Desenho

técnico:
por que usar
modelagem 3D?

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A era 4.0, e a consequente digitalização da indústria, tem trazido várias

mudanças para o mercado de peças usinadas, proporcionando melhorias em
processos e até a implantação de novos modelos de negócios.

Se anos atrás, os desenhos técnicos passavam de mão em mão dentro das

empresas, sempre anexados a uma prancheta, hoje eles são transmitidos via
arquivos que carregam o bem mais precioso em tempos de digitalização: dados.

A leitura do desenho técnico, que chegava a ser um pouco intuitiva, agora é mais
rápida e assertiva, facilitando a leitura em máquinas de forma automatizada.

A modelagem bidimensional - amplamente utilizada pelas empresas - é a ponte

que liga o desenho tradicional (croquis) aos modelos 3D, que conseguem
eliminar margens de erro melhorando não só os processos de manufatura, mas
também a qualidade final das peças.

Então, neste contexto, baseado no universo do desenho técnico, a Peerdustry

desenvolveu este ebook, que aborda as modelagens bi e tridimensionais,
explorando cada uma delas e apontando suas vantagens e facilidades.

A nossa intenção, acima de tudo, é que você entenda quais são as principais
necessidades da sua empresa em relação ao uso de modelos 2D/3D, de forma
que possa adotar soluções adequadas para o seu negócio.

Esperamos que goste.

Boa leitura!
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1
O desenho 2D, a digitalização da
manufatura e o mercado de usinagem

O desenho técnico 2D é uma das mais importantes representações, e um dos

primeiros passos, para o desenvolvimento de uma peça que será usinada. Ele deve
conter todas as informações necessárias, de forma minuciosa, a respeito do projeto
que será executado pelo fornecedor.

O surgimento de softwares para desenhos gráficos permitiu a manutenção das

informações dos projetos feitos à mão, porém desenvolvidos digitalmente.

Por meio de um desenho 2D é possível representar: cortes

seções
áreas
vistas ortogonais
distâncias

Além de funcionar como documentação técnica para empresa contratante do

fornecimento dos serviços de usinagem, o desenho 2D - por meio de linguagem
técnica enquadrada em rigorosas normas - é capaz de criar uma ponte, estabelecendo
comunicação entre projetistas/engenheiros e os fabricantes.
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Este tipo de desenho, utilizado em larga escala pelo mercado de usinagem

spot, é capaz de representar formas, dimensões, tolerâncias dimensionais,
material, processo de manufatura, acabamentos, etc.

O uso de desenhos técnicos está fortemente ligado à redução de custos

operacionais, melhorando a receita e, consequentemente, a saúde financeira
das empresas.

Com essa “grande responsabilidade”, o desenho 2D exige muito tempo e

dedicação do projetista. Qualquer erro ou ausência de informação pode
acarretar em maiores custos na hora do orçamento, maior tempo de fabricação e
baixa qualidade do acabamento final da peça.

O 2D também é uma ferramenta bastante importante que auxilia a programação

manual CNC, onde a análise do desenho para a obtenção de suas coordenadas é
imprescindível.

DICA: Baixe agora o ebook

“Entenda como o desenho técnico pode reduzir os custos de peças usinadas”
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2
Por dentro dos softwares
CAD/CAM

Os softwares CAD/CAM hoje são indispensáveis em qualquer

empresa prestadora de serviços de usinagem.

Vamos falar um pouco sobre os dois a seguir.

2.1. CAD
Basicamente, podemos pensar os softwares CAD como ferramentas de
criação/edição de desenhos 3D com documentação técnica.

O ambiente CAD é utilizado para o desenho e modelamento de peças a serem

manufaturadas. Ele viabiliza a criação de formas que podem ser facilmente
processadas nas máquinas CNC através do Código NC ou Código G para
usinagem.

Um ambiente CAD moderno inclui modelagem paramétrica, onde o passo a

passo do modelamento é registrado em uma árvore/histórico, permitindo a
edição de qualquer item.

