Projct Mec-Izidine

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UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE

FACULDADE DE ENGENHARIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA

Ramo : Construção Mecânica

Projecto Mecânico

Estudante : Docentes :

Momade, Izidine Augusto Prof. Doutor Engo Rui Vasco Sitoe

Engo Horácio

Maputo, Julho de 2014


Projecto mecânico-2014

Projecto de accionamento de um cabrestante para puxar 2 vagonetas

Conteúdo1. Apresentação da tarefa técnica (CRv2): ............................................................. 7

2. Introdução: .............................................................................................................9

2.1. Objectivos: ......................................................................................................................... 10

2.2. Metodologia usada: ............................................................................................................ 10

2.3. Campo de aplicação: .......................................................................................................... 10

3.Cálculo cinemático do accionamento e escolha do Motor eléctrico: ...................11

3.1. Cálculo da força de tração Ft: ............................................................................................ 11

3.2. Escolha do tipo e o diâmetro do cabo: ............................................................................... 12

3.3. Determinação do diâmetro do tambor Dt : ........................................................................ 12

3.4. Determinação do diâmetro calculado: ............................................................................... 12

3.5. Cálculo da frequência de rotação do tambor: .................................................................... 13

3.6. Cálculo do comprimento do tambor: ................................................................................. 13

3.7. Determinação da potência sobre o veio do tambor: ........................................................... 13

3.8. Determinação da espessura da parede do tambor: ............................................................. 13

3.9. Cálculo do rendimento global do accionamento:............................................................... 13

3.10. Cálculo da potência do motor eléctrico: .......................................................................... 14

3.11. Escolha dos parâmetros do motor eléctrico: .................................................................... 14

3.12. Cálculo da relação de transmissão geral: ......................................................................... 15

3.14. Cálculo das potências em cada veio do motor eléctrico: ................................................. 17

Izidine | Apresentação da tarefa técnica (CRv2): 2


Projecto mecânico-2014

Projecto de accionamento de um cabrestante para puxar 2 vagonetas

4.Cálculo Projectivo de engrenageens de parafuso sem-fim/coroa: ........................19

4.1. Cálculo do número de dentes da roda-coroa: ..................................................................... 20

4.1. Escolha do coeficiente do diâmetro “q”: ........................................................................... 21

4.2. Cálculo da velocidade de deslizamento (vs): ..................................................................... 21

4.3. Escolha do material: ........................................................................................................... 21

4.4. Para o parafuso sem-fim: ................................................................................................... 21

4.5. Cálculo do módulo de elasticidade reduzido (Ered):........................................................... 22

4.6. Cálculo da distância interaxial (aw): .................................................................................. 23

4.7. Cálculo do módulo [m]: ..................................................................................................... 23

4.8. Cálculo do coeficiente de deslocamento (x): ..................................................................... 24

4.9. Cálculo dos diâmetros do cilindro primitivo: .................................................................... 25

4.10. Cálculo do ângulo de elevação do filete: ......................................................................... 25

4.11. Cálculo testador da velocidade de deslizamento: ............................................................ 26

4.12. Cálculo testador das tensões de contacto: ........................................................................ 26

4.13. Cálculo testador das tensões de flexão: ........................................................................... 28

4.14. Cálculo de resistência ao contacto sob acção da carga máxima: ..................................... 30

4.15. Cálculo de resistência à flexão sob acção da carga máxima:........................................... 31

4.16. Cálculo exacto do rendimento: ........................................................................................ 31

4.17. Cálculo das dimensões principais da transmissão: .......................................................... 32

Izidine | Apresentação da tarefa técnica (CRv2): 3


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Projecto de accionamento de um cabrestante para puxar 2 vagonetas

4.18. Cálculo das dimensões principais do parafuso sem-fim: ................................................. 32

4.19. Cálculo das dimensões principais da roda-coroa: ............................................................ 33

4.20. Cálculo do ângulo de abraçamento: ................................................................................. 34

4.21. Cálculo das forças no engrenamento: .............................................................................. 35

4.22. Cálculo da força tangencial na roda-coroa, que é igual à força axial no parafuso sem-fim:
................................................................................................................................................... 35

4.23. Cálculo da força tangencial no parafuso sem-fim, que é igual à força axial na roda-coroa:
................................................................................................................................................... 35

5. CÁLCULO TÉRMICO E REFRIGERÇÃO DA TRANSMISSÃO ...................36

5.1 Cálculo da quantidade de calor libertado ........................................................................... 36

5.2 Cálculo da temperatura do óleo ......................................................................................... 37

5.3 Cálculo da quantidade de óleo dentro do redutor .............................................................. 38

5.3.1 Resultados dos parâmetros da transmissão por parafuso sem-fim/coroa..................... 38

6. Transmissão por cadeia: .......................................................................................40

6.1. Cálculo de parâmetros principais da transmissão por cadeia: ........................................... 40

6.2. Escolha de número de dentes da roda motriz z1 ................................................................ 41

6.3. Cálculo da relação de transmissão real: ............................................................................. 41

6.4. Escolha da distância interaxial a ....................................................................................... 41

6.5. Cálculo da potência Pcal ..................................................................................................... 41

6.6. Cálculo da velocidade: ....................................................................................................... 42

Izidine | Apresentação da tarefa técnica (CRv2): 4


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Projecto de accionamento de um cabrestante para puxar 2 vagonetas

6.7. Cálculo do comprimento da cadeia em termos de número de elos: ................................... 43

6.8. Cálculo dos diâmetros de trabalho das rodas estreladas: ................................................... 43

6.9. Cálculo das forças na transmissão: .................................................................................... 43

6.10. Cálculo da frequência de ressonância: ............................................................................. 44

6.11. Cálculo dos diâmetros da circunferência da crista da roda estrelada: ............................. 44

6.12. Cálculo do diâmetro das cavidades das rodas estreladas: ................................................ 44

6.13. Cálculo do comprimento da cadeia: ................................................................................. 45

6.14. Cálculo da frequência de voltas de passagens da cadeia: ................................................ 45

6.15. Cálculo da força sobre o veio: ......................................................................................... 45

6.16. Cálculo da pressão nas articulações da cadeia: ................................................................ 45

6.17. Cálculo do coeficiente de segurança da cadeia: ............................................................... 46

7. CÁLCULO PROJECTIVO DOS VEIOS ............................................................49

7.1. Generalidades e materiais para veios: ................................................................................ 49

7.2. Cálculo dos parâmetros geométricos dos escalões dos veios ............................................ 50

7.2.1. Cálculo dos parâmetros do veio de parafuso sem-fim .................................................... 50

7.2.2. Cálculo dos parâmetros geométricos do veio da roda-coroa .......................................... 58

7.2.3. Cálculo dos parâmetros geométricos do veio executivo ................................................. 64

8. ESCOLHA E CÁLCULO DOS ROLAMENTOS ............................................65

8.1. Cálculo da capacidade de carga estática dos rolamentos ................................................... 66

Izidine | Apresentação da tarefa técnica (CRv2): 5


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Projecto de accionamento de um cabrestante para puxar 2 vagonetas

8.2. Cálculo da capacidade de carga dinâmica dos rolamentos ................................................ 66

8.3. Cálculo dos rolamentos do veio de entrada no redutor ...................................................... 68

8.3.1. Cálculo testador pala carga dinâmica do rolamento ....................................................... 69

8.4. Cálculo dos rolamentos do veio de saída do redutor ......................................................... 70

8.4.1. Cálculo testador pala carga dinâmica do rolamento ....................................................... 70

9. CONSTRUÇÃO DO CORPO E DA TAMPA DO REDUTOR .........................71

10. CÁLCULO TESTADOR DOS VEIOS .............................................................74

10.1. Cálculo testador à fadiga dos veios .................................................................................. 74

10.1.1. Cálculo testador à fadiga do veio de entrada do redutor ............................................... 74

10.2.1 Cálculo testador à carga estática do veio de entrada do redutor ............................... 78

10.2.2 Cálculo testador à carga estática do veio de saída do redutor.................................... 78

10.3 Cálculo testador à rigidez dos veios.................................................................................. 79

10.3.1 Cálculo testador à rigidez do veio de entrada ............................................................ 79

11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..............................................................81

Izidine | Apresentação da tarefa técnica (CRv2): 6


Projecto mecânico-2014

Projecto de accionamento de um cabrestante para puxar 2 vagonetas

1. Apresentação da tarefa técnica (CRv2):


Projectar o accionamento de um cabrestante para puxar 2 vagonetas numa mina de carvão,
localizada em Benga. Cada vagoneta tem 220 kg de massa e o carvão contido pode chegar a
Mmax kg. Usa-se um cabo para puxar a vagoneta, com a velocidade (v) e inclinação dos carris (α)
dadas a baixo. As vagonetas vão e vem. O comprimento do trajecto desde o fundo da mina até a
descarga na superfície (ltr) é de 120 metros. Considerar o efeito de atrito.

Tab. 1-Dados da tarefa.

Variante Tipo de redutor, Massa Veloc.,v Âng. Coef.d Kdia Kano Vida Kd Diagr.
transmissão Mmax m/s De e útil
kg incl.α,° atrito, L
ƒ anos
30 Monoscalonar,PSF,com 1300 0,25 25 0,18 0,25 0,5 5 1,4 3
cadeia na saída.

Izidine | Apresentação da tarefa técnica (CRv2): 7


Projecto mecânico-2014

Projecto de accionamento de um cabrestante para puxar 2 vagonetas

Fig. 1- Esquema cinemático

1.1. Legenda:

1- Motor eléctrico; I- Veio do motor eléctrico


2- União elástica; II- Veio da entrada do redutor
3- Coroa; III- Veio na saída
4- Parafuso sem-fim; IV- Veio executivo
5- Redutor;
6- Roda estrelada motriz;
7- Cadeia;
8- Roda estrelada movida;
9- Tambor.

Izidine | 8
Projecto mecânico-2014

Projecto de accionamento de um cabrestante para puxar 2 vagonetas

2. Introdução:
Um projecto é uma combinação dos fundamentos teóricos e práticos adquiridos para solucionar
um dado problema tomando em conta todos os factores sejam eles técnicos, socio-económicos, e
ambientais para que se possa tomar decisões construtivas acertadas.

Projecto mecânico é uma disciplina curricular leccionada na Faculdade de Engenharia, da


Universidade Eduardo Mondlane, para o curso de Licenciatura em Engenharia Mecânica, que
visa fornecer ao estudante, um conhecimento e uma prática profunda sobre os elementos teóricos
e práticos para a projecção e posterior produção de elementos de máquinas, sobretudo as mais
usadas na área de engenharia mecânica.

A disciplina de projecto mecânico, exige uma componente pedagógica bastante elevada, o que
obriga ao estudante a levar uma boa “bagagem” nas disciplinas como Resistências dos Materiais
Órgãos de Maquinas, Desenho de máquinas e Auto Cad, que antecedem a esta, com vista a
alcançar melhores resultados no fim do mesmo.

O presente projecto tem uma componente pedagógica relevante, pela quantidade e tipo de
trabalho a ser executado que, de certa forma, contribui em boa parte para a consolidação dos
conhecimentos por parte do estudante.

Izidine | 2. Introdução: 9
Projecto mecânico-2014

Projecto de accionamento de um cabrestante para puxar 2 vagonetas

2.1. Objectivos:

2.1.1. Objectivos gerais:

Aprofundar e consolidar os conhecimentos adquiridos nas disciplinas antecedentes, permitindo


assim, que o estudante tenha uma visão mais alargada na área de projecção de elementos
construtivos de maquinas e mecanismos.

