Professional Documents
Culture Documents
Mapeamento Cient Fico Acerca Do Uso de Bancos de Dados em Estudos Macroecol Gicos Sobre Animais
Mapeamento Cient Fico Acerca Do Uso de Bancos de Dados em Estudos Macroecol Gicos Sobre Animais
Mapeamento Cient Fico Acerca Do Uso de Bancos de Dados em Estudos Macroecol Gicos Sobre Animais
guilherme.lavrador@academico.ufs.br, breno.gustavo@academico.ufs.br
josias.junior@academico.ufs.br, matos04@academico.ufs.br
gilton@dcomp.ufs.br
Abstract. Biology has been studying and attempting to explain phenomena rela-
ted to life on Earth for many centuries. However, in recent decades, it has found
a strong ally in a technology that emerged in the late 1960s, the database; which
enabled the development of a new field of study called macroecology, conceived
by Brown and Mauer (1989), and has made large-scale advances in understan-
ding the dynamics of life on Earth. This work aims to conduct an analysis of the
works already published in the sense of constructing and using database tools
that help scientists determine the conservation status and risk of any group of
living beings, make past and future projections, understand the phylogeny and
evolution of beings, and numerous other applications, with more specificity on
the animal kingdom. Starting from the search of articles that ”announce”the
creation of specific databases for phylums or even species of the animal king-
dom, on various scales, published on platforms, mainly the Periódicos Capes,
and from the analysis of these databases made available, it was possible to make
some observations, as seen in the average of records in the studies: 76.937,
or the average of sources: 1018. Illustrating the importance and size of the
macroecological studies, and it’s perspective of growth alongside the database
tecnology.
1. Introdução
A macroecolgia trouxe uma nova perspectiva para os estudos ecológicos, deixando
de focar em uma visão micro, e finalmente abrangendo dados de grandes extensões fisi-
cas ou grandes perı́odos de tempo, abordagem que segundo [Kent 2005] pode elucidar
problemas de larga escala, cuja abordagem micro não conseguiria, e ainda sim tem sido
negligênciada em comparação à tradicional. Porém lidar com uma grande quantidade de
dados, armazenar e realizar testes estatı́sticos é um trabalho extenso e sucetı́vel a erro hu-
mano, por isso o uso de sistemas de gerenciamento de bancos de dados são um dos fatores
mais importantes para o surgimento de pesquisas que juntam dados na casa das centenas
de milhares
Apesar de serem ferramentas amplamente utilizadas para nos estudos ecológicos,
a relação entre os bancos de dados e a macroecologia é abordada de forma superficial,
boa parte dos artigos não se preocupa em descrever o processo de estruturação e mon-
tagem do SGDB, mesmo que descrevam detalhadamente a área de estudo, as fontes dos
dados, geralmente literatura cientı́fica, ou não cientı́fica, coleções cientı́ficas de museus e
universidades, dados de expedições de buscas, ou registros extraı́dos de outros bancos de
dados online, as caracterı́sticas que serão analisadas, os grupos, as técnicas de validação
dos dados.
A partir da análises de artigos cientı́ficos obtidos na plataforma Periódicos Capes,
e a análise dos bancos de dados integrados a esses artigos, focados nas pesquisas sobre o
reino animal busca-se entender o tamanho dos dados usados nessa pesquisa, a estrutura
dos BD’s, os formatos mais comuns, e realizar algumas análises estatı́sticas simples.
No decorrer desse artigo, serão abordados artigos sobre quase todos filos que
compõe o reino, e que trazem bancos de dados que quardam informações que variam
desde distribuição, numero de registros, alimentação e relação de predatismo, variação
temporal, informações genéticas, invasão ecológica e outros traços biológicos, ecológicos
e morfológicos.
2. Fundamentação Teórica
2.1. Macroecologia
A macroecologia é um campo relativamente recente da ecologia, que estuda temas
naturais com uma abordagem macro, mais distante dos campos e dos seres vivos, e mais
próximo de calculos matemáticos, da estaı́stica e dos computadores, mas que é capaz de
chegar a problemas e soluções impensáveis para um estudo de abordagem micro.
