acaba gastando mais com farmácia. Não dá porque nunca sobra (mas não é para dar a
sobra). Não dá porque está sempre em dificuldade financeira (mas se continuar a roubar a Deus vai
continuar assim).
Não estou dizendo que toda dificuldade financeira é proveniente da retenção do dízimo, ou que
o dízimo é uma fórmula mágica para reverter qualquer crise financeira. Mas existe um princípio de fé
Ml 3.10-11 – “Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja mantimento na minha casa;
e provai-me nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não
derramar sobre vós bênção sem medida. Por vossa causa, repreenderei o devorador, para que não
vos consuma o fruto da terra; a vossa vide no campo não será estéril, diz o SENHOR dos Exércitos”.
Sempre que obedecemos a um princípio de Deus nós somos abençoados; e nesse caso não é
Repreenderá o devorador
Isto é consequência de fé e obediência. Este texto também nos mostra para quem devemos
entregar os dízimos
A Igreja.
Nós devolvemos os dízimos à Igreja, ou mais especificamente, aos homens que Deus colocou
Não vamos entrar aqui na questão de como os dízimos são aplicados. Mas vemos no Velho
Era para sustento dos LEVITAS: Povo que cuidava da casa de Deus - Dt 26.12 Nm 18.21.
Quando o povo de Israel chegou à terra prometida, foi feita uma divisão da terra entre as tribos
de Israel. Os levitas não receberam nenhuma parte. Deus os separou para si. Eles só trabalhariam
para o Senhor e o próprio Senhor cuidaria deles. Por isso Deus reverteu os dízimos para eles.
O povo de Israel é uma figura da Igreja; e os levitas representam as pessoas que servem na
Vemos, então, que o dinheiro do dízimo não é para construção de templos, aquisição de bens
para a igreja, reformas, campanhas etc. Este dinheiro deve vir de outra fonte.
O dízimo é para sustento dos obreiros (pessoas que se dedicam exclusivamente a obra de
Deus).
Lei x Graça
Algumas pessoas dizem: "Esta coisa de dízimo vem da lei, e como estou livre da lei não preciso
dar".
Este é um grande engano, pois a lei estabelece o dízimo e o coloca como uma ordenança
(embora ninguém deva dar o dízimo por obrigação), mas o dízimo existe muito antes da lei.
Vemos também que 700 anos antes da lei, Abraão deu o dízimo de todos os seus bens a
Gn 14.18-20
(reverência).
Mais tarde, seu neto Jacó seguiu seu exemplo e deu o dízimo quando teve a revelação da casa de
Deus - Gn 28.22.
A lei regulamenta o dízimo, mas o princípio do dízimo é muito mais profundo, e não depende da lei.
A graça sempre excede a lei, vai além. A velha aliança era baseada na lei de Moisés, mas a
Deus precisou fazer uma marca na carneDeus faz uma marca no coração, no nosso
17.10-11
Deus deu a lei escrita em tábuas de pedra - Deus Grava sua lei em nossos corações -
Ex 31.18 Hb 10.16
de todo homem para lhe ser devolvido, anos deixa livres para dar tudo. Uma vez que
fim de lembrar-lhe que tudo o que possuirenunciamos a tudo por Jesus, nada mais é
Fala de uma nação terrena (Israel) comFala de uma nação espiritual (Igreja),
No sermão do monte, Cristo faz uma comparação entre os mandamentos de Moisés (lei) e os
Lei Graça
quanto possui.
Deste modo, vemos que pela graça Deus não exige 10%. Ele exige TUDO.
O mínimo que podemos dar é o dízimo, conforme diz a lei (e estaremos seguindo a lei). Mas pela
Mt 5.20 – “Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus,
"Deus não é Senhor apenas de 10% de minhas finanças, Ele é Senhor de tudo (100%)."
O que queremos mostrar aqui não é que se você der o dízimo Deus vai enriquecê-lo, ou que
todos os seus problemas financeiros serão solucionados. Não é com esse objetivo que devemos dar
o dízimo. O que queremos mostrar é que este é um princípio de Deus e pelo fato de obedecermos a
Pv 3.9 – “Honra ao SENHOR com os teus bens e com as primícias de toda a tua renda”.
Rm 11.16 – “E, se forem santas as primícias da massa, igualmente o será a sua totalidade; se for
nossa renda.
Ml 3.10-11 – “Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja mantimento na minha casa;
e provai-me nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não
derramar sobre vós bênção sem medida. Por vossa causa, repreenderei o devorador, para que não
vos consuma o fruto da terra; a vossa vide no campo não será estéril, diz o SENHOR dos Exércitos”.
Diz que devemos provar (experimentar) o Senhor. Ele abrirá as janelas do céu e derramará as
Ofertas
Ofertar é DAR.
