Ben Adam - O Zodiaco e A Biblia

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BEN ADAM. De onde teriam surgido os signos do zo qual a sua ligagéo com o conhecimento do futuro? Por que razéo Deus se opés, com tanta veomén- cia, construcao de uma simples torre, no Oriente Médio? Seria mesmo verdade que os continentes for- mavam uma Unica e gigantesca massa de terra, quando este planeta foi criado? Seré que 0 nosso planeta foi, em alguma era, habitado por uma raca de gigantes? Estas e outras perguntas de grande interesse S40 respondidas neste livro que trata, de ma- neira admirével, das origens da astrologia e de sua relagao com a Biblia Algumas das idéias apresentadas so, de fato, surpreendentes; outras, chegam a ser chocan- tes, mas todas elas levarao ao leitor um desafio para o seu raciocinio, prenderao toda a sua atenco e, provavelmente, o farao buscar, na primeira Biblia que puder encontrar, a contir- magao dos argumentos apresentados pelo au- tor. Em 0 Zodiaco e a Biblia, Ben Adam revela o grande segredo da astrologia: a conspiracao milenar que se propée a frustrar o grande plano de Deus para o homem e para este planeta 7010 Wvav Nag Ake Este é um dos raros livros cuja imr cresce a medida que se aproxima o cl quadro profético da Biblia. Qual teria sid causa do dillvio? O que teria levado Deus a destruir toda a raga humana, deixando apenas uma familia? Por que razao a respostaa estas Perguntas é importante para nés, na época atual? Tanto Jesus como Pedro menclonaram © periodo que antecedeu 0 dilivio para ilustrar ‘como seria o fim, os dias que precederiam a Fessurreicao final. Qual era o objetivo dos construtores da torre de Babel? Por que aquilo provocou uma reagao tdo violenta dos céus? Qual de nés nao se sente perplexo ao ler os acontecimentoe narrados no primeiro capitulo de Romano: As vezes, é necessario enquadrar uma Passagem dentro de seu contexto de tempe _ lugar, para uma compreensao melhor do seu significado, uma regia que este livro apiica com acerto. A leitura deste livro se reveste de grande importancia para n6s porque nos da uma antevisao do que aconteceré quando a batalha que agora se trava no mundo espiritual se manifestar visivelmente neste nosso mundo. 880 criara, no final dos tempos, uma situagao bem mais explosiva do que a que se viu no tempo que precedeu o dilivio ou a construg&o da torre de Babel. Arthur E, Bloomfield Autor de “O Futuro Glorioso do Planet 0 Zodiaco e a Biblia BEN ADAM “Titulo do original em inglés: Astrology, The Ancient Conspiracy wight@ 1983 Bethany’ Fellowship, Ine. Copyright| ny -Tradueao de Tote Marques Bentes Primera eaiga brasileira — novembro de 1974 Segunda edyaao — junio de 1975, "Todos os cites reservados pela . Eeitore Betania S/C Caixa Postal 10 1. Como a Humanidade se 30.000 Venda Nova, MG Chat ai hacer E proibida a reprodugio total ou paral fem permistio, por crite, des editors Il, Por que a Humanidade Foi Compest mpreso nas fins a Espalhada Sobre a Terra... ..-......26 tra Benin ‘ Rute tet Pte, 2035 IIL Astrologia Divina Versus Belo Horizonte (Venda Nova) MG Astrologia Distoreida sea Painted in Beal IV. Os Filhos de Deus, de Ganesis Scis Prefacio Supie-se geralmente que a otigem do paganism esteja perdida nas brumas da antigiidade, pelo que as, explicasdes sugeridas sobre a mesma slo invariavelmente rejeitadas. Quando nos recordamos de que a maior parte dessas explicagdes, necessariamente, nao passam de espeeulagbes, no nos surpreendemos com essa rejei¢do. Hi, porém, uma explicagto que & mais ignorada do que rejcitada — jgnorada, provavelmente, porque jamais apresentada de forma plena e irretorquivel. Nao preciso dizer que me refiro & explicagio dada na propria Biblia Tal exposigdo, todavia, nos é feita de modo fragmentitio, os poucos, nos onze primeiros capitulos do livro. de Genesis, © em vérias passagens paralelas. Seu fato central é a dispersao da humanidade por toca a face da terra, como é descrita em Génesis 11.1.9. £ justamente esse {ato central, aliado a certos conhecimentos ¢ circunst€ncias que nele forgosamente se originam, que € considerado nas paginas que se seguem. Exeter, 1937 I Como a Humanidade se Espalhou Sobre a Terra Quando digo que, hoje em dia, para a grande massa do pablico professadamente religioso. a Biblia € um livro quase que totalmente desconhecido, estou simplesmente enunciando uma verdade. O estudo da Biblia, como meio dese procurar conhecer a vontade de Deus sobre alguma particularidade, praticamente morreu; e a leitura devo ional das Escrituras Sagradas, até mesmo entre os crentes evangélicos, ¢ uma excegao, quando deveria ser a regra. Varios motivos sio invocades para justificar esse estado de coisas, 0 qual é extremamente indesejavel, no que se refere aos crentes. Alguns pensam que isto se deve prineipalmente aos efeitos daninhos da “alte critica”, agora quase esquecida, Nao se pode duvidar de que os “resultados seguros” da autoridade daguilo que er nebulosamente definido como “erudigao moderna” resultados esses proclamatlos tdo persistentemente © com ‘tanto dogmatismo alguns anos atris, geraram na mente dos homens uma atitude de desconfianga ¢ indiferenca para com 2 Biblia. Isto contribuiu muito — pelo menos durante algum tempo — para destruir 2 autoridade dela como sendo a rerclacdo da vontade de Deus ¢ de seu modo de ser e operar. Admitindo-se que aqueles que assim explicam as atuais condigSes do mundo estejam certos, verifiea-se ‘que, embora a causa tenha cessado de exist, seu efeito 9 ainda persiste, Em noss0s dias, se em alguma roda de conversaglo for apresentada 2 questio do estudo da Biblia, como t6pico de gonversa, logo se ouve a objegio de que o estudo das Escrituras nao passa de pura perda de tempo. Para o leitor comum — dizem — excetuando- se as partes histéricas, a Biblia nfo tem o minimo sentido. As profecias, por exemplo, que pode aproveitar delas 0 homem comum? © consenso quase unanime & que, em sua maior parte, elas s40 confusas e incompre- ensiveis E, se como fito de obter melhores informagoes sobre 140 obscuro assunto, uma pessoa consultar os escritos daqueles que sio considerados “autoridade”, ela se achari perdida numa verdadeira teia de explanacdes contraditorias, da qual dificil se livrar. Essa confusio 6 resultante da diferenga nos métodos de interpretagao. Uma das escolas de intérpretes afianca ao leitor que, a no ser as figuras de linguagem, toda 2 profecia deve set lida literalmente. Outca the assegura, com a mesma certeza, exatamente 0 oposto — as profecias ndo devem ser compreendidas literalmente. O leitor deve entender que todas aquelas passagens que, lidas literalmente des- crevem a futura exaltagao de Israel, atualmente, pela ‘opinido generalizada, devem ser interpretadas ‘como previsoes acerca da Igreja Crista. Devem também ser vistas como quadres simbélicos da propagagio do cristianismo. Hé ainda uma terceira escola de interpretagz0 que afirma categoricamente que essa teoria dos quadros simbélicos é totalmente arbitréria, devendo ser rejeitada sem hesitagdo. As profecias. no dizer dos seguidores, dessa terceira posigio, devem ser interpretadas literal ‘mente, mas nao devem ser tomacias muito a sério, isto 6 © Ieitor néo deve supor que clas se cumpririo. Os profetas teriam sido, antes de tudo, uns grandes sonha- dores. E yerdade que foram sonhadores cheics de patriotismo; mas mao passavam de meros sonhadores. E. (0s maravilhosos quadros falados, com os quais retraia- vam 2 grandeza nacional de Israel, representariam simplesmente um deal futuro que eles desejavam ver 10 realizado, © aqueles homens se deleitavam em pinté-los | iante dos olhos de seus compatriotas ¢ de sua querica nagio, ‘Chegando a este ponto, © pesquisador, provavelmen: te, comecard a perguntar a si mesmo se valerd a pena continuar. Ele supe. nfo sem certa razio, que as aspiragdes naturais daqueles judeus sonhadores, que viveram ha 2.500 anos, so bem poco interessantes para os leitores da atualidade; ou entdo, se a pessoa for do tipo pratico, em vista da natureza contraditéria do assunto que tenciona explorar, talvez decida abandonar inteira- mente o projeto. Entretanto, se ele possuir um tempera- mento filos6fico, podera tomar um rumo. totalmente diverso. A natureza contraditéria das diversas explana- ‘Ges, a0 invés de repelilo s6 faré atral-lo mais. Ele se pergunta qual a eausa de tio pronunciadas diferengas de opinido. Serd o proprio assunto? Ou essa eausa estard na mente de cada individuo? Naturalmente, ele logo veré que essas opinises divergentes no podem ser todas corretas. Contudo, no devem ser necessariamente todas elas totalmente erca- das. O proprio fato de diferirem favorece a idéia de que uma delas possa ser a correta, Levanta-se entdo a uest8o: por que nao haveria ele de estudar as Escrituras por si mesmo? E possivel que, de um modo ou de outro, le encontre a solugo adequada E justamente a este tipo de pessoa que me dirijo. & | possivel que o Ieitor venha considerando 0 estudo biblico de conformidade com as linhas acima indicadas. Talvez tena mesmo quase se convencide — como eu também quase me convencia ha quarenta anos atrés — de que 0 assunto no merece tanta consideragzo, Pois eu Ihe Fago lum apelo, ainda que breve, a que reconsidere a questi. De fato, solicito-the que me siga pelo caminho em que ‘enveredei, quando comecei a examinar as Eserituras, por | minha prépria conta, © assunto que eu pesquisava eram profecias. Em primeito lugar. li cuidadasamente cada um dos profetas do Velho Testamento, na ordem em que aparecem na | Biblia. Assim fazendo, notei que a maioria deles n presenta 0 nome dos reis em cujas reinados profet ram. Isso me fez pensar que, provavelmente, existe uma forte ligagao entre as condigdes econdmicas, politicas religiosas. que prevaleciam durante um determinado reinado, ¢ as profecias proclamadas no decurso desse mesmo perioda, Uma investigaglo culdadosa mostrou- me que assim o era realmente. Ora, a Historia por si mesma nada esclarece, Ela tao-somente registra os fatos, sucedidos. Por outro lado, a profecia quando considera da soladamente em relagio aos fatos historicos aos quais esti vinculada, muitas yezes torna-se_mais ou menos iminteligivel. Quando se combinam, porém, a Historia e a profecia, a coisa muda de figura. Uma ilumina a outra. Descobri que, quando lemes as profecias @ luz da His- téria do sew préprio periodo, e conseguimos entender 4 ligagdo que ha entre eles, dissipa-se muito da sua incoeréncia e da obscuridade que, pelo menos para mim, caracierizavam tantos trechos proféticos. Desse modo, as profecias que antes me haviam parecido cansativas, como verbosidade sem proptsito, agora se tornavam em ‘matéria informativa e interessante, Durante algum tempo, estudei os profetas do Vetho Testamento de acordo com o método exposto acima, ¢ obtive resultados razoavelmente satisfatdrios; e foi agin- do assim que notei algo que considerei c ainda considero, como sendo de enorme importancia, e até certo ponto & um fator decisivo quanto & mancira de se ler as profecias. Percebi que toda a profecia cumprida — e muitas delas jf tiveram 0 seu correto cumprimento — tem que ser entendide literalmente, pois do contrario néo se hharmoniza com os acontecimentos que se eonstituem em seu cumprimento. Nesse caso, pareccueme razoével ‘supor que, a menos que surjam evidéncias convincentes ‘em contratio, @ profecia ainda nao cumprida deve ser lida exatamente da mesma maneira. Por isso, passei a lé-las do modo mais literal possivel (omitindo apenas as, figuras de linguagem), entendendo-2s exetamente como esi8o escritas. & diffeil entender como se poderia compreender o sentido real de qualquer decleragio escrita, seja ela sagrada ou secular, a nao ser deste modo. 2 Entretanto, mesmo convencide de que a éinica forma de compreender realmente as Escrituras 6 1é-as literal mente, por alguma razio desconhecida cu ainda nao estava satisfeito. Quando passava em revista aquilo que, naquela época, cu considerava seriamente como sendo minha “posigao teolégica”, pereebia um sentimento de insuficigncia, Faltava algo no quadro — algo que | completaria e eomplementaria o argumento, Por mais que cu cxaminasse o assunto que estudava no momento, | 0 senso de insuficiéneia continuava. E quanto mais meditava sobre a matéria, mais me conveneia de minha incepacidade para explicé-la. Finalmente, ocorreu-me um pensamento em conexio com as profecias. Era sobre um fato com qual eu estava familiarizado, mas para o qual, por causa dessa familia- tidade, cur nunca procurara uma explicagao, Ele me veio a mente acompanhado da impressio de que exigia uma explanacdo. Para minha surpresa, porém, descobri que eu nao tinha nenhuma explicagio para dat. O fato era este: todos os profetas eram judeus. E a pergunta que o acompanhava era: por qué? ‘Naquele tempo, embora eu ja houvesse conseguido ter um boa idéia acerca das profecias, no estudo da Biblia, em geral, eu era quase nedfito. Se tivesse sido um estudante mais adiantado da Biblia, com toda a probabi lidade nao me teria perturbado com aqucla questio. Contudo, em visia de as coisas serem como eram, tal interrogagao ngo me abandonava a mente. Eu continua- va perguntando a mim mesmo por que razio todos os | profetas de Deus eram judeus. Eo pior € que eu nao, | sabia a resposta. Entao, para minha surpresa maior, surgiu outra pergunta que era resultante da primeira: por que nao houve profetas gentilicos? Quando o povo de Israel se rebelava contra Deus © caia na idolatria, os profetas, ao mesmo tempo que censuravam a adoragio de idols, esforgavam-se, através de exortagdes © ameagas de castigo divino, para fazer 0 | povo retornar a Deus. Quanto & propria idolatria, porém, 6s gentios cram mais culpados do que os judeus, pois eles 6 que tinham dado origem a ela. Os judeus simplesmente 13 a Y | | | a haviam absorvido dos gentios. Os judeus eram idGlatras ‘apenas por periodos intermitentes, mas os gentios 0 exam Sremp todo, Porque, pos, Deus ne levantava profes gentios que falassem da idolatria gentilica, assim como (0s judeus falavam a judeus que incorriam nesse horrendo pecado? Por que as necessidades morais e espirituais dos judeus eram to completamente satisteites, enquanto {ue as mesraas necessidades dos gentios eram absoluta- mente ignoradas? Fssas perguntas coustituiram-se num grave problema para mim, problema esse que tive de Estudar por muito tempo, antes de chegar a uma conclusto que considerei satisfatoria. Da época do dilavio (Gn 8) até a chamada de Abraio (Gn 11, 2 narrativa biblica enfoca toda a humanidade. esses capitulos, no aparecem quaisquer distingbes raciais. ApOs a chamada de Abrado, porém, a historia ‘Sagrada passa a ocupar-se exclusivamente da sua descen- déncia, Em outras palavras, a partir da yocacio de ‘Abrazo, a Biblia se torna um livro judaico, consistindo de historia, poesia, profecia e filosofia judaicas; enfim, tudo sobre a nacio judaica. E os gentios $20 citados lapenas quando estio de algama maneira vinculados ao povo de Deus — 2 nagao de Israel. ‘A situagdo que encontramos entao € a seguinte: por que Deus ignorou a humanidade como um todo, © chamou apenas um homem, e desse homem trouxe & existéncia uma nagao que haveria de ser isolada de todas as demais, a fim de constituir um povo exclusivamente seu? “De todas as familias da terra somente a v6s outros yos escolhi; portanto, eu vos punirei por todas as, ossas inigitdades.” (Am 3.2) ‘0 Senhor vos escolheu de todos os povos que hé sobre a face da terra, para Ihe scrdes seu povo proprio.” (Dt 14.2) Nao devemos esquecer que quando Deus chamou ‘Abrado, a populacao da terra jé era de muitos milhoes de ihabitantes; esses milhbes jé estavam divididos em nagdes — algumas delas grandes e poderosas — e todas deviam 4 sua existéncia a Deus. Por que, pois, Deus chamou um homem, e, apés dizer-Ihe que dclé formaria uma nacio, roltou as costas, por assim dizer, para toda a raga humana, devotando-se exclusivamente a formagao dessa nova nagio que surgitia de Abraao? Essa pergunta talvez parega estranha para alguns de ‘meus Ieitores. Sem divida, todos estamos familiarizados com aquilo que geralmente € conhecido por Chamada de Abrado. Poucos leitores da Biblia, porém, estio a par dos exttaordinarios acontecimentos ‘que precederam esse ‘chamado. No realidade, estes fatos tornaram-no necessi- rio. Fu erefo que é muito importante para nés compreen- éé-los bem, nfo somente pata podermos entender corretamente toda a Escritura subsequente, mas também porque isto nos dé a solugio de muitos problemas aparentemente inexplicadveis que « Biblia nos apresenta. Se precisamos entender essas ocorréncias é claro que devemos examinar cuidadosamente 0 que as Escrituras nos informam a respeito delas. Contudo, elas s20 expostas de modo fragmentado, em Génesis 11.1-9, Romanos 11832; ¢em mais algumas passagens parle as. © fato central dessas passagens & a dispersdo da humanidade por toda a face do globo, deserita em Génesis 11.1-9. Um estudo deste fato, porém, nos coloca diante de aigo que, & primeira vista, parece um obsticulo intransponivel, de tal modo que muitas pessoas simples mente deixam de lado a sua busca por consideré-la desanimadora, Em Genesis 9.18,19, n6s lemos: “Os filhos de Noé, que sairam da arca, foram Sem, Cio e Jafé... So eles os trés filhos de Noé; e deles se povoou toda a terra.” ‘Onde quer que a arca finalmente tenha encalhado, seus eX-ocupantes, quando os encontramos no décimo- Primeiro capitulo de Génesis, so apresentados como vindos do oriente, e chegando a uma planicie, na terra de Sinear, onde habitaram. Nao sabemos de quanto tempo {oj o intervalo que houve entre o dia em que doixaram a |arca ¢ 0 dia que encontraram aquela planicie. Todavia, 1s de conformidade com o registro sagrado, a dispersao da humanidade teve comeco na terra de Sinear; e os grupos ispersos devem ter partido daquele lugar, ot 4s cegas ou conhecendo de antemdo seus respectives destinos. A rande pergunta é como chegaram a esse lugar? SN Como ssbemos, as tertasatualmente ccupadas pela humanidade estao repartidas em massas separadas umas das outras, que variam de tamanho, desde pequenas ithas, até os grandes continentes. Essas massas esto distribuidas por toda a superficie da terra, e em alguns casos esti separadas por milhares de quilémetros de mares e oceanos. A experiéncia e a observagao tém nos mostrado que quase todas estas massas de terra, grandes, (ow pequenas, estdo ocupadas desde a mais remota antigiiidade, com suas respectivas populagies. as quais tem tido © continuam tendo sea proprio idioma e religito, F interessante notar que as tradighes € religides dessas diversas populagGes exibem, em diversos graus de intensidade, alguns tragos da histéria registrada nos capitulos 1 a 11 de Génesis. Isso certamente indica uma origem comum, 0 que muitos consideram uma das provas da veracidade da Biblia. ; ‘Com respeito ao que chamamos de “dispersao”, diz 0 registro sagrado: “... e dali isto é, da terra de Sineac) os dispersou (0 Senhor) por toda a superficie dela (da terra)” (Gn 11.9b). De imediato, levanta-se a questao: como foi que os grupos dispersos (e de passagem devemos notar que o ntimero dos dispersos ja deveria ser bbe grande) chegaram da terca de Sincar até as partes ‘mais remotas e, aparentemente, inacessiveis da superf ie da ferra? Por exemplo, como sera que alguns dos habitantes da terra de Sinear chegaram a América, a Australia ou a Nova Zeléndia? O evangélico tem que admitir que, no presente, nenhuma resposta satisfat6ria pode ser apresentada. Quem no é crist2o, porém, (€ também varios cristdos) encaram o relato da dispersio ‘como um mito, apelando para a teoria da evolucio como sendo nica maneira de sc explicar a cxisténcia de pessoas em toda a superficie do globo. Todavia, como € de conhecimento geral, a evolugdo vem sendo repudia- 16 da por muitos dos prineipais ciemtistes, em vista do que os estudiosos de mente aberta estio prontos a admitir que a teoria da evolugao € t20 insatisfatoria como qualquer outra explicacao. Desejo, neste ponto, apresentar cos meus Ieitores ‘uma explicagao que ereio ser @ explicagto biblica desse problems realmente intrigante. Ele pode set, para nossa conveniéneia, dividido em dois tapicos: 1. Como a humanidade se dispersou 2. Por que a humanidade se cispersou Ao abordar essas duas questdes, devo dizer que considlero a versao de Génesis como sendo auténtica Estou certo de que isto cvitaré mal-entendidos futuros, ‘Tenho certeza de que alguns de meus leitores, a0 descobrirem que levo a sério a passagem de Génesis 1 11, pensara0 em deixar de lado este pequeno volume, sem lhe dar mais atenclo. Apresso-me a. pedi a exsos leitores que reservem seu julgemento para o fim. Eu creio estar bem familiarizado.com 0 que se convencionou chamar de ensino “modernista”; ¢ embora nao possa aceitar muito desse ensino, mao estou tentando. aqui refutéto. Quando me refiro a “modernismo”, faco-0 {o-somente para lembrar acs leitores que porventura creiam, em vista de certos ensinamentos, que esses onze capitulos nao so reais, que estou plenamente familiari- zaGo com 0s motivos apresentados por seus Gefensores. ‘Também quero relembrar que toda questio tem dois lados, e que os grupos minorititios nem sempre esto errados. Passo agora a chamar s ateng2o dos Ikitores pare alguns versiulos do primeiro capitulo de Genesis “No principio criou Deus as céus e a terra. A terra, pporém, eta sem forma e varia; havi trevas sobre a face do abismo, e o Espirito de Deus pairava por sobre as 4guas." (Gn 1.1.2) Existem varias manciras de se interpretar o primeiro capftulo de Génesis; mas precisamos estudar apenas dues. Essas duas, por convenigncia, chamarei de: a) interpretacto geoldgica, e b)interpretagdo catastrfica, Denite as duas, a primeira é, geralmente, a mais aceita, v7 De conformidade com esse ponto-de-vista, 0 primeiro yersiculo deve ser entendido como uma declaragio introdutéria que nos diria de maneira compreensiva o que Dens fez, ow seja, rier os cbus e a terra; e o restante do capitulo é reputado como um relato mais ou menos detaihado de como ele 0 fez. Em suma, 0 versiculo primeiro nos apresentaria a declara¢io do fato da Criacdo; eos versiculos restantes nos apresentariam o seu processo. Por esta explicagio, 0 segundo versiculo & considera- do como um trecho que nos dé o estégio inicial do proceso criativo, enquanto que os versiculos rstantes nos mostrariam os estigios sucessivos que se teriam seguido ‘a0 primeito; ¢ assim chegariamos ao término desse Processo criativo no primeiro versieulo do segundo capitulo de Genesis. Essa teoria a respeito do primeiro capitulo de Génesis, apesar de ver bastante razofvel, como 2 maioria os leitores provaveimente ja sabe, em nossos dias, vem sendo rejeitada por muitos estudiosos das Escrituras, que dao preferéncia a interpretagao catastréfica. Segundo esta outra interpretagao, o primeiro versiculo nao é uma declaracao introdutGria mas uma afirmagio isolada e completa em si mesma. E quer dizer exatamente o gue as palavras expressam: "No prineipio criou Deus os eéus e a terra,” E, no que respeita a eriagdo dos eéus e da terra, isso € tudo o que o primeiro capitulo do livro de Génesis, tem para nos dizer. De acordo com este segundo ponto-de-vista, 0 segun- do versieulo descreve ndo 0 ato inicial da criacdo, mas uuma tremenda eatistrofe que teria sobrevindo a terra em, tempo néo especificado, apés a sua criagZo original narrada no primeiro verso. Aqueles que assim explicem o capitulo, em vex de traduzirem 0 comeco do segundo versiculo como aparece em nossa versio: “1. a temra, porém, era sem forma e vazic traduzem-no assim: mas a terra se tornou sem forma e vazi 18 Embora alguém pudesse objetar contra esta interpre- tacio, dificilmente poderia objetar contra a tradugio, A segunda tradugao € t20 aeeitével quanto a primeira. O sentido da passagem € que deve decidir 0 ponto em foc. Se o segundo ponto-de-vista for aceito, entdo os versicu: los de 3.a 27 deve ser considerados como uma deseriga0 da obra de reconstruglo, que teria durado seis dias, foi realizade com 0 objetivo de tornar 2 terra urna habitagzo ‘adequada para o homem. Nao € nossa inteneao fazer um exame dese capitulo visando a determinar qual dessas duas interpretagies é a mais aceitével. Menciono-as meramente para salientar Que a questo que estamos abordando nao é afetada por nenhum dos dois pontos-de-vista. Hié uma declaragdo no versiculo nono que, segundo penso, jamais recebeu a atengZo que merece em relagdo a esie estudo, Fa seguinte: “Ajumtem-se as aguas debaixo dos c€us num s6 lugar, e apareea a porgao seca.’ Notamos que, no yersioulo acima, as aguas sto dcfinidas como “iguas debaixo dos eéus”, em contraste ‘com as “aguas sobre o firmamento” (vs. 6 ¢ 7). Ora, basta uma breve meditaggo para mostrar-nos que, se todas as Aguas existentes ‘na superficie da terra foram reunidas em um s6 lugar, todas as terras também deveriam estar juntas em outro lugar. Em outras palayras, aquele tempo as terras emersas do globo teriam a forma de um gigantesco continente.t 5 leitores que esto acostumados a ver os primeiros capitulos de Génesis de conformidade com as. normas geologicas, e & luz dos comentétios modernos, provavel- ‘mente nao aceitaro a afirmagao acima. Desejardo saber or que as terras ndo cstio em um s6 lugar agora, se antes estavam em um s6 lugar. Como, quando e por que as torras foram divididase distribuidas pela superficie do globo do modo fragmentario que temos hoje? Wer a nota A no final da parte 1 19 Essa pergunta € muito importante e compreensivel; ¢ jf.queé uma pergunta envolvida na questo que estamos considerando (como foi que a humsnidade se dispersou) 45 Fespostas a mesma aparecerio & medica que prosse- guirmos em nosso estudo, primeiro versieulo do décimo-primeiro capitulo de Génesis diz o seguinte: ‘Ora, em toda a terra havi apenas ume linguagem @ uma s6 maneira de falar.” Por que diz uma linguagem ¢ uma s6 maneira de falar? Parece uma repetigio desnecesséria. O texto ‘de margem, palavras, embora seja aceitével no hebraico, ‘nao 0 € em nossa versio. No hebraico o numeral é usado como adjetivo, concordando em riimero e género com 0 ‘seu substantivo; assim, a construcio gramatical nao presenta nenhuma dificuldade. Nosso idioma, porém, nao permite que liguemos um numeral essencialmente singular a um substantivo plural. O-melhor, portanto, & dar a0 termo hebraico, chadim, o sentido que ele tem claramente — as mesmas. Desa maneita deveriamos ler ali ra, em toda a terra havia uma linguagem e as ‘mesmas palavras.” Essa construgao é aceitavel em portugues. Contudo, lingwagem ¢ palavras ainda nos dio idéia de repeticzo. a beneficio do leitor, aventuro-me a salientar que 0 voribulo hebraico traduzide por palavras ou fala, a palavra d’bharim, é um termo muito eléstico, aparecen- do com mais de cingiienta significados distintos em nossas traducdes. Seu sentido primario é palavra. De acordo com Young, ele & traduzide como palavra 770 vyezes. E traduzido também como coisa, questo, razao, negocio, mensagom, propésito, pedido, etc. Quanto aos diversos significados que essa palavra pode ter, aquele que melhor se adapta ao seu contexto €0 que aparece em Neemias 8.4, e que diz: ““Fadras, oescriba, estava num pilpito de madeira, que fizeram para aquele fia.” 20 A palavra fim, com 0 significado de propésito, no apenas cabe dentro do contexto do livro de Génesis, mas. de conformidade com nossa prépria versio, é uma boa tradugio para a palavra dabhar. Por conseguinte, posiemos ler (notar que a palavra dabhar esta no plural a oharim “Ora, cm toda a terra havia uma linguagem e os mesmos fins (propésitos).” Quaisquer que tenham sido os propésitos que moti- varam aquela gente, é 6bvio que tais fins eram abomnind- yeis para Deus. De fato, eles eram tio abominaveis repulsivos para o Senhor que ele adotou medidas drasticas para impedir a realizagdo dos mesmos confundiu a fala dos homens, mas igualmente ‘ dispersou por toda a superficie” da terra. E os dispersou de maneira tio definitiva que impossibilitou qualquer a¢do futura de todes os homens, em conjunto. ‘A pergunta que agora tems a responder ‘que Deus dispersou os homens? Em Génesis 10.25, lemos 0 seguinte: ““A Eber nasceram dois filhos: um teve por nome Pelegue, porquanto em seus dias se repartit a terra...” A maioria dos nomes préprios do Velho Testamento tem um certo significado. o qual, quase que invariavel- mente, diz respeito a alguma caracteristica especial da pessoa ou coisa nomeada, ou a algum incidente vineula- do a essa pessoa ou coisa. Acima Yemos que um homem foi chamado de Pelegue porque nos seus dias a terra foi repartida. Qual a ligacio entre o nome préprio e 0 dente que Ihe deu origem? A palavra Pelegue, em si mesma, nio um substanti- ‘yo préprio, e significa divisdo; mas conforme veremos trala-se de uma certa espécie de divisto. Esse versiculo geralmente & explicado como um trecho que significa que, em certa época da vida de Pelegue, Deus dividiu as, {erras entre os homens; isto é, distribuiu os vérios trechos de uma regio entre os diversos grupos de pessoas — as como foi a nacies em que posteriormente se tornaram — as quais Geveriam habitar nelas. Basicamente, esta explicigao esta correta mas nao esti completa Ha cerca de treze verbos que s40 traduzidos por dividir. cada qual com uma pequena variagio ‘no significado. Precisamos considerar aqui apenas dois desses verbos: chalak e palag. Chalak significa dividir no sentido de repartir ou dar um quinhao, Este verbo & empregado geralmente quando Jemos sobre uma naczo vitoriosa a dividir os despojos: eparti com vossos irmaos © despojo dos vossos inimigos.” Us 22.8.) .. como exultam quando repertem os despojos.” ls 9.3.) £ bom notar que esse verbo € usado para designar artilha ou distribuigao de terra ¢ ali repartiu Josué a terra, segundo as suas divisoes, aos filhos de Isracl." Gs 18.10.) “Resolvo que repartas com Ziba as terras.” (2 Sm 19.29.) Palag significa dividir fazendo pressto ou forga sobre © objeto a ser dividido. “Quem abriu regos (alah, um canal) para o aguaceiro...?” 06 38.25.) Em outras palavras, quem abriu ou fendeu a terra, de modo a fazer ali um canal, como o leito de um rio, ou um canal, para dar vazio as aguas. O substantivo peleg ocorre em Salmos 46.4, onde nossa versio 0 traduz por “correntes” “Ha um rio, cujas correntes alegram a cidade de Deus...” A tradugio “correntes”, que & representada pelo Yocibulo hebraico peleg, no plural, ¢ com 0 sufixo pronominal da terceira pessoa dosingular (p'laga'y), éum exemplo de figura de metonimia, na qual a'coisa contida Correntes) substitui o continente (as divisbes ou fendas 2 na terra, através das quais a 4gua corre). Hé um outro exemplo da mesma figura de linguagem na cléusula seguinte — alegram a cidade de Deus, onde a cidade (o continente) substitui © conteddo (a populagao de cidade). & obvin que 2 forga do termo peleg, neste versiculo, se harmoniza com o sentido que tem 0 verbo palag, em ¥6 38.25, citado acima. Creio que os exemplos citados demonstram com clateza a diferenga de sentido entre os dois verbos. O que © leitor deveria notar € que se 2 explicagao popular de GBnesis 10.25 fosse correta (ou seja, se 0 versiculo fica meramente que, nos dias de Pelegue, Deus ribuiu as terras entre os diversos grupos de pessoas ue nelas deveriam habitat), entdo deveriamos encontrar nesse texto 0 verbo chalak, dividir por partilha. Em vez disso, porém, temos palag, dividit por fissura, “tlm teve por nome Pelegue (fenda ou fissura), Porquanto em scus dias se repartiu (niphlagah!; foi dividida por fissura) a terra.” Em Génesis 1.9, vimos que, originalmente, todas as terras emersas da superficie do globo se encontraram Juntas em um tinico lugar, Esses versiculos do capitulo décimo primeiro de Genesis nos dizem que Deus prime, ramente separou os homéns confundindo sua linguagem, levando-os assim a se agruparem de acordo com suas Fespectivas linguas. Em seguida, ele separou a terra — dividiu-a por fissura, Em outras palavras, 0 elemento miraeuloso se fez presente — houve um gigantesco terremoto divinamente supervisionado. Aquela vasta faixa de terra que anteriormente estivera toda reunida em um Gnico lugar, foi distribuida ¢ dividida sobre a superficie do globo, de modo fragmentitio, tendo como resultado a configuracto das terras emersas, mais ou ‘menos como esto atualmente. Alguém poderia supor (embora nada nos seja dito quanto a isso) que, por razdes ébvias, a alteragao na Herceira pesos dosingular,feminina, do perio pasive do verbo oles B distribuicao e configuragdo das terras emersas tena sido {ita através de um processo gradual.! Talvez tenha sido necessirio um longo periodo de tempo para que isso ocorresse, Naturalmente, do nosso ponto-de-vista, no hi nada de necessariamente micaculoso em um desvio lento ou répido das terras emersas. O elemento miraculoso consistiu no fato de a terra haver sido dividida de aeordo com as divisoes dialetais dos homens. NotaA A idéia de que as terras da superficie do globo originalmente perfaziam uma vasta massa isolada, talvez deixe 0 leitor perplexo, a principio, achando-a uma suposicdo extraordindria e extravagante. Em realidade, porém, nao é tio extravagante como parece. O seguinte extrato, tirado de News Chronicle, de 20 de agosto de 1935, a respeito deste assunto € interessante para os leitores. ‘Gondwanalindia, 0 ‘continente perdido’ do hemistério sul. nao € mais uma teoria, e, sim, um fato cientificamente estabelecido. ‘O ciinente gedlogo, 0 professor W. W. Watts, no discurso "Forma, Ritmo ¢ Desvio des Continen: tes’ que ele fard perante a Associacao Britanica, em Norwich, a 4 de setembro, dard varias evidencias que provam claramente sua existéncia anterior. ‘A idGia original de que a Austrilia, a Africa do Sul, a India ea América do Sul estavam todas ligadas por faixes de terras, precisa ser abandona. aa Hove tempo em que estavam todas unidas ‘enire si, formando uma gigantesca massa! Os gcdlogos sc referem a esse vastissimo continente ‘como "Gondwanalindia’. “O professor Watts aeredita que, mediante arias Forgas, como por exemplo 0 movimento das arés e a rotagao da terra, a Gondwanalandia se Wer Nove A. m4 er re eee ectanete cari lama cong aiean Las Senet eins anaes eran md } outros."” |), Rert sie wats cee on agaaa | cano hop ace, or ets contienes merce | dos estavam unidos, mas que, Gevido as causas citedas, gradualmente se separaram. Em outras palavras, as escoberias dos clentistas de nossos dias confirmam os fatos fisicos envolvides na dispersio da humanidade, como lemos em Génesis 1.9; 10.25 11.8. 2s II Por que a Humanidade Foi Espalhada Sobre a Terra Tendo considerado como Deus dispersou © povo, de modo_que, juntamente com as terras emersas’ da superficie do globo, viesse a ficar distribuido aproxima, Gamente como o encontramos hoje, passe agora a considerar a segunda questtio — por que Deus dispersou os homens? Ou, ainda, qual era o propésito que animmave aquela gente, e que foi capaz de atrair 120 severas ¢ {emendas manifestacdes da ira divina? Para responder, mos a essa pergunta de modo realmente satisfatorio, sora necessiria uma digressao bastante longe. Ao apresentar: ‘mos essa digressao ao leitor, as limitagoes de espago nos compelem a traiar com os diversos itens de modo multe ais abreviado do que o assunto metece, principalmente fem certos pontes. sais eserituras, de Genesis 3.15 até o nascimento do Salvador, de uma certa forma podem ser reputadas come registro de um enorme conflito, De um lado, Deus exes eperando lenta mas firmemente, para trazer a este mundo 0 prometido deseendente da mulher; e Satanae do outro lado, esforcando-se com todos os meios ae sea aleance para impedir que Deus consiga concretizar es seus planos. Muitos acontecimentos expostos nas Escrituras, que em si mesmos nos deixam atOnitos por nos parecerm extraordinérios e, em alguns casos, improvéveis, ficam eselarecides ¢ se tornam mais ficeis de entender quande ristos sob esse prisma. Por mais estranho que nos parca 20 primeiro exame, esse antagonismo de Satanie & umn 26 | {ato perfeitamente comum tanto no Velho como n0 Novo ‘Testamento, sendo ainda confirmado pelas préprias declaragoes do Senhor Jesus. NZo nos queremos esqutecer do propésito divino em relagdo A humanidade: “udtenha ele (0 homem) dominio...” (Gn 1.26.) © propésito de Deus, pelo menos no que respeita ao primeiro Adgo, foi frustrado por Satands pela queda dele; mas 0 dominio divinamente plancjado seré final- mente uma realidade nas maos da nova eriag3o, encabe- cada pelo Senhor Jesus Cristo (0 ditimo Adio), cuja vinda foi anunciada meio veladamente em Génesis 3.15. Qual o segredo da inimizade de Satanis contra os homens? Em vista de varias passagens paralclas, uma explicacio provavel e razodvel parece ser que 20 homem competia apossar-se, em ultima anélise, de um dominio criginalmente conferide a Satands. Possivelmente foi quando Deus anuneiou perante as potestades celestiais (Ef 6.12) a sua intengto nesse sentido, que se dew a catistrofe de Génesis 1.2, em resultado de uma explosz0 a ira satanica. A obra de reconstrugdo, que levouseis dias, e a criagao do homem, representam apenas 0 primeiro estagio do plano divino para derrubar Satanas, enquanto que a queda do homem — que implicou ‘na sua morte — Fepresentou o primeiro esforgo de Satands para frustrar 98 propositos divinos, Addo, entretanto, niio morreu. Deus interveio, provendo um sacrificio, © 0 homem ¢ sa espesa continuaram vivos. Podemos notar como a¢io de Deus, no jardim do Eden, nos dé um quaczo profética da obra salvadora do Senhor Jesus Cristo, Um animal, uma vitima inocente, foi abatida. E entto, algo que fizera parte desse animal, quando ainda estava vivo, a sua pele (€ nao “peles" como dliz.a nossa versao e outras; o voedbulo hebraico € or, & esté no singular), serviu de vestimenta para o casal culpado. Dai por diante, a nudez do homem e da mulher, 98 quais tinham precisado ocultar-se ce Deus, foi coberta, pela veste preparada por Deus, veste essa que resultou da morte do animal sacrificado. a O mesmo sucede na obra do Senhor Jesus, vitima inocente; e, depois de