Embora a ecologia tradicional tenha feito grandes avanços na compre-
ensão de vários tipos de interações ecológicas, ela tem sido menos bem-
sucedida em entender as muitas conexões entre indivı́duos, populações,
comunidades e ecossistemas e as emergentes estruturas e dinâmicas gera-
das por essas interações. No entanto, entender essas ligações e sua história
evolutiva é imperativo para resolver os desafios emergentes apresentados
pelas taxas rápidas de fragmentação do habitat, perda de biodiversidade e
mudanças climáticas globais. Em resposta, abordagens que se concentram
em padrões amplos e buscam elucidar processos gerais no espaço e/ou
tempo estão cada vez mais influentes na ecologia, evolução, sistemática e
paleoecologia.[Smith et al. 2008].
Por mais que o surgimento da área seja creditado ao livro ”Macroecologia ”es-
crito por James H. Brown em 1995, pouco mais de 100 anos antes, em 1898,
[?] já realizava estudos em florestas abordando perspectivas similares à dos estudos
modernos.[Smith et al. 2008]. Independentemente de como começou, é inegavel que os
estudos macroecológicos são uma corrente muito importante da ecologia contemporânea,
focando em vários grupos, desde cordados, como peixes e anfı́bios [Oliveira et al. 2017,
Jézéquel et al. 2022], artrópodes [Mancinelli et al. 2021], vermes, e até a suas relações
com farotes abióticos[van den Hoogen et al. 2020]. Existe inclusive a chamada macroe-
cologia humana que segundo [et al 2012] estuda a maneira como os humanos estão inter-
ligados aos sistemas terrestres.
Fonte: wehavekids.com
Dentre esses 5 reinos, o animal foi escolhido como foco especı́fico deste trabalho,
que por mais que represente cerca de 0,4%da biomassa da terra [Ritchie 2019], é uma
parcela importante da vida na terra, sendo capaz de alterar o funcionamento de ecossis-
temas, e sendo intuitivamente o primeiro grupo que nos vêem a mente quando pensamos
em seres vivos, além de incluir os próprios seres humanos
Os animais exibem diversos padrões comportamentais, tais como
atração à luz, repulsão a produtos quimicos nocivos e detecção de ga-
ses dissolvidos e temperatura. Tais comportamentos são encontrados em
membros de todos os cinco reinos, mas os animais têm esse tema mais ela-
borado. No inı́cio da história do reino animal, mais de meio bilhão de anos
atrás, os sistemas nervosos, incluindo os cérebros, evoluı́ram em diversos
ramos. Os organismos de nenhum outro reino têm sistemas norvosos ou
cérebros.[Lynn Margulis 2004].
3. Metodologia
3.1. Questões de pesquisa
A seguir as questões de pesquisa:
1. Existem pesquisas focadas no uso de bancos de dados para estudos ecológicos?
Em caso positivo, elas se aplicam ao reino animal? Quais filos?
2. Considerando as respostas da pergunta anterior, qual é a escala do trabalho? Elas
se procupam somente em listar espécies ou traços de seres especı́ficos? Elas
analizam uma variação, seja espacial ou temporal? Qual a escala deste estudo?
Abrange um paı́s? uma região? Quantos registros em média são analisados nos
artigos? Quantas espécies?
3. Qual a estrutura dos bancos de dados utilizados? Existe algum padrão em formato
ou em estrutura? Como esse BD é tratado no decorrer dos artigos estudados?
3.2. Palavras-chave
Na Tabela 1 são apresentadas as Palavras-Chave utilizadas utilizadas para formar
a string de busca.
Tabela 1: Palavras-Chave utilizadas na string de busca
3.4. Critérios
A seguir os Critérios de Inclusão:
1. Ser uma pesquisa de cunho macroecológico ou com objetivo de listar espécies e
indivı́duos;
2. Conter um banco de dados;
3. Se limitar ao reino animalia;
A seguir os Critérios de Exclusão:
1. Não focar em animais
2. Não trazer um banco de dados
3. Dar muito foco em espectos genéticos
4. Resultados e Discussão
Nessa seção os resultados das pesquisas serão expostos e as perguntas anterior-
mente realizadas serão respondidas:
4.1. Resultados
A maioria dos artigos trazia as informações mais importantes no seu resumo, pro-
vavelmente pois o objetivo de boa parte dos trabalhos analisados é anunciar e publicizar a
criação de ferramentas úteis para o desenvolvimento cientı́fico e ecológico. Porém algu-
mas outras partes eram de grande valor, seções como: Métodos e Técnicas, Notas de uso,
e registro de dados, além da validação técnica, traziam dados importantes para entender a
estrutura e magnitude dos bancos de dados.