Na bíblia, o seu conceito está ligado a ideia de sacrifício. É dar algo que nos custe, que é
2 Sm 24.22-24 – “Então, disse Araúna a Davi: Tome e ofereça o rei, meu senhor, o que bem lhe
parecer; eis aí os bois para o holocausto, e os trilhos, e a apeiragem dos bois para a lenha. Tudo isto,
ó rei, Araúna oferece ao rei; e ajuntou: Que o SENHOR, teu Deus, te seja propício. Porém o rei disse
a Araúna: Não, mas eu to comprarei pelo devido preço, porque não oferecerei ao SENHOR, meu
Deus, holocaustos que não me custem nada. Assim, Davi comprou a eira e pelos bois pagou
Não devemos ofertar ao Senhor algo que não custe nada para nós (Ex.: os reis magos).
Queimada
Pelo pecado
Pacífica
Movida
De libação
De ação de graças
De incenso
Pelo ciúme
Para redenção
Ex.: Lv 6.24-30
Essas ofertas ou sacrifícios eram requeridos com muitas exigências e sempre visavam a
Todas as bênçãos, redenção, perdão de pecados, nós já possuímos em Cisto. Por isso, todos
estes tipos de ofertas e sacrifícios foram abolidos pela obra de Jesus na cruz.
Havia, porém, dois tipos de ofertas entre o povo de Deus que não estavam associadas à
obtenção de alguma benção, ou perdão de pecados, nem a um ritual religioso, mas sim ao princípio
de dar, de contribuir. Por isso, não foram abolidas e são referenciadas no Novo testamento,
Ofertas voluntárias
Dt 16.10 – “E celebrarás a Festa das Semanas ao SENHOR, teu Deus, com ofertas voluntárias da
Ex 35.21-22 – “e veio todo homem cujo coração o moveu e cujo espírito o impeliu e trouxe a oferta ao
SENHOR para a obra da tenda da congregação, e para todo o seu serviço, e para as vestes
sagradas. Vieram homens e mulheres, todos dispostos de coração; trouxeram fivelas, pendentes,
anéis, braceletes, todos os objetos de ouro; todo homem fazia oferta de ouro ao SENHOR”.
1 Cr 29.6-8, 13-17 – “Então, os chefes das famílias, os príncipes das tribos de Israel, os capitães de
mil e os de cem e até os intendentes sobre as empresas do rei voluntariamente contribuíram e deram
para o serviço da Casa de Deus cinco mil talentos de ouro, dez mil daricos, dez mil talentos de prata,
dezoito mil talentos de bronze e cem mil talentos de ferro. Os que possuíam pedras preciosas as
e quem é o meu povo para que pudéssemos dar voluntariamente estas coisas? Porque tudo vem de
ti, e das tuas mãos to damos. Porque somos estranhos diante de ti e peregrinos como todos os
nossos pais; como a sombra são os nossos dias sobre a terra, e não temos permanência. SENHOR,
nosso Deus, toda esta abundância que preparamos para te edificar uma casa ao teu santo nome vem
da tua mão e é toda tua. Bem sei, meu Deus, que tu provas os corações e que da sinceridade te
agradas; eu também, na sinceridade de meu coração, dei voluntariamente todas estas coisas;
acabo de ver com alegria que o teu povo, que se acha aqui, te faz ofertas voluntariamente”.
Ofertas alçadas
Novo Testamento era usada, sobretudo, para suprir as necessidades dos discípulos.
1 Co 16.1-2 – “Quanto à coleta para os santos, fazei vós também como ordenei às igrejas da Galácia.
No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperidade,
Fp 4.16 – “porque até para Tessalônica mandastes não somente uma vez, mas duas, o bastante para
as minhas necessidades”.
O que distingue a oferta voluntária da oferta alçada é que a alçada tem uma finalidade
específica, a voluntária não. Mas segundo a palavra de Deus, toda oferta deve ser voluntária, ou seja,
espontânea, até mesmo as ofertas alçadas. Elas devem ser dadas de coração.
Ninguém pode ser forçado a contribuir. A oferta é obra de Deus no coração do homem.
O que nos chama a atenção no Novo Testamento é que os apóstolos não falavam nem
pregavam sobre dízimos e sim sobre ofertas. Isto por causa do princípio de vida da Igreja.
orações. Em cada alma havia temor; e muitos prodígios e sinais eram feitos por intermédio dos
apóstolos. Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam as suas
propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade.
Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas
refeições com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o
povo. Enquanto isso acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos”.
Repartiam tudo.
Não havia necessidade dos apóstolos falarem e dar 10% quando as pessoas depositavam tudo
a seus pés.
At 4.32-37 – “Da multidão dos que creram era um o coração e a alma. Ninguém considerava
exclusivamente sua nem uma das coisas que possuía; tudo, porém, lhes era comum. Com grande
poder, os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia
abundante graça. Pois nenhum necessitado havia entre eles, porquanto os que possuíam terras ou
casas, vendendo-as, traziam os valores correspondentes e depositavam aos pés dos apóstolos;
então, se distribuía a qualquer um à medida que alguém tinha necessidade. José, a quem os
apóstolos deram o sobrenome de Barnabé, que quer dizer filho de exortação, levita, natural de
Chipre, como tivesse um campo, vendendo-o, trouxe o preço e o depositou aos pés dos apóstolos”.
