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O.T.

1C95A-3 GENERALIDADES

SEÇÃO I

GENERALIDADES

1-1. TIPO DE CONSTRUÇAO 1-4. DIMENSÕES DA AERONAVE


Veja a figura 1-2.
O "Bandeirante" é um avião biturbopropulsor, mono-
plano, asa baixa, de constmção inteiramente metálica. 1-5. CONJUNTOS PRINCIPAIS
O modelo EMB-11OKl é destinado principalmente às
missões de transporte de carga ou de pára-quedistas. Veja a figura 1-3.
O modelo EMRllOP1 destina-se ao transporte de pas- 1-6. StSTEMA DE NUMERAÇAO DE DESENHOS (fi-
sageiros ou carga e o modelo EMB-1 lOP2 destina-se ao gura 1 4 )
transporte comercial de passageiros. A aeronave é consti-
tuída essencialmente dos seguintes gnipos: asa, fusela- O avião é dividido em oito grupos numerados de I a 8. O
gem, trem de pouso e grupo turbopropulsor. grupo zero é reservado para montagens gerais, estudos,
A asa é constituída de dois planos principais (asa es- desenhos e diagramas esquemáticos. Os outros grupos
querda e asa direita), inteiramente cantilever do tipo são classificados como segue:
bilongarina, com pontas de fibra de vidro removíveis, GRUPO 1 - FUSELAGEM
incorpora ailerons estaticamente balanceados com com-
GRUPO 2 - ASA
pensador do tipo comandável e flapes do tipo fenda
dupla. GRUPO 3 - EMPENAGEM
A fuselagem, de seção quadranguiar com cantos arre- GRUPO 4 - TREM DE POUSO
dondados, é de estrutura semimonocoque construída em
liga de alumínio e está dividida em seis seções básicas, GRUPO 5 - COMANDOS
para facilidade de fabricação: seção do nariz, seção da GRUPO 6 - GRUPO TURBOPROPULSOR (GTP)
cabine de comando, seção intermediária, seçáo central I, GRUPO 7 - SISTEMAS -
sego central I1 e seção do cone de cauda.
A empenagem, do tipo convencional, é constituída de
GRUPO 8 - UTILIDADES E MOBILIÁRIO
deriva, leme de direção, estabilizador e profundor. O Os grupos estruturais básicos são identificados facil-
leme de direção dispõe de um compensador do tipo mente, pois o algarismo do número do desenho é sempre
comandável. O profundor incorpora, do lado esquerdo, 1 para o grupo da fuselagem, 2 para o grupo de asa e 3
um compensador do tipo comandável e do lado direito, para o grupo da empenagem.
um compensador automático comandado pelos flapes. A numeração para os desenhos estruturais difere da nu-
O trem de pouso é do tipo triciclo, retrátil, comandado meração dos desenhos dos grupos complementares, pois
hidraulicamente. O trem principal recolhe no interior da os primeiros consistem de um grupo de quatro alga-
nacele e o trem de nariz recoihe no interior da seção rismos seguidos de um ou mais grupos de dois alga-
dianteira da fuselagem, ambos com movimento para a rismos, enquanto que nos grupos complementares, o
frente. O trem de pouso de nariz incorpora um comando número do desenho consiste de um gmpo de três alga-
de direção no solo. rismos, seguido de um ou mais gmpos de dois algarismos.
O grupo turbopropulsor é constituído de dois motores Exemplos tipicos de numeração de desenhos podem ser
turboélices Pratt & Whitney (UACL), modelo PT6A-34 encontrados na figura 1-4.
de 750 SHP;ca&a motor aciona uma hélice HartzeIi metá-
lica, tripá de passo bandeira automático reversível, de 1-7. ESTAÇOES DA AERONAVE
rotação constante. As estaçães da aeronave indicam a distância entre o pla-
A descrição detalhada dos vários componentes da célula no de referência (estação zero) e o plano da estrutura a
encontra-se nas sq6es correspondentes deste Manual. ser localizado. Os planos de referência básicos são mos-
trados na feura 1 1. -
As estações dos principais grupos estruturais estão mos-
tradas na figura 1-5.
1-3. PLANOS DE REFERÉNCIAS DA AERONAVE 18. PROVISOESDE ACESSO
Veja a figura 1- 1. Veja a f w 1-6.

Revisão 5 1-1
GENERALIDADES O.T. tC95A-3

Figura 1-1. Planos de Refer&ncra


O.T. 1C95A-3 GENERALIDADES

Figura 1-2. Dimensk da Aeronave - EMB- I IOK I (Folha I de 4 )

Revisão 5 13
GENERALIDADES O.T. 1C95A-3

FMura 1-2. Dimensões da Aeronave - EMB-1 IOPI (Folha 2 de 4)

14 Revisão 5
O.T. 1C95A-3 GENERALIDADES

METROS
IPESI POLJ

Figura 1-2. Dimensões da A~ronave- EMB-I IOP2 (Folha 3 de 4 )

Revisão 5 lã
GENERALIDADES O.T. 1C95A-3

METROS

Figura 1-2.Dimensões da Aeronave - EMB-I I O P I SAR (Folha 4 de 4)


r-.
L .
O.T. 1C95A-3 GENERALIDADES

-
Figura 1-3.Conjuntos Principais EMB- 1 1OK I (Folha 2 de 6)
GENERALIDADES O.T. 1C95A-3

NOME

Radome
Porta do trem de nariz
Porta do trem de nariz
Porta traseira do trem de nariz
Porta do compartimento eletrônico
Porta do compartimento eletrônico
Fuselagem dianteira
Fuselagem central I
Porta de emergência
Fuselagem central II
Porta principal
Fuselagem traseira
Porta do compartimento hidráulico
Barbatana dorsal
Estabilizador
Profundor esquerdo
Profundor direito
Compensador do profundor esquerdo
Compensador do profundor direito
Deriva
Carenagem da ponta da deriva
Leme de d ireção
Carenagem da ponta do leme de direção
Compensador do leme de direção
Caixão central da asa esquerda
Aileron esquerdo
Compensador do aiteron
f lape esquerdo
Bordo de ataque externo
Bordo de ataque central
Bordo de ataque interno
Carenagem asaif uselagem
Carenagem da ponta da asa esquerda
Nacele esquerda

Legenh da Folha 2 de 6 da Figura 1 3


O.T. 1C95A-3 GENERALIDADES

NOME NO DE PEÇA

Carenagem superior da nacele esquerda


Porta traseira do trem principal esquerdo
Porta traseira fixa do trem principal esquerdo
Porta dianteira do trem principal esquerdo
Porta dianteira do trem principal esquerdo
Capô superior (esquerdo e direito)
Capô inferior do motor esquerdo
Motor esquerdo
Sistema da hélice
Trem de pouso de nariz
Trem de pouso principal esquerdo
Trem de pouso principal direito
Caixão central da asa direita
Aileron direito
Flape direito
Bordo de ataque externo
Bordo de ataque central
Bordo de ataque interno
Carenagem asa/fuselagem
Nacele direita
Carenagem superior da nacele direita
Porta traseira do trem principal direito
Porta traseira fixa do trem principal direito
Porta dianteira do trem principal direito
Porta dianteira do trem principal direito
Capô inferior do motor direito
Motor direito
Sistema da hélice
Carenagem da ponta da asa direita
Carenagem da cauda
Barbatana ventral
Porta dianteira
Seção intermediária

Legenda da Folha 2 de 6 da Figura 1 3 lcontinuação)


GENERALIDADES

Figura 1-3. Conjuntos Principais - EMB- 1 1OPI (Folha 4 de 61


GENERALIDADES

NOME No DE PEÇA

Radome
Porta do trem de nariz
Porta do trem de nariz
Porta traseira do trem de nariz
Porta do compartimento eletrônico
Porta do oompartimento eletrônico
Fuselagem dianteira
Fuselagem central I
Porta de emergência
Fuselagem central II
Porta principal
Fuselagem traseira
Porta do compartimento hidráulico
Barbatana dorsal
Estabilizador
Profundor esquerdo
Profundor direito
Compensador do profundor esquerdo
Compensador do profundor direito
Deriva
Carenagem da ponta da deriva
Leme de direção
Carenagem da ponta do leme de direção
Compensador do leme de direção
Caixão central da asa esquerda
Aileron esquerdo
Compensador do aileron
Flape esquerdo
Bordo de ataque externo
Bordo de ataque central
Bordo de ataque interno
Carenagem asafiuselagem
Carenagem da ponta da asa esquerda
Nacele esquerda

Legenda da Folha 4 de 6 da Figura 1-3


O.T. 1C95A-3 GENERALIDADES

NOME

Carenagem superior da n a d e esquerda


Porta traseira do trem principal esquerdo
Porta traseira fixa do trem principal esquerdo
Porta dianteira do trem principal esquerdo
Porta dianteira do trem principal esquerdo
Capô superior (esquerdo e direito]
Capo inferior do motor esquerdo
Motor esquerdo
Sistema da hélice
Trem de pouso de nariz
Trem de pouso principal esquerdo
Trem de pouso principal direito
Caixão central da asa direita
Aileron direito
Flape direito
Bordo de ataque externo
Bordo de ataque central
Bordo de ataque interno
Carenagem asalfuselagem
Nacele direita
Carenagem superior da nacele direita
Porta traseira do trem principal direito
Porta traseira fixa do trem principal direito
Porta dianteira do trem principal direito
Porta dianteira do trem principal direito
Capô inferior do motor direito
Motor direito
Sistema da hélice
Carenagem da ponta da asa direita
Carenagem dianteira cone de cauda
Carenagem traseira cone de cauda
Barbatana ventral
Porta de emergência
Porta dianteira

Legenda da Folha 4 de 6 da Figura 13 fcontinuaçãol


CARENAGEM
4A-2420

AILERON
DIR.
BORDODE \ I 4A-2520 DERIVA COMPENSADOR
4A-3301 4A-3460
7-
O.T. 1C95A-3 GENERALIDADES

Figura 1-3. Conjuntos Principais - EMB-110P2 (Folha 6 de 6)


GENERALIDADES O.T. t C95A-3

NOME No DE PEÇA

Radome
Porta do trem de nariz
Porta do trem de nariz
Porta traseira do trem de nariz
Porta do compartimento etetrônico
Porta do compartimento eletrônico
Fuselagem dianteira
Fuselagem central 1
Porta de emergência
Fuselagem central II
Porta principal
Fuselagem traseira
Porta do compartimento hidráulico
Barbatana dorsal
Estabilizador
Rofundor esquerdo
Profundor direito
Compensador do profundor esquerdo
Compensador do profundor direito
Deriva
Carenagem da ponta da deriva
Leme de díreção
Carenagem da ponta do leme de direção
Compensador do leme de díreção
Caixão central da asa esquerda
Aileron esquerdo
Compensador do aileron
Flape esquerdo
3ordo de ataque externo
Bordo de ataque central
Bordo de ataque interno
Carenagem asdf uselagem
Carenagem da ponta da asa esquerda
N a d e esquerda

Legenda da Folha 6 de 6 da Figura 1-3


O.T. 1C95A-3 GENERALIDADES

NOME No DE PEÇA

Carenagem superior da nacele esquerda


Porta traseira do trem principal esquerdo
Porta traseira fixa do trem principal esquerdo
Porta dianteira d o trem principal esquerdo
Porta dianteira do trem principal esquerdo
Capô superior (esquerdo e direito)
Capô inferior do motor esquerdo
Motor esquerdo
Sistema da hélice
Trem de pouso de nariz
Trem de pouso principal esquerdo
Trem de pouso principal direito
Caixão central da asa direita
Aileron direito
Flape direito
Bordo de ataque externo
Bordo de ataque central
Bordo de ataque interno
Carenagem asaffuselagem
Nacele direita
Carenagem superior da nacele direita
Porta traseira do trem principal direito
Porta traseira fixa do trem principal direito
Porta dianteira do trem principal direito
Porta dianteira do trem principal direito
Capô inferior do motor direito
Motor direito
Sistema da hilice
Carenagem da ponta da asa direita
Carenagem dianteira cone de cauda
Carenagem traseira cone de cauda
Barbatana ventral
Porta de emergência
Porta dianteira

Legenda da Folha 6 de 6 da Figura 13 (continuação)


GENERALIDADES O.T. 1C95A-3

NUMERAÇAO T ~ I C ADE D E S D A ESTRUTURA

4Aou110 O O O 3

GRUPO -SUBCOMPONENTES
SUBGR UPO COMPONENTES

SUBCONJUNTO

4AjullO
NUMERACAO T

gpi ~ C D
AE DES. DE SISTEMAS

PE ÇA
MODELO
GRUPO^ SUBCOMPONENTES
LOCALIZAÇAO DE
CONJUNTO MONTAGEM

Figura 1-4. Sistema de Numeração de Desenhos

I 1-9. DIMENS~ESE D A W S GERAIS LEME DE DIREÇÃO


Área (incluindo o compensador) ........ 1/58 m2
PESOS
Peso máximo de aterragem............ 5450 kg
1-10. CATEGORIAS DE REPAROS
Peso máximo de decolagem . . . . . . . . . . . 5670 kg

ASA De uma forma geral, os reparos estruturais podem ser


divididos em duas categorias:
Pernl na raiz . . . . . . . . . NACA 23016 (modificado)
I. Pequenos reparos, que podem ser executados em
Perfil na ponta . . . . . . . . NACA 23012 (modificado) qualquer oficina de manutenção homologada.
Incidência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . + 3' 2. Grandes reparos, que podem ser executados somente
Alongamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8,09 nas oficinas do Fabricante ou em oficinas homologadas
especificamente para este tipo de serviço.
AREAS Para que se possa enquadrar corretamente um reparo
estrutural nas categorias acima indicadas, devem ser con-
Asa ........................... 29,12 m2 siderados os seguintes fatores:
Aileron (total) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2,18 mZ a. Extensão da avaria;
Flape (total) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5,04 m2 b. Facilidade de acesso à kea avariada;
c. Necessidade de desmontagem de partes da aeronave;
ESTABILIZADOR HORIZONTAL
d. Necessidade de gabaritagem especial para não alterar
Área . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5,43m2 as características dimensionais da aeronave.
t
Para se analisarem as condições existentes para a exe- \ ,
PROFUNDOR - 2

cução de um reparo, devem ser levados em conta os


Área .......................... 4,40m2 fatores seguintes:
a. Disponibilidade de material adequado;
DERIVA
b. Disponibilidade de ferramental apropriado;
Área (excluindo 0,975 m2 da barbatana
dorsal) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2,06 m2 c. Qualidade da mão-desbra disponível.

1-18 Revisão 4
-
o

EST. 736,O -- ro

EST 1066,O -w -

EST 1982,O-

EST 2 863,O -- r

EST. 3 343,O -

EST. 4 398,O --

EST. 5070.0 -

EST 5 950.0 -
EST 6400,O-

EST 7292,O-

EST 7 733,7 -
EST 8 133.7 -

EST 8 944,O --!


EST 9294,O -
EST. 9 644,O -

EST. 9 994,O -
EST 10 4O4,O -%
EST. 10 854,O -
E S T 1I 2 6 6 . 0 -2
EST. 1 1 696,O -E
EST 12 085.0-
EST. 12 102.0 -8
EST f2382,3 -
EST 12 6 8 6 , 7 -
EST. 12 9 7 5 , 4 -E
E S T 1 3 264,O -
E S T 13 584,O -
EST. 13 9 0 4 . 0 -

EST 14 634,O
I
EST.

EST.

EST
EST.
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EST.

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EST.

EST
EST.
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EST.

EST.

EST.

EST.
EST.

E S T 14 634,O
FUSELAGEM DIANTEIRA
3727.0 850,O
- FUSELAQEM CENTRAL- I
3913,7
FUSELAOEM CENTRAL-I1
2320,3
-
FUSELAQEM TRASEIRA
3780,O

Ilri Ilb IIc

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0

I EST
(n EST 13 584.0 -
3 EST I3 90+.0 -E
2
O.T. 1C95A-3 GENERALIDADES

I-
NERV 28 EST 6705,8
NERV 27 EST 6431,8

NERV 26 EST 6162.8


NERV 25 EST 5894,8

NERV 24 EST 5626,8


NERV 23 EST 5378,8
-- NERV 22 EST 5278,8
NERV 21 EST 5035,8

NERV 20 EST 4768,8


NERV 19 EST 4501,8

iR=
NERV 18 EST 4234,8
NERV 17 EST 3967,8
NERV 16 EST 3713,8
NERV 15 EST 3459,8
NERV
NERV 13 EST 2952,8
NERV
NERV 11 EST 2446,s
NERV 10 EST. 2193,8
NERV 9 NAC.365
NERV 8 NAC 222,5
NERV 7 NAC 59,9
NERV 6 NAC. 278,5

ij
NERV 5 NAC. 3 6 5
4 EST 945,8

2 EST 430,8

--- 1 EST. 46

l -EST O

Figura 1-5. Estações da Aeronave -Asa (Folha 5 de 7)

Revisão 5 1-23
GENERALIDADES

-E. V z 2380
E. V z 2180

E V. z 1901
E V. r 1040
E.V. z 1779

E. V. z 1590

E. X z 1340

E. V z 1090

E. v z 901
E. V z 840
€ . V z 779

E V z 570

E V z 445

E V z 300

E REFERÉNCIADA EMPVERTICAL
E.V zO

Figura 1 5 . Estações de Aeronave - Empenagem Vertical (Folha 6 de 7)

1-24 Revisão 5
O.T. 1C95A-3 GENERALIDADES

% DA FUSELAGEM

Figura 1-5. Estações da Aeronave - Ernpenagern Horkontal (Folha 7 de 7) I


Revisão 5 1-24A/í1-248 em branco)
O.T. 1C95A-3 GENERALIDADES

Figura 1-6. Provisões de Acesso (Folha 1 de 2)

Revisão 31 1-25
GENERALIDADES O.T. 1C95A-3

Figura 1-6. Provisões de Acesso (Folha 2 de 2)

1-26 Revisão 31
O.T. 1C95A-3 GENERALIDADES

NOTA: Devido às diferenças de requisitos quando da certificação original das aeronaves, nem todos os aces-
sos indicados nas figuras e na listagem abaixo são aplicáveis a todas as aeronaves.

No ACESSO PARA:

1 Antena de radar
2 Compartimento eletrônico
3 Haste de ligação dos pedais do leme de direção
4 Cubo da hélice, mecanismo de variação de passo da hélice
5 Grupo turbopropulsor

6 Fiação do farol de aterragem, comando do aileron, sistema de degelo


7 Tanque de combustível e vareta de nível
8 Tanque de combustível e vareta de nível
9 Solenóide do farol de aterragem
10 Válvula reguladora de fluxo do sistema de degelo
11 Guinhol do aileron
12 Tanque de combustível e vareta de nível
13 Ajustagem do aileron, conjunto do guinhol do aileron, sistema elétrico e sistema de degelo
14 Ventilação do tanque de combustível
15 Ventilação do tanque de combustível
16 Ventilação do tanque de combustível
17 Suporte da haste do comando do aileron
18 Ventilação do tanque de combustível
19 Atuador do compensador de aileron
20 Haste do comando do compensador do aileron
21 Antenas e ducto do sistema de degelo
22 Sistema de degelo do estabilizador
23 Massas de balanceamento do profundor
24 Massa de balanceamento do profundor
25 Suporte da articulação central do profundor
26 Atuador do compensador do profundor
27 Conexão para reabastecimento de oxigênio
28 Bomba manual da porta de carga (P1 & K1)
29 Compartimento de trem de pouso principal

Legenda da Figura 1-6 (Folha 1 de 2)

Revisão 31 1-27
GENERALIDADES O.T. 1C95A-3

No ACESSO PARA:

30 Tomada de fonte externa de energia hidráulica


31 Tanque de combustível e vareta de nível
32 Bombas de combustível
33 Sistema elétrico, cabos teleflex, cabos de comando e pinos de ligação asa/fuselagem
34 Conexão dos sistemas de ar condicionado e elétrico, cabos de comando de motor e do aile-
ron, ductos do sistema de degelo, tubulação hidráulica e inspeção de raiz da asa
35 Filtro de alta pressão e válvula de alívio do sistema hidráulico
36 Suporte traseiro do atuador do trem de pouso do nariz
37 Tomada de energia elétrica externa
38 Compartimento do trem de pouso pouso do nariz
39 Fixação inferior da caixa de manetas
40 Sistema de ar condicionado e oxigênio, unidade do piloto automático, guinhol do profundor,
instalação do sistema elétrico no cone de cauda e válvula de controle do sistema de degelo
41 Atuador do compensador do leme
42 Suporte da articulação central do leme de direção
43 Suporte superior da articulação do leme de direção
44 Massa de balanceamento do leme de direção
45 Ajustagem do comando profundor
46 Fixação do estabilizador à fuselagem e guinhol do leme de direção
47 Ligação das hastes do profundor
48 Massa de balanceamento do leme de direção
49 Compartimento de carga (P1 e K1) / cabine de passageiros (P2)
50 Ductos do sistema de ar condicionado
51 Bocal de abastecimento do tanque de combustível
52 Atuador do flape
53 Tubulações de combustível
54 Bocal de abastecimento e vareta de nível de óleo
55 Cabine de comando cabine e de passageiros (lado esquerdo)
56 Sistema de degelo da deriva
57 Reservatório de fluido hidráulico
58 Alavanca de abertura da saída de emergência
59 Suportes das articulacões do leme de direção
60 Cabine de comando e cabine de passageiros (lado direito)

Legenda da Figura 1-6 (Continuação)

1-28 Revisão 31
O.T. 1C95A-3 GENERALIDADES

1-11. TIPOS DE REPAROS E CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAL REMOVIW


DURANTE A SUAVIZAÇAO
AVARIAS
Quanto ao tipo de reparo necessário e sua influência na ARRANHAO OU CORTE CAMADA
disponibilidade para vôo da aeronave, as avarias podem ANTES DA SUAVIZAÇAO DE CLAD
ser classificadasem avaria desprezível, avaria que permite
v00 de traslado, avaia que necessita de reparo perma-
nente e avaria que permite reparo temporikio.

Avaria desprezivel é aquela que pode permanecer como


estA ou que pode ser com@& por um reparo simples, 110 3 248
sem restri@o de vôo. Devem ser tomadas açíies corre- METAL BASE
tivas na maioria dos casos, a fim de evitar a progressão &
avaria Nas áreas onde existem avarias desprezíveis, são
necessárias inspeges frequentes para verificar se a avaria Figura 1-8. Suavização de Arranhões
não progrediu.

Nota desprezfveis atd que tenham sido reparados por


Antes de classificar uma avaria como despre- suavizaçãjo ou mdtodo' smiilar (veja a figura 1-7). Este
zível, deve-se examiná-la minuciosamente, a fim tipo de avaria reduz a espessura do material e provoca o
de evitar um diagnóstico incorreto. Enruga- aparecimento de pontos de concentração de tensões. Isto
mentos de origem desconhecida nunca deverão podezá ocasionar rachaduras por fadiga e possfvel fdha
ser enquadrados na ~ ~ c a ç de ã avaria
o des- do componente.
prezível, até que as causas destes danos sejam A sua-o de arranhões ou cortes consiste no processo
cuidadosmente examinadas e plenamente de eiirninaçáo dos cantos vivos da área avariada. Para
detemiinadas. suavizar adequadamente, utilize uma lixa fina de papel
ou tecido (400 ou mais fina) ou então palha de
Alguns exemplos de avarias despreWveis são: aiuminio. Não use palha de aço,pois isto tende a causar
COTZOS~O. Os aamhões ou cortes devem ser iixados de
1. Ananhões e dentes
modo a remover toda a avaria.
Arranhões e dentes são avarias que não atravessam a A área iixada deve ser tão pequena quanto possivel (veja
camada protetora do material, corno por exemplo a a figum 1-8).
camada de proteçáo da chapa Clad. Venfque se a avaria
atravessou a camada externa da chapa Clad, utilizando o Nota
procedimento indicado no parágrafo 1-30. Quando da execução de um =paro por
Arranhões, cortes e talhos náo são considerados suavização nas bordas de uma chapa ou
ARRANHÃO OU CORTE perfilado, tenha sempre em mente que a
\ ANTES DO REPARO distância mfnima admissivel entre o centro
do rebite e a borda da chapa 6 de uma vez e
meia o diâmetro do rebite.
A suavização em barras usinadas ou
extrudadas pode ser executada da mesma
AREA AVARIADA APÓS
\ CONCENTRAÇAO , forma.
A SUAVIZAÇAO , DE TENSOES
Em áreas de alta concentração de tensão é necessário
efetuar iun teste com corante penetrante após a
suavizqáo, para revelar alguma rachadura que não tenha
sido percebida (veja o parrigrafo 1-31).
Ap6s a suavização, a área avariada deve ser tratada como
\ indicado no parágrafo 1-92.
CONCENIRAÇÁO DE "O 246
TENS6ES ALIVIADA As limitações de compxbnto e profundidade do
POR SUAVIZAÇAO arranhão ou corte dependem de sua localização na
Figura 1-7. Concentraçb de Tensões aeronave.
GENERALIDADES O.T. 1

2. Avarias por um&o


A avaria por corrosão, que não exceda os limites Este 6po de reparo consiste na smoção da parte
estabelecidos para arranhões ou cortes, pode çer M c a d a , inserindo no local uma peça de substituição. -
considerada desprezivd se a área corroi& for limpa, A peça usada para inserção deve ser idêntica, em tipo e
tratada e pintada. forma, à parte removida.
A inserção 6 feita no espaço resultante da remoção da
área dadicada
Este tipo de avaria normalmente tem or@m nas bordas, Uma folga de 1,O milímetro (ref .) deve ser observada de [
furos, pontos de aplicação de cargas concentradas ou
cada lado ou no contorno da peça inserida. O reforço de
onde ocorre variação bnisca na área transversal da se@
do material. ligação com a estrutura original deverá transferir adequa-
As limitações de comprimento da rachadura, distância de damente as tensões entre esta e a área da peça inserida.
outras avarias, localização específica etc variam con- Quando a parte avariada 6 slativamente grande, o reparo
forme sua iocalização na aeronave. Devem-se abrir furos por mserção é normalmente usado para simplifiw o

I de 3/32" de diâmetro nas extremidades das rachaduras,


para evitar que elas progridam.
4. Frtros e orifícios
trabalho e evitar a interferência com outros eiementos
estruturais e, tambdm, por motivos de h p e z a
aerodinâmica.
Furos e orificios podem ser alargados e suavizados desde Por exemplo: o pernl de reforço utilizado para repatar
que não reduzam a seção transversal do material, a ponto um reforçador poderá interferir com uma caverna, o que
de introduzirem tensões proibitivas ou quando não irA exigir um aiargmento do furo de passagem existente
prejudicarem a h ç ã o da peça ou componente. na mesma;neste caso podemos optar pela alternativa de
As iimitações de tamanho de orifícios, distâncias de rernwer a parte do reforçador que atravessa a caverna e
outras avarias etc variam conforme sua locdh@o na inserir urna nova seção em luga~da removida.
aeronave. Estas Iimitaçóes são apresentadas nas se@s Em seguida, deverá ser feita uma união em ambos os
aplícáveis deste Manual. kdos da sego inseRda, tal como especificado no item 1
deste p-o.
1-13. AVARIA QUE PERMITE V 6 0 DE TRASLADO 3. Reparo por sabstitmção
Avazias reparáveis por substituição são aquelas que não
Avaria que permite vôo de tradado é a avaria que pode
podem ser reparadas pelos meios citados anteriomente.
ser deixada provisoriamente m o estfi ou que necessita
Este método, aplica-se nomalmente a componentes
apenas de pequeno reparo, a fím de que a aeronave possa relativamente pequenos e que podem ser facilmente
ser trasladada para uma base de mawtenção. substituidos.
Neste caso, devem ser feitas restrições na velocidade e
fator de carga da aeronave.
1-15. AVARIA QUE PERMITE REPARO TEMPO-
1-14. AVARIA QUE NECESSITA DE REPARO PER- RARIO
NIANENTE Reparos temporários, no EMB-110, são aqueles que
Reparos permanentes no EMB-110 são aqueles que visam visam corrigir, em caxfiter temporário, urna peça ou
corrigir em carater defmitivo uma peça ou componente componente avariado.
avariado e, quando aplicados, melhoram ou, no minimo, Estes reparos, embora restituam ou melhorem as carac-
restituem as çaracterfsticas originais de resistência terísticas de resistência estmtural da aeronave, podem
estnituraí da aeronave. prejudicar o desempenho, a limpeza aerodinâmica, os
Os reparos permanentes podem ser executados por um acessos para s e ~ ç o sde manutenção etc.
dos seguintes métodos: Por exemplo: remendos externos, utilização de material
de reparo de menor resistência que o material original,
acréscimo desnecessário de peso, utilização de parafusos
Este tipo de reparo consiste em reforçar a área ou rebites externos de cabeça saliente etc.
danificada de uma peça ou componente, por meio de Apesar dos efeitos indesejáveis destes tipos de reparos,
uma chapa superposta ou por meio de material original. eles são, algumas vezes, mevitáveii quando h6 necesii-
O material de reforço é ligado âs partes não danifica- dade de colocar a aeronave em condições operacionais
da estrutura em torno de toda a área avariada, de forma no espaço de tempo mais curto possível. É preciso L..
a restaurar a resistência origmai. lembrar, entretaiito, que eles são temporária e que
Reparos deste tipo, para componentes específicos, estáo devem ser substituidos por reparos permanentes na
relacionados nas segões aplicáveis deste Manual.' primeira oportunidade.

1-30 Revisáo 24
O.T. 1C95A-3 GENERALIDADES

Quando as asas, empenagens ou superficies de comando colocados em contacto ou quando expostos a um mesmo
forem reparadas, de tal forma que as características corrosivo.
aerodinâmicas possam ter sido afetadas, deve, então, ser Esta avaria pode ser percebida nas ligas de alumfnio pela
executado um v60 de experiência, para verificar se existe presença de pequenas manchas, de depósito de pó
a necessidade de impor alguma restrição às caracterfs- branco ou de pequenos pontos pretos (pitting).
ticas operacionais da aeronave. A fermgem é uma forma de corrosão que aparece no
aço.
1-16. LIMPEZA AERODI NAMICA
5. Fogo
A limpeza aerodinâmica da aeronave t um requisito
critico do ponto de vista de desempenho. Esta causa de avaria pode ocorrer após colisão ou
Sabemos que um aumento de rugosidade na asa aumenta aterragem de emergência, durante o vôo ou em
a velocidade de estol, com o conseqüente aumento das incidentes de manutenção.
distâncias de decolagem e que reparos causadores de Exemplos: deformação de elementos estruturais, cor-
superficies expostas frontalmente ao escoamento aumen- rosão estrutural pela ação de combustão em materiais
tam o arrasto parasita, diminuindo a velocidade de não metálicos, perda de resistência estrutural pela ação
cruzeiro. do calor (mesmo não ocorrendo deformação vislvel),
É importante observar, também, as folgas das superfícies alteração da qualidade do tratamento t6rmico d o
de comando, bem como qualquer alteração demasiada material etc.
nos bordos de ataque dos controles.
O bordo de ataque da asa requer um cuidado especial,
1-18. MANUSEIO E TRANSPORTE DE
pois a sua alteração ocasiona grandes modificações no
AERONAVE AVARIADA
desempenho. Qualquer modificação que perturbe o
escoamento sobre uma superflcie critica modificará a
O manuseio adequado da aeronave avariada no local do
carga aerodinâmica nesta superffcie e, também, aumen-
acidente B essencial para evitar ou reduzir ao mlnimo a
tará o arrasto. Este efeito d diretamente proporcional ao
possibilidade de causar novas avarias. Portanto, B
aumento da velocidade. necessário que o pessoal de apoio n o solo tenha um bom
conhecimento da estrutura da aeronave e d o uso do
equipamento terrestre previsto para tais situações.
1-17. CAUSA DE AVARIAS
1-19. REMOÇAO DA AERONAVE D A PISTA EM
As avarias que podem ocorrer numa aeronave são devidas CONDIÇUESDE EMERGÊNCIA
As mais variadas causas como, por exemplo, às seguintes:
Em certos casos, pode ser necessário remover uma
1. Colisão ou impacto aeronave acidentada da pista de pouso no mais curto
A colisão ou impacto pode produzir desde uma avaria espaço de tempo possivel. Mesmo quando esta operação
menor, como um pequeno orificio ou dente, até uma está sendo executada em condições de emergência,
avaria maior, como rasgos, esmagamentos ou carboni- devem ser tomadas todas as precauções para minimizar a
zação de revestimento ou de membros estruturais, possibilidade de acarretar novas avarias a uma aeronave
podendo alterar, inclusive, o alinhamento da aeronave. reparável. Uma aeronave acidentada com os trens
2. Excesso de tensão recolhidos pode ser removida da pista com o minimo de
avarias adicionais, colocando-se uma pilha de colch&s de
O excesso de tensão provoca, geralmente, o afrouxa- ar sob cada uma das asas e inflando-os a uma pressão tal
mento ou cisalhamento de rebites, enrugamento de que faça a aeronave atingir uma altura suficiente para
revestimento e deformação ou ruptura de membros permitir a entrada de um carro especial por baixo da
estruturais. aeronave, possibilitando assim o transporte da mesma
3. Fadiga para fora da pista (veja figuras 1-9, 1-10 e 1-11).
A fadiga, geralmente, dii origem a pequenas rachaduras
causadas por vibrações e cargas ciclicas ou repetitivas, 1-20. PRECAUÇÕES DE SEGURANÇA
impostas ao revestimento, As fixações e aos elementos de Antes de proceder à remoção da aeronave, execute,
transmissão de esforços. sempre que posslvel, o seguinte procedimento de
A ocorrência de avarias deste tipo C diretamente segurança:
proporcional ao tempo de operação da aeronave.
i. Verifique se os interruptores dos geradotes e do
4. Corrosão seletor da bateria estão desligados.
A corrosão pode ocorrer quando metais diferentes são 2. Verifique se os interruptores das bombas e das
GENERALIDADES O.T. 1C95A-3

válvulas de corte de conlbustível estão desligados. c. É recomendiivel que o trem de pouso não seja
3. Desconecte os cabos da bateria, localizada no armário recolhido durante o vôo.
elktrico situado na cabine de comando, atris do assento 3. Transporte terrestre
do primeiro piloto.
Se o acidente ocorrer em local que não permita o
4. Remova o cilindro de oxigênio, instalado no cone de
cauda do avião (veja o procedimento de remoção
reboque ou a decolagem da aeronave ou, ainda, se as
avarias ocorridas exigirem a aplicação de grandes reparos, i
\
na publicação "Manual de Manutenção - Sistemas a aeronave deve ser transportada para a sua base de
de Combustível, Ar Condicionado e de Oxi- manutenção nas condições descritas no parágrafo 1-23.
gênio").
5. Remova o combustfvel existente nos tanques 1-22. MÉTODO DE SUSPENSÃO DA AERONAVE
integrais. A aeronave completa deve ser suspensa usando-se o
6. Remova o 61eo lubrificante do grupo turbopropulsor procedimento descrito no parágrafo 1-19,com o auxilio
e o 61eo hidráulico do reservatbrio. do carro especial, conforme indicado nas figu-
ras 1-9, 1-10e 1-11.
1-21. PROCEDIMENTOS PARA REMOÇÃO DA
AERONAVE DO LOCAL DO ACIDENTE 1-23. TRANSPORTE
De acordo com o local do acidente, adote um dos A fm de facilitar o transporte da aeronave avariada para
procedimentos para remoção abaixo indicados, segundo uma base de reparos, devem ser removidos os seguintes
a seguinte ordem de preferência: componentes:
1. Reboque da aeronave 1. HClices
O mBtodo mais recomenddvel de transportar a aeronave 2. Motores
para um locd onde há facilidades para execução de 3. Asas
reparos consiste em rebocfi-la sobre seu próprio trem de 4. Empenagem horizontal
pouso. Este método C particularmente recomendado nos
casos de acidentes ocorridos na pista de pouso ou nas
5. Empenagem vertical
Os componentes devem ser transportados em disposi-
i
imediações. tivos adequados de fmação e suportes, conforme
Para rebocar a aeronave, adote o seguinte procedimento: indicado na publicação "Manual de Manuten-
a. Suspenda a aeronave sobre macacos. Entretanto, ção - Manuseio no Solo, SeMços e Manutenção da
antes de executar esta operação, verifique se não Célula".
existem avarias que possam se agravar durante o Os procedimentos de montagem e desmontagem destes
levantamento. componentes podem ser encontrados nos respectivos
b. Abaixe e trave o trem de pouso. Se o trem de pouso Manuais de Manutenção.
não puder ser abaixado ou se não puder ser utilizado
com segurança, tente fazer um Eparo de emergência 1-24. CRITERIO DE INSPEÇÃO E AVALIA-
para possibilitar o reboque da aeronave. ÇÀQ DE AVARtAS
c. Retire os macacos da aeronave.
2. Decolagem do local do acidente 1-25. INVESTIGAÇAO DE AVARIAS
Caso as avarias ocorridas na aeronave possam ser A estrutura primária da aeronave B projetada para resistir
enquadradas na classificação descrita no parágrafo 1-13 aos esforços que ocorrem durante sua operação normal e
e, se as ccmdições do terreno no local do acidente ou nas transmiti-los aos elementos resistentes principais da asa e
imediações permitirem uma decolagem com segurança, C da fuselagem.
recomendável efetuar um v60 de traslado do local para a Em conseqüência, quando ocorrer uma avaria em
base de manutenção mais pr6xima. Entretanto, devem qualquer elemento estrutural, é necessário executar uma
ser rigorosamente obedecidas as seguintes precauções: inspeção completa e cuidadosa no elemento avariado e
na área adjacente.
a. A execução dos reparos temporirios indispensáveis
É possivei que os esforços que provocaram a avaria
para permitir o v60 de traslado deve ser supervisio-
tenham sido transmitidos atravCs da estmtura adjacente,
nada pelo Departamento de Engenharia do utilizador.
provocando o aparecimento de avanas secundárias em
b. A decolagem s6 deve ser efetuada com vento calmo e regiões diferentes da área inicialmente afetada.
se o v60 puder ser totalmente realizado em condições Se esta avaria secundária não for detectada, os esforços
de visibilidade. normais de operação, que se difundem ao longo do
O.T. 1C95A-3 GENERALIDADES

Figura 1-9. Suspensão da Aeronave Avariada por Meio de Bolsas de Ar (Folha I de 2)


GENERALIDADES

Figura 1-9. Suspensão da Aeronave Avariada por Meio de Bolsas de Ar (Folha 2 de 21


GENERALIDADES

Figura f - 10. Transporte da Aeronave Avariada sobre o Carro-Suporte


GENERALIDADES O.T. 1C95A-3

Figura I- 11. Transporte da Aeronave Avariada sobre o Trem de Pouso Abaixado


O.T. 1C95A-3 GENERALIDADES

elemento afetado, podem provocar a falha estrutural do indicios de empenamento ou cisalhamento. Verifique,
mesmo. ainda, se estão ovalizados os furos de passagem destes
É necessirio, portanto, executar uma inspeção cuidadosa parafusos.
em toda a estrutura, ao longo da qual os esforços são hpecione as estruturas-suporte quanto a empenamento,
transmitidos e uma verificação quanto a possíveis distorção e outras deformações, tais como: dentes,
desalinhamentos dos elementos e peças. mossas etc.
Verifique igualmente se os parafusos e outros elementos
1-26. INSPEÇÃO PRELIMINAR EXTERNA de fxação apresentam indfcios de cisalhamento ou
afrouxamento.
Podem ser obtidas informações importantes a respeito Utilizando uma escala retilínea, verifique o alinhamento
das condições da estrutura interna da aeronave, por meio da estrutura suspeita com os elementos adjacentes,
de um cuidadoso exame do revestimento da fuselagem, tomando como referência superficies planas perfeita-
asas e empenagens. mente conhecidas, tais como: almas de longarinas,
Quando forem detectadas avarias dos tipos abaixo cavernas e vigas de reforço estrutural.
relacionados, 6 absolutamente necessário executar uma Sempre que uma aeronave tenha sido avariada ou
inspeção completa da estrutura interna na região afetada. quando existir suspeita de avaria, examine rninuciosa-
1. Enrugamentos, ondulações, mossas ou sulcos no mente a estrutura nas regiões de fmação dos
revestimento, principalmente na região dos elementos componentes principais,' bem como naquelas que
estruturais principais e nos locais de fxação de ferragens. suportam grandes cargas (f~açõesde massas cuncen-
tradas, por exempIo). Entre outras, devem ser
2. Rebites e parafusos frouxos ou cisalhados.
examinadas as seguintes regiões:
3. Carenagens e outros elementos não estruturais 1. Pontos de kação asalfuselagem.
quebrados, rachados, enrugados ou desalinhados.
2. Pontos de fixação do estabilizador e da deriva.
4. Fixações de portas, tampas e janelas, desalinhadas ou
retorcidas. 3. Pontos de articulação das superficies de comando.
4. Fixação das massas de balanceamento.
5. Pinos de fixação do trem de pouso principal e de
nariz.
6. Pontos de fixação dos berços dos motores.
Prossiga a inspeção durante a demontagem e reparo da
Um item importante desta inspeção preliminar aeronave, pois nestas etapas podem aparecer indicios de
é a verificaçáo das superflcies de comando avarias ainda não detectadas.
quanto ao alinhamento do bordo de fuga com a Se uma peça de reposição não encaixar corretamente,
estrutura adjacente (estando a superficie na verifique se há alguma avaria, na estrutura-suporte, que
posigo neutra) e quanto ao deslocamento & tenha passado despercebida nas inspeções anteriores.
mesma ao longo de todo o curso aprovado (esta Sempre que substituir um elemento móvel, após a
deve se movimentar hernente, sem emperra- instalação, verifique a liberdade de movimento, folgas e
mento ou mçamento). alinhamento ao longo do seu curso completo.