2.1.2. Objectivos específicos:

 Projectar o accionamento de um cabrestante para puxar 2 vagonetas numa mina de


carvão, localizada em Benga segundo os paâmetros fornecidos;
 Idealizar e dimensionar o possível motor eléctrico

2.2. Metodologia usada:

No presente projecto a metodologia proposta, inicia-se pelo cálculo cinemático do


accionamento através da escolha do motor eléctrico com base nos parâmetros
cinemáticos do órgão executivo.
Após a escolha do motor eléctrico, faz-se o cálculo da relação de transmissão geral no
único escalão presente; e por fim faz-se o cálculo dos parâmetros cinemáticos,
projectivos de engrenagem por parafuso sem-fim/coroa e transmissão poe cadeia,
tomando em conta as condições reais.

2.3. Campo de aplicação:

O accionamento a projectar, destina-se às minas de carvão localizada em Benga, concretamente


para puxar vagonetas desde o fundo da mina até a descarga na superfície.

Izidine | 2. Introdução: 10
Projecto mecânico-2014

Projecto de accionamento de um cabrestante para puxar 2 vagonetas

3.Cálculo cinemático do accionamento e escolha do Motor eléctrico:


Para o cálculo cinemático do accionamento inicia-se pelo cálculo da potência do órgão
executivo, depois segue-se o cálculo do rendimento geral da transmissão, e posteriormente a
escolha do motor eléctrico correspondente.

3.1. Cálculo da força de tração Ft:

Fig.2-Frepresentação de forças na rampa para o cálculo da Ft.

Massa de uma vagoneta com carvão:

M  ( M max  M vg )  (1300  220)  1520kg

Peso de uma vagoneta com carvão:

P  M  g  1520  9,8  14896 N

Cálculo da tensão no cabo:

Py  P  cos   14896  cos 25  13,5kN

Px  P  sen  14896  sen25  6,3kN

Izidine | 3.Cálculo cinemático do accionamento e escolha do Motor eléctrico: 11


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Fat  f  Py  f  P  cos   0,18  14896  cos 25  2,4kN

Ft  S máx

S máx  2( Px  Fat )  2(6,3  2,4)  8,9kN Toma-se S máx  9kN

Cálculo da carga de ruptura do cabo:

Fr  S max  K s
Onde;

K s  5...6 Toma-se
K s =5,5

Fr  9  5,5  49,5kN

3.2. Escolha do tipo e o diâmetro do cabo:

Em função da força de ruptura escolhe-se cabo com torcedura lang :

Tab.2-Valor escolhido do diâmetro do cabo.

Fr (kN)  r (MPa) d c (mm)


[49,8] 1600 9,9

3.3. Determinação do diâmetro do tambor Dt :

Dt  d c (e  1) ; e  20  Dt  9,9(20  1)  188,1mm

Dt  190mm (Valor normalizado)


Toma-se

3.4. Determinação do diâmetro calculado:

Contando que o cabo enrola-se só uma camada sobre o tambor, determina-se o diâmetro
calculado do tambor.

Izidine | 3.Cálculo cinemático do accionamento e escolha do Motor eléctrico: 12


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Dtcalc  Dt  d c  190  9,9  200mm

3.5. Cálculo da frequência de rotação do tambor:

60000  v 60000  0,25


t    24rpm
  Dtcalc   200

3.6. Cálculo do comprimento do tambor:

Lt  (1,2...1,5) Dtcalc  (240...300)mm Toma-se Lt  270mm

3.7. Determinação da potência sobre o veio do tambor:

P  S max  v  9  0,25  2,25kW

3.8. Determinação da espessura da parede do tambor:

 max  0,02Dtcalc  (6...10)  (10...14)mm Toma-se  max  12mm

3.9. Cálculo do rendimento global do accionamento:

 g  1  2  3 ...  n

Para o presente trabalho tem-se:

 g   rol
3
 acop.elast  cad  psf

Onde;

 g - é o rendimento global do accionamento;

 rol - é o rendimento mecânico nos mancais de rolamento;  rol  0,993

 acop.elast - é o rendimento mecânico do acoplamento elástico;  acop.elast  0,993

 cad - é o rendimento mecânico da transmissão por cadeia;  cad  0,94

Izidine | 3.Cálculo cinemático do accionamento e escolha do Motor eléctrico: 13


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 psf - é o rendimento mecânico da transmissão por parafuso sem-fim e para z1  2 ,  psf  0,78

 g   rol
3
 acop.elast  psf  0,9933  0,993  0,94  0,78  0,71  71%

3.10. Cálculo da potência do motor eléctrico:

A potência do motor eléctrico é determinada pela fórmula (8), de [1] que é uma função da
potência no veio executivo do accionamento e do rendimento global.

Pcalc 
P
kW  E tem-se: Pcalc 
2,25
 3,2 kW 
g 0,71

Através das tabelas (8) e (9), de [1], usados na escolha do motor eléctrico, o valor normalizado
das potências dos motores eléctricos mais próximo ao calculado é: Pme  4kW

3.11. Escolha dos parâmetros do motor eléctrico:

Da tabela (8) de [1], retiram-se os possíveis tipos dos motores eléctricos e as suas características.

Tab.3 –Caracteristicas dos motores electricos possíveis:

Potência Frequência de rotação [rpm]


Designação do
Variante Nominal
motor Síncrona sinc Assíncrona assinc
Pme [kW]

1 4A100S2Y3 4 3000 2880

2 4A100L4Y3 4 1500 1430

3 4A112MB6Y3 4 1000 950

4 4A132S8Y3 4 750 720

Izidine | 3.Cálculo cinemático do accionamento e escolha do Motor eléctrico: 14


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3.12. Cálculo da relação de transmissão geral:

Com base nas características dos motores eléctricos escolhidos, para cada variante calculam-se
ni
as relações de transmissão gerais através da fórmula 9 de [1]. u gi 
nsaida

Assim, tem-se:

n1 2880 1430
u g1    120 ug2   60
nsaida 24 24

950 720
ug3   40 ug4   30
24 24

Onde: ug - é a relação de transmissão geral.

ni - é a frequência de rotação assíncrona de cada variante.

Para cada uma das variantes, faz-se a partição da relação de transmissão geral pelas duas
transmissões, a do redutor (parafuso sem-fim) e por cadeia.

ng
u cad  neng  16
1ª Tentativa: neng ;

Tab.4 –Partição das relações de transmissão- 1ª tentativa.

Designação Variante

1 2 3 4

Relação de transmissão geral 120 60 40 30

Relação de transmissão do redutor 16 16 16 16

Relação de transmissão da cadeia 7,5 3,75 2,5 1,875

Izidine | 3.Cálculo cinemático do accionamento e escolha do Motor eléctrico: 15


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Desta tentativa, as variantes 1 e 2 são escluídas do estudo por estas se encontrar fora dos valore
médios recomendados na tabela 12 de [1]. Ficam em análise as restantes 2 e 3 uma vez que estas
estão dentro dos valores recomendados.

ng
2ª Tentativa: u cad  neng  20
neng
;

Tab.5 - Partição das relações de transmissão- 2ª tentativa.

Designação Variante

1 2 3 4

Relação de transmissão geral 120 60 40 30

Relação de transmissão do redutor 20 20 20 20

Relação de transmissão da cadeia 6 3 2 1,5

Da analise da 2ª tentativa mostra que as variantes 2e3 são viáveis, descartando-se as variáveis 1
por estar fora dos limites médios admissíveis e 4 pelo custo sob ponto de vista construtiva.

Da analise das duas tentativas a variante 1 não se considera de ponto de vista de numero de
ciclos por serem maiores pois podem reduzir a longevidade da transmissão. A 3a variante da 1a
tentativa provavelmente seja a melhor.

Escolhe-se o motor da 3ª variante da 1ª tentativa com os seguintes parâmetros:

u g  40 u eng  16 u cad  2,5 n  950rpm


; ; ; e me

Izidine | 3.Cálculo cinemático do accionamento e escolha do Motor eléctrico: 16


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Tab.6 – Características do motor escolhido.

Tipo de motor Potência Para potência nominal Tarr Tmin Tmax Diâmetro
Pm [kW] Tnom Tnom Tnom do veio
Frequência Ren.mecânico Factor
de saída
nom,n  [%] de
do motor
[rpm] potência
[mm]
cos  [-]

4A112MB6Y3 4 950 82,0 0,81 2,0 1,8 2,5 32

3.14. Cálculo das potências em cada veio do motor eléctrico:

3.14.1. Potência requerida no veio do motor eléctrico.


P1  Pme  3,2 kW 
3.14.2. Potência no veio na entrada do redutor (parafuso sem-fim)
P2  P1 uni elas  3,2  0,993  3,18 kW 
3.14.3. Potência requerida do veio na saída do redutor.
P3  P2  epsf  rol  3,18  0,78  0,993  2,46 kW 
3.14.4. Potência requerida no veio de saída.
P4  P3  rol  cad  2,46  0,993  0,94  2,3 kW 
3.14.5. Potência útil no veio de saída do accionamento.
P5  P4  rol   2,3  0,993  2,28 kW 
3.15. Cálculo das frequências de rotações dos veios:
3.15.1. Veio do motor eléctrico.
n1  nme  950 rpm
3.15.2. Veio de entrada do redutor.
n2  950 rpm

Izidine | 3.Cálculo cinemático do accionamento e escolha do Motor eléctrico: 17


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Projecto de accionamento de um cabrestante para puxar 2 vagonetas

3.15.3. Veio de saída do redutor

n3 
n2

950
 59,4 rpm
u psf 16

3.15.4. Veio do órgão executivo.

n4 
n3

59,4
 24 rpm
u cad 2,5
3.16. Cálculo do Torque nos veios:

O cálculo do torque é fito com base na fórmula 10 de [1]

Ti  9550 
Pi
N  m
n1

T1  9550 
3,2
 32,17 N  m T2  9550 
3.18
 31,97 N  m
950 950

T3  9550 
2,46
 395,5 N  m T4  9550 
2,3
 915,2 N  m
59,4 24

Tab.7- resultados do cálculo cinemático do accionamento:

Tipo de motor: 4A132S4Y3 Potência: 4 kW Frequência nominal: 950 [rpm]

Parâmetro Veio Fórmula Valores

1. Motor eléctrico P1  Pme 3,2

2. Motor do redutor P2  P1  uni elas 3,18


Potência P, em
[kW] 3. Movido do redutor P3  P2 epsf rol 2,46

4. Motor do transportador P4  P3 rol cad 2,3

Izidine | 3.Cálculo cinemático do accionamento e escolha do Motor eléctrico: 18


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Projecto de accionamento de um cabrestante para puxar 2 vagonetas

1. Motor eléctrico n1  nme 950

2. Motor do redutor n2  nme 950


Frequência de
rotação n , em
n2
[rpm] 3. Movido do redutor n3  24
ug

4. Motor do transportador n4  n3 24

P1
1. Motor eléctrico T1  9550  32,17
n1

P2
2. Motor do redutor T2  9550  31,97
n2
Momento torsor
T, em [N·m]
P3
3. Movido do redutor T3  9550  395,5
n3

P4
4. Motor do transportador T4  9550  915,2
n4

4.Cálculo Projectivo de engrenageens de parafuso sem-fim/coroa:


Dados:

P2  3,18kN T2  31,97 N .m T3  395,5N .m n2  950rpm u psf  16 z1  2 z 2  32


; ; ; ; ; ;

O cálculo projectivo da transmissão por parafuso sem-fim é feito com base nas tensões de
contacto que surgem entre os dentes da rora-doroa e os filetes do parafuso sem-fim e tensões de
flexão.

Izidine | 4.Cálculo Projectivo de engrenageens de parafuso sem-fim/coroa: 19


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Projecto de accionamento de um cabrestante para puxar 2 vagonetas

Fig. 3-Esquema de cálculo para a transmissão do parafuso sem-fim/coroa.