O artigo de [van den Hoogen et al. 2020] trata de um banco de dados de ne-
matódeos coletados em amostras de solo, e identifica as suas dietas e concentração dos
vermes na amostra, em escala global
Em seu artigo, [Tedesco et al. 2017] buscou compilar todas as espécies de peixes
de água doce que registrados em bacias de drenagem, em uma escala global, contabili-
zando 14953 espécies, extraı́das de literatura publicada enre 1960 e 2014.
No artigo de [Mancinelli et al. 2021] é realizado um levantamento da ocorrência
do carangueijo azul Callinectes sapidus, que é nativo da região que se estende da Nova
Inglaterra até o Uruguai, mas que foi introduzido na europa em 1901 e é considerado
invasor.
O Banco de dados de [Pascal et al. 2022] guarda dados de peixes e lagostins cole-
tados aproximadamente quatro décadas de pesca elétrica realizada em rios da França.
Em seu trabalho [Oliveira et al. 2017] estruturou um banco de dados que arma-
zena 17 traços ecológicos, biológicos e morfológicos de anfı́bios a nı́vel global.
Na tentativa de manter em um único BD dados morfológicos, biológicos e ge-
ográficos de todas as espécies de aves do planeta, [Tobias et al. 2022] criou o chamado
Avonet, que abrange cerca de 11 mil espécies, e pode servir de base para diversos estudos.
O artigo de [Mammola et al. 2019] busca elucidar a grande variedade de espécies
de aranhas que vivem em cavernas ao redor do continente europeu, chegando a um total
de espécies.
Figura 4. imagem do caragueijo azul callinectes sapidus
Fonte: biodiversity4all.org
4.3. Resposta de: Existem pesquisas focadas no uso de bancos de dados para
estudos ecológicos? Em caso positivo, elas se aplicam ao reino animal? Quais
filos?
Com base na extensiva pesquisa que culminou na escrita desse artigo é inegável
que existe uma grande quantidade de artigos focados em armazenar dados de animais em
bancos de dados, visando facilitar ações de proteção e conservação além de possibilitar
uma série de estudos baseados nos números e dados disponı́veis. Durante a pesquisa para
este artigo foram considerados artigos sobre os seguintes filos:
1. Cordados (que variam entre peixes, aves, mamı́feros e anfı́bios) Ex:
[Dyer et al. 2017]
2. Artrópodes Ex: [Mammola et al. 2019]
3. Equinodermos Ex: [Kudtarkar and Cameron 2017]
4. Nematódeos Ex: [van den Hoogen et al. 2020]
4.5. Resposta de: Qual a estrutura dos bancos de dados utilizados? Existe algum
padrão em formato ou em estrutura? Como esse BD é tratado no decorrer dos
artigos estudados?
Em suma, todos os bancos de dados que foram disponibilizados para download
público constavam somente com dados textuais e numéricos, geralmente com uma ou até
6 tabelas separadas, configurando um uso simples de um banco de dado relacional, sem
utilização de imagens ou videos, mas que já é efetiva para a tarefa de armazenar quan-
tidades, posição geográfica, caracterı́sticas do animal, e dados da coleta, e que permite
manupilações estaı́sticas mais avançadas com base em ferramentas especı́ficas como o R.
Poucos artigos falam sobre o processo de criação dos bancos de dados, que utilizam ferra-
mentas como o PostgreSQL, porém dados como o formato do arquivo eram mais comuns.
Os arquivos eram formatados nos seguintes formatos:
1. .CSV
2. .ArcGIS
3. .RData
4. .xlsx
5. .txt
Sendo o .CSV o formato mais comum, aparecendo em 63% dos trabalhos. Se-
gundo [Rodrigues 2018] é ”um formato usado para armazenar dados e que pode ser im-
portado e exportado em programas como Microsoft Excel, Google Sheets, Apple Num-
bers, OpenOffice Calc e outros aplicativos.”
4.6. Discussões a respeito das publicações
Em resumo, as publicações acumulam uma média de 76.937 registros e 971
espécies, tratando de valores tão altos quanto 232.936 registros, ou 400.563 espécies,
em perı́odos de tempos de até 200 anos, em escala global, mostrando o potencial da área
5. Ameaças à validade
Possivelmente a maior ameaça à validade desse trabalho cientı́fico é a quantidade
de artigos e bancos de dados, se limitando a somente 14.