1-27. INSPEÇÃO VISUAL DETALHADA


As áreas adjacentes i avaria devem ser inspecionadas 1-28. PROCEDIMENTOS DE INSPEÇÃO
cuidadosamente. Remova as carenagens e/ou janelas de
acesso (reja a figura 14) e inspecione a estrutura, 1-29. INSPEÇAO DE REBITES
especialmente os forjados, fundidos e outras peças
usinadas, quanto a rachaduras ou sinais de &rem sido A inspeção de rebites do revestimento 6 sempre
deslocadas ou deformadas. Algumas caracteristicas importante para se verificarem as condições da estrutura
evidentes de possiveis deslocamentos ou deformações da aeronave; entretanto, devem ser feitas algumas
são: falhas na pintura em torno das bordas da peça, considerações para evitar interpretações incorretas a
existência de rebites ou parafusos cisalhados ou, ainda, respeito de rebites frouxos.
aparecimento de pequenas folgas nas extremidades das Pequenas fissuras na pmtura ou presença de um anel
superffcies de contacto na junção. preto de impurezas sedimentadas em tomo da cabeça do
Sempre que possivel, remova pelo menos 2 parahsos de rebite não constituem indicio absolutamente correto do
uma fixação suspeita e verifique se estes apresentam seu afrouxamento, uma vez que isto pode, tambt?m, ser
GENERAUDADES O.T. IC95A3

atribuído a uma falha na instalação do rebite, à prepara- Nota


ção defeituosa da chapa de metal ou a combinação de
ambas as causas. Um método mais adequado para veri- A partir do momento em que for constatada a
ficar as condições de fixação .consiste em colocar a existência de rebites frouxos de qualquer um
ponta do dedo sobre a cabeça do rebite a ser examinado dos casos mencionados no parágrafo 1-29, e
e, ao mesmo tempo, bater levemente com os nós dos desde que não se verifique nenhuma outra dis-
dedos da outra mão no painel adjacente. Se o rebite esti- crepância na região da cravago afetada, subs- --
ver Fouxo, m a ligeira vibração será sentida, devido ao titua-os na próxima manutenção programada
movimento do mesmo dentro do furo. do avião, conservando a especificação original.
Os rebites frouxos podem ser classificados em: O diâmetro do rebite deverá ser mantido sem-
pre que possível; caso contrário, utilize a
a. Rebites afrouxados por defeitos de rebitagem. Neste
sobremedida imediatamente superior.
caso, eles estarão distribuídos indiferentemente em
todas as regiões da aeronave.
b. Rebites afrouxados por causas externas. Neste caso, 1-30. TESTE QU~MICOPARA INSPEÇÃO DE CA-
eles estarão geralmente concentrados em regiões MADA CLAD I
tipicas da aeronave, tais como: áreas que circundam Todas as ligas Clad de alumínio utilizadas no EMB-
os pontos de fixação da asa, áreas adjacentes às fixa- 110 estão em conformidade com a especificação QQ-
ções do trem de pouso, áreas ao longo das carreiras A-250. A camada de proteção Clad, de cada lado, é de
de rebites dispostos no sentido da envergadura da 5% da espessura básica da chapa para bitolas superio-
asa etc. res a 1,6 rnm (0,063 pol).
Os rebites frouxos de classe "a" não constituem motivo O teste descrito a seguir pode ser utilizado para verifi-
para investigação mais detalhada, já que sua existência car se um arranhão ou corte atravessou a camada prote-
é considerada normaI. tora de Clad.
Os rebites frouxos de classe "b", entretanto, requerem 1. Limpe a superfkie a ser testada com metiletilcetona
uma análise minuciosa na região afetada e na estrutura (Espec. Federal TT-M-261), tricloretileno ou outro
adjacente. detergente.
i.-
i.SUPERF~CIEA SER EXAMINADA 2. O PENETRANTE É APUCADO 3. O PENETRANTE É REMOVIDO
NA SUPERF~CIEE ABSORVIDO DA SUPERF~CIECOM EXCEÇÃO
PELA RACHADURA DAQUELE QUE FICOU RETIDO
NA RACHADURA

4. O RNElADOR TRAZ O
PENETRANTE PAAA A
SUPERF~CIE
5. O PENETRANTE FLUORESCENTE BRILHA
QUANDO EXAMINADO COM LUZ NEGRA
(ULTRAVIOLETA), EM CAMAFIA ESCURA
110RE031.CIT

Figura ?- 12. Ação do Penetrante Fluorescente


I-38 Revisão 24
O.T. 1C95A-3 GENERALIDADES

2. Aplique uma gota da seguinte solução na área avaria- que não sejam prejudicados por reaçóes químicas ou
da: 20 g de nitrato de potássio, 10 g de soda cáustica físicas com os produtos utilizados na inspeçáo.
(hidróxido de saio) e água destilada para obter 100 cm3 Alguns exemplos típicos de peças que podem ser inspe-
de solução. cionadas por este método são: usinados de aço, forjados
3. A solução deve permanecer na área afetada no mínimo de alumínio ou magnésio e todos os fundidos de mag-
por um minuto e não mais que 3 minutos. Se a avaria nésio.
atravessar a camada Clad atingindo o material-base, Execute a inspeção, conforme o seguinte procedimento.
aparecerá uma coloraçáo escura; caso c o n ~ oa,colora- 1. Remova a camada de pintura e execute uma limpeza
ção original permanecerá inalterada. completa na peça a ser inspecionada, utilizando remove-
4. Após a conclusão~doteste, lave a áreã"afetada com dores de pintura e solventes aprovados.
água limpa e fria. A superfície a ser inspecionada deve estar seca e total-
mente isenta de incrustações, poeira, óleo ou graxa.
5. Aplique uma boa quantidade de solução de ácido crô-
A limpeza das peças pode ser feita com desengraxante a
mico a 5% na área avariada. Enxugue o excesso de solu-
vapor ou com solvente.
ção com um pano limpo.

u ATENÇÃO

A solução de teste deve ser utilizadacom mui-


Eviteo emprego de método mecânicos de lim-
peza, pois estes podem provocar a amaigama-
to cuidado. Se a mesma respingar na pele, çáo das bordas das descontinnidades (racha-
lave a região afetada com i&m fria corrente. duras, cortes, dentes, porosidades etc) ou a
obstrução das mesmas ma superfície, tor-
nando Mcii a entrada do peneirante.

2. Aplique o corante penetrante com pincel ou pulveriza-


dor e aguarde cerca de 2 minutos. Em seguida, aplique
novamenteo corantepenetrante e deixe transcorrer mais 2
Sob certas eondiçóes, a so1ução de teste é cor- minutos. Para pesquisa & rachaduras extremamente pe-
miva e por isto não deve ser usada em locais quenas, aplique o corante penetrante por 3 vezes e
onde sua apiicaçâo não possa ser controlada, aguarde 5 minutos após cada aplicação.
para evitar infiltraçhsob cabeças de parafu- 3. Remova a maior quantidade possíve1.de penetrante
sos, rebites etc ou entre superficies de con- com um pedaço de pano limpo e seco e, em seguida, com
tacto. um pedaço de pano impregnado de solvente. Enxugue a
superfície com um pedaço de pano limpo.
i 3i. MÉTODO DE INSPEÇÃO POR PENETRANTE
(figura 1-12)
Os produtos utilizados na inspeçáo por penetrante podem
ser fluorescentes. Os primeiros brilham ou apresentam
fluorescência, quando expostos i luz negra (próxima da
i ultravioleta). Os produtos não fluorescentes, quando exa- É importante remover totalmente o pene-
minados sob luz branca, ficam fortemente contrastantes trante para evitar faisas indicações. Utilize
com a superfície que esth sendo inspecionada. Estes pro- um d e t e com ponta de algoda0 mergulhado
dutos podem ser empregados indistintamente, a menos em solvente para a secagem de oriTios, ros-
que seja especificamenterecomendada a utilizaçáo de um cas, ângulos agudús etc.
I determinado tipo. M o faça a imersáo das peças no solvente, pois
Este método pode ser usado para detecção de avarias isto poderá reduzir a visuaiizaçáo do defeito.
superficiais em materiais não absorventes e não porosos, Não seque as peças com ar comprimido.

Revisão 24 1-39
GENERAUDADES O.T. IC95A3

Nota não destrutivo que obtém informações de diversas vari-


áveis de um material condutivo como:
O revelador deve estar perfeitamente mistu-
rado, quando em uso. Antes de aplicá-lo, agite Tipo de liga, dureza, condições de tratamento térmico,
vigorosamente o recipiente. espessura, trincas, etc.

4. Aplique urna camada bem fina de revelador e observe


cuidadosamente a peça, enquanto o mesmo está secando.
E recomendável soprar levemente sobre a peça, para O método consiste na aplicação de uma corrente alter-
melhorar as condições de detecção de pequenas racha- nada com uma frequência selecionada em uma bobina
duras e aumentar a rapidez da secagem. Faça uma só de teste. A corrente alternada gera um campo magné-
aplicação do revelador, uma vez que as aplicações tico variável ao redor da bobina de teste. Quando a
sucessivas tendem a remover as indicações menores. bobina de teste é posicionada próximo a uma peça de
As rachaduras e falhas absorvem o corante penetrante material condutivo, o campo magnético da bobina
que, em contato com o revelador, resulta numa indica- induz uma corrente elétrica circular na peça, que é
ção vermelha briIhante. denominada de corrente parasita ("Eddy Current"). O
Uma linha vermelha indica rachadura ou fissura. fluxo destas correntes parasitas gera um outro campo
Pontos vermelhos saltados indicam cavidades ou magnético que afeta as caracteristicas elétricas da
porosidades. bobina e é monitorado pelo equipamento de teste. Vari-
Uma série de pontos vermelhos em linha indicam ações nas características do material que está sendo
rachadura de dimensões reduzidas (muito fechada), na ensaiado, tais como composição química, dureza, con-
qual o corante penetrou em apenas alguns pontos. A dição de tratamento térmico, geometria, descontinuida-
profundidade da rachadura pode ser estimada pela lar- des, etc., produzem uma mudança no fluxo das
gura da indicação. correntes parasitas, que são detectadas pelo equipa-
Uma indicação rosada mostra que o penetrante não foi mento de inspeção e mostradas num indicador.
totalmente removido antes da aplicação do revelador.
Se existe suspeita de uma rachadura quase impercepti-
vel, espere vários minutos para que apareça a indica- 1-31C. FATORES QUE AFETAM A INSPEÇÃO POR
ção. CORRENTES PARASITAS
O procedimento com a utilização dos penetrantes fluo-
rescentes é similar ao adotado com os produtos não flu- Os fatores que provocam mudanças no fluxo de corren-
orescentes, exceto que a inspeção deve ser efetuada tes parasitas são:
com luz negra em câmara escura. 1. Variação da geometria elou dimensão da peça.
Na aplicação dos procedimentos de inspeção por pene- 2. Descontinuidades como: trincas, porosidades,
trantes, devem ser consideradas as seguintes informa- vazios, inclusões, etc.
çõles:
3. Variações na composição química e no conteúdo de
As soluções utilizadas no processo não são corrosi-
vas e podem ser mantidas em contato com materiais liga.
metálicos pelo tempo que se fizer necessário. 4. Variação da dureza.
Evite a contaminação do solvente ou do revelador 5. Trabalho mecânico.
pelo corante penetrante. 6. Variação na espessura da proteção superficial.
Mantenha os recipientes fechados, quando não esti- 7. Variação na distância sonda-peça (liftoff).
verem em uso, para evitar a evaporação.
8, Temperatura.
O corante é solíivel em óleo e pode ser removido das
mãos com detergente comum. 9. Tensões internas nos metais.
Para maiores informações, consulte a norma MIL-I- 10. Variação da permeabilidade magnética.
6866. 11. Efeito de borda.
12. Interferências eletromagnéticas.
1-3lA. INSPEÇÃO POR CORRENTES PARA- A distribuição de correntes parasitas numa peça é
SITAS determinada pela fieqüência usada na inspeção, pelo
acoplamento entre a sonda e a peça e pela condutivi-
Inspeção por correntes parasitas é um método de ensaio dade e pemeabilidade da peça.

1-40 Revisão 24
O.T. 1C95A-3 GENERALIDADES

A profundidade de penetração das correntes parasitas perfície da peça em ensaio.


numa pqa varia inversamente com a condutividade e
4. Em várias aplicações, os resultados são qualitativos e
pemeabilidade do material e com a frequência aplicada
não quantitativos.
na bobina de teste. Variações locais de pemeabilidade,
em peps de aço de baixa liga, produzem indicaçks no 5. Apresenta algumas dificuldades na obtenção de regis-
equipamento de teste idênticas às indicações produzidas tros permanentes.
pela detecção de descontinuidades, dificultando a inter- 6. Em algumas aplicações para detectar descontinuida-
pretação da indicação. des em materiais ferromagnéticos, é necessário saturar
Inspeção de metais ferromagnéticos pelo método de cor- magneticamente o material antes do ensaio.
rentes parasitas não é recomendado a menos que não
exista outro método de inspeçáo disponível. 1-31G. EQUIPAMENTOS
I. Sondas e Bobinas
131D. APLICAÇOESDA INSPEÇÃO POR CORREN-
TES PARASITAS A sonda ou bobina de teste é um dos componentes de
maior importância num sistema de inspeção por correntes
As aplicações da inspeção por correntes parasitas em parasitas, porque é através dela que se obtém todas as
estruturas de aeronaves, principalmente em peças de alu- infomaçks sobre o material que está sendo ensaiado. As
mínio ou ligas não magnéticas, são: bobinas de testes devem ser projetadas para atender às
1. Detecção de trincas em diversas situaçóes. necessidades específicas de uma determinada inspeção a
ser realizada.
2. Detecção de corrosão. Conforme a sua configuração as bobinas podem ser clas-
3. Identificação das condições da liga ou do tratamento sificadas como sondas, bobinas externas e bobinas in-
térmico. ternas.
4. Avaliação de danos de aquecimento em estrutura ex- Para escolher o tipo de sonda e a freqiiência a ser usada
posta a fogo ou temperaturas elevadas. numa determinada inspeção, deve-se considerar as se-
guintes fatores:
1-31E. VANTAGENS DA INSPEÇÃO POR CORREN- a. Tipo de material (liga, condiçóes de tratamento tér-
TES PARASITAS mico).
b. Espessura do material a ser inspecionado.
1. &ma sensibilidade na detecção de descontinuidades
superficiais. c. Profundidade de penetração desejada.
2. As indicações são imediatas. d. Sensibilidade necessária.
3. Na maioria das aplicações, não requer contato direto e. D i q a o esperada da trinca.
entre a sonda e a superfície da peça a ser ensaiada. f. Tipo de prendedor, matenal, tamanho e espaçamento.
4. Não utilii materiais de consumo. g. Efeito de bordas.
5. O método possibilita alto grau de automatização e h. Estrutura adjacente que pode restringir o acesso da
elevadas velocidades de inspeção. sonda ou provocar sinais de interferência.
6. Não exige uma preparação superficial rigorosa das i. Relação sinal-ruído.
peças a serem ensaiadas. 2. Equipamento de Inspeçio
A complexi&de do equipamento utilizado na inspeção
I - ~ I F . LMTAÇ~ES DA INSPEÇÃO PORCORREN- por correntes parasitas difere conforme a aplicação.
TES PARASITAS O equipamento deve possuir as funçães de fornecer a
1. A profundidade de penetração do ensaio é limitada e corrente de excitação necessária ao ensaio, modular e
depende da Ereqüência e do material ensaiado. processar os sinais fornecidos pela sonda e pela peça
ensaiada, e apresentar a indicação. A apresentação &
2. Mais de uma variável afeta simultâneamente ao en- indicaçáo pode ser realizada por medidores d ó g i c o s ou
saio, o que pode dificultara interpretação das indicaçks. digitais, tubos de raios catódicos (oscilosc6pios),alarmes
3. As indicaçóes não são produzidas diretamente na su audiveis ou visuais, registradores gráficos, etc.

Revisão 24 1-41
GENERAUDADES O.T. 1C95A-3

,-

3. Padrões de Referência A verificação da simetria angular consiste na medição C-'


Os padrões de referência devem ser idênticos a região a dos diedros e ângulos de incidência em pontos prede-
ser inspecionada, isto é, devem ser fabricados com o terminados das superfkies fixas. As dimensões assim
mesmo material e processo de fabricação, as mesmas obtidas são comparadas com as tolerâncias permissí-
dimensões, o mesmo tipo de prendedores, o mesmo veis. ,- -
acabamento superficial, etc. A tnangulação consiste na medição das distâncias entre i
\
as projeções num plano horizontal de pontos pré-
Alem disso, devem possuir descontinuidades padroni-
zadas que são usadas para ajustar a sensibilidade do
equipamento antes e durante a inspeção.
determinados, simétricos em relação ao plano vertical
que contém o eixo longitudinal da fuselagem. Estas
I
dimensões são comparadas entre si para verificar se as
diferenças das medidas não excedem as tolerâncias
admissiveis.
A simetria angular e a triangulação devem ser efetua-
As apIicações das correntes parasitas podem ser ciassi- das somente com a aeronave perfeitamente nivelada.
ficadas em três categorias:
1. Inspeção Superficial ou de Alta Frequência 1-34. NIVELAMENTO DA AERONAVE (figura 1-13)
As inspeções de alta frequência são aquelas que utili- Nota
zam urna frequência acima de 50 Khz. Este tipo de ins-
peção detecta as descontinuidades superficiais e as O nivelamento deve ser feito em ambiente de
descontinuidades localizadas logo abaixo da superficie ar calmo, de preferência em recinto fechado.
da peça em contato com a sonda.
ExempIos de aplicações deste tipo de inspeção são as 1. Instale os 3 macacos nos pontos de apoio e levante
inspeções de furos de prendedores com a remoção dos o avião ate que as rodasse separem do solo.
prendedores e a grande variedade de inspeções de trin- 2. Localize e acesse o ponto de suspensão do fio de
cas superficiais. prumo e a marca de referência (interior do avião,
2. Inspeção Subsuperficialou de Baixa Frequência caverna 16).
As inspeções de baixa frequência são aquelas que utili- 3. Instale o fio de prumo.
zam freqüências abaixo de 50 Khz. Este tipo de inspe-
ção detecta as descontinuidades subsuperficiais, 4. Ame os macacos até que a ponta do prumo coincida
usando sondas e equipamentos projetados especifica- com o centro da marca de referência. Quando isto
mente para a aplicação de baixa frequência. acontecer, o avião estará nivelado lateral e longitudi-
nalmente.
3. Medição de Condutividade
Para medir a condutividade de um material não-magné- 135. VERIFICAÇÃO DA SIMETRIA ANGULAR DA
tico, são usados equipamentos de inspeção por corren- ASA (figura 1- 14)
tes parasitas, calibrados para a leitura de condutividade
elétnca em IACS (Intemational Annealed Copper Stan- Nota
dard). Para a verificação do diedro e incidência da
A medição da condutividade elétrica em materiais não- asa, a aeronave deve estar nivelada de acordo
magnéticos é uma maneira de controlar características com o parágrafo 1-34.
tais como composição química, dureza, tratamento tér-
mico, etc. 1. Para a verificação do ângulo diedro, proceda da
seguinte maneira:
a. Apoie uma régua sobre a longarina dianteira, entre
1-32.ALINHAMENTO DA AERONAVE as estações 2.699,8 (nervura 12) e 3.967,s (nervura
. - .$7J
-2. 1\ .
1-33. GENERALIDADES
b. Apoie o clinometro sobre a régua e anote o valor
O teste de alinhamento compreende a verificação da obtido. Some um grau (Io) ao valor obtido e com-
simetria Iinear (triangulação) e da simetria angular da pare o resultado com o valor exigido na tabela 1-1.
aeronave nivelada e é efetuado Com O objetivo de loca- 2. para.a verificaçao do gngulo de inndencia,
lizar deformações estruturais. da seguinte maneira:

142 Revisão24
O.T. 1C95A-3
- . .

Figura 1- 13. Nivelarnento da Aeronave

Revisão 24 143
GENERALIDADES O.T. 1-A-3

REGUA P/N 4A-2113-03W16E


/

NERWRA 21

~NCIDÊNCIA

Figura 1- 14. VerificaçSo da Simetria Angular da Asa


O.T. 1C95A-3 GENERALIDADES

a. Instale a régua PIN 4A-2113-03W16E na estaçáo resultado com o valor exigido na tabela 1-IA.
682,8 ( n e m 3), apoiada na cavidade do parafuso
2. Para a verificação do ângulo de incidência, proceda
(retirado) de fixação do bordo de ataque e alinhada
da seguinte maneira:
com a rebitagem existente.
b. Proceda da mesma maneira para a régua PíN 4A- a. Instale a régua na estação 821,O (nervura 4).
21 13-21W16E na estação 5.035,s (nervura 21). b. Apóie o clinômetro sobre a régua e anote o valor
c. Apóie o clinôrnetro sobre a régua da nervura 3 e obtido*
anote o valor obtido. Proceda da mesma maneira c. Proceda da mesma maneira para a outra régua da
para a outra régua da nervura 21. Compare os va- nervura 11; compare os valores obtidos com os exi-
lores obtidos com os exigidos na tabela 1-1. gidos na tabela I-IA.

1-35A. VERIFICAÇÃO DA SIMETRIA ANGULAR DO


ESTABILIZADOR HORIZONTAL COM DIEDRO 10" 1-36. TRIANGULAÇAO DA AERONAVE (figuras
(figura 1-14A) 1-15 e 1-16)
Nota Nota
A verificação dos ânguios diedros e incidên- Para proceder à tnangulação, nivele a aero-
cia do estabilizador horizontal é aplicável nave, conforme indicado no parágrafo 1-34.
somente a aeronaves com diedro 10".
Para verificação do diedro e incidência do 1. Suspenda fios de prumo dos pontos A, B, B', C, C' e
estabilizador horizontal, a aeronave deve estar D'. Projete esses pontos no solo; meça e registre as dis-
nivelada de acordo com o parágrafo 1-34. tâncias AB,AB', BC, B'C', BD e B'D'.
2. Meça e registre as distâncias C' sup. E' e C sup. E.
1. Para a verificação do ângulo diedro, proceda da
seguinte maneira:
Nota
a. Apóie a régua sobre o estabilizador conforme mostra
a figura 1- 14A. O alinhamento da aeronave será considerado
aceitável quando as diferenças obtidas estive-
b. Apóie o clinômetro sobre a régua e anote o valor
remdentro dos Limites indicados na tabela 1-2.
obtido. Some 0" 48' ao valor obtido e compare o

[ I ASA I ESQUERDA I DlREiTA I 1 ESTABILIZADOR 1 ESQUERDO I DIREiTO I


VALOR VALOR 9" 30' A 10" 30'
6" 30' A 7" 30'
EXIGIDO EXIGIDO
Q
VALOR
n VALOR
OBTIDO OBTIDO

O
VALOR
EXIGIDO
I
2' 30' A
3" 30'
I
2" 30' A
3" 30' I VALOR
EXIGIDO
1
I
O" *301 1
I
O" 130' 1
VALOR I VALOR
1 I OBTIDO I I I OBTIDO I

Tabela 1-1 Tabela 1- l A

Revisão 25 145
GENERALIDADES O.T. 1C95A-3

NERVURA 4
NERWRA 11

Figura 7- 744. Verificação da Simetria Angular do Estabilizador com Diedro 7 0 0


GENERALIDADES

Figura 1 - 7 5 Pontos de Referência para Verificaçio da Simetia Linear (tríangulação)

RwiGo 24 1-47
O.T. 1C95A-3

COR PRETA

MARCA* IDENTIFICADORA
DOS POMOS DE TRIANGULAÇÃO - . --
A a E (~'PICA) E'E

Figura 1-16. Triangulaçãoda Aeronave


1-48 24
O.T. 1C95A-3 GENERALIDADES

VALORES DIFERENÇA DIFERENÇA 1-38. VERIFICAÇÃODO ALINHAMENTO DAS RO-


MEDIDOS ENCONTRADA PERMISS~VEL DAS DO TREM DE POUSO PRINCIPAL
Consulte a publicação "Manual de Manutenção - Sis-
tema Hidráulico e Trem de Pouso".
Bc
r'
R' I BC - B'C' I 1-39. VERFICAÇÃODA CAMBAGEM DAS RODAS
DO TREM DE POUSO PRINCIPAL (figura 1-19)
Para verificar o ângulo de inclinação das rodas do trem de
pouso em relaçio ao eixo vertical, adote o seguinte proce-
dimento:
1. Execute as etapas indicadas nos itens 1, 2 e 3 do
Tabela 7-2 parágrafo 1-37.
2. Utilizando um clinômetro, meça o ângulo de inclina-
ção da roda (A ou B da figura 1-19).
1-37. TRIANGUUÇÃODO TREM DE POUSO PRIN- 3. Verifique se o valor obtido está compreendido nas
CIPAL (figura 1-17) tolerâncias indicadas na Tabela 1-4.
1. Coloque a aeronave sobre macacos, suspendendo-a 1

aié que as partes cromadas dos tubos dos pistões dos VALOR VALOR
TREM
amortedores principais atinjam a medida de 146 mm. EXIGIDO OBTIDO

2. Na medida acima, fixe os amortecedores do trem de DIREITO 00 2 30'


pouso, instalando a barra de fixação do amortecedor 4A-
-41UW26H-1ou A.004-00 no íremdo nariz e as barras de ESQUERDO 00 I30'
fixação 4A-421-W26H-1 ou A.005-00 no trem principal; NARIZ 00 I10'
prossiga o levantamento da aeronave até que as rodas se
desprendam do solo.
Tabela 1-4
3. Proceda ao nivelamento da aeronave, confonne indi-
cado no parágrafo 1-34.
4. Faça a projeção no solo dos pontos A, D, H e H' 1-40. MRIFICAÇÃODO ALINHAMENTO DO E M 0
definidos na figura 1-17. DOS MOTORES ( f i p 1-20)
5. Meça as distâncias AH,AH',DH e D'H' Calcule a .
diferençaentre os segmentos AH-AH' e DH-D'H' e com- Nota
pare com a diferença permissível indicada na tabela 1-3. Para fazer esta verificação nivele a aeronave
conforme indicado no parágrafo 1-34.
-
VALORES DIFERENÇA DIFERENÇA 1. Projeten~soloosponfosA~DeD'dafigural-17,por
M€DlDOS ENCONTRADA PERMISS~~EL meio do fio de prumo.
AH
f 10mm 2. Trace no solo a reta que passa pelos pontos A e M,
AH' sendo M o ponto médio do segmento DD'.
DH 3. Remova os " s ~ e r s "das hélices.
10mm
D' H'
4. Suspenda um fio de prumo do centro do cubo de cada
Nota uma das hélices e determine os pontos P e P' da figura
H e H' - Centro do furo de reboque do trem Principal.
1-20 (folha 2 de 2).
A, D e D' - Definidos no pardgrafo 1-36. S. Suspenda um fio de pnuno a partir dos pontos marca-
dos nas paredes & fogo, na parte inferior da fixação do
berço do motor,determinando assim os pontos Q e Q' da
Tabela 1-3 figura 1-20 (folha 2 de 2).
GENERALIDADES O.T. f C95A-3
. ,

FigUra 1- 1 7.Triangulação do Trem de Pouso

1 6. Trace uma reta entre os pontos P-P' e Q-Q' para centro do cubo da hélice.
determinar os pontos N e R sobre o eixo longitudinal da = I~~~~~~~~~~~ da linha horizontal com a pmede de
aeronave. fogo.
7. Meça as distâncias PN, QR, P'N e Q'R. Calcule a
diferença entre os segmentos PN-QR e P'N-Q'R e
compare com a diferença permissível indicada na VALORES DIFERENÇA DIFERENÇA
Tabela 1-5. MEDIDOS ENCONTRADA PERMISS~VEL ( ,

I 8. Para verificar a horizontalidade do eixo do motor,


utilize um clin6meho e o dispositivo P/N 4A-601-211
22W 16E, mostrado na figura 1-20 (folha 1 de 2) e com-
pare o valor obtido com a tolerância permitida na tavela
1-6, onde:
I 1 I I
S = Cruzamento da linha horizontaI com a linha de Tabela 1-5
O.T. 1C95A-3 GENERALIDADES

Figura 1- 18. Eliminada

TRO

NOTA: PARA AS RODAS DO


TDP PRINCIPALAPOIE O
CLIN~METRODIRETAMENTE
SOBRE O CUBO.

figura 1-19. Verificação da Cambagem das Rodas do Trem de Pouso

1-41. INSPEÇÃO DE AVARIA POR FOGO rapidamente e normalmente não requerem limpeza. O
cloro-bromo-metano é altamente corrosivo. Este
1-42. EFEiTOS CORROSIVOS E REMOÇÁO DE E§ ultimo, também, evapora rapidamente mas, se qualquer
PUMA residuo ficar contido em frestas ou cavidades, estas
devem ser lavadas cuidadosamente.
A espuma é um agente de extinção de incêndio não
prejudicial a estrutura da aeronave e normalmente e uti-
lizada contra fogo intenso. VALOR VALOR
MOTOR
Remova a espuma, utilizando um forte jato de água EXIGIDO OBTIDO
limpa seguido de urna limpeza com escova de fibra.
Enxugue completamente a aeronave com pano limpo e
ar comprimido. Remova todos os acessórios eletncos e
I DIREITO I A=OO+O'
B=Oo-35'
eletrônicos não vedados que forem afetados, seque-os e A = 0"+ 0'
ESQUERDO
envie-os para revisão geral. 8 = 0" - 359

1-43. EFEITOS CORROSIVOS E REMOÇÃO DE OU-


TROS AGENTES DE EXTINÇÃO DE FOGO
Dioxido de carbono e tetracloreto de carbono evaporam Tabela 1-6

Revisão 24 1-51
GENERAUDADES O.T. 1C95A-3

Figura 7-20. Verificação do Alinhamento do Eixo dos Motores (Folha I de 21

1-52 Revisão 24
O.T. 1C95A-3 GENERAUDADES

Figura 1-20. Verificação do Alinhamento do Eixo dos Motores (Folha 2 de 2)

1-44. CORROSÃO Para entendermos os processos de controle e prevenção


da corrosão em metais, e necessário conhecer os tipos de
corrosão, aos quais vários tipos de metais estão sujeitos,
1-45. GENERALIDADES os agentes corrosivos que atacam as superfkies metáli-
A corrosão pode ser definida como a deterioração de ca., as áreas do avião qÚe estão mais suketíveis aos ata-
metais por reação química ou eletroquímica, em função ques de corrosão, a classificação dos níveis de corrosão,
bem como os vários tipos de reparos que são aplicados
do tempo, do uso e do meio-ambiente. Isso tudo devido para cada tipo de material.
ao fato dos metais terem a tendência de voltar ao seu O emprego de materiais resistentes i corrosão e métodos
estado de baixa energia causado pelas reações acima que sejam mais eficazes para esses materiais, tanto na
mencionadas, resultando em compostos metálicos como fase de projeto como em servip, manutenção regular,
óxidos, hidróxidos e sulfatos. limpeza, identificação imediata do tipo de corrosão, com
Out~ostipos de materiais são mais ou menos suscetiveis o seu reparo subsequente, são os fatores mais importan-
aos efeitos da comsão, devido As ssuas cmcterísticas, tes que mantêm o avião protegido contra a corrosão.
propriedades e condições ambientais. Para evitar ou Entretanto, mesmo tomando-se todas essas precauções, a
reduzir os efeitos da corrosão, pesquisas constantes mais corrosão pode ocorrer, causada por condições climáticas
o desenvolvimento de novos métodos de proteção estão especiais ou mesmo por infiuência de substâncias tais
sendo desenvolvidos. como sais ou contaminantes.
GENERALIDADES 0.T 1C95A-3

1-45A. CAUSAS DA CORROSAO tato com a umidade, há a formação de um agente cor-


rosivo que ataca dùetamente a estrutura do avião.
1. Basicamente a maioria dos casos de corrosão acon-
tece em função das seguintes condições: a presença de b. Ambiente Marítimo: A atmosfera saturada de sal
um anodo, um catodo e um eletrolito, com a existência nesse ambiente é um dos agentes corrosivos mais
de um contato elétrico entre o anodo e o catodo. fortes, pelo fato de as soluções salinas serem eletsoli-
tos, que também podem afetar a estrutura do avião.
2. Mesmo tomando-se um cuidado extremo durante o
processo de fabricação, incluindo-se a aplicação de aca-
bamento de proteção, a operação constante do avião 1-46. TIPOS DE CORROSÃO
mais os serviços de manutenção, fazem com que as
camadas de proteção fiquem deterioradas, quebradiças
ou descoladas, facilitando assim o aparecimento imedi-
ato do processo de corrosão. Essa corrosão é causada por microrganismos e pode ser
3. O aparecimento de problemas relativos à fabricação reconhecida pela presença de fungos. Denota-se por uma
e seus processos (drenagem deficienteem pontos especi- espécie de limo, com uma variação de cor que vai do
fico~, seleção inadequada de materiais, montagem marrom ao preto, tomando uma forma longilínea, for-
errada) pode ser resolvido, levando a medidas para a mando revestimentos, e de glóbulos espaçados entre si.
melhona de toda uma estrutura. Esse tipo de corrosão pode ser causada por combustivel
contaminado ou pelo sistema de ventilação dos tanques
4. Problemas ambientais (beira-mar e umidade), deteri-
de combustivel. Desse modo, os sub-produtos formados
oração do acabamento (tempo de uso e erosão), a opera-
ou as secreções podem atacar o acabamento interno dos
ção do avião (transporte de animais e mercadorias em
tanques e assim corroerem as ligas de alumínio corres-
geral) e contaminação acidental (vazamentos da comis-
pondentes.
saria, de produtos quimicos) podem ser resolvidos com
uma prevenção adequada e com um programa de con-
trole efetivo. 1.48. CORROSÃOPUNTIFORME
1-45B. AGENTES CORROSIVOS A corrosão puntiforme pode ser reconhecida pela pre-
Muitos fluidos usados na manutengão e operação de avi- sença de pontinhos (minúsculas cavidades) nas suped-
ões, bem como as condições climáticas, são condidera- cies metálicas. Esses pontos aparecem quando o
dos agentes corrosivos. Os agentes corrosivos mais acabamento de proteção é inadequado ou foi danificado.
comuns são descritos a seguir:
A corrosão puntifonne começa penetrando até uma certa
1. Ácidos: A maioria das ligas usadas nos aviões são profundidade, podendo ficar inativa; ao mesmo tempo,
severamente atacadas por ácidos. Os ácidos mais um outro niimero de pontos separados e já feitos podem
comuns e desimtivos encontrados em aviões são o ácido se desenvolver causando uma perda insignificante de
sulfúrico (ácidos da bateria) e os ácidos orgânicos (detn- material, não afetando a superfície. Por outro lado, esses
tos de origem humana e animal). pontos podem se propagar e penetrar totalmente no
metal.
2. Soluções Alcaünas: as ligas de alumínio são suscep-
tíveis a corrosão pela ação das soluções alcalinas. As A corrosão puntifome geralmente ocorre em conjunto
soluções alcalinas mais comuns são a soda e a potassa. com a erosão ou outras fomas de corrosão. Esse tipo de
corrosão dentro de cavidades cresce em uma razão maior
3. Sais: As ligas de alumínio e os aços são susceptíveis do que as que atacam as superfícies expostas, podendo
ao ataque da conosão em função das soluções de sais. resultar no comqo e na propagação de rachaduras por
Essas soluções são agentes corrosivos, por serem bons fadiga.
eIetrólitos.
O tratamento de proteção é o método correto de preven-
4. Agentes Atmosféricos: Os principais sâo a umidade e ção contra esse tipo de corrosão.
o oxigênio. As condições ambientais tais como as que
prevalecem nas áreas industriais e marítimas, coniri-
149. CORROSAO INTERGRANULAR
buem para o aumento da corrosão atmosférica.
a. Ambiente Industrial: os agentes corrosivos mais Microfotografias das ligas de alumínio mostram que
comuns são os compostos de enxofie e nitrogênio. elas são compostas por grãos minúsculos ligados qui-
Quando um desses agentes corrosivos entra em con- micamente, devido à interação dos átomos de vários
GENERALIDADES

elementos. Em um processo de tratamento térmico, o dois metais suficientemente afastados na série galvânica
metal é aquecido até uma certa temperatura que fará com de ligas e metais. Entre os dois metais, o ataque
que os agentes constituintes das ligas desses vários ele- eletroquímico ocorrerá no metal que estiver mais pró-
mentos entrem em solução. A partir do ponto em que a ximo da extremidade módica da série. Assim sendo, há a
temperatura do tratamento térmico atingir uma uniformi- necessidade da presença de um anodo (material mais
sujeito a corrosão) um catodo (material menos sujeito a
dade, o metal é retirado do fomo, sendo imerso imediata-
corrosão) e condições ambientais.
mente em água, fazendo com que haja a solidificação
desses elementos em grãos extremamente minúsculos. Um acabamento de proteção aplicado ao catodo (menor
Se houver demora na imersão do metal na água, mesmo que um anodo) reduzirá os efeitos da corrosão e de sua
por poucos segundos, isto causará o crescimento dos velocidade. Mas se houver a quebra da camada protetora
grãos, e assim que houver a imersão, os grãos adjacentes correspondente, o processo da corrosão galvânica come-
de elementos diferentes podem reagir entre si como um çará novamente.
modo e um catodo para a formação da corrosão. Se a
partir disso e através de uma cavidade a ação da corrosão SÉRIE GALVÂNICA DAS LIGAS E METAIS
atingir os limites entre os grãos mais largos, a ação da
corrosão continuará dentro do metal. Para essa ação, o
eletrtilito é mantido a partir da superficie, por meios de
depósitos de corrosão e pelos limites dos grãos, uma vez
que a corrosão intergranular continua. GRUPO 1 Magnésio
Ligas de magnésio
Solda a ponto ou 5i costura também podem causar o
aumento dos grãos a um ponto no qual o metal esta& GRUPO 2 Zinco
susceptível a corrosão intergranular. Por entre a superfí- Clad 7075
cie removida a partir do ponto da penetraqão inicial, Clad 606 1
poderão aparecer bolhas pequenas. A superficie do metal
sobre essas bolhas é muito pequena e, quando perfurada GRUPO 3 5052
Clad 2024
com a ponta de uma faca, mostra a cavidade cheia com
os sais da corrosão. GRUPO 4
A corrosão intergranular desde que esteja dentro do
metal propriamente dito, ou mesmo na superfície, é difi-
cil de ser detectada se equipamentos como ulirasom ou GRUPO 5 Cádmio
raio X não forem utilizados. Assim sendo, o único e
mais prático método para se eliminar esse tipo de corro- GRUPO 6
são é a substituição da parte ou das partes afetadas.
'1-50. CORROSÃO POR DESFOLHAMENTO

