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INSTRUCTIO PEREGRINATORIS

Os manuais de recolha, acondicionamento e envio de espécimes de história

natural e objetos etnográficos do século XVIII

Magnus Roberto de Mello Pereira

2010
2

DOCUMENTO DE DESCRIÇÃO DETALHADA

PROJETO ANTERRIOR:
IDENTIDADE E CIÊNCIA: VIAJANTES LUSO-BRASILEIROS DO SÉCULO XVIII

METAS ATINGIDAS EM RELAÇÃO À PROPOSTA ANTERIOR

O projeto propunha a elaboração uma revisão teórica, na historiografia brasileira e


portuguesa sobre a temática, com vistas à construção da figura do colono-viajante-naturalista-
ilustrado. Creio que, em parte, o propósito foi alcançado. Os diversos textos acadêmicos que eu e
meus colaboradores acadêmicos mais próximos temos escrito aos poucos começam a ser citados
por outros pesquisadores. Também tenho recebido convites diversos para conferências e
participação em eventos, dentro e fora do país.. Como resultado do projeto, foi possível iniciar um
processo de intercâmbio acadêmico com instituições importantes na área de estudo em questão,
especialmente a Casa de Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, e o Instituto de Investigação Científica
Tropical, em Lisboa. O objeto central do projeto era a preparação dos originais de publicações que
contemplariam os acervos legados pelos luso-brasileiros que receberam formação científica em
Coimbra, nas décadas finais do século XVIII. Quanto a isto, os resultados foram muito acima dos
esperados. A Editora da UFPR acabou por encampar a proposta de publicar sistematicamente os
livros que estão sendo organizados. A comissão editorial da Editora aprovou a publicação, ao
ritmo de 2 volumes por ano, na forma de uma coleção intitulada Ciência & Império. A publicação
começa no presente ano de 2010 e nela aparecerá a chancela do CNPQ.
3

TÍTULO

Instructio peregrinatoris: Os manuais de recolha, acondicionamento e envio de


espécimes de história natural e objetos etnográficos do século XVIII

DURAÇÃO

2 anos

PESQUISADOR

Magnus Roberto de Mello Pereira

PALABRAS CHAVES

Viagens Científicas do século XVIII


Instruções de Viagens
4

RESUMO

O estágio de desenvolvimento da astronomia e das ciências correlatas às ciências da


natureza, inclusive as humanas, permitiu que, no século XVIII, a Europa se voltasse, em
escala nunca dantes verificada, para o re-conhecimento do mundo a partir da perspectiva
da, assim chamada, filosofia natural, na qual a taxonomia lineana ocupou um espaço
central. Lineu consolidou a sua reputação científica após peregrinar pela distante Lapônia,
colônia ártica da Suécia. Mais tarde, instalado nos jardins de Upsala, ele espalharia seus
discípulos em peregrinação pelos quatro cantos do mundo, recolhendo espécimes
minerais, de fauna e de flora, além de artefatos etnográficos. Como forma de orientar e
padronizar esse processo de recolha, encomendou a seus discípulos a elaboração de
manuais sobre o processo de recolha, acondicionamento e envio dos espécimes
recolhidos. O resultado mais expressivo das expedições lineanas foi a consolidação do
paradigma epistemológico composto pelo tripé: jardim-museu, modelo taxonômico lineano
e peregrinações imperiais européias, o qual passou a ser reproduzido por todo lado.
Joseph Banks, após participar como botânico numa das viagens de Thomas Cook,
tornou-se figura central do Kew Garden, de onde despacharia expedições a todos os
continentes. Apesar de desprezar a taxonomia lineana, Buffon conduziu um processo
semelhante de recolha, a partir do Jardin des Plantes. Na Espanha, o naturalista gomes
Ortega, diretor do Real Jardim Botânico de Madri, passaria a centralizar a política imperial
de recolha e catalogação de especimens. Em Portugal, Domingos Vandelli seguiria
exatamente a mesma cartilha. Os estudiosos de todas essas potências européias
elaboraram um amplo conjunto de instruções de viagens voltados a essas expedições. No
entanto esse não é o alvo do presente projeto. Uma das características do
desenvolvimento das ciências naturais e humanas foi o importante papel desempenhado
por leigos e curiosos. Como forma de organizar os seus jardins botânicos e museus de
história natural, a estratégia utilizada por diversos países europeus foi constituir redes de
informação e recolha, arregimentando os integrantes da estruturas governativas (civis,
militares e religiosas) e mesmo os simples curiosos. Um dos principais instrumentos da
conformação dessas redes foram manuais destinados aos viajantes naturalistas. Esses
manuais, aos mesmo tempo em que ensinavam procedimentos básicos, eram espaços de
proselitismo da visão científica de mundo, característica do iluminismo.
5

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

O meu projeto anterior de bolsa PQ foi concluído há um ano e intitulava-se “Identidade


e ciência: Viajantes luso-brasileiros do século XVIII”. Do ponto de vista metodológico, ela tinha por
objeto a pesquisa e a elaboração teórica da figura-tipo do viajante iluminista luso-brasileiro, em
oposição ao viajante europeu do romantismo na construção de imagens dos espaços e moradores
deste universo não-europeu. Trata-se da discussão do estatuto peculiar destes viajantes oriundos
dos espaços coloniais e de como aflorava a questão identitária em seus textos. A proposta
buscava dar continuidade à pesquisa do corpo documental composto pelas obras e
documentação conexa dos cientistas luso-brasileiros do final do século XVIII e início do século
XIX, na qual estou envolvido há alguns anos. São duas gerações de intelectuais, a da década de
1770 e a de 1790, que participaram ativamente na tentativa de construção de um novo grande
Império Português, em moldes que o mesmo acolhesse esta elite colonial, e, depois, na
constituição do Império Brasileiro independente. Apesar de todos reconhecerem a importância
dessas gerações, o seu estudo acabou bastante obscurecido.
O financiamento do projeto de continuidade foi, no entanto, interrompido por um
incidente lamentável, que me impediu de solicitar nova Bolsa de Produtividade. Durante viagem à
Argentina, por força de atividades de pesquisa e de atuação acadêmica na Universidade Nacional
de La Plata, fui acometido, muito provavelmente, da gripe H1-N1. Os diagnósticos feitos naquele
país foram inconclusivos. No entanto, permaneci hospitalizado por algum tempo e impedido de
voltar ao Brasil. Na altura, pedi a meus familiares que entrassem em contato com o CNPQ. Foram
informados de que não havia como entregar o novo projeto fora do prazo.
O projeto ora proposto pretende dar continuidade aos estudos que venho
desenvolvendo, mas, simultaneamente, estabelecer algumas inflexões de rumo. O estudo dos
manuais de instrução de viagens científicas já estava presente nas minhas pesquisas anteriores.
Na nova proposta, passa a ocupar um lugar de destaque. Além disso, o novo projeto também
estabelece uma ampliação de âmbito espacial. As pesquisas que eu vinha desenvolvendo,
centravam-se no universo lusitano: Portugal e suas colônias da América, África e Ásia. Nesta nova
fase, me proponho a enfrentar alguns aspectos referentes à história das ciências em geral. Quero,
porém, manter alguma ênfase em relação aos países da Península Ibérica e seus espaços
coloniais.

