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MATÉRIAS:

o PORTUGUÊS
o MATEMÁTICA
o GEOGRAFIA
o HISTÓRIA
o DIREITO CONSTITUCIONAL
LÍNGUA PORTUGUESA
1. Noções de Fonética, Ortografia e Acentuação Gráfica
1.1. Os Sons da Língua (Fonemas)

Os sons de uma língua são chamados de fonemas, os quais são


produzidos pelo nosso aparelho fonador. Nessa parte da aula,
falaremos apenas das propriedades sonoras da língua, as
quais caracterizam a língua oral (oralidade). A língua
escrita e sua ortografia serão abordadas mais à frente,
certo? Há dois tipos principais de fonemas: os segmentais e
os suprassegmentais. Dentre os fonemas segmentais, temos
as vogais e as consoantes; dentre os suprassegmentais, temos
os acentos, por exemplo. Por segmental podemos entender o
seguinte: na produção de uma palavra, há diversos sons. Por
exemplo, a palavra vida. São quatro sons: v – i – d – a.
Percebemos que cada um dos sons pode ser segmentado,
separado, isolado. Por isso esses sons que compõem a nossa
língua (ou seja, os fonemas de uma língua) são chamados de
segmentais. No caso dos sons suprassegmentais, isso não é
possível. O acento da palavra cínico, por exemplo, não pode
ser separado do fonema í (de cínico) – por isso ele está em
posição “superior” (supra-) a um determinado fonema
segmental.

Vamos ver o esquema dessa classificação:


Vamos observar primeiro os fonemas segmentais. Você já se perguntou qual é a diferença entre uma consoante e
uma vogal? Para entender bem, vou pedir para você pronunciar (em voz alta e com maior duração) o som
representado por essas duas letras:
A

Para facilitar, pronuncie o som B na palavra ABA. Assim fica mais fácil “sentir” o som, ok? E aí, pronunciou? Na
letra A, o ar que sai de seus pulmões chega ao meio externo (sai para fora da sua boca) sem nenhuma interrupção.
Já no caso da letra B, o ar que sai de seu pulmão é interrompido antes de chegar ao meio externo. Essa
interrupção é feita pelos nossos lábios, certo? Como você já sabe, a letra A representa o som de uma vogal. A letra
B, por sua vez, representa o som de uma consoante. Chegamos, assim, à seguinte diferença entre vogais e
consoantes:

Obs.: Na produção de um som vocálico (ou seja, uma vogal), o ar que sai de nossos pulmões NÃO é interrompido
até chegar ao meio externo (fora de nossa boca). Na produção de um som consonantal (ou seja, uma consoante),
HÁ algum tipo de interrupção do ar que sai de nossos pulmões até chegar ao meio externo.
Em português, há sete (7) vogais, representadas a seguir:

Assim, fica mais simples entender que a palavra ossotem o


primeiro o com pronúncia semifechada e na palavra ossoso
primeiro o tem a pronúncia mais aberta (Ôsso / Óssos). Essa
distinção é marcada, na acentuação, pelo sinal ^ (circunflexo), que
marca uma vogal semifechada), e pelo sinal ´ (agudo), que marca
uma vogal aberta:

AVÔ (semifechado)

AVÓ (aberto)
Cada vogal se diferencia de acordo com a forma Nas principais análises linguísticas, as vogais nasais são
que nossa boca adquire: a vogal a é caracterizada consideradas, na verdade, nasalizadas. Isso quer dizer que elas
por uma cavidade bucal mais aberta; a vogal i, por sofrem a influência de alguma consoantenasal, a qual “transfere” a
sua vez, é caracterizada por uma cavidade bucal nasalidadeà vogal. Por nasalidade, você deve entender que o ar que
mais fechada. É só produzir esses fonemas em voz sai de nossos pulmões e produz o som (o fonema) passa pela cavidade
alta e você vai perceber isso. Preste atenção em nasal. No Grande Manual de Ortografia do professor Celso Luft,
como a sua boca fica posicionada: será possível podemos observar o registrode cinco vogais nasais. Você verá, a
comprovar as diferentes formas (de abertura de seguir, que a vogal nasal nem sempre é representada pelo sinal (~),
sua boca) para cada uma das 7 vogais. como em irmã. As representações ortográficas desseSOM (fonema)
podem ser outras, como (-um): algum
ã, ãs > cãs, divã, fã, galã, talibã im, in(s)
> afim, afins, gim, xaxim, rins om, on(s)
> bom, bons, cânon. um, uns > álbum,
álbuns, algum, alguns.
Se você observarbem, todos os exemplos acima são de sílabas finais (isto
é, ocorrem no final do vocábulo). No início e no interior dos vocábulos, a Note que esses sons não são semelhantes ao som
nasalidadeé condicionada por /N/ (graficamenteregistrada por m antes da letra L como em lado ou lago.Você deve estar
de P e B e por n nos demais casos): se perguntando:

mb, mp > ambos, relembro, campo Por que isso é importante?

nc, nch, nd, nf etc. > banco, cantar, honra, injeção Eu respondo: a diferença entre vogal e semivogal
nos ajuda, por exemplo, na análise de separação
Outro som vocal importanteé a semivogal. Em português, temos duas silábica. Uma característicamuito importante do
semivogais: j e w (representadasna grafia por i, u e, em muitos casos, por L, portuguêsestá apresentada a seguir (é importante
como em sol). As semivogais se diferenciam das vogais por aquelas (as gravar mentalmente essa regra):
semivogais) serem produzidas com uma abertura da cavidade bucal um Toda sílaba possui uma vogal como núcleo.
pouco menor que a das vogais i e u. Para exemplificar, note a diferença do
som produzido pelas letras i e u a seguir: • Uma sílaba é caracterizada por uma vogal ou
grupo de fonemas (consoantes e vogais) que
sUbir > aqui, a letra u representa uma vogal se pronunciam numa só emissão de voz. É
uma unidade fonética que está acima do
maU > aqui, a letra u representa uma semivogal (w) fonema simples. Quando, em nossos
primeiros anos de ensino, tínhamos que
ilha > aqui, a letra i representa uma vogal separar sílaba, estávamos lidando com essas
propriedades.
pai > aqui, a letra i representa uma semivogal (j) Há dois tipos de ditongo: os crescentes e os decrescentes.
Essa noção de “crescente” e “decrescente” tem a ver
Como eu faleihá pouco, a letra L pode representar uma semivogal (a com a sequência VOGAL – SEMIVOGAL. Como a
semivogal w), como nos exemplos a seguir (na pronúncia de algumas semivogal é considerada mais “fraca” em relação à vogal,
regiões do Brasil): temos o seguinte:
Papel SEMIVOGAL + VOGAL = ditongo crescente (sério)
Quartel VOGAL + SEMIVOGAL = ditongo decrescente (mau)
Sol
Além disso, é relevante destacar que há ditongos orais (série) ou nasais (cinquenta). Outra regra importanteé a impossibilidade de
separar uma semivogal de uma vogal. Issoporquea semivogal, que é mais fraca, deve se apoiarem uma vogal – e, consequentemente,
sempre deve estar próxima a ela na separação silábica. Na separação silábica, podeacontecerde duas vogais contíguas pertencerem a
sílabas diferentes. Nesse caso, temos um hiato, como em saúde: sa-ú-de. Veremos, na partedesta nossa aula sobreacentuação, a
importância de se diferenciar ditongos de hiatos. Para encerrar essa partesobre os fonemas segmentais, vamos tratar brevemente das
consoantes. No português, temos 19 fonemas consonantais, representadosno quadro a seguir. Fique atento(a): nessa representação,
estou utilizando símbolos que caracterizamos sons consonantais. Esses símbolos não podem ser confundidos com a grafia, ok? Eles
estão no âmbito da representação fonética (dos sons da oralidade).

Cada consoante se diferencia de acordo com o tipo de interrupção que o ar sofreao sair de nossos pulmões. Por exemplo,
o f e o v são produzidos com o fechamento parcial dos lábios inferiores em contato com os dentes superiores (há uma
espécie de “fricção” do arentre os lábios e os dentes). Mas qual é a diferença entre eles? Para mostrarcomo são diferentes,
faça um teste simples: na produção do f e do v, coloque a mão em seu pescoço, na parteda garganta. O f é produzido sem a
vibração das suas pregas vocais (chamadas comumentede cordas vocais) e o v é produzido com a vibraçãodas pregas
vocais. Os pares t-d, k-g, p-b seguem o mesmo princípio (o primeiro item do par é produzido sem a vibração das pregas
vocais; o segundo, com). Como eu disse, na tabela acima há símbolos que representamos fonemas. Por exemplo: para
representar o som do dígrafo nh (em banho, por exemplo), utilizamos o símbolo ø. Quando pronunciamos o dígrafo ch da
palavra chave, podemos representar essefonema com o símbolo S. Bom, falta falardaqueletal fonema suprassegmental, o
acento. Numa sequência de fonemas, podemos perceber uma diferença de intensidade entre as sílabas. O acento é, então,
o realce que uma sílaba ou uma palavra temem comparação com outras na mesma cadeia falada. A intensidade(ou
realce) é uma característica da emissão de fonemas com maior energia do que a dos fonemas ou grupo de fonemas
vizinhos. A palavra música, por exemplo, tem a sílaba mú como a mais forte (se a compararmos às demais sílabas si e ca:
MÚ-si-ca). O mesmo ocorre com a palavra médico, em que a sílaba mé é pronunciada com mais intensidade (realce): MÉ-
di-co
Obs.: A sílaba acentuada (acento fonológico) tambémé chamada de sílaba tônica,
ok?

INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

TEXTO

PLANO DA EXPRESSÃO (como se diz =


PLANO DO CONTEÚDO estilística) 1.Significação vocabular
(o que se diz = semântica) PLANO DA 2.Significação textual COMPREENSÃO
EXPRESSÃO (como se diz = estilística) INTERPRETAÇÃO 1.Tipos de linguagem
1.Significação vocabular 2.Significação 2.Tipologias e gêneros textuais 3.Recursos de
textual COMPREENSÃO INTERPRETAÇÃO estilo 4.Mecanismos de coesão

REESCRITURA-REESCRITA-PARÁFRASE
TEXTO E LINGUAGEM

❖ LINGUAGEM: DENOTAÇÃO E
FALADA CONOTAÇÃO
LINGUAGEM VERBAL: PALAVRA DENOTATIVA- NÃO REAL
ESCRITA
LINGUAGEM
CONOTATIVA- SENTIDO
DESENHOS REAL
LINGUAGEM NÃO
LINGUAGEM NÃO VERBAL VERBAL CORES
SÍMBOLOS GESTOS
EXPRESSÕES ❖ TIPOLOGIAS TEXTUAIS
FISIONÔMICAS DESCRITIVO
NARRATIVO TEXTO
DISSERTATIVO
INJUNTIVO
TIPOS DE DISCURSO GÊNEROS TEXTUAIS
DIRETO: o narrador reproduz textualmente a fala da As diferentes maneiras de organizar as
personagem. informações linguísticas, destacando que isso
O réu afirmou: "Sou inocente!" acontecerá de acordo com:
• A finalidade do texto
INDIRETO: o narrador apresenta indiretamente a fala • A forma do texto
da personagem. O réu afirmou que era inocente. • A função dos interlocutores
• A situação comunicativa
INDIRETO LIVRE: o narrador reproduz, de modo sutil,
os pensamentos e as reflexões da personagem. O réu
ouviu a sentença perplexo. Não percebiam a sua GÊNEROS TEXTUAIS
inocência?! E-MAIL
NOTÍCIA ARTIGO
BULA WHATSAPP
REPORTAGEM SONETO
DISSERTAÇÃO MANUAL RECEITA
EDITORIAL ROMANCE
Objetivo: discorrer VERBETE PALESTRA
sobre um tema. MONOGRAFIA CONTO
CARTA DISCURSO
TESE CRÔNICA
EXPOSITIVA
QUADRINHO
TIPOS
ARGUMENTATIVA
❖ FATORES DE TEXTUALIDADE ❖ REESCRITA – REESCRITURA – PARÁFRASE

INTENCIONALIDADE: empenho do autor


ACEITABILIDADE: expectativa do leitor
SITUACIONALIDADE: adequação à situação
comunicativa.
INFORMATIVIDADE: dados agregados pelo
autor/esperados pelo leitor
COERÊNCIA : sentido do texto
COESÃO: conexão entre as partes
✓ FUNÇÕES DA LINGUAGEM
✓ FIGURAS DE LINGUAGEM

TEXTO

EXPRESSÃO

CONTEÚDO CAMADA SONORA


CAMADA LEXICAL
CAMADA SINTÁTICA
FIGURAS DE SOM FIGURAS DE PALAVRA

ALITERAÇÃO: repetição de fonema COMPARAÇÃO: O amor é como um


consonantal Não existiria som se não grande laço
houvesse o silêncio
METÁFORA: O amor é um grande laço
ASSONÂNCIA: repetição de fonema vocálico um passo pra uma armadilha um lobo
A fala atracada à faca Ataca a graça abalada correndo em círculos pra alimentar a
da traça matilha

METONÍMIA: Estava com tanta fome que


ONOMATOPEIA: reprodução do som
comi dois pratos cheios. Compro o pão
produzido; processo de formação de
com o suor do meu rosto. Gosto de ler
palavras
Machado de Assis.