Essa é uma corrosão do tipo intergranular, caracterizada GRUPO 7 Ferro e aço


pelo desfolhamento e perda de espessura do metal em Ferro fundido
Cromo
questão. Pode ser reconhecida pelo empolamento ou
separação do metal em camadas, em torno ou próximo GRUPO 8 Aço inoxidável 18-8
aos furos de rebites ou parafusos durante o processo de
fabricação. O ataque eletroquímico inicia-se na superfí- GRUPO 9 Chumbo
cie desprotegida de furos de rebites ou parafusos, conti- Estanho
Níquel
nuando ao longo do h i t e de grãos, atd que o metal não
consiga mais conter os produtos corrosivos, o que pro- GRUPO 10 Latão
voca o empolamento das superficies externas de painéis Cobre
de revestimento com elementos de fixação defornados Bronze
ou defeituosos. Tanio
Monel
GRUPO 11 Prata
Ouro
Este tipo de corrosão pode ser reconhecido pela presença Platina
de um depósito de pó branco, cinza ou vermelho de pro-
dutos corrosivos aparecendo em torno de f~ações,fol-
gas entre as superficies de contato e de juntas rebitadas. EXTREMIDADECATÓDICA
A corrosão galvânica é o resultado direro da união de (MENOR SLISCEPWBIUDADEA CORROSAO)
GENERALIDADES O.T. 1CSEA-3

Esse tipo de corrosão é muito severa. É localizada ao A corrosão sob tensão e a corrosão sob fadiga são duas
longo das superfícies de confato e derivada de ação formas habituais de deterioração estnitmd devidas a
eletromecânica. E difícil de ser detectada no começo do ação combinada de um processo corrosivo com as cargas
processo corrosivo, pois se desenvolve em áreas escon- de operação de um avião e podem produzir sérias conse-
didas. Basicamente, esse fenômeno ocorre do mesmo qüências na resistência ou na vida útil de elementos da
modo como ocorre a corrosão galvânica, na qual áreas estnitura primária. A perda de material efetivo, devido à
com caracteristicas diferentes, devido a penetração de ação do processo corrosivo, que ocasiona concentraqão
oxigênio no agente corrosivo (i.g. agua) irão agir como de tensões em tomo da área afetada e, em conseqüência,
um anodo e um catodo. a aceleração da corrosão como resultado do aumento do
nível das tensões internas, é a causa da falha prematura
Essa corrosão torna-se mais severa na presença de sal de elementos estruturais.
(agente normalmente presente na costa litorânea, detritos
A perda de material ocasiona o aumento do nível de ten-
de origem humana, detritos provenientes da comissaria,
sões de um elemento, visto que este continua suportando
do lavatório e sujeiras em geral decorrentes do manuseio
a mesma carga anterior ao aparecimento da corrosão.
de cargas).
Mudanças bruscas na seção transversal, tais como irre-
O emprego de drenos pode ser um método mais efetivo gularidades superficiais causadas por corrosão, provoca-
para a prevenção e redução desse tipo de corrosão. rão o aumento do nível das tensões na área afetada. As
Mesmo assim, a integridade da camada tem que ser con- tensões internas provocadas pela deformação a frio do
trolada para prevenir o processo. material, a estampagem, o encolhimento, o resfi-iamento
não uniforme etc causam não apenas a aceleração do
processo corrosivo, mas também, em certos casos, adici-
onam-se is tensões externas aplicadas, aumentando
Esse tipo de corrosão é causado pela destruição da pelí- assim a probabilidade do aparecimento de rachaduras e,
cula de proteção, deixando o metaí exposto ao desgaste e conseqüentemente, da falha do material.
a corrosão, devido ao movimento diferencial das superfí-
cies nas suas juntas, formando camadas de óxido escuro As tensões e corrosões, quando combinadas, são interati-
colorido. vas e podem provocar rachaduras mesmo em baixos
níveis de tensão, bem como podem provocar a falha pre-
Resíduos e agentes corrosivos podem acelerar esse pro- matura por fadiga, em relação a vida útil estimada do
cesso de corrosão, causando o emperramento, engripa- material, pela diminuição do número de ciclos de tensão
mento, ou mesmo a quebra das juntas e se alastrar em adrnissível.
função de carregamentos cíclicos.
1-53. CONTROLE DA CORROSÃO
1-51C. CORROSÃO DEVIDO A FADIGA
Um controle de corrosão adequado pode evitar a necessi-
Esse tipo de corrosão é identificado por quebras com dade da execução de grandes reparos para eliminar ava-
propagação rápida, deixando as superfícies sem revesti- rias decorrentes dos processos corrosivos.
mentos ou proteção sujeitas a ação da corrosão. É um
tipo de corrosão intergranular que se apresenta em fun- A manutenção preventiva executada pelo pessoal de
ção da exposição da griinulação pela usinagem química manutenção representa a única possibilidade efetiva de
ou fresamento mais a fadiga residual embutida. Essa controle da corrosão. O fator básico para o aparecimento
fadiga residual pode ser causada por processos de usina- da corrosão é a existência de condições atmosféricas de
alta temperatura e umidade.
gem e moldagem, desalinhamento excessivo, interferên-
cias e outros mais. Recomenda-se vigilância redobrada, caso existam outros
fatores peculiares a área de serviço, tais como: concen-
A corrosão por fadiga aparece nomalmente em locais tração de fumaça industrial elevada, vapores químicos e
onde grãos abertos ou pontos estão localizados, cau- atmosfera salina.
sando a destruição dos componentes estniturais corres-
pondentes. Uma sele@o de materiais criteriosa,
manuseio cuidadoso, o projeto de deiaihes, técnicas de
montagem e proteção da superfície podem prevenir 1. A inspeção, dentro da manutenção preventiva deve
muito bem esse tipo de corrosão. ser uma prática rotineira que faz parte do programa nor-
mal de manutenção, independentemente das tarefas pro-
0.T. 1C95A-3 GENERALIDADES

gramadas do Manual de Prevenção de Corrosão. A impossivei ou onde uma corrosão tem que ser determi-
manutenção preventiva detecta antecipadamente sinais nada após uma inspeção visual. Essas inspeções são
de corrosão, permitindo a tomada de medidas corretivas limitadas e requerem pessoal qualificado e homologado
e tornando o controle da corrosão mais eficiente, redu- em inspeções não desüutivas. Isso tudo devido a grande
zindo custos, não tirando o avião de serviço e evitando complexidade da instrurnentação correspondente, com-
incidentes de vôo. É muito importante t a m b h que a ins- plexidade das áreas sendo inspecionadas, e o tempo
peção seja acompanhada por um tratamento correto das gasto nessas inspeções. Os métodos mais eficazes são a
áreas afetadas. inspeção por Iíquido penetrante e por "Eddy Current".
2. Boa visibilidade, iluminação e acesso adequado são a. Liquido Penetrante
elementos necessários. A remoção de painéis de acesso,
mantas de isolamento e equipamento, bem como a lim- A inspeção por Iíquido penetrante pode ser aplicada
peza da área correspondente, também pode ser necessá- em áreas com grande concentração de corrosão por
ria A remoção dos selantes, embora trabalhosa, é fadiga ou com rachaduras por fadiga em metais não
geralmente necessária para se completar a inspeção (um porosos ou em metais não femosos. Essa inspeção,
novo selante tem que ser aplicado). quando aplicada em uma superfície metálica limpa,
entra nas aberturas pequenas, tais como rachaduras
3. Embora o avião inteiro deva ser inspecionado, deve- ou fissuras por ação capilar. Após a absorção do
se prestar muita atenção nas áreas que já são conhecidas liquido penetrante pelas discontinuidades da superfí-
como as mais sujeitas a corrosão. cie, o excesso do penetrante é então removido e um
4. As áreas devem ser inspecionadas não só por danos revelador é aplicado a superfície. Esse revelador, por
de corrosão já existentes, mas por condições que podem sua vez, atua como um mata-borrão, tirzirido o pene-
causar a corrosão, tais como acabamento danificado ou o trante das rachaduras ou das fissuras, trazendo-o para
entupimento dos drenos. cima e fornecendo indicação visual dos locais que
5. A corrosão é um tipo de dano que não desaparece. apresentam falhas. A magnitude dessas falhas é
Sendo assim, a inspeção &quente das áreas mais pro- indicada pela quantidade e pela razão do penetrante
blemáticas é sempre necessária, principalmente quando que e trazido de volta a superfície pelo revelador.
em condições ambienta& fora do comum. b. "Eddy Cment"
6. Para os tanques de combustível, sua inspeção quanto Nesse processo, os testes podem ser usados para a
a presença de água e sua eliminação reduzem a possibili- detecção de partículas minhas devido a corrosão e
dade & uma contaminação microbiológica. rachaduras em estruturas multi-camadas. Os testes de
7. As partes feitas em material composto têm que ser baixa frequência desse processo podem ser usados
inspecionadas quanto a degradação e a presença de água. também para a detecção ou estimativa de corrosão
A aplicação do "CIC" (Composto Inibidor de Corrosão) em partes do revestimento que ficam escondidas no
não é necessária em painéis de material composto. avião, porque, quando um padrão de referência é uti-
lizado, a espessura do material que não foi corroído
pode ser medida adequadamente.

1. A inspeção visual é a técnica mais utilizada, sendo Os testes de alta frequência são mais adequados para a
um método efetivo para a detecção e avaliação da corro- detecção de rachaduras que penetraram na superfície da
são. Quem a executa tem que estar familiarizado com a estmtura, na qual a sonda do sistema "Eddy Current"
estrutura do avião e com os problemas inerentes a com- pode ser aplicada (incluindo-se superfíciesplanas e orifi-
são, sua natureza e seu tratamento. cios).
2. O tato, nesse caso o toque com as mãos, pode ser
1-54B.DETECÇAO DA CORROSAO
também um mbtodo de inspeção muito eficaz para a
detecção de corrosões escondidas e que já estejam bem 1. As indicações de um ataque corrosivo podem ter
desenvolvidas. várias formas que dependem do tipo do metal e do perí-
3. Algumas vezes as áreas de inspeção ficam obscureci- odo de tempo que essa corrosão levou para se desenvol-
das por elementos estruturais, instalação de equipamen- ver. Elas podem ser reconhecidas pela opacidade,
tos, tornando-as assim difíceis de serem inspecionadas escurecimento e pontos na área afetada, algumas vezes
visualmente. Para isso, utilizam-se espelhos, lentes de acompanhadas por depósitos na cor branca, branco-acin-
aumento (5X,no minimo), boroscópio e fibras ópticas. zentado ou vermelho.
4. Inspeções não destrutivas @VD) podem ser usadas 2. Metais pintados, superficies revestidas ou alumínio
en &as especificas onde a inspeção visual se mostra "Clad", nomalmente não são tão susceptíveisa corrosão
como as superfícies não pintadas e não revestidas.
Revisão 30 1-67
3. Os depósitos de corrosão em alumínio são gerai- de condições atmosféricas adversas (litoral e ambientes
mente depósitos de pó branco, enquanto nos metais fer- industriais) e detritos.
rosos v x h m em manchas que vão do vermeího para um 6. Saída de Emergência
marrom avemelhado.
A corrosão nessa área pode ocorrer nas estruturas inter-
4. Em alguns casos, ocorrerão transportes de cargas que nas e externas da porta de emergência, sendo causada
irão requerer uma atenção especial para detecção da cor- normalmente por alta condensação devido a umidade
rosão, devido a natureza das cargas, por exemplo, mer- presente na atmosfera.
cúrio ou cargas vivas.
7. Compartimento da Bateria
164C. ÁREAS SUJEITAS A CORROSÃO Essa é uma outra área que requer atenção especial, pois é
muito dificil se evitarem derramamentos de fluidos da
As áreas mais susceptíveis a corrosão requerem especial bateria durante manutenção ou mesmo vazamentos que
atenção quanto ao seu estado e condições gerais, princi- podem ser causados por uma bateria danificada Em
palmente no que diz respeito a limpeza, frequência das quaisquer um desses casos, ácidos derramados por uma
inspeções, aplicação de compostos inibidores de corro- bateria podem se acumular nas cavidades existentes na
são e de tratamentos adequados, se a corrosão for detec- estrutura do avião e se espalhar por áreas que não estão
tada. protegidas adequadamente.
As áreas mais sujeitas a corrosão são:
8. Revestimentos, especialmente os que estão localiza-
1. Áreas de Coleta de Fluidos dos na fuselagem traseira e no estabilizador horizontal
Essa área coleta detritos oriundos de fluido hidráulico, Nessas áreas a corrosão pode se localizar nos cantos dos
A p , cavacos ou limalhas, sujeira, prendedores soltos, e painéis de revestimento e em volta das cabeças dos pren-
outros tipos de contaminantes que podem assim se tornar dedores. Deve-se prestar muita atenção nas áreas onde
agentes corrosivos. houve substituição de prendedores, pois os furos desses
2. Área do Lavatório - incluindo o piso e a área locali- prendedores podem ser uma fonte de corrosão nos pai-
zada sob o piso néis de revestimento. O tipo mais comum de corrosão
que afeta os painéis de revestimento é a corrosão fili-
Todas as áreas localizadas em torno do lavatório são sus-
forme.
ceptíveis ao derramamento de fluidos (água, produtos de
limpeza, etc.), sujeira e vazamentos nas tubulações do 9. Tanques de Combustivel
lavatório. A corrosão nos tanques de combustível pode ser causada
3. Área da Comissaria - incluindo o piso, a área sob o pelo desenvolvimento de colônias de microrganismos,
piso, gavetas, os trilhos das gavetas e os trilhos das que ali se alojam durante as operações de abastecimento.
A presença de água diluída no combustível é uma outra
cadeiras próximos a essas áreas.
fonte de corrosão. A contaminação do combustível pelo
As áreas que estão localizadas ao redor da comissaria desenvolvimento de colônias de fungos, está sujeita a
são susceptiveis ao derramamento de fluidos (água, pro- acontecer em aviões que operam em climas quentes e
dutos de limpeza, bebidas, etc.), que, em conjunto com úmidos.
as sobras, restos e sujeira, irão se acumular nos trilhos
das gavetas e nos trilhos das cadeiras dos passageiros.
1-55. LIMPEZA
4. Alojamento do Trem de Pouso Principal e de Nariz -
incluindo suas portas
A limpeza da aeronave tem o objetivo de eliminar mate-
Certamente essa é uma das áreas existentes no avião
riais estranhos depositados e preparar a superfície para
mais susceptíveis ii corrosão, devido a ação direta nela
uma inspeção mais detalhada quanto a oxidação.
da água, umidade, detrito, sal, areia, cascalho, pedregu-
lhos e outros tipos de elementos durante as operações de 1-56. LIMPEZA COM SOLVENTE
pouso e decolagem ou mesmo quando o avião esta esta-
cionado, com essas áreas expostas. O solvente de limpeza pode ser aplicado com um pano
ou escova provida com cerdas macias. O solvente deve
5. Porta PrincipaI, Porta de Carga e estruturas ao redor ser derramado no pano e não o pano ser mergulhado no
Durante as operações de embarque, desembarque, carre- solvente. As superfkies a serem limpas devem estar
gamento e descarregamento, essas áreas ficam expostas livres de óleo e graxa para que se obtenha uma proteção
a uma grande porcentagem de umidade, água da chuva e de superfície eficiente e duradoura.
GENERAUDADES

Nota
A mistura deve ser preparada a uma propor-
ção de 18-25 gramas do "RIDOLINE no 53"
para cada litro de água correspondente.
A aplicação da mistura pode ser feita com
Não use solvente em áreas próximas ao sis- uma pistola, ou aplicada manualmente com
tema de oxigênio. Esse material e o oxigênio, um pano adequado.
quando em contato, são altamente inflamá-
veis e explosivos.
b. Enxágue toda a superfície com água limpa em abun-
A remoção de graxa, óleos, manchas elou outros wntatni- dância.
nantes das superficies metálicas pode ser executada usando- c. Para verificar se os resíduos de detergente foram
se os seguintes solventes: tricloroetileno (0-T-6341, perclo- completamente removidos da superficie, execute o
roetileno (O-T-236), metiletilcetona (ASTM-D-740), sol- teste de quebra d'água.
vente para limpeza a seco @ D
-'6-80,) querosene (ASTM-D-
3699) ou outros equivalentes. Nota
1-56A. LIMPEZA DE SUPERF~CIESMETÁLICAS Esse teste consiste em se manter um filete conti-
nuo de água por 30 segundos sem a formação de
1. Preparação da Superficie discontinuidades ou empoçamentos.
a. Proteja, com fitaplástica e filme PVC, todas as trans-
parências (acrílico), guarnições de borracha,
d. Seque totalmente a superfície usando um pano limpo
vedações, juntas e quaisquer outras áreas ligadas a
e seco.
conjuntos ou ao avião e que estão sujeitas a danos
causados por solventes ou detergentes. e. Inspecione os filetes de selante quanto a suas condi-
b. Remova todos os resíduos tal como pastas remove- ções gerais. Refaça-os se necessário.
doras com um jato de água quente (57OCt134OF a
i - 5 6 ~ LIMPEZA
. DE SUPERF~CIEF E ~ AEM MATE-
63OCf l4s0F).
RIAL COMPOSTO
c. Esfregue as áreas localizadas ao redor de prendedo-
res, parafusos e juntas com um escova umedecida em 1. Preparação e Limpeza
um solvente a base de nafta ou equivalente. a. Limpe a superfície com um pano embebido em s d -
vente de nafta (i'-D-680) ou equivalente.
b. Em seguida, passe um pano limpo nessa mesma
superfície antes que o solvente se evapore total-
mente.
c. Seque totalmente essa área com um pano limpo e
seco.
Os fietes dos selantes podem ser danificados
e perderem a sua capacidade de aderência d. Com uma lixa de óxido de alumínio nQ 180, lixe toda
durante a limpeza com removedores ou sol- a superfície até que quaisquer irregularidades ou
ventes. Inspecione-os e remova-os se necessá- deformações sejam removidas e até se obter uma
rio. superfície plana e lisa (suave).

d. Limpe a superfície com um pano embebido em um


solvente a base de nafta ou equivalente, até que todos Se houver dfivida quanto ao tipo de metal que está sendo
os resíduos tenham sido removidos. examinado ou tratado, execute um anlise, utilizando o
2. Desengraxamento da superficie estojo de inspeção de número de estoque Federal 4920-
a. Desengraxe a superficie com o desengraxante "Aika- 00-83 1-5932.
lhe Degreaser FWOINE no 53", ou equivalente, a Esse estojo permite o emprego de 2 métodos de identifi-
uma temperatura ideal variando entre 70°C (158OF) a cação: classificação primária de metais e análise quí-
80°C (176"F), por um penodo de tempo de 2 a 5 mica. O emprego de certas camadas de proteção torna a
minutos. identificaçiío dos metais absolutamente obrigatória.

Revisão 30 149
GENERAUDADES

lho. Sempre use luvas de material plltico ou borra-


cha quando estiver manuseando solventes,
I. Quando uma corrosão ativa é observada visualmente, limpadores, removedores de pintura, removedores de
corrosão ou materiais usados para conversão de
há a necessidade de se realizar um programa de inspeção
e prevenção positivo para se prevenirem de quaisquer camadas.
outras deteriorações da estrutura. Desse modo, os méto- d. Quando houver a mistura de material alcalino com
dos que serão apresentado a seguir, de como se lidar com água ou outra subsiância, use recipientes feitos de
danos causados pela corrosão e os procedimentos de material adequado que aguentem o calor gerado por
reparo de áreas corroídas, podem ser usados dentro dos esse processo.
programas de limpeza. e. Caso haja o contato de removedores de pintura,
Em geral, qualquer trabalho pode envoiver a limpeza e a removedores de corrosão ou de conversares de
remoção da camada protetora na região que está locali- camada com partes do corpo, pele ou roupas, lave-as
zada em volta da área corroída, a remoção dos produtos imediatamente.
corrosivos e a restauração da proteção adequada da
superfície. f. Caso haja o derramamento ou respingo desses mate-
riais nos olhos, lave-os imediatamente com agua
2. O reparo dos danos de corrosão inclui a remoção de limpa em abundância e procure os serviços médicos
toda a corrosão propriamente dita e dos produtos corrosi- para a pessoa que foi atingida.
vos. Quando um dano causado por corrosão exceder o
g. Não coma ou mantenha alimentos em áreas onde
limite que é considerado desprezível e definido pela
EMBRAER no Manual de Reparos Estruturais, a parte esses alimentos possam absorver veneno oriundos
afetada deve ser substituída ou reparada. dos materiais em questão.

3. Para danos de corrosão localizados em grandes estru- h. Certifique-se de que a área localizada a até 150
turas e que passam os valores adrnissíveis especificados metros (50 pés) de quaisquer operações de limpeza
no Manual de Reparos Estruturais, e onde não há meios ou de tratamento de superfície, onde materiais com
de se realizar uma substituição, consulte a EMBRAER um baixo ponto de fulgor (60°C/1400F)estão sendo
para os procedimentos sobre os limites de retrabalho. utilizados, esteja limpa e não contenha nenhum mate-
rial que seja uma fonte em potencial de ignição.
4. Os métodos normalmente usados para a remoção da
corrosão são o mecânico (Iitamento, raspagem, esmeril, j. Sempre tenha em mãos o equipamento de extinção
de fogo adequado que deve estar instalado na área de
preenchimento, etc.) e o químico (com o uso do remove-
limpeza e de tratamento de superfície.
dor de ferrugem MIL-M-10578). Entretanto, o método a
ser usado depende do tipo do metal e do grau da c o m k. O equipamento de extinção de fogo deve estar sem-
são. pre aterrado e disponível quando quaisquer materiais
inflamáveis estiverem sendo usados.
1-58A. PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA
1. Os solventes que possuem um baixo ponto de fulgor
Os procedimentos de segurança, em geral, consistem em (37"C/100°F ou abaixo), tais como o metiletilcetona
diretrizes de como se manusear materiais com proprieda- (MEK) e a acetona, não devem ser utilizados em
des tais que possam causar danos pessoais e em procedi- keas fechadas.
mentos de emergência para o pronto atendimento do m. Todos os equipamentos utilizados devem ser limpos
pessoal que por ventura tenham entrado em contato com adequadamente após o término dos trabaihos.
materiais perigosos.
n. Implernente e divulgue sempre os procedimentos de
1. Quando houver a necessidade de se manusear quais- segurança.
quer tipos de solventes, limpadores especiais, removedo-
p. Certifique-se da legislação vigente do meio ambiente
res (alcalinos fortes e ácidos), removedores de corrosão
quanto is restrições ao uso de solventes, "primers" e
(contendo ácidos), ou materiais de ativação de superfície
camadas de acabamento.
(Alodine), siga os procedimentos de segurança descritos
abaixo: q. Ceaitique-se de que o material a ser jogado fora
possa sê40 sem ferir os requisitos locais do meio
a. Evite a exposição prolongada, respirando os vapores
ambiente.
de ácidos ou solventes.
2. Se houver contato f ~ i c ocom um desses materiais,
b. Nunca adicione água em ácidos. Sempre adicione o
tais como áicool, metiletilcetona, metilisobutilcetona,
ácido à agua.
tolueno, tricloroetileno, resina epóxi, cloreto de metileno,
c. Tenha água limpa em abundância para situações de Alodine, naftas oriundas de petxóleo, cromatos, dicroma-
emergência que possam acontecer na área de traba- tos, acetatos, cicloroexanona, cellosolve, tetra-
cloreto de carbono, e%., proceda ao seguinte tratamento: tinua, mesmo que a superfície afetada já esteja acabada.
a. Se esses materiais entrarem em contato com os olhos, Antes de começar o retrabalho das áreas corroídas, pro-
não os esfregue. Enxágue-os imediatamente com ceda como a seguir:
água r i p a em abundância pelo menos por 15 minu- 1. Coloque o avião em um local apropriado para a sua
tos, levantando e abaixando as pálpebras superiores e lavagem ou providencie o material adequado de lavagem
inferiores, garantindo assim uma lavagem completa. e de enxaguamento de toda a superfície.
b. Se entrarem em contato com a roupa ou com partes 2. Aterre o avião adequadamente.
do corpo, livre-se imediatamente das roupas conta- 3. Prepare o avião para uma manutenção de solo segura.
minadas e lave as partes do corpo que foram detadas
a. Certifique-se de que o avião não esteja com a fonte
com água em abundância e sabão. Lave as roupas elétrica e a fonte hidráulica conecíadas.
antes de usá-las novamente.
b. Instale todas as travas e os pinos de segurança no
c. Se os materiais atingirem partes do corpo que são avião.
fáceis de acessar, lave-as imediatamente com água e
sabão. 4. Proteja adequadamente as tomadas do sistema Pitot-
estático, as entradas de ar dos motores, o trem de pouso,
d. No caso dos materiais causarem dor de cabeça ou os pneus e o interior do avião contra umidade e agentes
outros sintomas típicos, resultantes de de limpeza.
superexposição,procure áreas bem ventiladas.
5. Proteja as superfícies adjacentes às áreas a serem
e. No caso da inalação de vapores ou se a respiração retrabalhadas contra removedores de pintura, removedo-
estiver lenta ou até mesmo parar, remova a pessoa da res de corrosão e de materiais para tratamento de superfí-
área afetada pelos materiais e faça respiração artifi- cie.
cial de imediato. Chame os serviços médicos e conti-
nue os procedimentos de emergência até a chegada 1-58C. RETRABALHO
deles.
Danos desprezíveis são normalmente aqueles baseados
3. Se houver contato fisico com materiais tais como na perda de espessura do material. Entretanto, isto deve
ácido hidrofluorico, ácido nítrico, ácido fosfórico, fenol, incluir qualquer perda de espessura devido a um retraba-
cresóis, fosfato tricresil, proceda ao seguinte tratamento: h o que já pode ter sido executado previamente. Esse
a. Se espirrado nos olhos, Iimpe as pálpebras imediata- retrabalho prévio pode ser ignorado se a espessura real
mente com um lenço de papel macio, lavando os do material que ficou após a remoção da corrosão for
olhos com água potável em abundância, de preferên- medida. Para isso, utiliza-se um equipamento de teste
cia gelada, derramando-a continuamente e mantendo não desmtivo adequado ("eddy-current" e instrumento
de ultrasom), tanto para a detecção de rachaduras como
os olhos abertos.
para a medição de espessura.
b. Se espirrados efou derramados em partes do corpo
fáceis de acessar, lave-as imediatamente com água e Para pequenas áreas de superfícies metálicas, a camada
sabão. de pintura deve ser removida a mão, usando-se uma lixa
c. Se espirrados eiou derramados na roupa ou em partes de óxido de alumínio no 320, com granulação média e
abrasiva.
do corpo, enxarque as roupas, molhando o corpo e
dispa-se imediatamente. Para grandes áreas, o método químico de remoção deve
4. Se ingeridos, proceda imediatamente como a seguic ser utilizado, com a remoção da pintura de acordo com a
a. Se a pessoa estiver consciente, provoque o vômito, norma MIL-R-25 134.
colocando o dedo em sua garganta. Faça com que a
pessoa beba muita água e proceda à limpeza contínua
de sua boca.
b. Nsio dê nada para a pessoa beber se ela estiver
insconsciente. Faça respiração artificial.
Evite utilizar o mdtodo quimico com tem-
l#B. PREPARA@O PARA RETRABALHO peraturas acima de 37OC (100°F) ou
Todos os produtos de corrosão devem ser removidos abaixo de 4OC (40°F).
completamente quando as estruturas corroidas são retra- Não use removedores de base alcalina para
baihadas, na medida em que o processo de corrosão con- remover a corrosão presente no alumíuio e
suas ligas.
GENERALIDADES

Mantenha os ácidos longe das superficies tentativa, proceda ao processo de remoção


de contato, juntas, encostos, costuras, fen- mecânica.
das, etc.
1. Proteja as aireas adjacentes a área a ser retrabalhada 7. Inspecione a área quanto a corrosão. Se ainda houver
para prevenir que os polidores entrem em contato com corrosão, repita os passos de 3 até 6.
magnésio, alumínio anodizado, vidro, tecidos, e aço. 8. Limpe a área retrabalhada.
9. Determine a profundidade da depressão para certifi-
car-se de que os limites de profundidade do retrabalho
não foram excedidos.
10. Trate a área retrabalhada conforme aplicável.

Quando estiver trababando com compostos Nota


ácidos, use luvas resistentes, máscara de pro- Os removedores de pintura fenólicos e não
teção e roupas adequadas. Se houver contato fendicos e que contêm cloreto de metileno
do ácido com a pele ou com os olhos, lave são recomendados somente para a remoção
essas partes imediatamente com água limpa da pintura em superficies metálicas. Os
em abundância e procure um médico. removedores químicos de pintura que con-
têm ácido não devem ser usados devido à
quebra do hidrogênio em aços de alta resis-
tência e em alguns aços inoxidáveis.
Para as superficies feitas de material com-
posto, a remoção da pintura deve ser feita
somente com o emprego de técnicas mecâni-
cas. Devido às irregularidades presentes nas
Sempre adicione ácido 8 agua, nunca ao con- superficies de material composto, a remoção
trário. total da pintura não pode ser feita sem que
haja a presença de danos nas suas fibras da
superfície.
2. Dilua o composto removedor de corrosão feito a base
de ácido fosfó~co(MIL-M-10578), de acordo com as
especificações e instnições do fabricante. Misture esse 1-59. REMOÇAO DA CORROSAO DO ALUM~NIOE
composto em um recipiente de plástico ou de madeira. SUAS LIGAS
3. Aplique a solução diluida nas áreas corroídas com
pistola de ar comprimido, esponja ou pincel. Aplique-a 1. O alumíhio e suas ligas apresentam uma boa resistên-
executando movimentos circulares, começando pelas cia a ambientes naturais e a uma grande variedade de
ireas inferiores, indo para cima, para assim minimizar ataques corrosivos. Devido a sua passividade, o alumínio
escorrimentos ou áreas não atingidas. e mais resistente à corrosão em meios aerados ou oxi-
dantes do que em ambientes com pouca ou parcial
4. Deixe a solução na superficie por um período de aeração.
tempo que vai de 5 a 30 minutos, dependendo da tempe-
ratura e da quantidade de corrosão existente. 2. O alumínio e suas ligas estão sujeitos às seguintes
formas de ataque: pontos (mais usual), corrosão devido a
5. Enxágue a superfície com um jato de água ou limpe-a falta de resistência, ataque intergranular, fendas, e
usando um pano limpo umedecido em agua limpa. fadiga. O aparecimento dos pontinhos no alumínio pode
6. Seque a superficie com um pano limpo e seco. ocorrer em várias situações nas quais a corrosão está pre-
sente, especialmente no litoral, com a água salgada e o ar
marinho; a quebra de materiais devido a corrosão por
falta de resistência, ocorre sob uma condição de fadiga
constante e ambiente comsivo; o ataque intergranular é
caracteristico de certas ligas onde os limites bem defini-
dos dos grãos diferem quimicamente do metal dentro do
grão, corno é o caso do alumínio.
Não repita esse procedimento mais que uma 3. A corrosão por fadiga das ligas de alumínio pode
vez. Se a corrosão persistir após a segunda ocorrer em condições favoráveis na agua. O produto
GENERALIDADES

dessa corrosão do alumínio é um pó branco-acinzentado são sejam realmente removidos, ficando somente o
que pode ser removido mecanicamente por uma politriz alumínio limpo com toda a sua resistência estrutural.
ou por escovação, com o uso de materiais mais macios As limas rotativas devem estar bem afiadas para
do -queo metal. garantir o corte do metal sem um esmerilhamento
4. Em geral, a corrosão do alumínio pode ser tratada excessivo. Uma ferramenta cega irá esmerilhar o
mais efetivamente no local onde ela acontece do que metal por sobre as rachaduras ou fissuras causadas
com a remoção das partes afetadas do avião. O trata- pela corrosão, dando uma falsa aparência de que a
mento inclui a remoção mecânica dos produtos corrosi- corrosão foi removida, quando de fato não o foi.
vos, a inibição do material residual por meios químicos e Limas rotativas com ponta de carbono ou raspadores
a restauração da camada permanente de proteção da de metal devem ser utilizados desde que estejam
superfície. Os detalhes do tratamento variam depen- sempre afiados. Jatos abrasivos não devem ser utili-
dendo da necessidade de as superficies do alumínio fica- zados para a remoção da corrosão intergranular.
rem desprotegidas ou protegidas. Inspeções com o emprego de lentes de aumento que
5. Tratamento especial de superfcies anodizadas. vão de 5 a I0 vezes ou o uso de líquido penetrante
a. A anodização é o método de tratamento de superfície podem ser um meio eficaz na determinação de metais
mais comum aplicado nas superfícies de alumínio. O comprometidos e dos produtos da corrosão que
óxido de alumínio é um protetor natural, sendo que a foram removidos.
anodização simplesmente aumenta a espessura e a Quando a remoção completa da corrosão for efetu-
densidade da película de oxido natural. Quando essa ada, faça a proteção das áreas onde a corrosão foi
camada for danificada em serviço, a superfície pode removida usando uma razão de 20:l (do compri-
ser quimicamente tratada parcialmente. Assim mento para o fundo). Essa proteção, onde necessária,
mesmo, quaisquer processo de anodizqão de super- pode ser executada melhor com o emprego de óxido
fícies devem evitar uma destruição desnecessária da de alumínio impregnado.
pelícuh do óxido de aluminio. Limpe a superfície contaminada com solventes, solu-
b. Escovas de cerdas de aço em geral, palha de aço, ções alcalinas elou ácidas. Limpe manualmente até
escovas de ligas de cobre ou materiais altamente obter uma superfície suave antes da aplicação da
abrasivos não devem ser usados em superfícies de solução do tratamento de conversão química.
alumínio. Esponjas com palha de alumínio, escovas Aplique a camada de conversão química nas superfi-
com cerdas de fibras e abrasivos suaves são ferra- cies expostas e recupere as camadas de pintura.
mentas adequadas para a limpeza das superfícies
anodizadas. Assim mesmo, deve-se tomar cuidado ao
utilizar os processos de limpeza para evitar a quebra 1-59A. REMOVENDO A CORROSÃO DO ALUM~N~O
desnecessária do &e protetor, particularmente nos E SUAS LIGAS
cantos das chapas de aluminio.
c. As escovas de fibra são preferidas pois são adequa-
das para a remoção de vários tipos de comsão, desde
que não produzam defeitos na superfície. Tome
muito cuidado para manter o máximo possível da
camada de proteção da superfície. Não use jato de ar
para remover corrosão btergranuiar.
Use ócuios de proteqão ou máscara para se
6 . Processamento especial da corrosão intergranular de
proteger contra partículas de corrosão soltas
superficies feitas em ligas de aiummio tratadas termica-
durante o processo de remoção.
mente.
a. A corrosão intergranular é geralmente mais severa
em ligas de alumínio tratadas termicamente. A remo-
ção mecânica de todos os produtos da corrosão e da
camada visível de metal deiaminado deve ser feita
para se determinar a extensão do dano e avdiar o res-
tante da resistência estrutural do componente.
b. Use raspadores de metal, limas rotativas (devem ser Proteja as área adjacentes para evitar danos
usadas somente na presença de corrosão intergranu- adicionais causados peios produtos dq'korro-
lar forte ou remoção de corrosão por esfoliação) ou são que foram removidos pelo processo
esmenl para garantir que todos os produtos da corro- mecânico.
GENERALIDADES

1. Certifique-se de que o metal seja o alumínio.


2. Limpe a área a ser retrabalhada. Remova a pintura se Alumínio Clad
necesszhio.
Restrições: O lixamento é limitado a remoção
3. Pelo processo mecânico, remova a corrosão utili- dos riscos menores.
zando o método apropriado conforme especificado a
Papel ou tecido abrasivo:
seguir: - Oxido de alumínio: granulação 240
ou mais fina.
Remoção - Granada: granulação 710 ou mais
Nota da fina
Corrosão
Os limites de aplicação de reparos estão defini- Tecido abrasivo ou bloco: muito
dos no parágrafo 1- 12. Qualquer retrabalho que
exceda os limites de danos desprezíveis, deve
ser reportado a EMBRAER. Acabamento: Papel ou tecido a?xasivo:
- Oxido de alumínio: # 400.
Remova manualmente os produtos de corrosão des-
prendidos, esfregando a superfície corroída com fer- c. Usando uma razão de mistura de 20: 1 (do compri-
ramentas ou abrasivos. Aplique jato seco de esferas mento para profundidade), faça o acabamento da área
de vidro (Especificação ME-G-9954, tamanhos 10, retrabalhada com um papel abrasivo mais fino, com
11 e 12) ou abrasivo em grãos (Especificação MIL- granulação até 400.
G-5634, tipos I e 111). Esses métodos podem ser usa- d. Limpe a área retrabalhada usando o solvente P-D-
dos como alternativa para a remoção da corrosão das 680 para limpeza a seco. Não use querosene.
ligas de aluminio com ou sem camadas "CLAD". Os
e. Detemine a profundidade das depressões para
jatos de abrasivos não devem ser usados na remoção garantir que os limites do retrabalho não foram exce-
de corrosão pesada. Também deve haver a aprovação didos.
do departamento de engenharia correspondente,
obtido pelo fabricante, antes da aplicação de abrasi- f. Aplique uma camada de conversão quhica (Alodine
1200,MIL-C-8 1706) na área retrabalhada.
vos em metais que sejam mais finos que 0,0625 pol
g. Aplique pintura de acabamento na área retrabalhada.
Remova a corrosão residual com o emprego de uma 1-60. ELIMINADO
lixa ou com o emprego de um esmeril adequado. A
remoção da conosão com o emprego de ferramentas Veja parágrafos 1-59 e 1-59A
energizadas é geralmente feita com escovas, limas
141. REMOCÃO DA CORROSAO DAS UGAS DE
rotativas, bloco para a f ~ a ç ã oda lixa ou abrasivos.
MAGMÉSIO
As limas rotativas não devem ser usadas em revesti-
mentos que sejam mais finos que 0,0625 pol (1,6 O método mecânico (o mesmo usado para as ligas de
alumínio) é recomendado para o magnésio e suas ligas.
Quando uma corrosão puntiforme leve for detectada, use
o método químico para a remoção.
1. Aplique uma solução de ácido crõmico (MIL-C-
Ligas de Alumínio
3 171) usando uma escova de cerdas macias.
2. Deixe o ácido permanecer na superfície por 5 minu-
tos aproximadamente.