6. Considerações Finais
Durante esse trabalho foram revisados 14 artigos que traziam um banco de dados
que abrangia algum filo do reino animal, e foram extraı́dos dados estaı́sticos que mostram
a importancia dos bancos de dados para o desenvolvimento dos estudos macroecológicos,
e para o entendimento da natureza.
Uma tabela do excel que demonstra os dados utilizados para chegar nas estatı́sticas
expostas e nos gráficos utilizados através desse texto, para ilustrar a interação entre uma
tecnologia da informação e a ecologia.
Mesmo se tratando de um trabalho de pequena escala, que não traz estatı́sticas
muito elaboradas, esse trabalho pode abrir espaço para mais pesquisas na mesma área,
desenvolvimento de novas tecnologias focadas na macroecologia e uma maior integração
entre os estudiosos da computação e ecólogos, trazendo enormes benefı́cios para a vida e
a diversidade ecológica na terra, e porrivelmente para a própria sobrevivência humana.
Agradecimentos
Os autores demonstram sua gratidão a todos os envolvidos nesse trabalho, como o
professor Gilton José Ferreira da Silva, ao Departamento de Computação da Universidade
Federal de Sergipe, e a CAPES, que disponibilizou a plataforma de pesquisa, Periódicos
Capes.
Contribuição dos autores:
• Murilo Granja Ferreira da Silva: Pesquisa e escrita do manuscrito;
• Brennda Caitano dos Santos: Pesquisa e escrita do manuscrito;
• Guilherme Lavrador Viana: Correções e tradução do manuscrito;
• Breno Gustavo dos Santos: Tabelas e Gráficos;
• Josias Ribeiro de Freitas Junior: Pesquisa;
• Matheus de Souza Matos: Pesquisa;
• Gilton José Ferreira da Silva: Coordenação do trabalho, correções e direciona-
mentos da pesquisa.
Referências
[Dyer et al. 2017] Dyer, E. E., Redding, D. W., and Blackburn, T. M. (2017). The global
avian invasions atlas, a database of alien bird distributions worldwide. Scientific data,
4(1):170041–170041.
[Elmasri 2011] Elmasri, R. (2011). Sistemas de banco de dados. Pearson, 6th edition.
[et al 2012] et al, J. R. B. (2012). The macroecology of sustainability. Plos Biology.
[Grundler 2020] Grundler, M. C. (2020). Squamatabase: a natural history database and r
package for comparative biology of snake feeding habits. Biodiversity data journal,
8:e49943–e49943.
[Hurlbert et al. 2021] Hurlbert, A. H., Olsen, A. M., Sawyer, M. M., and Winner, P. M.
(2021). The avian diet database as a source of quantitative information on bird diets.
Scientific data, 8(1):260–260.
[Jézéquel et al. 2022] Jézéquel, C., Tedesco, P. A., Bigorne, R., Maldonado-Ocampo, J. A.,
Ortega, H., Hidalgo, M., Martens, K., Torrente-Vilara, G., Zuanon, J., Acosta, A.,
Agudelo, E., Maure, S. B., Bastos, D. A., Gregory, J. B., Cabeceira, F. G., Canto,
A. L., Carvajal-Vallejos, F. M., Carvalho, L. N., CELLA-RIBEIRO, A., Covain, R.,
DoNascimiento, C., Dória, C. R., Duarte, C., Ferreira, E. J., Galuch, A. V., Giarrizzo,
T., Leitão, R. P., Lundberg, J. G., Maldonado, M., Mojica, J. I., Montag, L. F., Ohara,
W. M., Pires, T. H., Pouilly, M., Prada-Pedreros, S., de Queiroz, L. J., Py-Daniel, L.
H. R., Ribeiro, F. R., Herrera, R. R., Sarmiento, J., Sousa, L. M., Stegmann, L. F.,
Rivera, J. V., Villa, F., Yunoki, T., and Oberdorff, T. (2022). A database of freshwater
fish species of the amazon basin.
[Kent 2005] Kent, M. (2005). Biogeography and macroecology. Progress in physical geo-
graphy, 29(2):256–264.