CATACRESE: pé de mesa, asa da xícara,


braço da poltrona
PERÍFRASE: rodeio verbal; substitui um termo FIGURAS DE SINTAXE
único por uma sequência de palavras, por uma
locução que o define e parafraseia Dizem que o HIPÉRBATO: inversão sintática Ouviram
boto vem pegar moça que ainda não conheceu do Ipiranga as margens plácidas de um
homem. povo heroico o brado retumbante.

ANTONOMÁSIA: substituição de um nome próprio ELIPSE: supressão de termo Vinhas


por um comum; designação de pessoa ou lugar por fatigada e triste...
seu atributo. O poeta dos escravos morreu jovem.
ZEUGMA: supressão de termo
anteriormente explicitado Tens amor; eu,
medo.

ASSÍNDETO: ausência de síndeto (conector) Vim, vi, venci.

POLISSÍNDETO: repetiçãode conjunção


Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua.

ANÁFORA: repetiçãode palavra ouexpressão no início de


verso, fraseou períodos sequencias Tudo cura o tempo, tudo
digere, tudo faz esquecer, tudo cura, tudo acaba
ANACOLUTO: interrupção sintática da frase (um termo fica sem função) SILEPSE: concordância
com a ideia, não com a palavra.
DE GÊNERO: A gente estava preocupado com o atraso.
DE PESSOA: Os brasileiros somos um povo cordial.
DE NÚMERO: No aeroporto, a multidão esperavam a seleção.
PLEONASMO:O livro, ainda não o li! Ao cobrador, não lhe devo nada.
APÓSTROFE: invocação enfática do interlocutor Deus, Deus, por que me abandonaste?

FIGURAS DE PENSAMENTO
EUFEMISMO: suavização da mensagem Quando a indesejada das gentes chegar, talvez eu tenha
medo...
HIPÉRBOLE: exagero Chorei rios de lágrimas quando você se foi...
SINESTESIA: mistura de sentidos na percepção da realidade Perfume doce, voz áspera
ANTÍTESE: relação entre ideias opostas
PARADOXO: fusão de ideias opostas
PERSONIFICAÇÃO OU PROSOPOPEIA: atribuição de sentimentos ou ações humanas a seres
inanimados
IRONIA: dizer uma coisa com o objetivo de dizer outra. Ela usava um tênis nas discretas cores
amarelo, vermelho e azul
❖ COERÊNCIA TEXTUAL E SUAS METARREGRAS

REPETIÇÃO – retomada de elementos


PROGRESSÃO – acréscimo de ideias NÃO
CONTRADIÇÃO – um trecho não pode
contradizer um posto ou um pressuposto textual
RELAÇÃO – ideias ou fatos relacionados entre si
MATEMÁTICA

JUROS SIMPLES E COMPOSTOS

01. Ano: 2017 Banca: IESES 3. (CESGRANRIO)


O valor da rentabilidade mensal, a juros simples, que permite que um
A diferença entre o montante e o capital investimento de R$ 1.000,00 se transformeem um montantede R$ 1.250,00 num
investido chama-se? prazo de 20 meses é
a) Juros. (A) 2,5% a.m. (B) 2,0% a.m. (C) 1,55% a.m. (D) 1,50% a.m. (E) 1,25% a.m.
b) Capital inicial.
4. Ano: 2017 Banca: FCC
c) Valor futuro. João emprestou a quantia de R$ 23.500,00 a seu filhoRoberto. Trataramque
d) Valor presente. Roberto pagaria juros simples de 4% ao ano. Roberto pagouesse empréstimo para
seu pai após 3 anos. O valor total dos juros pagos por Roberto foi
a) R$ 3.410,00. b) R$ 2.820,00. c) R$ 2.640,00. d) R$ 3.120,00. e) R$ 1.880,00.
2. Ano: 2016 Banca: IESES
No regime dos juros simples, qual é a 5. (CESPE) Um capital acrescido dos seus juros simples de 21 meses soma R$
taxa anual equivalente a 8% ao mês? 7.050,00. O mesmo capital, diminuído dos seus juros simples de 13 meses, reduz-se
a) 151,82% ao ano. a R$ 5.350,00. O valor desse capital é
a) inferior a R$ 5.600,00.
b) 80% ao ano. b) superior a R$ 5.600,00 e inferior a R$ 5.750,00.
c) 123,57% ao ano. c) superior a R$ 5.750,00 e inferior a R$ 5.900,00.
d) 96% ao ano. d) superior a R$ 5.900,00 e inferior a R$ 6.100,00.
e) superior a R$ 6.100,00.
FUNÇÕES
001. (VUNESP/TCE/SP/2017/AGENTE DA FISCALIZAÇÃO)
Para ir ao trabalho caminhando, Rodrigo percorreua terça partedo percurso sem qualquer parada. Descansouum pouco e, em
seguida, percorreu a quinta partedo que restava do percurso e, novamente, paroupara descansar. Após essas duas etapas, ainda
faltavam1 080 metros para Rodrigo chegar aodestino. A diferença entre o número de metros que Rodrigo caminhou na primeira
etapa em relaçãoà segunda etapa é igual a

a) 405. b) 470. c) 525. d) 580. e) 625.

002. (VUNESP/TCE/SP/2017/AGENTE DA FISCALIZAÇÃO/ADMINISTRAÇÃO) Gabriel está no ponto A, e Felipe, no ponto B. Eles


iniciam simultaneamente uma caminhada, e pelo mesmo percurso; Gabriel no sentido de A atéB, e Felipe no sentido de B atéA.
Numa primeira etapa, Gabriel percorreu 1/5 da distância entre A e B, e Felipe percorreu 1/6 dessa mesma distância. Na segunda
etapa, Gabriel percorreu o equivalente à quarta partedo que faltava a Felipe percorrer ao final da primeira etapa, e Felipe
percorreu o equivalente à terça partedo que faltava a Gabriel percorrer aofinal da primeira etapa. Sabe-se que, após a segunda
etapa, a distância que os separa é de 6,65 km. Nessas condições, é correto afirmarque a distância total que separa os pontos A e B é,
em quilômetros, igual a:

a) 40 b) 44 c) 43 d) 41 e) 42

003. (FCC/2018/TRT 15ª REGIÃO-SP/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA) Alberto, Breno e Carlos têm, ao todo, 40
figurinhas. Alberto e Breno têm a mesma quantidade de figurinhas e Carlos tem a metade da quantidade de figurinhas de Breno. A
quantidade de figurinhas que Alberto e Carlos têm juntos é

a) 16 b) 8 c) 24 d) 32 e) 20
001. (VUNESP/PREFEITURA DE RIBEIRÃO 003. (FUNDATEC/PREFEITURA DO
PRETO/2018/TÉCNICO EM PROCESSAMENTO DE SAPUCAIA DO SUL/RS/2019 /SECRETÁRIO
DADOS) A equação x² + 5x – 14 = 0 tem duas raízes DE ESCOLA) As raízes da equação do
reais. Subtraindo-se a menor da maior obtém-se segundo grau 3x² - 21x + 30 = 0 são:
a) x = 1 e x = 4
a) –9. b) –5. c) 5. d) 7. e) 9. b) x = 2 e x = 5
c) x = 3 e x = 6
Vamos identificar os termos da equação do d) x = 4 e x = 7
segundo grau fornecida. a é o termo que e) x = 5 e x = 8
acompanha x2 1 b é o termo que acompanha x 5 c
004. (FAFIPA/2019/PREFEITURA DE ARAUCÁRIA–
é o termo sozinho -14 Podemos utilizar a Equação PR/GUARDA MUNICIPAL) Após analisar cada um dos
de Bhaskara para resolvê-la. Para isso, podemos itens abaixo sobre equações do segundo grau, assinalea
também calcular o determinante. alternativa CORRETA:
I – A equação: 4x² + 12x – 16 = 0 possui duas raízes reais
002. (FGV/PREFEITURA DE distintas, sendo que uma dessas raízes possuium valor
OSASCO/SP/2014/ATENDENTE) Há dois valores de x positivo e a outra possui um valor negativo. II – Se o
que satisfazema equaçãodo segundo grau5x² – 26x + 5 = discriminante de uma equação for maior que zero, essa
0. Sobre esses valores, é verdadeiro afirmar que: equação terá duas raízes reais distintas. III – O produto
a) sua soma é 26 e seu produto é 5; da raiz x1 pela raiz x2 da equação: 3C² - 15C + 12 = 0 é
b) sua soma é 5 e seu produto é 26; igual a 5 e seus coeficientes são, respectivamente, a = 3, b
c) sua soma é um número inteiro; = 15 e c = 12.
d) seu produto é um número racional, porémnão a) Somente os itens I e II estãocorretos.
inteiro; b) Somente o item II está correto.
e) seu produto é 1. c) Somente os itens II e III estão corretos.
d) Nenhum item está correto
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PROBABILIDADE
Experimento aleatório
Um experimento é considerado aleatório quando suas ocorrências podem apresentar resultados
diferentes.
Espaço amostral
O espaço amostral (S) determina as possibilidades de resultados. No caso do lançamento de uma moeda
o conjunto do espaço amostral é dado por: S = {cara, coroa}.
Evento
Na probabilidade a ocorrência de um fato ou situação é chamado de evento. Um exemplo pode acontecer
ao lançarmos uma moeda três vezes, é obtermos como resultado do evento o seguinte conjunto: E =
{Cara, Coroa, Cara} Esse evento é subconjunto do espaço amostral.
Razão de probabilidade
A razão de probabilidade é dada pelas possibilidades de um evento ocorrer levando em consideração o
seu espaço amostral. Essa razão que é uma fração é igual ao número de elementos do evento sobre o
número de elementos do espaço amostral.
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Progressão Aritmética e Progressão Geométrica

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ANÁLISE COMBINATÓRIA
FUNÇÕES

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texto
texto
GEOGRAFIA
EXTENÇÃO, LOCALIZAÇÃO E LIMITES