sua morte, Ele é a algo que fazia Dassa a servir de veste para todos quantos nele confiam; essa retiddo, tal como aquela: pole, Oi tantas vesies dle retidzo quantas sejam nesescdehen Desde o dia da queda, ent2o, 0 grande contlto jé mencionado passou a existir. Tendo falhado devido a intervencdo divina, © nao conseguindo levar 0 howon tmorte, Satanés, dai por diante, haveria de devotance & {arefa de impedir que o libertador prometido chegasse « este mundo. Seu primeiro esforgo, nesse sentido, foi Provocar a morte de Abel. Por que Satands fez isto? Desejamos observar que Caim e Abel eram genes, e que Eva, conforme mostram as suas proprias palenes, Pensou que seu filho primogénito fosse 0 descendentc prometido, O fato de que os meninos cram gémeos é indicado pelo fraseado da passagem que é como segue: “Coabitou © homem com Eva, sua mulher. Esta concebeu e dew 4 luz a Caim; entio disse: Adquia tum varao com o auxilio do Senhor. Depois dia 4 Juz a Abel, seu iemao..” (Gn 41.2) Caso Abel houvesse nascido apts o intervalo apropri- {ile de tempo, necessério para uma segunda concepsto, leriamos. como no versieulo vinte ¢ cinco: “Tornou Adae 4a coabitar com sua mulher... eels concebeu ¢ deu 4 lwne Abel”. Em vez disso, imediatamente depois que Ev, exclama, “Adquiri um varao com o auxilio do Senhor™ Jemos (v. 2): “Depois deu & luz a Abel, seu irmao, Palavras essas que nos indicam que Abel nasceu imedi atamente apés Caim, Quanto a minha propria tradugio da exclamaeto de Eva — ““Adquiti um homem, Jeova'" — desejo saltentan, 4 titulo de esclarecimento, que a palavra. “Jeon Brecedida pola particuls hebraica eth. Essa partieula po- Ge ser compreendida de dois modes: pode significas “com”, ou pode ser uma indicago do uso do case acusativo — isto é, substantivo a6 qual ele & pref: 28 ado, € © objeto do verbo. Jamais pode significar "da parte de”. Alguns comentadotes dio a edh o seu sentido certo, ou seja, “com”. e entio adicionam as palavras “auxitio de” entre eth e “o Senhor’. Mas o uso. comum é definidamente conirario a insergao de palevras entre a partieula eth © o substentivo a0 qual esti vineulado pela palavra maggeph. A conexio 6 por demais intima, e eu ereio que a particula eth & usada aqui com o mesmo sentido com que utilizada na ldusula anterior. Ali lemos, em nossa versio: “Esta concebeu e deu a luz a Caim..” No hebraico, a palavra traduzida por “Caim” & precediéa da partiula eth, o que indica que “Caim” &0 objeto do verbo. © contexio, claramente, ndo deine margem a qualquer letorinteligente, para supor que @ sentido poderia ser “esta concebeu de Ceim", ou enta0, “esta concebeu com 0 auzilio de Caim". Na clausula seguinte, Eva afirma: “Adquiri um homem — Jeova.” Ora, como afirmei acima, 0 substantive proprio é imecistamente precedido da parvcula eth, euja forya distintiva pode ser expressa peles palavras ‘‘a saber”: “Adquiri um homem, a saber, Jeové.”” © ponto em questae nao & tanto que Eva adquitira um homem, mas sim, que adquirira um homem especial = 0 descendente prometido, cuja vinda he fora anun- ciade, Em realidade, nada hé de ineomum ou de surpreendente na suposigo de Eva. Nao devemos nos esquecer de que Deus no deu 2 menor indicagio a respeito do elemento tempo — do guando —com relagao A promessa da vinda daquele descendente. Tudo que foi dito € que o libertador seria deseendente da muther. Assim sendo, quando Eva teve um filho, naturalmente Pengou que ele fosse o descendente prometide Ora, por mais sibio e sagaz quo Satands fosse, cle ‘lo poderia saber nada sobre os propésitos de Deus além do que fora revelado. Nao ha duivida de que a promessa, 29 feita no Edn, signifcou muito mais para ele do que para Eva, mas Satands s6 podia saber o que Ihe fora reveladie Jalite &. 0 libertador, que the esmagatia a eabega, seria escendente da mulher. Seria Caim o descendente Prometido? Poderia si-lo. Mas, nesse caso, tambon Poderia ser Abel. Ao crescerem os itmios gémecr contudo, e manifestando-se claramente seus respective: earacteres, deve ter ficado evidente para Satanis, com sea conhecimento acerca das coisas de Deus, que um homer do tipe de Caim nao poderia ser o desceniente promett, do; Por outro lado, Abel, um homem de Deus, ben poderia ser esse descendento, Satands no se atriscaria, ele tinha muito em jogo. Isso explica a morte prematin, de Abel. Satands encontrou em Caim o instrumento certa © conveniente, “Caim, que cra do maligno ¢ assassinou a seu irmio..."" (1 Jo 3.12.) Embora Abel nto fosse o descendente prometido, foi © primeiro da linhagem através da qual viria o desces: dente prometido; por iss0 a0 nascer Sete, Eva declarou que deveria ser chamado “Sete”, que significa “indien, do", porquanto Deus tinha dado a ela outro descendents, “em lugar de Abel, que Caim matou' acerca das geragses' de Adio, no q Génesis, que nos dé a linhagem da qual ‘saitia 5 descendente prometido, vemos que Sete encabeca a lista Nesse caso, partindo desse ponto-de-vista, Sstanis: frp exatamente o que lhe seria mais conveniente, ao provoeec a motte de Abel, A narrativa se interrompe no fim do capitulo quarto, Bara termos, no capitulo quinto, o livto das geraghes oo da genealogia de Ad2o. A narrativa interrompida tom prosseguimento no capitulo sexto. Os versieulos iniciais esse capitulo nos fornecem uma informayio realmente sspantosa. Logo abaixo cito os versiculos primes, segundo © quarto, conforme aparccem em nossa versiot seguidos pela minha propria tradugdo. O Icitor deveng confrontar cuidadesamente os dois grupos de versisulo: # fim de notar a diferenga de sentido, indicada pelo 30 | fraseado alterado, tendo om vista apreender completa- mente a forga dos argumentos que aferego em sepuid “Como se foram multiplicando os homens da terra, cclhes nasceram filhas, vendo os fihos de Deus que as fas dos homens eram formosas, tomaram para si mulheres, as que, entre todas, mais belas hes ‘agradaram... Ora naquele tempo havia gigantes na tera; e também depots, quango or Riker fe Deve possuiram as filhas dos homens, as quais hes eram filhos: estes foram valentes, vardes de reno- me na antigiidade. “E quando Ada0 comegou a ser muitos sobre a faceda terra, ¢ as filhas Ihes nasceram, sucedeu que 6s filhes de Elohim viram as filhas do Adio, que eram formosas,¢ fomaram para si mulheres, as que, entre todas, mais Ihesagradaram...” Os ‘nefiling estevam sobre a terra naqueles dias, © também depois disso, quando 0s filhos de Elohim possuiram as filhas do Adio, as quais thes deram filhos: estes sto &, os filhos) foram valentes, mortais de renome, na antigiidade.” ‘Todos os leitores da Biblia sabem que o ponto crucial da interpretagiio dos_yersiculos acima citados é a expressdo “thos de Deus". Como devemos entender |__ esse expressio? Posto que nto deseo interromper minha Tinka de pensamento, introduzindo aqui uma longa digressio, cstudarei essa discutidissima expresszo em um capitulo separado que aparece no fim deste ensaio. Ali, brocuro demonstrar que esses flhos de Deus foram anjos caidos. Estou perfeitamente e®nscio de que essa explica- ao sempre suseita uma consideravel onda de oposi¢io: & n0 capitulo acima mencionado, procuro abordat as principals objegdes contra a teoria dos anjos caidos. Os leitores poderdo meditar sobre ele e, apés dar a devida atencao &s minhas razBes, podem chegar a suas préprias conclusdes. © libertador seria 0 descendente da mulher. No principio, prevaleceu a idéia de que ele seria filho direto | de Eva, Pesteriormente, segundo se vé pelas palavras de ut Lameque (Gn §.29), tornou-se evidente que as palavras “o seu (dela) descendente” deveriam ser entendidas em sentido mais lato, podendo ser aplieadas a qualquer um dos descendentes masculinos da mulher. Esse estorgo de Satanés, portanto, foi nada mais nada menos do que uma tentativa de corromper todas as mulheres da raga adimica, tornando assim, impossivel, a vinda do deseen, dente prometido, Mas, a maneira que Deus encontrou Para contornar essa situacdo, consistiu em conserva uma familia isenta da prevalente corrupgio sexual, destruindo todas as demais por meio do diltvio, ‘Terminado o diltvio, uma nova ordem de coisas foi es- ‘abelecida por Nog, sob a crientagao divina, a qual culmi nou com a apostasia geral deserita em Génesis 11.1-9, Essa apestasia nlo foi tanto uma tentativa de impedir a vinda do descendente prometido, mas, sim, de atrasé la, Satanés tinha por alvo arranjar as coisas de tal modo que, por intermédio de seus agentes humanos, ele Pudesse resistir com Exito aos ataques do libertador contta 0 seu reino satfinico. E do conhecimento de todos os estudiosos das profecias biblicas, que o propésito de Satands & realizar uma imitagao dos propésites divines. O propésito de Deus, falando de modo geral, consiste em reunir tudo sob um iinico chefe ou cabeca — o Senhor Jesus Cristo, © propésito satdnico & 0 de reunir “todas as coisas” que constituem 0 sew dominio, sob um cabega sé —'¢ anticristo. No décimo-primeiro capitulo de Génesis, temas a primeira tentativa de Satanés, no sentido de realizar seu ‘monstruoso propisito. O diabo 6 por demais sagaz para esquecer-se das perticularidades vitais. Por conseguiate, ‘primeira pergunta que deve ter feito, foi: “Sera este o tempo certo?” Se pudésscmos estudar exaustivamente tudo quanto est4 envolvido nessa pergunta, seria neces, sério fazermos uma longa digressto. Portanto, desejo mecramente salientar que o ponto nevrélgico da questo €— qual 60 tempo certo? Ou ainda: seria aquela a época em que-tal empreendimento poderia ser bem sucedido? ‘Tempos e épocas constituem um tema que, até onde 32 sei, nunca recebeu dos estudiosos da Biblia a atengao que ‘merece. Adiante procuro mostrar, tanto quanto o espaco mie, extrordindvia edo que MA por tds dese risterioso e interessante t6pico. Sara squeleo “tango certo"? Considerando-e todas 43 sircunstancias do cas0, nfo 6 impossivel supor-se que foio fato de que tudo parecta indicar que o “tempo” era favordvel, que levou Satands a tentar por em vigor os seus pplanos. O material humano estava ali, nas multiddes que rapidamente se multiplicavam. Também se fazia presen- te 0 poder satanico controlador, evidenciado pela unida- ie do povo, em pensamento e agao. E o homem eapaz de set usado por Satands também lé estava (potencialmente) na pessoa de Ninrode. Por duas vezes se diz, acerca de Ninrode, que ele era tum poderoso cagador diante do Senhor, € 0 contexto demonstra claramente que o sentido dessa declaracio é que ele era um grande cagador de homens. A afirmagio imediatamente anterior € que ele “..comegou a ser poderoso na terra”. Ea que vem logo em seguida, diz: “o prinefpio do seu reino foi Babel..." Ora, a caga aos animais ndo funda reinos; ¢ a declaragio de que 0 principio de seu reino fot aquela cidade misteriosa, cuja construsao Deus fez cessar, indica com clareza que ele foi 0 espirito dominante do movimento gerado pelo diabo, narrado no capitulo décimo-primeiro de. Genesis. Tudo parecia favorecer a idéia de que chegara o “tempo” em que o propésito de Satandis alcangatia Gxito.. Porém, como lemos em passagens posteriores, os fempos 2 as épocas esto sujeitos & superintendéncia do Altissi- mo; € nessa ocasiio 0 Senhor Deus interveio. “Desceu o Senhor para ver a cidade ea torre, que os filhos dos homens edificavam; ¢ disse: Eis que 0 povo é um, e todos tém a mesma linguagem. Isto & apenas 0 comeco: agora nao haveré restrigdo para tudo gue inentam faze. Vinde, desimos, © confundamos alia sua linguagem, para que um no entenda a linguagem do outro. Destarte 0 Senhor os dispersou dali pela superficie da terra; e eessaram de edifiear a cidade.” (Gn 11.5-8.) 