4.1. Cálculo do número de dentes da roda-coroa:

O número de dentes da roda-coroa é determinado com base na formula (11) de [2].

Z2
ueng 
Z1

Onde:

Ueng - é a relação de transmissão do redutor e é igual a u psf  16 .

Z1 – é o número de entradas do parafuso sem-fim e escolhe-se em função da relação de


transmissão Ueng.

Z2 – é o número de dentes da roda coroa.

Da página 8 de [2], para Ueng=16, tem-se z1  2 .

Substituindo os valores na fórmula (11), tem-se:

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Z 2  ueng  Z1  16  2  32dentes

4.1. Escolha do coeficiente do diâmetro “q”:

O coeficiente de diâmetro “q” é o número de módulos que cabem no diâmetro primitivo do


parafuso sem-fim e determina-se pela recomendação de [2].

q  0,22...0,4  Z 2  (7,04...12,8) , toma-se o coeficiente de diâmetro q  12,5 (valor


normalizado).

4.2. Cálculo da velocidade de deslizamento (vs):

A velocidade de deslizamento é tangente às linhas dos dentes do parafuso sem-fim e calcula-se


com base na fórmula (12) de [2].

4,5  n2 3
vs   T3
10 4

Onde;

v s - é a velocidade de deslizamento em [m/s]

n 2 – é a frequência de rotações do parafuso sem-fim, em [rpm]

T3 - é o torque máximo da roda coroa, em [N·m]

4,5  950 3 m
vs  4
 395,5  3,14
10 s

4.3. Escolha do material:

A escolha do material do parafuso sem-fim e da roda-coroa é feita com base nas recomendações
de [2] e de [3].

4.4. Para o parafuso sem-fim:

Escolhe-se o Aço 40X temperado para uma dureza HRC54, com filetes temperados e polidos.

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Segundo a recomendação de [2], para velocidades vs< 4...5 m/s, as rodas-coroas são feitas de
bronze (bp) ao alumínio (A) e ferro ( ), por isso escolhe-se:

Tab.8- Propriedades do material para a roda coroa

Material da roda-coroa Propriedades mecânicas, em [MPa]

σe2 σr2 E2

200 400 0,9·105

Onde;

σe1 – é limite de escoamento do parafuso sem-fim, em [MPa].

σr1 – é o limite de resistência à ruptura do parafuso sem-fim, em [MPa].

E1 – é o módulo de elasticidade do material usado no fabrico do parafuso sem-fim, [MPa].

σe2 - é limite de escoamento da roda-coroa, em [MPa].

σr2 - é o limite de resistência à ruptura da roda-coroa, em [MPa].

E2 – é o módulo de elasticidade do material usado no fabrico da roda-coroa, em [MPa].

4.5. Cálculo do módulo de elasticidade reduzido (Ered):

O módulo de elasticidade reduzido é calculado com base na fórmula (13) de [2].

2  E1  E 2
E red 
E1  E 2


  
2  2,1  10 5  0,9  10 5 
 1,26  10 5 MPa 
E red
  
2,1  10  0,9  10
5 5

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4.6. Cálculo da distância interaxial (aw):

A distância interaxial é calculada com base na fórmula (14), de [2]

 q  E red  T3
a w  0,625    1 
 Z2  3  2   q 

H Z
 2 

Onde:

q - é o coeficiente de diâmetro;

Z2 - é o número de dentes da roda coroa;

T3 - é torque na roda coroa;

Ered – é o módulo de elasticidade, em [MPa];

 H  – é a tensão de contacto admissível, em [MPa]

A tensão de contacto admissível  H  , acha-se segundo as recomendações de [2].

 H   (300...275)  2,5  vs  (300...275)  2,5  3,14  279,65MPa


 10  1,26  10 5  395,5  10 3
a w  0,625    1   104 mm
 32  3 279,652   10 
 
 32 

Da página 3 de [2] para valores normalizados das distâncias interaxiais, escolhe-se a w  100mm

4.7. Cálculo do módulo [m]:

O módulo é calculado com base na fórmula (15), de [2]

d1  d 2 m
aw    q  Z 2 
2 2

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O que resulta em:

2  100
m  4,76 mm
10  32

De [2], escolhe-se o valor normalizado do módulo, m=5 [mm].

4.8. Cálculo do coeficiente de deslocamento (x):

O coeficiente de deslocamento (x), é calculado com base na fórmula (16) de [2

aw  a aw
x   0,5  q  Z 2 
m m

E tem- se:

 0,5  10  32  1


100
x
5

Segundo as recomendações de [2], este valor do coeficiente de deslocamento, está fora dos
limites recomendados. Pois, recomenda-se um valor nos limites de  0,7 (em casos raros  1,0 ).
Como é um valor negaitivo, tenta-se reduzir, aumentando-se o número de dentes da roda-coroa,
dentro dos limites admissíveis de variação do aumento da relação de transmissão: Z 2  31, o que

Z 2 31
dá: u red    15,5
Z1 2

E o desvio da relação de transmissão é:

u novo  u red 16  15,5


u red    0,031  4% , o que é aceitável.
u novo 16

Assim, o novo valor do coeficiente passa a ser:

 0,5  10  31  0,5 , que é aceite, pois, está dentro dos limites recomendados.
100
x
5

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4.9. Cálculo dos diâmetros do cilindro primitivo:

O cálculo dos diâmetros do cilindro primitivo é feito com base na fórmula (17) e (18), de [2].

d1  m  q

d2  m  Z2

Onde:

d 1 - é o diâmetro primitivo do parafuso sem-fim, em [mm];

d 2 - é o diâmetro primitivo da roda-coroa, em [mm].

E, tem-se:

d1  5  10  50mm

d w1  m)q  2  X )  5(10  2  (0,5))  45mm

d 2  5  31  155 mm

Toma-se d 2  150mm

4.10. Cálculo do ângulo de elevação do filete:

O ângulo de elevação (subida) da linha dos filetes do parafuso sem-fim sobre o cilindro primitivo
de funcionamento  (ângulo de elevação primitivo) é calculado pela fórmula (19), de [2].

Z1
tg 
q

 0,2    arctg 0,2  11,309 0


2
tg  ou   110 30 ' 9 ''
10

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4.11. Cálculo testador da velocidade de deslizamento:

O cálculo verificativo da velocidade de deslizamento é feito com base na fórmula (20) de [2].

v1 m
vs   s 
cos  w

Onde:

v1 - é a velocidade periférica ( tangencial) do parafuso sem-fim sobre o diâmetro primitivo de


funcionamento e calcula-se com base na fórmula (21 ), de [2].

  d w1  n2  m 
v1 
60  1000  s 

E tem-se:

  50  950 m
v1   2,49   ; e,
60  1000 s
2,49 m
vs   2,5  
s
0
cos 11,31
3,14  2,5
  0,20
3,14

A velocidade de deslizamento estimada é maior que a calculada, pelo que, faz-se o recálculo da
tensão de contacto admissível e, preserva-ser a escolha do material.

 H   (300...275)  2,5  vs  (300...275)  2,5  2,5  281,25MPa

4.12. Cálculo testador das tensões de contacto:

O cálculo das tensões de contacto que surgem entre o parafuso sem-fim e a roda-coroa é feito
com base na fórmula (22), de [2].

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Ered  T3  K H  cos 2  w
 H  1,18    H 
d w2 2  d w1         sen2   w 

Onde:

T2 - é o momento torsor na roda-coroa, expresso em [N·mm].

K H - é o coeficiente de carga de cálculo, para tensões de contacto.

 H  - é a tensão admissível de contacto, em [MPa].


Segundo as recomendações de [2], utilizam-se:

  50 0    0,8727 rad;   0,75;   11,310 ;  w  20 0 .

  - é o coeficiente de sobreposição frontal e acha-se com a seguinte relação:

0,03  Z 22  Z 2  1  0,17  Z 2  2,9 0,03  312  31  1  0,17  31  2,9


    1,84
2,95 2,95

O valor do coeficiente de carga de calculo K H  K   K v , acha-se após a escolha apropriada dos

factores.

Onde:

K v  é o coeficiente de carga dinâmica.

K   é o coeficiente de concentrações de carga.

m
Segundo [2], para v s  3 , usa-se K v  1 .
s

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Para carga variável adopta-se K   1,05 ... 1,2. . Então escolhe se: K   1,1

Logo o coeficiente de carga de cálculo será: K H  1 1,1  1,1

Substituindo os valores, na fórmula (22) tem-se:

1,26  10 5  395,5  10 3  1,1  cos 2 11,310


H  1,18    H 
1552  50  0,8727  1,84  0,75  sen40 0

 H  280,9 MPa   H   281,25 MPa.

281,25  280,9
  0,0012
281,15

A condição de resistência ao contacto é satisfeita, embora com uma margem muito pequena em
cerca de 0,12% relativamente às tensões reais  H  .

Para optimizar a construção faz-se o cálculo testador das tensões de flexão.

4.13. Cálculo testador das tensões de flexão:

O cálculo testador das tensões de flexão é feito com base na fórmula (23) de [2].

Ft 2  K F
 F  0,7  YF    F 
b2  mn

Onde:

Ft 2  é a força tangencial na roda-coroa, em N e calcula-se com base na fórmula (24), de [2].

2  T3
Ft 2 
d2

Logo, a força tangencial na roda-coroa será:

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2  395,5  10 3
Ft 2   5103,2 N 
155

K F - é o coeficiente de carga de cálculo, e acha-se com base nas recomendações de [2].

K F  K H  1,1

YF - é coeficiente de forma dos dentes da roda-coroa, que se escolhe da tabela de [2], em função

do número virtual (equivalente) de dentes Z v , que é expresso por:

Z2
Zv 
cos 3 

31
Zv   32,9  33 dentes . Toma-se Z v  32
cos 11,310
3

Da tabela para este valor do número virtual de dentes tem-se: YF  1,71 .

mn  é o módulo do dente/filete na secção normal do filete do parafuso sem-fim e determina-se


com base na seguinte relação:

mn  m  cos 

De onde resulta: mn  5  cos 11,310  4,9 mm .

b2 - é a largura da roda-coroa, em [mm] e acha-se pela seguinte relação:

b2  0,75  d a1 para Z1  2 .

Visto que d a1  d1  2  ha1 e ha1  ha*1  m , onde ha*1 é o coeficiente de altura da cabeça ha*1  1 ,
de onde resulta:

b2  0,75  d1  2  m  0,75  50  2  5  45 mm.

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A tensão admissível  F  para todas marcas de bronze é:

 F   0,25   e  0,08   r

De onde resulta:  F   0,25  200  0,08  400  82 MPa 

Finalmente na fórmula (23), tem-se:

5103,2  1,1
 F  0,7  1,71   30,5 MPa    H   82 MPa 
45  4,9

Como mostra o valor, da tensão de flexão calculada  F é menor que a tensão de flexão  F  ,
logo a condição de resistência às tensões de flexão é satisfeita.

4.14. Cálculo de resistência ao contacto sob acção da carga máxima:

O cálculo de resistência estática das superfícies de trabalho da roda-coroa é feito com base na
fórmula (25):

  H max
T2 max
 H max   H 
T2

Onde:

 H max  2  e { para bronzes ao alumínio e ferro, segundo [2]

 H max  2  200  400 MPa 

T2 max
 K d  1,4 { obtido na tabela 8 de [1]
T2

 H max  280,9  1,4   H max

 H max  332,4 MPa    H max  400 MPa  , a condição é satisfeita.