Significa que o que é meu é dos irmãos e que a necessidade dos irmãos é a minha necessidade.
Para isso, é necessário uma profunda operação do Espírito Santo no nosso coração levando-
É interessante observarmos que não foi nenhum deles que teve esta ideia ou decidiu mudar: "De
agora em diante não daremos mais os dízimos!". Foi obra do Espírito Santo no coração do povo.
Para isso precisamos entender que a nossa pátria está no céu e não na terra Fp 3.20; Hb
11.15-16.
Na localidade
Demonstrando gratidão.
Fora da localidade
Como ofertar?
Qual deve ser a nossa atitude ao contribuir? A bíblia nos ensina claramente a respeito desse
assunto:
A Lei da Semeadura
2 Co 9.6, 10 – “E isto afirmo: aquele que semeia pouco pouco também ceifará; e o que semeia com
“Ora, aquele que dá semente ao que semeia e pão para alimento também suprirá e aumentará a
A semente e pão
O pão é para alimento, a semente é para semear. Nosso dinheiro também tem estas duas
No verso 6 diz:
É o contrário da poupança:
morrer, deixar a conta cheia e perder a oportunidade de ofertar e repartir. Lc 12.15-25 (o rico
insensato).
Ec 11.1-4 – “Lança o teu pão sobre as águas, porque depois de muitos dias o acharás. Reparte com
sete e ainda com oito, porque não sabes que mal sobrevirá à terra. Estando as nuvens cheias,
derramam aguaceiro sobre a terra; caindo a árvore para o sul ou para o norte, no lugar em que cair,
aí ficará. Quem somente observa o vento nunca semeará, e o que olha para as nuvens nunca
segará”.
Este é um texto muito conhecido. A viúva deu apenas uma moeda e sua oferta foi considerada
Ela deu 2 leptos (1 moeda), talvez na hora de se usar esta moeda pouca coisa se faria com ela.
1) Amor
Ela deu tudo, não ficou com nada, nem para o seu sustento.
Ele sabia que a mulher estava acionando um princípio poderoso de Deus para o seu suprimento: a
Fé.
Dar do que sobra é mais fácil ainda, mas dar quando se tem necessidade exige fé.
(Para nós é mais fácil ter dinheiro e comprar o que precisamos, mas para Deus pode ser melhor que
fiquemos sem dinheiro e prendamos a depender dele e dos irmãos. Isso quebra o orgulho do homem,
3) Sacrifício
Ela estava disposta a passar privações para que outros não passassem.
Se as nossas contribuições não nos expõem ao sacrifício, ainda não atingimos o padrão ensinado por
Jesus.
Não devemos ofertar a Deus o que não significa nada ou não valha nada para nós.
A MORDOMIA CRISTÃ
1 Pe 4.10-11 - Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros
da multiforme graça de Deus. Se alguém fala, fale de acordo com os oráculos de Deus; se alguém
serve, faça-o na força que Deus supre, para que, em todas as coisas, seja Deus glorificado, por meio
de Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém!”.
1 Co 4.1-2 – “Assim, pois, importa que os homens nos considerem como ministros de Cristo e
despenseiros dos mistérios de Deus. Ora, além disso, o que se requer dos despenseiros é que cada
NOMOS = governo
DOMUS = casa
# Do homem:
- Por direito de criação – Is 42.5 – “Assim diz Deus, o SENHOR, que criou os céus e os estendeu,
formou a terra e a tudo quanto produz; que dá fôlego de vida ao povo que nela está e o espírito aos
- Por direito de preservação – At 14.15-17 – “Senhores, por que fazeis isto? Nós também somos
homens como vós, sujeitos aos mesmos sentimentos, e vos anunciamos o evangelho para que
destas coisas vãs vos convertais ao Deus vivo, que fez o céu, a terra, o mar e tudo o que há neles; o
qual, nas gerações passadas, permitiu que todos os povos andassem nos seus próprios caminhos;
contudo, não se deixou ficar sem testemunho de si mesmo, fazendo o bem, dando-vos do céu chuvas
- Por direito de redenção – 1 Co 6.19 – “Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito
Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos?”.
# Senso do sagrado;
# Senso de responsabilidade;
# Senso de dependência
A mordomia cristã estabelece como verdade que Deus é o Senhor, o dono de tudo que existe
II – MORDOMIA DO CORPO
1 Co 6.19-20 - “Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós,
o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por preço.
- Gn 2.7; Sl 139.14.
1 Jo 4.2-3 – “Nisto reconheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio
em carne é de Deus; e todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus; pelo contrário,
este é o espírito do anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que vem e, presentemente, já está no
mundo”.