33 Para entendermos meihor esse trecho de Génesis é Panter gle © Jeiamos em conexio com sua passegeng Paralela!. isto é Romanos 1.18-28. Cito absivo teven Gime Nersiculos, conforme os encontramos na nosea de Deus se revela do eéu contra toda lade e perversio dos homens que detém pode conhecer € manifesto entre eles, porque os atributos invisiveis de Deus, assim o° seu steran Poder como também a sua piveis; porquanto, tendo conhetimento de Doug ‘fo o glorificaram como Deus, nem Ihe deren: 2ragae, antes se toraram nulos em seus prépriog Semelhanca da imagem de homem corruptivel, bem somo de aves, quadriipedes e réptes. meor isso Deus entregou tais homens a imundicia, gual é bendito e impor causa disso os eniregou Deus a paixdes infames; porque até as suas mulheres mudseam a modo natural de suas relaedes intimas, por ove contratio & natureza; semelhantemente, os homers {ambém deixando o contato natural da mulher eo inflamaram mutuamente em sua sensualidede, cometendo torpera, homens com homens, «seo, bendo em si mesmo a merecida punigtodoscu cere TEs Por haverem desprezado o canhecimente de ‘Deus. o préiprio Deus os entregou a uma dispreigas "Nee aotaB, no final da pace It 44 mental reprovavel, para praticarem cousas incon: Yenentes, cheios de toda injustiga.. A maioria dos comentaristas ao abordarem os versiculos acima citados, explicam-nos referindo-se Aqui- lo que designam nebulosamente de mundo pagao, im minha mancira de pensar, nada poderia estar mais longe da verdade De onde veio o mundo pagao? As duas passagens que acabamos de citar descrevem, nao © mundo pagdo, mas antes, a orjgem do mundo Pagio. Além disso, crvio que essas duas passagens, quando interpretadas corretamente em seu contexto listo &. @ passagem de Romanos deve ser compreendida come uma descrieio das condigbes morais do povo que & focalizado em Génesis 11.1-9), fornecem-nos a melhor explicagdo da origem do paganismo. E uma explicacao racional, em oposi¢do a mais accita e popular explieagao ortodoxa, a qual é inerentemente itracinal, inconsistente « insatisfatéria, A explicacao popular € mais ou menos a seguinte: 0 homem tem um instinto teligioso, uma tendéncia para a adoracio, Em seu estado primitivo, porém, ele ¢ ignoran- te € portento, incapaz de orientar corretamente as suas fendéncias religiosas. Em sua ignorancia, prostra-se diante doquilo que atrai vivida e fortemente a. sus imaginago e entendimento — os fendmenos naturais como a chuva, o vento, 0 trovao, os corpos celestes, ¢ assim por diante. Todavia, quando esses mesmos indivi duos ignorantes ficam sujeitos a influéncia iluminadora da civilizagao, quando seus olhos sto abertos, ¢ eles se foram mais ou menos educados, entao perceber gradualmente que suas idias antigas sto absurdas, & ventualmente assumem as mesmas atitudes religiosas ‘que 06 seus instrutores. Se esse ponto-de-vista fosse correto, entZo a idolatria certamente nfo seria culposa. Antes, scria uma condigue perfeltamente naturel — ¢ aié mesmo necessaria pare lum ser constituido como o homem, quando em condigao de ignorancia e inexperiéneia 35 Mas 0 crente evangélico, principalmente se cle conhece as Eserituras e esté acostumado a pensar por si mesmo, perguntard o seguinte: se essa € a explicagio certa, por que a idolatria € censurada de maneira tao cenfitica e terminante nas Eserituras — censurada no como sendo um equivoco, mas a prépria esséncie da iniqitidade. Por que t2o terriveis penalidades sao impos- tas contra a idolatria? Quando alguma coisa precisa ser explicada correta- mente, cada um dos fatos envolvidos se torna essencial. O pono fraco dessa explanacio popular sobre a idolatria & que, om vez de manipular com todos os fatos, aborda apenas um fato, € mesmo assim no o esclarece de todo. Os defensores da teoria popular, a0 tentarem provar 2 cortege de sua posigto, salientam como alguma tribo ou nage selvagem, ao responder as influéncias externas € f20 tornar-se mais ou menos civilizada, abandona suas antigas crencas e supersticdes, Ora, essa tribo é um fato, ‘mas éum fato nao esclarecido. Pois, antes de mais nada, como é que aquele grupo de pessoas chegou a estabele- ‘cer-se naquele local? Como chegaram eles Aquela condi- gio de ignordncia c de degradacio? Se tais expositores tivessem inclinagao cientifica, provavelmente dariam a evolugao como explicagao desse fendmeno. Se iossem religiosos, concluiriam que Deus assim 08 fez ali os colocou. E religiosos como esses esto transformando a sua propria e gratuita solugao em um dos mais dificeis problemas da teologia —o problema da sm do paganismo. Como & que se pode conciliar a txistineia de grande nlimero de homens © mulheres, em Sirias condigbes de selvageria e aviltamento, com a onipoténcia, a onisciéncia e o amor de Deus? E como é que um Deus cuja natureza é amor — se as Escrituras forem aceitas — essencialmente amor, poderia ter ‘razido a existéncia tals eriaturas, de modo deliberado, para em seguida abandoni-las para sempre? Como poderia ele ter feito tal coisa? Mas, teria mesmo sido ‘A maior parte de meus leitores deve lembrar-se de que em determinada ocasido os saduceus chegaram-se a0 36 Senhor Jesus € the fizeram uma pergunta com respeit Se ee faziam, retrucou: “Errais, m0 conhecendo as Escritu- ras Sempre que ougo cents discutindo #oigem do smo, de acordo com a posigio popular acim: Expost, ten impetes de dzethess "Fora no cone cenclo as Escrituras. Problema!? Nao ha problema algum. A explieagao & to clara e perfeita quanto se. poderia Gesejar. Esta contida nos versiculos, jé citados, de Génesis ll e de Romanos 1. No décimo-primeiro capftulo de Génesis vemos a race humana como entdo existia: concentrada na terra de Sinear; e em Romanos 1.18-29 ficamos sabendo que, ‘embora conhecessem a Deus, deliberadamente se sepa. faram dele em trés pontos bem definidos. Como resulta. do desse repiidio triplice (versiculos 21-23, 25 e 26-28), ¢ da tiple rejeigdo deles por parte de Deus (versiculos 24,26 ¢ 28), chegaram a precipitar-se no horrendo estado de corrupeao que é pintado em Romanos 1.18-32, como ados na atividade arr Fo dull que Dens os dupersa, corte somos informados em Génesis 10.25 e 11.7,8. 0 mundo agio, por conseguinte, de acordo com as Esetituras, deve sua origem 2 apostasia da raga, e disso é que resultou a sua dispersao, conforme lemos em Génesis N19 ¢ em Romanes 118-29. iinguém pode ler Génesis 11.1-9 e Romenos 1. tom molar imediotamente que as conde orl daquela gente, horriveis como eram, foram ignoradas na passage do’livro de Génesis. Naturalmente, como ‘Yemos no primeiro capitulo de Romanos, essas condigdes io foram realmente ignoradas. Antes, os homens eceberam 0 mais drastico tratamento; foram julgados conforme alguns prineipios que foram enunciados em passagens posteriores da Biblia: "Nao quissram o cu conselho eds slho e desprezaram tod re repost. Portanto, comerio do fruto ao ocadimontee dos sts prpis conelhos fartarao.” (Pv 1.30,31,) pps a 7 Em outras palavres, Deus permitiu que entrasse em fungdo aquilo que denominamos de lei natural. Assim € que lemos: “Por isso Deus entregou tais homens 2 imundicia, pelas coneupiscéncias de seus proprios coractes, para desonrarem os seus corpos entre si... receben- Goem simesmos a merecida punigio do seu erro. cheivs de toda injustiga..” (Rm 1.24,27,29.) No diécimo-primeiro capitulo de Génesis encontramos aquilo que, para facilitar, chamarei de seus atos préticos fe materiais, juntamente com os motives que thes deram origem, ¢ que nos sao revelados ali, Assim sendo, vemos que Deus descen a fim de ver, nile a condigao moral deles, mas sim, a cidade ea torre que estavam edificando; ¢ como resultado do castigo conseqiiente, lemos simplesmente que: .eessaram de edificar a cidade”. E estranho que 05 resultados desse castigo de Ambito ‘mundial e sem precedentes — um castigo que afetou 0 futuro de toda a raga humana, da forma mais definida ¢ drastica — tenham sido apresentados com uma declara- ‘do breve e direta que envolve apenas um tato aparente- ‘mente ser importincia. Vé-se claramente que havia algo mais profundo, na edificacdo dessa cidade © torre, que ‘era grandemente abomindvel para Deus. Hé uma indica~ ‘edo sobre o que teria despertado tanto a indignacao de Deus, numa das mais notiveis declaragves da Biblia “Isto € apenas 0 comego: agora {isto & depois de ‘amadurecer ‘isto’) nao haverd restrigio para tudo que intentam fazer.” (Gn 11.6.)! Examinaremos este versiculo detalhadamente um pouco mais adiante, mas a sua implicagdo profunda & 1A espantesa mplicecto envolide ness atmasB0€ to cara cue sigunscomentaorss provuam ela tradazino » Wine eiwoa inrrogatvameme ou sla; ona0 haverh regu para tao Que intents farer? Mac al waaugao ¢arbriria Nao hk ah parca Tetrrogatvahebaiea 38 clare ¢ inoquivoca. Se 0 “isto” (nto importa o que tena sido) chegasse a amadurecer, entio nada poderia impedi- los de realizarem 0 que haviam imaginado — ou seja, estariam em posigdo de eoncretizar todos os seus desejos © ambigdes, coletivos e individuais. Eu creio que a explicacdo de toda a questo sobre esse “isto"” aparece nestas palavras: “Disse também Deus: Haja luzeiros no firmamento dos eéus... e sejam eles para sinais, para estagdes, para dias e anos.” (Gn 1.14.) Oversfculo acima atribui quatro fung8es aos tuzeiros ‘ow corpos Iuminosos celestiais. A questio dos “dias & anos” € obvi. Os perfodes de tempo, conhecidos como “dias © anos", sdo resultantes dos movimentos dos “uzeitos". Tais “luzeiros", todavia, seeviriam também “para sinais, para estagies”. E comum explicar-se que, nesse 280, “estagoes” significa as quatto estagbes do ano — primavera, yerZo, outono e inverno — mas, se esse G osentide de tal palavra, como explicarfamos 0 vocdbulo “sinais!"? Embora geralmente aceita, acredito que essa explicagto seja incorreta. Parece muito mais razodvel considetar as estaybes do ano como inclusas na palavra “amos”, da expresso "dias ¢ anos”, ¢ entZo entender 0 termo “estagdes”, da expresso “para sinais, para estagdes", em sentido diferente. O termo moed, que € traduzido aqui como “esta- ges”, tem um sentido muito amplo no original hebraico. Deriva-se de yaad, que significa apontar. O emprego mais comum da palavra dé idéia de algo fixo ou apontado. O vocdbulo ¢ empregado para especificar um tempo marcado, uma ceriménia determinada, um lugar certo, um povo definido. Quando usado em relagao 0 tempo, tem sempre em vista um tempo pré-determinade, — um periodo em que deverd acontecer algo determina. do de antemao, Neste,caso, 6 ttil notarmos que moed, embora seja aplicada nas formas, 2s mais variadas, Jamais ¢ usada nas Eserituras no sentido que Ihe & dado pela interpretaco popular — ou seja, uma das estagoes do ano. 39 © verlo € © inverno, no Velho Testamento, so chamados por seus respectivos nomes, mas jamais coletivamente como “estacdes” do ano. HA varias refe. Féncias aos fenémenos naturais que caracierizam essas estagdes; esse caso, entretanto, o termo hebraico que Tepresenta tempo ou estagiio do ano é sempre eth ¢ nuunea moed. Por exemplo: entBo eu vos daret as vossas chuvas a seu tempo,” (Ly 26.4.) fedarei as chuvas da vossa terra a sew tempo...” (Dt ‘como se recolhe o feixe de trigo a seu tempo...” (Ié 5.26.) "-;frvore... que no devido tempo, d4 0 seu fruto.” ($1 13) Nos textos acima, as palavras em grifo so represen- {adas pelas formas apropriadas do termo hebraico eth, um tempo ow periodo determinado, Esse emprego de fermo certamente parece indicar que as estagaes de ano, aso fossem chamadas de estagées, scriam representaday Por eth, € no por moed. HG trés ocorréncias do vocabulo hebraico moed, no liveo de Génesis, que devemos examinar aqui “~-Isaque, o qual Sara te daré a luz, neste mesmo tempo, daqui a um ano." (Gn 17.21.) “Daqui a um ano, neste mesmo tempo, voltarei ati ¢ Sara teri um filho." (Gn 18.14) "Sara concobeu, e deu a juz um filho a Abraio na sua velhice, no tempo determinado, de que Deus the falara." (Gn 21.2) Os quatro textos em que aparece a particula eth, sitados anteriormenie, favorecem a interpretagio que estou apresentando, ainda que a favorecam indiretemen te. Os ‘és textos em que aparece a particula, moed, Porém, demonstram claramente que houve interferérek divina que seguiu linhas anormais ou extraordinirias « esses fextos estto definidamente de acordo com este minha interpretacao, 40 ——— A derivagto da palavra traduzida como “sinais", 0 Yoedbulo ovkork, que & plural e oth (sinal), parece er uma questio aberta, Tregelles, Delitzsch © Davidson derivam-no de avah (marea; deserever através de uma ‘marea). Outras autoridades preferem deriva-lo de athal (ic), © 0 traduzem como sinal de alguma coisa ou pessoa 4que esta para vir. Contudo, o emprego mais comum da palavra nao apéia muito este dltimo ponto-de-vista, E verdade que ocasionalmente a palavra oth é usada nesse sentido. Quando assim acontece, porém, o sentido parece ser indicado mais pelo contexto do que pela propria Palavra. Se 0 significado basico de orh fosse “algo que viré”, seu uso seria impréprio em muitas das passagens em que ocorre. Por exemplo, ela é empregeda para designar as maravithas operadas por Moises perante Fara. Tais maravilhas, entretanto, nao eram sinais acerca de algo vindouro, Eram provas de que 0 Deus dos hebreus era superior avs deuses egipeios, endo, portato, um Deus que devia ser temido e obedecida, “.dld-me um sinal de que é tu, Senhor, que me falas.” Gz 6.17) Nessa solicitagdo, Gideao nao pedia uma coise que estava para vir; antes, pedia uma prova de que era real- mente Deus que falava com ele. O mesmo acontece em muitas outras passagens, O fato & que 0 vocdbulo oth si. {gnifica um sinal, nosentido mais omum da palavea, é um sinal a respeito de alguma coisa, que representa esta coi. sa. Delitzsch assim o entende, e sua definigao, apesar de tum tanto