APRESENTAÇÃO

A Guerra de Sucessão Austríaca (1740-1748) e a Guerra dos Sete Anos (1756-1763)


desencadearam uma corrida colonial, na qual as principais potências européias buscaram
reposicionar-se em escala global. Os conflitos entre Inglaterra, França e Espanha ultrapassaram o
âmbito europeu e expandiram-se para a América do Norte, Caribe, África e Índia.
Desde então, as ilhas e passagens oceânicas, como as Malvinas e o Estreito de
Magalhães, passaram a ser consideradas como pontos estratégicos. França, Inglaterra e Espanha
organizaram diversas expedições de exploração, buscando descobrir e tomar posse desses
locais. Áreas pouco exploradas, como a costa da Patagônia e a costa oeste da América do Norte,
também se tornaram alvos de expansão. Os arquipélagos do Pacífico e as grandes ilhas do
extremo sul, até então livres da presença colonial, foram regularmente explorados e submetidos
ao domínio europeu.
Tais expedições, no entanto, não tiveram apenas caráter bélico e estratégico. Quase
todas comportavam, simultaneamente, um viés científico, integrando à tripulação um crescente
número de astrônomos, naturalistas, cartógrafos e desenhistas. Com isso, a Europa envolveu-se
6

em um grande processo de (re)conhecimento do mundo, através do levantamento e da


catalogação geral da flora, da fauna e dos minerais, e do estudo das populações nativas.
O estágio de desenvolvimento da física, da matemática, da química, da astronomia e
das ciências correlatas às ciências da natureza permitiu que, no século XVIII, a Europa se
voltasse, em escala nunca dantes verificada, para o re-conhecimento do mundo a partir da
perspectiva da, assim chamada, filosofia natural, na qual a taxonomia lineana ocupou um espaço
central. Lineu consolidou a sua reputação científica após peregrinar pela distante Lapônia, colônia
ártica da Suécia. Mais tarde, instalado nos jardins de Upsala, ele espalharia seus discípulos em
peregrinação pelos quatro cantos do mundo, recolhendo espécimes minerais, de fauna e de flora.
Diversos deles eram pastores luteranos embarcados como capelães e/ou médicos em navios
comerciais suecos, dinamarqueses, holandeses e ingleses. Através dessa rede de naturalistas
viajantes, Lineu conseguiu, entre 1746 e 1772, recolher espécimes e informações das mais
variadas regiões do globo. (UEBERSCHLAG, 1977)
O resultado mais expressivo dessas expedições foi a consolidação do paradigma
epistemológico composto pelo tripé: jardim-museu, modelo taxonômico lineano e peregrinações
imperiais européias, o qual passou a ser reproduzido por todo lado. Joseph Banks, após participar
como botânico numa das viagens de Thomas Cook, tornou-se figura central do Kew Garden, de
onde despacharia expedições a todos os continentes. Apesar de desprezar a taxonomia lineana,
Buffon conduziu um processo semelhante de recolha, a partir do Jardin des Plantes. Na Espanha,
o Real Jardim Botânico de Madri, passaria a centralizar a política imperial de recolha e
catalogação de especimens. Em Portugal, Domingos Vandelli seguiria exatamente a mesma
cartilha.
Todo esse processo resultou na elaboração de uma série de instruções destinadas a
orientar cada uma das viagens. Boa parte dessas instruções permaneceu inédita, mas algumas
chegaram a ser editadas. Foi o caso das referentes às famosas expedições de Lapérouse
(MILET-MUREAU, 1797) e de Michaelis (1774).1 No caso das Viagens Filosóficas portuguesas,
aquela enviada à Amazônia sob a chefia de Alexandre Rodrigues Ferreira foi objeto de diversos
textos específicos de instruções.2 No entanto, por mais detalhadas que sejam, elas não se
configuram como Instructi Peregrinatoris autônomas, destinadas a instruir genericamente
viajantes, estudantes, funcionários da coroa ou um público culto mais geral, e, portanto, escapam
do âmbito do presente artigo.
Ainda como resultado da disseminação do paradigma lineano por todos os países da
Europa, e também nas colônias, foram instalados novos Jardins Botânicos e Museus de História
Natural. Em decorrência, houve um forte estímulo à produção daquela vertente de manuais que
aprofundavam assuntos como o transporte de espécimens, conservação (desidratação,
taxidermia, etc.), o transplante e cultivo de vegetais, e assim por diante. Por vezes elas tinham
caráter geral, tratando de diversos aspectos do processo de recolha. Outras vezes, monográfico,
restringindo-se a questões como o empalhamento ou a conservação de espécimes em espírito de
vinho.3

1
Ver também COLLINI, Silvia e VANNONI, A. La Societé d´Histoire Naturelle e il viaggio di D´Entrecasteaux
alla ricerca di La Pérouse: Le instruzione scientifiche per i viaggiatore. Narcisus, v.11, 1996.
2
INSTRUÇÕES relativas à viagem philosophica efetuada pelo naturalista Dr. Alexandre Rodrigues Ferreira,
nos anos de 1783-92. Revista Brasileira de Geografia, v.3, 1946. p. 46-52. MEMÓRIA sobre a viagem do
Pará para o Rio das Amazonas, Madeira até Mato Grosso, voltando pelo Rio dos Tocantins para o Pará.
Sem data e sem assinatura. Arquivo do Instituto de Estudos Brasileiros/USP, Biblioteca Lamego, Códice
e
101-A8. Veja-se, ainda, na mesma coleção XAVIER, João Francisco. Exposição da Conduta e da utilid . de
um naturalista peregrino no Brasil, 26 de março de 1774.Códice 16 (381-426) Sobre essas instruções, as
primeiras abordagens mais sistemáticas do tema, no Brasil, são LEITE, Miriam L. Moreira. Naturalistas
viajantes. História, Ciências, Saúde - Manguinhos,vol.1, n.2, 1995. p.7-19. e PATACA, Ermelinda
Moutinho e PINHEIRO, Rachel. Instruções de viagem para a investigação científica do território brasileiro.
Revista da SBHC, v.3, n.1, 2005. p.58-79.
3
Um bom apanhado dessas instruções foi recentemente compilado e publicado em COLLINI, Sylvia e
eme
VANNONI, Antonella. Les instructions scientifiques pour les voyageurs; XVII-XIX siecle. Paris:
Harmattan, 2005.
7