Não devemos nos preocupar com a preservação e santificação do nosso corpo, visto que se a
matéria é má, não importa o que venhamos fazer com o nosso corpo.
1 Ts 5.23 – “O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam
# Foi criado por Deus – Gn 1.26, 28 – “Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem,
conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus,
sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra”.
“E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai
sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra”. (Gn 2.7 e
Sl 169.14).
# É templo do Espírito Santo - 1 Co 6.19-20 - “Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do
Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos?
Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo”.
# É uma analogia da igreja – 1 Co 12.12-31 – “Porque, assim como o corpo é um e tem muitos
membros, e todos os membros, sendo muitos, constituem um só corpo, assim também com respeito
a Cristo. Pois, em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos,
quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um só Espírito. Porque também o corpo
não é um só membro, mas muitos. Se disser o pé: Porque não sou mão, não sou do corpo; nem por
isso deixa de ser do corpo. Se o ouvido disser: Porque não sou olho, não sou do corpo; nem por isso
deixa de o ser. Se todo o corpo fosse olho, onde estaria o ouvido? Se todo fosse ouvido, onde, o
olfato? Mas Deus dispôs os membros, colocando cada um deles no corpo, como lhe aprouve. Se
todos, porém, fossem um só membro, onde estaria o corpo? O certo é que há muitos membros, mas
um só corpo. Não podem os olhos dizer à mão: Não precisamos de ti; nem ainda a cabeça, aos pés:
Não preciso de vós. Pelo contrário, os membros do corpo que parecem ser mais fracos são
necessários; e os que nos parecem menos dignos no corpo, a estes damos muito maior honra;
também os que em nós não são decorosos revestimos de especial honra. Mas os nossos membros
nobres não têm necessidade disso. Contudo, Deus coordenou o corpo, concedendo muito mais honra
àquilo que menos tinha, para que não haja divisão no corpo; pelo contrário, cooperem os membros,
com igual cuidado, em favor uns dos outros. De maneira que, se um membro sofre, todos sofrem com
ele; e, se um deles é honrado, com ele todos se regozijam. Ora, vós sois corpo de Cristo; e,
individualmente, membros desse corpo. A uns estabeleceu Deus na igreja, primeiramente, apóstolos;
em segundo lugar, profetas; em terceiro lugar, mestres; depois, operadores de milagres; depois, dons
de curar, socorros, governos, variedades de línguas. Porventura, são todos apóstolos? Ou, todos
profetas? São todos mestres? Ou, operadores de milagres? Têm todos dons de curar? Falam todos
em outras línguas? Interpretam-nas todos? Entretanto, procurai, com zelo, os melhores dons. E eu
# Podemos glorificar a Deus em nosso corpo – 1 CO 6.20 - Porque fostes comprados por preço.
# Alimento saudável;
# Higiene do corpo;
# Descanso;
# Não fazer uso dos inimigos do corpo como: Álcool, drogas etc.
- Devemos usá-lo de acordo com a vontade de Deus, sabendo que ele não é nosso, mas de Deus.
Fp 4.8 – “Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo,
tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum
glória de Deus;
Somos mordomos dos nossos pensamentos, assim devemos reconhecer o Senhorio divino
sobre este; temos a mente de Cristo, e ter a mente de Cristo é pensar como Ele e ter nosso
# Ele sabe o que pensamos – SL 139.1-2 – “SENHOR, tu me sondas e me conheces. Sabes quando
# Os nossos pensamentos devem ser agradáveis a Deus - SL 19.14 – “As palavras dos meus lábios
e o meditar do meu coração sejam agradáveis na tua presença, SENHOR, rocha minha e redentor
meu!”.
# Ele reprova os pensamentos maus - GN 6.5 – “Viu o SENHOR que a maldade do homem se havia
multiplicado na terra e que era continuamente mau todo desígnio do seu coração”. (Gn 6.16-19; Pv
15.26).
# Ocupá-los com coisas boas - Fp 4.8 – “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o
que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama,
# Enchê-lo da Palavra de Deus - Sl 119.11 – “Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não
# Sempre recordar as bênçãos recebidas de Deus - Sl 103.2 – “Bendize, ó minha alma, ao SENHOR,
está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado”. (Rm 12.9-21).
# Ser dominado pela fé - Hb 11.6 – “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que
aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam”.
# Deve sempre estar em renovação - RM 12.1-2 – “ROGO-VOS, pois, irmãos, pela compaixão de
Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso
culto racional. E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do
vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus”.
(Cl 3.1-10).
Ao saber que Deus conhece os nossos pensamentos já é o bastante para zelarmos por estes.
Mt 12.33-37 – “Ou fazei a árvore boa e o seu fruto bom ou a árvore má e o seu fruto mau; porque
pelo fruto se conhece a árvore. Raça de víboras, como podeis falar coisas boas, sendo maus?