1 r:
Papel ou tecido abrasivo: 3. Esfiegue a área detada com uma escova de cerdas
- Oxido de alumínio: aranulacão 150 não metáiicas para awciiiar a remoção dos depósitos cor-
ou mais fina. rosivos.
Reme0
da
- granulacãi i/~ o: mais
Corrosão 4. Lave completamente a superfície com Agua limpa.
Tecido abrasivo ou bloco: muito 5. Seque a superfície com um pano limpo e seco.
fino e ultrafino

I Acabamento:
-
I- Papel ou tecido abrasivo:
Oxido d e alumínio: # 400.
1-62. REMOÇÃO DA CORROSÃO DE AÇO E AÇO
INOXIDÁVEL

Os aços inoxidáveis são aços à base de ligas de ferro,


contendo 12 por cento ou mais de cromo. Para se garan-

1
- Revisão 30
GENERALIDADES

tir uma vida UtiI satisfatóia, a condição da superfície do Nota


aço inoxidável tem que ser tratada com atenção especial,
Superficies suaves, sem imperfeições, têm uma possibi- A remoção ou a conversão química não deve ser
lidade reduzida de serem atingidas pela corrosão. Por aplicada em peps de aço.
outro lado, superficies ásperas têm maior probabilidade 1. Identifique o metal (aço) e estabeleça o valor para
de serem contaminadas com poeira, sais e umidade, ten- tratamento térmico.
dendo assim para o inicio de um ataque corrosivo locali-
zado. 2. Limpe a área a ser retrabalhada.
3. Remova a pintura, se necessário.
Não use limpadores químicos em aços inoxidáveis. A
corrosão geralmente ocorre em aços magnéticos. A 4. Remova mecanicamente todos os níveis de corrosão
remoção dos produtos da corrosão pode ser feita cuida- das peças de aço como a seguir:
dosamente com o uso de papéis abrasivos mais suaves,
tais como a lixa de óxido de aluminio de granulação fina,
esmeril com discos macios, etc.

Nota
É essencial que as superfícies do aço não este-
jam superaquecicias. Use óculos de proteção ou máscara facial
para se proteger de partículas desprendidas.
1-62A. PROCESSO PARA A REMOÇÃODA COR-
ROSÃO DE PEÇAS DE AÇO BAIXA LIGA
Proteja as áreas adjacentes para evitar
Um dos tipos de corrosão mais conhecido e a ferrugem, danos adicionais causados pelos produtos da
resultante da oxidação atmosférica nas superfícies do corrosão removidos pelo processo mecânico.
aço. Alguns óxidos de metal protegem a camada da base
do metal. A presença & ferrugem promove um ataque a Na disponibilidade de jateamento com abrasivo, use-
adicional, retirando a umidade do ar e atuando como um o para a remoção da corrosão. Esse processo deve ser
agente catalizador, causando a corrosão. A ferrugem ver- feito com o uso de óxido de alumínio (MIL-G-
melha geralmente se manifesta em áreas desprotegidas 21380), Tipo I, Grau A ou B, granulações 25,50, ou
do avião, como em suas ferragens. 120, junto com os filetes de vidro nQ 13 (MIL-G-
9954). Deve se usar uma pressão de 4 a 50 psi no
Esse tipo de ferrugem aparece sob plaquetas, instaladas bico da pistola de ar comprimido, na remoção da cor-
em peças de aço. Sua presença nessas keas não é tão rosão por jateamento com abrasivos. Se esse método
perigosa, não tendo um efeito imediato na resistência de remoção da corrosão for ser aplicado em metais
estrutural de quaisquer componentes de maior ímportân- mais finos que 0,0625 pol(1,6 mrn), consulte antes o
cia. Entretanto, isso indica uma falta de mánutenção Departamento de Engenharia da EMBRAER para a
geral, com esse tipo de ferrugem podendo atacar em aprovação.
áreas mais críticas.
b. Se o jateamento com abrasivo não estiver disponível,
O meio mais prático para se controlar a corrosão do aço remova os depósitos de corrosão usando uma escova
é a remoção completa dos produtos da corrosão por de cerdas de aqo.
meios mecânicos. Entretanto, deve-se reconhecer que, c. Remova a corrosão residual com uma lixa ou com
em qualquer uso dos abrasivos, a ferrugem do ferro resi- uma ferramenta manual energizada.
dual normalmente permanece na parte de baixo dos pon-
tos e também das rachaduras. d. A superfície fica altamente reativa logo após a remo-
ção da corrosão; desse modo, a aplicação & camada
O melhor método para ser usado em superfícies externas de primer deve ser feita 1 hora após o lixamento.
é o jateamento com abrasivos, que tem a capacidade para Após a remoção total da corrosão (inspecione usando
remover quase totalmente a ferrugem. uma lente de aumento), siga os procedimentos conti-
dos no parágrafo (e).
Se possível, as peças de aço corroídas devem ser removi- e. Depressões resultantes de retrabalho com o uso de mis-
das do avião. Na impossibilidade, deve-se ficar atento tura na razão de 20: 1. Limpe a área a ser remabalhada
aos procedimentos de preparação do processo e de segu- com uma lixa & granulação IP 240. Suavize a área com
rança. uma lixa de granu1ação xP 400.
GENERAUDADES

necessário, e certifique-se de que os limites do retra-


balho não tenham sido excedidos.
g. Limpe a área retrabalhada com solvente P-D-680.
Não use querosene.
h. Aplique o acabamento de proteção (fosfatação). O pessoal da manutenção deve utilizar luvas
j. Remova as proteções (mascaramento, fitas adesivas) de borracha, óculos e roupas de proteção. Se
da superfície. acidentalmente o ácido tocar na pele ou nos
olhos, lave com água limpa em abundância.
1-63. REMOÇÃO DA CORROSÃO DE COBRE E Consulte um médico, se os olhos ficarem afe-
LIGAS DE COBRE tados ou a pele for queimada.

A remoção mecânica da corrosão para esses tipos de


materiais é recomendada, considerando-se que a remo-
ção química seria impraticável devido As dificuldades de
limpeza e ao perigo de retenção dos produtos químicos
em locais inacessíveis.

As superfícies de cobre são normalmente mascaradas Os tratamentos químicos superficiais consis-


antes da realização dos procedimentos gerais de limpeza. tem de soluções ácidas e requerem uma pro-
Sendo assim, remova o óleo, a graxa e a poeira com um teção adequada do material adjacente à área
pano limpo embebido em solventes especificados no que está sendo tratada.
parágrafo 1-56. Remova a corrosão com uma escova de
fios de latão ou lixa de papel com granulação no 400.
1-65. TRATAMENTO PRÉVIO PARA CHAPAS DE
Remova as partículas desprendidas com ar comprimido LIGAS DE ALUMÍNIO
ou escova & cerdas duras. Limpe as partes roscadas com
Chapas de ligas de alumínio, com ou sem CLAD, utili-
um pano limpo embebido em removedor (Spec. MIL-C- zadas na execução de reparos, devem ser submetidas a
15074). um tratamento prévio de superficie, antes da aplicação
do tratamento de proteção (Alodine) descrito no pará-
1-64. PROTEÇÃO CONTRA A OXIDAÇÃO
grafo 1-66.
A proteção contra uma nova reaqão de oxidqão é nor- Esse tratamento consiste em:
malmente executada por meio de um tratamento químico 1. Limpeza com solvente
da área afetada. Esse tratamento superficial, dém de pro- A remoção de graxas, óleos, manchas eiou outras conta-
teger contra a oxidação, proporciona uma base adequada minações deve ser feita com um pano limpo embebido
para a pintura W, quando esta é necessária. Para a s em solventes especificados no parágmfo 1-56.
ligas de alumínio, o tratamento s u ~ ~ c iadequado
al está
especificado no parágrafo 1-65, e para as ligas de m g - 146. TRATAMENTO DE PROTEÇÃO PARA LIGAS
nésio, o tratamento superficial esta especificado no pará- DE ALUM~NIO
grafo 1-67. Esse tratamento visa a proteção da superficie contra a
corrosão com a utilização de uma película produzida
O aço inoxidável não necessita de tratamento de prote-
pela reação dos produtos utilizados quando em contato
ção, enquanto o aço-carbono de baixa liga requer apenas
com a superficie do avião.
pintura de acabamento nas aplicações usuais. Em certas
A proteção da superfície para as ligas de dumínio deve
áreas onde há grande possibilidade de ocorrência de cor-
estar de acordo com os requisitos especificados na
rosão (interior dos tanques de combustível, junção de norma MIGC-8 1706.
metais diferentes, etc), são especificamente indicados Os materiais a serem aplicados devem estar em confor-
alguns tratamentos superficiais de proteção para o aço. A midade com os requisitos especificados pela norma
combinação do tratamento químico superficial com a MIL-C-5541, classes 1A e 3 (Alodine 1200).
pintura de acabamento final proporciona a superfície as A preparação e o controle devem ser conforme as infor-
melhores condições possíveis de proteção. mações do fabricante.
GENERAUDADES

Nota
Aplique o Alodine utilizando uma escova de
cerdas de fibra ou náilon.
Se o método de aplicação usando uma
escova for escolhido, e a superficie a ser
Sempre manuseie e aplique os produtos de trata& com Alodine for muito grande, apli-
proteção de superfície em áreas bem venti- que-o por etapas em áreas que não ultrapas-
ladas. s e m l m2.
O operador deve estar sempre equipado
com luvas de borracha, avental e óculos de 4. Dê quantas demãos forem necessárias para obter a
proteção, para evitar contato com a solu- proteção desejada, aplicando-as a intervalos de I minuto.
ção.
Nota
Lave imediatamente com água Limpa em
Dependendo da liga de alumínio e do número de
abundância quaisquer vestígios de solução
camadas aplicadas, poderá haver uma variação
que entre em contato com a pele. Se os de cor, do ouro claro ao marrom acinzentado.
olhos forem atingidos, lave-os com água
limpa em abundância e procure um
médico imediatamente. 5. Remova o excesso de solução da superfície utili-
zando um pano limpo e macio, enxaguando em seguida
Todos os materiais utiiizados na proteção com água limpa.
de superfície devem ser guardados em
locais apropriados, longe de fontes de igni-
ção.

Enxágue completamente os panos utilizados,


pois os mesmos ficam altamente inflamáveis
quando secos.
Superfícies previamente anodiadas ou
alodizadas não precisam ser mascaradas. 6. Seque a superfície com um pano seco e limpo.
7. Utilizando ar comprimido filtrado, seque a superficie
1. Proteja toda as superficies que podem ser afetadas ou, como aiternativa, seque a superfície em um fomo a
pela solução. uma temperatura máxima de 70°C (160°F) durante 15
2. Vede ou tampe todos os orifícios e juntas para evitar minutos aproximadamente.
que a solução vá para áreas sujeitas a danos.
1-67. PROTEÇÃO CONTRA A CORROSAO EM
LIGAS DE MAGNESIO
A proteção de superficie para as ligas de magnésio con-
siste no processo contido na especificação MIL-M-3 2 7 1,
tipo I. Esse processo pode ser executado, utilizando-se
dois tipos de solução, cuja aplicabilidade depende do
Evite o contato e nâo misture o Alodine tipo de magnésio tratado. Como no caso do "Bandei-
1000/1200 com solventes orgânicos (álcool, rante" só existe magnésio na forma fundida, no trem de
cetonas, etc); caso contrário, fogo ou pouso dianteiro, a solução 2 do tipo I deverá ser usada.
explosão podem ocorrer.
148. TRATAMENTO SUPERFICIAL DO AÇO-CAR-
Use sempre máscara de proteção e luvas
BONO DE BAIXA LIGA
de boxracha ou de PVC, quando estiver
manuseando a solução de Alodine. A cadmiagem é o principal tratamento de proteção
3. Aplique o Alodine por toda a superfície. superficial contra a corrosão aplicável ao aço-carbono de
baixa liga. O processo a ser aplicado deve ser conforme preparação da área a ser trabahada estão
os requisitos da especificação QQ-P-416. dentro dos procedimentos de segurança
exigidos.
149. PINTURA FINAL DE PROTEÇÃO
A aplicaqão do removedor de pintura deve
Se a pintura final de proteção for necessária, ela deve ser ser executada em áreas bem ventiladas.
aplicada dentro de 2 horas após a secagem do tratamento Evite respirar os vapores oriundos do
quimico executado. removedor.
A superfície a ser pintada deve ser submetida a uma lim- Evite o contato do removedor de pintura
peza completa, para evitar a contaminação. Manchas com a pele ou os olhos. Se isso ocorrer, lave
localizadas na superfície resultantes do tratamento imediatamente a região afetada com água
químico superficial não são consideradas como contami- limpa em abundância. Se o produto espir-
nações. A remoção dessas manchas prejudicarii os rar nos olhos, procure um médico imedia-
efeitos do tratamento superficial. tamente.
1-70. TRATAMENTO DA CORROSÃO Use sempre máscara de proteção, avental,
luvas e, se necessário, capacete, evitando
Antes da aplicação do primer e da camada de proteção assim o contato com o removedor.
final, a superficie a ser tratada tem que estar preparada, o As estruturas maiores, de onde haverá a
que depende do tipo do material. Normalmente, essa pre- remoção da pintura, devem ser aterradas
paração consiste na remoção da pintura velha que já esta adequadamente antes e durante a aplica-
deteriorada e com possíveis corrosões, bem como na ção do removedor ou solventes, para evitar
limpeza e na aplicação da camada de conversão, con- riscos de incêndio e explosões, devido a
fome requerido. Acabamentos deteriorados de pintura descargas estáticas.
são removidos com solventes ou com compostos remo-
vedores. Os solventes são geralmente utilizados em
pequenas áreas ou peças e os compostos removedores de Algumas áreas consideradas criticas e que estão sujeitas
pintura utilizados em áreas maiores, peças desmontadas, a danos causados pelos removedores devem ser protegi-
ou conjuntos estruturais. das com um mascaramento adequado, utilizando-se fitas
adesivas e películas de PVC. As áreas que devem ser
Várias camadas de conversão são utilizadas na formação protegidas contra a ação dos removedores são as transpa-
de uma película protetora pela conversão da superficie rências feitas em acrílico, partes feitas em borracha,
do metal em uma pelicuia, tudo ligado pelo agente quí- materiais compostos e cantos metálicos. Mascare todas
mico apropriado. Essa aplicação tem a função de evitar as portas, janelas e painéis de acesso, carenagens, emen-
que os agentes corrosivos entrem em contato com a das e orifícios, evitando assim a penetração do remove-
superficie do metal. dor nas juntas e nas partes internas correspondentes.
A aplicação do removedor pode ser feita com o uso de
1-71. REMOÇÃO DA PINTURA E DO PRIMER uma escova OU "spray". O uso da escova é mais utilizado
e mais eficaz para as linhas de manutenção.
A pintura deverá estar completamente removida da área
afetada pela corrosão. O método de remoção da pintura a
ser adotado depende basicamente da facilidade de acesso
à área oxidada.

1-72. REMOÇÃO DA PINTURA EM ÁREAS ACES-


S~VEIS
Não permita que o removedor entre em con-
tato com tubos e mangueiras de teflon, rola-
mentos auto-lubrificados, terminais elétricos,
e buchas de náilon, para evitar a deteriora-
ção desses componentes devido ao ataque
químico.
Muitos removedores de pintura de origem
orgânica são iníiamáveis, tóxicos ou corro- As superficies a serem traballiadas devem estar total-
sivos. Certifique-se de que os procedimen- mente secas e Zt temperatura ambiente, entre 10°C (50°F)
tos e os equipamentos usados, e a e 37°C (lOO°F). Evite a aplicação do produto sob sol
O.T 1C95A-3 GENERALIDADES

forte ou chuva. não apresentem mais sinais de sujeira.


1. Selecione o tipo de solvente ou detergente 5. Seque a superfície com um pano limpo e seco antes
apropriado a ser utilizado, dependendo da sujeira ou da evaporação do solvente aplicado no passo anterior,
incrustações a serem removidas. para a remoção adequada de toda a graxa que foi dis-
solvida

MATERIAL MÉTODO TIPO DO REMOVEDOR


6. Mascare as áreas a serem tratadas com uma fita
A SER DE APLI- REMOVE- APROVADO adesiva plástica e uma película de PVC.
REMOVIDO CAÇÃO DOR
Nota
Metiletilcetona, tri-
Desengraxa-
“Spray” ou
limpeza Solvente
cloroetileno, Sol- • A película de PVC e a fita adesiva plástica
dor multiuso vente Tipo I, P-D- devem ser aplicadas a todas as partes feitas
com pano
680
em plástico, vidro, transparências em
Camadas de
acrílico, borracha, vedações, juntas, entradas
proteção ou “Spray” ou Álcool etílico, de ar e aberturas, tubos de pitot e tomadas
óleo de pro- limpeza Solvente Álcool butílico, estáticas. Tome muito cuidado para não per-
teção (tem- com pano “Thinner”, Tolueno
mitir que tanto o removedor como a água
porário)
penetrem nas superfícies internas ou compo-
“Spray” ou nentes do avião.
Poliuretano limpeza Solvente “Thinner” • Proteja adequadamente os pneus do avião
com pano
com capas à prova d’água.
Tinta epóxi,
Camada de 7. Limpe adequadamente a área de onde a pintura será
Pasta
acabamento
de Poliure-
Escova remove- MIL-R-25134 removida.
dora
tano,
“Primers”

2. Remova toda a sujeira solta, graxa ou óleo com um


pano, esfregando a superfície afetada.
• Aplique o removedor somente nas áreas de
onde a pintura será removida.
• Não utilize palha de aço ou espátulas de
material metálico para remover acabam-
ento orgânico de superfícies de alumínio
ou magnésio.
• Não deixe os panos de limpeza, escova ou
esponja dentro do recipiente do solvente
8. Aplicação do removedor com escova.
para evitar contaminação.
a. Aplique uma demão do removedor.
• Antes de aplicar o solvente, certifique-se
de que a superfície da área a ser tratada b. Aguarde até que a ação do removedor amoleça ou
esteja totalmente seca. solte o acabamento orgânico.

Nota
3. Limpe a superfície com um pano, escova ou esponja O tempo de contato entre o removedor e o metal
embebidos em solvente. Repita essa ação até que a não deve exceder a um período de 2 horas.
superfície esteja totalmente limpa.
4. Complete a limpeza da superfície utilizando mais c. Remova o acabamento amolecido ou solto com uma
solvente e panos limpos, trocando-os sempre, até que escova enquanto a superfície estiver úmida.

Revisão 30 1-60J
GENERALIDADES O.T 1C95A-3

d. Aplique um jato de água na superfície para facilitar a Nota


operação de remoção.
Se mais de uma limpeza for necessária, repita os
e. Remova os pontos do acabamento amolecidos e que procedimentos especificados.
ainda estão grudados à superfície, utilizando uma
espátula ou esponja.
1-73. REMOÇÃO DA PINTURA EM ÁREAS CONFI-
Nota
NADAS OU DE DIFÍCIL ACESSO
Para ligas ferrosas, use palha de aço para a
remoção do acabamento. 1. Prepare a área a ser tratada de acordo com os proced-
imentos especificados no parágrafo 1-72.
f. Enxágue totalmente a superfície com água limpa em 2. Aplique uma camada de removedor pastoso de tinta
abundância. (MIL-R-25134) na área afetada, usando um pincel ou
g. Seque a superfície com o auxílio de panos limpos ou trincha de cerdas macias.
jatos de ar comprimido. 3. Aplique o removedor sobre a superfície, até que a
pintura se desprenda totalmente.
Nota
4. Limpe a superfície de acordo com os procedimentos
• Algumas resinas do tipo epóxi, resinas especificados no parágrafo 1-72.
fenólicas e acabamentos em poliuretano não
são removidos somente com uma demão do 1-74. TIPOS DE PROTEÇÃO E ACABAMENTO
removedor. Se necessário, aplique mais uma FINAL
demão do removedor com um intervalo de
tempo de aproximadamente 1 hora, que é Os métodos de pré-tratamento e de acabamento final são
um período de tempo suficiente para que definidos em função do material, área da estrutura e do
cada aplicação aja sobre a superfície corre- tratamento já aplicado em uma peça ou em um conjunto
spondente. estrutural.
• O processo de remoção e limpeza deve ser
aplicado em superfícies que estejam comple- Os tipos básicos de “primer” e tintas utilizados no “Ban-
tamente livres de corrosão, escamações, deirante”, descritos nos parágrafos seguintes, devem ser
tinta, graxa, poeira, partículas metálicas ou preparados e aplicados como a seguir:
quaisquer outros tipos de contaminação de 1. “Primer” de zinco-cromato (pré-tratamento de pintura)
superfície que possam prejudicar os procedi- Esse composto deve estar de acordo com as especifi-
mentos de remoção da pintura e limpeza. cações e requisitos contidos na norma MIL-P-7962. Os
• Caso necessário, repita os procedimentos de métodos de preparação e aplicação devem estar con-
limpeza. forme as recomendações do fabricante.
2. “Primer” Epóxi (pré-tratamento de pintura)
9. Aplicação do Removedor com Pistola de Ar Com-
Esse composto deve estar de acordo com as especifi-
primido ou Bisnaga.
cações e requisitos contidos na norma MIL-P-23377. Os
a. Com o auxílio de uma bisnaga ou pistola de ar com- métodos de preparação e aplicação devem estar con-
primido, aplique o removedor na superfície a ser trat- forme as recomendações do fabricante.
ada.
3. “Primer” Epóxi - Para partes metálicas internas e
b. Mantenha a superfície molhada com o removedor. material composto - Resistente a fluido (pré-tratamento
c. Remova o acabamento orgânico com o auxílio de um de pintura).
pano ou de uma esponja. Esse composto deve estar de acordo com as especifi-
d. Repita a operação, até que todo o acabamento cações e requisitos contidos na MEP 10-059 (equiva-
orgânico seja removido. lente à BMS 10-11, Tipo I, Classe A, Grau A). Esse
material é alternativo ao “primer” epóxi contido na
e. Enxágüe a superfície com jatos de água. norma MIL-P-23377. Os métodos de preparação e apli-
f. Seque a superfície utilizando panos limpos ou jatos cação devem estar conforme as recomendações do fabri-
de ar comprimido. cante.

1-60K Revisão 32
O.T 1C95A-3 GENERALIDADES

4. “Primer” Epóxi - Para partes metálicas externas - 2. Áreas com danos extensivos (metal exposto)
Resistente a fluido (pré-tratamento de pintura). a. Mascare adequadamente a superfície adjacente a área
Esse composto deve estar de acordo com as especifi- a ser reparada.
cações e requisitos contidos na MEP 10-060 (equiva- b. Remova a camada orgânica da área danificada (veja
lente à BMS 10-79(K), Tipo II, Classe A, Grau A). parágrafo 1-71).
Esse material é alternativo ao “Primer” Epóxi contido na c. Remova os resíduos deixados pela remoção da
norma MIL-P-23377. Os metódos de preparação e apli- camada orgânica com um pano embebido em
cação devem estar conforme as recomendações do fabri- MEK (ASTM-D-740) ou solvente a base de nafta
cante. (P-D-680).
5. Esmalte de poliuretano (camada de acabamento final). d. Seque a superfície com um pano limpo e seco.
Esse composto deve estar de acordo com as especifi- e. Aplique a proteção de superfície para metal (veja
cações e requisitos contidos na norma MIL-C-83286. Os parágrafo 1-74).
métodos de preparação e aplicação devem estar con- f. Pinte a área de acordo com as instruções contidas no
forme as recomendações do fabricante. parágrafo 1-74.
6. Esmalte de poliuretano (camada de acabamento final). g. Remova o mascaramento antes que a pintura esteja
Esse composto deve estar de acordo com as especifi- totalmente seca.
cações e requisitos contidos na MEP 10-061 (equivalente
à BMS 10-72 Tipo V). 1-74B. REMOÇÃO/APLICAÇÃO DE COMPOSTOS
Esse material é alternativo ao esmalte de poliuretano INIBIDORES DE CORROSÃO
contido na norma MIL-C-83286.
A aplicação dos compostos inibidores de corrosão (CIC)
Os métodos de preparação e aplicação devem estar con-
é um método de proteção adicional utilizado com a
forme as recomendações do fabricante.
função de minimizar ataques de corrosão à estrutura do
7. Composto antibiológico (tinta antifungo). avião, bem como manter o nível dessa corrosão sob con-
Esse composto deve ser fornecido de acordo com as trole.
especificações e requisitos contidos na norma MIL-C-
As áreas do avião onde supostamente existam menos
27725, Tipo II, Classe B. Os métodos de preparação e
probabilidades de desenvolvimento de um processo cor-
aplicação devem estar conforme as recomendações do rosivo, ou áreas onde um produto de corrosão irá pene-
fabricante.
trar em cavidades pequenas e fendas para remover água,
têm que receber um composto inibidor de corrosão do
1-74A. REPAROS DE ACABAMENTO FINAL
Tipo I.
Os procedimentos contidos neste parágrafo aplicam-se a Nas áreas onde existam maiores probabilidades do
pequenos reparos a serem aplicados nos acabamentos desenvolvimento de um processo corrosivo tais como a
executados na superfície externa do avião. comissaria, o lavatório, áreas sob o piso do avião, aloja-
1. Superfícies que apresentam danos menores (sem mento dos trens de pouso, o tratamento de proteção tem
atingir o metal) que ser mais forte, com a aplicação de um composto ini-
a. Lixe levemente a área danificada com uma lixa no bidor de corrosão do Tipo II. Esse produto, por sua vez,
320. não penetra nas cavidades ou fendas, como também não
remove a água contida nelas.
b. Remova os resíduos deixados pelo lixamento com
um pano embebido em MEK (ASTM-D-740) ou sol- 1. Características gerais
vente à base de nafta (P-D-680). a. Esses produtos são compostos orgânicos à base de
c. Seque a área afetada com um pano limpo e seco. materiais não-voláteis em solventes para fazer um
fluido.
d. Certifique-se de que não houve a exposição do metal
após o lixamento. b. A camada de proteção não é removida com facil-
idade, mas deve ser novamente aplicada, caso a
e. Mascare adequadamente a superfície adjacente à área superfície seja lavada constantemente.
a ser reparada.
c. O composto é pegajoso, ficando, assim, sujeito a cole-
f. Pinte a área de acordo com as instruções contidas no tar material estranho. As áreas onde o composto é apli-
parágrafo 1-74. cado têm que ser lavadas regularmente, com a
g. Remova o mascaramento antes que a pintura esteja posterior aplicação de mais composto inibidor de cor-
totalmente seca. rosão.

Revisão 32 1-60L
GENERALIDADES O.T 1C95A-3

d. Compostos diferentes podem ser aplicados sobre um


composto inibidor de corrosão já aplicado, sem a
obtenção de efeitos prejudiciais. Assim mesmo, a
EMBRAER recomenda que a superfície seja bem
limpa antes que uma terceira camada do composto
inibidor de corrosão seja aplicada e que não haja
• Os compostos inibidores de corrosão e os
limpadores em geral são classificados
problema com excesso de peso em função dessa como materiais de alto risco, causando
superfície estar recebendo mais uma camada do danos e doenças à saúde se não utilizados
produto. corretamente. Esses produtos devem ser
e. Se a camada do composto inibidor de corrosão provocar utilizados somente quando de acordo com
problemas com a visibilidade da superfície, recomenda- as recomendações de segurança e proteção
se que o produto seja removido antes da inspeção e que à saúde especificadas pelo fabricante.
seja aplicado novamente ela. Desse modo, deve-se ler atentamente e
seguir todos os procedimentos de seg-
2. Remoção do composto inibidor de corrosão
urança, prevenção de danos à saúde, e
a. A remoção completa do composto inibidor de cor- aplicação do produto, contidos nas
rosão é necessária antes que uma nova pintura seja instruções e recomendações de uso que
executada. Uma limpeza com solvente também é acompanham o produto.
necessária antes da realização de uma inspeção com • Os solventes presentes no composto inibi-
líquido penetrante. dor de corrosão não são tóxicos. Mas
mesmo assim, se o produto for usado em
áreas confinadas, recomenda-se que venti-
lação mecânica e proteção para a respi-
ração e pele sejam devidamente utilizadas.

• O composto P-D-680 é altamente


inflamável na presença de chama ou cen-
telhas.
• Certifique-se de que a área de trabalho
seja bem ventilada e que tenha uma boa
circulação de ar para evaporação (sol- Os compostos inibidores de corrosão devem
ventes, nesse caso) quando da utilização de ser mantidos longe de componentes do
solventes para a remoção do composto ini- sistema de oxigênio e suas conexões devido ao
bidor de corrosão. alto risco de fogo e de explosões.
As áreas e os componentes descritos abaixo
também não devem ser tratados com o com-
b. Os seguintes solventes são recomendados para a posto inibidor de corrosão:
remoção do composto inibidor de corrosão:
- Solvente para limpeza a seco P-D-680 (exceto para • Cabos, roldanas, fiação, plásticos,
uso em partes do compartimento de carga); elastômeros;
- TT-N-95. • Rolamentos selados;
• Áreas adjacentes a furações e cortes em
Nota mantas de isolamento;
O uso do MEK ou acetona não é recomendado. • Áreas com potencial de arco elétrico;
• Materiais de interiores, incluindo acabam-
c. Use um pano limpo embebido em solvente e uma entos no compartimento de carga;
espátula de madeira para remover o composto inibi- • Cavidades ligadas à estrutura do berço
dor de corrosão da superfície, se necessário. dos motores, carenagens ou suportes;
3. Aplicação do composto inibidor de corrosão

1-60M Revisão 32
O.T 1C95A-3 GENERALIDADES

• Dutos feitos em fibra de vidro, onde as


temperaturas podem ser superiores a
104,5 °C (220°F);
• Vedações de silicone ou borracha;
• Superfícies lubrificadas; O uso da pistola de ar comprimido não é
• Válvulas dreno; recomendável para aplicações do produto em
interiores, posto que a névoa pode penetrar
• Áreas a serem pintadas, seladas ou isola- em partes onde o produto não deve ser apli-
das eletricamente; cado.
• Hastes de acionamento; e. Certifique-se de que o avião esteja aterrado antes que
• Conectores elétricos, interruptores, relés; o produto seja aplicado.

• Conexões hidráulicas;
• Itens personalizados;
• Sistemas de oxigênio.

Nota Certifique-se de que o avião não esteja


• As camadas de “primer” e de acabamento conectado a uma fonte externa de energia
devem estar totalmente curadas antes que o elétrica e de que o interruptor da bateria
localizado no painel superior esteja posicio-
composto inibidor de corrosão seja aplicado.
nado em “OFF”, antes que o composto inibi-
• Os produtos de corrosão, se presentes, dor de corrosão seja aplicado perto de
devem ser removidos (veja parágrafo 1-58), baterias, contatos elétricos, conectores ou out-
antes que o composto inibidor de corrosão ros componentes, devido ao risco de incêndio.
seja aplicado.
• Todas as peças e conjuntos devem estar f. Aplique uma camada contínua e bem úmida do com-
completamente limpos, livres de limalhas, posto para permitir que ele penetre dentro de juntas
cavacos, sujeira em geral, poeira, e graxas, por capilaridade. A utilização de equipamentos de
pressão que fazem a aplicação desses compostos,
antes que o composto inibidor de corrosão
melhoram muito sua penetração.
seja aplicado.
Nota
É recomendável que a aplicação desses produtos (CIC) • O equipamento de aplicação do produto tem
que ser o mais apropriado possível para
seja feita após a montagem de peças e conjuntos no
garantir a eficiência dessa aplicação. Para a
avião e após a selagem também. seleção do equipamento, a dimensão da área
Esses produtos (CIC) devem ser aplicados com cuidado de aplicação, o acesso para essa área e as
para não causar danos à saúde ou aos equipamentos. restrições dos produtos têm que ser levadas
em conta.
a. Limpe a superfície com um pano limpo e seco para • Como regra geral, a EMBRAER recomenda
remover a umidade, se necessário. Use um aspirador a aplicação dos compostos com a PISTOLA
de pó para remover quaisquer materiais estranhos em DE AR COMPRIMIDO ou PULVERIZA-
excesso. DOR, ESCOVA, ROLO DE PINTURA,
HVLP ou DIP.
b. Limpe as áreas muito sujas com um pano embebido • A aplicação com escova é o método mais
em solvente de nafta (P-D-680 ou TT-N-95). adequado para aplicações em áreas confina-
c. Antes da evaporação do solvente, passe um pano das ou em áreas nas quais haja o risco do
composto entrar em contato com os equipa-
limpo e seco por toda a superfície.
mentos vizinhos. Essa aplicação, nesse caso,
d. Mascare adequadamente com papel neutro e fita pode ser feita com um pincel comum ou um
adesiva as áreas que não serão tratadas. pano limpo.

Revisão 32 1-60N
GENERALIDADES O.T 1C95A-3

• Para as aplicações onde o uso do pincel é - Escolha uma área não muito importante, tal como a
limitado, o pulverizador pode ser um bom parte central de um painel, e pressione com os
método. O mesmo pode ser usado com dedos e exercendo uma leve pressão a película de
bocais providos com extensões. Esse polietileno sobre o composto inibidor de corrosão.
método geralmente não é recomendado dev- - Se após essa ação a película de polietileno per-
ido ao alto custo e ao desperdício prove- manecer intacta, o processo de cura é aceitável,
niente da pulverização. caso contrário, reaplique o composto inibidor de
• Para grandes áreas tais como o alojamento corrosão na área testada e faça novamente o teste
dos trens de pouso, flapes, etc., onde o confi- da película de polietileno após um novo período de
namento não é problema, a aplicação do cura.
produto com a pistola de ar comprimido é o
método mais recomendado, geralmente exe- n. Se necessário, retrabalhe os danos e bolhas que por
cutado a baixa pressão. ventura existam na camada do composto inibidor de
• A utilização de acessórios provê maiores corrosão:
acessos às áreas a serem tratadas; acessórios - Proteja a área adjacente a ser trabalhada.
tais como kits de extensão para a pistola de - Limpe com solvente à base de nafta (P-D-680 ou TT-95).
ar comprimido e adaptadores giratórios para
a variação do posicionamento do bocal apli- - Aplique o composto inibidor de corrosão.
cador. - Seque o composto inibidor de corrosão.
g. Permita que o composto inibidor de corrosão per- 4. Espessura do composto inibidor de corrosão
maneça na superfície por um período de pelo menos
a. A espessura do composto úmido segue os dados da
60 minutos para garantir uma penetração máxima
tabela abaixo:
antes da remoção do seu excesso.

PRODUTO TIPO ESPESSURA


MOLHADA

LPS-3 -

Dinitrol AV-8 15,24 µm (0.6 mil)


I
Protetor 100 17,78 - 25,4 µm
Com um pano limpo, remova o excesso do (0,7 - 1,0 mil)
composto inibidor de corrosão dos mecanis-
mos e partes móveis, prevenindo assim o Procyon -
endurecimento do composto a baixas temper-
aturas e que a operação seja prejudicada. Dinitrol AV-30 60,96 µm (2,4 mil)
II
Protetor 1500 38,10 - 63,50 µm
h. Verifique se a espessura da camada úmida está dentro (1,5 - 2,5 mil)
dos limites recomendados, de acordo com o passo 4
deste parágrafo.
j. Espere por 2 horas, pelo menos, considerando o
tempo de manuseio do produto, até a evaporação do - Use um instrumento não-destrutivo (Consulte a
solvente. A cura da película é feita pela evaporação ASTM 1400) para a medicão da espessura da
do solvente e deve ocorrer em área bem ventilada. camada úmida.
l. No caso de contaminação em uma manta de isola- - Os requisitos mínimos para as camadas são volta-
mento, esta deve ser substituída. Para outras áreas, o dos para garantir a proteção contra a corrosão.
composto inibidor de corrosão deve ser removido - Espessuras maiores representam excesso de peso
com a utilização do solvente à base de nafta (P-D- para o avião.
680 ou TT-N-95). - Espessuras de camadas tanto secas como úmidas,
m. Se necessário, faça o teste a seguir para determinar a têm que ter os seus requisitos satisfeitos.
cura aceitável em áreas de contato (como as mantas - Os requisitos máximos de espessura para as cama-
de isolamento): das do composto inibidor de corrosão podem estar
- Obtenha uma amostra de uma película de excedidos em áreas localizadas, exceto em áreas
polietileno com espessura de 0.050 mm a 0,150 onde existam o cruzamento de drenos, a fim de se
mm (0,002 pol a 0,006 pol). evitarem entupimentos.

