Mapeamento Cient Fico Acerca Do Uso de Bancos de Dados em Estudos Macroecol Gicos Sobre Animais

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Mapeamento Cientı́fico acerca do uso de Bancos de Dados em

Estudos Macroecológicos sobre animais


Murilo Granja Ferreira da Silva1 , Brennda Caitano dos Santos1 ,
Guilherme Lavrador Viana1 , Breno Gustavo dos Santos1 ,
Josias Ribeiro de Freitas Junior 1 , Matheus de Souza Matos 1 , Gilton José Ferreira da Silva2
1
Departamento de Computação (DCOMP)
Universidade Federal de Sergipe (UFS)
Av. Marechal Rondon, s/n – Jardim Rosa Elze – CEP 49100-000
São Cristóvão – SE – Brazil
murilofgranja@academico.uf.br, brennda.caitano@academico.ufs.br

guilherme.lavrador@academico.ufs.br, breno.gustavo@academico.ufs.br

josias.junior@academico.ufs.br, matos04@academico.ufs.br

gilton@dcomp.ufs.br

Abstract. Biology has been studying and attempting to explain phenomena rela-
ted to life on Earth for many centuries. However, in recent decades, it has found
a strong ally in a technology that emerged in the late 1960s, the database; which
enabled the development of a new field of study called macroecology, conceived
by Brown and Mauer (1989), and has made large-scale advances in understan-
ding the dynamics of life on Earth. This work aims to conduct an analysis of the
works already published in the sense of constructing and using database tools
that help scientists determine the conservation status and risk of any group of
living beings, make past and future projections, understand the phylogeny and
evolution of beings, and numerous other applications, with more specificity on
the animal kingdom. Starting from the search of articles that ”announce”the
creation of specific databases for phylums or even species of the animal king-
dom, on various scales, published on platforms, mainly the Periódicos Capes,
and from the analysis of these databases made available, it was possible to make
some observations, as seen in the average of records in the studies: 76.937,
or the average of sources: 1018. Illustrating the importance and size of the
macroecological studies, and it’s perspective of growth alongside the database
tecnology.

Resumo. A biologia estuda e tenta explicar fenômenos ligados a vida na terra


há muitos séculos, porém, nas últimas décadas ela encontrou um forte aliado
em uma tecnologia que surgiu no final dos anos 1960, o banco de dados, que
possibilitou o aprimoramenrto de uma nova área de estudo chamada de ma-
croecologia,pensada por Brown e Mauer (1989) e tem feito avanços em grande
escala para entender a dinâmica da vida na terra. Este trabalho tem como obje-
tivo realizar uma análise sobre as obras já publicadas no sentido de construção
e uso de ferramentas de banco de dados que ajudam cientistas a determinar
situação de conservação e risco de qualquer grupo de ser vivo, fazer projeções
passadas e futuras, entender a filogênia e a evolução dos seres, e inúmeras
outras aplicações, com mais especificidade sobre o reino animalia. A partir
da busca de artigos que ”anunciam”a criação de bancos de dados especı́ficos
para filos ou até espécies do reino animal, em variadas escalas, publicados em
platatormas, principalmente o Periódicos Capes, e a partir da análise desses
bancos de dados disponibilizados foram possı́veis fazer algumas observações.
Como os números de registros médios dos estudos: 76.937, ou a média do nu-
mero de fontes ultilizadas: 1018. Demosntrando a importância e o tamanho
dos trabalhos macroecológicos, e a sua pespectiva de crescimento junto com a
tecnologia dos bancos de dados.