Porque a boca fala do que está cheio o coração. O homem bom tira do tesouro bom coisas boas; mas
o homem mau do mau tesouro tira coisas más. Digo-vos que de toda palavra frívola que proferirem os
homens, dela darão conta no Dia do Juízo; porque, pelas tuas palavras, serás justificado e, pelas tuas
Este assunto está relacionado ao anterior, pois, ‘a boca fala do que o coração está cheio’ - LC
6.45 – “O homem bom do bom tesouro do coração tira o bem, e o mau do mau tesouro tira o mal;
A palavra reflete o que está no coração. Não é possível purificarmos as palavras antes de
purificarmos o coração. Somos responsáveis por aquilo que falamos. Iremos prestar contas a Deus
# Palavras que produzam bons resultados – 1 Pe 3.10-11 – “Pois quem quer amar a vida e ver dias
felizes refreie a língua do mal e evite que os seus lábios falem dolosamente; aparte-se do mal,
pratique o que é bom, busque a paz e empenhe-se por alcançá-la”. (Pv 15.14).
# Palavras temperadas com sal – Cl 4.6 – “A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com
- Que preservam;
- Dão gosto;
- Provocam sede;
- Diferenciadoras.
# Palavras oportunas - Pv 25.11 – “Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a
seu tempo”.
aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos
espirituais, com gratidão, em vosso coração. E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação,
fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai”. (Ef 5.19; Dt 6.6-7).
# Palavras úteis – Fl 4.8 – “Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável,
tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma
virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento”.
edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem. E não entristeçais o
# Palavras mentirosas - Is 5.20 – “Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal; que fazem da
escuridade luz e da luz, escuridade; põem o amargo por doce e o doce, por amargo!”. (Jo 8.44; Ap
21.8).
# Palavras violentas - Pv 15.11 – “O além e o abismo estão descobertos perante o SENHOR; quanto
# Palavras desenfreadas - Tg 1.26 – “Se alguém supõe ser religioso, deixando de refrear a língua,
# Palavras lisonjeiras – 1 Ts 2.5 – “A verdade é que nunca usamos de linguagem de bajulação, como
Lisonjear é louvar com exagero, adulação. Para agradarmos a Deus com nossas palavras,
precisamos estar com o nosso coração cheio da palavra de Deus. Sempre sendo conduzido pelo
Espírito Santo.
V – MORDOMIA DO TEMPO
Ef 5.15-16 – “Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, e sim como sábios,
Alguns dizem que o tempo é dinheiro, mas este é mais precioso do que o dinheiro. Devemos ser
bons mordomos do tempo, aproveitando bem as oportunidades que este nos oferece.
nossos pais; como a sombra são os nossos dias sobre a terra, e não temos permanência”.
* É como um vapor - Tg 4.14 – “Vós não sabeis o que sucederá amanhã. Que é a vossa vida? Sois,
* Como mensageiro apressado - Jó 9.25 – “Os meus dias foram mais velozes do que um corredor;
* Há um tempo determinado para todas as coisas – Ec 3.1 – “Tudo tem o seu tempo determinado, e
* Considerar todos os dias - Sl 90.12 – “Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos
coração sábio”.
* O nosso maior investimento deve ser no Reino - Mt 6.19-21 – “Não acumuleis para vós outros
tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas
ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não
escavam, nem roubam; porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração”. (Mt 6.25;
Lc 12.16-21).
* Lembrarmos de Deus – Ec 12.1 – “Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que
venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais dirás: Não tenho neles prazer”.
* Fazer o bem - Gl 6.10 – “Por isso, enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, mas
* Ser pontual.
* Ser equilibrado.
O tempo é algo precioso que deve ser gastado com sabedoria, pois quando passa não volta
jamais.
VI – O DIA DO DOMINGO
A palavra domingo, tem seu significado no latim ‘dominicus’, de domininus (Senhor), e significa
relativo ao Senhor, ou seja, do Senhor, portanto, “dia do Senhor”. Para entendermos melhor este
1 - O dia do Sábado
palavra e não o fato de ser o sétimo dia. Segundo o Pr. Enéias Tonigni há três sábados na Bíblia:
1) O edênico (universal), que Deus instituiu ao Cessar as obras da criação, mostrando que o homem
deveria ter um dia para descansar das suas atividades e dedicá-lo ao Senhor.
Gn 2.1-3 – “Assim, pois, foram acabados os céus e a terra e todo o seu exército. E, havendo Deus
terminado no dia sétimo a sua obra, que fizera, descansou nesse dia de toda a sua obra que tinha
feito. E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a obra que, como
Criador, fizera”.
2) O segundo, o legal (7º dia) – O judeu bíblico e de hoje guardam este dia.