elaborada, ¢ clara e compreensivel. Em seu sementario sobre Isaias, vol. I, pig. 203 (Clatk’s Foreign Theological Library), diz cle: “Um oft (derivado de avah: indicar) ¢ uma coisa, acontecimento ou ago que pode servir para nos dar a certeza vinda de Deus, a respeito de uma outra coisa, acontecimento ou ago. Isso é feito, em parte, através de simbolos fixos acerca do futuro 6.18; 20.3), e, em parte, através de acontecimentos preditos, miraculosos ou nao, os quais no poderi= ‘am ser humanamente previstos; e assim, caso a ‘corram, provam a origem divina de outros eventos do passadlo, ou sua propria origem divina (Bx 3.12.” Se algum de meus leitores abrir, digamos, a Concor- dancia de Young ¢ estudar ali o emprego da palayra oth, verd que, na maiotia dos casos, cla ¢ empregada em harmonia com a definigto dada por Delitzsch, Vemos, portant, que a declaragio do tivro de Génesis — embora parega contréria & nossa idéia sobre o gue a Biblia deveria dizer — ¢ que a intengao divina era {que os corpos eelestes, além de suas fungSes astrondmi- cas ou fisicas, servissem ‘para sinais, para estacdes”, no sentido em que as palavras sio explicadas acima. Em ” outras palavras, eles servitiam para indicat acontecimen. tos, e também os cielos ou periodos de tempo ligatlos esses acontecimentos. Nesse ponto alguém objetaria que isso s6 pode significar a astrologia. Exatamente, E isso precisamente que tais palavras significam. Entreianto, no nos deve- ‘mos esquecer de que hé astrologia ¢ astrologia. Para a maioria dos ctentes, a astrologia é ou 0, 2 astrologia € ou um pecado, ou um absurdo, A astrologia, como é popularmente acsita, é as. duas coisas. E um pecado — pelo menos torna-se_um pecado quando pritcada por seres humane pela sid0_proibido pelo Senor. E um absurdo, porque, embora possamos admitie-que’os corps celestes io nais no sentido indicado, nosso comhecimento sabre © signifieado dos mesmos e suas inter-telagdes — no. sentido astrolégico — € muito escasso © imperfeito, Portanto, quaisquer tentativas de nossa parte de ler 0 futuro por intermédio desses sinals, como os astréloges professam poder fazer, so sem sentido c insatisfatérias, evido a propria natureza do caso. Afirmet acima que hé astrologia e astrologia — isto é, existe uma pseusto-ciBncia que recebe em nossos dias 6 titulo de astrologia, © que vem sendo conhecida e Praticada por secées isoladas da humanidade, desde 0 dilivio; © existe a ciéncia astrolégica propriamente dit que resulta do pronunciamento divino feito em Génesi 42 1.14, e que serve de alicerce para o plano providencial de Deus esborado em Eclesiastes 3. E para a primeira dessas duss modalidades de astrologia que desejo a atencio de meus leitores. As religides que constituiam anteriormente 9 que em nossos dias chamamos de paganismo, eram, em sua maior parte, apenas formas de adoragdo do sol. Ora, a adorac2odo sol e a asttologia andam de maos dadas. Os caldeus, como também os persas e d maioria das nacies antigas, eram todas adoradores do sol. O culto ao sol era a religido deles, ¢ a astrologia, digamos assim, era a sua feologia. Um exame de sua “teologia" e de seus ensinos nos revelaré fatos que, do ponto-de-vista evangélico, sac espantosos e desconcertantes, Muitos crentes estio vagamente cOnscios de que hi bastante semelhanga entre os fatos registrados em mulitas orctes das Escrituras e os registros das rligides antigas, ‘Todavia, esses mesmos crentes nao tém consciéncia de que quase todos 0s fatos principais da f8 evangélica foram prefigurados not ritos misticos das antigas religi- Se5 do mundo, que floresceram # partir do ano 2700 ‘entendem de forma muito vaga essa surpreenden- te informacéo — surpreendente pelo meno para aioria dos crentes, Pois nesse caso, se isto 6 verdade, entio o cristianismo, que pensdramos honestamente estar fundamentado na base solida de um fato historic, setia meramenie uma repeti¢ao dos sonhos ¢ imagina, ges dos magieos ¢ astrélogos que existiram na infancia do mundo. Ha muita literatura acerea desse assunto misterioso & Pouco compreendido, que é inteiramente desconhecida Para o crente comum, que estuda a Biblia. Uma das bras mais compleias sobre essa questo é a que se intitula On Mankind: their Origin and Destiny (Huma. ‘ede: Sua Origem Destino) de um autor anénimo, Considero-a completa, pois ela cobre a maior parte do terreno abordado pela literatura a que nos acabamos de referit. Seu propésito principal nos & revelado desde o reftcio. Diz o eseritor: 43 e “A Origem eo Destino do Homem sao assuntos que, embora inscparevelmente ligados um 20 outro, em geral, so tratados separadamente, porque, apesar de © primeiro ser hoje aceito por todos como pertencendo ao campo da pesquisa cientifica, o outro € considerado fora do Ambito dessa forma de investigagdo, ja que hé livros que contém uma revelagao sobre 0 destino da raga humana. Como mostraremos adiante, nos tempos anti- gos nfo sucedia assim. A teologia estava baseada na cigncia ent&o comhecida, e as duas, eonseq ien- ftemente, estavam em harmonia entre si, Essa hharmonia ha muito deixou de existir, em vista do rapido progresso feito pela ciéncia, a0 passo que a teologia tem permanccido estacionaria. Uma das frandes causes disso tem sido essa insist@ncia em se fazer uma interpretacdo literal das Escrituras, e {que vem prevalecendo ja por mais de mil anos. Ela exelui qualquer outca interpretagto, embora Jers. rnimo tenha escrito: ‘Os mais dificels € obscuros livros santos contém tantos segredos quantas sZo os suas palavras; mas isso ainda é dizet pouco, pois les ocultam coisas debaixo de cada uma de suas palavras.’ Diversas obras eruditas tém sido eseritas para explicar esse segredo, ou seja, 0 verdadciro sentido desses livros (isto é,dos livros da Biblia) Este volume contém um breve extrato dos mai importantes, os quais séo inteiramente desconhe- ‘idos pata os leitores, e também com muita matéria nossa e informacbes de outras fontes.” ‘Ainda de conformidade com o autor, seu livro foi escrito para explicar o significado secreto — que ele ‘aparentemente considera como teal — das Eserituras; e ‘a chave para o desvendamento desse segredo, conforme le nos quer fazer entender, € a astrologia. (0 que o citado autor procura provar é simplesmente isto: a maior parte dos fatos primordiais das Escrituras, mas prineipalmente os do Génesis, dos Evangelhos ¢ do ‘Apocalipse, esti incorporada nas antigas religies que, “4 a “ coletivame tivamente sio agora comhecidas pelo epiteto de aganismo: © port que [P zatenismo floresceu muito sae das los da Biblia haver sido onto em discussdo € roduzida, © ponto em dscsdo € um pousn desene sor ila e epaso ndo me permite faa citabes da ba, mas as perguntas sugetidas por aise Brincpals slo concise claramentesumariadas mn livro (infelizmente, esgotado) intitulado The Com, oe tion of 666, (O Célculo do, 666) de autor andnime nN pagina 131 desse livro notavel, diz seu escritor: “O que o filé ti isto, ° (M” © fésofo agnéstico pretende saber é 1) 14 que a Biblia € contréria ao. tum sistema notadamente derivado de astrteoloy t n vado da ast —por que ¢ que Cristo €comparade go toh toe gue ele, tal como 0 antropomérfico deus-col do Paganismo, teve exatamente doze auxiliares, sondo que através da traigdo de um deles, esse deus for motto, ¢ esses doze aunxiliares, segundo o sistema ago, sto 0s doze deuses ou signos do zodiaco? hor 2 Posto que 2 astrologin ¢ oncareda com horror elas Eserituras, por que € que o Apocs lipse, que € o coragao da Biblia, — cuja simples letra ou audicdo confere grandes béngaos — do principio ao fm, eorresponde, cm sua exiruture, 4 ee empregnde por um antigo sacerdote-astrélogo para narrar 0 nascimento go filo da constelegao (3) Por que é que, com e € que, com excer3o da renga e Deus « da expinco, todot os ang do Crete ;postélico podent ser vistos também no paganis. {o,o qual evista no mundo antes de a Biblia ser » mas € reputado pela Esctitura com dette endo amped de mts dtstes encontrades no Novo Testamento, que ni yettalmente preditos no Velho Testanenio? © fay & que 0 deus sl realmente ee pparte de uma trindade una; @) fitho divino, salvador, fogos ou revelador da 45 divindade, doador da tu; (3) miraculosamente concebido © nascido de uma virgem; {4) sofret justamente — sob a forma de um cordeiro; (5) foi crucificadlo — recebeu cinco ferimentos — morto e sepultado; (©) ao terceiro dia ressurgiu dos mortos — no Ponto vernal; (De aseendeu a0 of {®) assentou-se no trone de seu pai; (©) 0; juir dos mortor; (10) sendo cabega de um corpo eclesidstico, que seria arrebatado ao céu; (11) apés a morte deveria ocorrer a ressurreiguo 40 corpo; (12) e vida eterna.” ‘Outras questdes sugeridas pela obra em consideracdo s40 apresentadas em The Computation of 666 (O Célculo do 666), mas nao exigem que as mencionemos aqui. A inguiricdo abaixo, que aparece 2 pagina 132, porém, 6 sugestiva: “Porque é que muito antes dos dias de Jonas, dous-sol ja era venerado sob a forma simbélica de um pelxe; por que € que a arca de Noé aparece nos quadros de constelecdes dos quais o paganismo deriva, sendo chamada exatamente por seu proprio, nome de Arca, Argo, Argha, etc., de arca egipeia ‘ou embarcagao de Osiris, a qual € muitas vezes fepresentada como um santuario, contém imagens Ge dois querubins, © que, como a arca da alianga, era dotada de varas e argolas; e por que a serpente, que na Biblia ¢ descrita com sete cabegas s6 no ano 96 A.D., jé é descrita assim no paganismo, desde os tabletes caldeus; © por que & que os quatro sinsis correspondentes as quatro estagécs, 0 Touro, 0 Ledo, a Aguie e 0 Homem, correspondem exata- mente & deserigto do querubim?” E prossegue assim 0 autor dessa obra: 46 “Com esses informes (as quest0es citadas acima) ele (0 filésofo agnéstico) nos desafia (os crentes evangélicos) a que _ provemos a prioridade do nosso sistema sobre a religiéo do paganisme. Caso nao possamos provécla, havera sempre um grande obst- ‘culo a aceitagao do evangelho por parte dos homens, obsticulo esse que precisa ser removido. A verifica. glo €a diltima etapa da verdadeira filosofia, e creio ‘que devemos saber explicar as declaragdes biblicas, quanto & prioridade da revelagao divina, com a utilizagio dos registros antigos jé descobertos, por- que quando 0s filhos de Deus se calam, até as préptias pedras clamam."” NotaB esctitor destas paginas tem sido informado de que alguns leitores. ao ouvirem dizer que as passagens de Génesis 11.1-9 e Romanos 1.18-28 sto consideradas ‘come trechos paralelos, desejam saber que autoridade existe para tal afitmagio, Esta objegao € razoavel, ¢ a rexposta € perfeitamente Sbvia. Quando comparamos o conteiido dos dois grupos de versiculos, verficamos que GEnesis 11.1-9 apresenta a humanidade sob circunstan- cias que se coadunam claramente com 0 quadro da hhumanidade que vemos em Romanos 1.18-28. Nenhuma outra passagem da Biblia esté dotada de tal paralelismo. Uma leitura culdadosa de Romanos 1.18-28 nos mostrar que os homens em questo constituem a raga humana inteira, entao existente, Iss0 demonstrado pelo versiculo 21, onde se Ie “tendo conhecimento de Deus...” E evidente que aqui esta sendo focalizeda a humanidade, sem quaisquer distingbes raciais, nacionais, ou tribais. Entdo surge a pergunta — quando foi que @ humanidade, como um todo, teve conhecimento de Deus? Nio existe nenhum periodo, dentro da historia secular, em que as palavras “tendo conhecimento de Deus”, poderiam ser aplicadas & humanidade em sua imteireza. H4 um periodo da histéria biblica (os leitores devem estar lembrados de que a narrativa bibtica recua 47 até muito an 5 sera antes da historia secu) quando no somente Sous Balavras poderiam ser aplicadas & humanigade Sgme.um too, masem que as carateritcas do periods spiresiadssinteligentemente,exigem, em alta voz, ensa siete: Refiro-me a0 periodo que esté entre o fim & ciate’ 2 dspersto da humanidade sobre a face de tous alot, Foto tempo em que "a pora eet unre on hava “apenas uma linglegcm © ums sameness Naguele pertodo os h ‘ee s homens conheciam a Deus. ‘eve comunicasbes dengan, com ee cares ae Gitvio: « esse horrendo acontecimento, com iusto gus estore pele envorido, deve ter sido do conkesimedte re lescendentes enguanto cles ficarame Or, sii rag ors POO ue 0 divin envonon a destrugto da re lana inteira, com excecao das oito g savas na area, durante muitos © male nos Se its aos, ese even at ie, Strida que, nesas cireunsténeas, cles lado taisidéias em seus proprios fh estes, por sua ver, aos seus descendentes testa 48 Il Astrologia Divina Versus Astrologia Distorcida A astrologia moderna nos interessa neste estudo apenas até ao ponto em que indica como seria original- mente essa cifncia. Todos sabemos o que a astrologia dos dias modernos professa sor capaz de fazer. Uma vez daca ‘data ea hora do naseimento de uma pessoa, 0 astrologo procura descrever, em linhas gerais, a vida dessa pessoa. 