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4.15. Cálculo de resistência à flexão sob acção da carga máxima:

O cálculo de resistência à flexão é feito com base na fórmula (26):

  F max
T2 max
 F max   F 
T2

Onde:

 F max  0,8   e {para bronzes de todos tipos, segundo [2]}

 F max  0,8  200  160 MPa 

T2 max
 K d  1,4
T2

Finalmente:

 F max  30,5  1,4   F max

 F max  42,7 MPa    F max  160 MPa 

4.16. Cálculo exacto do rendimento:

O valor exacto do rendimento acha-se pela fórmula (27), de [2].

tg
eng 
tg    ' 

Onde:

 ' - é o ângulo reduzido de atrito.

Este valor, toma-se na tabela da página 15 de [2], em função da velocidade de deslizamento vs.
E, para

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m
v s  2,5 , tem  se  '  2,29 ; para f  0,04 por interpolação.
s

Para estes valores o rendimento é:

tg110
 eng   0,8 80%
tg 11  2,3

O valor do rendimento inicialmente estimado de [1] foi de 0,78 (78%), que é menor em cerca de
2,5% do valor exacto do rendimento 0,80 (80%).

4.17. Cálculo das dimensões principais da transmissão:

Tab.9- Parâmetros para principais do parafuso sem-fim e para a roda-coroa.

Parâmetro m [mm] Z1 Z2 ueng x 

Valor 5 2 31 16 -0,5 110

4.18. Cálculo das dimensões principais do parafuso sem-fim:

As dimensões principais do parafuso sem-fim são calculadas com base nas fórmulas (28) e (29),
de [2].

d a1  d1  2  ha1 e d f 1  d1  2  h f 1

b1  c1  c2  Z 2  m

Onde:

d a1 - é o diâmetro externo no parafuso sem-fim, em [mm];

d f 1 - é diâmetro interno do parafuso sem-fim, em [mm];

b1 - é o comprimento da parte roscada do parafuso sem-fim, em [mm];

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Os coeficiente c1 e c2, são obtidos em função de Z1, e coeficiente de deslocamento X segundo as


recomendações de [2]. Para X  0,5 e Z1  2 tem-se: c1  8 e c2  0,06 .

ha1 e h f 1 - são respectivamente, as alturas da cabeça e do pé dos filetes ( das espiras) e são

definidos por:

ha1  ha*1  m e h f 1  h*f 1  m

Os valores de ha1 e h f 1 são tomadas segundo as recomendações de [2].

Toma-se: ha*1  1,0 e h*f 1  1,2


e tem-se:

ha1  1 8  8mm e h f 1  h*f 1  m  1,2  8  9,6mm

b1  (c1  c2  z 2 )  m  (8  0,06  31)  8  78,88mm Toma-se b1  80mm (Valor


normalizado)

Segundo a recomendação de [2] b1 dever ser aumentado 25 [mm] para m  10 . Logo:


b1  80  25  105 mm.

d a1  50  2  8  66mm e d f 1  50  2  9,6  30,8mm

4.19. Cálculo das dimensões principais da roda-coroa:

As dimensões principais da roda-coroa são calculadas com base nas fórmulas (31), (32) e (33).

d a 2  m  Z 2  2  2  x 

d f 2  m  Z 2  2,4  2  x 

6m
d aM 2  d a 2 
Z1  2

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Projecto de accionamento de um cabrestante para puxar 2 vagonetas

Onde:

d a 2 - é o diâmetro externo da secção média da roda-coroa, em [mm];

d f 2 - é o diâmetro interno da secção média da roda-coroa, em [mm];

d M 2 - é o diâmetro máximo da roda-coroa, em [mm].

d a 2  8  31  2  2(0,5)  256 mm

d f 2  8  31  2,4  2(0,5)  220,8 mm

68
d aM 2  256   268mm
22

Segundo as recomendações da tabela 9.2 de [2], toma-se d aM 2  268 mm e a 8ª classe de

precisão para vs  5m / s .

4.20. Cálculo do ângulo de abraçamento:

O ângulo de abraçamento 2   é determinado pelos pontos de cruzamento da circunferência


d a1  0,5  m com as linhas de contorno da roda-coroa e calcula-se com base na fórmula (34) de

b2  b2 
[2]. sen  ou seja :   arcsen 
d a1  0,5  m  d a1  0,5  m 

Onde:

b2 - é a largura da roda coroa, em [mm], já calculado no ponto 5.

d a1 - é o diâmetro externo do parafuso sem-fim, em [mm].

E tem-se:

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 
; Assim 2    93 .
45
  arcsen   46,54 0
 66  0,5  8 

4.21. Cálculo das forças no engrenamento:

No pólo de engrenamento, há três componentes de forças mutuamente perpendiculares.

4.22. Cálculo da força tangencial na roda-coroa, que é igual à força axial


no parafuso sem-fim:

A força tangencial na roda-coroa é calculada com base na fórmula (35), de 2

2  T3
Ft 2  Fa1  Onde:
d2

T3 - é o torque no veio da roda-coroa, em [N·mm];

d 2 - é o diâmetro primitivo da roda-coroa, em [mm].

Logo, a força tangencial na roda-coroa será:

2  395,5  10 3
Ft 2   5103,2 N 
155

4.23. Cálculo da força tangencial no parafuso sem-fim, que é igual à força


axial na roda-coroa:

Com base na fórmula (36), acha-se o valor da força tangencial no parafuso sem-fim

2  T2 2  T3
Ft1  Fa 2   Onde:
d1 d1  i   eng

T2 – é o torque no parafuso sem-fim, em [N·mm];

d 1 - é o diâmetro primitivo do parafuso sem-fim, em [mm].

Substituindo os valores correspondentes na fórmula (36), tem-se:

Izidine | 4.Cálculo Projectivo de engrenageens de parafuso sem-fim/coroa: 35


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2  395,5  10 3
Ft1   15820 N 
50

4.23.1. Cálculo da força radial:

Força radial comum ao parafuso sem-fim e à roda-coroa, que tende a provocar o afastamento
entre estes é determinado pela fórmula (37), de [2].

Fr 2  Fr1  Ft 2  tg x N  Fr 2  Fr1  5103,2  tg 20  1857,4 N 

4.23.2. Cálculo da força normal:

A força normal, calcula-se com base na fórmula (38)

Fn 
Ft 2
N  Fn 
5103,2
 5532,4 N 
cos   cos     
cos 20 0  cos 110

5. CÁLCULO TÉRMICO E REFRIGERÇÃO DA TRANSMISSÃO


As transmissões de parafuso sem-fim/coroa durante o seu funcionamento libertam uma grande
quantidade de calor, o que se não for bem observado pode levar a máquina a uma avaria precoce.
O aquecimento excessivo provoca a diminuição da viscosidade do óleo lubrificante, aumentando
assim a possibilidade de gripagem da transmissão.

5.1 Cálculo da quantidade de calor libertado

A quantidade de calor libertado pela transmissão, em termos de potência, é dada pela fórmula
(39), de [2] em (Watt):

  P  1     10 3 W  Onde:

 - é a quantidade de calor libertado pela transmissão, em [W]

P – é a potência no veio motor da transmissão, em [kW];

Izidine | 5. CÁLCULO TÉRMICO E REFRIGERÇÃO DA TRANSMISSÃO 36


Projecto mecânico-2014

Projecto de accionamento de um cabrestante para puxar 2 vagonetas

 - é o rendimento mecânico da transmissão. E, tem-se:

  2,28  1  0,8  103  456 W 

5.2 Cálculo da temperatura do óleo

A quantidade de calor que pode ser dissipado à temperatura máxima admissível do óleo é 1 max
e pode ser calculado pela fórmula (40), de [2]:

  1 max  K  t1max   t 0   A W  Onde:

t1max - é temperatura máxima admissível do óleo, 0C.

t 0 - é a temperatura do meio circundante, em 0C.

A – é a área total disponível para a troca de calor.

 W 
K – é o coeficiente de troca de calor  2 0 
m C 

Adoptando-se uma instalação para uma refrigeração por ventilação forçada com o ventilador
colocado numa das estremidades do veio do parafuso sem-fim e, tem-se:

 W 
 K  25 m 2 0 C 
.

t1max   90 0C   
e t 0  t ar  40 0 C para a temperatura média em Benga.

A área obtem-se da fórmula (41), de [2]: A  20  a1w,7 A  20  0,101,7  0,399m 2

A quantidade de calor que pode ser dissipado à temperatura máxima admissível será:

  1max  25  90  40  0,399  490 W  A condição   1 max é satisfeita.

Então a temperatura do óleo será dado pela relação (42), de [2]:

Izidine | 5. CÁLCULO TÉRMICO E REFRIGERÇÃO DA TRANSMISSÃO 37


Projecto mecânico-2014

Projecto de accionamento de um cabrestante para puxar 2 vagonetas

P  1    103
toleo  t0 
KA
 t0 

KA
 C
0

t oleo  40 
490
25  0,399
   
 89,1 0 C  t1 max   90 0 C

A condição é satisfeita emboa com uma margem mínima.

5.3 Cálculo da quantidade de óleo dentro do redutor

O tipo e a quantidade de óleo usado para transmissão por parafuso sem-fim/coroa depende da
velocidade linear do carregamento da transmissão.

A quantidade ou volume do óleo necessário é recomendado na proporção de (0,35... 0,7) l/kW de


potência a transmitir.

volume de óleo  0,35... 0,7  P3

volume de óleo  0,35... 0,7  2,46  0,86... 1,72 litros

Toma-se um volume igual a 1,7 litros.

Para além de lubrificar, o óleo também serva para refrigerar os elementos da transmissão. Não
obstante, a quantidade de óleo calculada, a transmissão terá uma instalação de ventilação
intensiva, conforme mostra o esquema abaixo.

5.3.1 RESULTADOS DOS PARÂMETROS DA TRANSMISSÃO POR PARAFUSO SEM-

FIM/COROA

Tab. 10- Resultados dos parâmetros da transmissão por parafuso sem-fim/coroa:

Parâmetro Valor Parâmetro Valor Parâmetro Valor

Izidine | 5. CÁLCULO TÉRMICO E REFRIGERÇÃO DA TRANSMISSÃO 38


Projecto mecânico-2014

Projecto de accionamento de um cabrestante para puxar 2 vagonetas

Distância interaxial Ângulo de abraçamento Diâmetro do


aw 2·δ parafuso sem-fim:
100 930

Módulo m 5 Número de entradas Z1 2 divisor d1 50

Coeficiente de primitivo dw1 45


diâmetro do
10 Número de dentes da 31 externo da1 66
parafuso sem-fim q
roda-coroa Z2
interno df1 30,8

Comprimento da parte Diâmetro da roda


roscada do parafuso dentada:
Largura da roda 45 105
sem-fim b1
dentada b2

divisor d2=dw2
155

Ângulo de elevação de crista da2 256


do filete 
11,310 de raiz df2 220,8

máximo daM2 268

4.3.2 Valores do cálculo testador.

Tab. 11-valores do cálculo testador:

Parâmetro Valor admissível Valor calculado Margem

Rendimento η 0,78% 0,80% 2,5%

Tensão de 0,12%

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Projecto mecânico-2014

Projecto de accionamento de um cabrestante para puxar 2 vagonetas

contacto, em
σH 281,25 280,9
[MPa]

Tensão de 82 30,5 62,8%


flexão, em [MPa]
σF

6. Transmissão por cadeia:


A transmissão por cadeia é constituída pela roda estrelada mandante (motriz ou motora) e roda
(s) estrelada (s) mandada (s). Estas rodas mandantes são circuladas por uma cadeia (ou corrente)
que engrena com os dentes das rodas estreladas. Para além dos elementos mencionados a
transmissão por cadeia pode ter mecanismo de tensão da cadeia, mecanismo de lubrificação e de
abraçamento. A cadeia e constituída por órgão unidos por articulações que garantem a
mobilidade e flexibilidade da mesma. As transmissões por cadeia podem se utilizadas numa
vasta gama de parâmetros de trabalho, com potências até 150kW. As velocidades podem
alcançar valores até 25m/s, com relação de transmissão até 10.