1. Introdução
A macroecolgia trouxe uma nova perspectiva para os estudos ecológicos, deixando
de focar em uma visão micro, e finalmente abrangendo dados de grandes extensões fisi-
cas ou grandes perı́odos de tempo, abordagem que segundo [Kent 2005] pode elucidar
problemas de larga escala, cuja abordagem micro não conseguiria, e ainda sim tem sido
negligênciada em comparação à tradicional. Porém lidar com uma grande quantidade de
dados, armazenar e realizar testes estatı́sticos é um trabalho extenso e sucetı́vel a erro hu-
mano, por isso o uso de sistemas de gerenciamento de bancos de dados são um dos fatores
mais importantes para o surgimento de pesquisas que juntam dados na casa das centenas
de milhares
Apesar de serem ferramentas amplamente utilizadas para nos estudos ecológicos,
a relação entre os bancos de dados e a macroecologia é abordada de forma superficial,
boa parte dos artigos não se preocupa em descrever o processo de estruturação e mon-
tagem do SGDB, mesmo que descrevam detalhadamente a área de estudo, as fontes dos
dados, geralmente literatura cientı́fica, ou não cientı́fica, coleções cientı́ficas de museus e
universidades, dados de expedições de buscas, ou registros extraı́dos de outros bancos de
dados online, as caracterı́sticas que serão analisadas, os grupos, as técnicas de validação
dos dados.
A partir da análises de artigos cientı́ficos obtidos na plataforma Periódicos Capes,
e a análise dos bancos de dados integrados a esses artigos, focados nas pesquisas sobre o
reino animal busca-se entender o tamanho dos dados usados nessa pesquisa, a estrutura
dos BD’s, os formatos mais comuns, e realizar algumas análises estatı́sticas simples.
No decorrer desse artigo, serão abordados artigos sobre quase todos filos que
compõe o reino, e que trazem bancos de dados que quardam informações que variam
desde distribuição, numero de registros, alimentação e relação de predatismo, variação
temporal, informações genéticas, invasão ecológica e outros traços biológicos, ecológicos
e morfológicos.

2. Fundamentação Teórica
2.1. Macroecologia
A macroecologia é um campo relativamente recente da ecologia, que estuda temas
naturais com uma abordagem macro, mais distante dos campos e dos seres vivos, e mais
próximo de calculos matemáticos, da estaı́stica e dos computadores, mas que é capaz de
chegar a problemas e soluções impensáveis para um estudo de abordagem micro.
Embora a ecologia tradicional tenha feito grandes avanços na compre-
ensão de vários tipos de interações ecológicas, ela tem sido menos bem-
sucedida em entender as muitas conexões entre indivı́duos, populações,
comunidades e ecossistemas e as emergentes estruturas e dinâmicas gera-
das por essas interações. No entanto, entender essas ligações e sua história
evolutiva é imperativo para resolver os desafios emergentes apresentados
pelas taxas rápidas de fragmentação do habitat, perda de biodiversidade e
mudanças climáticas globais. Em resposta, abordagens que se concentram
em padrões amplos e buscam elucidar processos gerais no espaço e/ou
tempo estão cada vez mais influentes na ecologia, evolução, sistemática e
paleoecologia.[Smith et al. 2008].
Por mais que o surgimento da área seja creditado ao livro ”Macroecologia ”es-
crito por James H. Brown em 1995, pouco mais de 100 anos antes, em 1898,
[?] já realizava estudos em florestas abordando perspectivas similares à dos estudos
modernos.[Smith et al. 2008]. Independentemente de como começou, é inegavel que os
estudos macroecológicos são uma corrente muito importante da ecologia contemporânea,
focando em vários grupos, desde cordados, como peixes e anfı́bios [Oliveira et al. 2017,
Jézéquel et al. 2022], artrópodes [Mancinelli et al. 2021], vermes, e até a suas relações
com farotes abióticos[van den Hoogen et al. 2020]. Existe inclusive a chamada macroe-
cologia humana que segundo [et al 2012] estuda a maneira como os humanos estão inter-
ligados aos sistemas terrestres.