Os principais rios que cortam o estado são o São


O estado de Pernambuco Francisco, o Capibaribe e o Beberibe.
é banhado pelo oceano As planícies são o formato de relevo predominante no
Atlântico e faz divisa com estado. Contudo, há alguns pontos de maior altitude,
os estados: em razão da presença de formações planálticas, onde
•Bahia a maior altura do relevo influencia no microclima
•Alagoas local, como no Agreste.
•Paraíba Já no que toca à vegetação, no litoral há a ocorrência
•Ceará de formações de Mangue e Mata Atlântica; e no
•Piauí interior predomina a Caatinga, tipo vegetal bastante
Está localizado na região Nordeste do Brasil e é resistente à seca. A região de transição vegetacional é
caracterizado pelas temperaturas elevadas. No litoral o Agreste, que mescla características de floresta
predomina o tipo climático tropical úmido, quente e úmido; tropical e vegetação xerófila.
já no interior, o tipo climático presente é o semiárido,
quente e seco. As chuvas são sazonais no litoral, muitas
vezes formadas por massas de ar frias que conseguem
chegar até o território pernambucano, formando chuvas
frontais. Já no interior, a pluviosidade é muito baixa, com
volumes menores que 800 milímetros.
Divisão geográfica de Pernambuco
Os municípios de Pernambuco estão agrupados em quatro
regiões geográficas intermediárias e 18 regiões geográficas
imediatas, conforme divisão realizada pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) no ano de 2017. A tabela seguinte
apresenta a disposição dessas regiões no território
pernambucano.
Demografia de Pernambuco
O estado de Pernambuco possui quase 10 milhões de habitantes. A maior cidade em população do estado é a
capital, Recife, com cerca de 1,5 milhão de habitantes. Já as cidades de Jaboatão dos Guararapes, Olinda,
Caruaru e Paulista apresentam população maior do que 300 mil habitantes.
A população pernambucana sofreu uma forte miscigenação entre os habitantes originários da região, os
colonizadores e os povos africanos. Na atualidade, a maior parte da população do estado é urbana e está
concentrada no litoral, sendo que, no interior, na região do Sertão pernambuco, há vazios demográficos.
O estado de Pernambuco foi, ao longo do século XX, uma região repulsora de população, visto que muitos
emigrantes saíram do estado em busca de melhores condições de vida na região Sudeste. No entanto, nas
últimas décadas, tem-se verificado um movimento de migração de retorno, em razão da melhoria das
condições econômicas e sociais do estado.

Dados gerais do Pernambuco


•Região: Nordeste
•Capital: Recife
•Governo: Paulo Câmara (2019-2022)
•Área territorial: 98.312 km² (IBGE, 2019)
•População: 9.616.621habitantes (IBGE, 2020)
•Densidade demográfica: 89,62 hab./km² (IBGE, 2010)
•Fuso: UTC-3
•Clima: tropical
Pernambuco é um estado da região Nordeste do Brasil. É dividido em três grandes regiões: Zona da Mata,
Agreste e Sertão. O estado apresenta uma ocupação histórica antiga, fruto da colonização empreendida pelos
portugueses. A miscigenação da população culminou na criação de diversas práticas culturais, que vão desde o
frevo até a capoeira. A cultura do estado é muito valorizada pelo seu povo e bastante difundida no Brasil.
A geografia de Pernambuco é marcada pela diferença entre o litoral, com vegetação tropical e clima úmido, e o
interior, com vegetação xerófila e clima seco. As atividades industriais estão concentradas no litoral, região
mais rica do estado, onde está disposta a maior parte das indústrias. Pernambuco possui diversos modais de
transporte, com destaque para o rodoviário e o aquaviário.

❖ ORIGEM
A origem do Estado de Pernambuco encontra-se nas terras doadas como capitania hereditária pelo
Rei de Portugal a Duarte Coelho, que chegou a Pernambuco, então denominado Nova Luzitânia, em
1535, estabelecendo-se em Olinda.
Em 1537 foram fundadas as vilas de Igarassu e de Olinda, a primeira capital do Estado. A
prosperidade de Pernambuco, que teve início com o cultivo da cana-de-açúcar e do algodão, atraiu
grande número de europeus para a região. Entre 1630 e 1654 a região foi ocupada pelos
holandeses, que incendiaram Olinda e fizeram de Recife a capital de seu domínio brasileiro.
Durante esse período, o Conde Maurício de Nassau governou o Brasil holandês, administração que
foi marcada por mudanças de natureza econômica, social e cultural. A forte resistência dos
portugueses e brasileiros de origem luzitana, africana e índia, já cristianizados, acabou
resultando na expulsão dos holandeses.
A história do Estado de Pernambuco é permeada por conflitos e revoltas de vários tipos. Em 1710
explodiu a Guerra dos Mascates, conflito que opôs os comerciantes portugueses instalados em
Recife aos senhores de engenho de Olinda, muito influentes na capitania, uma vez que em Olinda
encontrava-se a sede do poder público na época. A partir desse episódio a região passou por uma
fase de declínio que durou quase um século.
Em 1811, ocorreram várias revoltas de cunho separatistas. Em 1817, o descontentamento com a
administração portuguesa provocou a chamada Revolução Pernambucana, que resultou no
surgimento da Confederação do Equador, movimento separatista de inspiração republicana. Vinte
anos mais tarde, explode a Rebelião Praieira, trazendo de volta os ideais republicanos. O movimento
foi sufocado quatro anos mais tarde, em 1848.
Relevo
Seu relevo caracteriza-se pela existência de uma planície costeira, de origem sedimentar, com praias e
manguezais, e planalto no restante do Estado.
Hidrografia
O principal rio que banha o Estado de Pernambuco é o São Francisco, que corta a região sudoeste do
Estado e recebe muitos afluentes, como o Pajeú e o Moxotó.
Em sua parte oriental o Estado é banhado pelos rios Capibaribe, Ipojuca e Una.
Vegetação
Podem ainda ser observadas três paisagens botânicas distintas no Estado: (1) a Zona da Mata, na região
litorânea e úmida, onde são abundantes os coqueirais; (2) o Agreste, área de transição para a região
semi-árida do interior; e (3) o Sertão, onde predomina a vegetação de caatingas.
Pernambuco, Nação Cultural
Pernambuco possui uma forte vitalidade cultural que pode ser presenciada durante os principais
eventos. Carnaval, São João, Natal, Reveillon e Semana Santa. Reflexo da riqueza cultural
pernambucana, as festividades unem diferentes matrizes em torno de uma mesma Comemoração.
São os elementos africanos, europeus e indígenas misturados que produzem eventos únicos.
Assim, as festas profanas e religiosas mostram toda a criatividade e misticidade do povo
pernambucano. E se espalham pelos quatro cantos do Estado. As comemorações acontecem nas
ruas, nas praças, nas ladeiras, nas praias. Democraticamente. Além das grandes festividades, o
calendário de Pernambuco inclui alguns eventos como: a Missa do Vaqueiro, o Cine PE, a Fenearte,
o Festival de Inverno de Garanhuns e Janeiro de Grandes Espetáculos, entre outros.
Praias de Pernambuco
O litoral de Pernambuco, com 187 km de extensão, tem muitas praias bonitas, embora algumas não
sejam adequadas para banho. De norte a sul, turistas e pernambucanos encontram uma terra rica em
belezas naturais com sol quase o ano inteiro.
No litoral sul, onde concentram-se os resorts e hotéis de luxo, o turista pode praticar mergulho, pesca
submarina e surf, ou passear de catamarã, jangada pelo mar ou pelos rios, em meio aos manguezais. A
praia mais famosa é Porto de Galinhas.
No litoral norte, maior pólo de esportes náuticos e de lazer do Estado, estão localizadas várias marinas,
um parque aquático, pousadas e restaurantes.
Além disso, o estado possui o arquipélago de Fernando de Noronha, considerado pela Unesco,
Patrimônio Natural da Humanidade. A ilha, distante a 545 km do Recife, é composta por 16 praias de
areia branca e água cristalina e sua extensão é de 17 Km2.
Economia de Pernambuco
A economia de Pernambuco é bastante diversificada e uma das mais desenvolvidas da região Nordeste. As
atividades primárias estão concentradas na agricultura, com destaque para as monoculturas de cana-de-açúcar e
algodão, no litoral, e a fruticultura irrigada, na região do vale do rio São Francisco.
Já no setor secundário, a maior parte das indústrias está localizada no litoral pernambucano. Na Zona da Mata,
predominam fábricas de alimentos, automóveis, produtos farmacêuticos, artigos metalúrgicos, vidros, entre outros.
No Agreste, existe uma concentração de fábricas de roupas. O Sertão pernambucano possui atividade industrial
incipiente. O terceiro setor é caracterizado pela forte presença de comércio e serviços, em especial em grandes
cidades, como Recife e Caruaru.
O turismo também é uma importante atividade econômica do estado, com destaque para a exploração das belas
praias pernambucanas.
HISTÓRIA
OCUPAÇÃO PRÉ-COLONIAL DO ATUAL ESTADO DE PERNAMBUCO

PERÍODO PRÉ-COLONIAL (1500-1530)


❖Choque cultural entre nativos, considerados
primitivos e endemonizados, e europeus, que se
sentiam responsáveis por difundir seu
processo civilizador;
❖Expedições portuguesas (exploradoras e
policiadoras):
❖Acordo entre a coroa portuguesa e grupos
particulares, que em troca se comprometiam a
erguer feitorias no litoral;
❖Feitorias: armazéns fortificados para estoque
e proteção de produtos;
❖Desinteresse inicial de Portugal em investir
na colonização;
➢ Gaspar de Lemos
(1501).
➢ Gonçalo Coelho
(1503).

Objetivos: fazer o
reconhecimento
geográfico e verificar
as possibilidades de
exploração econômica
da nova terra
descoberta.
denominação dos
acidentes geográficos e
constatação da
existência de pau-
brasil.
DECLÍNIO DO COMÉRCIO PORTUGUÊS NO ❖ Sítio Aldeia do Baião
ORIENTE ❖ Ceramistas Pré-históricas;
❖ O crescimento da concorrência do comércio ❖ Chapada do Araripe
de especiarias entre os países europeus abalou ❖ A origem da agricultura no Nordeste
a economia portuguesa; brasileiro remonta 3000 anos;
❖ Aumento de expedições policiadoras no ❖ O sítio Furna do Estrago está assentado no
território, principalmente para impedir município do Brejo da Madre de Deus;
invasões estrangeiras como de franceses; ❖ Sítio Alcobaça no município de Buíque;
❖ Expedição de Martin Afonso de Souza em ❖ Cavernas do Angico, Morro dos Ossos,
1530 e fundação da Vila de São Vicente em 1531, Pedra do Tubarão, Toca da Bica, Pedra da
a primeira da colônia, além da doação de Caveira, Alcobaça II, PE 48 – Mxa, Cachorro
sesmarias e criação do Engenho do Governador II e Furna do Nego
para a produção de açúcar;

OCUPAÇÃO PRÉ-HISTÓRICA DE PERNAMBUCO


❖Registro rupestre é a primeira manifestação
estética da préhistória brasileira,
especialmente rica no Nordeste;
❖Área arqueológica de Araripina;
❖24 sítios arqueológicos: ✓ sítios rupestres em
abrigos sob rocha; ✓ sítios lito-cerâmicos a céu
aberto; ✓ sítios de oficinas líticas.
CAPITANIA
❖ A Capitania de Pernambuco foi outorgada a ❖ A povoação foi elevada a categoria de vila
Duarte Coelho Pereira, por Carta de Doação em data não precisa,
lavrada a 10 de março de 1534, recebendo o título ❖ provavelmente em 1564;
de Capitão e Governador das terras de ❖ autonomia politica, administrativa e
Pernambuco; econômica;
❖ O donatário chamou de Nova Lusitânia, ❖ A freguesia dos Santos Cosme e Damião
homenagem à origem da pátria, se estendia entre foi criada em 1594;
o rio Igaraçu e o rio São Francisco; ❖ Cessando as lutas com os naturais da
❖ As fronteiras da capitania abrangiam todo o terras, edificou Duarte Coelho a povoação
Estado de Alagoas (antiga Comarca das Alagoas) e de Olinda;
o Oeste do Estado da Bahia (antiga Comarca do ❖ A Capitania começou a prosperar e isso
São Francisco) terminavam ao Sul, fazendo atraiu os olhares dos holandeses, que
fronteira com o atual Estado de Minas Gerais; encabeçados pelo Conde Maurício de
❖ Duarte Coelho desembarcou no porto da Ilha Nassau, invadiram toda a região, além da
de Itamaracá, chamado de Pernambuco Velho, em Paraíba e do Rio Grande do Norte, durante
9 de março de 1535, e tomou posse da Capitania; os anos de 1630 a 1654.
❖ O donatário incubiu a Afonso Gonçalvez que
erigisse a Vila de Igaraçu;
❖ A cidade foi fundada em 27 de setembro de
1535.
✓ A União Ibérica e A Invasão Holandesa.