1-60P Revisão 32
O.T 1C95A-3 GENERALIDADES

DESIGNAÇÃO DO
PRODUTO FORNECEDOR APLICAÇÃO
(FORNECEDOR)
LPS-3 (MIL-C-16173, LPS Laboratories, Inc. 4647 Hugh Howell
Grau 2, Classe 1) Road. Tucker, GA 30085-5052
Dinol International, Inc. 20600 Eureka Road (TIPO I)
DINITROL AV-8 Taylor, MI 48180-5306 Dinol AB Box 1492- Áreas do avião onde se supõe que haja menos probabil-
28122 Hasslehom, Sweden idade de desenvolvimento da corrosão
CRC Industries, Inc. 885 Louis Drive. Warm-
Protetor 100
inster, PA 18974
LPS Laboratories, Inc. 4647 Hugh Howell
PROCYON
Road. Tucker, GA 30085-5052 (TIPO II)
Dinol International, Inc. 20600 Eureka Road Áreas do avião onde existe uma probabilidade maior de
DINITROL
Taylor, MI 48180-5306 Dinol AB Box 1492- desenvolvimento de corrosão, tais como a comissaria, o
AV-30
28122 Hasslehom, Sweden lavatório, áreas sob o piso e o alojamento dos trens de
pouso
CRC Industries, Inc. 885 Louis Drive. Warm-
Protetor 1500
inster, PA 18974

NOTA:• COMPOSTO INIBIDOR DE CORROSÃO APROVADO PELA NORMA MIL-C-16173 TAMBÉM PODE
SER USADO.
• O COMPOSTO DINITROL AV-30 PESA TRÊS VEZES MAIS QUE O DINITROL AV-8 E PODE CAUSAR
UM AUMENTO DE PESO SIGNIFICATIVO NO AVIÃO SE UTILIZADO EM TODAS AS ÁREAS ONDE O
DINITROL AV-8 É RECOMENDADO.

Compostos Inibidores de Corrosão (CIC) Aprovados

DESIGNAÇÃO DO
PRODUTO FORNECEDOR APLICAÇÃO
(FORNECEDOR)
Limpador/Desengraxador LPS Laboratories, Inc. 4647 Hugh Howell Remover óleo, graxa, resinas orgânicas, compostos inibi-
A-151 Road. Tucker, GA 30085-5052 dores de corrosão e outros contaminantes.

Super desengraxador CRC Industries, Inc. 885 Louis Drive. Remover óleo, graxa, resinas orgânicas, compostos inibi-
Warminster, PA 18974 dores de corrosão e outros contaminantes.

Limpadores/Desengraxadores Aprovados

Figura 1-20A. Compostos Inibidores de Corrosão (CIC) Recomendados e Limpadores/Desengraxadores


Aprovados

Revisão 30 1-60Q/(1-60R em branco)


O.T. 1C95A-3 GENERALIDADES

I ' executada de acordo com o procedimento descrito no


1-75. TRATAMENTO DA CORROSÃONO
TREM DE POUSO parágrafo 1-56.

lhos forem realizados em unidades montadas.


Execute o procedimento indicado nos parágrafos 1-72 e
Como o trem de pouso é composto de uma combinação de
1-73.
peças de aço e alumínio e ainda de magnésio no trem
dianteiro, com muitas aberturas e cavidades, é necessário
proteger cuidadosamente, com fitas adesivas impermeá-
veis, todos os componentes e partes m6veis não envolvi- Dependendodo metal empregado, utilize um dos m6todos
dos no tratamento. indicados nos parágrafos de 1-58 a 1-68. Se o metal em
A extensão da comsão determinará se o trem de pouso questão for o aço inoxidável (parede de fogo), não é
pode ser tratado na própria aeronave ou se é necessário necessário aplicar nenhuma prote@o.
removê-lo. Se a corrosão estiver muito desenvolvida, é
mais eficiente e econômico executar o tratamento após a 1-82. PINTURA FINAL DE PROTEÇÃO
remoção e a desmontagem.
As superffcies afetadas devem estar completamente lim-
1-76. LIMPEZA, REMOÇÃO DA CORROSÃO E PRO- pas, secas e isentas de qualquer contaminaçãoantes que a
TEÇÃO pintura final de proteção seja executada. A pintura final
para ligas de alumínio e aços consiste das seguintes
A limpeza, remqão da corrosão e tratamento de proteçáo etapas:
devem ser executados da maneira indicada nos parágrafos a. Uma camada de "wash-primer" (MIL-C-85 14).
& 1-55 a 1-68, dependendo do tipo de metal envolvido.

1-77. PINTURA FINAL DE PROTEÇÃO


1. Peças externas de ligas de alumínio e aço (exceto aço
b. Uma cama& (duas para tubos de aço do berço do
motor) de "prímer epoxy" (MIL-P-23377).

Nota
I
inoxidável) devem ser submetidas a uma pintura final de Todas as pqas de alumínio e ligas de alm'nio
proteção que consiste das seguintes etapas: (inclusive as do tipo Clad) do "Bandeirante" são
a. Uma camada de composto reino-ácido de pré- submetidas a um tratamento químico de alodini-
-tratamento ("wash-prime?, MIL-C-85 14). zação (MIL-C-5541, Classe IA) para melhorar
b. Unia camada de revestimento primário & "primer as cmcterísticas de resistência à corrosão do
epoxy" (MIL-P-23377). material, bem como formar uma base para aca-
bamento e pintura.
c. Duas camadas de tinta "epoxy" (ME-C-22750).
Com este tratamento, não h6 necessidade de
2. Pqas de ligas de magn6sio devem receber uma pintura apliqáo do "wash-primer" o qual, entretanto,
final de proteção que consiste do seguinte: pode ser aplicado como precaução suplementar.
a. Uma camada de composto mino-ácido de pré-
-tratamento ("wash-prime?, MIL-C-8514).
1-83. TRATAMENTO DA CORROSÃO NOS
b. Duas camadas de revestimento primário de "primer COMPARTIMENTOS DO TREM DE POUSO,
e p ~ x j '(MIL-P-23377). ARMÁRIOELETRÔNICO E BANHEIRO
c. Duas camadas de tinta "epoxy" (MlL-C-22750).
1-84. LIMPEZA
1-78. TRATAMENTO DA CORROSÃO NO A limpeza deve ser executada de acordo com o procedi-
INTERIOR DA FUSELAGEM E DAS NACELES mento descrito no parágrafo 1-56.
DOS MOTORES
,
1-79. LIMPEZA
A limpeza das superfícies de peças e conjuntos deve ser
1-85. REMOÇÃO
-23377)
DO "PRIMER EPOXY" (MIL-P-

Execute os procedimentos indicados nos pa13dgrafos 1-72 . ,


I
GENERAUDADES O.T. 1C95A-3

Nota
Dependendo do metal empregado, utilize um dos m6todos No caso de reparos de avarias que envolvam
indicados nos parágrafos de 1-61 a 1-68. remoção de materiais, antes de executar o proce-
dimento descrito neste parágrafo, aplique no ma-
1-87. PINTURA FINAL DE PROTEÇÃO t e d de substituição os tratamentos indicados
nos parágrafos 1-65 e 1-66, de formaa obter uma
As superfícies afetadas devem estar completamente lim- boa base para acabamentos e pinturas, além de
pas, secas e isentas de qualquer contaminação. A pintura melhorar a resistência à corrosão das novas
final de proteção consiste das seguintes etapas: Peça.
a. Uma camada de "wash-primer" (MIL-C-85 14).
b. Uma camada de "primer epoxy" (MIL-P-23377).
1-92A. PINTURA ANTIEROSÃO (Figura 1-20B)
O compostoantierosãodeve ser fornecidoconforme espe-
I
c. Duas camadas de tinta "epoxy" (MIL€-22750).
cificaçáo MIL-C-8323 1.
Nota O meio de preparação e de apkação devem ser conforme
informações do fabricante.
A bateria está localizada no armário eléttico,
dentro de uma caixa de aço inoxidável hermeti-
camente fechada, com ventilação para o ex- 1-93. ELIMINADO
terior; não necessita, portanto, de tratamento
especial de protqáo contra a corrosão. 1-94. TRATAMENTO DA CORROSÃO NAS
SUPERF~CIESDE CONTACTO DE DOIS ME- , .
TAIS DIFERENTES
1-88. TRATAMENTO DA CORROSAONO 1-95. ÁREASQUE REQUEREMINSPEÇÃOESPECIAL
REVESTIMENTO EXTERNO CONTRA A CORROSÃO
1-89. LIMPEZA Verif~que,nas ilustrações de reparos para componentes
estruturais, os índices das peças em contacto, para deter-
A limpeza deve ser executada de acordo com o procedi- minar a diferença gaivânica entre os metais envolvidos.
mento indicado no parágrafo 1-56. As áreas m'ticas para corrosão ocorrem onde metais di-
ferentes estão em contactoe quando existe uma diferença
1-90. R E M ~ Á O
DA PINTURA de 4 ou mais unidades entre os grupos metálicos (veja o
Ekecute os procedimentos indicados nos parQrafos 1-72 parágrafo 1-51).
e 1-73. Este procedimento é indicado nos exemplos seguintes:
a. A liga 7075-T6 (grupo 4) em contacto com aço inoxi-
dável 18-8 (grupo 8) é crítico, pois 8-4 = 4.
Dependendo do metal empregado, utilize um dos métodos b. A liga 606 1-T6 (grupo 4) em contacto com aço (grupo
indicados nos parágrafos de 1-58 a 1-68. 7) não é crítico, pois 7 4 = 3.

1-92. PINTURA FINAL DE PROTEÇÁO Nota

As superfícies afetadas devem estar completamente lim-


Quanto maior a diferença entre os gnipos metáli- 6
\ ,
cos, maior a itensidade da corrosão.
pas, secas e isentas de qualquer contaminação.
A pintura fmal de proteçáo consiste das seguintes etapas:
a. Uma camada de "wash-primer" (MIL-C-8514).
Tadas as superfícies de união de metais diferentes devem I
b. Uma camada de "primer epoxy" (MILP-23377). k

c. Duas camadas de esmalte poliuretano (ME,-C-


ser tratadas com duas camadas de "pnmer epoxy" (Ma-
-P-23377). Deve-se deixar secar a primeira camada antes I
1-62 Revisão 24
O.T. 1C95A-3 GENERALIDADES

de aplicar a segunda.

1-97. FUROS DE REBITES E PARAFUSOS NAS


tes do tanque integral de combustível consiste de duas
& d o s (espessura total de 0,5 a 1,5 m'mns) do com-
posto antibiológico (MIL-C-27725), Tipo II, Classe B.
I
JUNTAS Este composto s6 deve ser aplicado sobre revestimentos
alodinizadosou anodizados, antes ou depois da selagem.
Para eliminar a corrosão nos furos das juntas rebitadas ou É necessário que a superfície aiodinizada, antes de rece-
parafusadas, proceda como segue:

I
ber a aplicação do composto, esteja completamente isenta
1. Limpe o furo inicialmente com um pedaço de lixa de de contaminação (6leos, graxas etc,<c.).
papel no 280 e, em seguida, com uma de no 400. Limpe a Para isto, recomenda-se proceder à limpeza da superfície
superficie extema em tomo do furo, usando um disco com o solvente metiietilcetona (lT-M-261). Repita a
abrasivo rotativo (MLW-16102 e MILW- 17929). Re- limpeza quantas vezes forem necessárias, lavando uma
tire os detritos, utiiizando um pano umedecido em Agua pequena área por vez, de modo que o solvente náo eva-
limpa e enxugue a superfície com um pano limpo e seco. pore antes que seja passado um pano limpo absorvente.
Se a lixa & papel não remover totalmente a comsão nos Para aplicar o alodine, veja os parágrafos 1-65 e 1-66.
h s OU, estão, se remover material em excesso, a peça
deve ser substituída.
2. Se o material removido estiver dentro dos limites
previstos e se o metal for liga de alumínio, faça um
tratamento cuidadoso nos furos e na área extema em tomo
dos mesmos, com uma camada de Alodine 1200 (MIL-C-
LJ ATERICÃO

Este composto, quandoem contadocom a


-5541, Classe 1A), conforme indicado no parágrafo 1-66.
pele, olhos e nariz, pmvaca irritaçáo. Se
3. Aplique no h, utilizando um pincel, duas camadas isto ocorrer, lave a região afetada com
I de '6primerepoxy" (MIL-P-23377). água e sabão; tratando-se dos olhos, lave-
-os com água corrente. Consulte um mé-
dico se a imita+ persistir.
1-98. TRATAMENTO DA CORROSÃO NOS
TANQUES INTEGRAIS DE COMBUST~EL Este composto contém componentes VOU-
teis e iniiamaíveis. Em conseqüência, só
1-99. LIMPEZA deve ser utiuzado em locais com ventua-
çáo adequada, longe de fontes de d o r ,
A limpeza deve ser executada de acordo com o procedi- fagulhas e chamas.
mento indicado no parágrafo 1-56. Em caso de reparos internos no tanque,
adapte um sistema de ventilação forçáda,
1-100. REMOÇÁO DE PINTURA para proteger o operador.

I A remoção da pintura deve ser por meio mecânico,atra-


vés de lixamento com lixa no 320. Nota
A aplicação do composto deve ser executada
I
1-101. REMOÇÃO DA CORROSÃO E PROTEÇÃO imediatamente após a secagem do aiodine.

Dependendo do metal empregado, utilize um dos métodos 1-1 03. MARCAÇÕES E INSCRIÇOES EXTERNAS
indicados nos parágrafos de 1-58 a 1-69.
Caso seja necessário, após os serviços &reparos, refazer
1-102. PINTURA FINAL DE PROTEÇÃO as marcações e inscrições externas, estas devem ser exe-
cutadas, utilizando duas camadas de tinta "epoxy" (MIL.
A pintura final de proteçêo de todas as peps e componen- -C-22750) diretamente sobre a pintura de poliuretano.
GENERALIDADES O.T. 1C95A-3

Figura 1-208. Áreas que Recebem a Tinta Antierosâo

1-64 Revisão 24
O.T. 1C95A-3 GENERAUDADES

Figura I-2OC. Mascaramento das Regioes ao Redor da Área a ser


Protegida con Tinta Antierosao

1 - RELAÇÃO DE MATERIAIS PARA CONTROLE DE CORROSÃO E ACABAMENTO


NUMERODE DEs'GNAçÃo
NOMENCLATURA ".S.
ESPEClFiCA~~O APuCAÇÁO
ESTOQUE FEDERAL COMERCIAL

1-105. EQUIPAMENTO E MATERIAIS PARA LIMPEiA


Solvente para limpezo a Limpeza superficial de
seco metais
Solvente Limpeza superficial de
metais
Solvente Limpeza superficial de
cobre, aço e de ligas de
alumínio
Solvente Limpeza superficial de
metais
Removedor de marcas MIL-C-I5074 Removedor de marcas
de dedos de dedos no cobre
Polidor e recondiciono- Limpeza de ligas Clad
dor de metais de alumínio '
Fita adesiva de proteção JAN-P- 1 27 Protqo de superf icies
Revisão 24 1-65
GENERALIDADES O.T. 1 W A - 3

NÚMERO DE NOMENCLATURA DESIGNAÇAO


ESTOQUE COMERCIAL
FEDERAL

Eswva não metálica Limpeza em geral


- -..
Capa de plástico viníliw Proteção de pneus e
rodas
Solvente 1.l .l-Tricloroetano Limpeza superficial de
metais

Solvente Percloroetileno Limpeza superficial de li-


gas de alumínio

Desengraxantealcalino Turco 4215-NC-LT Desengraxamento al-


calino de materiais fer-
rosos e nâo ferrosos

Desoxidanteácido Ácido clorídrico Desoxidação ácida de


(ácido muriático) materiais ferrosos

lnibidor Chemiclene no785 Inibidor do banho de de-


soxidação ácida de ma-
teriais ferrosos
Cianeto de sodio Produto utilizado na
composição do banho
eletrolítico de cádmio
Hidróxido de sódio Soda cáustica Produto utilizado na
composição do banho
eletrolítico de cádmio

1-106. REMOVEDORES DE CORROSÃO E EQUIPAMENTO

Recondicionador e polidor Remoção de corrosão de


de metal igas de alumínio
Remoção de corrosão de
ligas de magnésio
Removedor de corrosão Remoção de corrosao do
aço
Palha de alumínio Remoção de corrosao de
ligas de alumínio
Palha de aço Remoção de corrosão do
aço
Eswva de alumínio Remoção de corrosão de
ligas de alumínio
Escova de aço inoxidável Remoção de corrosão do
aço
Lixa de pano no280 Remoção de corrosão de
alumínio não Clad e li-
gas de magnésio
Lixa de pano no320 Remoçáo de corroção de
alumínio não Clad e ligas
de magnésio

146 Revisão24
O.T. 1C95A-3 GENERALIDADES

NÚMERO DE NOMENCLATURA DESIGNAÇÃO ESPECIFICAÇÃO U.S. APLICAÇÃO


ESTOQUE FEDERAL COMERCIAL

5250-00-721-8118 Lixa de pano n° 440 – Remoção de corrosão de


alumínio não Clad e li-
gas de magnésio

– Desoxidante “Special Deoxidine” MIL-M-10578 Removedor de corrosão


de ligas de alumínio

5350-00-186-8812 Lixa de pano n° 500 – – Remoção de corrosão de


ligas de alumínio não
Clad e ligas de magnésio

– Disco abrasivo rotativo – MIL-W-16102 Remoção da corrosão


MIL-W-17929

1-107. REMOVEDORES DE PINTURA

– Removedor de tinta – MIL-R-81294 Remoção de pintura

8010-00-165-5535 Removedor de tinta – MIL-R-25134 Remoção de pintura

1-108. PRODUTOS DE PROTEÇÃO CONTRA A CORROSÃO

8030-00-099-1052 Proteção por conversão Alodine 1200 MIL-C-5541C, Proteção superficial de


química Classe 1A e 3 ligas de alumínio

6810-00-281-2686 Dicromato de sódio – F.S. O-S-595 Proteção superficial de


ligas de magnésio

6810-N/L Fluoreto de sódio – – Proteção superficial de


ligas de magnésio

6810-00-587-5775 Ácido crômico – F.S. O-C-303 Proteção superficial de


ligas de magnésio

6010-N/L Fluoreto de potássio – – Produto utilizado na


composição do banho
de proteção superficial
de ligas de magnésio

6810-N/L Fluoreto de amônia – – Produto utilizado na


composição do banho
de proteção superficial
de ligas de magnésio

– Composto resistente a 825-309/910-702/ MIL-C-27725B, Proteção contra corro-são


fungo 020-707 Tipo II, Classe B nos tanques de
combustível

8030-00-526-1605 Óleo protetor – MIL-C-16173, Proteção temporária de


graus I e IV metais

6810-00-271-1410 Ácido nítrico (peso – O-N-350 Produto utilizado na


específico 1,42) composição do banho
de proteção superficial
de ligas de magnésio

– Composto para Eloxal E-109 – Aditivo do banho para


cadmiagem cadmiagem de materiais
ferrosos

Revisão 24 1-67
GENERALIDADES O.T. 1C95A-3

NÚMERO DE NOMENCLATURA DESIGNAÇÃO ESPECIFICAÇÃO U.S. APLICAÇÃO


ESTOQUE FEDERAL COMERCIAL

– Aditivo para Eloxal A-7 – Aditivo do banho para


abrilhantamento cadmiagem brilhante de
materiais ferrosos

– Composto para Eloxal T-201 – Aditivo do banho para


abrilhantamento cadmiagem brilhante de
materiais ferrosos

– Ácido nítrico (38° Bé) – – Alodinização

1-109. “PRIMERS” E PINTURA DE ACABAMENTO

8030-00-597-0892 “Wash-primer” – MIL-C-8514 Pré-tratamento para


tintas “Epoxy” e
“Poliuretano”

– “Primer epoxy” – MIL-P-23377 Revestimento primário


para tintas “epoxy” e
poliuretano.
MEP 10-059 ou BMS - “Primer” epoxy para
10-11, Tipo I, Classe partes metálicas
A, Grau A internas e material
composto
MEP 10-060 ou BMS -
10-79(K), Tipo II, “Primer” epoxy para
Classe A, Grau A partes metálicas
externas

– Diluente para “Primer – MIL-P-19588 Diluente para “primer


epoxy” epoxy”

– Tinta “epoxy” – MIL-C-22750 Acabamento final do


Fed Std 595 trem de pouso e seu
compartimento,
armário eletrônico,
banheiro e mar-
cações externas.

– Esmalte poliuretano MEP 10-061 ou BMS MIL-C-83286 Acabamento externo.


10-72, Tipo IV

– Diluente para esmalte Thinner MIL-T-81772 Diluente para esmalte


poliuretano poliuretano.

– “Kit” CAAPCOAT B- – MIL-C-83231 Pintura de acabam-


2714 ento antierosão.

1-110. EQUIPAMENTO E MATERIAIS DIVERSOS

8030-00-243-3285 Composto antigripante – MIL-T-5544 Proteção de roscas e


parafusos

8950-00-223-5849 Vinagre branco – F.S. Z-V-401 Neutralização de com-


postos alcalinos

6810-00-275-1215 Ácido acético – F.S. O-A-76 Neutralização de com-


postos alcalinos

6810-00-237-2914 Bicarbonato de sódio – F.S. O-S-576 Neutralização de com-


postos ácidos

1-68 Revisão 32
O.T. 1C95A-3 GENERALIDADES

NÚMERO DE DESIGNAÇÃO
NOMENCLATURA ESPECIFICAÇÃO U.S. APLICAÇÃO
ESTOQUE FEDERAL COMERCIAL

4920-00-831-5932 Estojo para – – Identificação de


identificação de metais e tratamento
metais (desenho de superfícies
USAF 61B25042)

1-111. EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO PESSOAL

8450-00-1265-6058 Avental de fibra de vidro – – Proteção pessoal


com revestimento vinílico

8405-00-268-8003 Capas de borracha – – Proteção pessoal

8405-00-268-8049 Calças à prova d’água – – Proteção pessoal

8430-00-147-1022 Botas tamanho 9 – – Proteção pessoal

8430-00-160-8587 Botas tamanho 7 – – Proteção pessoal

8415-00-634-6522 Luvas resistentes a óleo e – – Proteção pessoal


produtos químicos

4240-00-278-9646 Óculos plásticos de se- – – Proteção pessoal


gurança

1-112. BALANCEAMENTO ESTÁTICO DE h. Adaptador.


SUPERFÍCIES DE COMANDO i. Lima para desbaste.
j. Escala milimetrada.
Após a execução de qualquer retrabalho que envolva
alteração do peso das superfícies de comando, é k. Fio de prumo.
essencial verificar seu balanceamento estático.
Nota
Nota Como suporte para balanceamento vertical de
profundores instalados em estabilizadores
Massa de balanceamento é todo o conjunto com diedro 10° pode ser usado um estabiliza-
envolvido no balanceamento, formado pela dor com ou sem diedro 10° que, por sua vez,
massa das placas de chumbo, pela massa das deve ser fixado firmemente a um suporte
placas de fixação (ou dos tubos suportes) e rígido e nivelado na vertical. Como suporte
pela massa dos elementos de fixação (parafu- para balanceamento horizontal de profun-
sos, porcas e arruelas), conforme aplicável. dores instalados em estabilizadores com ou
sem diedro 10° pode ser utilizado um estabili-
1-113. EQUIPAMENTO PARA BALANCEAMENTO zador sem diedro 10° que, por sua vez, deve
ESTÁTICO (figura 1-21/dimensões em mm) ser fixado firmemente a um suporte rígido e
O equipamento necessário para a verificação do nivelado na horizontal.
balanceamento estático consta de: Os suportes para balanceamento devem per-
mitir que a superfície a ser balanceada se
a Dois suportes. mova da mesma forma que quando instalada
b. Duas hastes de referência. no avião.
c. Três ponteiros.
1-114. CONDIÇÕES PARA VERIFICAÇÃO DO
d. Dois braços de articulação. BALANCEAMENTO ESTÁTICO (figuras 1-22 e 1-23)
e. Massas para balanceamento.
Para verificar o balanceamento estático, nivele os
f. Balança com precisão de grama. suportes sobre uma mesa horizontal e verifique as
g. Dispositivo de apoio regulável. condições indicadas nos parágrafos 1-115 a 1-117.
Revisão 32 1-69
GENERALIDADES O.T. 1C95A-3

Nota Nota
• O local de trabalho deve ser fechado de modo Os itens 3 a 6 aplicam-se somente ao
a impedir a influência de correntes de ar. profundor esquerdo.
• Mantenha o compensador alinhado e imóvel
em relação à superfície a ser balanceada,
quando aplicável. Utilize fita adesiva. 1-116A. COMPENSADOR DO PROFUNDOR

1. Com a pintura final.


1-115. AILERON
2. Braço suporte das massas de balanceamento
1. Com a pintura final. instalado.
2. Compensador instalado e balanceado. 3. Massas de balanceamento originais instaladas.
3. Haste de atuação do compensador instalada. 4. Hastes de atuação desconectadas.
4. Massas de balanceamento originais instaladas. 5. O compensador do profundor deve ser posicionado:
5. Descarregadores estáticos instalados. a. No profundor previamente removido e fixado na
posição neutra.
6. Os ailerons devem ser posicionados:
b. Substituindo-se o pino de articulação original do com-
a. Com o extradorso voltado para baixo. pensador por dois pinos curtos colocados nas
b. Pelos pontos de articulação das extremidades. extremidades da dobradiça.
c. Utilizando pinos de articulação originais em bom
estado. 1-117. LEME DE DIREÇÃO

1. Com a pintura final.


Nota 2. Compensador instalado e balanceado.
Os itens 2 e 3 aplicam-se somente ao aileron 3. Haste de atuação do compensador instalada.
esquerdo.
4. Massas de balanceamento originais instaladas na
superfície.
1-116. PROFUNDOR 5. Descarregadores estáticos instalados.
6. O leme deve ser posicionado:
1. Com a pintura final.
a. Pelos pontos de articulação (central e da ponta).
2. Compensador instalado e balanceado.
b. Utilizando pinos de articulação originais em bom
3. Haste de atuação do compensador instalada. estado.
4. Atuador do compensador instalado.
5. Cabo teleflex de atuação do compensador 1-118. VERIFICAÇÃO DO BALANCEAMENTO ESTÁ-
removido. TICO (figura 1-22)
6. Conduíte flexível do cabo teleflex do compensador 1. Profundor e leme de direção
preso pela braçadeira no braço de acionamento do
profundor. a. Definição da posição neutra.
7. Descarregadores estáticos instalados. – Meça a distância do eixo de articulação até a base
do suporte; esta medida corresponde à altura que
8. Braço suporte das massas de balanceamento define a posição neutra da superfície em relação à
vertical instalado (estabilizador com diedro 10°). mesa horizontal. Assim sendo, coloque o ponteiro
9. Massas de balanceamento originais instaladas. na posição definida acima. Coloque depois a
haste com o ponteiro junto ao bordo de fuga na
10. Os profundores devem ser posicionados:
raiz da superfície. Se o bordo de fuga estiver
a. Com o extradorso voltado para cima. alinhado com o ponteiro, ele estará na posição
b. Pelos pontos de articulação (central e da ponta). neutra e a superfície estará completamente
balanceada. Se o bordo de fuga não estiver
c. Utilizando pinos de articulação originais em bom alinhado com o ponteiro, deve-se proceder ao
estado. cálculo do momento de desbalanceamento e à

1-70 Revisão 32
O.T. 1C95A-3 GENERALIDADES

conseqüente determinação da massa a ser retirada – A posição neutra do aileron é definida por uma
ou adicionada através do método descrito no faixa compreendida entre duas posições de
parágrafo 1-118A. referência. Para a determinação dos valores-
limites desta faixa, meça a distância do eixo de
articulação até a base do suporte; esta medida,
2. Aileron subtraída de 65 mm, define a altura em relação à
a. Definição da posição neutra (figura 1-22 e figura mesa horizontal correspondente ao limite
1-22A). mínimo, onde se deve colocar o ponteiro superior.
Esta mesma medida, obtida inicialmente, subtraí-

Revisão 32 1-70A/(1-70B em branco)


O.T. 1C95A-3 GENERALIDADES

SUPORTE (1-113A)

/
\

MATERIALAÇO SAE 1020

Figura 1-2I. Equipamento para Balanceamento Estático (Folha 1 de 3)

Revisão 24 1-71
GENERAUDADES O.T. 1-A-3

da de 88 rnm, define a altura em relação a mesa 1.a.


horizontal correspondente ao limite máximo, Se o bordo de fuga do compensador estiver ali-
onde deve ser colocado o ponteiro inferior. nhado com o ponteiro, o compensador estará na
posição neutra e balanceado. Se esse alinhamento
não for constatado, deve-se calcular o momento
Nota de desbalanceamento, determinando-se a quanti-
dade de massa a ser retirada ou acrescentada atra-
Para a determinação dos pontos de referência, vés do método descrito no parágrafo
deve-se tomar as medidas na raiz do aileron.
1-118A. DETERMINAÇÃO DAS M A S A S DE BALAM
-".
CEAMENTO (figura 1-22)
- Coloque a haste com os dois ponteiros junto ao
bordo de fuga na raiz do aiieron. Se o bordo de 1. Aplicação geral
fbga ficar dentro da faixa compreendida entre os
dois ponteiros, ele estará na posição neutra e a a. Posicione o conjunto balança + dispositivo de apoio
superfície estará balanceada. sob a superficie.
Se o bordo de fuga ficar fora da faixa citada,
deve-se proceder ao cálculo do momento de des-
balanceamento e a conseqiiente determinação da Nota
massa a ser retirada ou adicionada através do A posição do conjunto é definida pela situação
I método descrito no parágrafo 1-118A. em que se encontra a superficie a ser balance-
3. Profbndor (estabilizadorcom diedro 10") ada:
1 a. Definição da posição neutra vertical. - desbalanceamento com bordo de ataque
pesado: conjunto sob o bordo de ataque.
- A posição neutra vertical e definida como sendo
aquela na qual o profundor permanece estático - desbalanceamento com bordo de fuga
na posição vertical, com o bordo de fuga ali- pesado: conjunto sob o bordo de fuga (evite
nhado com o eixo de articulação. Este alinha- posicioná-10 sob o compensador)
mento pode ser constatado visualmente com o
auxilio de um fio de prumo suspenso junto a b. Defina a posição neutra e coloque a haste com pon-
raiz do profimdor. Se o bordo de fuga do pro- teiro(~)junto a superficie (raiz, bordo de fuga).
fimdor, com este colocado verticalmente, estiver c. Regule o dispositivo de apoio de modo que a super-
alinhado com o eixo de articulação, compa- fície atinja a posição neutra.
rando-se com o fio de prumo, o profundor estará
na posição neutra e balanceado verticalmente. d. Meça a distância entre o eixo de articulação da
Se esse alinhamento não for constatado, superficie e o ponto de contato do dispositivo de
deve-se calcular o momento de desbalancea- apoio com a mesma (L).
mento vertical, determinando-se a quantidade e. Registre o valor lido na balança (B) e subtraia deste
de massa a ser retirada ou acrescentada atra- valor o peso do dispositivo de apoio (A) (P = B-A).
I vés do método descrito no parágrafo 1-1 18A.
f Multiplique os valores obtidos nos passos d e e
b. Definição da posição neutra horizontal obtendo o momento de desbalanceamento (M = P x L).
- Proceda conforme indicado no item 1.a. g. Meça a distância entre o eixo de articulação da
superficie e o centro de gravidade da massa de
4. Compensador do profimdor balanceamento (d).
a. Defição da posição neutra.
- A posição neutra do compensador é definidacomo Nota
sendo aquela na qual o seu bordo de fuga perma- Exemplos de determinação prática do centro
nece alinhado com o bordo de fuga do profundor. de gravidade (CG).Figura 1-23, Folha 1 de 9.
Este alinhamentopode ser constatado visualmente
ou utilizando-se a haste como ponteiro colocada h. Calcule a quantidade de massa a ser acrescentada
junto ao bordo de fbga na raiz do compensador,
estando o ponteiro na posição definida no item (bordo de fuga pesado) ou retirada (bordo de ataque
O.T. 1C95A-3 GENERALIDADES

ROLAMENTO
MS 20206

MATERIAL AÇO SAE 1020

(1-1 138)
HASTE DE
REFERÊNCIA

MATERIAL AÇO SAE

Figura 1-27. Equipamento par. Balanceamento Estático (Folha 2 de 3)


..
Revisão 24 1-73
GENERALIDADES O.T. 1C95A-3

DISPOSITIVO DE
APOIO REGULÁVEL
(1-1 13G)

GRAVAR O PESO
NESTA SUPERFÍCIE

Figura 1-21. Equipamento para Balanceamento Estático (Folha 3 de 3)


O.T. 1C95AB GENERAUDADES

pesado) pela seguinte operação: peso do adaptador, quando o utilizar.


W = M/d
2. Casos particulares 1-119. PROCEDIMENTO DE BALANCEA-
a. Balanceamento vertical do profundor (estabilizador MENTO (figura 1-23 e Tabela 1-6AA)
horizontal com diedro 10').
(1) Posicione o conjunto balança + dispositivo de Consulte os parágrafos 1-112 a 1-118A, sempre que
apoio + adaptador sob o braço suporte das massas necessário, ao realizar o balanceamento estático das
de balanceamento. superfícies de comando.
Nota Nota
O conjunto deve ser posicionado sob o lado
Verifique o estado da proteção superficial
para o qual o profundor girou.
(pintura) das superficies de comando, quanto
a quantidade, à espessura e a qualidade das
b. Balanceamento do compensador do profundor camadas aplicadas que devem ser únicas,
(1) Fixe o profundor esquerdo na posição neutra e finas e uniformes.
utilize-o como suporte. Ao refazer a pintura, recomenda-se que a pin-
(2) Posicione o conjunto balança + dispositivo de tura anterior seja removida. Veja os parágra-
apoio + adaptador (se aplicavel) sob o compensa- fos 1-70 a 1-74.
dor.
Observe a sequência de estações indicada na
Nota figura 1-23 ao fazer acréscimos ou diminui-
ções de massas & balanceamento.
A posição do conjunto e definida pela situação
em que se encontra o compensador: A forma e a f ~ a ç ã odas massas de balancea-
- desbalanceamento com bordo de ataque mento devem sempre ser mantidas conforme
pesado: conjunto sob o braço suporte da originais (exemplo: figura 1-23, folha 1 de 9).
massa de balanceamento (use o adaptador)
- desbalanceamento com bordo de fuga
pesado: conjunto sob o braço de fuga

c. Proceda conforme indicado nos passos 1.b a 1.h.

Nota O acréscimo de massa de balanceamento


nunca deve exceder o limite de Wmax estru-
Subtraia também do valor lido na balança o tural especificado nas tabelas 1.6-A a 1.6-F.
GENERALIDADES O.T. 1C95A-3

3/ PONTEIRO

=
-
/= MESA HORIZONTAL

' 1 11
SUPORTE

llOREO15.CIT

Figura 1-22. Balancearnento Estático (Montagens Típiws) (Folha 1 de 4)

1-76 Revisão 24
O.T. 1C95A-3 GENERALIDADES

HASTE DE REFERÊNCIA

PONTEIRO

Figura 7-22. Balanceamento Estático (Montagens Tbicas) (Folha 2 de 41


PROFUNDOR FIXO NA POSIÇÃO NEUTRA

COMPENSADOR DO PROFUNDOR
1lOREO16.CIT

Figura 1-22. Balanceamento Estático (Montagens Tipicas) (Folha 3 de 4)

Revisão 24 1-77
GENERALIDADES O.T. 1C95A-3

FIO DE PRUMO

BRAÇO SUPORTE

PROFUNDOR
(ESTABlLlZADOR COM DIEDRO 10°)
BALANCEAMENTO VERTICAL

Figura 7-22. Balancearnento Estitico (Montagens Típicas) (foilha 4 de 4)

POSICIONAMENTO DOS
PONTEIROS DA HASTE
DE REFERÊNCIA n

AILERON
-

LINHA DE REFERÊNCIA
DA MESA HORIZONTAL

Figura 1-22A. Posição Neutra do Aileron

1-78 Revisão 24
GENERALIDADES

I AILERON ESQUERDO AILERON DIREiTO


Y54 14,8 Y4098,3 Y4098,3 Y5414,8
POSIÇÃO/ a a a a
Y5309.8 YW8.3 Y3999.3 Y5309,8
ESTAÇÃO Y6690,8 Y5309,8 y5309,8 y669Oz8
8 8 8 @
WmáUt
4200 4500 700 700 700 4500 1000 4200
ESTRUTURAL

8 OS TUBOS SUPORTES DE MASSA DE BALANCEAMENTO.


INCLU~DC)~

Tabela M A . Valores de Massa Para Balanceamento (gramas)

NOTAS
TABELA
(FIGURA 1-23, FOLHA)

Aileron Horizontal 0 Y4098,3 @ Y5309,8 @ Reforçar a nervura


esquerdo 0 Y5309,8 @ Y4098,3 Selar o furo PR 1422B2.
@ Y3999,3 CJ Y3999,3 (1, 3 e 4 de9)
0 Y6690,8
Aileron Horizontal @ Y5309,8 8Y5309,8 @ Selar o furo PR1422B2.
direito @ Y6690,8 (2, 3 e 4 de 9)
Profundor Vertical/Horório - @50ub Antecede o balancearnento
Conjunto horizontal
(5 de 9)
Profundor
esquerdo
Horizontal
Y563,O
a@ Alterar igualmente.
(6 de 9)
Profundor
direito
a Alterar igualmente.
(7 de 9)
Compensador
do profundor

Leme
I
a
Horizontal Alterar somente na extremidade
livre do braço suporte.
(8 de 9)
Reforçar a nervura.

Nota: Restaure dou aplique a proteçáo superficial conforme original sempre que necessária.

Tabela 1-6AA. Procedimento de Balanceamento

Revisão 24 1-79
GENERAUDADES O.T. t C95A-3

ESTABILIZADOR SEM DIEDRO 10"

PROFUNDOR ESQUERDO PROFUNDOR DIREITO

POSIÇÃO/
Y3622 Y563 Y202,6 Y202,6 Y 3622
ESTAÇÃO

Wmax
7900 5234 5234 5234 7900
ESTRUTURAL

Tabela 1-68. Valores de Massa Para Balanceamento Horkontai (gramas)

ESTABILIZADOR COM DIEDRO 10"

PROFUNDOR ESQUERDO PROFUNDOR DIREITO

POSiÇÃ0/
Y3622 Y563 Y202,6 Y202,6 Y3622
ESTAÇÃO

Wmáx
1800 5234 5234 5234 1800
ESTRUTURAL

Tabela 7-6C.Valores de Massa Para Balancearnento Horizontal (gramas)

-- -

ESTABILIZADOR COM DIEDRO 1O0

PROFUNDOR ESQUERDO PROFUNDOR DIREITO

/ Wrnáx
ESTRUTURAL
/ 3900 1 3200 1 3200 1 3900 . 1
I Tabela 7-6D.Valores de Massa Para Balanceamento Vertical (gramas)

1-80 Revisão 24
GENERAUDADES

COMPENSADORDOPROFUNDOR

Wmáx
ESTRUTURAL

@ INCLU~DOo BRAÇO SUPORTE DAS MASSAS DE BALANCEAMENTO.