[Kudtarkar and Cameron 2017] Kudtarkar, P. and Cameron, R. A. (2017). Echinobase: an
expanding resource for echinoderm genomic information. Database : the journal of
biological databases and curation, 2017.
[Lynn Margulis 2004] Lynn Margulis, K. V. S. (2004). Cinco reinos: um guia ilustrado dos
filos da vida na Terra. Guanabara Koogan, 3th edition.
[Mammola et al. 2019] Mammola, S., Cardoso, P., Angyal, D., Balázs, G., Blick, T., Brus-
tel, H., Carter, J., Ćurčić, S., Danflous, S., Dányi, L., Déjean, S., Deltshev, C., Elve-
rici, M., Fernández, J., Gasparo, F., Komnenov, M., Komposch, C., Kováč, L., Kunt,
K. B., Mock, A., Moldovan, O., Naumova, M., Pavlek, M., Prieto, C. E., Ribera, C.,
Rozwałka, R., Růžička, V., Vargovitsh, R. S., Zaenker, S., and Isaia, M. (2019). Conti-
nental data on cave-dwelling spider communities across europe (arachnida: Araneae).
Biodiversity data journal, 7(Online):e38492–e38492.
[Mancinelli et al. 2021] Mancinelli, G., Bardelli, R., and Zenetos, A. (2021). A global
occurrence database of the atlantic blue crab callinectes sapidus. Scientific data,
8(1):111–111.
[Mull et al. 2022] Mull, C. G., Pacoureau, N., Pardo, S. A., Ruiz, L. S., Garcı́a-Rodrı́guez,
E., Finucci, B., Haack, M., Harry, A., Judah, A. B., VanderWright, W., Yin, J. S.,
Kindsvater, H. K., and Dulvy, N. K. (2022). Sharkipedia: a curated open access da-
tabase of shark and ray life history traits and abundance time-series. Scientific data,
9(1):559–559.
[Oliveira et al. 2017] Oliveira, B. F., São-Pedro, V. A., Santos-Barrera, G., Penone, C., and
Costa, G. C. (2017). Amphibio, a global database for amphibian ecological traits.
Scientific data, 4(1):170123–170123.
[Pascal et al. 2022] Pascal, I., Thibault, V., Nicolas, P., Eddy, C., Thierry, P., Erick, B., and
Jean-Pierre, P. (2022). A long-term monitoring database on fish and crayfish species
in french rivers. Knowledge and management of aquatic ecosystems, (423):25.
[Ritchie 2019] Ritchie, H. (2019). Humans make up just 0.01% of earth’s life – what’s the
rest? urlhttps://ourworldindata.org/life-on-earth.
[Rodrigues 2018] Rodrigues, F. (2018). Entenda o que é o formato csv e saiba como impor-
tar e exportar esses arquivos. urlhttps://rockcontent.com/br/blog/csv/.
[Smith et al. 2008] Smith, F. A., Lyons, S. K., Morgan Ernest, S., and Brown, J. H. (2008).
Macroecology: more than the division of food and space among species on continents.
Progress in physical geography, 32(2):115–138.
[Tanalgo et al. 2022] Tanalgo, K. C., Tabora, J. A. G., de Oliveira, H. F. M., Haelewaters, D.,
Beranek, C. T., Otálora-Ardila, A., Bernard, E., Gonçalves, F., Eriksson, A., Donnelly,
M., González, J. M., Ramos, H. F., Rivas, A. C., Webala, P. W., Deleva, S., Dalhoumi,
R., Maula, J., Lizarro, D., Aguirre, L. F., Bouillard, N., Quibod, M. N. R. M., Barros,
J., Turcios-Casco, M. A., Martı́nez, M., Ordoñez-Mazier, D. I., Orellana, J. A. S.,
Ordoñez-Trejo, E. J., Ordoñez, D., Chornelia, A., Lu, J. M., Xing, C., Baniya, S.,
Muylaert, R. L., Dias-Silva, L. H., Ruadreo, N., and Hughes, A. C. (2022). Darkcides
1.0, a global database for bats in karsts and caves. Scientific data, 9(1):155–155.
[Tedesco et al. 2017] Tedesco, P. A., Beauchard, O., Bigorne, R., Blanchet, S., Buisson,
L., Conti, L., Cornu, J.-F., Dias, M. S., Grenouillet, G., Hugueny, B., Jézéquel, C.,
Leprieur, F., Brosse, S., and Oberdorff, T. (2017). A global database on freshwater fish
species occurrence in drainage basins. Scientific data, 4(1):170141–170141.