UNIÃO IBÉRICA (1580 – 1640)


• Casamentos interdinásticos deram à Espanha um grande poder de influência em várias regiões
da Europa;
• Em 1580, Felipe II da Espanha declarou ter direito ao trono português, e invadiu Portugal,
tomando para si ambas as coroas;
• A partir desse momento, todos os territórios de domínio português, passaram a ser governados
pela Espanha, incluindo as colônias africanas e a América portuguesa;
• Em Portugal, haviam grupos, como a nobreza feudal e a burguesia, que tinham interesse nas
atividades minerais prósperas da Espanha, com Portugal sendo governada por um espanhol, a
expansão portuguesa para regiões além do Tratado de Tordesilhas, seria facilitada;
• Durante o período da União Ibérica, o Tratado de Tordesilhas foi abandonado, já que uma divisão
de territórios pertencentes a uma mesma coroa não fazia sentido;
• O boicote econômico feito pela Espanha contra a Holanda, passou a afetar mais profundamente,
sendo que com o novo governo ibérico, os holandeses foram impedidos de manter relações
comerciais com seus maiores parceiros no comércio do açúcar, Portugal e suas colônias.
DISPUTAS PELO AÇÚCAR E O TRÁFICO O PAPEL DOS HOLANDESES
ATLÂNTICO ❖ Parceria econômica entre Portugal e Holanda;
❖ Em 1602 a Holanda fundou a Companhia das ❖ Financiadores da produção açucareira(refino
Índias Orientais, com a função de explorar e e comercialização);
invadir regiões de interesse econômico ❖ Trabalhavam com atividades comerciais
pertencentes à Espanha e a Portugal; diversas e de crédito na Europa;
❖ Em 1621, fundou a Companhia das Índias ❖ Em 1572, ocorreuo processo de independência
Ocidentais, com a mesma função da anterior, da Holanda (República das Províncias Unidas) em
porém tendo como alvo a América portuguesa relação ao domínio da Espanha;
(controle sobre o açúcar no nordeste e sobre os ❖ Com a emancipação da Holanda, a Espanha
pontos de fornecimento de escravos na África); implantou um bloqueio econômico a ela,
❖ O calvinismo holandês (presbiterianos), foi impedindo-a de estabelecer comércio com
muito importante para o processo de invasão e regiões sob influência espanhola.
permanência no Brasil;
HOLANDESES NA BAHIA
• Em 1624, a Holanda invade Salvador e aprisiona o governador Diogo de Mendonça Furtado
• Os colonos organizama resistência ( guerra de guerrilha)
• Em 1625, a Espanha envia a Bahia uma esquadra com 50 navios e 12mil homens. Foi
comandado peloFradique Toledo Osório.
• A população luso-brasileira se refugiou no interior e organizouresistência;
• A guerra de emboscadas e o auxílio espanhol expulsaramos holandeses.
Resultado das conquistas holandesas até esse ❖ Com a tomada dos entrepostos de
período (1630-1635) comércio de escravos na África pelos
• Engenhos destruídos holandeses (Comp. das Índias Orientais)
• Olinda incendiada e destruída houve uma drástica diminuição do
• Fuga de negros ( cresce o Quilombo dos comércio escravista na colônia, com
Palmares) exceção do território sob domínio
• Plantações destruídas holandês.
• Holandeses dominam o litoral nordestino.

PERNAMBUCO, 1630.
Conquista do nordeste, porém com grandes
consequências, como a destruição de muitos engenhos,
fazendas, etc.); A aliança entre holandeses e locais,
cansados do domínio luso-espanhol, facilitou o processo de
invasão; ❖ Governo de Maurício de Nassau (1637 – 1644);
Urbanização do vilarejo de Recife (Mauriciópolis);
Implementação da liberdade e tolerância religiosa;
Concessão de empréstimos à comerciantes e senhores de
engenho para o desenvolvimento da economia.
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GUERRA DOS MASCATES – PERNAMBUCO – ❖ Por controlarem a Câmara municipal de
(1710 – 1711) Olinda, os grandes latifundiários de Olinda
❖ Proprietários de terras de Olinda X resolveram sabotar as tentativas de emancipação
Comerciantes do Recife (de maioria portuguesa, do Recife com o uso da força;
denominados Mascates); ❖ Olinda era o centro ❖ A Carta Régia que deu autonomia a Recife foi o
político e Recife um povoado subordinado à Olinda; estopim dos conflitos armados;
❖ Durante o período holandês na região, Recife se ❖ Em 1711 foi enviado um novo governador para
desenvolveu bastante e após a expulsão dos Pernambuco, com a missão de solucionar o
holandeses, manteve um ritmo de crescimento em conflito;
várias áreas, ganhando notoriedade; ❖ O novo governador decidiu transferir
❖ Senhores de engenho, por conta da crise semestralmente a administração para cada uma
açucareira pós invasão holandesa, contraíram das cidades. Dessa maneira, não haveria razões
empréstimos com comerciantes de Recife, que para que uma cidade fosse politicamente
passava por um momento de grande crescimento favorecida, desta forma, Recife foi equiparada a
econômico e demográfico; Olinda e assim terminou a Guerra dos Mascates;
❖ Recife passou a pressionar o governo pela sua ❖ Em 1714 o rei D. João V, resolveu anistiar todos
elevação a condição de Vila para sair do julgo de os envolvidos nessa disputa, manteve as
Olinda, que era contra a separação pois perderia a prerrogativas político- administrativas de Recife
arrecadação tributária; e promoveu a cidade ao posto de capital do
Pernambuco.
✓ GUERRA DOS BÁRBAROS

❖ Ocorrida entre os anos de 1650 e 1720, a Guerra Outros nomes:


dos Bárbaros envolveu os colonizadores e os povos ❖Guerra do Recôncavo (em menção ao recôncavo
nativos chamados Tapuia; baiano, onde aconteceram as primeiras lutas
❖ área que correspondia em termos atuais a um armadas)
território que inclui os sertões nordestinos, desde a ❖Guerra do Açu (em referência à região do Açu,
Bahia até o Maranhão; no Rio Grande do Norte, onde ocorreram os
❖ A denominação Tapuia foi dada pelos cronistas principais conflitos)
da época, e perpetuada pela historiografia oficial, ❖Confederação dos Cariris (por terem sido esses
aos grupos indígenas com diversidade linguística e grupos indígenas um dos mais combatentes).
cultural que habitavam o interior, em distinção aos ❖ A designação “bárbaros” era dada pelos
Tupi, que falavam a língua geral e se fixaram no colonizadores e cronistas da época aos povos nativos
litoral.; que habitavam à região e ofereciam resistência à
❖ grupos culturais: os Jê, os Tarairiu, os Cariri e os ocupação do território pelos portugueses.
grupos isolados e sem classificação; ❖ Eram descritos como povos selvagens, bestiais,
❖ os Sucurú, os Bultrim, os Ariu, os Pega, os Panati, infiéis, traiçoeiros, audaciosos, intrépidos, canibais,
os Corema, os Paiacu, os Janduí, os Tremembé, os poligâmicos, enfim, “índios-problema”, pois não se
Icó, os Carateú, os Carati, os Pajok, os Aponorijon, deixavam evangelizar e civilizar. Eram, portanto,
os Gurgueia, que lutaram ora contra ora a favor dos considerados os principais obstáculos à efetiva
colonizadores de acordo com as estratégias que colonização.
visavam à sua sobrevivência. ❖ Documento datado de 1713 - governador de
Pernambuco –
✓ A REVOLUÇÃO PERNAMBUCANA DE 1817

MEDIDAS DE DOM JOÃO IV APÓS A CHEGADA NO


BRASIL
➢ Abertura dos portos às nações amigas – 1808;
➢ Permissão da instalação de manufaturas e indústrias
(um alvará criado em 1785 proibia);
➢ Construção do Paço Imperial (Sede do governo);
➢ Criação do Banco do Brasil, Jardim Botânico;
➢ Tratado de Livre Comércio (Aliança e Amizade,
Comércio e Navegação) – 1810; Previa a redução de
impostos para a entrada de produtos importados no
Brasil, privilegiando principalmente a Inglaterra. (26%
Outros países, 24% Portugal e 15% Inglaterra);
➢ Invasão da Guiana Francesa em 1809 e da Região do
Prata, aproveitando o processo de independência na
América espanhola e dos conflitos na Europa
napoleônica.
INSURREIÇÃO / REVOLUÇÃO
PERNAMBUCANA - 1817
❖ Vinda da família real portuguesa aumento da
carga tributária para cobrir os gastos da corte;
❖ O centro-sul do país para a ser beneficiado com
a presença real e o nordeste passa a ser explorado
com mais intensidade;
❖ A abertura dos portos brasileiros para as nações
amigas levaram ao agravamento da crise
econômica em Pernambuco, principalmente pela
queda dos preços do açúcar e do algodão, que
disputavam espaço com produtos estrangeiros
(principalmente ingleses);
❖ A promoção de militares era de preferência
para portugueses, isso gerou insatisfação nos
militares brasileiros;
❖ Movimento de caráter separatista com desejo de
implantação de uma república;
❖ Participação de camadas intermediárias,
influenciadas pelos exemplos das revoluções
burguesas na Europa e nos EUA;
❖ Almejavam a liberdade de expressão;
❖ Uma república chegou a ser instaurada por cerca
de 2 meses porém o caráter abolicionista do
movimento incomodava a aristocracia rural (medo
da haitização da colônia);
❖ A desorganização interna enfraqueceu o
movimento e possibilitou a ofensiva das forças
reais;
BRASIL COLÔNIA A ERA AÇUCAREIRA

Porque a cana-de-açúcar?

