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IPEDE- Instituto Pedreirense de Educação e Extensão

Aluna: Dilly Maira Nina Silva


Disciplina: Bioseguracao
Professora: Anne Carlaile

Normas De Regulamentação

Pedreiras/MA
2023
Norma Regulamentar-4

NR 4 estabelece critérios para organização dos Serviços Especializados em Engenharia de


Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT). A exigência dos SESMT, por sua vez, está na
CLT.
Assim, a NR 4 tem a finalidade de reduzir os acidentes de trabalho e as doenças ocupacionais,
exigindo que os SESMT sejam compostos pelos seguintes profissionais:
Médico do trabalho;
Engenheiro de segurança do trabalho;
Enfermeiro do trabalho;
Técnico de segurança do trabalho;
Auxiliar de enfermagem do trabalho.
A quantidade de profissionais exigida pela NR 4 para fazer parte dos SESMT muda de acordo
com o número de trabalhadores da empresa e o risco da atividade.
A NR 4 diz que o trabalho do SESMT é preventivo e de competência dos profissionais exigidos.
Estes profissionais devem garantir a aplicação de conhecimentos técnicos de engenharia de
segurança e de medicina ocupacional no ambiente de trabalho para reduzir ou eliminar os
riscos à saúde dos trabalhadores.
Faz parte das atividades dos SESMT, a análise de riscos e a orientação dos trabalhadores
quanto ao uso dos equipamentos de proteção individual, assim como o registro adequado de
eventuais acidentes de trabalho.
Para empreiteiras ou empresas prestadoras de serviços, a NR 4 determina que o SESMT seja
configurado de acordo com as características do estabelecimento onde ocorre a prestação de
serviços. Ou seja, no local onde efetivamente os seus empregados estiverem exercendo suas
atividades.

Norma Regulamentar-5

NR5 é uma norma regulamentadora que trata especificamente de todos os aspectos


relacionados à Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA. Dessa forma, essa NR
estipula todas as regras, condições e demais detalhes que devem ser obedecidos pelas
empresas e trabalhadores envolvidos na CIPA.
Vale ressaltar que o principal objetivo dessa Comissão Interna de Prevenção de Acidentes,
como o próprio nome sugere, é eliminar ou reduzir a possibilidade de acidentes no ambiente
de trabalho, garantindo a saúde e segurança dos trabalhadores.
Confira as oito regras principais da NR5
1 – Todas as empresas que possuem mais de 100 funcionários devem, obrigatoriamente, criar a
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA, conforme orientações contidas na NR5.
2 – A necessidade de constituição da CIPA abrange empresas privadas, empresas públicas,
sociedades de economia mista, órgãos da administração direta e indireta, associações
recreativas, instituições beneficentes, cooperativas e demais instituições que admitam
trabalhadores na condição de empregados.
3 – Conforme a NR5, com relação à organização dessa comissão, a CIPA deve ser formada por
representantes do empregador e dos empregados, fazendo que ambos estejam devidamente
participativos. Deve ser seguido o dimensionamento previsto no Quadro I da NR5, que estipula
as condições de acordo com o número de funcionários na empresa.
Os representantes (titulares e suplentes) do empregador serão designados. Já os
representantes (titulares e suplentes) dos empregados devem ser eleitos por meio de voto
secreto, sendo que a participação nessa eleição da CIPA não depende de filiação a sindicato.
4 – É proibida a dispensa sem justa causa dos empregados eleitos para cargo de direção da
CIPA, sendo que essa estabilidade no emprego começa a contar no registro de sua candidatura
até 1 ano depois do término do mandato.
5 – O mandato de todos os eleitos para a CIPA tem duração de 1 ano, sendo possível uma
reeleição.
6 – Todos os documentos relacionados ao processo de eleição para a CIPA, atas, calendários
anuais e demais registros das reuniões da comissão devem ficar na empresa sempre à
disposição do Ministério do Trabalho para fins de fiscalização.
7 – Sempre que requerido, os documentos da CIPA devem ser encaminhados ao Sindicato dos
Trabalhadores da respectiva categoria profissional.
8 – A CIPA não pode ter redução no número de representantes. O empregador não pode
desativar a comissão antes de terminar os mandatos dos membros, mesmo que ocorra
diminuição da quantidade de empregados na empresa. A Comissão só pode ser desativada nos
casos de encerramento das atividades da empresa.
9 principais atribuições da CIPA
Depois de ver as regras da NR5, agora vamos observar as principais atribuições da CIPA,
também estabelecidas por essa norma regulamentadora:
1 – Detectar riscos no ambiente de trabalho e propor soluções para eliminá-los ou reduzi-los.
2 – Participar dos programas para implementação do controle de qualidade, observando todos
os aspectos relacionados à saúde e segurança dos trabalhadores apontados na NR5.
3 – Fazer verificações constantes quanto às condições do ambiente e processos de trabalho.
4 – Registrar e mencionar em reuniões todas as condições de risco identificadas.
5 – Orientar constantemente os trabalhadores quanto às melhores práticas de segurança para
evitar acidentes de trabalho.
6 – Requerer paralisação de máquinas que estejam oferecendo riscos à segurança dos
trabalhadores.
7 – Auxiliar os profissionais responsáveis pelo desenvolvimento do PCMSO – Programa de
Controle Médico de Saúde Ocupacional e PPRA – Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais.
8 – Acompanhar a geração de CAT – Comunicação de Acidente de Trabalho
9 – Organizar anualmente a Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho – SIPAT,
desenvolvendo diversas palestras, atividades e demais ações para estimular a conscientização
dos trabalhadores quanto à prevenção de acidentes.