6 preparo de um horéscopo é uma questao relativamente simples. A dificuldade esté em sua interpretagao — isto 6, na decisio sobre o significado das diversas combina- fgoes planetérias que 0 horéscopo revela. Depois, a hatureza ¢o nimeto dos detalhes de uma interpretagzo variam de acordo com a capacidade de cada astrOlogo. Qualquer pessoa que jé teve a oportunidade de confrontar os hordscopos com os acontecimentos parale- los, deve ter ficado aténita com o fato de que, por mais nobulosas e indignas de confianga que fessem tais inter~ preiacdes, em alguns de scus detalhes, contudo, quase nvariaveimente elas continham um apreciavel substrato de realidade. Algumas vezes esse substrato é bastante coerente com os fatos. Os exemplos dados abaixo esclarecerfio 0 que quero dizer. ‘Alguns anos atrés, conheci uma famifia cujos mem- bros eram fervorosos adeptos da astrologia, a ponto de rmuites vezes regulatem suas atividades diaries por ela, Certa feita, uma das mogas da familia obteve um esbogo asirologico de sua vida nos trés anos que se seguiriam. Dizia mais ou menos o seguinte: 49 Durante os dois primeiros anos, nao haveria nenhu- ma grande alteragdo; mas, para 0 terceiro ano, havia uma ameaga de lesdes corporais, possivelmente em resultado de um acidente. Ela deveria, tomar grande cuidado com possiveis riscos. E na realidade, a infeliz, Jovem {eve um acidente no tempo determinado. Foi um ‘acidente dos mais banais, mas em resultado do quel ela ‘out aleijada para o resto da vida. ra, admitindo-se que houve realmente algum vincu. loentre'o acidente e a combinagao dos astros que o teria indicado, qual foi a utilidade real, terrena, da informa- gio, na forma em que foi prestada? A jovem teria passado muito melhor sem a mesma. Até onde vio minhas observagies e experiéneias, as previsdes astrol6- gicas so quase todas dessa modalidade. Apés 0 aconte- ‘cimento, 0 sentido pode ser perieitamente claro; antes, porém, & sempre nebuloso e indefinido. A astrologia moderna, por conseguinte, se langa a0 tentame de predizer 0 futuro. Segundo somes informa- dos, ela pode fazer isso porque, sc as stias condigses iniviais — que possibilitam a confeccao do horéscopo — so observadas, a experiéncia demonstra que a Hist6ria, em qualquer ¢aso dado, é simplesmente a materializacao do panorama envolvido nos movimentos ¢ conseqiientes inter-relagoes dos corpos celestes que figuram no horts- ccopo. Suas previsdes, todavia, revestem-se de pouguissi- rmo valor prético, Seri que a astrologia dos antigos se abalancava a obier os mesmos resuliados? E os seus eeforgos etam inferiores ou superior aos de nostor “| Ora, a astrologia se baseia, confessadamente, na historia envolvida nos signos do zodiaco. Como, porém, podemos explicar a existncia desses signos? Quando os consideramos, descobrimos que sio muito especiais € ppeculiares. Uma mulher com um ramo em uma das maos € algumes espiges de milho na outra; um touro que se arremete furiosamente; dois peixes atados com uma corda pela cauda; um homem derramando a Agua de um vaso; € assim por diante, Mesmo para o observador mais, despreconceituaco, esti claro que nada existe, em 50 absoluto, na disposicto das estrelas, que sugira as varias figuras com as quais so identificadas no zodlaco. Contudo, a despeito desse fato extremamente bvio, somos solicitados a cret que pessoas separadas por iilhares de quilémetros, sem quaisquer meios de comu- rnicagio entre si, e sem possuirem, necessariamente, idéias em comum, puseram-se a contemplar essas constelagbes indefinidas —indefinidas do ponto-de-vista as figuras supostamente formadas — € chegaram a ‘conclusces idénticas sobre o que tais figuras representa- rim, ‘Seria isso razoavel? SerA que qualquer pessoa inteli- gente, a menos que tenha uma opinito pessoal a Sefender, pode supor, por um momento sequer, que tal coisa poderia ter ocorrido? Existem aqueles que falam ‘com seguranga ¢ asseveram no s6 que tal fendmeno ppoderia ter ocorrido, mas que realmente ocorreu. Pois fem, com todo 0 respeito Aqueles que assim dizem, s6 osso afirmar que, no meu entender, tal explicagio é tao improvével, que somente alguém que ja esté comprome- ido com um ponto-de-vista particular poderia dar-the ‘lguma considerago. Os fatos envolvidos no caso slo de haturoza tal que, sem olhar © ponto-de-vista religioso, les nos compelem, de modo absoluto, a supor que esses Signos, que feconhecidamente server de alicerce para aquase todas as antigas teligides do mundo, tiveram uma Grigem comum. Nossa pergunta, por conseguinte, passa fa ser: qual foi x origem dos signos do zodiaco? ‘A declaracio inicia) das Escrituras €: “..scjam eles para sinais...” 14 pudemos verificar que 0 vocdbulo RGinal”” deve ser entendido em seu sentido mais comum: uma marea de uma outra coisa. B ébvio que quando saiu ‘order divina, "..sejam eles para sinais..”, isso deve fer tido uma forga e aplicagao definidas na mente de Deus, Porianto, de que seriam sinals esses corpos celesies? $6 pode haver ima resposta para tal pergunta. Contudo, o assunto envolvido na tesposta é desconhecido ‘para muitos estudiosos da Biblia. ‘A maioria das pessoas jé ouviu falar sobre os signos do zodiaco, Seus nomes e sua ordem correta nos forem reservados no seguinte verso: st “0 carneiro, 0 touro, os gémeos, Depois o eAncer, o leao brilha, ‘A virgem e a balanca; © escorpito, 0 arqueiro e 0 sagitério © homem que cartega 0 jarto E os peixes de cauda brithante.” a(t matoia das psoas eth mas ou meng familiaci- zada com a explicagao popular de seu significado. Tal explicagao, porém, baseia-se quase que totalmente nos Imitos gregos; ¢ nfo resta a menor sombra de duivida de que esses signos jf existiam muitos séculos antes dos gregos (quanto mais da sua mitologia!) terom surgido na Historia © falecido Dr. Bullinger diz 0 seguinte em sua obra The Witness of the Stars (O Testemunho dos Astros): “Se nos voltarmos para a Historia e para a ‘radiedo, nos veremos de imediato perante 0 fato de {que 0s doze signos sio 05 mesmos em todas as hnagdes antigas do mundo tanto quanto 2o sentido de seus nomes como quanto a ordem em que faparecem. Os registros chineses, caldeus e egipci remontam a mais de dois mil anos antes de Cristo. De fato, 0s zodiacos dos templos de Dendera ¢ Esnch, no Egito, sem ddvida, slo copias de zodiacos ainda mais antigos, 0s quais, por sua evidéneia interna, devem ser situados em perto de Heo Nasa sobsticio do verao estava em “Josefo transmite para nés aquilo que apresen- ta como as tradigdes de sua propria nacao (Israel) corroborades pelas referencias que id a olto fautoridades gentilicas antigas, mas cujas obras ‘tualmente esto perdidas, Assevera cle que Deus dew aos antediluvianos uma vida tao longa que ppuderam aperfeicoar os conhecimentos de astrono- ‘mia que haviam adquirido. Cassini inicia sua obra History of Astronomy (Historia da Astronomia) dizendo: “E impossirel duvidar de que a astrono- ‘mia foi estudada desde o principio do mundo; 52 Histéria, tanto profana como sagrada, testifiea dessa verdade.” StNouet, um astronomo francés, descobriu que a astronomia egipeia deve ter surgido em 5.400 A.C. vas antigas tradig&es persas ¢ rabes atribuem sua deseoberta 4 Ad%0, Sete ¢ Enoque. Josefo Sssegura que ela se originou na familia de Sete; € diz que os fillos de Sete, mas principalmente AG2o, See Enoque, erigifam duas colunas (uma de tijolos e outra de pedcas), descrevendo a totalidade das predicbes das estrelas acerca dos dois julga- fmentes vindouros, pela gua e pelo fogo, para que ‘las nfo se perdessem. No caso de a coluna de tijo- Tos ser destruida pelo dilivio, a de pedra preserva- ria tal revelagzo. (Livro I, caps. 1-3.) Ne fora de davida que Genesis 11.4 fala sobre isso. Ali Lemos: “Vinde, edifiquemos para nés uma Made, e uma torre cujo topo chegue até aos céus.” fis palaveas. “chegue até” ndo aparecem no original Nada h nesse versiculo que diga respeito & altura da torre. Meramente diz — v'rasho bashamayin, € fo seu topo os céus, isto é, (ejam gravadas) as figuras das estrelas, tal como as achamos, nos autigos templos de Dendera Esneh, no Egito. Faer torre, com seu planisfério © as figuras das Constelagdes, teria sido edifieada, como também Squeles templos posteriormente seriam erigidos, & fin de preservar a revelaco, para que nao sejamos espalhados por toda a terra “‘tueo ¢ eorroborade pelo General Chesney, que ficou bem conhecido devido as suas peter see g escavagoes nas ruinas de Babilénia, qual, apes deserever suas varlas descobertas, assevert: oR Cerca de oito quilémetros a sudoeste de Hillal, mais notivel de todas as rufnas, a Birs Nimroud fos drabes, eleva-se a uma altura de 47 me~ tres acima da planicie, partindo de uma base fae cobria um quadrado de 120 metros, ou seja- GG drea de quase quatro acres. Foi construida Gertijolos de argila queimada, em sete estagics, que Gerrespondessem aos planetas 20s quais ¢Stavom 53 dedicados: 0 mais inferior era negro, cor de Saturno} o seguinte, laranja, representando Tipi. ter; otercero, vermelho, cor de Marte; e.assim por dante, Esses'estigios eram encimadlos por uma alta torre, em eujo cimo, segundo somos informa dos, estavam os signos do zodiaco e outras figuras astrondmieas; sendo assim (conforme também dlveria ter sido traduzido) uma representagao do eéu, € no uma torre cujo topo chegue até aos bu © Dr. Bullinger, ao defender a antiguidade desses signos, argumentou, naturalmente, de um ponto-de-vista teolbgico. Contudo, a forga de sua contengio ndo é de ‘maneira alguma enfraquecida por isso; ¢ surge entao a etgunta: qual era a revelacdo envolvida nos signos do Zodiaeo e que deveria ser preservada pelos desenhos grava dasno altodaqueta torre? Arresposta aessa pergunta,se da~ dade mode completo, exigiria uma série de longas afirma- Ges, argumentos ¢ explicagies, que ultrapassaria emmuk tos limites deste ensaio. Aqueles que desejarem inform ses. detalhadas poderdo examinat 0 livry do. Dr Bullinger. Sua teoria & de que of signos, olhados em Geterminada ordem, fornecem-nos um relato condensa- do do cumprimento da promessa de Deus, feita no jardim do Eden, a respeito do libertador prometide, 0 descendente da muther, que haveria de esmagar a cabeca dda serpente, embora seu préprio caleanhar fieasse ferido hnesse processo, Essa maneira de encarar os signos do zodiaco envolve dois pontos de excepcional interesse 1. Esses signos formam um cfrculo. Ora, um cfreulo no tem comego nem fim. Assim sendo, quando nos aventuramos a ler a historia dos signos é dbvio que, se comegarmos no lugar errado, nossos estorgos nio produ- 10 General Chesney permtin que. faleido dede Goode copiasse a ‘essagem, entre outras coisas, dest manuscrite patisales. O dene 6 iis em seu lito Warburtonion Lectares Gepundn eligte, Now Tae ‘Sermo LV, pag. 170.1 a sirtonerhu resultado, Portanto, como paemos saber "eRSioe fotos falar da estinge. Quate els smoumento com orp0 saben goe a efinge€ um monumemo com caro de Ialoe caboqa de mutes. Mas, «sua finaliade © 0 SGivasmo, sempre tem sido motivo de debate, a fr um verbo grego eta Sits tse Ciploe fim dos signos do zadiaco, Desse modo, fase ‘Com respeito a essa historia dos signos do zodiaco, 0 * ois que a revelagao veio a assumir forma do original das figuras, inventaram um sent qualquer, segundo a imaginagio dos: oe alguns) dos sinais € ‘constelagdes, depois uc sa ee ae re a ie teresante vero que um asrOnomo tern @ antes mee O faleedo St. BM. Mainder, em sea ease Oe Se eon a the Bible (A Astronomia da Biblia), aps rever rapida~ Pon gaideacia em favor da antiguidade dos signos Me ttalace conidoraos origins de quatro a cinco mil anos passados, datando-os de cerca de 2700 A.C. 58 O Sr. Maunder observou de um sttinomo, c aero © 28400 do Pontoe-vitg dng a ae atrlnenteeneuoe tetera Bullinger. Nao obstante, no os sea biula iénesis © as Constelagies" Bedeiamos dizer queen, Sonstlages sie, gg Pump sedewer encore *Conforme aesbamos de dcinan Bes foram tragadas marc lero do Vetho Testaments Esses dois rupos de Coustelasdes da prtnavent cur noite, em 2700 A.c. exibidas nos luo do Sr: Maunaes) euidae Bu 5 duas grandes poner Po otter apna a ssa do Libertador Ue, na for 1 cree hor hai ye Seam As Spence a proms dee a 36 24s, isto é, © compromisso de que 0 mundo nto seria novamente destruido por um di Apis haver mostrado outras semethangas extraordi- natias entre os signos do zodiaeo e os incidentes narradeo no livro de Génesis, continua o St. Maunders “Mais de um tergo das figuras das constelacdes Parece, portanto, ter uma intima conexdo