Algumas dessas instruções, muito vinculadas aos gabinetes de curiosidade que então
eram moda, começaram a aparecer já na primeira metade do século XVIII, quer em revistas
especializadas, quer como obras autônomas. Nesta primeira fase, o principal autor foi René-
Antoine Ferchault de Réaumur. Dono de um saber enciclopédico, que ia da metalurgia ao estudo
dos instrumentos de medição, Réaumir dedicou-se também à zoologia, principalmente à
entomologia e à ornitologia. Em decorrência, publicou diversas obras nas quais estão contidas
instruções sobre a conservação de pássaros e insetos.( RÉAUMUR, 1746 e 1737-48)
Todavia, a primeira obra desta natureza, destinada especificamente aos viajantes
filósofos, foi publicada pelo naturalista amador Étienne-François Turgot (1758). Sua memória
instrutiva, publicada anonimante em 1758, ilustra bem o apetite pela História Natural que acometia
toda a Europa: Memóire instrutif sur la maniére de rassembler, de preparé, de conserver et
dénvoyer les diverses curiosités d’histoire naturelle. Em anexo foi republicada outra memória,
o Avis pour le transport par mer des arbres, de Duhamel du Monceau, texto que tornar-se-ia o
grande clássico nesta matéria. Na mesma época, Lineu fez publicar a tese de um de seus alunos
intitulada Instructio peregrinatoris (NORDBLAD, 1760), que se tornou um dos manuais padrões
na área A partir do exemplo de Turgot e de Nordblad, diversos outros manuais foram publicados.
Um dos dos mais difundidos foi o Méthode nécessaire aux marins et aux voyageurs: pour
recueillir avec succès les curiosités de l'histoire naturelle, editado por M. Marvye (1763).
Outros manuais de preparação freqüentemente citados por autores subseqüentes e que
aparecem em quase todos os catálogos e bibliografias temáticas do século XVIII são os do Abée
Menasse (1786) e do inglês Edward Donovam (1794). Sobre o transporte de plantas e sementes,
ganharam notoriedade os pequenos maunuais do irlandês John Ellis (1770 e 1773).
Numa perspectiva mais ampla, o médico e filantropo quaquer John Coakley Lettson fez
editar, em 1772, The Naturalist's and Traveller's Companion. Este estudioso foi um dos
fundadores da Medical Society of London e, em 1812, tornou-se presidente da Philosophical
Society of London. Pela primeira vez, um autor reunia, num único manual, a qualificação do
viajante-filósofo, orientações gerais, os métodos de recolha e conservação, além de instruções
para um levantamento exaustivo de dados sobre a economia, a história e a organização social das
regiões visitadas. Livros que traziam por título Companion – companheiro ou acompanhante –
estão na base da formação da tradição editorial própria do mundo britânico dos livros de bolso do
tipo “tudo sobre”. Na época surgiram outros Companions de história natural, no entanto eles se
revelam primários quando comparados ao de Lettson. Um dos aspectos relevantes desse manual,
que ajudava a caracterizar a sua modernidade, era a crítica ao simples colecionismo de
curiosidades e o seu marcado cunho utilitário (OLMI, 2005). Dizia Lettson que era mais proveitoso
descobrir a história natural de um inseto destrutivo ou útil do que “merely to collect and bring over
twenty in their perfect state”.
Na Espanha não foi diferente. Em 1776, Pedro Franco Dávila, diretor do Real Museu,
publicou um livreto destinado aos Vice-reis e outros altos funcionários da coroa, de todo o império,
com instruções básicas de recolha e conservação de “producciones curiosas de Naturaleza” que
deveriam ser enviadas ao gabinete madrilenho. (FRANCO DÁVILA, 1776) Era, essencialmente,
uma grande lista de animais que deveriam ser incorporados ao acervo do Museu. Tres anos
depois, D. Casimiro Gómez Ortega fez publicar um opúsculo de instruções sobre o transporte de
plantas por mar e terra. (GÓMEZ ORTEGA, 1779). Além disto, o naturalista traduziu diversas
obras de Duhamel para o castelhano, no entanto as suas instruções não são uma tradução ou
adaptação do Avis pour le transport par mer des arbres, do botânico francês. Nelas, percebe-se
inclusive alguma influência das do botânico irlandês John Ellis. Todavia, Gómez Ortega procurou
aproximar-se das condições hispânicas e, sobretudo, das da América Espanhola. Segundo os
historiadores Gonzáles Bueno e Rodríguez Nozal (2000), a elaboração das instruções teria
contado com a colaboração “del francés J. Dombey durante su estancia en Madrid, antes de
embarcar con destino al Perú”. “Luego se completaría lo escrito con nuevas normas distribuidas
en circulares: la de 27 de agosto de 1789 sobre el modo de embalar, o la de 23 de febrero de
1792 recordando el cuidado en el riego para los plantones tras su arribo del duro viaje
transatlántico” . Essas circulares impressas foram amplamente distribuídas na Espanha e em suas
colônias. Segundo Emma Spary (2000), “As the efforts of the naturalists to exert more control over
their ´income´ became more pronuntied in the 1780s, even more such guides appeared, mostly in
8