Tabela 1-6E.Valores de Massa Para Balanceamento (gramas)

LEME DE DIREÇÃO

zo
PoslçÃo/
ESTAÇÃO
22320 Z353,4 Z69,O

/ Wmáx
ESTRUTURAL
I 6500 1 7500 / 700 1 700

@ INCLU~DOSOS TUBOS SUPORTES DE MASSA DE BALANCEAMENTO.


Tabela 1-6F. Valores de Massa Para Balanceamento (gramas)

Revisão 29 181 )
GENERALIDADES O.T. 1C95A-3

FIXAÇÃO DA HASTE DO COMPENSADOR


(AILERON- ESQUERDO) AILPRON ESQUERDO

/ ADESIVA ARTICUIAÇÃO
CENTRAL

I Y=
\
4098,3
TUBO SUPORTE DE
/
Y= 3999,3 MASSA DE BALANCEAMENTO

REFORÇO CHUMBO
EXEMPLO DE DETERMINAÇÃO PRÁTICA DO
(VEJA FIGURA 1-23,
CENTRO DE GRAVIDADE (CG).
FOLHA 3 DE 9)

EXEMPLO DE FORMA E DE FIX~ÇÃO


-
(I'ARAGRAFO 1 119, NOTA)

Figura 1-23. Procedimento de Balanceamento (Folha 7 de 9)


GENERAUDADES

TUBO SUPORTES DE
MASSA DE BALANCEAMENTO

Figura 7-23.Procedimento de Balanceamento (Folha 2 de 9)

Revisão29 1
GENERALIDADES O.T. 1C95A-3

AILERON ESQUERDO .

CHAPA DE REFORÇO
CLAD 2024-T3,ESPESSURA 0,040 POL.

2 FUROS 0 5.1 mm,PARA FIXAÇÃODA


MASSA (PfNO ROSCADO AN3)

117 mm FURO PARA REBITE


NAS 1097604
DISTÂNCIADE BORDO
7,0 mm ( T ~ C A )
PASSOS LONGITUDINAL E
TRANSVERSAL 20,OA 32,O mm
(TOTAL 15 FUROS]

I Figura 1-23. Procedimento de Balanceamento (Folha 3 de 9)

1-84 RevisSo 24
O.T. 1C95A-3 GENERALIDADES

AILERONS ESQUERDO E DIREITO

\ VISTA EXTERNA

FURO 0 1/4 POL. CENTRO DO iUBO LOCALIZADO


PROFUNDIDADE CONFORME CONFORME AS COTAS ANOTADAS
PIECESSARIO (em mm), USANDO COMO REFERÊNCIA
OS TRES REBITES DE FIXAÇ#O A
NERVURA EXISTENTES.

Figura 1-23. Procedimento de Balanceamento (Folha 4 de 9) I


Revisão 24 1-85
O.T. 1C95A-3

BALANCEAMENTO VERTICAL (PROFUNDOR


ESQUERDOjDIREITO COM DIEDRO loO)
, .-
BRAÇO DE ARTICULAÇÃO

1
PROFUNDOR ESQUERDO Y563 I

Y3622 Y202,6 PROFUNDOR DIREITO f


Y3622

PROFUNDOR

ESQUERDO I 4 5
DIREITO I 7 1 6

NOTA

r MANTENHA SEMPRE UMA DAS POSIÇÕES (SUPERIOR OU INFERIOR)


COM O PESO NO LIMITE "Wmax ESTRUTURAL" INDICADO NA TABELA 1-6D.
i
1 AS MASSAS DAS POSIÇÕES I, 2,3,8E 9 DOS PROFUNDORES NÃO
DEVEM SERALTERADAS.

EIXO DE
1 1 t
B~~OSJPORTE
DAS MASSAS DE

Figura 1-23.Procedimento de Balancearnento (Folha 5 de 9)

1-36 Revisão24
O.T. 1C95A-3 GENERALIDADES

BALANCEAMENTO HORIZONTAL DO PROFUNDOR ESQUERDO NOTA


t I
A MASSA DE BALANCEAMEMO
DA ESTAÇÃOY(3622) NÃO DEVE
SER ALTERADA.

PWA DE CHUMBO I
.

PORCA MS21042L4
ARRUELA AN960-416
PIACA DE
CHMBO E Y202,6
PARAFUSO AN-4
(COMPRIMENTO
COMO NECESSÁR~O)

//// FIXACÃO
(ACQ 4130N)

4 / - CONJUNTO ADICIONAL / -L- _


SUPORTE DAS MASSAS
DE BALANCEAMENTO
(ESTABILIZADOR COM

SUPORTE DAS MASSAS DE


BALANCEAMENTO DO
COMPENSADOR ACIONAMENTO
11ORE023.CIT

Figura 1-23. Procedimento de Balanceamento (Folha 6 de 9)


GENERALIDADES O.T. 1C95A-3

I BALANCEAMENTO HORIZONTAL DO PROFUNDOR DIREITO 1

NOTA
A MASSA DE BAIANCEAMENTO
DA ESTACÃO Y3622 NÃo DRiE
SER ALTERADA.

PLACA DE FIXAÇÃO

PORCA
PLACA DE CHUMBO
ARRUELA
EXISTENTE

(COMPRIMENTO COMO NECESSARIO)

(AÇO 4130N)

\I 'CONJUNTO ADICIONAL

ARRUELA AN960-416

Figura f -23. Procedimento de Balanceamento (Folha 7 de 91


O.T. 1C95A-3 GENERALIDADES

COMPENSADOR DO PROFUNDOR

\---
BRAÇO SUPORTE
PARAFUSO DAS MASSAS DE
BALANCEAMENTO
4
MS 7039-0814

PLACA DE
CHUMBO

PLACADE
PARAFUSO AN3 FIXAÇAO
PORCA H14-3 TERMINALJA HASTE
(INSTALADA JUNTO A DE ATUAÇAO
PLACA DE FIXAÇÃO DESCONECTADO JUNTO
AO COMPENSADOR

PINO CURTO
UTILIZADO DURANTE
O BALANCEAMENTO

Figura 1-23+Procedimento de Balanceamento (Folha 8 de 9)

Revisáo 24 1-89
GENERALIDADES O.T. 1C95A-3

i
PARAFUSO AN3
(COMPRIMENTO CONFORME
PLACA DE NECESSÁRIO)

i SEMIFLANGE
\
TUBO SUPORTE
PORCA k 2 1 0 4 2 ~ 3
ARRUELA AN960-40
\
\

CHAPA DE REFORÇO CIAD 2024T3. ESPESSURA 0!040POL.


DE MASSA DE
BALANCEAMENTO CRAVAÇÃO COM REBITES NAS 1097AD4 EM
DUAS UNHAS DE REBITAGEM:
LINHA DIANTEIRA COM 4 REBITES E
LINHA TRASEIRA COM 5.
DISTANCIA DE BORDA 7,o MM ( ~ P I C A )
PASSO LONGITUDINAL 16,O A 26,O MM
PASSO TRANSVERSAL 20,O A 32,O MM

Figura 1-23. Procedimento de 8alanceamento (Folha 9 de 9)


1-120. SELANTE E COMPOSTOS DE. com as superfícies plásticas dos pára-brisas e
VEDAÇÃO janelas.

O "Bandeirante" é totalmente vedado para evitar vaza- A superficie a ser vedada deve estar completamaite
mento e infiitraçijes entre os elementos da estrutura. limpa. Utilize, inicialmente, ar comprimido, aspirador de
pó ou um pano limpo e seco e, em seguida, passe um
1-121. TIPOS DE SELAKTES pano limpo medecido com solvente. Derrame o sol:
vaite no pano, para witar a contaminação do recipiente.
Exista diversos tipos de selantes aplicados na aeronave Enxugue a superfície antes que o solvente evapore. A
e cada um deles foi escolhido para desempenhar uma superfície estará completamente limpa quando o pano
função especifica na área em que e utilizado. (Veja tabe utilizado para enxugá-la não mais apresentar indícios de
las 1-G, 1-GH E 1-6J) sujeira.

1-126. PROCEDIMENTO PARA SELAGEM


EXTERNA
O selantede vedação externa da aeronave é utilizado nas
Aplique fita adesiva de proteção em cada lado da junta a
juntas de painéis de revestimento.
ser vedada, deixando 3,O mm de revestimento exposto
Uma boa vedação evitará a infiltração de água e rimidade
em ambos os lados da mesma
no interior da esmtura.

1-123. MATERIAIS PARA LIMPEZA E VEDAÇÃO Nota


Solvmte para limpeza a seco (Espec. Federal, PD- As fitas devem ser aplicadas imediatamente
680). após a limpeza da área com solvente.
Ranovedor de pintura (Espec. MIL-R-25134). Evite tocar a supeficie com os dedos durante a
colocação das fitas.
Selante (P/S 870B-2) Especificação MIL-PRF-
8 1733, Tipo 11-2. Aplique o selante sobre a emenda, utilizando uma bís-
Metiletiktona (Espec.Federal, TT-M-26 1) ou 1.1.1 naga ou uma espátula limpa de madeira. Imediatamente
tricloroetano (Espec. 0-T-620). após a vedação, ou seja, antes do início do processa-
Fita adesiva. mento da cura do composto, remova a fita adesiva
Em seguida, alise as bordas do selante com um pano ou
espuma de plástico embebido em água e sabão neutro.
1-124. PREPWWÇÃODO WMWSTO DE VEDA- Caso n&essáxio, limpe o excesso de composto, bem
çÃ0 P/S 870S2 ESPECIFICAÇÂO MIL-PRF- como o equipamento de aplicação, dentro de, no
8l733,TIPO IC2 máximo, 2 horas, utilizando metiletilcetona ou toluaio.

(Conforme instruções do fabricante) ou da espec.


O tempo de secagem do composto é de acordo com a
classe do selante e especificação do fabricante. I
1-125. PREPARAÇÃO DA SUPERF~IE PARA
SELAGEM
1-127. VEDAÇÃO DE PÁRA-BRISA, JANELAS E
JANELA DE MAU TEMPO
As camadas de pintura e revestimento primário (prima)
devem ser restauradas na área a ser selada, aplicando-se Para os procedimentos de vedaçgo do pára-brisa, das
removedor de pintura com um pano limpo ou m d d l - janelas e da janela de mau tempo, consulte a publicação
cetona com uma escova de cerdas duras. "Manual de Manutaição - Manuseio no Solo, Serviços e
Camadas secas de selante d e v a ser removidas com apá- Manutenção da Célula".
tula.
1-128. VEDAÇÃO INTERNA DA FUSELAGEM

Existem 2 tipos básicos de selagem utiiizados no interior


da fuselagem: selagem por pontos nas conlracabeças dos
elementos de fixação e selagem por fdeiagem nas uniões
Os solventes, o removedor de pintura e o me- entre chapas de revestimato, revestimento e reforçado-
Metilcetona não devem entrar em contacto res ou revestimenin e cavernas (veja a figura 1-24).

Revisão 29 1-91
1-129. MATERIAtS PARA LIMPEZA E VEDAÇAO 1. Agite o acelerador em seu recipiente, ate tomá-lo
homogêneo.

I
a. Selanie para contracabeça de elementos de fixação
(PR1440A-2) Especificação MIL-S-8802, tipo I1 2. Derrame o acelerador no composto básico, obser-
Classe A-3. vando a proporção recomendada, misturando-os comple-
tamente durarite, aproximadamente, 7 a 10 minutos.
b. Selante para fletagem de uniões de chapas (PRl440B-2)
Especificaç50MILS-8802, Tipo Li Classe E-2. 3. A mistura assim preparada deverá ser empregada
num tempo não superior a 2 horas a, aproximadamente,
c. Os produtos para limpeza são os mesmos indicados 25OC e umidade relativa de 50%. Um aumento de 6°C
no parágrafo 1- 123. nesta temperatura reduz o tempo de aplicação a metade e
um abaixamento de 6°C dobra este tempo. Uma elevada
DO COMPOSTO DE umidade na hora da mistura dos componentes diminui a

I
1-130. PREPARAÇÃO
VEDAÇAO PR1440A-2 vida de aplicação.

-
O selante PR 1440A-2 é fornecido pelo Fabricante em Nota
recipientes que contêm as quantidades corretas do corn-
ponente básico e do acelerador. No caso de utilização O prazo de estocagem do selante PR1440A-2 é
parcial do conteúdo dos recipientes, prepare a quanti- de aproximadamente 9 meses, a temperaturas
dade necessária do selante, adicionando 1 parte, em inferiores a 27"C, quando estocado no recipi-
ente originai não aberto. (Vide especificação do
I peso, do acelerador a I 1 partes, em peso, do composto
fabricante).
básico. Proceda do seguinte modo.

A. SEIAGEM POR FILETAGEM NA UNIAO ENTRE CHAPAS

B. SELAGEM POR FILETAG'EM NA UNIÁO ENTRE CHAPAS


DE REVESTIMENTO COM REFORÇADORES

CORTE A-A
C.SEFAGEM NA CONTRACABEÇA DE ELEMENTOS DE FIXAÇÃD
110RE032.CIT

Figura 1-24. Vedação Interna (Folha I de 4)


1-92 Revisão 29
O.T. 1C95A-3 GENERALIDADES

MEN

E. SELAGEM DE CAVIDADES
D. SELAGEM NO INTERIORmDOS
TANQUES DE COMBUSTIVEL

--
IADO EXTERNO
P i.VEDAÇÃO ENTRE SUPERF~CIESDE CONTACTO.
2. VEDAGÃO NAS BORDAS DOS ELEMENTOS DE CONTACTO.
3. VEDAÇÃO DA FURACÃO E DAS CABEÇAS OU
CONTRACABEÇASDE ELEMENTOS DE FIXAÇÃO.

F. SELAGEM PELO PRINC~PIO


DE SEGURANCA TRIPLA

Figura 1-24. Vedação Interna (Folha 2 de 4)


GENERALIDADES

LFURO PARA INJEÇÃO DE SELANTE (BROCA No 40)

G. SELAGEM DE CAVIDADES INACESSfVEIS

I Figura 1-24. Vedação Interna (Folha 3 de 4)

1-131. PREPARAÇÃO DO COMPOSTO DE VEDAÇÁO de furação e ao longo da união das chapas de revesti-

I PR1440B-2 ESPECIFICAÇAO MlLS-8802 TIPO 11-2


CLASSE B-2

O serante PR1440B-2 é fornecido pelo Fabricante em


recipientes que contêm as quantidades cometas do com-
ponente básico e do acelerador. No caso de utilização
parcial do conteúdo dos recipientes, prepare a quanti-
mento, reforçadores e cavernas, devem ser preparadas
conforme o procedimento indicado no paragrafo 1-125.

1-133. PROCEDIMENTO PARA SELAGEM INTERNA


DA FUSELAGEM

Sempre que possível, aplique fita adesiva de proteção A

dade necessária do selante, adicionando 1 parte, em


para obter uma camada uniforme de selante durante a
peso, do acelerador a 10 partes, em peso, do composto
I bkico. Proceda do seguinte modo:
1. Agite o acelerador em seu recipiente, até torná-lo
filetagem. No caso de vedação das uniões entre chapas
de revestimento com cavernas ou reforçadores, é sempre
possível aplicar a fita isolante na chapa de revestimento.
homogêneo. A aplicação do composto de vedação para selagem por
2. Derrame o acelerador no composto básico, obser- pontos, nas contracabeças de elementos de fvtação e por
vando a proporção recomendada, misturando-os comple- filetagem ao longo da união das chapas, pode ser efetu-
tamente durante, aproximadamente, 7 a 10 minutos. ada conforme o procedimento indicado no parágrafo 1-
126.
3. A mistura assim preparada deverá ser empregada
num tempo não superior a 2 horas a, aproximadamente, O tempo de secagem mínimo destes compostos é de 3
dias; uma secagem completa, porém, só pode ser obtida
25OC e umidade relativa de 50%. Um aumento de 6'C
após 14 dias da aplicação.
nesta temperatura reduz o tempo de aplicação a metade e
um abaixamento de 6OC dobra este tempo. Uma elevada
unidade na hora da mistura dos componentes diminui o
tempo de aplicação.
Nota

I
O prazo de estocagem do selante PR1440B-2 é
de aproximadamente 9 meses, a temperaturas Este composto contém componentes volá- t
inferiores a 27"C, quando estocado no recipi- teis e inflamáveis. Em consequência, só
ente original não aberto. deve ser utilizado em ambientes bem ven-
tilados e longe de fontes de calor, fagulhas
1-132. PREPARAÇÃO DA SUPERF~CIE PARA
ou chamas.
SELAGEM
Evite permanecer por períodos prolonga-
As superfícies em torno das contracabeças de elementos

1-94 Revisão 29
GENERAUDADES

dos em ambientes pouco ventilados onde de combustivel (caixão central).


esteja sendo utilizado o composto.
Evite contactos proIongados ou repetitivos Exemplos:
da pele com o composto.
a Entre alma e mesa; mesa e perfil L longitudinal;
mesa e ferragens de fxação da asa; ferragens e perfil,
1-134. SELAGEM DO TANQUE DE COMBUS- nas longarinas das asas.
T~VEL b. Entre hervuras e revestimento; nervuras e chapa digi-
tal; chapa digital e revestimento; n e m ou chapa
Para evitar vazamentos no tanque integral de combustí- digital e reforçadores longitudinais da asa.
vel, é empregado nesta parte da estrutura um processo c. Entre nervuras e longarinas.
rigoroso de selagem, baseado no princípio de segurança d. Entre anéis reforçadores de tampas ou janelas de ins-
tripla (veja a figura 1-24). peção e revestimento.
O vazamento de combustível do interior do tanque inte-
gral para o exterior da aeronave pode se processar atra- e. Entre porcas-flange de f~taçãode tampas ou janelas
vés da furação de elementos de fxação e das juntas entre e anéis reforçadores.
as janelas de inspeção e o revestimento.
Para bloquear a passagem de combustível, são vedadas Nota
todas as possíveis fi1trações pelos processos descritos no
parigrafo seguinte. No caso das longarinas, é ainda prevista a sela:
gem do lado externo do tanque, até a extrerni-
1-135. PROCESSOS DE SELAGEM EMPREGADOS
dade da ferragem de futação da asa, entre a alma
NO TANQUE DE COMBUST~VEL e a mesa, entre esta e a ferragem e entre a ferra-
gem e o perfd L longitudinal.
1. SELAGEM DE CONTACTO SUPERFICLAL As vedações aplicadas nas mesas e perfíl L
(INTERFACE) longitudinal devem continuar ao longo de todo
É empregado entre todas as superfícies em contacto com o comprimento destes elementos esiruhrrais,
elementos estruturais superpostosno interior dos tanques mesmo nas regiões que ultrapassam o tanque

H. SELAGEM ENTRE AS LONGARINAS DA ASA E O REVESTIMENTO NA REGIAO DOS TANQUES.

llOSRMOa0348.MCE

Figura 1-24.Vedação Interna (Folha 4 de 4)


Revisão 29 1-95 1
GENERAUDADES

integral, para proporcionar o espqarnento cor- a. Entre as extremidades das ferragens de f ~ a ç ã oda
reto entre os elementos estruturais ao longo de asa e o perfil L longitudinal; entre as extremidades
toda a longarina. das mesas e o perfil L longitudinal; entre os perfis Z,
reforçadores verticais com rebaixo e a mesa; entre as
mesas e os perfis L de união das mesmas, nas longa-
Aplique o selante em ambas as áreas de contacto, por rinas das asas.
meio de uma pistola ou bisnaga, extrudando o composto
na forma de fdetes ou cordões. Com uma espátula, b. Entre a alma das nervuras 2, 10 e 17 e as chapas de
esparrame o selante tão bem quanto possível, de forma a reforço de fixação das mesmas ao revestimento.
obter uma camada homogênea de 0,4 a 0,5 mm de espes- c. Entre o anel reforçador da tampa do tanque e o reves-
sura. timento e o perfil longitudinal cortado do revesti-
Todos os elementos de fvração (rebites, parafusos etc) mento do extradorso, na posição similar a das janelas
que tiverem que ser coIocados nesta área devem ser ins- de inspeção do intradorso.
talados dentro de 2 horas no máximo, após a aplicação
do selante, para permitir que o composto ainda não As cavidades menores que 6,3 m m (1/4 in) de largura
curado escorra para o interior do orifício durante o podem ser seladas, aplicando diretamente o composto de
aperto, proporcionado, desta forma, a vedação interna do vedação. As cavidades maiores que 6,3 mm de largura
mesmo. deverão ser vedadas, utilizando um selo metálico feito
Se, durante os serviços de reparos, houver necessidade de liga de alumhio 6061-0, 5052-0 ou 3003-0, o qual
de substituir um elemento de fmação, o novo elemento, deverá ser colocado do lado interno do tanque de com-
antes de ser instalado, deve ser embebido ou impregnado bustível. Depois de colocado, este selo metálico deverá
no selante. ser vedado pelo processo de selagem por filetagem. Se
isto não for possível, a selagem deve ser feita pelo pro-
2 SELAGEM POR FLETAGEM (veja a figura 1-24).
cesso de contacto superficial (interface).
E empregada nos bordos dos elementos estruturais
superpostos no interior dos tanques de combustívei. Nota
Exemplos:
A selagem de uniões de chapas com rebaixo
a. Entre a mesa e a aima das longarinas; entre o pefd L deve ser executada, introduzindo o selante no
longitudinal e o revestimento; entre os perfis reforça- rebaixo através das aberturas laterais. Se o
dores verticais para fmação das n e m e a alma da rebaixo for tão pequeno a ponto de não permitir
longarina, nas longarinas das asas. a utilização deste procedimento, a selagem da
b. Entre nervuras e revestimento; entre chapa digital e cavidade pode ser executada, fazendo um
nervuras e entre chapa digital e revestimento; entre pequeno furo no rebaixo com broca no 40, con-
anéis reforçadores de tampas ou janelas de inspeção forme indicado na figura 1-24 e injetando, a
e o revesiimento; entre porcas-flange de futação de seguir, o selante no interior da cavidade até que
tampas ou janelas e anéis reforçadores. ele apareça nas aberturas laterais.
Aplique o selante em ambas as bordas das superfícies de
contacto entre elementos estruturais, por meio de uma
pistola ou bisnaga, de modo a obter uma largura mínima
do fiÍete de, aproximadamente, 13 mm (1/2 h).Para
conseguir a largura especificada, pode ser necessário
aplicar mais de um filete. Quando for necessário executar furos para
A selagem deve ser feita de tal modo que todos os filetes selagem por injeção, tenha o máximo cuidado
sejam contínuos e se unam com os filetes adjacentes. para não avariar a estrutura sob o rebaixo,
Todas as bobas de ar devem ser retiradas por meio de
uma espátula; neste caso, complete o filete reaplicando o 4. SELAGEM DAS CABEÇAS OU CONTRACABE-
seíante no local. ÇAS DE ELEMENTOS DE FMAÇÃO
3. SELAGEM DE CAVIDADES (veja a figura 1-24) E empregado nas cabeças ou contracabeças dos ele-
mentos de furação entre as partes estruturais internas e
É empregada para preencher vazios e cavidades existen-
externas do tanque de combustível.
tes entre certas uniões de elementos estruturais.
Execute a selagem segundo o procedimento indicado no
Exemplos: parágrafo 1- 133, para vedação interna da fuselagem.

I* Revisão29
GENERAUDADES

r 5. SELAGEM ENTRE AS LONGARINAS DA ASA E Evite contactos prolongados ou repetitivos


, I
O REVESTIMENTO NA REGIÃO DOS TANQUES da pele com esses.compostos.
Se, depois de aplicados rigorosamente os quatros proces-
sos citados, ainda persistir dgurn vazamento de combus- d. Os produtos para limpeza são os mesmos indicados
tível, o seguinte procedimento é recomendado: no parágrafo 1-123.

: a. Faça 7 fixos de 0 3,l mrn no revestimento da super- ~ - ~ ~ ~ . P R E P A R A Ç DOS


AO COMPOSTOS DE
fície da asa em que aparecer o vazamento, ao longo VEDAÇAO UTILIZADOS NO TANQUE DE COMBUS;
da alma da longarina dianteira ou traseira, conforme T~VEL
o caso, como indicado na figura 1-25, detalhe "H".
1. O de preparação do composto PR1440A-
2 e B-2 está indicado nos parágrafos 1- 130 e 1- 131.
2. O selante f / S 870C-12, deve ser preparado segundo
o procedimento descrito no parágrafo 1-124 para o P/S
870B-2 exceto para os seguintes itens:
Os furos devem ser feitos com o máximo cui- A proporção de mistura, para utilização parcial do
dado para que a broca não atinja a alma da conteúdo dos recipientes, é de 17 partes por peso do
longarina, a mesa ou os perfis reforçadores. catalizador com 100 partes por peso do composto de
vedação.
b. Injete o selanie através dos referidos furos até encher Na temperatura-ambiente (aproximadamente 2S°C),
completamente a cavidade existente entre o revesti- o selante deve ser utilizado dentro de, no máximo, 12
mento e a mesa da longarina da asa. horas após a preparação da mistura ou após ter sido
removido da geladeira.
1-136. SELAPITES E PRODUTOS DE LIMPEZA EM-
PREGADOS NO TANQUE DE COMBUST~VEL O prazo limite de estocagem deste produto é de apro-
ximadamente 6 meses a partir da data da fabricação,
Produto para selagem de contacto superficial (PIS a temperatura máxima de 25°C.
870C- 12) Especificação MIL-PRF-81733 Tipo IV-12. A secagem completa deste selante só é obtida após
Produto para selagem por filetagem e de cavidades 14 dias da aplicação.
(PR1440B-2) Especificação MIL-S-8802, Tipo I1
Classe B-2. I- i 38. PREPARAÇÃO DA SUPERFÍCIE PARA
SELAGEM
Produto para selagem de cabeças ou contracabeças
de elementos de f ~ a ç ã o(PR1440A-2) Especificagão As superfícies a serem vedadas devem ser preparadas
MIL-S-8802 Tipo II Classe A-2. conforme indicado no parágrafo 1-125.
Na remoção do verniz de proteção antibiológica, utilize
somente o metiletilcetona.

A O TAMPAS E JANELAS DE
I - ~ ~ ~ . V E D A ÇDAS
INSPEÇÃO DO TANQUE DE COMBUST~VEL
A vedação das janelas de inspeção dos tanques existen-
Estes compostos contêm componentes tes no revestimento do intradorso é garantida por meio
de anéis especiais de borracha (MIL-P-5315), com seção
voláteis e inflamáveis; em conseqüência, só
transversal de 5 mm de diâmetro, instalados no encaixe
devem ser utilizados em ambiente bem
existente nos anéis reforçadores das janelas.
ventilado e longe de fontes de calor, fagu-
Além disso, as porcas-fiange para furação da d a p a são
&as ou chamas.
seladas segundo os procedimentos indicados no parágrafo
Em caso de reparos internos no tanque, 1-135.
adapte um sistema de ventilação forçada A vedação da tampa do tanque de combustível, existente
para proteger o operador. no revestimento do extradorso, é garantida por meio de
um anel de borracha (MS 295 13-430) instalado externa-
Evite permanecer por períodos prolonga- mente na tampa sob a aba de encaixe e por um anel de
dos em ambientes pouco ventilados, onde borracha (MS 29513-110) instalado internamente na
estejam sendo utilizados os compostos. tampa em tomo do eixo do conjunto.

Revisão 29 1-97
GENERAUDADES

1-140. CUIDADOS NA EXECUÇÃO DE REPAROS repetitiva e o manuseio das capotas do motor eventual-
NO TANQUE DE COMBUST~VEL mente afetarão as condições da vedpção original entre as
contraflanges superior e inferior da capota do motor,
Devem ser tomados os seguintes cuidados na execução de
possivelmente a um grau que o selante não será efetivo
reparos no interior do tanque de combustivel.
em proporcionar uma superfície elltica não permitindo
1. Todas as operações de furação, h g e m , rebarbagem que os fechos a t u m apropriadamente.Assim sendo uma
e ajustagem devem ser concluídas antes da aplicação do nova camada de selante deverá ser aplicada para restabe-
selante e não durante ou em sequência a operação de lecer as condições originais dos componentes.
selagem.
2. O uso & óleos lubrificantes ou de óleos do tipo refn- 1-1438. MATERIAS DE LIMPEZA E VEDAÇÃO, E
gerante deve ser, tanto quanto possível, evitado. EQUIPAMENTOS
3. São proibidas operações de martelagem ou punciona- 1. Bancada de trabalho.
mento de rebites.
2. Carros-suporte do capô superior e inferior.
4. Todos os elementos & fmação, com exceção dos
rebites "Hi-Lok", devem ser submetidos a uma operação 3. Ar comprimido seco e limpo (100 psi).
de limpeza por imersão em acetato de etila, antes da 4. Fita adesiva larga - 314 pol. ou 1 pol.
instalação. A limpeza dos rebites '%Ti-Lok"deve ser feita 5. Vaselina.
após a sua instalação.
6 . XR-1305 agente de diluição para vaselina sólida.
1-141. VEDAÇÃO EXTERNA DO TANQUE DE COM- 7. Pincel fino.
BUSTÍVEL
8. Espatula acrílica.
O interior do tanque de combustivel é completamente 9. Selante PR1440B-2 (MIL-S-8802 Tipo I1 Classe B-2). I
vedado durante a fabricação para evitar vazamentos. En-
tretanto, com o acúmu~ode horas de operação, uma leve 10. Pistola pneumática.
filtração ou sudação de combustível pode ocorrer nas 11. 16 arruelas de aço - DE 112 pol., DI 1/4 pol., espes-
áreas rebitadas. Esta filtração ou sudação não prejudica a sura 5/64 pol. (aproximadamente).
segurança de vôo e é considerada normal, em se tratando
de tanques integrais. Apesar disso, ela pode ser facil-
mente eliminada nas bases de operação, adotando-se o
12. Adesivo cianoacrilato Especificação MSM-34012
ou similar. I
procedimento- descrito no parágrafo seguinte. 13. Pano limpo, livre de fiapos.
14. Lixa (granulação 120 ou 150).
1-142. VEDAÇÃO DE PEQUENAS SUDAÇOES NOS
TANQUES DE COMBUST~VEL i - 1 4 3 ~ .PREPARAÇÃO DA SUPERF~CIE PARA
SELAGEM
1. Limpe totalmente a área a ser vedada.
1. Remova da aeronave, as capotas inferior e superior,

I
2. Aplique 3 camadas de selante PR1440B-2 (MIL-S-
8802, Tipo II Classe B-2), deixando cada camada secar conforme descrito no Manual de Manutenção - Grupo
antes de aplicar a seguinte. Turbopropulsor - O.T. 1C95-2-3, Seção 111, e coloque-os
em seus carros-suporte.
1-143. VEDAÇOES DE FILTRAÇÕES NOS TAN- 2. Com uma espátuia, remova todos os tmÇosdo selante
QUES DE COMBUST~VEL antigo das contd-langes (superior e lateral) da capota
1. Remova toda a pintura na superfície a ser vedada, inferior e da nacele.
confome descrito no parágrafo 1-100. 3. Instale as arruelas nos 4 pinos de alinhamento da
2. Limpe totalmente a superficie, conforme descrito no nacele e em todos os 12 pinos de alinhamento da capota
paxágrafo 1-125. superior, usando uma gota de adesivo de cianoacrilato (ou
similar) para f~á-10sno lligar quando da inversão do capô
3. Aplique 3 camadas de selante PR1440B-2 (MiLS-

I 8802, Tipo If Classe B-2), deixando cada camada secar


antes de aplicar a seguinte.

1-143A.TROCA DA SELAGEM DA CAPOTA DO


superior para instalação na capota inferior (figura 1-24A).
4. Reinstale as capotas e ajuste todos os fechos de
maneira que uma pressão leve, mas firme, seja exercida
quando os fechos forem fechados.
MOTOR
5. Verifique o alinhamento das capotas com a carena-
Após anos de serviço da aeronave, a remoção/instalação gem do cubo da hélice e a nacele e ajuste se necessário.

1-98 Revisão 29
GENERAUDADES

6. Remova as capotas da aeronave e coloque a capota Nota


inferior em seu carro transporte. Instale a capota syperior
na capota inferior e trave todos os fechos. A aplicação do selante deverá começar,
assim que for possível, depois da misrura
7. Verifique, visualmente, pela linha de união das capo-
dos componentes.
tas, se entre as contraflanges existe uma fenda retilínea e
uniforme. Se alguma distorção for verificada, usando um Desde que o período de cura do selante é
pedaço de madeira ou um martelo de plástico, bata leve- afetado diretamente pela temperatura ambi-
mente, onde necessêno, ao longo das contraflanges, até ente, é aconselhável usar um selante com
que esta fenda seja uniforme em toda sua extensão. , tempo de cura maior (PR1440B-2) quando a I
8. Separe as capotas. temperatura ambiente for superior a 28°C.
Em temperaturas abaixo de 2S°C, ou se o
9. Limpe as contraflmges das capotas (superior e infe- tempo estimado de trabalho é de aproxima-
rior) usando uma lixa (granulação 120 ou ISO), dando damente 45 minutos, o selante PR1440B-112
especial atenção a capota inferior.
10. Limpe com um pano umedecido em MEC para que
as superfícies fiquem livres de graxas.
é mais indicado para ser usado.
O selante PR1440B-2 ou B-112 é fornecido
normalmente em embalagens de 500 grs.
com um recipiente separado contendo uma
I
quantidade adequada de catalizador. Uma
troca completa da selagem do conjunto do
capô consumirá aproximadamente 800 grs.
O selante deverá ser aplicado, preferencial-
mente, com uma pistola pneumática. Siga as
Não toque as flanges da capota inferior com instruções do fabricante com relação ao
as mãos sem proteção, depois da operação de enchimento e operação da pistola especifica
desengraxar. a ser utilizada.

1I. Aplique a fita adesiva na superfície externa da


capota inferior, aproximadamente 3,2 m m (118 pol.)
abaixo da linha de junção, do início ao fim da capota
(figura 1-24B).
12. Passe a vaselina diluida com XR-1305 ao longo da
flange traseira da capota inferior, e tambem ao longo da
superfície externa adjacente a linha divisória da capota Certifique-se de que o ar comprimido dispo-
com a nacele, para prevenir a aderência indesejável do nível não exceda a pressão máxima de opera-
selante na pintura da nacele. ção da pistola, determinada pelo fabricante.
Se necessário, instale na linha um regulador
de pressão e ajuste a pressão ao valor reco-
mendado.
A ponta cônica do bico fornecido com a pis-
tola deverá ser cortada para que se obtenha
inicialmente um orifício de aproximada-
Não permita que a vaseiina entre em contato mente 3,2 mm a 4,s mrn (118" a 3/16) de
com a contraflange da nacele. diâmetro. Conforme o selante vai tornado-se
mais espesso, devido ao processo de cura, a
13. Usando um pincel fino aplique a vaselina diluída *
ponta poderá ser cortada para se obter um
nos fechos de futação da capota inferior com a nacele,
orifício maior que permita um fluxo mais
permitindo a fácil remoção do selante que será exuudado
fácil do conteúdo.
para dentro das aberturas.
1-143E.PROCEDIMENTO PARA SELAGEM DA
I 1 - ~ ~ ~ D . P R E P A R A Ç ADO
VEDA(%O PR14408-2OU &I12
O COMPOSTO DE
CAPOTA
1. Segure a pistola verticalmente em relação a superfí-
Prepare o selante e o equipamento de acordo com as ins-
cie a ser selada.
truções do fabricante do selante.
Revisão 29 1-98A
GENERAUDADES O.T. 1C95A-3

2. Mantenha a ponta do bico um pouco acima da super- 11. Passe a vaselina diluida com XR-1305 sobre a con-
fície, acione suavemente a alavanca de controle de fluxo trafiange de bajxo da capota superior, a flange de contato
para obter um fluxo constante de selante da pistola. traseira com a cantoneira de ligação e ao longo do reves-
timento externo junta a linha de junção das capotas para
prevenir a aderência indesejável do selante no revesti-
mento da capota.
A quantidade de material liberada é detemi-
nada pela viscosidade do material, pressão do ar
da linha, tamanho do orifício do bico e a veloci-
dade em que a pistola é deslocada enquanto a
alavanca de controle de fluxo esd sendo acio-
nada O selante deve ser aplicado seguindo um
padrão em ziguezague, de lado a lado, ou em Não permita que a vaselina entre em contato
paralelo indo ao longo da flange, em um movi- com a contraflange da capota inferior.
mento ajustado a quantidade do selante que está
sendo distribuído do cartucho. 12. Aplique agora o selante na flange de cima (contra-
flange) da capota inferior e na cantoneira de ligação na
3. Ajuste a distância da ponta do bico a superficie, de parte de cima da nacele seguindo as instruções do pará-
maneira a obter uma camada uniforme e generosa do grafo 1 ao parágrafo 4 acima (figura I-24B).
selante, de aproximadamente 3,2 mm a 4,8 mm (1/8 poi.
13. Uma vez que a distribuição do selante foi concluída,
a 3/16 pol.) de espessura ao Iongo da flange (figura 1-
instale a capota inferior e a capota superior na aeronave.
24B).
4. Se necessário, preencha alguns pontos vazios com Nota
aplicação extra de seIante.
Fechos opostos devem ser fechados shultanea-
5 . Usando um pincel fino aplique a vaselina diluída nos
mente, para assegurar que a capota se encaixe
fechos da capota, para deixar facil a remoção do selante
perfeitamente nas suas flanges de montagem.
que será extnidado para dentro das aberturas. 6
'L
6. Uma vez que a distribuição do selante ao longo da 14. Usando a espátula acrílica, limpe o excesso de
contraflange da nacele foi concíuida, instale e trave a selante quando ele estiver sendo extnidado entre as
capota inferior. superficies de união, para prevenir que os revestimentos
da nacele e das capotas fiquem grudadas.
Nota
15. Deixe as capotas descansarem por pelo menos 12
Fechos opostos devem ser fechados simultanea- horas.
mente, para assegurar que a capota se encaixe 16. Solte todos os fechos e separe as capotas.
perfeitamente na nacele.
17. Usando uma faca afiada, cuidadosamente apare o
7. Usando a espátula acrílica, limpe o excesso de selante que ultrapassar a largura das flanges.
selante quando ele estiver sendo extnidado entre as
18. Usando urna f e m e n t a com ponta, force lateral-
superficies de união, para prevenir que os revestimentos
mente as doze arruelas da flange da capota superior de
da nacele e da capota fiquem grudadas.
maneira a deixá-las soltas e remova-as dos pinos de ali-
8. Deixe a capota descansar por pelo menos 12 horas. nhamento.
9. Solte todos os fechos e remova a capota da aeronave.
19. Instale as capotas na aeronave e trave-as adequada-
10. Usando uma ferramenta com ponta, force lateral- mente. Se necessário, ajuste os fechos de acordo com as
mente as 4 arruelas da flange da nacele, de maneira a instruções do Manual de Manutenção, Grupo Turbopro-
deixá-las soltas e remova-as dos pinos de alinhamento. pulsor, O.T.lC95A-2-3, Seção 111.
GENERAUDADES

CAPOTA SUPER1OR

F@ura 1-24A. Colagem das Arruelas

FITA ADESIVA

FECHO

SELANTE
m I

llOMMW225.MCE

Figura 1-248. Aplicação do Selante (Folha I de 2)

Revisão 29 1-9EC 1
BICO DA PISTOLA \
SELANTE

Figura 1-248. Aplicação do Selante (Folha 2 de 2)

1-144. GUARNIÇÓES DE BORRACHA SIN- proporções de I parte, por peso, do acelerador a 10 partes,
TETICA PARA VEDAÇÃO por peso, ao composto básico. É importante que os 2
componentes sejam misturados de forma que o acelerador
As guarnições para vedação são fabricadas de borracha fique uniformemente distribuído (não devem existir es-
sintética. Elas são aplicadas a estrutura no contorno das trias ou descolomqão).
aberturas articuladas, para proporcionar o correto assenta- Um filete feito com selante que não esteja totalmente
mento e a vedação entre as mesmas. misturado apresentará regiões que não ficarão completa-
As guarnições de vedação devem ser substituídas quando mente curadas.
avariadas ou quando houver substituição das portas. A temperatura-ambiente (aproximadamente 25OC), o
composto de vedação deve ser utilizado dentro de, no
1-145. MATERIAIS IJTtLIZADOS NA APLICAÇAO máximo, 2 horas após ter sido misturado com o acelerador
DAS GUARNIÇÕES ou depois de removido da geladeira. O composto já mis-
a Solvente para limpeza a seco, Espec. Federal P-D-680.
turado com o acelerador pode ser armazenado por 24 1
horas, no máximo, a uma temperatura de - 15OC.