O uso de um software paramétrico significa que o seu projeto terá confiabilidade

em todas as etapas, sem a necessidade de alterações manuais. As geometrias 3D
podem ser editadas, cortadas, espelhadas ou copiadas para o desenvolvimento
de uma forma simples para fabricação.
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2.2 CAM
A tecnologia CAM é utilizada para a manufatura da peça. Ela possibilita a
transformação de uma peça desenhada em uma série de operações de usinagem,
que podem ser enviadas a uma máquina CNC.

O CAM é de extrema importância para os sistemas de controle de qualidade,

administração, programação CNC e planejamento de processos. Um de seus
principais usos é a criação de trajetórias de usinagem, ou seja, o caminho
percorrido pela ferramenta de corte para usinar o material de maneira eficiente
e com boa qualidade de acabamento, de forma a ficar o mais próximo possível do
desenho desenvolvido anteriormente no CAD, sempre considerando as
tolerâncias do projeto.

Com o CAM, também é possível gerar relatórios de usinagem, listando

ferramentas, setup, posição, tempo de usinagem, entre outras informações que
influenciam diretamente o orçamento da peça junto ao fornecedor.

2.3. CAD/CAM na indústria 4.0

Na era 4.0, os sistemas CAD/CAM são de extrema importância para obtenção de

dados que permitem a otimização e integração de processos. Eles possibilitam o
desenho/redesenho, simulações e monitoramento de modelos sem a
necessidade de paradas na produção.

Com o avanço tecnológico na indústria, a tendência é que a manufatura e

ferramentas digitais inteligentes estejam cada vez mais integradas,
transformando a maneira como as empresas que compram e vendem serviços de
usinagem gerenciam os seus negócios.

Neste contexto, o CAD/CAM estará cada vez mais integrado a sistemas

industriais, com foco em uma manufatura flexível e enxuta.

Por dentro dos softwares

CAD/CAM
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2.4. Integração CAD/CAM: fique de olho

A integração entre softwares CAD e CAM

pode gerar dor de cabeça para as empresas.

Apesar de já existirem softwares integrados muitas empresas trabalham os

arquivos separadamente, o que pode gerar um ruído na comunicação entre a
empresa que desenvolveu e a que vai manufaturar a peça.

Quando o trabalho é realizado em softwares distintos, é preciso utilizar

modelos/formatos abertos, como o STEP, para exportar e importar os dados de
um software para o outro. Se isso não for feito corretamente, serão necessárias
uma série de revisões, sob o risco de fabricação de uma peça que não
corresponde ao projeto.

Por dentro dos softwares

CAD/CAM
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3
Modelagem 3D:
mais rapidez e assertividade

A modelagem 3D permite que um desenho técnico seja

desenvolvido de uma forma mais rápida e detalhada.

Hoje em dia, tudo é 3D!

Desde desenhos animados a desenhos técnicos, que otimizam a usinagem de
peças, tornando as operações mais econômicas e assertivas.

Para as empresas que compram peças usinadas, é certo que o modelamento 3D

traz mais garantias de economia e qualidade em relação ao orçamento e ao
produto final.

Com o desenho 3D, é possível fazer cortes nas peças para representação em 2D,
que ainda é tradicionalmente utilizada no mercado de usinagem para avaliações
de processos de manufatura.

Neste momento você deve estar pensando: “pra que utilizar modelagem 3D se
vou precisar ter uma representação 2D?”

Nós temos a resposta: o 3D traz recursos que tornam o desenho técnico mais ágil
e assertivo (representações de cores, hachuras, etc.), permitindo a análise e
desenvolvimento da peça sob perspectivas, possibilitando uma melhor avaliação
do produto que você vai ter em mãos.
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Principais vantagens do desenho técnico 3D:

1. Projetos mais assertivos

2. Resolução antecipada de problemas
de funcionalidade/compatibilidade
3. Redução do tempo de interpretação
de desenhos e operação
4. Menos retrabalho
5. Redução de custos/economia

Mais próximos do real, os desenhos 3D permitem a

identificação de problemas em projeto antes do
desenvolvimento de um protótipo, evitando erros comuns
de projetos nativos 2D (como as colisões), reduzindo as
taxas de refugo e de retrabalho para as empresas.

Modelagem 3D:
mais rapidez e assertividade
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Como saber a hora de
investir no 3D?

Atualmente, um dos maiores desafios para as empresas que utilizam modelagem

2D é saber quando é o momento de investir no 3D. Afinal é uma decisão que
demanda, além de estratégia, investimento.