2.2. Bancos de Dados


Segundo [Elmasri 2011], um banco de dados é uma coleção de dados relaciona-
dos, que representam um aspecto do mundo real, uma coleção coerente de dados, e foi
construı́do para uma finalidade especı́fica, já um sistema gerenciador de bancos de dados
é um conjuto de programas que permite p usuário manter e contruir bancos de dados. Na
sociedade contemporânea, o uso de bancos de dados é essencial e indispensável, ele está
nos sistemas universitários e bibliotecários, nos sistemas de bancos, nas redes sociais, nos
orgãos governamentais e na pesquisa cientı́fica.
No inicio da sua aplicação, mais restrita a corporações, os bancos de dados uti-
lizavam sistemas hierárquicos, e serviam o propósito que propunham, mas tinham sua
limitação, não possuiam muita flexibilidade e não eram capazem de relacionar os dados
muito bem, além de serem muito trabalhosos quando era necessário reorganizar de modo
que alterava os requisitos da aplicação [Elmasri 2011].
Para remediar as limitações dos SGBD’s, o modelo relacional foi criado. Os ban-
cos de dados abordados nesse artigo são relacionais, e guardam dados numéricos e de
texto e localização geográfica.
Os bancos de dados relacionais foram ´propostos originalmente para
separar o armazenamento fı́sico dos dados de sua representação conceitual,
e para fornecer uma base matemática para a representação e a consulta
dos dados. O modelo de dados relacional também introduziu linguagens
de consulta de alto nı́vel, que oferecia uma alternativa às interfaces de
linguagem de programação, tornando muito mais rápida a escrita de novas
consultas.[Elmasri 2011].
Figura 1. Exemplo de ferramenta de busca do sistema de biblioteca Pergamum

Fonte: figura do autor.

2.3. Reino Animalia


Sempre houve a necessidade por parte do ser humano de classificar e categorizar
os seres vivos, vários modelos foram criados para cumprir esse fator, baseados nas mais
diversas caracterı́sticas de cada ser, até chegarmos na classificação moderna, que , ainda
sim, está longe de ser livre de questionamentos e possiveis melhorias. Atualmente segui-
mos o modelo proposto por Robert Whittaker em 1959, que compreende 5 reinos (plantas,
animais, fungos, protoctistas e bactérias)[Lynn Margulis 2004].

Figura 2. Diagrama que mostra a distribuição dos 5 reinos

Fonte: wehavekids.com
Dentre esses 5 reinos, o animal foi escolhido como foco especı́fico deste trabalho,
que por mais que represente cerca de 0,4%da biomassa da terra [Ritchie 2019], é uma
parcela importante da vida na terra, sendo capaz de alterar o funcionamento de ecossis-
temas, e sendo intuitivamente o primeiro grupo que nos vêem a mente quando pensamos
em seres vivos, além de incluir os próprios seres humanos
Os animais exibem diversos padrões comportamentais, tais como
atração à luz, repulsão a produtos quimicos nocivos e detecção de ga-
ses dissolvidos e temperatura. Tais comportamentos são encontrados em
membros de todos os cinco reinos, mas os animais têm esse tema mais ela-
borado. No inı́cio da história do reino animal, mais de meio bilhão de anos
atrás, os sistemas nervosos, incluindo os cérebros, evoluı́ram em diversos
ramos. Os organismos de nenhum outro reino têm sistemas norvosos ou
cérebros.[Lynn Margulis 2004].

3. Metodologia
3.1. Questões de pesquisa
A seguir as questões de pesquisa:
1. Existem pesquisas focadas no uso de bancos de dados para estudos ecológicos?
Em caso positivo, elas se aplicam ao reino animal? Quais filos?
2. Considerando as respostas da pergunta anterior, qual é a escala do trabalho? Elas
se procupam somente em listar espécies ou traços de seres especı́ficos? Elas
analizam uma variação, seja espacial ou temporal? Qual a escala deste estudo?
Abrange um paı́s? uma região? Quantos registros em média são analisados nos
artigos? Quantas espécies?
3. Qual a estrutura dos bancos de dados utilizados? Existe algum padrão em formato
ou em estrutura? Como esse BD é tratado no decorrer dos artigos estudados?
3.2. Palavras-chave
Na Tabela 1 são apresentadas as Palavras-Chave utilizadas utilizadas para formar
a string de busca.
Tabela 1: Palavras-Chave utilizadas na string de busca