Ex 20.8-11 – “Lembra-te do dia de sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás e farás toda a tua
obra. Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR, teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem o
teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o forasteiro das
tuas portas para dentro; porque, em seis dias, fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo o que
neles há e, ao sétimo dia, descansou; por isso, o SENHOR abençoou o dia de sábado e o santificou”.
3) O terceiro, o cristão (1º dia da semana). Dia em que Deus completou o plano de redenção com a
* O sábado era um sinal entre o povo de Israel e Deus. Portanto, obrigação dos judeus.
Ex 31.13-17 – “Tu, pois, falarás aos filhos de Israel e lhes dirás: Certamente, guardareis os meus
sábados; pois é sinal entre mim e vós nas vossas gerações; para que saibais que eu sou o SENHOR,
que vos santifica. Portanto, guardareis o sábado, porque é santo para vós outros; aquele que o
profanar morrerá; pois qualquer que nele fizer alguma obra será eliminado do meio do seu povo. Seis
dias se trabalhará, porém o sétimo dia é o sábado do repouso solene, santo ao SENHOR; qualquer
que no dia do sábado fizer alguma obra morrerá. Pelo que os filhos de Israel guardarão o sábado,
celebrando-o por aliança perpétua nas suas gerações. Entre mim e os filhos de Israel é sinal para
sempre; porque, em seis dias, fez o SENHOR os céus e a terra, e, ao sétimo dia, descansou, e tomou
alento”.
Frequência à igreja;
Leitura da palavra;
Testemunho;
Descanso;
Visitar os doentes.
A principal ideia do dia do Senhor, é que seja um dia entre os sete dias da semana, separando
O sábado cristão é o domingo. Dia em que Deus completou o seu plano de salvação com a
Mt 5.16 – “Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas
Os homens como um ser social exercem a função de influir as pessoas que o cercam. Sempre
estaremos influenciando alguém, quer queiramos ou não. E como temos influenciado? Positivamente
glorificado.
Influência oportuna: Hb 11.4 – “Pela fé, Abel ofereceu a Deus mais excelente sacrifício do que Caim;
pelo qual obteve testemunho de ser justo, tendo a aprovação de Deus quanto às suas ofertas. Por
meio dela, também mesmo depois de morto, ainda fala” (Mt 26.13; 2 Pe 1.15; At 9.36-39). “O homem
não deve deixar de viver quando morre, e sim, continuar vivendo ainda mais intensamente nas vidas
2 – A Má Influência.
Escandalizadora – Lc 17.1-2 – “Disse Jesus a seus discípulos: É inevitável que venham escândalos,
mas ai do homem pelo qual eles vêm! Melhor fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma pedra de
Exemplo – 1 Rs 11.4 – “Sendo já velho, suas mulheres lhe perverteram o coração para seguir outros
deuses; e o seu coração não era de todo fiel para com o SENHOR, seu Deus, como fora o de Davi,
3 – Áreas de influência:
Na igreja – At 2.42-47;
Há um pensamento que afirma: “Você se torna eternamente responsável pela pessoa que
cativa”.
A nossa influência em todos os setores deve ser uma influência cristã. Sejamos bons mordomos
na força de influir.
Ec 5.19 – “Quanto ao homem a quem Deus conferiu riquezas e bens e lhe deu poder para deles
comer, e receber a sua porção, e gozar do seu trabalho, isto é dom de Deus”.
As pessoas quando tratam de seus bens materiais, tratam deste assunto como algo secular,
sem valor espiritual. Este assunto deve ser tratado sob o prisma divino revelado nas Escrituras.
e guardardes a minha aliança, então, sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos;
porque toda a terra é minha; vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa. São estas as
A capacidade de adquirir dos bens vem de Deus - Dt 8.15-18 – “que te conduziu por aquele
grande e terrível deserto de serpentes abrasadoras, de escorpiões e de secura, em que não havia
água; e te fez sair água da pederneira; que no deserto te sustentou com maná, que teus pais não
conheciam; para te humilhar, e para te provar, e, afinal, te fazer bem. Não digas, pois, no teu
coração: A minha força e o poder do meu braço me adquiriram estas riquezas. Antes, te
lembrarás do SENHOR, teu Deus, porque é ele o que te dá força para adquirires riquezas; para
confirmar a sua aliança, que, sob juramento, prometeu a teus pais, como hoje se vê” (1 Cr 22.12;
Ec 5.19).
Os bens têm duração limitada - Sl 39.6 – “Com efeito, passa o homem como uma sombra; em
vão se inquieta; amontoa tesouros e não sabe quem os levará” (Sl 49.16-17; 1 Tm 6.7).
Quando deixa de ser servo para ser senhor do homem – Mt 19.23; Lc 16.13; 1 Tm 6.10.