Norma Regulamentar-6

Norma Regulamentadora 06 (Equipamento de Proteção Individual) estabelece várias


obrigações — tanto para o empregador quanto para o empregado — todas com a finalidade de
preservar a segurança e o conforto em todos os postos de trabalho.
Ela foi aprovada junto a outras NRs em 8 de junho de 1978, figurando, assim, entre algumas
das várias diretrizes da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e incluindo diversos pontos que
serão explicados a seguir.
Disponibilização do EPI
Independentemente do tipo de risco ao qual o colaborador esteja exposto, segundo essa
norma, é obrigatório para a empresa fornecer todos os equipamentos de proteção individual
para seus trabalhadores.
Vale destacar, também, que esse fornecimento deve ocorrer de forma totalmente gratuita, ou
seja, é proibido descontar o salário do empregado sob a justificativa de disponibilização de
EPIs. Alguns exemplos de EPIs incluem:
óculos;
protetores faciais;
máscaras de solda;
protetores auditivos;
respiradores purificadores;
coletes refletivos;
respiradores de adução;
vestimentas e muito mais.
Outro ponto relevante a ser observado sobre o fornecimento de equipamentos de segurança é
que a sua troca (quando necessária) também deve ser feita de maneira gratuita e imediata.
Logo, é direito do colaborador ter acesso aos EPIs em perfeitas condições a qualquer
momento, essencialmente para aqueles que atuam em áreas onde seu uso seja indispensável.
Treinamentos
Além de disponibilizar os EPIs, é função da empresa providenciar treinamentos para todos os
funcionários, visando, dessa maneira, qualificar a equipe e conscientizá-la tanto sobre a
importância de seu uso quanto em relação à maneira correta de fazê-lo.
As orientações geralmente são de responsabilidade do setor de segurança do trabalho, e cabe,
muitas vezes, ao técnico ou engenheiro de segurança instruir os colaboradores da maneira
mais didática possível, sempre com o objetivo de difundir informação para todos.
Fiscalização
A tarefa de fiscalizar os colaboradores sobre o uso correto dos equipamentos de segurança
também é de responsabilidade do empregador, segundo a Norma Regulamentadora 06. Em
outras palavras, cabe à empresa promover ações que visam monitorar seus funcionários
quanto à utilização de EPIs e, se necessário, aplicar penalidades em ocasiões de negligência por
parte de colaboradores.
Norma Regulamentar-7
NR 7 determina a implementação, nas empresas e instituições, do Programa de Controle
Médico de Saúde Ocupacional – o PCMSO. A norma tem por objetivo, justamente, a
preservação da saúde do conjunto dos colaboradores, em todos os ramos de atividades.
Esta é mais uma daquelas situações onde a aplicação de recursos é investimento, não é gasto,
pois representa uma grande economia para a construtora ou incorporadora, no curto, médio e longo prazo.