Palavra Chave Sinônimo em inglês


Macroecologia Macroecology
Banco de Dados Database
Animais Animals
Cordados Chordate
Moluscos Molluscs
Artrópodes Arthropods
Equinodermos Echinoderms
Anelı́dios Annelids
Platelmintos Platelmints
Nematódeos Nematodes
Cnidários Cnidarians
Porı́feros Porifers

Na Tabela 2 são apresentadas as strings utilizadas para as buscas nas bases:


Tabela 2. String utilizada para realizar as buscas nas bases
( ( macroecologia OR macroecology ) AND ( database OR banco de dados )
AND ( Cordados OR Chordate OR Moluscos OR Molluscs OR Arhthropods
OR Equinodermos OR Echinoderms OR Anelı́dios OR Annelids
OR Platelmintos OR Nematódeos OR Nematodes ) )

3.3. Base utilizada na pesquisa


A pesquisa na sua integra foi feita na base de cados Periódicos Capes, cujo link de
acesso é: https://www-periodicos-capes-gov-br.ez20.periodicos.
capes.gov.br/. Levando em consideração que os bancos de dados gerados a partir
dessas pesquisas são de uso academico e disponı́veis online para qualquer um, não foi
realizada pesquisa por patentes de mercado.

3.4. Critérios
A seguir os Critérios de Inclusão:
1. Ser uma pesquisa de cunho macroecológico ou com objetivo de listar espécies e
indivı́duos;
2. Conter um banco de dados;
3. Se limitar ao reino animalia;
A seguir os Critérios de Exclusão:
1. Não focar em animais
2. Não trazer um banco de dados
3. Dar muito foco em espectos genéticos

4. Resultados e Discussão
Nessa seção os resultados das pesquisas serão expostos e as perguntas anterior-
mente realizadas serão respondidas:

4.1. Resultados
A maioria dos artigos trazia as informações mais importantes no seu resumo, pro-
vavelmente pois o objetivo de boa parte dos trabalhos analisados é anunciar e publicizar a
criação de ferramentas úteis para o desenvolvimento cientı́fico e ecológico. Porém algu-
mas outras partes eram de grande valor, seções como: Métodos e Técnicas, Notas de uso,
e registro de dados, além da validação técnica, traziam dados importantes para entender a
estrutura e magnitude dos bancos de dados.

4.2. Resumos das publicações


O trabalho de [Jézéquel et al. 2022] consiste em um banco de dados de escala
multinacional, que baseado em cerca de 590 fontes diferentes, catalogou mais de 2,400
espécies de peixeis nas águas doces da bacia amazônica. O trabalho conta com a
participação de institutos e universidades francesas,colombianas, peruanas, belgas, bra-
zileiras, equatorianas, bolivianas e suécas.
Figura 3. Data Records do artigo ”The global avian invasions atlas, a database of
alien bird distributions worldwide”[Dyer et al. 2017]

Fonte: Imagem do autor

O artigo de [van den Hoogen et al. 2020] trata de um banco de dados de ne-
matódeos coletados em amostras de solo, e identifica as suas dietas e concentração dos
vermes na amostra, em escala global
Em seu artigo, [Tedesco et al. 2017] buscou compilar todas as espécies de peixes
de água doce que registrados em bacias de drenagem, em uma escala global, contabili-
zando 14953 espécies, extraı́das de literatura publicada enre 1960 e 2014.
No artigo de [Mancinelli et al. 2021] é realizado um levantamento da ocorrência
do carangueijo azul Callinectes sapidus, que é nativo da região que se estende da Nova
Inglaterra até o Uruguai, mas que foi introduzido na europa em 1901 e é considerado
invasor.
O Banco de dados de [Pascal et al. 2022] guarda dados de peixes e lagostins cole-
tados aproximadamente quatro décadas de pesca elétrica realizada em rios da França.
Em seu trabalho [Oliveira et al. 2017] estruturou um banco de dados que arma-
zena 17 traços ecológicos, biológicos e morfológicos de anfı́bios a nı́vel global.
Na tentativa de manter em um único BD dados morfológicos, biológicos e ge-
ográficos de todas as espécies de aves do planeta, [Tobias et al. 2022] criou o chamado
Avonet, que abrange cerca de 11 mil espécies, e pode servir de base para diversos estudos.
O artigo de [Mammola et al. 2019] busca elucidar a grande variedade de espécies
de aranhas que vivem em cavernas ao redor do continente europeu, chegando a um total
de espécies.
Figura 4. imagem do caragueijo azul callinectes sapidus