Quando são usados pra a glória de Deus. 1 Co 10.31. “O dinheiro não pode subir aos céus, mas
coisa e não pediste longevidade, nem riquezas, nem a morte de teus inimigos; mas pediste
Quando à ajuda ao próximo é lembrada - Mt 25.31-40 – “Quando vier o Filho do Homem na sua
majestade e todos os anjos com ele, então, se assentará no trono da sua glória; e todas as
nações serão reunidas em sua presença, e ele separará uns dos outros, como o pastor separa
dos cabritos as ovelhas; e porá as ovelhas à sua direita, mas os cabritos, à esquerda; então, dirá
o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino que
vos está preparado desde a fundação do mundo. Porque tive fome, e me destes de comer; tive
enfermo, e me visitastes; preso, e fostes ver-me. Então, perguntarão os justos: Senhor, quando
foi que te vimos com fome e te demos de comer? Ou com sede e te demos de beber? E quando
e te fomos visitar? O Rei, respondendo, lhes dirá: Em verdade vos afirmo que, sempre que o
fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes” (At 4.34-35; 1 Tm 6.17-19);
Quando temos um estilo de vida simples – 1 Tm 6.7-10 – “Porque nada temos trazido para o
mundo, nem coisa alguma podemos levar dele. Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos
contentes. Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas
Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e
Os bens devem ser encarados sob o ponto de vista divino. Devemos consagrar os nossos bens
Richard Soster, disse que deveríamos carimbar tudo o que temos com o seguinte lembrete:
“Dado por Deus, prioridade de Deus, para ser usado para os propósitos de Deus”.
A palavra dízimo que dizer “décima parte”. Portanto, devolver a Deus a décima parte do que
ganha é dízimo. O dízimo deve ser uma atitude de entrega pessoal e gratidão. Não basta entregar o
Não devemos devolver o dízimo, como pagamos uma mensalidade, uma conta de luz ou água,
prestações de eletrodomésticos etc., com o medo de ter o nosso nome do SPC divino. A motivação
trouxe pão e vinho; era sacerdote do Deus Altíssimo; abençoou ele a Abrão e disse: Bendito
seja Abrão pelo Deus Altíssimo, que possui os céus e a terra; e bendito seja o Deus Altíssimo,
que entregou os teus adversários nas tuas mãos. E de tudo lhe deu Abrão o dízimo” (Gn 28.18-
Foi incorporada na lei mosaica - Lv 27.30 – “Também todas as dízimas da terra, tanto dos
cereais do campo como dos frutos das árvores, são do SENHOR; santas são ao SENHOR”.
Foi ensinada pelos profetas - Ml 3.8-12 – “Roubará o homem a Deus? Todavia, vós me roubais
e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas. Com maldição sois amaldiçoados,
porque a mim me roubais, vós, a nação toda. Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para
que haja mantimento na minha casa; e provai-me nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não
vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós bênção sem medida. Por vossa causa,
repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da terra; a vossa vide no campo
não será estéril, diz o SENHOR dos Exércitos. Todas as nações vos chamarão felizes, porque
Jesus falou do dever de dizimar - Mt 23.23 – “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque
importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e a fé; devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir
Melquisedeque como tipo de Cristo - Hb 7.1-10 – “Porque este Melquisedeque, rei de Salém,
sacerdote do Deus Altíssimo, que saiu ao encontro de Abraão, quando voltava da matança dos
reis, e o abençoou, para o qual também Abraão separou o dízimo de tudo (primeiramente se
interpreta rei de justiça, depois também é rei de Salém, ou seja, rei de paz; sem pai, sem mãe,
sem genealogia; que não teve princípio de dias, nem fim de existência, entretanto, feito
era grande esse a quem Abraão, o patriarca, pagou o dízimo tirado dos melhores despojos. Ora,
os que dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio têm mandamento de recolher, de acordo
com a lei, os dízimos do povo, ou seja, dos seus irmãos, embora tenham estes descendido de
Abraão; entretanto, aquele cuja genealogia não se inclui entre eles recebeu dízimos de Abraão
e abençoou o que tinha as promessas. Evidentemente, é fora de qualquer dúvida que o inferior
é abençoado pelo superior. Aliás, aqui são homens mortais os que recebem dízimos, porém ali,
aquele de quem se testifica que vive. E, por assim dizer, também Levi, que recebe dízimos,
pagou-os na pessoa de Abraão. Porque aquele ainda não tinha sido gerado por seu pai, quando
No Novo Testamento fica claro que o dízimo é referencial mínimo de contribuição - Mt 5.20; Mc
3 – Finalidade do dízimo:
derribaram os altos e altares por todo o Judá e Benjamim, como também em Efraim e
Manassés, até que tudo destruíram; então, tornaram todos os filhos de Israel, cada um para sua
possessão, para as cidades deles. Estabeleceu Ezequias os turnos dos sacerdotes e dos
levitas, turno após turno, segundo o seu mister: os sacerdotes e levitas, para o holocausto e
para as ofertas pacíficas, para ministrarem e cantarem, portas a dentro, nos arraiais do
SENHOR. A contribuição que fazia o rei da sua própria fazenda era destinada para os
holocaustos, para os da manhã e os da tarde e para os holocaustos dos sábados, das Festas
da Lua Nova e das festas fixas, como está escrito na Lei do SENHOR. Além disso, ordenou ao
povo, moradores de Jerusalém, que contribuísse com sua parte devida aos sacerdotes e aos
levitas, para que pudessem dedicar-se à Lei do SENHOR. Logo que se divulgou esta ordem, os
Israel e de Judá que habitavam nas cidades de Judá também trouxeram dízimos das vacas e
das ovelhas e dízimos das coisas que foram consagradas ao SENHOR, seu Deus; e fizeram
Deus é dono de todos os nossos bens. Ele nos pede para devolvermos o dízimo dando este
como referencial mínimo. Ele nos ensinou que é melhor dar do que receber. Aquele que não tem o
dinheiro como ídolo e, pelo contrário, serve com este em como consequência as bênçãos dadas por
Cl 4.5 – “Portai-vos com sabedoria para com os que são de fora; aproveitai as oportunidades”.