[Tobias et al. 2022] Tobias, J. A., Sheard, C., Pigot, A. L., Devenish, A. J. M., Sayol, F.,
Neate-Clegg, M. H. C., Alioravainen, N., Weeks, T. L., Barber, R. A., MacGregor, H.
E. A., Jones, S. E. I., Vincent, C., Phillips, A. G., Marples, N. M., Montaño-Centellas,
F. A., Claramunt, S., Darski, B., Freeman, B. G., Bregman, T. P., Cooney, C. R.,
Hughes, E. C., Capp, E. J. R., Varley, Z. K., Friedman, N. R., Korntheuer, H., Corrales-
Vargas, A., Trisos, C. H., Weeks, B. C., Hanz, D. M., Bravo, G. A., Remeš, V., Nowak,
L., Carneiro, L. S., Moncada R., A. J., Matysioková, B., Martı́nez-Salinas, A., Wolfe,
J. D., Daly, B. G., Sorensen, M. C., Neu, A., Ford, M. A., Mayhew, R. J., Fabio Sil-
veira, L., Kelly, D. J., Annorbah, N. N. D., Pollock, H. S., Grabowska-Zhang, A. M.,
McEntee, J. P., Meneses, C. G., Muñoz, M. C., Powell, L. L., Jamie, G. A., Matthews,
T. J., Johnson, O., Brito, G. R. R., Zyskowski, K., Crates, R., Harvey, M. G., Ju-
rado Zevallos, M., Hosner, P. A., Bradfer-Lawrence, T., Maley, J. M., Stiles, F. G.,
Lima, H. S., Provost, K. L., Mashao, M., Howard, J. T., Mlamba, E., Chua, M. A. H.,
Li, B., Gómez, M. I., Garcı́a, N. C., Päckert, M., Fuchs, J., Ali, J. R., Carlson, M. L.,
Urriza, R. C., Prawiradilaga, D. M., Rayner, M. J., Miller, E. T., Lafontaine, R., Sco-
field, R. P., Lou, Y., Somarathna, L., Lepage, D., Illif, M., Neuschulz, E. L., Dehling,
D. M., Cooper, J. C., Analuddin, K., Fjeldså, J., Sweet, P. R., Naka, L. N., Brawn,
J. D., Aleixo, A., Böhning-Gaese, K., Rahbek, C., Thomas, G. H., Schleuning, M., and
Coulson, T. (2022). Avonet: morphological, ecological and geographical data for all
birds. Ecology letters, 25(3):581–597.
[van den Hoogen et al. 2020] van den Hoogen, J., Geisen, S., Wall, D. H., Wardle, D. A.,
Traunspurger, W., de Goede, R. G., Adams, B. J., Ahmad, W., Ferris, H., Bardgett,
R. D., Bonkowski, M., Campos-Herrera, R., Cares, J. E., Caruso, T., de Brito Caixeta,
L., Chen, X., Costa, S. R., Creamer, R., da Cunha e Castro, J. M., Dam, M., Djigal,
D., Escuer, M., Griffiths, B. S., Gutiérrez, C., Hohberg, K., Kalinkina, D., Kardol, P.,
Kergunteuil, A., Korthals, G., Krashevska, V., Kuin, A. A., Li, Q., Liang, W., Magilton,
M., Marais, M., Martı́n, J. A. R., Matveeva, E., Mayad, E. H., Mzough, E., Mulder, C.,
Mullin, P., Neilson, R., Nguyen, D. T., Nielsen, U. N., Okada, H., Rius, J. E. P., Pan,
K., Peneva, V., Pellissier, L., da Silva, J. C. P., Pitteloud, C., Powers, T. O., Powers,
K., Quist, C. W., Rasmann, S., Moreno, S. S., Scheu, S., Setälä, H., Sushchuk, A.,
Tiunov, A. V., Trap, J., Vestergård, M., Villenave, C., Waeyenberge, L., Wilschut,
R. A., Wright, D. G., Keith, A. M., Yang, J., Schmidt, O., Bouharroud, R., Ferji, Z.,
van der Putten, W. H., Routh, D., and Crowther, T. W. (2020). A global database of
soil nematode abundance and functional group composition. Scientific data, 7(1):103.