manuscript form” (p.82). Assim, percebe-se uma sincronia entre o que ocorria na Espanha e no
restante da Europa.
Em Portugal, a criação do complexo científico da Ajuda e a oficialização de uma política
centralizada de recolha, conduziram a um processo semelhante. Para uso dos naturalistas
coimbrões, seus discípulos, Domingos Vandelli elaborou, em 1779, um rol de instruções às quais
deu o título de Viagens Filosóficas ou Dissertação sobre as importantes regras que o
Filósofo Naturalista nas suas peregrinações deve principalmente observar, verdadeiro
manual de campo do naturalista aprendiz dirigido aos naturalistas concentrados na Ajuda à espera
de serem enviados às colônias. A elaboração em Portugal deste guia geral destinado aos
viajantes filósofos estava em perfeita sincronia com o que se passava no restante da Europa.
Segundo Emma Spary, “As the efforts of the naturalists to exert more control over their ´income´
became more pronuntied in the 1780s, even more such guides appeared, mostly in manuscript
form”. (SPARY, 2000, p.82) Como tantos outros manuais de intruções, o de Vandelli jamais foi
publicado. No entanto ele não deixa de ser um dos mais interesantes elaborados no período. Tal
como fizera Lettson, em seu Traveller's Companion, Vandelli buscou cobrir diversos aspectos
das viagens filosóficas, da importância e de como fazer diários, o que observar e os meios de
preservar as recolhas de produtos da natureza.4
A edição de um manual semelhante ao espanhol, destinado a estimular e homogeneizar
a recolha em todo o império, demoraria mais uns anos. Em 1781, saiu dos prelos da Academia
das Ciências de Lisboa um manual intitulado Breves Instrucçoens aos correspondentes da
Academia das Sciencias de Lisboa sobre as remessas dos productos e noticias
pertencentes a historia da Natureza para formar um Museo Nacional. Apesar de
primariamente direcionado aos membros da Academia, o livreto acabou sendo distribuido a
praticamente todos os governadores e altos funcinários régios dos territórios ultramarinos. Assim,
mais do que servir ao apenas esboçado museu de história natural da Academia das Ciências,
acabou servindo como o principal texto de orientação da rede de funcionários e curiosos que foi
mobilizada para a formação do gabinete da Ajuda. 5
Alguns discípulos de Vandelli envolver-se-iam na elaboração de outros manuais, que
ficaram inéditos. Alexandre Rodrigues Ferreira e os outros naturalistas luso-brasileiros que
trabalhavam na Ajuda concluíram, em 1781, um manual intitulado Méthodo de Recolher,
Preparar, Remeter, e Conservar os Productos Naturais. Segundo o plano que tem
concebido, e publicado alguns Naturalistas, para o uso dos Curiosos que visitam os
sertões, e costas do Mar. José Martins Vidigal, estudante de História Natural em Coimbra, foi
incumbido pelo mestre de fazer uma compilação de diversas memórias instrutivas “ilustradas com
os melhores métodos de haver, conservar e examinar os diversos objetos da História Natural, e
com instruções sobre os meios de recolher utilidade das viagens, principalmente no que respeita
às Ciências da Natureza” (VIDIGAL, s.D.)
Em 1783, mesmo ano em que as expedições comandadas pelos naturalistas luso-
brasileiros partiram para as diversas colônias portuguesas, José Antonio de Sá publicou o
Compêndio de Observações que formam o plano da Viagem Política e Filosófica que se
deve fazer dentro da Pátria. Como o título indica, havia a preocupação de que o esforço da
empreitada filosófica não fosse todo canalizado para as colônias e que fossem planejadas
expedições em território metropolitano.6 Sá dividiu o seu manual em duas seções, uma destinada
à Viagem Filosófica, que em parte se apoiou nas Instruções da Academia de Ciências, e outra à
Viagem Política, que hoje diríamos ser de cunho mais institucional, econômico e antropológico. Se

4
Sobre as anotações de campo ver LARSEN, Anne. Equipment for de field. In: JARDINE, N., SECOND, J.
A. e SPARY, E. C., Cultures of Natural History. Cambridge: Cambridge University Pres, 1996. p.361.
5
Sobre a formação desta rede, ver: DOMINGUES, Ângela. Para um melhor conhecimento dos domínios
coloniais: a constituição de redes de informação no Império português em finais do Setecentos. História,
Ciências, Saúde - Manguinhos, v.8(supl.), 2001. p.823-838. KURY, Lorelai. Homens da ciência no Brasil:
impérios coloniais e circulação de informações (1780-1810). História, Ciências, Saúde - Manguinhos, Rio
de Janeiro, v.11.(supl.), 2004. p.109-129.
6
Mencione-se que Nordblad já dizia que antes de fazer viagens a terras distantes o naturalista deveria fazer
uma viagem na própria pátria.
9

pensarmos em instruções gerais, dirigida a especialistas e curiosos, o Compêndio de José


Antonio de Sá foi o mais completo e complexo manual de instruções até então publicado.
Rivalizava, com algumas vantagens, com o Companion de John Coakley Lettson.
O passo seguinte da publicação de instruções em Portugal inscreve-se não na tradição
das obras de cunho mais geral, como as até aqui comentadas, mas na dos procedimentos
especializados. Ao virar o século, a coroa fez editar a primeira parte, referente ao reino animal, de
uma obra intitulada Naturalista Instruido nos diversos methodos antigos, e modernos de ajuntar,
preparar, e conservar as producções dos tres reinos da natureza, colligido de diferentes
authores.(VELOSO, 1800) Apesar do nome, tratava-se de uma tradução do manual de taxidermia
do Abade Manesse, editado anos antes em Paris.. Cinco ano depois, sairia do prelo um opúsculo
intitulado Instrucções para o transporte por mar de arvores (VELOSO, 1805).
Por toda a Europa, muitos outros manuais foram elaborados ou recompilados e
correram pelas mãos dos naturalistas viajantes e amadores, funcionários coloniais, marchants e
preparadores de “curiosidades”. De acordo com Lorelai Kury, principal estudiosa das instruções de
viagem científicas em língua francesa, “Le Jardin du Roi, devenu Museum national d’histoire
naturelle à partir de 1793, centralize une grande partie de la correspondance avec les voyageurs
que faisaient des envois d’objects d’histoire naturelle pour la France”.(KURY, 2001, 91 e 94) Este
processo de centralização fez com que fosse publicada a primeira edição da Instruction pour les
Voyageurs, de autoria dos professores do Museu, em 1818. É interessante notar que, apenas um
ano depois da edição desse manual clássico francês a sua tradução em língua portuguesa saía
publicada no Rio de Janeiro, onde estava instalada a coroa portuguesa.

PROCEDIMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS

Com base na documentação e na historiografia sobre a temática, em especial a produção


teórica de Kury, Collini & Vannoni, Olmi, Grepi, Pataca e Brigola, o projeto pretende examinar as
fontes com os seguintes propósitos:

1 - Estudar detalhadamente o processo de constituição dos manuais de instrução, como um


gênero específico no interior da tradição maior dos livros de viagem.

2 – Introduzir os manuais e folhetos espanhóis e portugueses na historiografia geral das


instruções de viagem, dado que eles têm sido sistematicamente deixados de lado.

3 – Entender os vínculos entre esses manuais, que se pretendiam científicos, com os outros
destinados a viagens em geral. Trata-se de investigar da relação entre a viagem científica e a
prática do “grand tour” pela intelectualidade norte-européia que seguia viva no século XVIII.

3 – Investigar o papel dos manuais na constituição e difusão da figura-tipo do viajante científico,


pensando em suas qualidades físicas, intelectuais e morais.

4 - Avaliar o papel dos manuais no proselitismo da visão científica do mundo.

5 – Compreender a organização dos manuais, através da análise da estrutura de exposição: a


ordem dos capítulos e seus temas, a seqüência dos reinos (animal, vegetal, mineral) etc.

6 – Sistematizar os procedimentos sugeridos em relação ao trabalho de campo, sobre a ordem de


anotação de informações, o uso de fichas, cadernos e instrumentos, etc.