Por isso, a nossa grande dica é: antes de investir em qualquer software, analise se
ele é adequado para as tarefas que pretende executar!

“Os softwares obviamente têm impactos de custos de aquisição. Mas, além

disso, temos a questão do plano de negócios das empresas, que precisa ser bem
estruturado. É preciso ter ferramentas digitais que estejam em concordância
com o plano de negócios, para desenvolvimento de peças/projetos de alta
qualidade e competitivos. Existem muitas alternativas para quem quer investir
em softwares, mesmo que sejam de entrada. Isso não é custo, é um investimento
para que as empresas tenham ferramentas adequadas para executar seus
trabalhos com excelência”, argumenta Vinícius Pinto, diretor de vendas
técnicas da Dassault Systèmes na América Latina.

Hoje existem muitos softwares CAD/CAM modulares no mercado, partindo de

módulos/níveis básicos. Isso facilita o investimento de acordo com as demandas da
empresa, que não precisa adquirir a solução completa de uma só vez. Além disso, a
modularidade permite que as empresas explorem ao máximo o investimento
realizado, até que novas necessidades exijam um módulo superior.
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4.1 Como escolher um software adequado?

Antes de tomar alguma decisão sobre a compra de algum CAD/CAM, tente
entender a realidade financeira da sua empresa e se a solução que está pensando
em adquirir atende às suas demandas.

Para te ajudar, abaixo listamos alguns softwares:

#1 SOLIDWORKS (Dassault Systems):

Software CAD de entrada, largamente utilizado pela indústria
metalmecânica. A solução permite o desenvolvimento de representações
simples até as mais complexas.

#2 CATIA:
Também desenvolvido pela Dassault Systems, o CATIA é um software
modular mais avançado, muito usado pela indústria aeroespacial, que
apresenta altos níveis de precisão e design. Entre os seus recursos
avançados, está a simulação de processos físico-químicos para o
mapeamento do comportamento de processos industriais.

#3 NX (Siemens):
O NX é uma plataforma modular para desenvolvimento e validação de
projeto. Seus principais módulos são: NX CAD, NX CAM, NX CAE, entre
outros.

#4 SOLID EDGE (Siemens):

O Solid Edge é um portfólio de ferramentas de software para lidar com os
aspectos do processo de desenvolvimento de produtos,como projeto 3D,
simulação, manufatura, gerenciamento de dados, entre outros.

#5 INVENTOR (Autodesk):
Software de CAD da Autodesk utilizado pela indústria metalmecânica
para o desenvolvimento de produtos simples até montagem complexas.

#6 FUSION 360 (Autodesk):

Solução integrada de CAD, CAM e CAE de menor custo e baseada em nuvem.

#7 FREECAD:
Software gratuito e de código fonte aberto. Ainda em desenvolvimento e com
algumas limitações, mas que permite o modelamento de peças em 3D e
detalhamento em 2D sem custos de aquisição.
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Atenção com as normas
de padronização

Um aspecto muito importante no desenho 3D e que achamos muito importante

abordar é a adoção de normas ISO.

É bastante normal no mercado de usinagem que as empresas adotem softwares de

modelagem distintos, causando, muitas vezes, incompatibilidades entre o desenho
projetado e o produto final, no caso, a peça usinada.

Por isso, para manter um padrão de comunicação entre clientes e fornecedores é

preciso o uso de padrões ISO.

“Hoje em dia já há uma redução dos arquivos 2D nas empresas, pois é preciso
enviar para o chão de fábrica informações dinâmicas e precisas, o que está
baseado no 3D. Porém, é preciso ter cautela em relação à padronização e
comunicação. Se a empresa gera o desenho 3D em seu software de origem, mas
o seu fornecedor utiliza outro software vai haver uma falha na comunicação.
Por isso é importante a adoção de padrões ISO.”, explica Vicente Mazinetti, gerente
de pré-vendas na Siemens PLM Software.