❖ Alta lucratividade do produto no mercado ❖ Portugal: fornecedora de produtos


internacional; tropicais na Europa;
❖ A oferta de crédito por parte dos holandeses ❖ Altos investimentos feitos por
(investimento nas unidades produtivas, refino e holandeses;
comercialização do açúcar); ❖ De Pernambuco à Bahia: principal área
❖ Conhecimento prévio do cultivo canavieiro pelos de cultivo.
portugueses desde o século XIII (o Estado só passou ❖ Plantation açucareira: 4 elementos –
a investir a partir do século XIV no Mediterrâneo e latifúndio privado, monocultura,
nas ilhas africanas do Atlântico); escravismo e produção agroexportadora.
❖ Desenvolvimento da cultura canavieira nas
colônias portuguesas na África;
❖ Não foram encontradas reservas auríferas no
território brasileiro, o que favoreceu o
desenvolvimento da cana;
❖ Clima e solo favoráveis.
ORGANIZAÇÃO DA PRODUÇÃO AÇUCAREIRA
❖“plantation”: latifúndio, monocultura, escravidão,
trabalho escravo, produção para exportação
❖Alta concentração da renda nas mãos de poucos
❖Maior parte dos lucros: para a comercialização nas
mãos dos holandeses
❖Declínio da produção açucareira a partir 2ª metade
séc. XVII, em consequência da expulsão dos
holandeses do Brasil
SOCIEDADE COLONIAL DO NORDESTE AÇUCAREIRO
SENHOR DE ENGENHO:
Poder econômico, social e político “O ser
senhor de engenho é título a que muitos
aspiram, porque traz consigo o ser servido,
obedecido e respeitado de muitos.” Antonil
• Trabalhadores livres, arrendatários
• Escravos
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MÃO DE OBRA

❖ No século XV, escravos africanos foram


utilizados em atividades artesanais e domésticas
na França, na Inglaterra e em muitas colônias
europeias;
❖ A máquina mercantilista europeia
intensificou o tráfico negreiro internacional
◦ Clique para adicionar texto devido aos grandes lucros provenientes dele;
❖ Captura: Invasão e domínio europeu; Por
meio de conflitos intertribais (comércio dos
derrotados);

❖ Tumbeiros: embarcações para o transporte de escravos sob condições subumanas; As


famílias eram separadas para evitar futuras rebeliões; Propagação de doenças, suicídios
(tristeza e saudade); Destino: Recife e Salvador (séc. XVI e XVII) e Rio de Janeiro
(séx XVIII); Bantos: Moçambique, Angola e Congo, Sudaneses: Costa do Marfim, Nigéria
e Daomé;
❖ Trabalho intenso e os maus tratos reduziam a expectativa de vida; Resistência: fugas,
assassinatos, abortos, suicídios e formação de quilombos
LEMBRAR QUE...

• Durante todo o Período Colonial, a escravidão indígena


coexistiu com a escravidão negra, principalmente nas áreas
mais pobres da colônia, como São Paulo
• A Coroa Portuguesa proibiu a escravidão indígena, a não ser
em caso de “guerra justa”
• Os padres procuraram proteger os indígenas através das
missões, mas ao mesmo tempo destruíram sua cultura e
impuseram a fé cristã
• A Igreja Católica nunca se ergueu em defesa do negro
africano, que deveria “ pagar com a escravidão” pelo seu
paganismo

CUIDADO!
• “ O indígena era fraco, o negro era mais forte.”
• “ O negro aceitou a escravidão, o indígena
não”
• “ O indígena era preguiçoso”
• “ O negro era dócil”
A CONSTITUIÇÃO DO IMPÉRIO
❖ Outorgada em 25 de Março de 1824, sob regime de monarquia
constitucional hereditária;
❖ Território dividido em províncias, cujos presidentes eram nomeados
pelo imperador;
❖ Poder executivo: Imperador e ministros do Estado;
❖ Poder legislativo: Câmara dos deputados (mandato de 4 anos), Senado
(cada província elegia 3 e o imperador nomeava 1, que eram vitalícios);
❖ Poder judiciário: Juízes e tribunais;
❖ Poder moderador: exclusivo do imperador, colocava-se acima dos
demais poderes;
❖ Conselho de Estado (conselheiros vitalícios nomeados pelo
imperador);
❖ Voto indireto e censitário (Votantes [100mil réis] – Eleitores [200mil]
– Deputados [400mil] – Senadores [800mil]);
❖ Excluídos de participação, mesmo com renda: criados de servir,
menores de 25 anos e libertos);
❖ Mulheres eram excluídas de direitos políticos pelas normas sociais;
❖ O catolicismo foi oficializado como religião do Estado e qualquer
outra só poderia ser exercida em culto doméstico;
❖ Reconheceu os direitos civis de todos, diferenciando-os apenas do
ponto de vista dos direitos políticos em função de suas posses.
✓ A CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR

❖ Herdou problemas econômicos do período da


insurreição pernambucana;
❖ Governo de D. Pedro I foi alvo de protestos após o
fechamento de da assembleia e outorga da
Constituição de 1824; Sentinela da liberdade:
Cipriano Barata; Tiphys Pernambuco: Frei
Joaquim do Amor Divino Caneca (periódicos de
Pernambuco – Recife); Frei Caneca: “O poder
moderador é a chave mestra da opressão da nação
brasileira”;
❖ Nomeação de um presidente de província que
desagradouos pernambucanos e rompimento com o
Império em 2 de Julho de 1824; República sob o
comando de Manuel Paes de Andrade; Forte
sentimento antilusitano;
❖ Tropas imperiais, inglesas e auxílio de senhores de
engenho e comerciantes (medo de ter que libertar seus
escravos); Frei Caneca foi fuzilado, apesar de ter sido
condenado à forca (ninguém queria ser o carrasco de
um membro do clero).
REVOLUÇÃO PRAIEIRA (1848 – 1850)
• Liderada pela elite de Pernambuco (liberal);
• Instrumentos difusores das ideias revolucionárias: Jornal Diário Novo, situado na Rua da Praia, daí o
nome do movimento;
• Governo central + conservadores pernambucanos (Gabirus) retiraram diversos liberais do governo da
província, promovendo forte boicote aos liberais e seus simpatizantes;
• Influência de correntes revolucionárias europeias como o socialismo, o nacionalismo e o liberalismo
(Primavera dos Povos - 1848);
• Ideais como o voto secreto, liberdades individuais e até mesmo uma república democrática;
• Manifesto do Mundo: Princípios universais e democráticos;
❖ REIVINDICAÇÕES DOS REVOLUCIONÁRIOS:
• Retorno dos cargos de liberais;
• Oposição à concentração de terras de latifundiários;
• Oposição aos privilégios de comerciantes portugueses;
• Extinção do Poder Moderador;
• -- Não há consenso a respeito da questão abolicionista (se
houve ou não motivação).
O TRÁFICO TRANSATLÂNTICO DE ESCRAVOS PARA TERRAS PERNAMBUCANAS
❖ Recife foi o quinto maior centro organizado de tráfico
transatlântico de escravos do mundo;
❖ De (1560 a 1851);
❖ Alguns estudos indicam que a “africanização” dos
trabalhos forçados nos engenhos da região procedeu
rápido após 1560, mas dois terços do trabalho forçado
ainda eram indígenas em 1580, a “africanização” apenas
tornou-se completa;
❖ Mão de obra africana empregada no cultivo da cana e
na criação de animais
❖ No Agreste, foi desenvolvida a
pecuárias e diversas culturas Ao longo de todo o período do tráfico para
Pernambuco, a média de escravos
alimentares; o algodão também se fez desembarcados por navio girou em torno de
presente nessa região a partir da segunda 312. Já para o período de 1788 a 1851, como o
período do declínio do açúcar e início do café,
metade do século XVIII; a média foi um pouco maior: 327,12 escravos
❖Houve um aumento significativo do preço por navio.

dos escravos em Pernambuco em 1830-1845 e,


especialmente, durante a década de 1850.
COTIDIANO E FORMAS DE RESISTÊNCIA ESCRAVA EM PERNAMBUCO

Em 1584, 15 mil escravos labutavam em pelo menos 50 engenhos. Este número subiu para 20 mil escravos em 1600.
Já na metade do século XVII a população escrava somava entre 33 e 50 mil pessoas (Funari, 1996:31).

❖ Quando a capitania de Pernambuco era disputada por holandeses e portugueses;


❖ Na região hoje localizada no estado de Alagoas – Quilombo dos Palmares;
❖ assaltos a engenhos e povoações, incitou fugas em massa e resistiu por um século à repressão das
autoridades coloniais;
❖ exército de 6 mil homens que o quilombo foi aniquilado, nos últimos anos do século XVII.
❖ homens livres cuja profissão era capturar escravos fugidos, foram se tornando cada vez mais
comuns
O QUILOMBO DO CATUCÁ EM PERNAMBUCO
❖ resultado da luta dos escravos pela liberdade e um subproduto do caos político em
Pernambuco, entre 1817 e o final da década de 1830;
❖ O quilombo do Catucá margeava a fronteira agrícola da zona da mata norte, começava
quase que num subúrbio do Recife;
❖ começava nos limites de Beberibe, antigo subúrbio do Recife, passava pelo sítio dos
Macacos e por São Lourenço, mais a oeste da capital, lançando-se entre os engenhos
costeiros e a serra a oeste do Recife em direção ao norte;
❖ pode-se assumir que muitos escravos devem ter procurado as matas durante a revolta de
1817;
❖ a divisão das elites levou a uma desorganização dos aparelhos repressivos que facilitou a fuga dos
escravos e a formação de quilombos na província;
❖ o quilombo renascia sempre que as elites se dividiam, e sofreu seus maiores revezes quando a classe
senhorial estava unida;
❖ foi duramente combatido na segunda metade da década de 1820. Voltou a crescer no final da década, e
na primeira metade dos anos 30, quando várias convulsões agitaram o Recife e o interior, principalmente
a Cabanada (1832- 1835), no outro lado da província.
❖ O quilombo, como tentativa de construção de uma sociedade alternativa foi destruído no final da
década de 1830;
❖ Só depois da Confederação do Equador, em abril de 1825 foi que a classe senhorial conseguiu começar
uma repressão mais eficaz sobre o quilombo;
❖ a mesma tropa que derrotou o governo confederado combateu os quilombolas;
❖ A proximidade do Recife preocupava as autoridades. A própria polícia da capital vez por outra prendia
quilombolas nas freguesias próximas as matas;
❖ O Conselho de Governo reconheceu a necessidade de combater os "negros fugidos amocambados nas
matas próximas a essa cidade

O mais famoso líder quilombola ficou O último líder maior, João Batista, não
conhecido como Malunguinho, famoso a tinha um nome africano. O quilombo
tal ponto que o espaço da resistência diversificara-se. tornou-se um fenômeno
negra também costuma ser referido pelas afroamericano, híbrido, uma linha de
fontes como quilombo de Malunguinho. combate contra o status quo, que envolvia
sua cabeça foi colocada a prêmio em escravos e libertos, de diferentes
janeiro de 1827 procedências e histórias de vida
A PARTICIPAÇÃO DOS POLÍTICOS PERNAMBUCANOS NO PROCESSO
DE EMANCIPAÇÃO/ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA.
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MOVIMENTO ABOLICIONISTA DOS CAIFAZES

❖ Década de 1880; ❖ Lei Áurea (1888):


❖ movimento abolicionista popular; Abolição da escravatura;
❖ fugas em massa e as rebeliões de escravos ✓ Não indenizou ex-proprietários, criando uma
nas fazendas; nova oposição ao regime imperial
❖ Grupo destaque: Caifazes: (republicanos de última hora);
• tipógrafos, artesãos, pequenos ✓ Não incluiu o ex-escravo na sociedade,
comerciantes e exescravos, favorecendo um gradativo processo de
• Formado inicialmente por Antônio Bento marginalização do liberto;
de Souza e Castro, ✓ Sem especialização, o alforriado ficou
• expandiu-se entre os setores populares da sujeito a vida em cortiços, trabalhando em
sociedade paulista na década final do subempregos e caindo na criminalidade.
Império,
• extensa rede de solidariedade à luta dos CRISE DO SEGUNDO REINADO
escravos, ❖ Instabilidade entre militares e o império;
• Irmandade católica de Nossa Senhora dos ❖ Crescimento da burguesia cafeeira do
Remédios; oeste paulista;
• Na cidade portuária, os Caifazes ❖ Desavenças entre a elite política e a Igreja;
constituíram ainda o Quilombo de ❖ Crescimento do pensamento republicano
Jabaquara. e abolicionista;
QUESTÃO ABOLICIONISTA:
❖Abolição da Escravidão (1888) retira do
governo imperial sua última base de
sustentação: aristocracia tradicional.
❖Império é atacado por todos os setores,
sendo associado ao atraso e decadência.