7 – Tentar entender o processo de circulação de informações científicas através do estudo de


sintomas e vestígios textuais, tais como citações explícitas e não explícitas, que indiquem as
leituras prévias dos autores.
10

8 – Buscar entender as propostas de recolha etnográfica, que ainda são incipientes nesse tipo de
manual, tendo em vista o processo de formação das ciência humanas (históricas, sociais,
biológicas e econômicas)

FONTES SELECIONADAS

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MICHAELIS, J. D. Recueil de questions proposées à une société de savans qui par ordre de as Majesté
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academica. v.5.Holmiæ: Laurentii Salvii, 1760.
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RÉAUMUR, René-Antoine Ferchault de. Moyens d'empecher l'evaporation des liqueurs spiritueuses, dans
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RÉAUMUR, René-Antoine Ferchault de. Mémoires pour servir à l’histoire des insectes. Amsterdam, P.
Mortier, 1737-48.
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Filosófica que se deve fazer dentro da Pátria. Lisboa: Officina de Francisco Borges de Sousa,
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[TURGOT, Étienne-François]. Memóire instrutif sur la maniére de rassembler, de preparé, de
conserver et dénvoyer les diverses curiosités d’histoire naturelle; auquel on a joint un
mèmoire intitulée: [DUHAMEL DU MONCEAU, Henri-Louis] Avis pour le transport par mer, des
Arbres, des Plants vivaces, de Semences, & de diverses autres Curiosités d’Histoire
naturelle. Lyon: Jean Marie Bruyset, 1758.
12

VANDELLI, Domingos. Viagens filosóficas ou Dissertação sobre as importantes regras que o


filósofo naturalista nas suas peregrinações deve principalmente observar. 1779. Academia de
Ciências de Lisboa, série vermelha, 405.
[VANDELLI, Domingos. Et alii.] Breves instrucções aos correspondentes da Academia das Sciencias
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VELOSO, José Mariano da Conceição. (ed.) Instrucções para o transporte por mar de arvores, plantas
vivas, sementes e de outras diversas curiosidades naturais. Lisboa: Imprensa Régia, 1805.
VIDIGAL, Agostinho José Martins. Methodo de fazer observaçoens e exames necessarios para o
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BIBLIOGRAFIA ESPECÍFICA

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BLANCKAERT, Claude. Le terrain des sciences humaines: instructions et enquêtes, XVIIIe-XXe siècle.
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BOSSI, Maurizio e GREPPI, Cláudio (orgs.). Viaggi e scienza; Le istruzioni scientifiche per i viaggiatori nei
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COLLINI, Silvia & VANNONI, Antonella. Les instructions scientifiques pour les voyageurs; XVII-XIX
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PATACA, Ermelinda Moutinho. Terra, água e ar nas viagens científicas portuguesas (1755-1808).
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PEREIRA, Magnus Roberto de Mello. e CRUZ, Ana Lúcia Rocha Barbalho da. Instructio peregrinatoris;
Algumas questões referentes aos manuais portugueses sobre métodos de observação filosófica e
preparação de produtos naturais da segunda metade do século XVIII. In: KURY, Lorelai e
GESTEIRA, Heloisa. As Ciências no Brasil no período joanino. Rio de Janeiro; Casa de Oswaldo
Cruz e Museu de Astronomia, 2010. (No prelo)
PEREIRA, Magnus Roberto de Mello. e CRUZ, Ana Lúcia Rocha Barbalho da. O viajante instruído: os
manuais portugueses do Iluminismo sobre métodos de recolher, preparar, remeter, e conservar
produtos naturais. In: SANTOS, A. C. A.; DORÉ, Andréa. (Org.). Temas Setecentistas. Curitiba:
UFPR/SCHLA, 2009, p. 241-252.
PRINCE, Sue Ann (ed.) Stuffing birds, pressing plante, shaping knowledge; Natural History in North
America. 1730-1860. Philadelphia: American Philosophical Society, 2003.
SPARY, E. C. Utopia's Garden: French Natural History from Old Regime to Revolution. Chicago: The
University of Chicago Press, 2000. p.82.

OBJETIVOS

• Elaborar pesquisa e revisão teórica, através da escrita de artigos e outros textos, com base na
documentação e na historiografia sobre a temática, do processo de constituição dos manuais de
recolha, conservação e transporte de produtos de história natural e de etnografia do iluminismo.

• Desenvolver pesquisa semelhante, focada nos manuais em língua portuguesa e espanhola.


RESULTADOS ESPERADOS

O projeto proposto deve resultar em produção acadêmica diversificada referente ao


desenvolvimento da pesquisa documental, à análise bibliográfica e à elaboração de
artigos para publicação e de comunicações a serem apresentadas em Congressos,
Seminários, Colóquios nacionais e internacionais. Durante o período de vigência da bolsa,
deverá ser organizado um livro com os resultados das pesquisas relativas aos manuais
em língua portuguesa. Outro produto interessante a resultar do projeto, será um artigo
sobre o processo histórico de conformação deste gênero específico de manuais, a
publicar em periódico de língua inglesa. Esta proposta nasce da constatação de uma
carência de um texto base em inglês. Atualmente, os principais artigos de referência na
área são em língua francesa e italiana. Os desdobramentos teóricos, conceituais e
temáticos da pesquisa serão partilhados e avaliados não apenas em eventos científicos,
mas, sobretudo, na prática de sala de aula e de orientação, na Graduação e na Pós-
Graduação em História da Universidade Federal Fluminense.

Textos
Publicação de 1 livro sobre os manuais portugueses de recolha, conservação e transporte
de produtos de história natural.
Publicação de 1 artigo em língua inglesa sobre os manuais.
14

Publicação de 1 artigo em língua espanholas sobre tais manuais.

Orientação
Defesa de uma dissertação de mestrado
Conclusão de uma monografia de Iniciação Científica

Eventos
Participação em pelo menos dois eventos científicos sobre história da ciência

MEMORIAL SOBRE ENVOLVIMENTO COM O TEMA

O meu envolvimento com o tema já dura 7 anos. Neste período pude desenvolver pesquisas em
arquivos do Brasil, da Europa, da África e da Ásia. Estas viagens de investigação foram feitas com
apoio do CNPq, da CAPES, da FUNDACIÓN CAROLINA (Espanha) e FUNDAÇÃO ARAUCÁRIA
(Paraná). As fontes pesquisadas e reproduzidas têm sido compartilhadas com colegas e com
alunos de graduação e pós-graduação em História da Universidade Federal do Paraná.
Segue abaixo um arrolamento específico de minha produção acadêmica referente ao tema. Sobre
outros temas, ela pode ser acompanhada em meu currículo Lates. Gostaria de acrescentar que,
no período, fui Coordenador do Curso de Graduação em História, durante quatro anos. Ficou
também sob minha responsabilidade a criação de um Curso de Bacharelado em História noturno,
com um formato diferente que o aproxima das linguagens visuais e das instituições de guarda da
memória, intitulado: História – Memória & Imagem.