6.1. Cálculo de parâmetros principais da transmissão por cadeia:

Fig. Esquema de cálculo da transmissão por cadeia.

Dados:

n3  59,4rpm ; n4  24rpm ; T3  395,5N .mm ; T4  915,2 N .mm ; P3  2,46kW ; P4  2,3kW

Izidine | 6. Transmissão por cadeia: 40


Projecto mecânico-2014

Projecto de accionamento de um cabrestante para puxar 2 vagonetas

Ψ ≤ 60o (ângulo de inclinação da cadeia em relação ao plano horizontal)

6.2. Escolha de número de dentes da roda motriz z1 .

Segundo [2] o número de dentes das rodas estreladas escolhe-se em função da relação de
transmissão (ucad),

z1  25 para u cad  2,5 ; z 2  ucad  z1  2,5  25  63

6.3. Cálculo da relação de transmissão real:

63
u real   2,52
25

2,52  2,5
u   0,79%  4%
2,52

6.4. Escolha da distância interaxial a

a  40  Pc Segundo recomendações de [2], (30…40)xPc

6.5. Cálculo da potência Pcal

A potência calculada é:

Pcal  P3  K l  K z  K n Onde;

K e  K d  K a  K i  K reg  K lub  K r  K t
Sendo:

K d  1,35
- Para cargas com choques

K a  1,0 a  (30...50)  Pc
-Para

K t  1,0
Para temperaturas entre -25o e 150o

Izidine | 6. Transmissão por cadeia: 41


Projecto mecânico-2014

Projecto de accionamento de um cabrestante para puxar 2 vagonetas

K i  1,0 -Para ψ até 60o

K reg  1,1 -Para regulação por rolete tensor

K lub  1,0 -Para cárter fechado

n8 24  K dia 24  0,25


K dia  n   0,75
24 8 8 Este valor corresponde a 6 horas de
funcionamento por dia. E temos:

K r  3 n  3 0,75  0,91 Então,

K e  1,35  1 1 1,1 1 0,91  1,35

z 01 25
Kz   1
z1 25

n01 59,04
Kn    1,18
n1 50

K l  K z  K n  1,35  1 1,18  1,59

Pcal  1,59  2,46  3,91kW

Das tabelas de [2], escolhe-se a cadeia ᴨP-31,75-88500 com capacidade para 5,83 kW, passo
pc  31,75mm e q  3,8kg / m

Logo; a  40  pc  40  31,75  1270mm

6.6. Cálculo da velocidade:

z1  pc  n3 25  31,75  59,4
v   0,79m / s
60000 60000

Izidine | 6. Transmissão por cadeia: 42


Projecto mecânico-2014

Projecto de accionamento de um cabrestante para puxar 2 vagonetas

6.7. Cálculo do comprimento da cadeia em termos de número de elos:

2  a z1  z 2 z z p
Lc    ( 2 1 )2  c
pc 2 2 a

2  1270 25  63 63  25 2 31,75
Lc   ( )   124,2mm
31,75 2 2 1270

Escolhe-se Lc  124elos . E recalcula-se a distância interaxial:

pc  z  z2 z  z2 2 z  z1 2 
acal    Lc  1  ( Lc  1 )  8 ( 2 ) 
4  2 2 2 

31,75  25  63 25  63 2 63  25 2 
acal   124   (124  )  8 ( )   1287mm
4  2 2 2   

Assim, a distância interaxial real será:

areal  (0,996...0998)40  acal  (1282...1284)mm Escolhe-se areal  1284mm

6.8. Cálculo dos diâmetros de trabalho das rodas estreladas:

pc 31,75
d1    253mm
180 180
sen( ) sen( )
z1 25

pc 31,75
d2    637mm
180 180
sen( ) sen( )
z2 63

6.9. Cálculo das forças na transmissão:

6.9.1. Força tangencial:

Izidine | 6. Transmissão por cadeia: 43


Projecto mecânico-2014

Projecto de accionamento de um cabrestante para puxar 2 vagonetas

p3 2,46  10 3
Ft    3114 N
v 0,79

6.9.2. Força centrífuga:

Fv  q  v 2  3,840  0,79 2  2,37 N

6.9.3. Força devido a gravidade:

Fq  K f  a  q  g  1 1,284  3,8  9,8  47,8N

6.10. Cálculo da frequência de ressonância:

Ft 1 3114 1
ncrit  30    30    44,1rpm
q z1  a 3,8 25  1,284

44,1rpm  n3  59,4rpm Assim não há ressonância.

6.11. Cálculo dos diâmetros da circunferência da crista da roda estrelada:

 180 
De1  pC . K  ctg 
 z1 

Segundo [3], folha 192 tabela 4, K  0.53 para z  18...35

 180   180 
De1  pC . K  ctg   31,75. 0.53  ctg   268,2mm
 z1   25 

Para Z = 36 e mais K = 0,5

 180   180 
De 2  pC . K  ctg   31,75. 0,5  ctg   652mm
 z2   63 

6.12. Cálculo do diâmetro das cavidades das rodas estreladas:

Izidine | 6. Transmissão por cadeia: 44


Projecto mecânico-2014

Projecto de accionamento de um cabrestante para puxar 2 vagonetas

Di  d  2  R Onde:

R  0,5025.D  0,05 , segundo [3] tabela 3,

D  19,05mm Para pC  31,75 , segundo [3], tabela da folha 191,

R  0,5025 19,05  0,05  9,623mm

Di1  d1  2  R  253  2  9,623  233,75mm

Di 2  d 2  2  R  637  2  9,623  617,75mm

6.13. Cálculo do comprimento da cadeia:

 d  d 2  d 2  d1 
2

l  2  a   . 1 
 2  4 a

 253  637  637  253


2
l  2  1284       3994,72mm Toma-se l  3995mm
 2  4  1284

6.14. Cálculo da frequência de voltas de passagens da cadeia:

v 0,79
U   0,198s 1
l 3,995

6.15. Cálculo da força sobre o veio:

FVeio  K m  Ft

K m - Coeficiente que depende do ângulo da inclinação, K m =1,05 para transmissões verticais.

FVeio  K m  Ft  1,05  3114  3269,7 N

6.16. Cálculo da pressão nas articulações da cadeia:

Izidine | 6. Transmissão por cadeia: 45


Projecto mecânico-2014

Projecto de accionamento de um cabrestante para puxar 2 vagonetas

De acordo com o principal critério de capacidade de trabalho das transmissões por cadeia
“resistência das articulações da cadeia ao desgaste”, a capacidade de carga da transmissão pode
ser definida pela condição:

p
Ft
 t   p ;
F
 p    p0  Onde:
A Bd Ke

Ft - força tangencial útil na roda estrelada motriz, em N;

A - é a projecção da área de contacto da articulação, em mm2;

B - comprimento do casquilho, em mm;

d - diâmetro da cavilha ou espigão, em mm;

p - pressão nas articulações, nas condições reais de exploração, em MPa;

 p0 - pressão admissível nas articulações para condições médias de exploração, em MPa.

Para, pC  31,75 e a frequência de rotação n3  59,4 , tem-se [ p0 ]  29MPa

Da tabela-13.4 de [3], tem-se d  9,55mm e B  27,46mm

 p    p0   29
 21,48MPa
Ke 1,35

Ft F 3114
p  t   11,87 MPa
A B.d 27,46  9,55

p  11,87MPa   p  21,48MPa

A articulação resiste `a pressão.

6.17. Cálculo do coeficiente de segurança da cadeia:

Izidine | 6. Transmissão por cadeia: 46


Projecto mecânico-2014

Projecto de accionamento de um cabrestante para puxar 2 vagonetas

Frup
K Onde:
F1 max

Frup - força de ruptura, é tirado da tabela k32,

Frup  89000 N

F1 max - força de tensão no ramal tenso.

F1 max  Ft  Fq  FV  3114  47,8  2,37  3164,2 N

Frup
K  28,13  K   5...6 A cadeia satisfaz a condição de resistência
89000
K   28,13
F1 max 3164,2
estática.

Tab. 12- Resultados de cálculos da transmissão por cadeia.

Parâmetro Valor Parâmetro Valor Parâmetro Valor

Tipo de cadeia ᴨP-31,75-88500 Número de dentes Diâmetro da


da roda estrelada circunfrência
Passo da cadeia p 31,75 de crista da
motriz z1
25 roda
movida z2 estrelada:
63
motriz De1
268,2
movida De2
652

Distância interaxial a 1284 Carga da cadeia Diâmetro da


sobre o veio Fap, circunfrência
3269,7
[N] de crista da

Izidine | 6. Transmissão por cadeia: 47


Projecto mecânico-2014

Projecto de accionamento de um cabrestante para puxar 2 vagonetas

roda
Comprimento da 3995 Diâmetro da
estrelada:
cadeia L circunfrência
divisora da roda motriz Di1
Número de elos Lt 124
estrelada: 233,75
movida Di2
motriz dd1 253 617,75

movida dd2 637

Tab. 13- Valores do cálculo testador da transmissão por cadeia.

Parâmetro Valor admissível Valor calculado Margem em %

Frequência de 59,4 44,1 25,76


rotação da roda
n1
estrela menor,
em rpm ,

Frequência de 0,198
voltas da cadeia,
U
em 1/s

Coeficiente de
segurança (da
S 6 28,13 78,67
resistência) da
cadeia

Pressão nas
articulações da
pc 21,48 11,87 44,74
cadeia, em MPa

Izidine | 6. Transmissão por cadeia: 48


Projecto mecânico-2014

Projecto de accionamento de um cabrestante para puxar 2 vagonetas

7. CÁLCULO PROJECTIVO DOS VEIOS

Fig. 5-Esquema espacial:

7.1. Generalidades e materiais para veios:

Pela natureza de funcionamento dos veios, os principais critérios de capacidade de trabalho


utilizados para a projecção dos veios dos redutores são a resistência mecânica e a resistência

Izidine | 7. CÁLCULO PROJECTIVO DOS VEIOS 49


Projecto mecânico-2014

Projecto de accionamento de um cabrestante para puxar 2 vagonetas

à fadiga. Os veios geralmente não são fabricados de aços de alta qualidade devido ao
inconveniente destes terem a sensibilidade à concentração de tensões e à fadiga. Deste
modo, considerando estes aspectos escolhe-se o aço 40X, para o veio do parafuso sem-fim,
pois deve ser o mesmo material com o do parafuso sem-fim, uma vez que este é feito no
mesmo veio e aço 45, para o veio da roda-coroa.

[ ] – Para o veio de alta velocidade;

[ ] – Para o veio de baixa velocidade;

7.2. Cálculo dos parâmetros geométricos dos escalões dos veios

Os veios de redutores constituem corpos cilíndricos escalonados. A quantidade e as dimensões


dos escalões dependem da quantidade e dimensões das peças que se montam sobre os veios.

7.2.1. Cálculo dos parâmetros do veio de parafuso sem-fim

Estes parâmetros geométricos são determinados segundo as recomendações da tabela 7.1 de [1].

Fig. Esquema de cálculo do veio de entrada do redutor.


a) Diâmetro e comprimento do primeiro escalão do veio.
b) O diâmetro do primeiro escalão é determinado pela seguinte fórmula (43), de [1].