com alguns dos principais incidentes registrados nos dex Primeiros eapitulos de Génesis,e que tiveram lugar os primeiros séculos da Historia do mundo. ‘A maioria das figuras das constelacées parece io se referir a nenhum incidente do livro de Génesis; a maioria das incidentes da narrativa desse livro ndo encontra registro correspondente fos eéus. Mesmo no tratamento de ineidentes comuns a ambos, hé uma certa diferenea que torna impossivel supor que qualquer um deles tonha derivado do outro.” Temos visto que s signos do zodiaco representam pic- {oricamente a hist6ria do descendente prometido, e que, conforme jé foi dito antes, seu significado e ensinotic, xem ter sido transmitidos pelo Senhot a Adio, e este o {cansmitiu aos seus descendentes. Temos um’ exemple semelhante da mancira de Deus agir, no caso de Atel Lemos no registro sagrado: “Pela fé, Abel oferecen Deus mais excelente sacrificio do que Caim... Hi dace modatidades de f, mencionadas nas Escrituras: a ff fobrenatural, um dos dons do Espitito Santo (1 Co 12.9), ¢ a f€ que ver pelo ouvir (Rm 10.17). Abel certamente ‘io possuia a primeira espécie de fe; assim sendo, deve {cr tido a segunda, a que vem pelo ouvit. Dissemos anteriormente que o sacriticio efetuado no jardim do Sden, prefigurava aquele grande sacrifcio que havevia dc ser oferecido no futuro; © 0 sacrificio oferecido or Abel — um animal abatido e oferecido por melo de te aux ver pelo ouvir — demonstrou que ele certamente estava fa aatuele sacrificio do Eden. Todavia, Abel deve ter onruto falar do ato divi c 6 ter ouvido tal explicayao dos Wsbios de seu pai, Addo, ¢ este ter sido instruide pelo proprio Deus. (2) Ao ouvirmos pela primeira vez 0 ensino profético envolvido nesses signos do zodiaco, de imediato surge a pergunta: haverd alguma passagem biblica que confieme ‘sto? E vem-nos d membria 6 Salmo 19. Se o leitor examinar esse salmo, deseobriré que cle consiste de guatorze versiculos, agrupados naturalmente em dois blocos, os quais consistem, respectivamente, dos primei- ros seis e dos tiltimosoito versiculos. A primeira metade é fem torno dos eéus; ea segunda diz respeito ds Escrituras: €0 ponto central & que “neles”, isto &, nos c6us ¢ nas Excrituras, hi coisas idénticas. © Rev. Thomas Boys apresenta uma estrutura desse salmo em seu livto A Key to The Psalms (Chave pata 0 Estudo dos Salmos), que & citada também pelo De Bullinger em Tie Witness of the Stars (O Testemunho dos Astros). E como segue: AM/I-4: 08 céus B/4-b: “neles” (bakem), 0 sol A/7-10: as Eserituras B/11-14: “neles" (bake), teu servo. Hesitamos um pouco em parecer discordar de Boys em questdes de estrutura bfblica — um assunto que ele tomou to seu. Entretanto, uma leitura cuidadosa do salmo, parece apresentar, pelo menos para mim, uma outra estrutura que torna a aplicagdo desse Salmo, a0 nosso estudo, um poueo mais clara Supondo-se que cu esteja correto em minha argu- wentago de que o ponto principal da estrutura desse salmo é que os conteiidos dos respectivos temas (os c6us & as Eserituras) de A! e A? sio id@ntieos, ¢ vendo que esse conteiido € instrugo — o que penso estar claro para todos — entio a estrutura apresentada por” Boys dificilmente satisfaz. Procuremos ver em que pontos ele estd equivocado, A primeira metade do Salmo 19, de conformidade com 0 esquema de Boys, é: ALIA: 05 céus B/4-6; “neles" (bahem), 0 sol 38 E bem verdade que o versiculo quatro assevera que 0 sol est nos céus, mas € dificil cemonstrar que os versiculos 1 a 6 tém o sol como pensamento central. Eu penso que o pensamento central desses versieulos & 0 fato bastante estranho de que 0s céus contém instrusio que sio transmitidas de forma inaudivel 4 humanidade, ¢ que essa instrugio esta universalmente bem distribuida A traduc2o apresentada por nossa versdo revista ¢ atualizada, no versiculo terceiro, € um tanto confusa: “Nao hf linguagem, nem hé palavras, ¢ deles iio se ouve nenhum som.” ‘A maioria dos comentadores rejeita esta tradugao Todavia, se dermos 20 yoedbulo hebraico b's o seu sentido bastante comum de sem, teres a versao que & uttizads na edigao revista e corrigida: “Sem Finguagem, sem fala, ouvem-se as suas vores.” Desse modo, a instrugdio contida nos céus & trasmiti a 20s homens sem 0. coneurso de palavras e de Tinguagem, Além disso: . no entanto, por toda a terra se faz ouvir # sua vor, € as suas palavras até aos confins do mundo.” O que citames acima é0 versieulo quarto. A palavra traduzida como mundo nio é 0 vocabulo comum usado para “mundo”, porquanto 60 termo tébhél, que indica, mais particularmente, as terras habitdveis. © ponto em torno do qual gira a declaracdo do Salmo 19 & que a terra inteira conta com a instrugZo celestial como sua heranga; ou, dizendo a mesma coisa de outta maneira, essa instrucio celeste, além de ser transmitida de forma inaudivel, € universelmente distribuida, A segunda metade da estrutura apresentada por Boys 6 4 seguinte A/T-IO: as Escrituras B/11-14; “neles" (bahem), teu servo. Nada existe, porém, nos versiculos 7-14, que indique que “teu servo” esteja’ nas Escrituras. O “teu servo”, oy) Eserituras. c, sim, em torno di em torno do que o teu servo encontra nas Escrituras — isto, instrugao;e os versicules nee da uma descrigao mais ou menos detalhada do. tipo ae instrugdo encontrado nas Eserituras, Pelas observacses acima, deduzimos que a estrutura apresentada abvaixo representa com maior enatidae sentido do Salmo 19 como um todo: ° AI/L-: 05 céus BIV4.6: “eles” (baher Py/46: “neles” (baher) instrugdo para todos os 2/710: as Bsectoras 1-14: “neles” (bake) instr mem, teu servo. Ce pean: No primeira caso, a instru = . instrugo visa a todos os homens, levamenie ‘ho segundo, é para um sé individuo. tanto. primeira pergunta — qual foia origem dos signee do zodiaco? — a resposta é que tiveram erigen ivina, € que seu sentido foi dado a Addo pelo Serger Tendo em vista conservar os detalhes dos diving Propésitos na mente da humanidade, mene, fl ettainformasio gue ser ad eae nee Dregacio de Enoque. Depois do dilivio,o pove terpiona Peaiicar uma torre que deveria tor varias inaliader a delas era que ela serviria de registro indestrutivel vereteente ao Primitivo rodiaco © de seu ensing rotstico, “para que ndo sejamos espalh: laa terra”, disseram cles, os leitores poderio deci - itores lecidir agora qual dessas duas ~explcdes acerca da origem dos signot do aadion SPHece mais plausivel. A explicagho popular, que gs homens, em toda a face do globo, que apresentei acima — explanagao essa que nao s6 esté em harmonia com 0 fato histérieo © com a declaragao biblica, como também esclarece de modo satisfatério a razilo por que os elementos bésicos da f& erista aparecem «em toclesos sistemas religiosos Ga antiglidade, embora tais, religides tenham floreseido séeulos antes dos incidentes haverem ocorrido, Antes da cisperséo registrada no capitulo décimo-primeiro do livro de Genesis, a humani- dade estava na posse da informagio transmitida pelos signos do zodiaco — informagao essa que cobria os ineidentes mais importantes sobre os quais se fundamen- ta a fé crista — e também sabia de que modo essa informacio se originara. Por conseguinte, cada naciona- Tidade resultante dessa dispersto contava com o mesmo conhecimento bisico sobre o qual pade edificar sua religito nacional, e o resultado foi exatamente como se poderia esperar em tais circunstancias, Todas essas, religides antigas do mundo —o que também nos tem sido revelado pelas filtimas investigagbes do assunto — slo idénticas em suas linhas gerais. Como, por que e quando a astrologia moderna veio a ser conhecida e praticada pelos homens? Se o relato ‘oferecido acima acerca da origem dos signos do zodiaco é correto, seré facil ver como uma coisa teria derivado da ‘outra, Os signos do zodiaco, quando lides corretamente, apresentam a historia daquele que viria: seu nascimento, morte, ressurreigio, aseensio ¢ segundo advento. A astrologia € uma aplicacao ampliada do prinefpio que governa a historia dos signos. Quando as Escrituras dizem: “..sejam eles (os luzeiros) para sinais, para cstagies...", ndlo aparcee qualquer eléusula modificado- Fa que indique que a ordem divina se aplicava apenas em tum sentido; nem ha ali qualquer indicagao de que se aplicava apenas a uma parte dos corps eclestes. Por que, pois. assumir Timitagdes em quaisquer dessas conexdes — limitagdes que a declaragao divina nao justifica? Se uma parte dos corpos celestes retrata — como obviamente sucede — a hist6ria de urn homer, por que no poderia a sua utilizagto ampliada fornecer a historia dos demais homens? ‘De fato, por que uma 61 7h ) utilizagao suficientemente ampliade nto poderia dar a historia de todos? Essa idéia dé margem a muita meditagio; © a reflenao gradualmente revelaré uma possivel e esclarece- dora conexao entre Génesis 1.14 juntamente com as descobertas de “Koheleth” (Be 1 e 3), © 05 extraordina- Fos acontecimentos de Génesis L1.1-9, E isso se di do seguinte modo: No mundo fisico, conforme diz o primeiro capftulo do Tivo de Eclesiastes, todas as atividades naturais se moyem em um citculo; isto &, cada forma de atividade Tepete-se eternamenteem sua propria esfera. As geragdes, por exomplo, vio ¢ vém continuamente. Ora, as expe. rigncias de cada geragdo, ainda que diferentes quanto ‘aos detalhes, s20 similares quanto 4 sua qualidade. Cada etagdo experimenta o nascimento, a morte, 0 amor, 0 dio. conquistas, perdas, o riso, 0 choro; € assim por diante. Patalelamente a essa semelhanga de experincia, existe a semelhanga dos movimentos dos corpes celestes — esses mesmos corpos celesies que foram postos em seus respectivos lugares para servirem de sinal. Todavia, a0 screm utilizados os corpos celestes dessa forma ampliada — isto é quando os seus movimentos. s40 consicerados como tendo uma definida conexiio com @ experiéneia humana — de conformidade com que método devem ser compreendidas e interpretadas as suas méltiplas inter-relagdes? Com respeito a histéria do Libertador prometido, que estaria retratada nos signos do zodiaco, as figuras formadas pelas estrelas ¢ a formula para'a ordem da Ieitura devem ter sido dadas. De conformidade com a explicagao epresentada acima, o significado desses sinais, assim como o significado do sacrifici feito por Deus, no Jardim do Eden, foi dado por Deus. Todavia, os segredos ‘da utilizagao dos corpos celestes com propsitos astrolé- sicos certamente nao foram desvendados pelo Senhor; portanto no apenas a astrologia, como também todas as tentativas para a investigagao do futuro #30 persistent € enfaticamente censuradas ¢ proibidas nas Escrituras. Como seré, pois, que os homens conseguiram es informagio? 62 $< ‘Vimos, anteriormente, que 0 propésito de Satands, tendoem vista a conservagdo de sua propria supremacia, era o de reunir a humanidade sob um tinico chefe, em um ato de rebeldia universal contra Deus; ¢ 0 episodio da torre de Babel foi a sua primeira tentativa para atingir esse objetivo. Lembrando-nos das tremendas questdes em jogo nesse esforgo satinico, precisamos dar a méxima consideracZo 3s deckaragdes biblicas a respeito disso. Quero chamar novamente a atengZo do leitor para a fundamental e notavel afirmagao jé citada. “Isto & apenas 0 comeco: agora nlo haverd restriofo para tudo que intentam fazer.” Accitando esse versiculo tal qual esté escrito, ¢ nao esquevendo que a Biblia ¢ interpretada por si prépria, naturalmente perguntamos qual seria esse fato, processo fou matéria oculta, revelaco nas Escrituras’ que, se aprendido © praticado, outorgaria t30 extraordindrio poder 20s seres humanos. Essa afirmagio deixa claro «que, com excecao da intervencdo divina, o poder assim adquirido seria absoluto, Portanto, que seria 0 “isto’ ‘que comegaram a fazer? Até onde este escritor sabe, a Biblia contém apenas um processo revelado ("process revelado'” 6 a expresso mais apropriada que encontro) que std & altura das exigéncias do caso, e que & 0 processo esbogado em linhas gerais em Felesiastes 3.1-8, mediante o qual Deus opera sua providéncia para com 05 homens — 6 processo. por meio do qual controlal e condliciona fs atividades e experiéncias da raga humana. “U ponto a que tenciono chegar € que a explicagao do rerceiro capftulode Eclesiastes 2 astrologia. Ao falar em astrologia, todavia, nlio met que € praticada modernamente, mas a astrologia certa — o profundo e :misterioso saber envolvido no pronuneiamento divin: .sejam eles para sinais, para estagdes...” £ a citncia que estuda a realidade das diversas, infer-relagies ¢ justaposigdes dos astros em contraste com 2s interpretagbes mais ou menos imagindrias, estudando também sua verdadeira ligago com 0s acon 63

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