I b. Composto de vedação, PR1440B-2 (Especifícação


MIL-E8802 Tipo I1 l3-2).
c. Graxa de silicone DC-33.
d. Fita adesiva, Espec. Federal JAN-P-127. Retire a guarnição de borracha avariada, cuidando para
não danificar a superficie adjacente. Coloque proteções
C.
I 1-146. PREPARAÇÃO DO COMPOSTO DE VEDA-
@O PPR14408-2
nos painéis abertos, para evitar que detritos caiam den-
tro do compartimento. Limpe totalmente a área com
O composto base e o acelerador devem ser misturados nas detergente P-D-680.

1-98D Revisão29
GENERAUDADES

1-148. PROCEDIMENTO DE VEDAÇÃO

1. Coloque uma fita adesiva na borda interna, ao longo


de todo o contorno de abertura na estrutura.
2. Feche a porta ou painel articulado e aplique uma A aplicação deve ser feita com o máximo
leve camada de petrolato ao longo do contorno da cuidado. Não toque com os dedos a superfí-
mesma. cie a ser vedada e evite que o dispositivo de *

3. Abra a porta e passe uma camada de petrolato nas aplicação toque a camada de petrolato.
bordas internas de assentamento da mesma, utilizando
um pincel. Alise a camada de petrolato com o dedo, 5. Feche a porta ou painel articulado, aplicando apenas
para evitar que as marcas do pincel deixem impressões a pressão necessua para fechar o trinco.
nas guarnições de borrachas de vedação, enquanto a
mesma estiver macia. 6. Após 24 horas, remova o petrolato e o excesso do
composto de vedação da superfície adjacente às bordas
1 4. Aplique o composto de vedação, PR1440B-2,nas da porta ou painel articulado. Abra a porta e retire o
bordas da estmtura, usando uma espátula ou disposi- excesso de selante das bordas da estrutura com uma
tivo similar para aplicação por pressão. faca afiada. Remova a fita adesiva

Revisão29 1-98E I
GENERAUDADES

PRODUTO FORNECEDOWFABRICANTE
GRUPO
COMERCIAL ENDEREÇO

ADESIVO DE
ADESIVO FORNECEDOR LOCAL
CIANOACRILATO

PRODUCTS RESEARCH &


CHEMICAL CORP.
MIL-S-8802 54300 SAN FERNANDO ROAD
TIPO II GLENDAELE CAL
91023 - USA
"PRC"

SELANTES
MIL-PRF-81733
"PRC'
TIPO 11-2

MIL-PRF-81733
"PRC'
TIPO 11-112

MIL-PRF-81733
TIPO IV-12

MIL-PRF-81733
TIPO IV-24

Tabela I-6G - Especificação de Selante Adesivo


O.T. 1C95A-3 GENERAUDADES

SEALANTE APLICAÇAO
SELANTE USADO EM TANQUE INTEGRAL PARA:
- REBITES E CABEÇA DE PARAFUSOS
- PORCAS
MIL-S-8802
TIPO II
- LOCKBOLT COLLARS (SE NECESSÁRIO)
CLASSE A-2 - HIUTE COLLARS
- SELAGEM DE CABEÇA DE PRENDEDORES PARA FIXAÇAO OU MATE
RIAL SIMILAR
TEMPERATURA DE TRABALHO: -54°C A 135°C
SELANTE ALTERNATIVO AO PR1440A-2 USADO PARA:
MIL-S-8802 - MESMA APLICAÇÃO DO PR1440A-2
TIPO II
CLASSE A-112 - TEMPO DE CURA INFERIOR AO A-2
TEMPERATURA DE TRABALHO: -54°C A 135°C
SEIANTE RESISTENTE A COMBUST~VELE FLUIDO HIDRÁULICO USADC
PARA:
MlL-S-8802 - PEQUENAS FRESTAS E JUNTAS
TIPO II
- VAZIOS
CLASSE 8-2
- ABERTURAS
TEMPERATURA DE TRABALHO: -54°C A 135°C
SELANTE ALTERNATIVO AO PR1440B-2 USADO PARA:
MIL-S-8802 - REPAROS
TIPO I1 - MESMA APLICAÇÃO DO PR1440B-2
CLASSE 8-112 - TEMPO DE CURA INFERIOR AO B-2
TEMPERATURA DE TRABALHO: -54°C A 135°C
SELANTE RESISTENTE A COMBUST~~EL E FLUIDO HIDRÁUUCO USADC
PARA:
M[L-PRF-81733 - MELHORAR SUAVIDADE AERODINÂMICA
TIPO I1 - PROTEGER CONTRA INTERPÉRIES
CLASSE 6-2 - PREVENIR A FORMAÇÃO DE CORROSÃO NA SUPERFICIE PELA AÇÃC
DE AGENTES QU~MICOSE DERRAMAMENTO DE COMBUST~VEL
TEMPERATURA DE TRABALHO: -54°C A 115°C
SELANTE ALTERNATIVO AO PIS 8703-2 USADO PARA:
MIL-PRF-81733 - MESMA APLICAÇÃO DO P/S 870B-2
TIPO II
CLASSE B-112 - TEMPO DE CURA INFERIOR AO 3-2
TEMPERATURA DE TRABALHO: -54°C A 115°C
SELANTE ANTICORROSÃO USADO PARA:
- INTERFACE EM TANQUES DE COMBUST~VEL
MIL-PRF-81733
TIPO IV-12
- MOLHAR ROSCAS, CABEÇA E CORPO DE PRENDEDORES E REBITES
- DEVE SER APLICADO DURANTE A MONTAGEM DA ESTRUTURA
TEMPERATURA DE TRABALHO: -54°C A 135°C
SELANTE ALTERNATIVO AO P/S 870C-12 USADO PARA:
- MESMA APLICAÇÃO DO P/S 870C-12
- TEMPO DE CURA INFERIOR AO C-12
TEMPERATURA DE TRABALHO: -54°C A 135°C

Tabela I-6H - Aplicagão de Selantes

Fkvisão 29 1-98G
GENERALIDADES

CURA TEMPO
PROPORÇÃO DE
SELANTE TEMPO SECA- SELANTE
PM DE TEMPERATURP
MISTURA DE TEMPO GEM ALTERNATIVO
(ESPECIFICAÇÃO] APLICAÇAO DE CURA AO 141
11I TOQUE
(h) 121
(h) [31

P/S 870B-2 PISTOLA DE


(MIL-PRF-81733 EXIRUSÃO
TIPO 11, E ESPATUU
CLASSE B-2)

PISTOLA DE
EXTENSÃO
E ESPATUU

PR 1440A-2 PISTOLA DE PR1440A-112


(MIL-PRF-81733 EXTENSÃO PR1826A-1/2
TIPO II, E ESPÁTUU MC-236A-2
CLASSE A-2) BR4005A-112
BR4005A-2
CS-3204A- 112
CS-3203A-2
PRO-SEAL
890142

PR 1440B-2 PISTOLA DE
(MIL-PRF-81733 EXTENSÃO
TIPO II, E ESPATULE
CLASSE 8-21

Tabela 1-6J - Tempo de Cura/Aplica@o (Folha I de 2)

1-98H Revisáo29
0.T 1C95A-3 GENERAUDADES

t" NOTAS
[1] PROPORÇÃODE MISTURA - MASSA DO COMPOSTO BASUMASGA DO ACELERADOR (PARTES POR PESO):
[2] A COLUNA DO TEMPO DE SECAGEM MOSTRA O TEMPO NECESSÁRIO PARA A CURA TOTAL.
[3] APLICAÇÃOE TEMPO DE CURA AO TOQUE É A TEMPERATURA DE 24°C (75°F) E COM 50% DE HUMIDADE
RELATIVA.
[4] O TEMPO DE APLICAÇÃO PARA OS SELANTES ALTERNATIVOS NÃO SÃO OS MESMOS PARA OS SELANTES
ESPECIFICADOS, E A PROPORÇÃODA MISTURA TAMBEM É DIFERENTE.
{5] O TEMPO DE CURA DESTE SELANTE É FIXADO EM DIAS. NO ENTANTO, VISTO QUE AS SUPERF~CIES
ESTÃO SELADAS, NÃO E NECESSARIO ESPERAR O TEMPO DE CURA TOTAL EXPIRAR PARA MANUSEAR
AS PEÇAS MONTADAS €/OU DESPACHAR O AVIÃO.

Tabela 1-6J - Tempo de Cura/Ap/icação(Folha 2 de 2)

Revisão 29 1-98J
1-149. PROCEDIMENTOS DE OFICINA mento a seco da área afetada.
4. Repita as etapas 2 e 3, até que' a massa dqu'ira o
1-150. UTIUZAÇÃO DE MASSA NO REVESTIMENTO mesmo contorno da superfície adjacente.
EXTERNO (EMASSAMENTO) 5. Completado o polimento, aplique uma camada de
"pnmer epoxy" MiL-P-23377, na superfície reparada
O emassamaito para fins aerodmâtnicos pode ser usado (veja o parágrafo 1-74 - item 3).
nas superficies externas, para suavizar pequenas depres-
6. Depois de aproximadamente 1 hora, aplique a pintura
sões e descuntinuidades do revestimento (particular-
final com 2 camadas de tinta de poliuretano (Espec,
mente nos bordos de ataque) ou para preencher deates e
MIL-C-83286) (veja o parágrafo 1-74 - item 5).
cortes muito pequenos que não exigem reparo esmtiird.
Entretanto, deve ser evitada a utilização indiscriminada
da massa no bordo de ataque da asa. A espessura 1-153. TIPOS DE CHAPAS METÁLICAS
máxima admissivel d e massa é de I ,5 mm.

1-151. MATERIAIS PARA EMASSAMENTO DO RE- Consulte as figuras-índices das Seções 11a V.
VESTIMENTO
a Revestimento pritnário "F'rimer Epoxy", Espec. Nota
MIL-P-23377.
b. Massa acrilica de nitrocddose (branca). As chapas de liga de alumínio utilizadas para reparos
que necessitam ser conformadas na condição recozida
1-152. APLICAÇÃO DE MASSA NO REVESTIMENTO (sufixo 0) devem sempre ser submetidas a tratamento
1. Remova a pintura existate na área amassada e térmico após conformação. Veja o parágrafo 1-186.
numa faixa de, no mínimo, 15 mm em tomo da mesma,
ate que o revestimento primário fique exposto. As tabelas 1-17 e 1-18 fornecem os raios mínimos de
dobragm a f i o de chapas.
2. Usando uma espátula, aplique a massa acrilica de
nitrocelulose na superfície avariada, areacaido uma
certa pressão.
3. Depois d e aproxirnadatnente 5 horas, faça um poli- A mameação e processo padronizado de embutimento de
O.T. 1C95A-3 GENERALIDADES

chapas metálicas no qual o material é estampado, for- 1-157. TREINAMENTO DO OPERADOR PARA .=E-
mando depressões com as dimensões da cabeça do pren- CUÇÃODEMAMEAÇÃO
dedor.
Esta operação pode ser executada utilizando ou não
Veja o parágrafo 1-154, Nota.
aquecimento.
1-158. EQUIPAMENTO PARA MAMEAÇAO (figura 1-
Aiem disso, a mameação pode ser feita com ou sem
pressão de recalque. O processo com pressão de recal- 26)
que e prefenvel. I. Equipamento de acionamento
a. Portátil: galifan, martelete, martelo.
Nota
b. Estacionário.
A operação de mameação exige habilidade 2. Equipamento acionador (matrizes)
comprovada do operador, sobretudo se for
utilizado o martelete manual. De qualquer a. Ma& de mameação ou encontrador.
forma, a inspeção dos mameados e indispen- b. Calcador.
sável.
Antes da mameação, os furos devem ser
rebarbados conforme indicado na figura 1-27.

1-155. VANTAGENS DA UTIUZAÇÃO DA PRESSÃO


DE RECALQUE NA MAMEAÇÃO
1. Diminuição da possibilidade de aparecimento de As matrizes de mameação cuja pressão
trincas radiais. de recalque é fornecida por meio de bor-
2. Obtenção de depressões padronizadas e de boa qua- racha (interna a matriz) não devem ser
lidade, conforme as originais. aquecidas.
3. Obtenção de encaixe correto prendedor/rnameado, Os equipamentos 2a e 2b não devem tra-
mameadotmameadoe mameado/escareado. balhar em vazio sob pena de serem avari-
4. Obtenção de juntas com assentamento correto. ados. Em caso de avaria, é recomendável
descarta-los.

1-156.VANTAGEM DA UTILIZAÇÃO DE AQUECI- 3. Equipamento auxiliar


MENTO NA MAMEAÇÃO a. De aquecimento:
1. Diminuição da possibilidade de aparecimento de (1) Aquecedor com controle de temperatura.
trincas radiais, de trincas por tração circunferencial e de (2) Braçadeira ou equivalente.
trincas por cisalharnento interno.
Nota
Nota
O aquecimento é normalmente aplicado ao
O aquecimento e efetivamente vantajoso ape- equipamento acionado.
nas na mameação de chapas tratadas termica-
b. Anti-engripamento: graxa (resistente as temperatu-
mente com espessura superior a 0,032 pol.
ras de aquecimento, quando aplicável).

1-159. TESTE DE DOBRAMENTO PARA VERIACA-


ÇÃO DA QUALIDADE DAS OPERAÇÕESDE MAMEA-
ÇÃO (figura 1-27)

As temperaturas de aquecimento previstas na


Nota
tabela 1-7 devem ser estritamenteobservadas. O teste de dobramento deve ser realizado quando
GENERALIDADES 0.1.1 M A 3

se utiIiza equipamento regulável (normalmente o empeno, este pode ser mantido em um nível mínimo,
estacionário) como forma de se aferir a regula- utilizando as pressões comtas de embutimento e recalque.
gem, antes de se mamear a peça. Durante a marneação da peça, eventualmente pode ser

1. Fabrique um corpo de prova (CDP)com as seguin-


tes características:
necessário efetuar uma regulagem destas pressões, a fim
de obter resultados satisfatórios.
4. Aspectos da depressão
I
- material, espessura, tratamento térmico, dihetro As depressões devem ser cuidadosamente examinadas
dos furos (D) e passo (P) idênticos ao da chapa quanto a existência de quaisquer defeitos causados por

-
(peça) a ser mameada
comprimento = 6P a 10P .
matrizes sujas ou avariadas, resíduos acumulados,
equipamentos inadequados ou danificados etc.. I
- largura = 5D
- número de furos = 5 a 9 (confome o comprimento).
2. Regule o equipamento e mameie os furos do CDP.
1-161. ENCAIXE ENTRE MAMEADOS E DE ESCARE-
ADOS COM MAMEADOS I
Quando for necessário superpor um mameado a um
3. Prenda o CDP numa mona conforme indicado na rebaixo escareado, deve existir uma folga entre as
figura 1-27 e dobre-o até quebrá-lo. superfícies de encosto para garantir um encaixe per-
4. Repita o passo no 3 para cada firo do CDP. feito da depressão no escareado. Esta folga deve estar
compreendida entre um rnínimo de 0,01 mrn e um
5. Avalie as fraturas. máximo de 0,02 rnrn (veja a figura 1-29).

Nota
O número de CDPs deve ser no mínimo igual
ao número de regulagens efetuadas no equipa- 1-162. ESPESSURA DE CHAPAS METÁLI-
mento e suficiente para se determinar com CAS PARA ESCAREADOS E MAMEADOS
segurança a qualidade dos mamados.

1-160. PADRÃO DE ACEITAÇÃO DOS MAMEADOS


Veja a Tabela 1-7.
(figura 1-28)
Existem 4 fatores básicos a ser considerados na verifi-
cação da qualidade de um mameado: 1-163. PROCEDIMENTO PARA EXECUÇÃO DE MA-
MEAÇÕES EM CHAPAS FINAS
1. Perfil da depressão e curvatura da chapa
A mameação de chapas finas, em locais de dificil
A nitidez e precisão dos contornos das depressões e
acesso e onde não haja espaço suficiente para a utiliza-
função das pressões de recalque e embutimento utiliza-
ção das ferramentas convencionais de mameação, pode
dos. Portanto, inserindo o elemento de fixação corres-
ser executada através do próprio rebite de cabeça esca-
pondente na depressão executada, pode-se verificar a
reada, utilizando um marielete comum de rebitagem e
tolerância das dimensões da mesma com o prendedor e
uma barra encontradora adequadamente preparada,
ainda se foram utilizadas matrizes e pressões corretas.
conforme indicado na figura 1-30.
2. Recalque
A pressão de recalque é o principal fator a ser conside-
1-164. PROCEDIMENTO PARA PREENCHER DE-
rado para evitar a ocorrência de trincas nos mameados
PRESSÕESMAMEADAS E ESCAREADAS
efetuados em ligas de alumínio. Uma pressão excessiva
tende a extrudar o material e urna pressão insuficiente Veja a figura 1-31.
não proporciona o suporte adequado para evitar trincas.
A pressão de recalque estará correta quando o entalhe
no plano inferior da depressão não for excessivo. 1-16s. FUROS DE LIMITAÇAO DE TRINCAS I
(' '

3. Empeno da Chapa Estes h s devem ser feitos nas extremidades das trincas. L,
O furo serve para indicar a posição da rachadura e impedir
Embora seja praticamente impossivel eliminar totalmente a progressão da mesma, evitando a concentraçãode ten-
O.T. 1C95A-3 GENERALIDADES

/- TRINCAS RADIAIS

'/
TRINCAS POR
CISALHAMENTO

Figura 1-25. Defeitos de Mameação

Revisão 24 1-101
GENERAUDADES O.T. 1C95A-3

PAINEL DE CONTROLE
DO AQUECIMENTO
li
.L/

GALIFON COM TESOURA

BRAÇADEIRAS PARA AQUECIMENTO DE


FERRAMENTAS DE MAMEAÇÃO

CHAPA

ENCONTRADOR

CALCADOR INCORPORADO
CHAPA MARTELETE COM DISPOSiTIVO
DE AQUECIMENTO
r

ENCONTRADOR

I 1 CALCADOR INCORPORADO
A MARTELETE
ENCONTRADOR CHAPA

CALCADOR
MANUAL , 1
i

Figura 1-26. Dispositivos para Mameaç80 (Folha 7 de 2)


O.T. 1C95A-3 GENERALIDADES

PRESSÃODE
RECALQUE

- MATRIZ DE MAMEAÇÃO

SUPORTE DE RECALQUE

CAI

PRESSÃODE
EMBUTIMENTO

CALCADOR E MATRIZ DE MAMEAÇÃO


NA POSIÇÃO ABERTA. O CALCADOR
PENETRA NO FURO DA CHAPA.

PARA EVITAR ESTIRAMENTO E


TRINCA DO MATERIAL. O SUPORTE
DE RECALQUE É FORCADO CONTRA
A FACE INFERIOR DA DEPRESSÃO
DURANTE O EMBUTIMENTO.

Figura 1-26. Dispositivos para Mameação (Folha 2 de 2)

Revisão 24 1-103
GENERALIDADES O.T. 1C95A-3

-
-

- P
P -A
/
CDP
1
4-4-f
SECA0 A-A

,.'/ --"
LINHA DE CENTRO
DO MAMEADO ' \A MAMEADO
__Z
d 11 DOBRA DO
CORPO DE

I'@-%
VISTA A '
PROTEÇAO PARA
VERIFICAÇÃO DE
TRINCA NO A
MAMEADO
MORSA

INEXiSTENCIA DE

- LINHA DE CENTRO
DO MAMEADO

LINHA DE CENTRO
DO MAMEADO

QUEBRA EM VOLTA DO
MAMEADO -FRATURA
CIRCUNFERENCIAL

DE CENTRO DO MAMEADO
-FRATURA RADIAL

Figura 1-27. Procedimentos e Resultado do Teste de Dobramento do Corpo


de Prova Mameado

-104 Revisão 24
O.T. 1C95A-3 GENERAUDADES

PRESSÃO INSUFICIENTE PRESSÃO EXCESSIVA


DE EMBUTIMENTO DE EMBUTIMENTO

PRESSÃOCORRETA PRESSÃD INSUFICIENTE PRESSÃOEXCESSIVA


DE RECALQUE DE RECALQUE DE RECALQUE

EXAME DE DEFEITOS E MARCAS


MEDIDAS DE FOLGA E
DE FERRAMENTAS DANIFICADAS
ASSENTAMENTO DO

1lORE037.CIT

Figura 1-28. Padrão de Aceitacão de Mameação

sões. Quando o furo de contenção é executado em uma Nota


peça que está superposta a outra, deve-se tomar cuidado
para não avariar a peça infixior (veja a figura 1-33). Em As orientações a. e b. não valem como regras,
certos casos, pode ser necessário ainda aplicar um reforço prevalecendo como parâmetro de escolha do
na área da rachadura, tal como indicado nas seções aplicá- material do prendedor o carregamento a que a
veis deste Manual. junta é submetida. Consulte a Divisão de
Assistência Técnica da Embraer, sempre que
as orientações a. e b. não puderem ser segui-
1-166. PRENDEDORES das.

2. Seleção do comprimento (pega)


1. Seleção do material a. A seguir, é apresentado o critério de seleção do com-
primento para rebites sólidos MS20470, MS20426,
A seleção do material do prendedor utilizado em apli- NAS1097, MS20427. MS20613 e MS20615. Veja a
cações estruturais deve levar em consideração o carre- figura 1-29A.
gamento atuante na junta e o material dos elementos da
junta. Como orientação de caráter genérico, pode-se Nota
estabelecer o seguinte.
) Quando a pega cair entre dois valores da
a. Em caso de substituiçãode prendedores, é recomen- Tabela da Figura 1-29A, use o rebite de
dável manter o material dos prendedores originais. maior comprimento.
b. Em caso de criação de novas juntas (reparo), é reco- :) Quando for necessário comprimento do re-
mendável utilizar prendedores de material igual ao bite intermediário em relação aos valores da
da junta Tabela & Figura 1-29A, o comprimento

Revisão 24 1-105
GENERAUDADES O.T. 1C95A-3

pode ser acrescido de 0,79 rnm (1/32 pol) e 1-1 69. TIPOS DE REBITES CEGOS
deve ser acrescentado -5 ao traço número.

b. O critério de s e l q o do comprimento para outros


tipos de prendedores é fornecido nos parágrafos dedi-
Os rebites cegos utilizados sáo do tipo CHERRYLOCK e
CHERRYMAX. Use somente os rebites CHERRY MAX
(veja figura 1-33) em procedimentos de reparos estru-
I --
cados especificamente a esses prendedores.
nirais. Adote a intercarnbiabilidadeapresentada na tabela i
,i
1-7A. Veja na tabela 1-19 as característicasprincipais dos

I
rebites cegos.

1-170. APLICABILIDADE N
Os rebites cegos descritos no item anterior são emprega-
dos para uniões de chapas de ligas de alumínio ou combi-
nação de chapas de liga de alumínio e aço, quando a chapa
externa é de liga de alumínio.
\
FOLGA 1-171. SELEÇÃODO COMPRIMENTO DO REBITE
ESCAREADO
MÁX.: 0,02mm
M~N.:0,01 mm
CEGO
1lOREO62.CIT Veja a Tabela 1-23.

1-172. FUROS PARA REBITES CEGOS


Figura 7 -29.Encaixe de Mameado Sobre Rebaixo
Escareado Veja as Tabelas 1-9 e 1-10.

Nota
1-1 66A. REBITES CEGOS No caso de mameaçio e escareação, as espes-
suras-limites das chapas são as mesmas indica-
Os rebites cegos devem ser empregados quando náo hou- das na Tabela 1-7.
ver acesso para aplicação de rebites convencionais.
Estes rebites devem estar sujeitos somente a cargas de 1-173. PROCEDIMENTOS PARA INSTALAÇÃO DE
cisalharnento e, quando utilizados em aplicações estru- REBITE CEGO
turais, a a b a rebitada deve ser visível para insp$io. Veja instmções apropriadas na figura 1-34.
Deve-se evitar o emprego de revites cegos em juntas onde
é requerida impermeabilidade a fluidos e, exceto os rebi- DE RE-
1-1 73A. PROCEDIMENTO PARA REMOÇÃO
tes CHERRYMAX, em locais sujeitos a vibração. BITE CEGO

1-167. CUIDADOS NA FuRAÇÁo PARA REBITES Veja instnições apropriadas na figura 1-MA.
CEGOS
Os diâmetros dos furos para aplicação de rebites cegos
1-174. PROCEDIMENTO PARA REMOÇÃODE
devem ser rigorosamente observados devido à limitação
REBITE SÓLIDO(figura 1-35)
de expansão a que estes estio sujeitos durante a operação
de rebitagem. Os rebites de cabeça saliente ou embutida devem ser
No caso de serem necessárias mameações para estes rebi- removidos conforme o seguinte procedimento:
tes, fure o material com um furo-guia, execute o embuti- 1. Lime a parte superior da cabeça do rebite (cabeça
rnento (mameação) e fure novamente para acertar o diâ- saliente), de forma a obter uma superficie plana.
metro.
Todos os furos devem ser verificados com calibres "pas- 2. Marque com um punção o centro da superfície
sa, não passa". plana. i'.-
3. Fure através da cabeça do rebite, utilizando uma
1-168. CANCELADO broca de 1/32" menor que o diâmetro do mesmo.
O.T. 1C95A-3 GENERALIDADES

f LSJ
Pega = t Pega = t-A Pega = t Pega = t

Pega = t+B Pega = t Pega = t+B


110REMS.CIT

DIÂMETRO NOMINAL
DO REBITE A B

-
PEGA PEGA PEGA TRAÇO PEGA TRAÇO
"I", @ou mm ( P 4 mm ( P 4 no mm (poU no

Figura 1-29A. SeleGo do Comprimento (pega)

Revisão 24 1-107
GENERAUDADES O.T. 1-A-3

1 BARRA DE
MAMEAÇÃO

BARRA ENCONTRADORA
COMUM A 90°

FURO DE PROFUNDIDADE SU-


FICIENTE PARA ENCAIXE DO

ESCAREAÇÃOA 106O PARA


PROPORCIONAR UM MAMEA-
DO DE 1000 NA CHAPA.

NOTA

FERRAMENTA DE MAMEAÇÃO
A FERRAMENTA MAMEAi INDICADA PERMITE O
I
TRABALHO EM AREAS DE DIFÍC~LACESSO. ONDE NÃO ESCAREADA
SE PODERIAM UTILIZAR FRRAMENTAS DE MAMEACÃO
MAMEAÇÃO
7 -
CONVENCIONAIS.
CONVENCIONAIS. MARTELETE PNEUMATICO
ESTA FERRAMENTA PODE SER USADA, QUANDO NECES-
SÁRIO, PARA MAMEAÇÃO DE QUALQUER MATERIAL
QUE POSSA SER MAMEADO A FRIO.

Figura 1-30. Procedimento para Mameação em Área de DifícilAcesso

DEPRESSÃO A SER PREENCHIDA FURO PREENCHIDO

INSTALE UM REBITE DE CABEÇA


ESCAREADA TRATADO TERMICAMENTE.
ESCOLHA UMA BROCA DO
MESMO DIÂMETRO DO REBITE.
FURE ATRAV~SDO REBITE.

NOTA
ESTE PROCEDIMENTO
É IGUALMENTE APLICÁVEL
PARA PREENCHER DEPRESSÕES
ESCAREADAS.

Figura 1-31. Procedimentos Para Preencher Depressóes Mameadas


1-108 Revisão24
GENERALIDADES

ESPESÇURA M~NIMADE CHAPAS PARA MAMEADOS E ESCAREADOS

REBITES
CONVENCIONAIS PAR4 ESCAREADOS PARA MAMEADOS
OU "CHERRY"

UGAS DE AÇO
NOMINAL NOMERO
IA BROCA

I Caso haja comtata@o de trincas no CDP mameacb, red permitido o mameado a quente (288OC a 371°C)

MAMEADO SOBRE
ESCeREADO

Tabela 1-7. (Folha 1 de 2)

EçPEssuiW M~xlrn
PARA WWlErnos I
MAMEADO COM EQUIPAMENTO MAMEADO COM EQUIPAMENTO
ESTACIONARIO PORTÁTIL

D~~EIRO UGAS DE UGAS DE ALUM~NIO


NOMINAL UGAS DE AÇO
L
Pol

0,040
0,050
0,063
o,on
0,090
0.125

Tabela 1-7. (Folha 2 de 2)

Revisão 24 1-109
GENERALIDADES O.T. 1C95A-3

REMOVA O NUMERO SUFICIENTE


DE REBITES DE CADA LADO DA
TRINCA, DE MODO A PODER INSERIR
UM CALÇO DE PROTEÇÃO SEM
AVARIAR QUALQUER PEÇA.
REMOVA O CALÇO DE
PROTEÇÃO E REFAÇA
A REBITAGEM

Figura 1-32. Furo de Limitação de Rachadura

NAS 1 738
NAS 1 398 NAS 1768

NAS 1 739
CL
NAS 1399 NAS 1 769

ESCAREADA CR3212 CR3242


(MS20426) CR3222 CR3252
CR3522 CR3552 CM
CR3522P CR3552P
CR3852

CR32 1 41CR3224 CM
CR3524lCR3524P

NOTA: CL = CherryLok CM = ChenyMax


Os rebites CM substituem com vantagens os rebites CL. A reciproca NA0 é verdadeira.

Tabela 1-7A.
O.T. 1C95A-3 GENERALIDADES

CABEÇA UNIVERSAL CABEÇA ESCAREAüA (100') CABEÇA ESCAREADA (100q


(Mç20470) (MS20426) {NAS 1097)

I CHERRYMAX I CHERRYLOCK I
DIAMETRO
NOMINAL I

DO REBITE
MS20426 NAS1097 A620426 NAS1097
(pon

NOTA: Use NAS 1097 para aplicação em chapas finas.

Figura 1-33. Rebites Cherry - Estilo

CRITÉRIOS DE ACEITAQO DA COINCID~NCIANA INSTALAÇÁODE UM REBITE T~PICO

0 colar deverá eçtar nivela-


do com a su~erfícieda ca-
beça do rebite. Diferenca
pemissivel para o colar

Figura 1-34. Procedimento para InstalaçSo de Rebite Cego (Folha 7 de 2)


GENERALIDADES O.T. 1C95A-3

CHERRYLOCK
Uma pequena rebarba do colar
causada pelas pressões necessárias
para instalar o colar é aceitável
Se a haste do rebite e o colar estiverem nivelados dentro do limite mostrado.
dentro dos limites descritos, poder-se-á concluir com
segurança que se forma uma cabeça cega satisfatória
.o20 MAX. 7
e o travamento está correto.

LIMITESDE SALIÊNCIA DO COLAR


DENTRO DO ESPECIFICADO NAS NAS1400 E 1740

LIMITES DE SALIÊNCIA DA HASTE


DENTRO DO ESPECIFICADO NAS NAS1400 E 1740

TAM. DO
REBITE
-4 DIA -5 DIA -6 DIA -8 DIA
VERIFIQUE SE, APÓSA INSTALAÇÃO, UMA EVEN-
TUAL SALIÊNCIA DO COLAR SE ENCONTRADEN-
C
\-

TRO DOS LIMITES DAS NAS1400 E 1740.

1 Os rebites CHERRYLOCK têm seu comprimento útil


marcado na cabeça (exceto os rebites 3/32", 1/a" e
5/32" de diâmetro com cabeça estilo NAS 1097)para
possibilitar uma inspeção direta do lado visível para
mostrar que os rebites foram instalados com o com-
primento ijtil correto.

MARCAS DE DIUTAÇÃO
Marcas de dilataçáo superficiais que pos-
sam surgir na luva do rebite não são pre-
judiciais d resistência do rebite e são
aceitáveis. .-.-.'.c.-
,.- -

CABEÇA CEGA BULBIFORME

Figura 1-34. Procedimento para lnstah&o de Rebite Cego (Folha 2 de 2)

1-112 Revisão 24
O.T. 1C45A-3 GENERALIDADES

CHERRYLOCK
O comprimento útil se refere a espessura total máxima da chapa a ser rebitada, e é medidoem
dezesseis avos de polegada. Isso 6 identificado pelo segundo traço número. Todos os rebites
COMPRIMENTO CHERRYLOCK têm seu comprimento útil (pega móixima) marcado na cabeça do rebite e
ÚTIL possuem uma faixa de comprimento útil total de 1116 de uma polegada (exemplo: o rebite com
comprimento útil-4 possui uma faixa de comprimento útil de 0,188 a 0,250 pol).
Veja a tabela a seguir:

COMPRIMENTO
COMPRIMENTO

7-
llOREC42.MCE
Paro achar o traço número do rebite, determine a espessura total do material a
ser rebitado e localize entre as colunas "mínimo" e "móximo" na tabelo de
espessura do material.
Encontre o traço número correspondente na coluna da direita.

Para determinar o rebite de comprimento útil maisadequadoaser usado, meça a


espessura do material com um calibre seletor CHERRY 26x3,conforme mostra-
do abaixo. Considere sempre o número imediatamente acima.

FADU DE ESPESSURA TRAÇO


v/-/?
V / / / ü0 MATERW (pol) NO. DO
REBiiE

VEJA TABELA A 1
VEJA TABELA A 2
DE REBITE A 0,126 3
SER USADO .-4 0,188 4
0,251 5
0,313 6
0,376 7

I 1w
M520426
1
1009
NAS1 097
CABEÇA UNIVERSAL
I
0,438
0,501
0,563
0.626
1o
11
8
9

0,688 12
0,751 13
0,813 14
0,876 15
0,938 16

TABELA A
Nom: Para chapas de mamea-
çõo dupla, acnwsnte o altura
ds mb6ço escarcado do rebite b
cy>wum do mteriol.
} Alhm da wbpo ncmada, em
hilbo, do &ts CHERRYLOÇK
118
5132
0,035
0,047

3/16 0,063

Tabela 1-8 (folha 7 de 2)

Revisão 24 1-113
GENERALIDADES O.T. 1C95A-3

CHERRYMAX
A faixa de comprimento útil de todos os rebites Cherrymax está distribuída em incrementos de
dezesseis ovos de uma polegada, com o bltimo traço número, indicando o comprimento útil
COMPRIMENTO m6ximo em dezesseis avos (Exemplo: um rebite com comprimento útil-4 possui uma faixa de

ÚTIL comprimento útil de 0,188 a 0,250 pol).


Veia a tabela abaixo:

COMPRIMENTO
ÚTIL I I &IMO
COMPRIMENTO

I

Paro encontrar o t r a g número do rebite, determinea espessura total do material


o ser rebitado e localize entre as colunas "m6xirnoMe "mínimo" no tobelo de FAIXA DE ESPESSURA mço
espessura do material. W MATERIAL NO. D o
Encontre o traço número correspondente na coluna do direito. REBITE
M~NIMO

VEJA TABELA A
V ü A TABELA A
O, 126
0,188
0,251
0,313
V ,
/,
TRAÇO - NÚMERO
0,376
DE REBTTE A 0,438
SER USADO .-4 0,501
0,563
0,626
0,688
Paro determinar o rebite de comprimento útil mais adequado a ser usado, meço a
espessura do material com um mlibreseletor CHERRY 269C3, conforme mostra-
( do acima. Considere sempre 0 número imediatamente superior. Nota: Para chapasde mameaçáo dupla, acrescentar a altura
de cabeça escarrado b espessura da material.