PCMSO é obrigatório
Um detalhe fundamental da norma é que o PCMSO é obrigatório para toda e qualquer
organização, independente do número de funcionários e do grau de risco do seu setor
econômico.
O programa tem caráter preventivo e deve ser implementado pelos empregadores sem
nenhum ônus para os trabalhadores.

Ele precisa conter um planejamento onde estejam previstas as ações de saúde a serem
executadas na organização durante o ano todo, devendo constar num relatório anual.
Esse relatório vai discriminar o número e a natureza dos exames médicos a serem realizados
pelos funcionários, bem como avaliações clínicas e exames complementares solicitados.
Também deve apontar os resultados considerados anormais, assim como o planejamento para
o próximo ano.
Apresentação na CIPA de acordo com a NR 7
Esse documento precisa ser apresentado e discutido na CIPA, quando existente,
com sua cópia anexada ao livro de atas da comissão.
Além disso, sempre que acontecer alguma mudança no trabalho que provoque alteração
nos riscos ocupacionais envolvidos, o PCMSO deve ser revisto e adequado à nova situação.
Vou lembrar para você os tipos de riscos à saúde e bem estar que podemos ter no ambiente de
trabalho, conforme classificação do Ministério do Trabalho e Emprego:
1. Riscos de acidentes
Qualquer fator que coloque o trabalhador em situação vulnerável e possa afetar sua
integridade física e psíquica. Por exemplo: máquinas e equipamentos sem proteção,
probabilidade de incêndio e explosão, arranjo físico inadequado, armazenamento inadequado,
etc.
2. Riscos ergonômicos
Situações que possam interferir nas características psicofisiológicas do trabalhador, causar
desconforto ou afetar sua saúde. São exemplos de risco ergonômico o levantamento de peso,
ritmo excessivo de trabalho, monotonia, repetitividade e a postura inadequada de trabalho.
3. Riscos físicos
São agentes de risco físico as diversas formas de energia a que possam estar expostos os
trabalhadores, como: ruído, calor, frio, pressão, umidade, radiações ionizantes e não-
ionizantes, vibração e outros.
4. Riscos químicos
Os agentes de risco químico são substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no
organismo do trabalhador pela via respiratória. São os casos de de poeiras, fumos gases,
neblinas, névoas ou vapores, que pela natureza da atividade possam ter contato ou ser
absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão.
5. Riscos biológicos
Consideram-se como agentes de risco biológico as bactérias, vírus, fungos, parasitos, entre
outros.
Tudo isso é levado em consideração no PCMSO. Com ele, a empresa fica em condições de fazer
o controle de saúde dos seus funcionários, bem como prevenir-se contra o surgimento de
doenças causadas por fatores relacionados ao trabalho.
Ao mesmo tempo, são controladas outras doenças que não têm relação com a atividade
laboral, as doenças domésticas, mas que podem ter consequências graves quando não forem
controladas.
Norma Regulamenta-9
NR 9 é a Norma Regulamentadora referente a um conjunto de instruções determinadas pelo
Ministério do Trabalho e Previdência. Em vigor desde 1978, seu objetivo é assegurar que os
ambientes de trabalho estejam em condições ideais para não comprometer a saúde ou a
segurança dos trabalhadores.
Assim, a NR 9 estabelece os requisitos para avaliação de exposições ocupacionais de agentes
físicos, químicos e biológicos que constam no Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR),
determinado pela NR 1 — subsidiando-o em relação às medidas de prevenção para esses riscos
ocupacionais.
Em outras palavras, se a sua empresa aplicar a Identificação de Perigos do PGR (item 1.5.4.3 da
NR 1), e encontrar riscos relacionais a agentes físicos, químicos ou biológicos, deve consultar a
NR 9 para estar de acordo com o que ela determina.
Atualmente, a NR9 é chamada de Avaliação e Controle das Exposições Ocupacionais a Agentes
Físicos, Químicos e Biológicos, definição que foi oficializada após algumas mudanças em seu
texto, como veremos a seguir.
Quais são os Grupos de Risco previstos na NR 9?
Por riscos, entende-se os agentes físicos, químicos e biológicos existentes no local. Devido a
sua natureza, concentração, potência e tempo de exposição, estes agentes podem gerar danos
graves à saúde. São eles:
Físicos
Ruídos;
Vibrações;
Pressões anormais;
Temperaturas extremas;
Radiações ionizantes e não ionizantes.
Químicos
Poeira;
Fumo;
Neblina;
Gases;
Vapores.
Biológicos
Bactérias;
Fungos;
Bacilos;
Parasitas;
Vírus.