Existem diversos formatos de comunicação padrão ISO, como o JT (ISO 14306),

STEP (ISO 10303) e o PDF 3D (ISO 24517), amplamente empregados pelas
empresas desenvolvedoras de softwares de modelagem 3D.
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DICA: A Siemens PLM disponibiliza gratuitamente a ferramenta JT2Go,

para visualização de dados JT. O aplicativo para Windows pode ser baixado

clicando aqui.
Para smartphones busque o app na
Google Play Store ou na Apple Store.

Não sabe qual norma adotar?

A Peerdustry recomenda a adoção da norma

ISO 2768-mK para as tolerâncias em geral do seu
desenho. Com ela, a peça terá uma qualidade suficiente
a um preço competitivo!
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6
Cotações: às vezes,
o barato sai caro

A qualidade da sua peça está diretamente relacionada à qualidade do seu desenho

técnico. Aliás, você já parou para refletir sobre as condições dos desenhos técnicos
que a sua empresa compartilha com os fornecedores?

DICA: Você pode realizar um diagnóstico de desenho técnico com a Peerdustry

clicando aqui.

Quando uma peça é submetida, o fornecedor nem sempre está disposto a validar a
análise de engenharia do projeto, pois pressupõe que esse trabalho de qualidade já
tenha sido executado pelo cliente.

Caso o fornecedor cheque todas as informações do desenho, se preocupando em

assegurar critérios de qualidade, com certeza o orçamento para a peça será maior.

Ao realizar a análise de engenharia de uma peça, valide os critérios de garantia

que estão sendo utilizados para que ela seja manufaturada obedecendo os
parâmetros do desenho. Ou seja, esses critérios vão ajudar você a balizar e decidir
as propostas comerciais dos fornecedores.

Portanto, é válido pontuar aqui que a melhor cotação, no sentido econômico, não
necessariamente significa melhores serviços prestados. Por isso, muitas vezes,
vale gastar um pouco mais para acessar um serviço de excelência.
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Já pensou em utilizar uma
plataforma de cotação instantânea
de peças usinadas?

Geralmente, para as empresas que dependem do fornecimento de peças usinadas, o

orçamento é uma das etapas do processo de compra que mais gera dor de cabeça.

Sabemos que no mercado nacional, a ausência de padronização torna a precificação

volátil e isso prejudica tanto fornecedores quanto compradores de peças usinadas.
Infelizmente, esse problema afeta toda a cadeia do setor de usinagem.

Atualmente, o mercado está bastante focado no custo hora/máquina,

porém há outras variantes que devem ser consideradas para cotar uma peça

material
complexidade serviços
estratégia de
geométrica terceirizados
manufatura
quantidade de (como tratamentos
processos de
informações incluídas térmico e
manufatura
no desenho técnico superficial, etc.)
tipo de máquina
requisitos especiais fretes
tamanho do blank
custos comerciais
tempo de usinagem
custos administrativos
set up do processo

DICA: Você pode entender melhor como funciona a precificação

de peças usinadas
clicando aqui.
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Diante de tantas coisas para considerar, os fornecedores acabam demorando

alguns dias para enviar uma proposta comercial para o cliente, que na espera de
um feedback pode acabar atrasando os seus pedidos.

Com as propostas comerciais em mãos, as empresas precisam equalizá-las para

decidir qual o melhor custo-benefício, o que demanda ainda mais tempo.

Levando tudo isso em consideração, a Peer vem trabalhando no

desenvolvimento de um sistema de precificação que vai transformar o mercado
de usinagem spot!

Você já pensou na possibilidade de cotar peças usinadas de uma forma

instantânea, simplificada, virtual e com altos critérios de qualidade?

Isso até parece impossível, não é mesmo?

7.1. Como funciona a nova ferramenta de cotação instantânea?

A nova ferramenta - que roda a partir de desenhos 3D, além de algoritmos,

tecnologia de dados, processos e códigos - vai permitir a cotação de peças de
forma instantânea, eliminando todos os processos burocráticos da etapa de
cotação de uma peça usinada.

Além da economia de tempo, a ferramenta vai padronizar os processos de

análise de fabricação da peça, proporcionando qualidade e agregando valor aos
projetos.

E aí, o que acha de eliminar uma das maiores dores de cabeça do mercado de
peças usinadas spot?

Para saber mais sobre a nova ferramenta clique aqui.

Fique de olho também no Blog da Usinagem.

Em breve traremos novidades para você.
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