T 103
d1  mm
0,2   
3

Izidine | 7. CÁLCULO PROJECTIVO DOS VEIOS 50


Projecto mecânico-2014

Projecto de accionamento de um cabrestante para puxar 2 vagonetas

Onde:

T é o torque no veio, em [N·m] e é obtido da tabela dos resultados do cálculo cinemático.

[] é a tensão de cisalhamemto admissível, em [MPa].

No presente caso escolhe-se:    10 MPa, para veio de alta velocidade (parafuso sem-fim).

31,97  10 3
d1  3  25,2mm
0,2  10

Como forma de melhorar as condições da transmissão do torque do veio do motor eléctrico ao


veio de entrada do redutor recomenda-se tomar d 1 no seguinte intervalo:

d1  0,8...1,2  d me mm Onde:

d me - é o diâmetro do veio de saída do motor eléctrico, em [mm].

Que resulta:

d1  0,8...1,2  32  25,6...38,4 mm

Sendo d me um valor normalizado para a união elástica, toma-se d1  26mm , valor também

normalizado Ra 40

O comprimento do primeiro escalão é determinado pela seguinte fórmula (45), de [1]:

l1  1...1,2  d1 mm
l1  1...1,2  26  26...31,2 mm

Escolhe-se o valor médio l1  30mm ( Valor normalizado).

c) Diâmetro e comprimento do segundo escalão do veio.


O diâmetro do segundo escalão do veio acha-se pela fórmula (46), de [1]:

Izidine | 7. CÁLCULO PROJECTIVO DOS VEIOS 51


Projecto mecânico-2014

Projecto de accionamento de um cabrestante para puxar 2 vagonetas

d 2  d1  2  t mm
Onde o valor da altura dos ressaltos t, toma-se: da tabela de {1}, de [1].

para d1  26 mm, tem  se : t  2,2mm

Assim o diâmetro é:

d 2  26  2  2,2  30,4mm

Tomando em consideração que este escalão irá acomodar o rolamento, deve-se então, escolhe-se
um valor normalizado de d 2 , pois este deve ser igual ao diâmetro do anel interno do rolamento.
Segundo as recomendações de [1], escolhe-se: d2 = 30 [mm].

O comprimento do segundo escalão é determinado pela fórmula (47), de [1]:

l 2  1,5  d 2 mm Que dá em: l 2  1,5  30  45mm


d) Diâmetro e comprimento do terceiro escalão do veio.
O diâmetro do terceiro escalão, acha-se segundo a fórmula (48), de [1]:

d 3  d 2  3,2  r mm

Onde r é raio da curvatura dos chanfros dos apoios, toma-se r  2,0mm , da tabela de {1}, de
[1]. De onde resulta:

d 3  30  3,2  2,0  36,4 mm

Toma – se, d 3  36mm que corresponde ao valor normalizado da série .

O valor de é conseguido construindo o redutor como se segue abaixo:

R  0,5  d aM 2  x  0,5  268  10  144mm  D  2  R  288mm

Onde: Dai que:

Izidine | 7. CÁLCULO PROJECTIVO DOS VEIOS 52


Projecto mecânico-2014

Projecto de accionamento de um cabrestante para puxar 2 vagonetas

S  (0,1...0,2)  D  (0,1...0,2)  288  (28,8...57,6)mm

Toma-se, S  48mm da série e construindo o redutor será:

O valor do comprimento l 3 , obtêm-se construtivamente no esboço do redutor. Assim tem-se

l3  142mm

e) Diâmetro e comprimento do quarto escalão do veio.

Pela natureza de construção do veio, tem-se: d 2  d 4  30mm e l 4  T  25mm .

Onde: T é a largura do rolamento.

Os diâmetros e os comprimentos dos escalões dois e quatro sob rolamentos, são arredondados
para valores correspondentes aos números da série normalizada Ra40.
Tabela 14. Resultados dos parâmetros geométricos do veio do parafuso sem-fim

Parâmetros geométricos d1 l1 d2 l2 d3 l3 d4 l4

Valores obtidos, em [mm] 26 28 30 45 36 142 30 25

7.2.1.1. cálculo das reacções de apoio no veio de entrada:

Izidine | 7. CÁLCULO PROJECTIVO DOS VEIOS 53


Projecto mecânico-2014

Projecto de accionamento de um cabrestante para puxar 2 vagonetas

Tab. 15 – Resultados das reações de apoio do veio do parafuso sem-fim.

Condições de Equações de equilíbrio Resultados


equilíbrio

 Fz  o FUNI  RAz  RBz  Ft1 RBz  8166,13 N

 M B( z )  o d1 R Ay  1117,45 N
Fa1   Fr1  83,5  R Ay  167
2

 Fy  o Fr1  RBy  R Ay RBy  40,45 N

My  o  Ft1  83,5  R Az  167  FUNI  227,2 R Az  6946,87 N

A força da união é dada pala fórmula (49), de [1]:

Fun = 50  T1 ... 125  T1 N 

Onde T1 é o momento torsor do veio de alta velocidade (parafuso sem-fim), em [N·mm].

Izidine | 7. CÁLCULO PROJECTIVO DOS VEIOS 54


Projecto mecânico-2014

Projecto de accionamento de um cabrestante para puxar 2 vagonetas

Logo, tem-se:

FUNI  125  31,97  707 N

Com as reacções de apoio determinadas, passa – se ao estudo dos esforços internos.


Tab. 16: Estudo dos esforços internos

Equações dos esforços Resultados, em [N·mm]

M y s1   FUN  s1 M y 0  0


1o Trecho

M z s1   0 M y 60,5  42773,5

M z 0  0

M y s2   FUNI  (60,5  s2 )  R Az  s2 M y 0  42773,5

M y 83,5  681871,65
2o Trecho

M z s2   R Ay  S 2
M z 0  0

M z 83,5  93307,1

M y s3   RBz  s3 M y 0  0

M y 83,5  681871,86
3o Trecho

M z s3   RBy  s3 M Z 0  0

M Z 83,5  3377,58

Izidine | 7. CÁLCULO PROJECTIVO DOS VEIOS 55


Projecto mecânico-2014

Projecto de accionamento de um cabrestante para puxar 2 vagonetas

Após o estudo dos esforços internos, traça-se os diagramas do momento torsor Mt e dos
momentos flectores Mx e My, em relação aos eixos x e y, respectivamente.
a) Diagrama do momento torsor do veio de alta velocidade

b)Diagrama do momento flector em relação ao eixo z

b) Diagrama do momento flector em relação ao eixo y.

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Projecto mecânico-2014

Projecto de accionamento de um cabrestante para puxar 2 vagonetas

Encontrados os diagramas dos momentos flectores em cada um dos trechos, passa – se ao cálculo
do momento flector sumário que considera o efeito conjunto dos momentos.

Este cálculo é realizado para o ponto mais carregado. Assim, o ponto de engrenamento do
parafuso sem-fim é o ponto mais carregado e têm o momento flector resultante determinado com
base na fórmula (50):

M F  M z2  M y2 N  mm

Substituindo os respectivos valores tem-se:

M F  681871,75 2  93307,12  688226,2 N .mm

Com base na fórmula (51), de [2], acha-se o momento flector reduzido.

M red  M F2    T 2 N  mm

Onde:

T é o momento torsor do veio, em [N·mm]

 – coeficiente que toma em conta a concentração de tensões nas secções transversais


consideradas, e neste caso toma-se =1, pois o veio não tem escatel.

Substituindo os valores tem-se:

M red  688226,2 2  0,75  31970 2  688782,89 N .mm

Com base na fórmula (52), acha-se o diâmetro crítico.

d cri  3
M red
mm
0,1   F 

Onde

Izidine | 7. CÁLCULO PROJECTIVO DOS VEIOS 57


Projecto mecânico-2014

Projecto de accionamento de um cabrestante para puxar 2 vagonetas

[σF] = 60 ... 90 [MPa]

Escolhe-se [σF] = 60 [MPa].

Substituindo os respectivos valores na fórmula (52), tem-se:

 42,46 mm
688782,89
d cri  3
0,1  90

42,46  26
  0,3876
42,46

Tomando–se em conta que o diâmetro médio do veio, foi tomado como sendo igual ao diâmetro
do veio do motor eléctrico d1 = 26 mm; então, o desvio do diâmetro crítico é cerca de38,76 %.
Este valor, não supera o limite estabelecido de ( 50 ... 60 ) %. Então, pode-se continuar o cálculo
considerando o diâmetro médio do motor eléctrico.

7.2.2. Cálculo dos parâmetros geométricos do veio da roda-coroa

Os parâmetros geométricos do veio de baixa velocidade (roda-coroa) são determinados segundo


as recomendações da tabela 7.1 de [1].

a) Diâmetro e comprimento do primeiro escalão do veio

O diâmetro do primeiro escalão é determinado pela fórmula (43)

Onde:

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Projecto mecânico-2014

Projecto de accionamento de um cabrestante para puxar 2 vagonetas

T2 - é o torque do veio de baixa velocidade, obtido na tabela de resultados do cálculo cinemático.

   15 MPa, para o veio de baixa velocidade (roda-coroa), segundo as recomendações de


[1].

Substituindo os respectivos valores tem-se:

395,5  10 3
d1   51mm
0,2  15
3

Toma-se d1  50mm valor normalizado

O comprimento do primeiro escalão será dado pela fórmula (53) :

l1  1,2 ... 1,5  d1 mm


l1  1,2  50  60mm
b) Diâmetro e comprimento do segundo escalão do veio.
O diâmetro do segundo escalão do veio acha-se pela fórmula (46):
Onde o valor da altura dos ressaltos t, toma-se: da tabela de {1}, de [1].
para d1  50 mm, tem  se : t  2,8mm
De onde resulta:
d 2  50  2  2,8  55mm
Tomando em consideração que este escalão irá acomodar o rolamento, deve-se então,
escolher um valor normalizado de d 2 , pois este deve ser igual ao diâmetro do anel interno

do rolamento. Segundo as recomendações de [1], escolhe-se: d 2  60mm .


O comprimento do segundo escalão é determinado pela fórmula (54):
l 2  1,25  d 2 mm (54)
O que resulta:
l 2  1,25  60  75mm
c) Diâmetro e comprimento do terceiro escalão do veio.

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Projecto mecânico-2014

Projecto de accionamento de um cabrestante para puxar 2 vagonetas

O diâmetro do terceiro escalão acha-se segundo a fórmula (48)

Onde r é raio da curvatura dos chanfros dos apoios, para d1  50mm toma-se r  3,0mm ,
da tabela de [1].
De onde resulta:
d 3  60  3,0  3,2  69,6mm Toma-se d 3  70mm

O valor do comprimento l 3 , obtêm-se construtivamente no esboço do redutor. Assim, tem-se

l3  b2  2  X  45  2  10  65mm

d) Diâmetro e comprimento do quarto escalão do veio.

Pela natureza de construção do veio, tem-se: d 2  d 4  60 mm e l4  T  48,5mm .


Onde: T é a largura do rolamento.
Tab. 17 – Parâmetros calculados do veio de saída.

Parâmetros geométricos d1 l1 d2 l2 d3 l3 d4 l4

Valores obtidos, em [mm] 50 60 60 75 70 65 60 48,5

7.2.2.1. Cálculo das reações de apoio no veio de saída:

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Projecto mecânico-2014

Projecto de accionamento de um cabrestante para puxar 2 vagonetas

Tab.18 – Resultados das reações de apoio do veio da roda coroa.

Condições de Equações de equilíbrio Resultados


equilíbrio

 Fx  o RDx  RCx  Ft 2  Fab RCx  5766,64 N

Mx  o d2 RDy  13597,1 N


Fa 2   Fr 2  85,5  RDy 141
2

 Fy  o Fr 2  RDy  RCy RCy  8493,9 N

My  o RDx  111  Ft 2  55,5  Fab  30 RDx  4321,44 N

Fab = 2  F0  Ki  Ft N

Fab = 6548,4 N

Com as reacções de apoio determinadas, passa – se ao estudo dos esforços internos.