Livros no Prelo e em Preparação

A Editora da UFPR acabou por encampar a proposta de publicar sistematicamente os livros que
resultaram da Bolsa PQ anterior. A comissão editorial da Editora aprovou a publicação, ao ritmo
de 2 volumes por ano, na forma de uma coleção intitulada Ciência & Império. A publicação
começa no presente ano de 2010 e nela aparecerá a chancela do CNPQ. A maior dificuldade que
venho enfrentando é a dimensão das obras, as quais foram completamente subestimadas no
projeto apresentado.

Obras completas de João da Silva Feijó – previsão de 1 volume

Primeiro volume a ser concluído. Já foi aprovado no orçamento do presente ano da Editora da
UFPR e está em processo de editoração. Das 500 páginas previstas, a obra saltou para
aproximadamente 850 e, além disto, deve trazer encartado um CD com aproximadamente 400
páginas de texto.

Obras completas de Francisco José de Lacerda e Almeida - previsão de 2 volumes

Segundo volume a ser concluído, o livro contará com o apoio direto do CNPq, que aportou
recursos do edital referente à comemoração do Ano Internacional da Astronomia.
Novamente a dimensão da documentação disponível foi mal avaliada. As 350 páginas previstas
transformaram-se em mais de 1000. Em decorrência, a obra será dividida em 2 volumes. O
primeiro, com cerca de 750 páginas, será publicado ainda em 2010. Trará a documentação
15

referente à atuação de Lacerda e Almeida como governador da Capitania de Rios de Sena, em


Moçambique, e à tentativa de travessia da África, que resultou na morte do astrônomo paulista.
O segundo volume, que será publicado no próximo ano, reunirá o acervo resultante da
participação de Lacerda e Almeida na comissão responsável pela demarcação das
fronteiras dos territórios americanos de Portugal e Espanha, na região de Mato Grosso. O volume
incluirá os relatos e a correspondência de Antônio Pires da Silva Pontes, o outro astrônomo luso-
brasileiro que participou do processo de demarcação.

Obras completas de Luis Antônio de Oliveira Mendes - previsão de 1 volume

A primeira versão da transcrição paleográfica já foi concluída, faltando a revisão. O resultado será
uma obra de cerca de 250 páginas, da qual falta escrever a parte introdutória. Ainda não há
previsão de data para a publicação do livro e os recursos necessários ainda não estão
assegurados.

Obras completas de Joaquim José Pereira e de Vicente Jorge Dias Cabral –


previsão de 1 volume de 150 páginas

A primeira versão da transcrição paleográfica já foi concluída, faltando a revisão. O resultado será
uma obra de cerca de 200 páginas, da qual falta escrever a parte introdutória. Ainda não há
previsão de data para a publicação do livro e os recursos necessários ainda não estão
assegurados.

Publicação de capítulo de livro nos EUA

PEREIRA, M. R. M. João da Silva Feijó (1760-1824): A Brazilian Scientist in the Portuguese Overseas
Empire. In: RACINE, Karen & MAMIGONIAN, Beatriz. The Human Tradition in the Atlantic World
1500-1850. Boulder: Rowman & Littlefield, 2010. (Ainda no prelo. O contrato de publicação já foi
assinado com mos editores. Previsto para o segundo semestre de 2010)

Publicação de texto em coletâneas no Brasil

PEREIRA, M. R. M.; CRUZ, Ana Lúcia R. B.Instructio peregrinatoris; Algumas questões referentes aos
manuais portugueses sobre métodos de observação filosófica e preparação de produtos naturais da
segunda metade do século XVIII. In: KURY, Lorelai e GESTEIRA, Heloisa. As Ciências no Brasil no
período joanino. Rio de Janeiro; Casa de Oswaldo Cruz e Museu de Astronomia, 2010. (No prelo)
PEREIRA, M. R. M.; CRUZ, Ana Lúcia R. B. da. O viajante instruído: os manuais portugueses do
Iluminismo sobre métodos de recolher, preparar, remeter, e conservar produtos naturais. In:
SANTOS, A. C. A.; DORÉ, Andréa. (Org.). Temas Setecentistas. Curitiba: UFPR/SCHLA, 2009, p.
241-252.
PEREIRA, M. R. M.; CRUZ, Ana Lúcia R. B.; BARBOSA, M. F. Diário da viagem que fez José Antônio
Lopes ao Continente de Coritiba. In: Fundação Cultural de Curitiba. (Org.). Histórias de Curitiba.
Curitiba: Fundação Cultural de Curitiba, 2008, p. 25-37.
PEREIRA, M. R. M. , DENIPOTI, C. D. João e as dedicatórias da coleção do Arco do Cego 1799 /1801. In:
4º Colóquio do PPRLB: Relações Luso-Brasileiras:D. João VI e o Oitocentismo, 2008, Rio de
Janeiro. Rio de Janeiro : Real Gabinete Português de Leitura, 2008.
16

PEREIRA, M. R. M. ; CRUZ, Ana Lúcia Rocha Barbalho da . A história de uma ausência: os colonos
cientistas na historiografia brasileira. In: João Fragoso; Manolo Florentino; et alii. (Org.). Nas rotas
do Império: Eixos mercantis, tráfico e relações sociais. Vitória/Lisboa: EDUFES/Instituto de
Investigações Científicas e Tropicais, 2006,. p. 357-390.

Publicação de artigo em periódicos internacionais

PEREIRA, M. R. M. ; CRUZ, Ana Lúcia Rocha Barbalho da . Ciência, identidade e quotidiano: alguns
aspectos da presença de estudantes brasileiros na Universidade de Coimbra, na conjuntura final do
período colonial. Revista de História da Sociedade e da Cultura, Coimbra, v. 9, p. 205-228, 2009.
PEREIRA, M. R. M.; CRUZ, Ana Lúcia R. B. Brasileiros a serviço do Império; A África vista por naturais do
Brasil, no Século XVIII. Revista Portuguesa de História, Coimbra, n. 33, 2000.