Fonte: biodiversity4all.org

DarkCideS é um banco de dados de [Tanalgo et al. 2022] que compila dados de


morcegos cavernı́culas espalhados por 46 paı́ses e 12 biomas terrestres.
Baseado no SpBase, [Kudtarkar and Cameron 2017] montaram um banco de da-
dos com dados biológicos e genômicos de equinodermos.
A Sharkpedia, criada por [Mull et al. 2022] consiste em um banco de dados que
reúne dados ecológicos de tubaões e raias.
Preocupado em guardar os dados da relação presa-predador, o Squamatabase de
[Grundler 2020] além de conter um pacote R, enumera mais de 1200 espécies de cobras e
mais de 3000 espécies de presas em uma pesquisa que pode embasar várias outras análises
sobre os hábitos alimentares ofı́dios.
O BD de [Hurlbert et al. 2021] lista os hábitos alimentares de 759 espécies de
aves norte-americanas, provendo várias informações que contextualizam o dado temporal
e espacialmente.
Por último, [Dyer et al. 2017] criou um banco de dados para auxiliar o estudo
de aves alienı́genas (Espécies que são nativas de um determinado local, mas que acabam
sendo introduzidas em um outro na qual não tem competição por nichos e nem predadores
naturais, e acabam se tornando um enorme problema ecológico) também conhecidas como
invasoras

4.3. Resposta de: Existem pesquisas focadas no uso de bancos de dados para
estudos ecológicos? Em caso positivo, elas se aplicam ao reino animal? Quais
filos?
Com base na extensiva pesquisa que culminou na escrita desse artigo é inegável
que existe uma grande quantidade de artigos focados em armazenar dados de animais em
bancos de dados, visando facilitar ações de proteção e conservação além de possibilitar
uma série de estudos baseados nos números e dados disponı́veis. Durante a pesquisa para
este artigo foram considerados artigos sobre os seguintes filos:
1. Cordados (que variam entre peixes, aves, mamı́feros e anfı́bios) Ex:
[Dyer et al. 2017]
2. Artrópodes Ex: [Mammola et al. 2019]
3. Equinodermos Ex: [Kudtarkar and Cameron 2017]
4. Nematódeos Ex: [van den Hoogen et al. 2020]

4.4. Resposta de: Considerando as respostas da pergunta anterior, qual é a escala


do trabalho? Elas se procupam somente em listar espécies ou traços de seres
especı́ficos? Elas analizam uma variação, seja espacial ou temporal? Qual a
escala deste estudo? Abrange um paı́s? uma região? Quantos registros em
média são analisados nos artigos? Quantas espécies?
Os trabalhos e, consequentemente, os bancos de dados variam grande-
mente em escala e dados a serem armazenados, desde serem limitados a um pais
como o de [?], abrangendo um continente ou região entre vários paı́ses como
[Jézéquel et al. 2022], até uma escala global como [Mammola et al. 2019], além
de trabalharam com uma variação temporal em alguns casos, como o perı́odo em
que foi analisada a ocorrência do Callinectes sapidus que se extendeu de 1832 até
2020, no trabalho de [Mancinelli et al. 2021]. Após a coleta dos dados de cada
um dos artigos, uma tabela excel foi elaborada para armazenar as estatı́sticas ne-
cessárias, disponı́vel no url https://docs.google.com/spreadsheets/
d/1oHJQtzqnhRCxeRLrNblpVxPCJpDKPmrIQvbDlIH-23g/edit?usp=
sharing, e os dados apareceram mais a frente no texto.