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Projecto mecânico-2014

Projecto de accionamento de um cabrestante para puxar 2 vagonetas

Tab. 19 – Esforços internos para o veio da roda coroa.

# Equações dos esforços Resultados, em


[N·mm]

M y s1   M z ( s1)  s1 M y s1   754635,35


1o Trecho

M X s1   239839,8
M x s1   RDx  s2

M y s2   0 M y s2   0
2o Trecho

M X s2    RDx (55,5  s2 )  Ft 2  s2 M X s2   196452,24

M y s3    RCy  s3 M y s3   471411,45


3o Trecho

M x s3   RCxy  s3 M x s3   196452

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Projecto mecânico-2014

Projecto de accionamento de um cabrestante para puxar 2 vagonetas

a) Diagrama do momento torsor Mt do veio de baixa velocidade.

a) Diagrama do momento flector em relação ao eixo x.

a) Diagrama do momento flector em relação ao eixo y.

Encontrados os diagramas dos momentos flectores em cada um dos trechos, passa – se ao cálculo
do momento flector sumário que considera o efeito conjunto dos momentos.

Izidine | 63
Projecto mecânico-2014

Projecto de accionamento de um cabrestante para puxar 2 vagonetas

Este cálculo é realizado para o ponto mais carregado. Assim, o ponto onde está localizado o
apoio “D” é o ponto mais carregado e têm o momento flector resultante dado pela fórmula (50):

M F  3955002  02  754635,35 [N·mm]

De [51], para  = 0,75; pois o veio tem um escatelo, acha-se o momento flector reduzido.

M red  754635,352  0,75  3955002  828727,76N .mm

De [52], para [σF=60 MPa], acha-se o diâmetro crítico.

828727,76
d cri  3 51,7mm
0,1  60

Tomando– se em conta que o diâmetro médio do veio, foi tomado como sendo igual a d1 =
50mm. Assim, desvio do diâmetro crítico é cerca de 3,29%. Este desvio, não supera o limite
estabelecido de ( 50 ... 60 ) %. Então, pode-se continuar o cálculo considerando o diâmetro
médio de 50 mm.

7.2.3. Cálculo dos parâmetros geométricos do veio executivo

Os parâmetros geométricos do veio de baixa velocidade (roda-coroa) são determinados segundo


as recomendações da tabela 7.1 de [1].

a) Diâmetro e comprimento do primeiro escalão do veio.

O diâmetro do primeiro escalão é determinado pela fórmula (43): Onde:

T4 - é o torque do veio do veio executivo, obtido na tabela de resultados do cálculo cinemático.

   30 MPa  , para o veios de transmissão, segundo as recomendações de [1].

Substituindo os respectivos valores tem-se:

Izidine | 64
Projecto mecânico-2014

Projecto de accionamento de um cabrestante para puxar 2 vagonetas

915,2  103
d1  3  53,4 mm Toma-se d1  53mm Valor normalizado.
0,2  30

O comprimento do primeiro escalão é dado:

l1  1,2 ... 1,5  d1 mm

l1  1,2 ... 1,5  50  63,6...79,5mm Toma-se l1  80mm Valor normalizado


b) Diâmetro e comprimento do segundo escalão do veio.
O diâmetro do segundo escalão do veio acha-se pela fórmula (46):

Onde o valor da altura dos ressaltos t, toma-se: da tabela de {1}, de [1].

para d1  53 mm, tem  se : t  3,0 mm

De onde resulta: d 2  53  2  3  59mm Toma-se d 2  60mm Valor normalizado.

O comprimento do segundo escalão é calculado com base na fórmula:

l2  1,25  d 2  75mm

O diâmetro do 3º escalão acha-se pela fórmula:

d 3  60  3  3  69mm

O comprimento correspondente toma se igual ao do tambor, logo tem-se:

l23=Bc=360 mm
O diâmetro do 4º escalão toma-se igual ao diâmetro do 2º escalão (d4=d2).
O comprimento l4=B=35 [mm].

8. ESCOLHA E CÁLCULO DOS ROLAMENTOS


O cálculo dos rolamentos baseia-se em dois critérios, apenas. Este cálculo dos rolamentos é feito
com a finalidade de evitar a destruição por fadiga e deformações plásticas nos anéis dos
rolamentos.

Izidine | 8. ESCOLHA E CÁLCULO DOS ROLAMENTOS 65


Projecto mecânico-2014

Projecto de accionamento de um cabrestante para puxar 2 vagonetas

Os dois critérios calculados nos rolamentos, são: O cálculo da capacidade dinâmica ou carga
dinâmica e faz – se para todos rolamentos que giram com frequência de rotação maior que 10
rpm e o segundo cálculo é o cálculo da capacidade de carga estática e é feita para os rolamentos
que giram com uma frequência de rotação menor que 10 rpm

8.1. Cálculo da capacidade de carga estática dos rolamentos

A condição de trabalho para este caso é Co ≤ [Co], calculada através de:

P0  X 0  Fr  Y0  Fa N  Onde:

[C0] é capacidade de carga estática admissível, (catalogado), em [kN].

C0 é capacidade de carga estática calculada, em [kN]

Fr é a carga radial, em [N].

Fa é a carga axial, em [N].

X0 é o factor de carga radial.

Y0 é o factor de carga radial.

C0
Fs  Onde:
P0

Fs - é o índice de carregamento estático.


C0 - é a capacidade de carga estática nominal, em [kN].
P0 - é a carga estática equivalente, em [kN].

8.2. Cálculo da capacidade de carga dinâmica dos rolamentos

A condição de trabalho é a limitação da carga dinâmica, expressa por: C  C 

Sendo que:

Izidine | 8. ESCOLHA E CÁLCULO DOS ROLAMENTOS 66


Projecto mecânico-2014

Projecto de accionamento de um cabrestante para puxar 2 vagonetas

C  Pr  L p
Onde:

[C0] - é Capacidade de carga dinâmica do rolamento admissível (catalogado), em [kN)

C - é capacidade de carga dinâmica do rolamento, em [kN].

Pr - é a carga dinâmica equivalente, em [kN]

p - é o expoente de longevidade

L - é a vida útil ( longevidade) do rolamento, em milhões de voltas.

10
O valor do expoente de longevidade p é tirado de [2], sendo p = para rolamentos de rolos.
3

O tempo de vida do rolamento é dado por:

60  n  Lh
L [milhões de voltas Onde:
10 6

Lh - é a vida útil do rolamento, em horas.

n - é a frequência de rotações, em min-1

A carga dinâmica equivalente calcula – se de:

Pr   X V  Fr  Y  Fa   K  KT kN  Onde:

Pr - é a carga dinâmica equivalente, em [kN]

X - é factor de carga radial

Y - é o factor de carga axial

Kσ - é o coeficiente de segurança do rolamento

Izidine | 8. ESCOLHA E CÁLCULO DOS ROLAMENTOS 67


Projecto mecânico-2014

Projecto de accionamento de um cabrestante para puxar 2 vagonetas

KT - é o coeficiente de temperatura do rolamento

V - é o coeficiente que toma em conta a rotação de um dos anéis

Fr - é a força radial, em [kN]

Fa - é a força axial, em [kN]

Os factores de carga tiram – se da tabela quando se cumpre um das condições:

1a Condição:

Fa
 e ; para este caso, X = 1 e Y = 0
V  Fr

2a Condição:

Fa
 e ; neste caso X e Y tiram – se da tabela
V  Fr

8.3. Cálculo dos rolamentos do veio de entrada no redutor

O esquema de colocação dos rolamentos veio de entrada, apresenta – se na figura abaixo.

Figura 26. Esquema de colocação dos rolamentos no veio de entrada

RA  RAx  RAy  6946,87 2  1117,45  7036 N


2 2 2

RB  RBx  RBy  8166,132  40,45  8166,2 N


2 2 2

Izidine | 8. ESCOLHA E CÁLCULO DOS ROLAMENTOS 68


Projecto mecânico-2014

Projecto de accionamento de um cabrestante para puxar 2 vagonetas

A força radial Fr = 1837,4 [N] e a força axial é Fa= 5103,2 [N]

Como o veio do parafuso sem-fim, é carregado por forças radial e axial bem consideráveis, deve-
se escolher um rolamento que suporte, cargas radiais e axiais, ou uma combinação de ambas.

Segundo as recomendações de [1], para o veio do parafuso sem-fim, escolhe-se rolamentos


cónicos de uma carreira, de série média, com a seguinte designação T2DE030

d D T C [kN] C0 Pu n m [kg] Designação


[mm] [mm] [mm] [kN] [kN] [rpm]

30 62 25 65,5 78 17,3 6700 0,394 T2DE030

8.3.1. Cálculo testador pala carga dinâmica do rolamento

Fa 5103,2
  2,78  e  0,34 ; logo do catálogo, para o presente caso tem-se X=0,4 e
V  Fr 1  1837,4
Y=1,76
E têm – se:
Pr  0,4  1837,4  1,76  5103,2  1,3  11631,6 N 

Onde:

V = 1,0; pois o anel interno é que gira, K = 1,3 para rolamentos de um redutor, e KT = 1,0
porque a temperatura é inferior a 100o C.

60  950  5475
L  312,07 [milhões de revoluções]
106

A carga dinâmica calcula – se d a equação :

C  Pr  L p
 11361,6  (312,07) 0,3  63637,79 N  C   65500 N

A condição de resistência a carga dinâmica é satisfeita.

Izidine | 8. ESCOLHA E CÁLCULO DOS ROLAMENTOS 69


Projecto mecânico-2014

Projecto de accionamento de um cabrestante para puxar 2 vagonetas

8.4. Cálculo dos rolamentos do veio de saída do redutor

Fig. Esquema de colocação dos rolamentos no veio da roda coroa

RC  RCx  RCy  5766,64 2  8493,9  10266,5 N 


2 2 2

RD  RDx
2
 RDy
2
 4321,442  13597,12  14267,3 N 

A força radial Fr = 5103,2 [N] e a força axial é Fa= 15820 [N]

d D T C C0 Pu n [rpm] m [kg] Designação


[mm] [mm] [mm] [kN] [kN] [kN]

60 130 48,5 245 310 17,3 5300 3,19 T2D060

8.4.1. Cálculo testador pala carga dinâmica do rolamento

Fa 15820
  3,1  0,35  X  0,4; Y  1,74
V  Fr 1  5103,2

Izidine | 8. ESCOLHA E CÁLCULO DOS ROLAMENTOS 70


Projecto mecânico-2014

Projecto de accionamento de um cabrestante para puxar 2 vagonetas

Pr  0,4  5103,2  1,74  15820  1,3  38438,5 N 

Onde:

V = 1,0; pois o anel interno é que gira, K = 1,3 para rolamentos de um redutor, e KT = 1,0
porque a temperatura é inferior a 100o C.

60  359,5  5475
L  118,1 [milhões de revoluções]
106

C  Pr  L p
 38438,5  (118,1) 0,3  160857,5N  C   24500 N

A condição de resistência a carga dinâmica é satisfeita.