VOTO DE CABRESTO E POLÍTICA DOS GOVERNADORES


❖José Cerqueira de Aguiar Lima foi o primeiro governador de Pernambuco após a
Proclamação da República. Foi nomeado para o cargo em novembro de 1889.
❖O brigadeiro José Simeão de Oliveira (*1838 +1893) foi o primeiro governador eleito de
Pernambuco, em 1889, porém só ficou no cargo até 1890.
❖Os primeiros anos de República foram marcados pela violência manifestada nas
acirradas disputas pessoais, na repressão do Estado às manifestações populares e
sublevações.
❖O Movimento Patriótico de Triunfo - demissão de administradores, prefeitos, vice-
prefeitos e conselheiros:
• Republicanos Históricos (militantes republicanos que atuaram no final do período
monárquico sob o comando de José Isidoro Martins Júnior)
• Partido Autonomista (ex-políticos monarquistas que seguiam as orientações de José
Mariano Carneiro da Cunha, um dos líderes do Partido Liberal e do Barão de Lucena,
figura de destaque no Partido Conservador durante o Império).
-- Período conhecido como República Oligárquica devido à forte participação e controle do
governo por parte dos grandes latifundiários, principalmente cafeicultores;
-- Influência dos cafeicultores no comando do país gerou inúmeros conflitos sociais, que
desestabilizaram o governo;
-- Política do Café com Leite (1898 – Formulada por Campos Sales);
❖ Revezamento entre as oligarquias de SP e MG na linha sucessória do governo;
❖ SP com a sua riqueza econômica pautada pelo café;
❖ MG com sua numerosa bancada eleitoral, a maior do Congresso;
❖ Estabilizar e impedir opositores de chegarem ao poder;
❖ O sul, mesmo inferior à SP e MG, sempre fez frente à política do café com leite, por sua
tradição política e importância econômica;
❖ Clientelismo e a política dos governadores (troca de favores) Executivo federal
(presidentes) e executivo estadual (governadores).
-- A “Degola”: cassação de mandatos de parlamentares ouinvalidação de eleições que pusessem em risco a hegemonia da Política do
café com leite;
-CORONELISMO E O VOTO DE CABRESTO
❖ -- Coronelismo: termo que define o regime de controle e fraude eleitoral empregado pelos grandes proprietáriosrurais,
denominados coronéis (desde a criação da guarda nacional em 1831), sobre seus trabalhadores;
❖ Liderança de famílias ricas (grandes proprietárias de terras);
❖ Mandonismo baseado no graude subalternidadeda massa, miserável e analfabeta que dependia dos coronéis;
❖ A legislação beneficiava a concentração latifundiária (oligarquização da terra);
❖ Padrões excludentes e antidemocráticos do império;
❖ Voto de cabresto: roubo e fraude de urnas, votos forjados, uso da violência contra votantes, etc.;
❖ Desde os anos de 1895 a ala política dominante em Garanhuns era liderada pela
família Jardim.
❖ A ala opositora, inicialmente, era liderada pelo Dr. Severiano do Rego Chaves Peixoto
❖ Jardins - relações de dependência consanguínea, material e moral.
❖ Foi por determinação de Luiz Jardim (falecido em 1905) que se construiu o "estado-
maior" da cadeia pública de Garanhuns
❖ deter legalmente seus adversários políticos que tinham postos na oficialidade da
Guarda Nacional.
❖ Até meados de 1911 a oposição aos Jardins era quase inativa. Houve pleitos eleitorais
em que a oposição sequer apresentou candidatos.
❖ Liderança política marcada pelo apoio e proteção aos amigos, ameaças aos indecisos e
vacilantes, combate impiedoso aos adversários.
❖ Em meados de 1916, o prefeito de Garanhuns, Francisco Vieira dos Santos, rompeu com
Júlio Brasileiro. Teve o apoio de Rocha Carvalho e de Borba Júnior, dois médicos de prestígio,
além do apoio de comerciantes e industriais como Sátiro Ivo, Antonio Marques Café, Antonio
Pereira dos Santos, Antonio Ivo, etc.
❖ Lançou-se a candidatura do próprio Júlio Brasileiro (deputado estadual à época)
❖ Fraude na eleição noticiada pelo Diário de Pernambuco
❖ Novas eleições somente com o coronel como candidato.
❖ Assassinado antes da contagem dos votos – causa da hecatombe que enlutou a cidade de
Garanhuns
SALES VILA NOVA ❖ No dia 12 de janeiro de 1917, ás 22 horas de uma
Revoltado com as injustiças dos sextafeira, quando se dirigia para sua residência, na
poderosos contra os fracos, denunciava, atual rua Cabo Cobrinha, o capitão foi agarrado e
por meios de artigos publicados nos dominado por seis indivíduos mascarados que
jornais da Capital , o abuso das impiedosamente o surraram.
autoridades constituídas, partissem de ❖ viajou com destino a Recife a fim de se encontrar com
onde partissem os abusos. O Capitão o Coronel Júlio Brasileiro. Encontrou-o no Café Chile
assinava seus artigos com o pseudônimo junto ao Edifício do Diário de Pernambuco. De revólver
de " O Inspetor" em punho, aproximou-se e disparou vários tiros no
Coronel e evadiu-se em seguida, tendo a fuga sido
interceptada por populares e pela polícia que o
conduziu para o quartel na rua do Imperador onde ficou
detido com as regalias a que tinha direito por ser um
Oficial da Guarda Nacional.

❖ A viúva, Ana Duperon declarou que nãoderramaria uma só lágrima pelo seu marido enquanto não fosse vingada a sua morte.
❖ A família de Brasileiro não aceitou a ideia de uma vingança, direcionou o ódio aos opositores
❖ Plano de aprisionar os opositores na Cadeia de Garanhuns
❖ Jagunço Vicentão X Cabo Cobrinha
❖ O Massacre – Os mortos:
❖ Manoel Jardim, Francisco Veloso, Sátiro Ivo, Dr. Borba Júnior, Júlio Miranda, Gonzaga Jardim e Argemiro Miranda e mais
soldados.
❖ De oitenta e dois indiciados, apenas doze envolvidos foramcondenados pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco, enquanto os
autores intelectuais da chacina foramnãoforamprocessadospela Justiça. (José Cláudio Gonçalves de Lima)
PERNAMBUCO SOB A INTERVENTORIA DE AGAMENON MAGALHÃES

GOVERNO DE WASHINGTON LUÍS


(1926-1930)
❖ Apoiado pela política do café com leite; ❖ A hegemonia do partido republicano
❖ Forte modernização e perseguição ao paulista incomodava alguns setores da
movimento operário; elite, principalmente em outros estados;
❖ Getúlio Vargas, ministro da fazenda no (oligarquias regionais)
período, implementou medidas que ❖ Formação da aliança liberal (MG, RS e
favoreciam os cafeicultores e que Paraíba): A chapa que concorreu à
dificultavam as importações para o país; presidência consistia no candidato
❖ A ruptura da política do café com leite gaúcho, Getúlio Vargas, acompanhado de
aconteceu com a indicação do sucessor à João Pessoa, da Paraíba, como vice;
presidência, Júlio Prestes, outro paulista; ❖ Na política externa, a Inglaterra
❖ Em resposta, Antônio Carlos, apoiava o governo e os EUA a Aliança
governador de MG e o natural sucessor de Liberal
acordo com as articulações políticas,
iniciou uma candidatura de oposição,
formada pela Aliança Liberal;
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❖ As fraudes eleitorais fizeram o candidato paulista vencer;
❖ O assassinato de João Pessoa foi usado com muita habilidade para atender os
fins políticos das oligarquias dissidentes (entenda-se Aliança Liberal)
inconformadas com a derrota nas urnas;
❖ O cenário de instabilidade contribuiu para que minas e Rio Grande do Sul
compusessem um movimento com o apoio da alta cúpula militar (a junta
pacificadora);
❖ O descontrole político, e das forças armadas do ainda presidente Washington
Luís, juntamente com a instabilidade social crescente, levaram a sua retirada do
governo;
❖ Ocupação do governo por uma junta militar, liderada por Getúlio Vargas;
❖ Fim da república velha e início da república nova.
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ESTADO NOVO (1937-45)
Caracterizado como o momento de mais forte centralismo político e intervencionismo
A Constituição de 1937, que foi outorgada, ficou conhecida como “Polaca” por ter sido
elaborada seguindo a inspiração do fascismo europeu dos governos da Itália, Polônia e
Turquia;
❖ Prevalecia uma postura autoritária, que defendia a hipertrofia (desenvolvimento
excessivo) do Poder Executivo e a dissolução do federalismo;]
❖ Extinção partidária;
❖ Criação do Departamento de Administração do Serviço Público, para aumentar a
presença do Estado no controle da máquina administrativa em cada unidade da
federação, buscando combater o nepotismo;
❖ Criação do Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) em 1939, cujo aspecto mais
fundamental era promover o culto getulista, aproximando o governo dos cidadãos e, para
isso, fez uso, principalmente do rádio;
❖ O rádio passou a ser uma ferramenta eficaz para aproximar a população do governo,
fazendo o povo se sentir coparticipante da construção do país;
❖ O estilo político urbano, personificado por lideranças carismáticas que promoviam
concessões com relação às massas, por meio de medidas nacionalistas e trabalhistas, foi
liderado por Vargas, que fazia uso do DIP para fortalecer sua imagem.
❖ O populismo era a estratégia para se garantir o controle das massas urbanas em meio a um padrão
de industrialização tardio que chegava à América Latina, somando-se à conjuntura internacional,
que revelava, após a 1ª GM, um cenário de fascismo, socialismo, crise do liberalismo e a Grande
Depressão;
❖ Uma significativa parte das massas que compuseram a força de trabalho no contexto da Era Vargas
estava relacionada aos migrantes rurais (praticantes do êxodo) que constituíam um universo pouco
politizado, podendo ser manipulado de forma mais rápida, se comparados aos proletariados
influenciados pelo contexto anarcossindicalista da República Velha;
❖ As estatais facilitariam a expansão de empresas de bens duráveis e não duráveis, das indústrias de
máquinas e equipamentos, para que o país alcançasse uma relativa autonomia econômica industrial;
❖ Criação de vários órgãos como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (1938), o
Conselho Nacional do Petróleo (1938), e o Conselho Nacional de Águas e Energia Elétrica (1939);
❖ A iniciativa privada não tinha “fôlego” suficiente para a aplicação de recursos de tamanho
montante, necessário para a montagem de uma infraestrutura tão ampla;
A medida que a 2ª GM avançava pela Europa, o Brasil era pressionado a ter que se manifestar
diplomaticamente.
❖ O governo ora pendia para os Aliados, ora pendia para o Eixo;
❖ Ao longo da República Velha e no início da Era Vargas, o Brasil tinha fortes laços comerciais com a
Alemanha, sendo os germânicos importadores de matérias-primas brasileiras;
❖ Os EUA, gradualmente, vinham ampliando as importações e em breve seriam os maiores
importadores de matérias-primas brasileiras;
❖ A decisão do governo varguista foi realista quanto ao alinhamento à nação que mais poderia
oferecer benefícios diretos, perfil ao qual logo os EUA se encaixariam;
❖ A transferência de empréstimos para a montagem da Companhia
Siderúrgica Nacional (1940) e da mineradora Vale do Rio Doce (1942) foi
decisiva para a posição brasileira de apoio aos Aliados;
❖ A opinião pública favorável ao alinhamento aos EUA foi importante para a
decisão do governo brasileiro;
❖ A política da Boa Vizinhança e do Pan-americanismo difundida pelo
governo do presidente norte-americano Franklin Delano Roosevelt, que
reafirmava a união dos americanos para o desenvolvimento do continente
influenciou a decisão do Brasil;
❖ A interferência norte-americana não se manteve somente no campo
político, nos planos econômico e cultural também houve forte influência,
principalmente no ramo alimentício, de cinema (criação do personagem Zé
Carioca) e do rádio;
❖ Em janeiro de 1942, o Brasil rompeu relações com a Alemanha, em agosto do
mesmo ano, declarava guerra, diante do afundamento de navios brasileiros no
Atlântico;
BRASIL NA SEGUNDA GUERRA
❖ Foi organizada, nesse período, a Força Expedicionária Brasileira – FEB, formada por 25 mil
soldados e que também contou com a presença da Força Aérea Brasileira, havendo destaque para
a participação brasileira na campanha italiana em Monte Castelo;
❖ A vitória dos Aliados na 2ª GM trouxe grandes repercussões ao Brasil. Com a derrota do Eixo,
ocorria a falência dos regimes totalitários de extrema direita (nazismo e fascismo), o que, somando às
pressões internas no Brasil pelo retorno à democracia, levou fatalmente o Estado Novo ao colapso.
❖ A percepção aguçada do governo varguista, prevendo o aumento da pressão contra o
atual governo e a favor da redemocratização com o retorno das tropas brasileiras vitoriosas
no combate aos totalitarismos, possibilitou o uso estratégico da criação de uma emenda
constitucional que permitia o retorno dos partidos políticos;
❖ Vargas participou da fundação de dois partidos, o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB),
considerado como o representante das camadas populares, e o Partido Social Democrata
(PSD), apoiado pelos dirigentes do Estado;
❖ O Partido Comunista Brasileiro (PCB) retornou a legalidade após a aprovação da emenda
constitucional e se aglutinou com a oposição, dando origem a União Democrática Nacional
(UDN).
REGIME MILITAR (1964-85) MOVIMENTOS SOCIAIS E REPRESSÃO DURANTE
A DITADURA CIVIL-MILITAR (1964-1985: EM PERNAMBUCO)

