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  • O Conhecimento Sobre A Linguagem-Eduardo Guimarães e Eni Orlandi

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    O conhecimento sobre a linguagem-Eduardo Guimarães e Eni Orlandi

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    TCS LTE 0) TL) CO eee ee rer ey Coron Digitalizado com CamScanner Digitalizado com CamScanner Introdugio Nos trés volumes desta cole io sobre Intr am conjumto de textos que tran ee odo As inci Tan goin de inguage co caster hoje 0 procediments basco pn omits de conhecmento que fundamentals das sociedades humanas, =“ Tteti sobre uma das priticas Neste conjunto de textos foi s dahistoria destes dominios, mz dee pus stitucionalzados ow disciplinarin mais aual nestas divetsas areas 2 ~ Nei texto vamos nos dedicar a refletir sobre aspctos mais _gerais ligado: sosedmentos cents, com steno espe pues doin eae a os tas eas partculrmente das cnn de ngs — Paraiso vamos apresentaraquia) alguns apes tabreo modo dese ion com estes dominios da cin b) uma sinter de sgtes we wena estudos sobre linguagem (no se trata Propriamente de uma historia dos estudos ee € c) consideragdes sobre teoria, método e analise feitos a partir da oni 1.0 percurso do conhecimento. Um princiro aspera ae evar em cota pre do conhecinean ie (5. que vem de uma “tradi conte tat aa Pe 2.a introdugao de novos elementos na reflexio. one ea Paro ee mento (o das ciéncias da linguagem, por exemplo), precisamos, dominio, Isto envolve saber coisas como; Poniveis neste dominio; 0 que tem sido to ranean Comollas se relacionampmas com 4 0 modo dese vceaiaecrsie raat hoje); que dominios cientifcos utilizam para produ com mentos todos levaram a conhecet. Em outras palava Eo que podemos, entre outros” trodes chamar denim Mini necesaria niu certo dominio de on heciment, “3 Jos estudos da linguagem, por exemplo, &-preciso saber hoje que as teorias 3 Nos cas i eee veoritcaspfvaterilistas)Que cada uma Hoe aera co fanconamento simbolicoYomadd na sa Nstoriidade a ape gue eee i Hague ft prodziram uma ankle dy Milo portugues de Pestugal qu a dscursividade brasileira nio €a mesma de Porty gal que ne Srasl hi umeanjuno de variedades a lingua que nos as mesma de Portugal ou dos ples aficonos Net particular anda se pode saber que o conhe lingua ofl do Braanao €0 mesmo do portugues como lingua ofc de pases See primero. Ou se om p teorias estio disponiveis, que objetos clas constituem, com que procedimentos elas neta, gual aun as pein: (i NOS * \Aadequada deste objeto. Isto significa ser mais do que um leitor de-uma disciplina-> "Seasromucangauosra£ pets openers peers er oT er © que tuma pessoa nao sabe, mas do que num certo dominio de saber ainda nao se sabe, Este percurso é fundamental para todos ue se dedicam ao estudo das ciéncias, mesmo que nao venham depois a se dedicar a produsao de conhecimento. 2. Aprender a pesquisar de praticas humanas s pritcassientificas:Ou sea, estamos falando QS{€6Ri@iN ae, ensar nestas questoes, comprometidos com uma certa posicdo que considera que a ciéncia é importante no mundo de hoje, Podemos, inclusive se julgarmos conveniente, problematizar esta certeza tao dada como nao questionivel. Nao faremos isto aqui om © que €Tazer uma pesquisa? Especfiquemos alguns de seus no-dominio tebrico excolhide Aig. necessria entre les Ou Mg fa devert ser abordad sequ om Tnstrumenton de andlise compatves ‘sao exaustivos nem exclusive 1a ees psn & precio observa quel ung Pipemvos um ce ra, mes empiric, oprocediento de andise deve sr corsespondent, mam bserayl0y€ ago que ingsticachama dirbuigo das formas $e wnatnos UMA POSIeaO COf m método formal (ogico), a descrigao €ané ‘Py or outro ad € precio we 0 cudsdo de comear = cont mn 209 vo cfhecmentosno nivel da dsr e da analie, través d Fe clog eal, as, ono tempo, wana pts ont py dminio da ingistca do portguts. A obra Estrcura da Lingua Prt Mattoxa Cmara (1970), por exempl,€ fandamentalmente uma cont i ns descricaofonoldgica e morfolgica da lingva portugues. E pla nos baie pty em virtue do rigor com que fi ea, tornou-e um csi dos aninedimento centHficd, ¢ que se constitu a lingdistica, Fa 3 apresenta tomando com seu objeto a mi Ustica. Para tratar deste objeto, aTinguistica adota «38088 comparativo, Dal um dos nomes pelos quais€ design, lingtstics com Hae