Publicação de artigos em periódicos nacionais

PEREIRA, M. R. M. ; CRUZ, Ana Lúcia Rocha Barbalho da . Ciência e memória: aspectos da reforma da
Universidade de Coimbra de 1772. Revista de História Regional, v. 14, p. 7-48, 2009.
PEREIRA, M. R. M. Rede de mercês e carreira: o "desterro d'Angola" de um militar luso-brasileiro (1782-
1789). História. Questões e Debates, v. 45, p. 97-128, 2008.
PEREIRA, M. R. M. Alguns aspectos da questão sanitária das cidades de Portugal e suas colônias; dos
saberes olfativos medievais à emergência de uma ciência da salubridade iluminista. Topoi, v.6,
n.10, 2005. p.99-142.
PEREIRA, M. R. M. Um jovem naturalista num ninho de cobras: a trajetória de João da Silva Feijó em
Cabo Verde, em finais do século XVIII. História Questões e Debates, Curitiba, v. 19, n. 36, p. 29-60,
2003

Publicação de artigo em revista de divulgação

PEREIRA, M. R. M. ; CRUZ, Ana Lúcia Rocha Barbalho da . Os Viajantes do Brasil. História Viva, n.79,
maio-2010.

Participações e publicações de resumos em eventos

PEREIRA, M. R. M. ; CRUZ, Ana Lúcia Rocha Barbalho da . Sobre Viagens Científicas e Recolha de
Produtos da Natureza: As Instructio Peregrinatoris Portuguesas do Iluminismo. 2008. (Apresentação
de Trabalho/Conferência ou palestra - LISBOA
DENIPOTI, C. ; PEREIRA, M. R. M. . D. João e as dedicatórias da coleção do Arco de Cego. 1799/1801.
2008. (Apresentação de Trabalho/Comunicação). _ RIO DE JANEIRO
PEREIRA, M. R. M. . Localizar, Computar, Clasificar, Utilizar: Continuidades e rupturas na política
portuguesa de re-conhecimento dos territórios coloniais. 2008. (Apresentação de
Trabalho/Comunicação). RIO DE JANEIRO
PEREIRA, M. R. M. . A escravidão na África vista por lusobrasileiros (século XVIII). 2006. (Apresentação
de Trabalho/Comunicação). CURITIBA
PEREIRA, M. R. M. . A história de uma ausência: os colonos cientistas na historiografia brasileira. 2006.
(Apresentação de Trabalho/Comunicação). RIO DE JANEIRO
17

PEREIRA, M. R. M. ; CRUZ, Ana Lúcia Rocha Barbalho da ; PORTELLA, José Roberto Braga . A vontade
de saber: o papel destinado ao conhecimento na reconfiguração do império colonial português.
(1750-1822). 2006. (Apresentação de Trabalho/Seminário). CURITIBA
PEREIRA, M. R. M. ; FRAGOSO, João Luís ; RODRIGUES, José Damião ; RODRIGUES, Eugénia .
Historiadores brasileiros e portugueses; por uma interação historiográfica focada na temática do
império colonial: utopias, possibilidades e consensos.. 2005. (Apresentação de Trabalho/Simpósio).
CURITIBA
PEREIRA, M. R. M. . Um Brasil imperfeito; Ou de como a África foi vista por brasileiros em finais do século
XVIII. 2003. (Apresentação) CURITIBA
PEREIRA, M. R. M. Elias Alexandre da Silva Correia e sua História de Angola: entre a história regional
militante e a trajetória do indivíduo. 2002 (Apresentação) - CURITIBA

Orientações

Teses de Doutorado Concluídas

Ana Paula Wagner. Ciência e População no Império Português: Recenseamentos na África Oriental
Portuguesa na segunda metade do século XVIII. Defesa: 2009. (Tese de Doutorado em História) -
Universidade Federal do Paraná, Co-Orientador: Magnus Roberto de Mello Pereira.
Janaina Zito Losada. A paixão, a natureza e os ritmos da história: O Instituto Histórico e Geográfico
Brasileiro no século XIX. Defesa: 2007. (Tese de Doutorado em História) - Universidade Federal do
Paraná, Co-Orientador: Magnus Roberto de Mello Pereira.
José Roberto B. Portela. Descripções, memmorias, noticias e relações: Administração e Ciência na
construção de um padrão textual iluminista sobre Moçambique, na segunda metade do Século
XVIII. Defesa: 2007 (Tese de Doutorado em História) - Universidade Federal do Paraná, Co-
Orientador: Magnus Roberto de Mello Pereira.
Joacir Navarro Borges. Das justiças e dos litígios: A ação judiciária da Câmara de Curitiba no século XVIII
(1731-1753). Defesa: 2009. (Tese de Doutorado em História) - Universidade Federal do Paraná,
Orientador: Magnus Roberto de Mello Pereira.
Ana Lúcia Rocha Barbalho da Cruz. Verdades por mim vistas e observadas, oxalá foram fábulas
sonhadas. Cientistas brasileiros do setecentos, uma leitura auto-etnográfica. Defesa: 2004. (Tese
de Doutorado em História) - Universidade Federal do Paraná, Co-Orientador: Magnus Roberto de
Mello Pereira.

Teses de Doutorado em Andamento

Loiva Canova. Antônio Rolim de Moura: um ilustrado no governo de Mato Grosso. Início: 2007. (Tese de
Doutorado em História / em andamento) - Universidade Federal do Paraná, Orientador: Magnus
Roberto de Mello Pereira.
Hugo Moura Tavares. Estatuto discursivo dos viajantes ilustrados brasileiros do século XVIII. Início: 2010.
(Tese de Doutorado em História / em andamento) - Universidade Federal do Paraná, Orientador:
Magnus Roberto de Mello Pereira.
Ana Paula Peters Portella. Os entremezes setecentistas: Teatro português em um ato. Início: 2009. Tese
(Tese de Doutorado em História / em andamento) - Universidade Federal do Paraná. Orientador:
Magnus Roberto de Mello Pereira.
18

Dissertações de Mestrado Concluída

Tiago Bonato. O Sertão sob o olhar Iluminista: uma Viagem Filosófica pela América Portuguesa. Defesa:
2010. (Dissertação de Mestrado em História) - Universidade Federal do Paraná, Orientador: Magnus
Roberto de Mello Pereira.

Dissertações de Mestrado em Andamento

Frederico Tavares de Mello Abdala. Os manuais iluministas portugueses de recolha de fauna e flora.
Início: 2010. (Dissertação de Mestrado em História / Em andamento) - Universidade Federal do
Paraná. Orientador: Magnus Roberto de Mello Pereira.
Allan Thomas Tadashi Kato. Ciência e espaço: A configuração espacial da vila de Curitiba na primeira
década do século XIX. Início: 2009. (Dissertação de Mestrado em História / Em andamento) -
Universidade Federal do Paraná. Orientador: Magnus Roberto de Mello Pereira.