❖ Uma eleição indireta para presidente e vice, ou seja, feita pelo Congresso Nacional;
❖ Manutenção da Constituição de 1946, com as modificações contidas no AI-1;
❖ O presidente eleito podia remeter ao Congresso, projetos de emendas constitucionais, além de
qualquer outro tipo de projeto de lei;
❖ Projetos que criassem mais ou aumentassem as despesas públicas, só poderiam ser de iniciativa
do presidente;
❖ Permissão ao presidente para declarar estado de sítio (cancelamento de garantias e liberdades
individuais), sob aprovação do congresso, com justificação;
❖ Suspensão de 6 meses das garantias constitucionais ou legais de vitaliciedade e estabilidade;
❖ Inquéritos e processos visando a apuração da responsabilidade pela prática de crime contra o
Estado ou seu patrimônio e a ordem política e social ou de atos de guerra revolucionária poderão
ser instaurados individual ou coletivamente;
❖ Possibilidade de suspensão de direitos políticos pelo prazo de 10 anos, e de cassação de
mandatos legislativos federais, estaduais e municipais; De abril à dezembro de 1964, foram
registradas a cassação de 50 congressistas, 43 deputados estaduais, 10 vereadores, 49 juízes, 1408
funcionários públicos civis e 1200 militares;
❖ O Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, chefe do Estado Maior do Exército, foi eleito em
11 de abril de 1964 por maioria absoluta do Congresso Nacional.
GOVERNO CASTELO BRANCO (1964-67)
Ex-comandante da FEB (Força Expedicionária Brasileira), era considerado da liderança militar
intelectualizada, os denominados militares de Sorbonne, integrantes da Escola Superior de Guerra
(ESG); Olhar de desconfiança da população em relação ao novo governo. Tinha-se a impressão de uma
intervenção militar temporária; Castelistas x Linha Dura: duas vertentes ideológicas dentro das forças
armadas divergiam. Enquanto a primeira previa uma intervenção temporária, devolvendo o poder aos
civis o quanto antes, a segunda, determinava uma intervenção militar por tempo indeterminado;

IPM (Inquérito Policial Militar): tinham como objetivo punir quem tivesse qualquer relação com o
governo de Jango ou que fosse contra o novo governo;
❖ Proibição de greves e intervenção nos sindicatos trabalhistas;
❖ Instituições foram proibidas de exercer atividade, como a UNE e as Ligas Camponesas;
❖ Servidores públicos foram aposentados;
❖ Suspensão de direitos políticos de várias pessoas relacionadas as ideologias do governo anterior
(professores, sindicalistas, parlamentares, escritores, jornalistas, etc): João Goulart, Jânio Quadros,
Miguel Arraes, Leonel Brizola, Luis Carlos Prestes, Celso Furtado, Darcy Ribeiro, etc. A intervenção era
explicada pelo desejo do governo de assegurar a ordem política e social; No plano internacional, o
alinhamento com os EUA se conservava, assim como as alianças com o capital estrangeiro;
ECONOMIA
❖ Plano de Ação Econômica do Governo (PAEG): Estabilização da economia e combate ao déficit;
Política de privatizações, devolução das refinarias estrangeiras tomadas por Jango; Corte de linhas de
crédito à importadores; Cancelamento da Lei de Remessa de Lucros atração de capital estrangeiro
formação de oligopólios; Restrição de salários; Estatuto da terra, Lei nº 4.504 de 1964);
❖ Construção da Usina de Itaipú em 1966;
❖ Consequências do plano econômico: recessão (diminuição de atividade econômica, retrocesso)
desemprego e perda de poder aquisitivo;

Criação do Serviço Nacional de Informação (SNI), para controlar e investigar ações conspiratórias contra o regime; Em
27 de Outubro de 1965 foi instituído o ATO INSTITUCIONAL Nº 2 que previa:
❖ Forma de apaziguar os ânimos entre castelistas e os linha dura (divergências sobre as eleições para governadores);
❖ Projetos de lei sobre finanças caberiam ao presidente e à câmara;
❖ Competia exclusivamente ao presidente, leis que criassem cargos, funções ou empregos públicos, ou aumentassem
vencimentos (salários) e despesas públicas;
❖ Projetos de lei do presidente deveriam ser votados pela câmara;
❖ Superior Tribunal Militar composto por 15 juízes (4 Generais do exército, 3 Gen. da Armada (Marinha), 3 Gen. da
Aeronáutica e 5 civis);
❖ Eleições para presidente e vice eram feitas pelo Congresso, em sessão pública e de votação nominal;
❖ Art.12: Não será tolerada propaganda de guerra, de subversão da ordem ou de preconceitos de raça ou classe;
❖ Art.18: Ficam extintos os atuais partidos políticos e cancelados os respectivos registros;
❖ Paridade de remuneração dos servidores dos 3 poderes não permitindo privilégios;
❖ Controle dos salários dos vereadores (nunca superior a metade do de um deputado estadual);
Em 5 de fevereiro de 1966 foi implantado o Ato Institucional nº 3 que
previa:
❖ As eleições para governadores e vices foram transformadas em indiretas, por
maioria de votos do Congresso;
❖ Nomeação de prefeitos feitas pelos governadores de Estado. Lei de Segurança
Nacional (LSN) de 1967:
❖ Enquadrava como ameaça a estabilidade da nação todos aqueles que oferecessem
uma postura conspiratória, considerada um perigo à ordem e à segurança nacional;

AS INSTITUIÇÕES ECLESIÁSTICAS
❖Estreita relação entre poder temporal e A igreja de Nossa Senhora da Graça foi uma das
eclesiástico é a formação de uma primeiras igrejas a serem construídas no Brasil.
cumplicidade entre o projeto colonizador Originalmente erguida como um oratório de taipa no
da monarquia portuguesa e o projeto ano de 1551, por ordem de Duarte Coelho, fazia
missionário parte de uma propriedade doada aos Jesuítas para
❖Bulas Pontifícias, o direito de governo do que se iniciassem a catequização dos indígenas no
poder eclesiástico local, e deveria incluir um colégio e um jardim
❖No século XVIII o caráter eclesiástico botânico, instalados mais tarde. Com o incêndio de
dos dízimos estava já completamente Olinda em 1631 o complexo foi seriamente
esquecido e tinha se incorporado ao danificado.
direito dos príncipes, os quais lhes davam
uma utilização secular
PROCESSO POLÍTICO EM PERNAMBUCO (2001-2015):

❖ No ano de 2002, em Pernambuco, foi reeleito Jarbas Vasconcelos, do


PMDB, pela coligação União por Pernambuco, com o PFL.
❖ Renunciou ao mandato em 31 de março de 2006 para disputar, com
sucesso, uma cadeira no Senado Federal.
❖ Jarbas Vasconcelos passou o governo para Mendonça Filho que perdeu a
reeleição para o então deputado federal Eduardo Campos no 2º turno (em
2006).
❖ Eleito em 1998, após derrotar o então governador Miguel Arraes (PSB) por
uma diferença de mais um milhão de votos.
❖ Como governador em seu primeiro mandato, Jarbas Vasconcelos
beneficiou-se no caráter político - reeleição de um forte aliado no Estado,
Marco Maciel (PFL), no cargo de vice-presidente da República e no caráter
econômico - recursos oriundos da privatização da maior empresa do Estado,
a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe).
❖No primeiro Governo Jarbas Vasconcelos se realizou o processo de privatização no 2000
❖Recursos da ordem de 1 bilhão de dólares (em torno de 2 bilhões de reais).
❖Se o processo tivesse se concretizado ainda no Governo Miguel Arraes, o valor seria maior.
❖Relação cambial mais favorável, antes da crise dos chamados “tigres asiáticos” e da Rússia, a
privatização poderia ter ficado na casa dos 2 bilhões de dólares (em torno de 3,7 bilhões de
reais).
❖Os recursos chegaram aos cofres do Estado logo no início do Governo Jarbas Vasconcelos.
❖Forte aliado do Governo FHC-Maciel.
❖Estado de Pernambuco recebeu, por conta da privatização, uma antecipação de crédito da
ordem de 100 milhões oriundos da Eletrobrás.
❖Início de uma série de obras de infraestrutura:
• Obras em barragens e adutoras no interior do Estado, duplicação da BR 232, Etc.
• Governo Jarbas Vasconcelos já havia utilizado 72% dos recursos oriundos da privatização da
Celpe ainda no primeiro mandato. O restante foi consumido em seu último ano de governo.
❖ A disponibilidade de recursos propiciou a realização de uma série de obras de infraestrutura
importantes no Estado
❖ Grande visibilidade para a candidatura do governador Jarbas Vasconcelos para reeleição.
❖ Negativa do convite para compor a chapa do tucano José Serra à Presidência da República
como seu vice.
❖ O governador Jarbas Vasconcelos (PMDB) ganhou um segundo mandato obtendo uma
expressiva vitória eleitoral, já no primeiro turno : 60,4% dos votos válidos, enquanto o
candidato do PT, Humberto Costa, o segundo mais votado, chegou a 34,1%
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DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS: O ART. 5º