Durante a nossa existência temos várias oportunidades. Elas vêm e passam. Algumas se
repetem, mas a maioria não. Devemos saber fazer bom uso das oportunidades.
1 – Tipos de Oportunidades:
Oportunidades espontâneas;
Oportunidades criadas.
2 – Oportunidades desperdiçadas:
3 – Oportunidades:
De salvação – Is 45.22 – “Olhai para mim e sede salvos, vós, todos os limites da terra; porque eu
A vida - Sl 90.12 – “Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio” (Hb
9.27).
De servir – Mt 25.44 – “E eles lhe perguntarão: Senhor, quando foi que te vimos com fome, com
sede, forasteiro, nu, enfermo ou preso e não te assistimos?” (Jo 9.4; Gl 6.7-10).
avisares e nada disseres para o advertir do seu mau caminho, para lhe salvar a vida, esse
perverso morrerá na sua iniquidade, mas o seu sangue da tua mão o requererei. Mas, se avisares
o perverso, e ele não se converter da sua maldade e do seu caminho perverso, ele morrerá na
Profissional - Ef 6.4-9 – “E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e
na admoestação do Senhor. Quanto a vós outros, servos, obedecei a vosso senhor segundo a
carne com temor e tremor, na sinceridade do vosso coração, como a Cristo, não servindo à vista,
como para agradar a homens, mas como servos de Cristo, fazendo, de coração, a vontade de
Deus; servindo de boa vontade, como ao Senhor e não como a homens, certos de que cada um,
se fizer alguma coisa boa, receberá isso outra vez do Senhor, quer seja servo, quer livre. E vós,
senhores, de igual modo procedei para com eles, deixando as ameaças, sabendo que o Senhor,
tanto deles como vosso, está nos céus e que para com ele não há acepção de pessoas”.
A Vida é a mais preciosa oportunidade que Deus deu ao homem. Devemos pedir a Deus
sabedoria e visão para aproveitarmos e enxergarmos as oportunidades, para que não lamentemos as
Mt 25.14-15 – “Pois será como um homem que, ausentando-se do país, chamou os seus servos e
lhes confiou os seus bens. A um deu cinco talentos, a outro, dois e a outro, um, a cada um segundo a
talentos que Cristo confiou a sua igreja representam, especialmente, os dons e bênçãos conferidas
pelo Espírito Santo - Ef 4.8 - “Por isso, diz: Quando ele subiu às alturas, levou cativo o cativeiro e
2 – O que não agrada a Deus em relação à utilização dos talentos que Ele distribuiu?
* Quando os talentos são enterrados - Mt 25.24 – “Chegando, por fim, o que recebera um
talento, disse: Senhor, sabendo que és homem severo, que ceifas onde não semeaste e
ajuntas onde não espalhaste” (Mt 25.27).
* Quando os talentos são usados para projeção humana;
* Quando os talentos são utilizados de uma forma irresponsável;
* Quando os talentos são canalizados para menosprezar a Deus e ao próximo;
As igrejas têm se definhado, porque muitos não têm empregado os seus talentos para a
glória de Deus.
O corpo de Cristo é formado por muitos membros, cada um é possuidor de talentos
pessoais e individuais. Valorize o talento que Deus te concedeu. Há recompensas tremendas
para aqueles que utilizarem-se dos talentos concedidos por Deus, e canalizá-los pra a
projeção do evangelho de Cristo.
Mt 25.28-30 – “Tirai-lhe, pois, o talento e dai-o ao que tem dez. Porque a todo o que tem se
lhe dará, e terá em abundância; mas ao que não tem, até o que tem lhe será tirado. E o
servo inútil, lançai-o para fora, nas trevas. Ali haverá choro e ranger de dentes”.
JOCUM – Jovens Com Uma Missão é uma Missão internacional e interdenominacional, empenhada na mobilização de
jovens de todas as nações para a obra missionária.
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