9. CONSTRUÇÃO DO CORPO E DA TAMPA DO REDUTOR


Segundo recomendações de [1], para a construção do corpo e da tampa de um
redutor de parafuso sem-fim/coroa, obedece a seguinte tabela:

# Designação do parâmetro Fórmula Valor

1 Espessura da parede do corpo e da   0,045  aw  (1...3)mm   8mm


tampa do redutor ()

2 Espessura dos rebordos da tampa do s1  1,5  mm s1  12mm


redutor (s1)

3 Espessura dos rebordos (flanges do s  s1  (2...5)mm s  16mm


redutor) (s)

4 Espessura das patas do redutor (t) t  2  mm t  16mm

5 Espessura das nervuras (aletas) do c  mm c  8mm


corpo e da tampa do redutor (c)

Izidine | 9. CONSTRUÇÃO DO CORPO E DA TAMPA DO REDUTOR 71


Projecto mecânico-2014

Projecto de accionamento de um cabrestante para puxar 2 vagonetas

6 Diâmetro dos parafusos do d f  0,036  aw  12mm d f  16mm


fundamento (df)

7 Diâmetro do parafuso de fixação da d tcr  0,75  d f mm d tcr  12mm


tampa do redutor ao corpo perto dos
rolamentos (dt.c.r)

8 Diâmetro do parafuso de fixação da d t  0,5  d f mm d t  8mm


tampa do redutor no corpo (dt)

9 Diâmetro do parafuso de fixação da d tr  (0,7...1,4)  mm d tr  10mm


tampa do rolamento ao corpo (dt.r)

10 Largura das abas das tampas dos x  2  d tr mm x  24mm


rolamentos (x)

11 Diâmetro dos parafusos de fixação da d ti  (6...10)mm d ti  8mm


tampa de inspecção (dt.i)

12 Diâmetro da rosca do bujão d b  (1,6...2,2)mm d b  18


drenagem do óleo do cárter do
redutor (db)

13 Largura dos rebordos (flanges) de K ,  2  d t mm K ,  16mm


união da tampa e do corpo do redutor
(K’)

14 Largura das patas do corpo do redutor K  (2...2,5)  d f mm K  36mm


(K)

15 Folga lateral entre a parede interna do y  0,5  mm y  4mm


corpo do redutor e o cubo da coroa

Izidine | 9. CONSTRUÇÃO DO CORPO E DA TAMPA DO REDUTOR 72


Projecto mecânico-2014

Projecto de accionamento de um cabrestante para puxar 2 vagonetas

(y)

16 Distância entre a parede interna da y1   y1  10mm


tampa do redutor e do diâmetro
externo da coroa (y1)

17 Distância entre o eixo do parafuso y2  2 ... 2,5  d1'' mm onde: y 2  75


sem-fim e a parede inferior interna do
d 1'' é o diâmetro interno do
fundo do corpo do redutor (y2)
rolamento do apoio do
parafuso sem-fim

18 Espessura da tampa do rolamento x1  Tmax


'
 5 ... 10 mm x1  50 mm
junto com o vedante embutido (x1 e x 2  Tmax
''
 5 ... 10 mm x2  30 mm
x2 onde:T’max e T’’max são as
larguras dos rolamentos.

x1  48,5  5 ... 10 mm
x2  25  5 ... 10 mm

19. A distância entre pontos de aplicação a1  167mm a1  167mm


a) das reacções dos rolamentos do veio
de entrada (2·a1) depende da
construção e apoio do parafuso sem-
fim.

b) Para o veio de saída a2  y + 0,5·lc ( o vão total é a2  111mm


o dobro de a2)

lc - é o comprimento do cubo

Izidine | 9. CONSTRUÇÃO DO CORPO E DA TAMPA DO REDUTOR 73


Projecto mecânico-2014

Projecto de accionamento de um cabrestante para puxar 2 vagonetas

da roda coroa

20. Comprimento do redutor Lred=2·a1+2·(T’max+x1+l1 Lred  540mm


a)

b) Largura do redutor Bred  l2  2  (l ,  x2Tmax


,,
) Bred  360mm
 2  a 2  0,5  k

c) Altura do redutor H red    y 2  a w  0,5  d aM 2 H red  360mm


 l1    8...12

10. CÁLCULO TESTADOR DOS VEIOS


O cálculo testador principal dos veios é a verificação da resistência à fadiga. Porém podem ser
feitos outros cálculos como: cálculo de resistência à carga estática, à rigidez e às vibrações.

10.1. Cálculo testador à fadiga dos veios

O calculo testador à fadiga consiste no cálculo dos coeficientes de segurança do material nas
secções transversais consideradas mais perigosas nos veios, em especial onde as tensões são
máximas e existem concentradores de tensões (tais como ranhuras, escalões, furos, estrias, golas,
escatéis).

10.1.1. Cálculo testador à fadiga do veio de entrada do redutor

Este cálculo é feito com base na fórmula:

s  s
s  s   1,5 Onde:
s2  s2

sσ – é o coeficiente de segurança à flexão, e é dado pela fórmula

Izidine | 10. CÁLCULO TESTADOR DOS VEIOS 74


Projecto mecânico-2014

Projecto de accionamento de um cabrestante para puxar 2 vagonetas

 1
s   2,39
 a  K
    m
Kd  K F

sτ – é o coeficiente de segurança à torção, e é dado pela fórmula

 1
s   14,62
 a  K
  m
Kd  K F

σa – é a amplitude das tensões cíclicas; e é dado pela

MF 688226,2
 m  0; a    2545MPa
0,1  d 3
0,1  303

τa – é a amplitude das tensões cíclicas; e é dado pela fórmula

0,5  T 0,5  31,97  103


a  m    5,92 MPa
0,1  d 3 0,1  303

Para aço 40X, tem-se: Ψσ = 0,15 e ψτ =0,1

σm e τm – são os valores médios das amplitudes cíclicas. (σm =0 e τm = τa).

Ψσ e ψτ – são os coeficientes de correcção que consideram a influencia das componentes


constantes das tensões na fadiga, e dependem das propriedades dos materiais.

σ-1 e τ-1 – são os limites de fadiga. São escolhidos das tabelas de características dos materiais
ou podem ser estimados pelas fórmulas :

 1  0,4 ... 0,5   r  0,45  834  375,3MPa

 1  0,2 ... 0,3   r  0,25  834  208,5

Das figuras 15.5 e 15.6 de [2], tem-se: Kd = 0,70 e KF = 0,86

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Projecto mecânico-2014

Projecto de accionamento de um cabrestante para puxar 2 vagonetas

Da tabela 15.1 de [2], tem-se: Kσ = 3,01 e Kτ = 1,88

Kd e KF – são os factores de escala e de rugosidade respectivamente, e são obtidos nas figuras


15.5 e 15.6 de [2].

Kσ e Kτ – são coeficientes de concentração das tensões normais (de flexão) e tangenciais


(devido) à torção, respectivamente e são obtidos da tabela 15.1 de [2].

s  s
s  s   1,5  2,35  s  1,5 A condiçã de resistência à
s2  s2
fadiga é verificada.

10.1.2 Cálculo testador à fadiga do veio de saída do redutor

Calculam-se as amplitudes das tensões cíclicas:

754635,35 0,5  395,5  10 3


a   22MPa e m a   2,88MPa
0,1  70 3 0,2  70 3

De [2], para aço 45, tem-se:

Ψσ = 0,1 e ψτ =0,05

Da tabela {2} de [3], para σr = 735 [MPa], tem-se:

 1  0,45  735  330,75MPa e  1  0,25  735  183,75MPa

Da figura 15.5 e 15.6 de [2], tem-se:

Kd = 0,60 e KF = 0,82

Da tabela 15.1 de [2], tem-se:

Kσ = 2,86 e Kτ = 1,82

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Projecto mecânico-2014

Projecto de accionamento de um cabrestante para puxar 2 vagonetas

Determinam-se os coeficientes de segurança à flexão e à torção, respectivamente:

330,75 183,75
s   2,59 e s   17
22  2,86 2,88  1,82
 0,1  0  0,05  2,88
0,60  0,82 0,60  0,82

Finalmente na fórmula (61), tem-se o coeficiente de segurança:

2,59  17
s  2,56  s   1,5 ... 2,5
2,59 2  17 2

A condição é verificada.

10.2 Cálculo testador dos veios à carga estática

O cálculo testador à carga estática baseia-se na condição de resistência do veio por limitação
da tensão equivalente, usando a quarta hipótese de resistência. Ela serve para verificar a
resistência dos veios à deformação plástica ou destruição devido a sobrecargas. Este cálculo é
feito com base na fórmula (68) de [2].

 eq   F2  3   2    MPa 

Onde:

σeq – é a tensão equivalente, em [Mpa].

[σ] – é a tensão admissível, e é calculada com base na fórmula (69), de [2].

   0,8   e

32  M F MF 12  T T
F     Onde:
 d 3
0,1  d 3  d 3
0,2  d 3

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Projecto mecânico-2014

Projecto de accionamento de um cabrestante para puxar 2 vagonetas

MF e T - são momentos flector e torsor, respectivamente.

10.2.1 CÁLCULO TESTADOR À CARGA ESTÁTICA DO VEIO DE ENTRADA DO REDUTOR

Tem-se:

   0,8  540  432MPa

688226,2 31,97  10 3
F   147,5MPa e   3,43MPa
0,1  36 3 0,2  36 3

Finalmente de (68), obtem-se a tensão equivalente será:

 eq  147,5 2  3  3,432  147,6 MPa      432 MPa 

A condição de resistência à carga estática é satisfeita.

10.2.2 CÁLCULO TESTADOR À CARGA ESTÁTICA DO VEIO DE SAÍDA DO REDUTOR

   0,8  441  352,80 MPa


Onde σe = 441 [MPa], tomado da tabela {2} de [2], para aço 45.

E, tem-se:

395,5  10 3
F 
754635,35
 22MPa e   5,77 MPa 
0,1  70 3 0,2  70 3

Acha-se a tensão equivalente:

 eq  22 2  3  5,77 2  24,16 MPa 

 eq  24,16 Mpa     352,8 MPa

A condição de resistência é satisfeita.

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Projecto mecânico-2014

Projecto de accionamento de um cabrestante para puxar 2 vagonetas

10.3 Cálculo testador à rigidez dos veios

O cálculo testador à rigidez dos veios tem como objectivo verificar a deflexão e deslocamento
dos veios, pois, a deflexão dos veios influi negativamente no trabalho das peças alojadas sobre
ele, e pode até alterar os parâmetros de conjugação.

Para o cálculo de controlo à rigidez, deve – se sempre cumprir com as seguintes condições:

- y  [y] – deslocamento elástico ou flecha;

-   [] – ângulo de deflexão

-   [] - ângulo de torção

Para veios de transmissões dentadas a flecha devido à deflexão do veio sob a roda é:

[y]  0,01·m = 0,01·6,3 = 0,063 mm

[] = 0,001 radianos

O cálculo dos deslocamentos e o ângulo de torção é feito com base no teorema de Castigliano.

10.3.1 CÁLCULO TESTADOR À RIGIDEZ DO VEIO DE ENTRADA

Plano ZX

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Projecto mecânico-2014

Projecto de accionamento de um cabrestante para puxar 2 vagonetas

Izidine | 80
Projecto mecânico-2014

Projecto de accionamento de um cabrestante para puxar 2 vagonetas

11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] Guia para o cálculo cinemático de accionamentos, Rui V. Sitoe, Departamento de Engenharia
Mecânica da Universidade Eduardo Mondlane, Maputo, 1996. (versão actualizada).

[2] Fichas de apontamentos teóricos de Órgãos de Máquinas I e II da autoria de Rui Vasco Sitoe,
Departamento de Engenharia Mecânica da Faculdade de Engenharia da Universidade Eduardo
Mondlane, Maputo, 2003 – 2004 (material não editado).

[3] Atlas de Construção de Máquinas, Volumes I, II e III, D. N. Reshetov, Renovada Livros


Culturais, Rio de Janeiro, 1979.

Izidine | 11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 81

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