I 100"
MS20426
1000
NAS1097
I
CABEÇA UNIVERSAL
I

TABELA A

Tabela 7% (folha 2 de 2)

1-114 Revisão 24
O.T. 1C95A-3 GENERALIDADES

I DIMENSÕES DAS FURAÇOES 1

DIÂMETRO
DO
REBITE
(mm)

I CHERRYLOCK

CHERRYLOCK COM BULBO

118" (3,18) O,1 43 O,1 46


5/32" (3,97) O,176 O,180
3/ 1 6" (4,76) 0,205 0,209

Tabela 1-9
GENERALIDADES O.T. 1C95A-3

CHERRYMAX
I DIMENS~ESDO ESCAREAMENTO (I 00") I

REBITE
I k. ( C
Mx. / C
Min I C
Máx- /

I NÁO REMOVA A BORDA DO FURO NO LADO CEGO DA UNIÃO I


CHERRYLOCK
DIMENSOES DO EXAREAMENTO

100" 100"
CABEÇA MS20426 CABEÇA NAS1097
DIÂMETRO DO
REBITE
C C
pol (mm) Min. Máx Min.
(P4 ( W

Tabela 1-10

1-116 Revisão 24
O.T. 1C95A-3 GENERALIDADES

I BUCHAGUIA

AVA

COLOQUE A BUCHA GUIA FORMANDO


UM ÂNGULO RETO COM A SUPERF~CIE
SOBRE O COLAR TRAVA E BLOQUEIE A POSICIONE A PUNÇÃO E
HASTE ATÉ A PROFUNDIDADE EMPURRE A HASTE
MOSTRADA NA TABELA A. 20 PASSO
l0 PASSO

PROFUNDIDADE s BUCHA GUIA


DO ESCAREAMENTO
VEJATAB. B i

I
ESCAREIE A LUVA ATE A PROFUNDIDADE POSICIONE CUIDADOSAMENTE
MOSTRADA NA TABELA E. A PUNÇÃO E EMPURRE A
3O PASSO LUVA PARA FORA.
RETIRE A PUNÇÃO LEVEMENTE
NOTA: AO USAR A BUCHA GUIA AS- E REMOVA A CABEÇA DO
SEGURE QUE A CONCENTRICI- PRENDEDOR.
DADE COM O DIZMETRO DO
4O PASSO 110RE047.CIT
REBlTE SEJA MANTIDA

PRORINDIDAUE 00
ESC AR^
NOMINAL
DIAMETRO PROFUNDIDADE WYA mE'3
NOMINAL DO FURO (pol) UNMRSAL ESCARUPA

\ 5/32 0.070/0.050 5/32 0.065/0.055 0.067/0.057


3116 0.09010.070 3/16 0.130/0.120 0.075/0.OM
1 I4 0.1 10/0.090 114 O.135/0.125 0.1W0.090
5/16 0.130/0.110 5/16 O.1 3610.126 O.1 3210.122
318 O. 150/0.
110 3/8 0.2CWO. 1PO 0.160/0.150

TABELA A

Figura 1-34A. Remoção de Rebites Cegos


GENERAUDADES O.T. 1C95A-3

1-174B. REBITES CEGOS CHERRY-PULL


Os rebites cegos Cherry-Pull de cabeça escareada usa-
dos em furação de porcas-flanges são fabricados em
dois tipos de cabeça: MS20426 (CCR264) e NAS1097
(CCR244). Para espessura de chapas de até 0,039", uti-
Faça a furação perpendicularmente à lize rebite tipo CCR244. Os rebites CCR274 são do
superficie, de forma a não danificar o furo tipo cabeça universal.
do rebite. Os rebites Cheny-Pull são fabricados em aço
I (CCRXXXSS) e em aço inox (CCRXXXCS). Utilize
4. Introduza um punção no furo anteriormente prepa- rebites tipo CCRXXXCS somente onde houver requisi-
rado e procure romper a cabeça enfraquecida do rebite, tos de material não magnético e/ou onde a temperatura
deslocando lateralmente o punção. Pode-se também de trabalho exceder 200°C e/ou onde houver contacto
utilizar uma talhadeira, porém deve-se tomar o máximo entre aço inox e titânío.
cuidado para evitar avarias na superfície da junta rebi-
tada.
5. Retire a parte restante, utilizando punção e martelo.
1-175. PRENDEDORES (PINOS) "HI-LOK
I

I
Os prendedores "Hi-Lok" são utilizados em aplicações
1-174A. FIXAÇÃODE PORCASFLANGES estruturais de juntas submetidas a altas cargas de cisa-
Ihamento. São convenientes, também, em uniões onde
Os tipos de rebites utilizados para fixação de porcas- se requer estanqueidade.
fianges são: rebites cegos tipo "Chobert", rebites soli- Estes prendedores são constituídos basicamente de
dos MS20426AD e rebites cegos Cherry-Pull. duas partes: um pino com alta resistência a cisalha-
Em procedimentos de reparos use, preferencialmente, mento e um colas, ambos rosqueados.
rebites Cherry-hll. A tabela 1-10A apresenta, de uma Na montagem, ao atingir-se o torque necessário de
forma geral, os rebites originais usados para fixação de aperto, parte do colar se destaca e outra fica retida no
porcas-flanges e seus respectivos rebites opcionais. &o (veja a figura 1-36). I
REBITE ORIGINAL REBITE OPCIONAL
Chobert

Chobert

Cherry-Pull
Cherry-Pull A
~ ~ 2 0 4 2 6 ~ ~ A

MS20426AD

~herry-~ull h
A Use preferencialmente.

L!& Use se houver possibilidade de uso do encontrador

Tabela I -10A
1-118 Revisão24
O.T.lC95R3 GENERALIDADES

Os pinos são fabricados com tolerância justa e roscas terminologia do exemplo abaixo:
UNJC (grossas) e U N E (finas), segundo MIL-S-8879. HL1870-8-12
HL1870 - número de identificação do con-
i-176. TIPOS DE PRENDEDORES "Hf-LOK"
junto pino/colar.
Os prendedores "Hi-Lok" utilizados no "Bandeirante" KL - designação para elemento de fixação do
estão relacionados nas Tabelas 1-11 e 1-12. tipo "Hi-Lok".
18 -número de identificação do pino.
Nota 70 - número de identificação do colar.
-8 -d i h e t r o do pino em 1/32".
A designação do prendedor LcHi-Lok"
obedece a -12 - comprimento útil do pino em 1/16".

TIPO DE
CABEÇA
MATERIAL ACABAMENTO
I RESISTENCIA M~NIMA
AO CISALHAMENTO I RECOMENDADOS

I 1 KSI I Kglmm2

SALIENTE LIGA DE AÇO


(MlL-S-5000)
I CADMIADO / 95 1 66,s 1 HL70, HL79, HL82,
HL94, HL97, HL175

SALIENTE

Tabela 1-1 1

COLARES YATERiAL ACABAMENTO RECOMEDADOS


PARA PINOS
LIGA ALUM~NIO
HL70 2024 - T6 ANODIZADO HLI 8PB
(QQ-A-225/6)

HL77 LIGA ALUM~NIO ANODIZADO


2024 HL22

LIGA ALUMíNl0
(QQ-A-2251612024-T6 ANODIZADO
HL82 (~olár)
HLI8PB
INOX 17-4PH
(AMS5643) CADMIADO
H1025 (Arruela)

Tabela 1-12

I
1-177. SELEÇÃO DO MATERIAL 1-178. SELEÇÃO DO COMPRIMENTO DO PINO "HI-
I
LOK"
Veja o parágrafo 1-166.
Veja a Tabela 1- 13.
Revisão 24 1-119
GENERALIDADES O.T. 1C95A-3

.I PUNÇÃO PARA
O CENTRO DO

PUNÇÃO PARA
RETIRAR CABE-

TALHADEIRA PARA RETIRAR


CABEÇA SALIENTE

TALHAOEIRA PARA RETIRAR REBITE


CABEÇA ESCAREADA
\

Figura 1-35. Remoção de Rebites S6lidos

1-120 Revisão 24
GENERAUDADES

COLAR

i
ANTES DA MONTAGEM

DURANTE A MONTAGEM

PARTE DO COMR DESTACADA


I POR CISALHAMENTO

w PARTE DO COLAR RETIDA NO PINO

DEPOIS DA MONTAGEM

Figura 1-36. Instalação de Prendedor "Hi-Lok"

Revisão 24 1-121
GENERALIDADES O.T. 1C95A-3

1-179. COLAR "HI-LOWHI-LITE"

Veja a figura 1-37. 1. Os furos para a aplicação dos prendedores "Hi-


Lok" devem ser preparados conforme a Tabela 1- 15.
1-180. INSTALAÇÁO DE PRENDEDORES "HI-LOK
2. O pino "Hi-Lok" tem um raio de concordância
(figura 1-36) entre sua cabeça e seu corpo.
Os prendedores "HI-LOP podem ser instalados com Após a furação, faça o arredondamento na borda do
ferramentas manuais ou automáticas: furo, para permitir que a cabeça do pino assente corre-
tamente. Para determinar o raio de concordancia,veja a
a. Instale o prendedor de forma que a cabeça fique
Tabela 1-14, aplicável a pinos "Hi-Lok" de cabeça sali-
encostada na superfície.
ente.
b. Dê o aperto inicial ao colar manualmente.
c. Evite que o pino gire, colocando uma chave Allen 1-182. INSPEÇÃO APOS A INSTALAÇÃO (figura
no sextavado intemo existente na sua extremidade e 1-3 9)
aplique o torque de aperto no colar, utilizando uma
chave de boca ou de catraca, até que a parte superior Verifique o comprimento da parte externa do pino com
do mesmo seja rompida por cisalhamento. o colar instalado (dimensões P1 e P2), segundo a
Tabela 1-16.
A espessura da junta pode variar de 1/16 pol sem que
Nota
haja, por este motivo, necessidade de substituir o pino.
Quando o prendedor for instalado sob interfe- O rebaixo interno existente na face de encosto do colar
rência, toma-se desnecessária a utilização da permite ajustar a fixação, devido a variações de espes-
chave Allen para firmar o pino. sura da junta. Veja a Tabela 1-13.

ESPESSURA TOTAL DA JUNTA


TwçO ' O MIMMA (EXCL.) MAXIMA (INCL.) MÁXIMA (INCL.)
(PEGA)
ll-lm (~01) mm (~01)
-1 139 (0,062)
-2 1,59 (0,062) 3,18 (0,125)
-3 3,18 (0,125) 4.76 (O,187)
-4 4,76 (0,187) 6,35 (0,250)

Tabela 1-13

1-122 Revisão24
O.T. 1C95A-3 GENERAUDADES

PRIMEIRO DIÂMETRO RAIO (I) RAIO (2)


TRAÇO NOMINAL ~ 0 (mm)
1 Pol (mm)
NUMERO (~01)
-5 5/32

NOTA
1. RAIO DE ARREDONDAMENTO DA BORDA DO FURO.
2. RAIO DE CONCORDANCIA ENTRE A CABEÇA E O CORPO DO PINO "HI-LOK.

Tabela 7-14

1-183. REMOÇÃO DE PRENDEDORES "HI-LOK do pino com martelete plástico -veja a figura 1-41).
1. Prendedores "Hi-Lok", instalados sem interferência 3. Nos casos de instalação w m alta interferência
podem ser facilmente removidos, utilizando-se ferra- (exemplo: mesas das longarinas da asa e da seção cen-
mentas manuais comuns de uma ~naneirasimilar a tral da asa na fuselagem) utilize o procedimento indi-
empregada na remoção da porca de um parafuso. Use cado nas Notas 1 a 3 da figura 2-17 da Seção 11.
uma chave Allen hexagonal para evitar a rotação do pino
e um alicate para remover o colar [veja a figura 1-40). 1-184. SOLDA A PONTO (MIL-W-6858) (fim1-
2. No caso de prendedores instalados com interferên- -42)
cia, os colares de aluminio podem ser removidos com a Não é recomendável a utilização de solda a ponto em
ferramenta especial "HLCI - Hi-Lok Colar Remova1 serviços de reparos. dadas as limitações de emprego
Tool",adaptada num soquete quadrado de 3/8 poí, aci- estrutural, e a necessidade de equipamento especial. As
onado por um motor. Mantenha a ferramenta firme- informações desta Seção limitam-se aos procedimentos
mente apoiada sobre o colar e acione o motor até que os de remoção e reparos de pontos de solda avariados
dentes da mesma, cravando-se no material do colar, (veja a figura 1-43).
possam desaloja-lo do pino. Os pinos não danificados
na remoção podem ser reutilizados (caso de remoção

NOTk N- tdO.A4= AUTO AUN&VEL

figura 1-37. Colar "Hi-IoWHi-Lite"


GENERAUDADES O.T.1C95A-3

o / CHAVE DE CATW\CA OU EQUIVALENTE

HEXAGONAL

Figura 1-38. Instalação de Rebite 'H-Lok"com Equípamento Manual llORE051.MCE L.

1-185. TRATAMENTO TÉRMICO DE LIGAS em ligas que foram endurecidas somente por traba-
DE ALUM~NIO lho a frio.
Este tratamento produz apenas um amolecimento
Todas as peças de ligas de alumínio utilizadas na estru- parcial em ligas que foram endurecidas por trata-
tura da aeronave foram tratadas termicamente. mento térmico precedente. É recomendado para ali-
As peças de reparo, também, devem receber tratamento viar tensões nas ligas conformadas na Condição "O"
adequado e, Iogo após o resfriamento, deve ser com- e não na Condição "T".
gida qualquer distorção que apareça em conseqüência Deve-se evitar, sempre, mais de um tratamento deste
do tratamento. tipo em uma mesma peça.
A rebitagem de peças de reparo somente deve ser efet a& Para as ligas 1100,2014,2024,5052 e 6061:
após a execqão do tratamento de cada um dos elemen- - Aquecimento da peça no fomo de recozimento a
tos, a fim de evitar distorção e problemas de corrosão. temperatura de 345°C I14°C.
- Manutenção da peça nesta temperatura por um
1-186. PROCESSO DE TRATAMENTO TÉRMICODE
tempo entre 30 e 60 minutos.
LIGAS DE ALUM~NIO
- Resfiarnento ao ar ou no forno para a
Há três processos básicos de tratamento para ligas de temperatura-ambiente. 6
alumínio: -7-u -.<
- (\ ,

1. Recozimento Nota
Há dois tipos de recozimento, ambos com a finalidade Para material de espessura superior a f 2,7 rnm
de amolecer o material: (1/2 in), o tempo de permanência no forno ( 'I
L- -
a. O primeiro tipo é o recozirnento para alívio de deve ser acrescido de 30 minutos por polegada
tensões, o qual produz o maximo de amolecimento de espessura.
1-124 Revisão 24
O.T. 1C95A-3 GENERAUDADES

b. O segundo tipo de recowniento é o pleno, que pro- 190°C i3°C para a liga 2024 e 177°C I3°C para a liga
duz o máximo de andecimento nas ligas que foram 6061, após um tratamento de solubilização.
endurecidas por tratamento térmico precedente ou por O envelhecimento artificial e empregado para obter a
trabalho mecânico. máxima dureza e resistência mecânica do material.
Para as ligas 2014,2024 e 6061 : A condição fisica referente a este processo é designada
- Aquecimento da peça no fomo a temperatura de por T6, T61, T611, T8 1 e T86 (exemplo: 6061-T6).
412°C rt 14°C.
- Manutenção da peça nesta temperatura por 2 1-187. CUIDADOS NA EXECUÇÃO DO RESFRIA-
horas. MENTO
- Resfiiamento da peça no forno até a-temperatura O resfiiarnento deve ser feito em tanques com ade-
de 260°C com uma velocidade de resfiiamento quada renovação da água, para evitar a concentração de
máxima de 27"Chora. sais dissolvidos e a elevação da temperatura.
- Resfiiamento da peça ao ar, de 260°C a tempera- O material deve ser retirado do fomo e colocado imedi-
tura-ambiente. atamente na solução de resfnamento. Uma demora de
2. Solubilização 10 a 15 segundos na transferência da liga 2017 do fomo
para a solução de resfriarnento pode resultar numa con-
Este processo consiste em aquecer o material em forno siderável redução da resistência a corrosão.
durante determinado tempo, seguido de resfiiamento Em geral, é preferível o resfiiamento brusco, em água
brusco. A condição fisica imediatamento após o resf-ri- fiia, embora, nos casos de material forjado de seção
amento é designada pela letra " W . A finalidade da espessa, seja indicada a utilização de resfiiamentos len-
solubilizaçãoé preparar o material para ser envelhecido tos em água quente ou ar, para diminuir as tensões.
posteriormente. Após a solubilização, inicia-se um pro-
cesso de endurecimento a temperatura-ambiente,
conhecido como envelhecimento natural. Para o caso 1-188. REAQUECIMENTO ACIMA DO PONTO DE
da liga 2024, a Condição "W" é mantida por 30 minu- EBULIÇÃO DA AGUA
tos após o resfiiamento. E nesta fase que as operações
As ligas 2017 e 2024, já tratadas termicamente, não
mscanicas (dobragem, estiramento etc) podem ser
facilmente executadas. devem ser reaquecidas acima do ponto de ebulição da
água, tendo em vista que este procedimento tende a
A temperatura de aquecimento para a solubilização é
prejudicar o tratamento termico original. Sempre que
de 493°C 5°C para a liga 2024 e de 516OC i 5OC
isto seja necessário, é recomendável submeter a peça a
para a liga 606 1.
O processo de enveihecimento natural pode ser retar- novo tratamento.
dado, mantendo-se o material em temperatura abaixo
de zero.
A condição fisica referente a este tratamento, após o 1-189. MOLDAGEM DE CHAPAS METÁLICAS
término do tempo de envelhecimento natural, e desig-
nada por T3, T36, T4 e T42 (exemplo: 2024T4).
As pqas de reparo executadaspor dobragem de chapas
3. Envelhecimento Artificial
Este tratamento consiste em aquecer o material em
metáiicas classificam-se em dois grupos principais,
quanto i localização das mesmas em relação a peça avari-
I
forno por tempo considerivel, a urna temperatura de ada. O primeiro grupo compreendeas peças que se encai-

REBAIXO INTERNO NA ESPESSURA


ESPESSURA
FACE DE ENCOSTO DO
COLAR

Figura 1-39. VerificaçãoApós Instalacão do rebite 'Hi-Lok


Revisão 24 1-125
GENERAUDADES O.T. 1C95A-3

CLASSE- DIMENSÕES LIMiTES DE "D"


DIÂMETRO LIMITES DIME-
NOMINAL SIONAIS DO DIA- I 1 111 IV V
DO PINO METRO DOS IW'JOS AJUSTE COM AJUSTE COM AJUSTE AJUSTE COM AJUSTE COM
FOLGA FOLGA INCERTO INTERFERENCIA INTERFERENCIA

mm I rnm I mm I mm I mm I mm

1 RUGOSIDADE (Ra)
M~IXIMA

Tabela 7-15

1-126 Revisão 24
O.T. 1C95A-3 GENERAUDADES

xam internamente na peça avariada. DOBRAMENTO DA DOBRAMENTODA


O segundo gmpo compreende as peças que se encai- PECA AVARIADA PEÇA DE REPARO
xam externamente na peça avariada.
Uma aplicação tipica de arnbas as peças de reparo é
indicada na figura 1-44, a qual ilustra uma seção trans-
versal em forma de "C",combinando reparos de ambos
os m o s . O reparo interno e designado pelo número 1 I A = após tratamento térmico final I
e o reparo externo pelo nirmero 2. B = antes do tratamento térmico final
O quadro a seguir fornece orientação de caráter gené-
C = verificar raios mínimos de dobramento
rico quanto ao dobramento e ao tratamento térmico das
peças de reparo 1 e 2, considerando as situações nor- Nota
malmente esperadas.
As figuras 1-44 e 1-45 mostram os pontos principais a Sempre que possível, as peças de reparo 1 e 2
serem observados em reparos tipos 1 e 2. devem ter tratamento térmico (fia1)igual ao da
peça avariada.

Figura 1-#O.Remoção Manual do Prendedor 'H-Lok"


SOQUETE QUADRADO
DE 3/8 pol ACIONAW
POR MOTOR

Figura 1-41. Remoção de Prendedores "Hi-Lok"Utilizando Ferramenta Especial


Revisão 24 1-127
GENERALIDADES O.T. 1C95A-3

Figura 1-42. Solda a Ponto

I PRENDEDOR "Hl-LOK' / COMPRIMENTO


M~NIMO
COMPRIMENTO
MAXIMO
PRIMEIRO DIÂMETRO DA PARTE DA PARTE
TRAÇO NOMINAL EXTERNA - P2 EXTERNA P1 -
NUMERO (~01) (~01) (POU

Tabela I - 16

1-190. MARCAÇÕES DE FUROS EM CHAPAS DE RE- 1-i


91. TRAÇAGEM DE CHAPAS PARA RE-
PAROS PAROS POR INSERÇÃO (figura 1-47)
A figura 1-46 mostra dois métodos de marcação de
furos em chapas de reparo, tomando-se por referência a 1-192. TRAÇAGEIIR DE CHAPAS UTILIZANDO R I S
furâção da esbutura original: CADOR
I
MÉTODO 1 :utilizando ferramenta-guia O riscador indicado na figura 1-47 pode ser construido 1,
&TODO 2 : utilizando régua e caneta em aço ou qualquer outro material que permita a con-
fecção de uma ponta riscadora.
Nota Esta ferramenta e adequada para traçagem de quaisquer
contornos de linhas de corte.
Durante o posicionamento dos h s , mantenha A ponta da chapa inferior deve ser dobrada com o n i n h o .-
a chapa de reparo completamente imCivel. raio de curvatura permissível. A face interna desta chapa

1-128 Revisão 24
O.T. 1-A3 GENERALIDADES

PONTO DE SOLDA-

PUNCIONE NO CENTRO
DO PONTO DE SOLDA,
ANTES DE FURAR

OM UMA BROCA DE DIÂMETRO

DO NA FOLHA 4 DE 4
PARA C I S M A R O RESTANTE D0,PONTO
DE SOLDA QUE PERMANECE APOS A FURAÇÃO.

c
PONTO DE SOLDA
CISALHADO 7
PARALELO
MANTENHA
F~IE AOSUPER-
DA PECA CINZEL
B

PONTO DE SOLDA CISALHADO

Figura 1-43. Remoção e Reparo de Pontos de Solda (Folha I de 4)

Revisão 24 1-128A
GENERALIDADES O.T. 1C95A-3

PEÇA A

PUNCIONE O CENTRO
PEÇA B
00 PONTO D
SOLDA

DE SOLDA,

FRESA GUIADA
\

NA PECA A.

ASOLDAENTREASPECASAEB
FOI ELIMINADA

Figura 1-43. Remoção e Reparo de Pontos de Solda (Folha 2 de 4)

1-1288 Revisão 24
O.T. 1C95A-3 GENERALIDADES

r 'OLDA

PEÇA B

ARRUELAS DE REPARO COhd


BORDAS ARREDONDADAS OU CHANFRADAS
PRENDEDOR

El DIAMETRO DA INSERÇÃO = DIAMETRO DO REBAIXO (NOMINAL)

NOTA
MATERIAL, ESPESSURAE TRATAMENTO TERMICO
IGUAIS AO DA PEÇA A.
12]MATERIAL E TRATAMENTO TÉRMICO IGUAIS AO DA PECA A
t = 1,5B (t = ESPESSURA, B = ALTURA DA
CABEÇA DO PRENDEDOR)

PONTOS DE SOLDA AVARIADOS

PONTO DE SOLDA

/ MANTENHA A JUNNRESSIONADA
FACA A FURAÇÃO (E A ESCAREAÇÃO) DURANTE A EXECUCAO
ATRAVES DO CENTRO DO PONTO DE DO REPARO
SOLDA AVARIADO PARA A APLICAÇÃO
DE PRENDEDOR.

Figura 1-43. Remoçáo e Reparo de Pontos de Solda (Folha 3 de 41

Revisão 24 1-128C
GENERA UDADES O.T. 1C95A-3

PONTO DE SOLDA
PEÇA A
DIÂMETRO DO
REBAIXO
A \ ~ ~
,
' 1 I

DIAMETRO DO FURO
PEÇA B
DEPRESSÁO DA SOLDA

CINZEL PAW CISALHAR


-
PONTOS DE SOLDA, FABRI
CADO EM AÇO PARA FER-
RAMENTA.
\ r mm

BORDAS DE CORTE ENDURECIDAS


E AGUÇADAS PARA FACIUTAR O
CISALHAMENTO DOS PONTOS DE
SOLDA.

.I25 .34 318

Dimensões em polegadas

Figura 1-43. Remoção e Reparo de Pontos de Solda {Folha 4 de 4)

1-128D Revisão 24
O.T. IC95A-3 GENERAUDADES

C=R + t (R= RAIO DE DOBRAMENTO DA


PECA AVARIADA JUNTO A PECA

AVARIADA
i,,,
(ESPESSUW = t)
/

Ll FOLGA ADMISSIVEL

Figura 1-44. Tipos de Curvatura em Chapas de Reforço

deve ser cuidadosamente polida na região da curvatura, menor que o especificado pelas tabelas. Entretanto,
para pemitir que a ferramenta deslize suavemente ao sempre que possível, use raios maiores que os indica-
longo do contorno que está sendo traçado. dos na tabela.
A ponta nscadora da chapa superior deve ser ajustada Na Tabela 1-17, os valores indicados na coluna para
para proporcionar uma folga de aproximadamente 1,O raio de dobragem de 90° são váíidos para todos os
mm entre a chapa da eshutura original e a do reparo a ângulos entre zero e 90°.
ser inserido. Os valores indicados na coluna para raio de dobragem
A chapa de reparo, com dimensões superiores ao con- de 180' são vlidos para todos os ângulos ccanpreendi-
tomo que se pretende traçar, deve ser firmemente apoi- dos entre 90 e 180".
ada sobre o mesmo durante a -agem.

1-193. TRAÇAGEM DE CHAPAS WIUZANDO IAPIS 1-195. REBITES UTILIZADOS NO "BANDEI-


E FITA ADESIVA RANTE"
Este método é adequado para aberturas retangulares.
Antes de iniciar o processo de traqagem, faça uma sua- Veja a Tabela 1-19.
vização completa das bordas da abertura cam lima ou
lixa.
Aplique fita adesiva ao longo de todo o contorno. 1-196. CHAPAS, PLACAS, BARRAS E TU-
Posicione a chapa de reparo sobre a abertura e aplique BOS METÁUCOS
novamente fita adesiva cuidadosamente alinhada sobre
a primeira, ao longo de todo o contorno. Usando um Veja a Tabela 1-20.
lápis, marque a linha de corte sobre a chapa de reparo, Os códigos de tratamentos térmicos utilizados na
tomando c m o referência a borda interna da segunda Tabela têm o seguinte significado:
fita.
A folga recamendada entre a estrutura origuial e a O - Recozido
chapa de reparo é de 1,Omm. T-3 - Solubilizadoe W a d o a frío
T-42 - Solubilizadopelo utilizador
1-194. RAIQS M~NIMOSDE DOBRAGEM DE T-6 - Solubilizado e envelhecido artifícialmente
CHAPASMETÁLICAS
T-351 - Solubilizado e larninado a frio, com alívio de
tensões por esti- mnento @lacase barras)
Veja as Tabelas 1-17para aços e 1-18 para ligas de alu-
mínio. T-35 10 - Solubilizado e laminado a fio, com alívio
Estas tabelas especificam os raios niúwios para dobra- de tensões por estiramento (extrudados)
gem de chapas de aço e de ligas de aluminio em h ç ã o T-3511 - Solubilízado e laminado a fno, com alívio
da espessura, características e condiç6es do material. de tensões por estiramento e com o menor
Não utilize, em hipótese alguma, um raio de dobragem

Revisão 24 1-128E
GENERALIDADES

endireitamento permitido (extmdados). peças, o material e a espessura.


As informações necessárias para execução dos reparos
estão indicadas nas próprias figuras de reparos. Alguns
Nota casos de reparos apresentam estas informações na
H-14 n8o significa tratamento térmico e sim forma de Tabelas.
endurecimento a frio.
1-198. SUBSTITUIÇÃO DE ELEMENTOS AVA-
RIADOS
1-197. PROCEDIMENTO PARA UTILIZAÇÃO As peças relacionadas a seguir devem ser preferencial-
DAS FIGURAS DE REPARO mente substituídas:
1. Peças usinadas, ferragens, suportes de roldanas e de
I As peças e componentes fixos dos conjuntos estruturais
do "Bandeirante" estão indicados por meio de n h e r o s guinhóis de comando etc, a menos que seu reparo seja
de chamada, nas figuras-índice existentes nas Seções 11, autorizado pela EMBRAER.

I m,IV,V e VI deste Manual. Cada figura-índice tem


uma legenda que relaciona os elementos estruturais com
os respectivos números de chamada. Nesta legenda estão
2. Peças de pequenas dimensões, para as q u i s o reparo
por substituição é economicamente mais vantajoso.
Entretanto, a critério do utilizador, estas peças poderão
indicados, ainda, o número do desenho de fabricação das ser reparadas, segundo as figuras de reparos aplicáveis.

PEÇA DE REPARO. PEÇA DE REPARO DE LIGA


PECA LIGA DE ALUM~NIO DE ALUM~NIO. NA CONDIÇÃO
AVARIADA /TRATADATERMICAMENTE PEÇA AVARIADA RECOZIDA E TRATADA TERMI-
CAMENTE APÓS A MOLDAGEM.

RAIO DE DOBRAGEM
RAiO DE DOBRAGEM MUITO SATISFAT~RIO.
GRANDE REBITES ASSENTADOS REBITES ASSENTAM NAS
SOBRE A CURVATURA DA CHAPA.

--
ERRADO
w
/
FOLGA RECOMENDADA DET. A
0.5 mm (MINIMA)

Figura 1-45 Efeito do Raio de dobragem das Peças de Reparo

1-128F Revisão 24
O.T. 1C95A-3 GENERAUDADES

-.

MARCAÇÃO DE FUROS EM CHAPAS DE


A T 1,3
~ MM DE ESPESSUR4.

INTRODUZA A CHA-
GUIA DE FURAÇÃO PA DE REPARO DEN-
TRO DA FERRAMEN-
SOLDA TA-GUIA
E

ESTRUTURA -/
ORIGINAL
FERRAMENTA-GUIA NO
FURO DA PECA ORIGI-
NAL E PUNCIONE A
CHAPA DE REPARO.
OPÇÃO 2.1. TRACE UMA LINHA PELO CENTRO DO FURO
E MARQUE UMA DISTANCIA QUALQUER
SOBRE A MESMA.

COM A CHAPA DE REPARO POSICIONADA,


ALINHE UMA RÉGUACOM A PARTE

DA RETA SOBRE A CHAPA DE REPARO.


MARQUE A DISACIA ESCOLHIDA,
PUNCIONE O CENTRO DO FURO E
O FACA A FURAÇÃO.
O
O
CJ \
\
c-,
O
' '/
-e
-
. \
O -900 :-, \\ \
í
:
.
O
O
c; '
OPÇÃO 2.2.
TRACE DUAS LINHAS QUAISQUER QUE SE INTERCEPTEM NO CENTRO DO FURO.
COLOQUE A CHAPA DE REPARO, ALINHE CUIDADOSAMENTE A RÉGUACOM AS
PARTES DESCOBERTÃS'DA~RE'TAS TRAÇADAS ANTERIORMENTE. CONTINUE O
TRAÇADO SOBRE A CHAPA DE REPARO. F A ~ AUMA MARCA DE PUNCÃO NO
PONTO DE INTERSECÇÃOE FACA A FURACAO.

Figura 1-46. Marcação de Furos em chapas de Rapam

Revisão 24 1-12üG
PROLONGAMENTO
PEÇA DE REPARO

PEÇA DE REPARO

CORTE

DOS LADOS i- PROLONGUE OS LADOS DO CORTE UTILIZANDO CANFTA E REGUA.


2- POSICIONE A PEÇA DE REPARO SOBRE O CORTE
3- UNA OS PROLONGAMENTOS FEITOS NO PASSO 1 SOBRE A PEÇA DE REPARO
4- AJUSTE A PEÇA DE REPARO (FOLGA = 1.0 mm)

RISCADOR DE CHAPAS

DE SERRA DE FITA

NOTA
CORTE A SUPERF~CIEAVARIADA.
PREPARE UMA CHAPA DE REPARO
COM DIMENSÕES SUPERIORES AS
DA ABERTURA. COLOQUE A CHAPA
DE REPARO SOBRE A ABERTURA E ABERTURA NO
APLIQUE O RISCADOR. MANTENHA .REVESTIMENTO
A CHAPA FIRMEMENE APOIADA
SOBRE AABERTURA E FACA O RIS- RISCADOR
CADOR DESLIZAR EM VOLTA
DO CONTORNO.
1lORE060.CIT

1 Figura 1-47. Traçagem de Chapas de Rapam por Inserção

1-128H Revisão 24
O.T. 1C95A-3 GENERALIDADES

ESPESSURA (E) RAIOS M~NIMOS(mm) PARA CHAPAS DE AÇO

INOIUDAVEL
4130,4340 e 8630
RECOZIDO
CLASSE 321 e 302 NORMALIZADO

Tabela 1-17

Revisão 24 1-1281
GENERALIDADES O.T. 1C95A-3

ESPESSURA (E) RAIOS MINW~OS (rnm) PARA CHAPA DE LIGA DE ALUM~NIO

CLAD CLAD
2024-0 7075T6

Tabela 1-78

1-1285 Revisão24
O.T. 1C95A-3 GENERALIDADES

UNIVERSAL UBEÇA
(SAUENTE) ESCAMADA
MATERIAL OBS
NOMENCLATURA NOMENCLATURA
(NUMERO DA PECA) (NÚMERO DA PEÇA)

I REBITESDE LIGA DE ALUM~NIO


---- - -- -
I
MS20470AD MS20426AD LIGA DE ALUMINIO 21 17
MS204700D h4S20426DD LIGA DE ALUMINIO 2024
NAS1097AD LIGA DE ALUMINIO 21 17
- -

REBITES CEGOS DE LIGA DE ALUM~NIO

LUVA: LIGA AL 21 17
PINO: LIGA AL 2017

LUVA: LIGA AL 5056


HASTE: CRES 8740
ANEL DE TRAVA: CRES A286

LUVA: MONEL
HASTE: 15-7HP

r
ANEL DE TRAVA: CRES A286
- - - --

LUVA LIGA AL 5056


HASTE CRES 15-7PH
ANEL DE TRAVA: CRES A286

LUVA: MONEL
HASTE: CRES 1S7PH
I?\ I
ANEL DE TRAVA: CRES A286

CR21ó3 (NAS 1398D) LUVA: LIGA AL 2017


CR2162
NAS 1768D HASTE: AL 7075
(NAS 1399D)
ANEL DE TRAVA; AL 5056

LWA: LIGA A1 5056


CR2 164 HASTE: AL 7075
ANEL DE TRAVA: AL 5056
-
(6)
LUVA: MONEL
CR2564 HASTE: MONEL
ANEL DE TRAVA: MONEL

REBITES "HI-LOK" DE LIGA DE ALUM~NIO


H422 (PINO) - PINO: LIGA DE ALUMINIO
7075-T6
HLi7 (COLAR) - COLAR: LIGA DE ALUMINIO
2024-16
REBITES "HI-LOK" DE LIGA DE AÇO

r
- -

HLI 8PB (PINO) I HL51 (PINO) I PINO; LIGA DE Ato I 1


HL83 (COLAR)

REBITES DE LIGA DE A G O

AN123167 à 123250 ANI 23469 b 123584 AÇO INOXIDAVEL


MS206 13-P MS20427-3C AÇO CARBONO
MS204274C AÇO CARBONO

NOTA: (I) NÁO UTILIZAR EM REPAROS


(2) REBITES C H E W W
(3) REBITES C H E R R W CABEÇA TIPO NAS 1097
(4) REBITES CHERRYLOCK
(5) REBITES SOBREMEDIDA
(6) REBITES CHERRYLOCK TIPO NAS 1097

Tabela 1- 19

Revisão 19 1-129
GENERALIDADES O.T. 1C95A-3

SAE 41 30
2
AISI 304 (INOX)
m SAE 4340

SAE 41 30 M I L-T-67368

vi AISI 321 (INOX) M I L-T8808A


IP
AISI 304 (INOX) M'IL-T-6845C

Tabela 1-20. (Folha 7 de 2)

I
2 I
CLAD 2024-0

CLAD 2 0 2 4 T 3
W

3 CLAD 2024-T42 DE T3
3%
5 6061-T6

Tabela 1-20 (Folha 2 de 2)

1-130 Revisão 14
O.T. lC95A-3 GENERALIDADES

1-199 REMOÇÃO E INSTALAÇÃO DE


BUCHAS

Nota
Para evitar danos 8 ferragem, assegure-se
Apesar dos procedimentos a seguir se referirem que o olhal da ferragem equipada com a
a remoção e instalação de buchas em ferragens bucha esta adequadamente apoiada durante
bipartidas, este procedimento é aplicável a qual- o processo de remoção da bucha.
quer tipo de ferragem.
a. Proteja o furo do olha1 da ferragem e aplique uma
1. Remoção da bucha. camada de base epóxi na femgem para a proteger
contra corrosão.
b. Deslize a bana de aço por entre os olhais da femgem
e a apóie nos blocos de suporte conforme indicado na
figura 1-48.
c. Meça a profundidade do furo e o comprimento da
Para evitar danos 8 ferragem, assegure-se bucha. Ajuste o comprimento da bucha para que não
que o olhd da ferragem equipada com a ultrapasse a profundidade do furo.
bucha está adequadamente apoiada durante
o processo de remoção da bucha. d. SeIecione a guia de inserção adequada para o traba-
lho.
Nota
a. Coloque a ferragem na mesa da prensa devidamente
apoiada nos blocos de suporte. O diâmetro externo menor do extrator deve se
b. Escolha o extrator de tamanho adequado ao diâmetro ajustar ao diâmetro interno da bucha, conforme
da bucha a ser removida. mostrado na figura 1-48.

Nota e. Aplique uma camada de selante P/S 870-C-I2 MIL-


PRF-81733 Tipo N-12) no furo do olhal e na super-
O diâmetro total do extrator deve ser Iigeira- ficie externa da bucha.
mente menor que o diâmetro externo da bucha
para permitir sua passagem pelo furo do o l h a f. Posicione adequadamente a bucha no furo do olhal,
enquanto que o diâmetro externo menor do juntamente com a guia de inserção.
exmtor deve se ajustar ao diâmetro interno da g. Alínhe o conjunto com o êmbolo da prensa, e lenta-
bucha, conforme mostrado na figura 1-48. mente acione o êmbolo para baixo em direção a guia
de inserção.
c. Posicione o exúator selecionado entre os olhais da h. Enquanto a bucha está sendo instalada, certifique-se
ferragem e o alinhe com a bucha a ser removida que a bucha não fique enjambrada. Suspenda a ope-
d. Alinhe o conjunto com o èmbolo da prensa, e lenta- ração ao primeiro sinal de anormalidade, e corrija o
mente acione o êmbolo para baixo através da bucha problema antes de continuar a operação-Certifique-se
superior, em direção ao extntor. que a bucha esteja totalmente instalada.
i. Remova todo o excesso de selante resultante do pro-
e. Enquanto a bucha esta sendo removida, certifique-se
cesso de instalação. Certifique-se toda a interface
que a bucha não fique enjambrada. Suspenda a ope-
entre a bucha e o olha1 da ferragem esteja protegida
ração ao primeiro sinal de anormalidade, e corrija o
com selante.
problema antes de continuar a opemção.
j. Vire o conjunto e repita os passos 2.c a 2.i para insta-
f. Vire o conjunto e repita os passos I .c a 1.e, e remova lar a outra bucha.
a outra bucha.
1. Aplique selante anticorrosivo nas superfícies expos-
g. Se a ferragem for submetida a inspeção por liquido tas das buchas de aço.
penetrante, deveri ser totalmente limpa e ficar serri
vesíígios de pintura. m. Por meio de uma etiqueta, identifique a ferragem
com PLN e data de inspeção antes do envio para o
2. insdação da bucha. estoque.
GENERALIDADES

EMBOLO
DA PRENSA
/

BARR.4
DE AÇO
OLHAIS DA
FERRAGEM

BLOCO DE -
SUPORTE

INSTALAÇAO DA BUCHA

EM80LO
DA PRENSA

OLHAIS DA
FERRAGEM

BLOCO DE
SUPORTE

EXTRAÇAO DA BUCHA

Figura 7-48. Remoção e Instalação de Buchas

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