4.5. Resposta de: Qual a estrutura dos bancos de dados utilizados? Existe algum
padrão em formato ou em estrutura? Como esse BD é tratado no decorrer dos
artigos estudados?
Em suma, todos os bancos de dados que foram disponibilizados para download
público constavam somente com dados textuais e numéricos, geralmente com uma ou até
6 tabelas separadas, configurando um uso simples de um banco de dado relacional, sem
utilização de imagens ou videos, mas que já é efetiva para a tarefa de armazenar quan-
tidades, posição geográfica, caracterı́sticas do animal, e dados da coleta, e que permite
manupilações estaı́sticas mais avançadas com base em ferramentas especı́ficas como o R.
Poucos artigos falam sobre o processo de criação dos bancos de dados, que utilizam ferra-
mentas como o PostgreSQL, porém dados como o formato do arquivo eram mais comuns.
Os arquivos eram formatados nos seguintes formatos:
1. .CSV
2. .ArcGIS
3. .RData
4. .xlsx
5. .txt
Sendo o .CSV o formato mais comum, aparecendo em 63% dos trabalhos. Se-
gundo [Rodrigues 2018] é ”um formato usado para armazenar dados e que pode ser im-
portado e exportado em programas como Microsoft Excel, Google Sheets, Apple Num-
bers, OpenOffice Calc e outros aplicativos.”
4.6. Discussões a respeito das publicações
Em resumo, as publicações acumulam uma média de 76.937 registros e 971
espécies, tratando de valores tão altos quanto 232.936 registros, ou 400.563 espécies,
em perı́odos de tempos de até 200 anos, em escala global, mostrando o potencial da área

Figura 5. Imagem da tabela realizada pelo autor dis-


ponı́vel em https://docs.google.com/spreadsheets/d/
1oHJQtzqnhRCxeRLrNblpVxPCJpDKPmrIQvbDlIH-23g/edit?usp=sharing

Fonte: Imagem do autor

5. Ameaças à validade
Possivelmente a maior ameaça à validade desse trabalho cientı́fico é a quantidade
de artigos e bancos de dados, se limitando a somente 14.

6. Considerações Finais
Durante esse trabalho foram revisados 14 artigos que traziam um banco de dados
que abrangia algum filo do reino animal, e foram extraı́dos dados estaı́sticos que mostram
a importancia dos bancos de dados para o desenvolvimento dos estudos macroecológicos,
e para o entendimento da natureza.
Uma tabela do excel que demonstra os dados utilizados para chegar nas estatı́sticas
expostas e nos gráficos utilizados através desse texto, para ilustrar a interação entre uma
tecnologia da informação e a ecologia.
Mesmo se tratando de um trabalho de pequena escala, que não traz estatı́sticas
muito elaboradas, esse trabalho pode abrir espaço para mais pesquisas na mesma área,
desenvolvimento de novas tecnologias focadas na macroecologia e uma maior integração
entre os estudiosos da computação e ecólogos, trazendo enormes benefı́cios para a vida e
a diversidade ecológica na terra, e porrivelmente para a própria sobrevivência humana.

Agradecimentos
Os autores demonstram sua gratidão a todos os envolvidos nesse trabalho, como o
professor Gilton José Ferreira da Silva, ao Departamento de Computação da Universidade
Federal de Sergipe, e a CAPES, que disponibilizou a plataforma de pesquisa, Periódicos
Capes.
Contribuição dos autores:
• Murilo Granja Ferreira da Silva: Pesquisa e escrita do manuscrito;
• Brennda Caitano dos Santos: Pesquisa e escrita do manuscrito;
• Guilherme Lavrador Viana: Correções e tradução do manuscrito;
• Breno Gustavo dos Santos: Tabelas e Gráficos;
• Josias Ribeiro de Freitas Junior: Pesquisa;
• Matheus de Souza Matos: Pesquisa;
• Gilton José Ferreira da Silva: Coordenação do trabalho, correções e direciona-
mentos da pesquisa.

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