Norma Regulamenta-15

A Norma Regulamentadora 15 descreve as operações, atividades e agentes insalubres


presentes nas atividades laborais. Aborda também os limites de tolerância e o valor do
adicional de insalubridade, de acordo com os seus níveis em cada ambiente de trabalho e
atividade.
Dentre as principais atividades insalubres, podemos destacar:
as que envolvem o manuseio de agentes biológicos, agentes químicos, poeiras minerais;
as realizadas em ambientes que estejam submetidos ao frio, forte calor, umidade, vibração,
ruído de impacto, ruído contínuo ou intermitente, dentre outros.
Por sua vez, a incidência de solicitações de adicional de insalubridade não para de crescer.
Segundo os boletins estatísticos do Fórum de Campinas – TRT 15ª Região, no período de 2010,
2011 e 2012, 6% dos processos recebidos tratavam de pedidos referentes ao adicional.
Quais são os principais objetivos da NR 15?
Limites de tolerância para as situações de insalubridade
Um dos principais objetivos da NR 15 é o de determinar os níveis de tolerância de
insalubridade que cada ambiente pode ter. A fiscalização acontece por meio de agentes do
Ministério do Trabalho, que podem interditar o ambiente até que a situação seja solucionada.
Garantia da segurança do trabalhador
Com os instrumentos contidos na legislação, busca-se em primeiro lugar a garantia da
segurança do trabalhador com a regulamentação da NR 15. Locais insalubres tendem a
apresentar sérios riscos à saúde do colaborador, por isso, medidas paliativas e adicionais
relacionadas à insalubridade têm como objetivo mitigar e compensar esses efeitos nocivos,
respectivamente.
Redução de risco
A redução de riscos do ambiente insalubre se dá tanto pela diminuição da carga horária
trabalhada nesses locais ou dedicada a essas atividades — não sendo permitida a execução de
horas extras —, quanto pela obrigatoriedade da disponibilidade de Equipamento de Proteção
Individual (EPI), dentre outras ações presentes da NR 15.
Aumento da proteção
Com a adoção de medidas como a distribuição dos EPIs, funcionários e empregadores ficam
mais seguros — os funcionários, por terem sua saúde preservada, e os empregadores, por se
precaverem de queda de produtividade, multas da Justiça do Trabalho, dentre outros efeitos
indesejados relacionados à insalubridade.
Melhora da produtividade
Engana-se quem pensa que a NR 15 está preocupada apenas com a questão da segurança.
Embora esse seja o seu principal objetivo, a norma também apresenta preocupação quanto à
produtividade, aliando-a com a segurança e enxergando uma como essencial para a existência
da outra.

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