Art. 5º, “caput”: todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos
termos seguintes:
DIREITO À VIDA (ART. 5º, CAPUT)

Art. 5º, caput: todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
DIREITO À IGUALDADE (ART. 5º, CAPUT E INCISO I)

Art. 5º, I: homens e mulheres são iguais em direitos e


obrigações, nos termos desta Constituição
LEGALIDADE (ART. 5º, II)

Art. 5º, II: ninguém será obrigado a fazer ou deixar de


fazer alguma coisa senão em virtude de lei
[Regulamentação da CF por lei em sentido amplo]

RESERVA LEGAL (ART. 5º, XXXIX)

Art. 5º, XXXIX: não há crime sem lei anterior que o defina,
nem pena sem prévia cominação legal [Regulamentação da
CF lei em sentido estrito]
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LIBERDADE DE PENSAMENTO (ART. 5º, IV)

Art. 5º, IV: é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato

DIREITO DE RESPOSTA (ART. 5º, V)

Art. 5º, V: é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da


indenização por dano material, moral ou à imagem

STF: não serve à persecução criminal notícia de prática criminosa sem


identificação da autoria, consideradas a vedação constitucional do anonimato e
a necessidade de haver parâmetros próprios à responsabilidade, nos campos
cível e penal, de quem a implemente. Nada impede, contudo, que o poder
público provocado por delação anônima (“disque-denúncia”, p. ex.), adote
medidas informais destinadas a apurar, previamente, em averiguação sumária,
“com prudência e discrição”, a possível ocorrência de eventual situação de
ilicitude penal.
LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA E DE CRENÇA (ART. 5º, VI)

Art. 5º, VI: é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre
exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a
suas liturgias

ADPF 54: o STF fixou que o Brasil é uma República laica, sendo absolutamente neutro
quanto às religiões.

PRESTAÇÃO DE ASSISTÊNCIA RELIGIOSA (ART. 5º, VII)

Art. 5º, VII: é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e
militares de internação coletiva

ESCUSA DE CONSCIÊNCIA (ART. 5º, VIII)

Art. 5º, VIII: ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de
convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a
todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei
Ex.: serviço militar obrigatório
LIBERDADE DE EXPRESSÃO E VEDAÇÃO À CENSURA PRÉVIA (ART. 5º, IX)

Art. 5º, IX: é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação,
independentemente de censura ou licença

Ex.: biografia sem autorização do biografado (ADI 4.815)

INVIOLABILIDADE DA INTIMIDADE, DA VIDA PRIVADA, DA HONRA E DA IMAGEM (ART. 5º,


X)

Art. 5º, X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o
direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;

INVIOLABILIDADE DOMICILIAR (ART. 5º, XI)

Art. 5º, XI: a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar
sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para
prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial
O STF admitiu a entrada de policiais em escritório de advocacia durante à noite para
colocação de escutas ambientais, em cumprimento a ordem judicial. Entendeu a
Corte que a garantia constitucional da inviolabilidade do domicílio – como é o caso
dos escritórios de advocacia – é relativa. Asseverou, ademais, que a garantia da
inviolabilidade não serve nos casos em que o próprio advogado é acusado do crime,
ou seja, a inviolabilidade (garantida pela Constituição) não pode transformar o
escritório em reduto do crime.

SIGILO DA CORRESPONDÊNCIA E DAS COMUNICAÇÕES (ART. 5º, XII)

Art. 5º, XII: é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das
comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei
estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal
STF: a gravação de conversa telefônica feita por um dos interlocutores, sem
conhecimento do outro, quando ausente causa legal de sigilo ou de reserva da
conversação não é considerada prova ilícita.

TST: não viola o art. 5º, XII, o monitoramento pelas empresas do conteúdo do email
corporativo, uma vez que cabe ao empregador que suporta os riscos da atividade
produtiva zelar pelo correto uso dos meios que proporciona aos seus subordinados
para o desempenho de suas funções.

LIBERDADE PROFISSIONAL (ART. 5º, XIII)

Art. 5º, XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as
qualificações profissionais que a lei estabelecer;

LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO (ART. 5º, XV)

Art. 5º, XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer
pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;
LIBERDADE DE REUNIÃO (ART. 5º, XVI)
Art. 5º, XVI: todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais
abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não
frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo
apenas exigido prévio aviso à autoridade competente
LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO (ART. 5º, XVII A XXI)

XVII: é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar
XVIII: a criação de ASSOCIAÇÕES e, na forma da lei, a de COOPERATIVAS independem de
autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento
XIX: as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas
por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado
XX: ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado
XXI: as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para
representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente
DIREITO DE PROPRIEDADE (ART. 5º, XXII E XXIII)
Art. 5º,
XXII - é garantido o direito de propriedade;
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;

DESAPROPRIAÇÃO (ART. 5º, XXIV)


Art. 5º, XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou
utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro,
ressalvados os casos previstos nesta Constituição;
✓ Art. 182, § 4º, III - TDP
✓ Art. 184, caput – TDA
✓ Art. 243 - sanção
REQUISIÇÃO ADMINISTRATIVA (ART. 5º, XXV)

Art. 5º, XXV: no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar
de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver
dano
DIREITO DE HERANÇA (ART. 5º, XXX E XXXI)

Art. 5º, XXX - é garantido o direito de herança;


XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei
brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes
seja mais favorável a lei pessoal do "de cujus";

DEFESA DO CONSUMIDOR (ART. 5º, XXXII)

Art. 5º, XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;

INAFASTABILIDADE DA JURISDIÇÃO (ART. 5º, XXXV)

Art. 5º, XXXV: a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito
JUIZ NATURAL (ART. 5º, XXXVII E LIII)

Art. 5º, XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;


LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;

JÚRI POPULAR (ART. 5º, XXXVIII)


Art. 5º, XXXVIII: é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei,
assegurados:
a) a plenitude de defesa;
b) o sigilo das votações;
c) a soberania dos veredictos;
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;

IRRETROATIVIDADE RELATIVA DA LEI PENAL (ART. 5º, XL)

Art. 5º, XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;
CRIMES IMPRESCRITÍVEIS (ART. 5º, XLII E XLIV)

Art. 5º, XLII: a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de
reclusão, nos termos da lei Art. 5º, XLIV: constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos
armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado democrático;
3TH (ART. 5º, XLIII)

Art. 5º, XLIII: a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça


ou anistia a prática da tortura , o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins,
o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os
mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;

INTRANSCENDÊNCIA DA PENA (ART. 5º, XLV)

Art. 5º, XLV: nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o
dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra
eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;

INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA E PENAS PERMITIDAS (ART. 5º, XLVI)

Art. 5º, XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:
a) privação ou restrição da liberdade; b) perda de bens; c) multa; d) prestação social alternativa; e)
suspensão ou interdição de direitos;
PENAS PROIBIDAS (ART. 5º, XLVII)

Art. 5º, XLVII - não haverá penas:


a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; b) de caráter perpétuo;
c) de trabalhos forçados; d) de banimento; e) cruéis;

DIREITOS DOS PRESOS (ART. 5º, XLVIII A L)

Art. 5º, XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do
delito, a idade e o sexo do apenado;
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral;
L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos
durante o período de amamentação;

DIREITOS DOS PRESOS (ART. 5º LXII A LXIV)


Art. 5º, LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente
ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada;
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe
assegurada a assistência da família e de advogado;
LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório
policial;
EXTRADIÇÃO DE BRASILEIRO (ART. 5º, LI)
Art. 5º, LI: nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum,
praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de
entorpecentes e drogas afins, na forma da lei

Nato:

Naturalizado:

EXTRADIÇÃO DE ESTRANGEIRO (ART. 5º, LII)

Art. 5º, LII: não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião

DEVIDO PROCESSO LEGAL (ART. 5º, LIV A LVI)

Art. 5º, LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são
assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;
DEVIDO PROCESSO LEGAL (ART. 5º, LVII A LIX E LXI)

Art. 5º, LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença
penal condenatória;
LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas
hipóteses previstas em lei;
LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no
prazo legal;
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada
de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime
propriamente militar, definidos em lei;

PRISÃO CIVIL POR DÍVIDA (ART. 5º, LXVII)

Art. 5º, LXVII: não haverá prisão civil por dívida, SALVO a do responsável pelo inadimplemento
voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel

GRATUIDADE DE REGISTRO DE NASCIMENTO E CERTIDÃO DE ÓBITO (ART. 5º, LXXVI)

Art. 5º, LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei:
a) o registro civil de nascimento; b) a certidão de óbito;
PRINCÍPIO DA CELERIDADE PROCESSUAL (ART. 5º, LXXVIII)

Art. 5º, LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do
processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação (EC 45/04)

APLICABILIDADE IMEDIATA DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS (ART. 5º, § 1º)

Art. 5º, § 1º. As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata

ENUMERAÇÃO ABERTA DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS (ART. 5º, § 2º)

Art. 5º, § 2º. Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do
regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa
do Brasil seja parte

Art. 5º, § 4º. O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha
manifestado adesão
Súmula Vinculante nº 4: salvo nos casos previstos na Constituição, o salário mínimo não pode ser
usado como indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser
substituído por decisão judicial.
Súmula Vinculante nº 6: não viola a Constituição o estabelecimento de remuneração inferior ao
salário mínimo para as praças prestadoras de serviço militar inicial.
Súmula Vinculante nº 16: os artigos 7º, IV, e 39, § 3º, da Constituição, referem-se ao total da
remuneração percebida pelo servidor público.
STF (repercussão geral): fixação de pensão alimentícia em salários mínimos não viola a
Constituição.

V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;


VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;
VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;

IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;


X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;
XI - participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente,
participação na gestão da empresa, conforme definido em lei;
XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei;
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais,
facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção
coletiva de trabalho;
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo
negociação coletiva;
XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento à
do normal;
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário
normal;
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e
vinte dias;

XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;


XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei;
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei;

XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;
XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da
lei;
XXIV - aposentadoria;
XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em
creches e pré-escolas;
XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;
XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei;
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que
este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de
cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do
contrato de trabalho;
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por
motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do
trabalhador portador de deficiência;
XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais
respectivos;
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer
trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos;
XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o
trabalhador avulso.

Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos
nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e
XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento
das obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas
peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à
previdência social.
DIREITOS SOCIAIS SINDICAIS

Art. 8º, caput : é livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte: Liberdade sindical
I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro no
órgão competente, vedadas ao poder público a interferência e a intervenção na organização sindical;
Autonomia sindical
II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de categoria
profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos trabalhadores ou
empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um Município;
III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em
questões judiciais ou administrativas;
IV - a assembleia geral fixará a contribuição [confederativa] que, em se tratando de categoria profissional,
será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva,
independentemente da contribuição [sindical] prevista em lei;
V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato; Liberdade sindical
VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho; VII - o aposentado
filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais
VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de
direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do mandato,
salvo se cometer falta grave nos termos da lei. Estabilidade provisória
Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-se à organização de sindicatos rurais e de
colônias de pescadores, atendidas as condições que a lei estabelecer.
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco
anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de
trabalho;
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de
sexo, idade, cor ou estado civil;
XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador
portador de deficiência;
XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais
respectivos;
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho
a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; XXXIV - igualdade
de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso.

Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos
incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e,
atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento das obrigações
tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos
nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à previdência social
NACIONALIDADE (CAPÍTULO III DO TÍTULO II – ARTS. 12 E 13)
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