Monografias de Conclusão de Curso de Graduação Concluídas

Frederico Tavares de Mello Abdala. Portugal e a ciência no iluminismo: Instruções de viagem-filosófica e


os viajantes-naturalistas luso-brasileiros da segunda metade do século XVIII. 2009. Trabalho de
Conclusão de Curso. (Graduação em História / Concluído) - Universidade Federal do Paraná.
Orientador: Magnus Roberto de Mello Pereira.
Raquel Maria de Oliveira. Joaquim de Amorim e Castro: um bacharel cientista no recôncavo baiano
oitocentista. 2008. Trabalho de Conclusão de Curso. (Graduação em História / Concluído) -
Universidade Federal do Paraná. Orientador: Magnus Roberto de Mello Pereira.
Liziana Bariviera. Lacerda e Almeida: O administrador, o paulista e o cientista; Algumas questões sobre
narração e identidade no império colonial português setecentista. 2007. Trabalho de Conclusão de
Curso. (Graduação em História / Concluído) - Universidade Federal do Paraná. Orientador: Magnus
Roberto de Mello Pereira.
Tiago Bonato. "Da investigação mandada fazer por V. Exa. sobre os diferentes produtos da natureza":
Dois viajantes iluministas pelo sertão da América portuguesa. 2007. Trabalho de Conclusão de
Curso. (Graduação em História / Concluído) - Universidade Federal do Paraná. Orientador: Magnus
Roberto de Mello Pereira
Ana Emília Stabem. Mucatas e Mussambazes: um estudo sobre a escravidão em Moçambique, nos textos
dos viajantes ilustrados, no final do século XVIII (Graduação em História / Concluído) - Universidade
Federal do Paraná. Orientador: Magnus Roberto de Mello Pereira.
Lúcia de Amorim Moutinho. A produção iconográfica de Angelo Donati no interior do projeto ilustrado de
Portugal, século XVIIIII. 2006. 35 f. Trabalho de Conclusão de Curso. (Graduação em História) -
Universidade Federal do Paraná. Orientador: Magnus Roberto de Mello Pereira.
Catia Celeste Calixto. Uma visão da África ocidental em Viagem de África em o Reino de Dahome, do
padre Vicente Ferreira Pires. 2005. 51 f. Trabalho de Conclusão de Curso. (Graduação em História)
- Universidade Federal do Paraná. Orientador: Magnus Roberto de Mello Pereira
Patrícia Bertulini Gonçalves. Angola e angolanos vistos por brasileiros no século XVIII. 2005. 70 f.
Trabalho de Conclusão de Curso. (Graduação em História) - Universidade Federal do Paraná.
Orientador: Magnus Roberto de Mello Pereira.
Bruno de Macedo Zorek. Oliveira Mendes: pensamento e trajetória de um intelectual luso-brasileiro no
ambiente ilustrado português. 2004 (Graduação em História / Concluído) - Universidade Federal do
Paraná. Orientador: Magnus Roberto de Mello Pereira.
19

Projetos de Iniciação Científica Concluídos

Natally Nobre Guimarães. “Ciência e dominação”: a imagem do indígena amazônico pelo olhar luso-
brasileiro, à luz das ciências ilustradas na viagem de Alexandre Rodrigues Ferreira. 2009. Trabalho
de Conclusão de Curso. (Graduação em História / Concluído) - Universidade Federal do Paraná,
Co-orientador: Magnus Roberto de Mello Pereira
Ivan Koltun Rebutini. Duas visões iluministas iberoamericanas dos ameríndios: Alexandre Rodrigues
Ferreira e José Mariano Mociño. 2008. (Iniciação Científica / Concluído). Universidade Federal do
Paraná. Orientador: Magnus Roberto de Mello Pereira.
Liziana Bariviera. Um paulista no Império: A viagem a contracosta de Francisco José de Lacerda e
Almeida. 2007. (Iniciação Científica / Concluído). Universidade Federal do Paraná, CNPQ.
Orientador: Magnus Roberto de Mello Pereira.
Edson Luiz Lau Filho. Dom e Ciência na Viagem Filosófica de Alexandre Rodrigues Ferreira. 2007.
(Iniciação Científica / Concluído). Universidade Federal do Paraná. Orientador: Magnus Roberto de
Mello Pereira.
Tiago Bonato. O Sertão sob o olhar Iluminista: uma Viagem Filosófica pela América Portuguesa. 2007.
Iniciação Científica. (Graduando em História) - Universidade Federal do Paraná, Conselho Nacional
de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Orientador: Magnus Roberto de Mello Pereira.
Eduardo de Barros Baggio. Alexandre Rodrigues Ferreira: reconstituição do texto da Viagens Philosóficas.
2005. 0 f. Iniciação Científica. (Graduando em História) - Universidade Federal do Paraná,
Universidade Federal do Paraná. Orientador: Magnus Roberto de Mello Pereira.
Patrícia Bertulini Gonçalves. A memória de Rafael José de Souza Correa Melo sobre o tráfico de armas de
fogo em Angola, no final do século XVIII.. 2005. 35 f. Iniciação Científica. (Graduando em História) -
Universidade Federal do Paraná. Orientador: Magnus Roberto de Mello Pereira.
Ana Emilia Staben. Do outro lado do Atlântico: Francisco José de Lacerda e Almeida, um cientista luso-
brasileiro em Moçambique, em finais do século XVIII. 2004. 113 f. Iniciação Científica. (Graduando
em História) - Universidade Federal do Paraná, Universidade Federal do Paraná. Orientador:
Magnus Roberto de Mello Pereira.
Bruno de Macedo Zorek. Oliveira Mendes: Inventor e Cientista; Ilustre e Desconhecido. 2004. 42 f.
Iniciação Científica. (Graduando em História) - Universidade Federal do Paraná, Conselho Nacional
de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Orientador: Magnus Roberto de Mello Pereira.
Marcelo José de Souza. A África setecentista vista por viajantes naturais do Brasil. 2003. 50 f. Iniciação
Científica. (Graduando em História) - Universidade Federal do Paraná, Universidade Federal do
Paraná. Orientador: Magnus Roberto de Mello Pereira.

Projetos de Iniciação Científica em Andamento

João Alcantara Nunes. Fontes manuscritas para a história das ciências no Império Colonial Português:
Francisco José de Lacerda e Almeida. Início: 2010. Iniciação científica (Graduando em História) -
Universidade Federal do Paraná. (Orientador).
Annelise Pereira de Lima. Fontes manuscritas para a história das ciências no Império Colonial Português:
Alexandre Rodrigues Ferreira. Início: 2010. Iniciação científica (Graduando em História) - Universidade
Federal do Paraná. (Orientador).
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CRONOGRAMA

1º SEMESTRE 2º SEMESTRE 3º SEMESTRE 4º SEMESTRE


Levantmento X X X
de fontes
Viagem de X X
pesquisa
Eventoso X X
Análise X X X
Redação X X
Aulas e X X X X
Orientações

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