motivad por um projto de Tingtitico™ er Finguas européiase assticas. AS prac ent jomnem questi, ue sed no interior de uma posiao natura- bli, sobre guage, 3 1 seja, as mudangas seriam resultado necessario de re caracteristcas das formas das Iinguas. Vamos dar um exemplo, tomando a pussagem do latim vulgar (Popular) para o portugués: as palavras do portugues erate a acentuagdo tOnica do latim: mulire> mulher, intégru> inteiro,cathé- Scar tenis teva il > iin ose, mda pare ‘xo decorrer doféculo XX, a citncias da linguagem tiveram desenvolvimentos mato particulares, DiVersis isciplinas se estabeleceram de modo consistent, com ‘sus objetos € procedimentos especificos. Vamos a seguir considerar as ciéncias da Tinguagem, a partir deste momento até hoje, pela observasio de alguns movimentos esos nos estudoslinghisticos.Inteess-nos ressalar como estabeleceram seus “odjetos, seus métodos e procedimentos de analise, assim como que conceitos, nogdes ¢ pitcasacabaram por constituir. ‘Um primeiro movimento decsivo neste percurso se dé a partir de mudangas no éamin d lngisic, consti no ino do seule XX, pelo abandono do ‘uturaismo dominante no comparatismo do século XIX. E deste momento um dos ae ee Cargo de Wngistica geral de Ferdinand Saussure, na univers or tos de 1906-1967, 1908-1909, TOTO-TOTT. Este curs To posteriormente transfor tnado ei io, por doi ipulos (Charles Bally Albert Sechehaye), de- pois da morte de Saussure, a partir das anotagGes de varios de seus alunos. ' posigo de Saussure (1916), vindo do comparatismo do século XIX, no qual ele se forinara, procura, de algum’ modo, ligar duas tradigdes daquele momento, & Ne ea cae: eet Cam GTS ‘ala, como forma de definir um objeto espe‘ ‘presentase uma homo, lagen cientficapente ‘este objeto homogeneo que ele caracteriza como forma e nao substancia, yo stitefindo um sistema de signos. A lingua é, nesta concep- ‘4, definida como fato social. Os signos se caracterizam por resultarem da associa ‘ao entre significante (imagem aciistica) e 0 significado (conceito), Os signos se ‘aracterizam pelas relagdes que tém uns com os outros. Sdo unidades relativas € se ‘arctericam pels sus relagoes de dferenga ui € 0 que nio ¢ 0 0uto, Estamos ane de una concepea0'a Tagua como sistem que substitu a concepyaonatura~ : 47 Irockicdo ds Concias da inquest Lavaca, Hiromi Conran =a 6 Tugar dos estudos das miidangas, Considera que a Ninguistica deverig colocar no centro de seu interesse 0 estudo do sistema da lingua, num momento ado, Segundo ele, no Tuncionamento da lingua, nao ‘se €Tevado pelo que a8 Torna Toram, mas por aquilo que elas sio ¢ pelas relagdes que elas tém naquele momento ineidade e nao relacbes de siicessio, Por outro lado, nao menos importante é a dicotomia que cle estabelece entre paradigma (o eixo das substituigdes: ow/ou) ¢ 0 sintagma (0 eixo da combinagao: e/e). Esta é uma Torma de relagao muito produtiva Leone eae a wsido basicamente sincrdnica, manteve forte producdo na linha histrica, evi- dentement ss I dle recomhe e mesmo a questio da significacio, {que foi substituida por aquilo que Saussure chamou de valor das formas lingusti- cas. Estamos aqui no dominio do linguistico enquanto relacao com o lingiistico. Ouseja, nada istico € a emplo, ndo interes- i Platao, de um ado, nem no de Aristoteles, de outro. Nem no sentido de Descar- Po tes, no século XVI (que retoma Platao num certo sentido), em que a questio é cognitiva (ligada a estrutura do pensamento). 3.3 Alguns percursos do Estruturalismo © Car de ings gel oro eo marco do nid ings contempo- ranea. 0 pensamento saussureano coloca’os estudos da Tinguagemt num novo initho. Renovam-se, pela consideragao na nogao de sistema, os estudos comparatis- tas. Por outro lado os estudos sincrénicos, li mites do objeto trabalhos sgqudoticg argumentative, desenvalvida a partir da noo Siac irse mates punentte one get as slag reicas” que e marcamh na Tinga, de tal modo que alr é Por estas rages AE argumentagi O relied € asim Toad co imtegrado no Tinguistico, Para esta semantica’o Sehtido nao é uma relagao da lingua gemcom o mundo, consulta partir de un concelto de verdad, fas ua el i pi do acon de nh ue canst os gens x 148 frochicio s snes dal nguagen Luan, Hiram «Coma palo te 10 de trabalho, poemos encontat também no campo det raed cao, aqueles que vem pea va da filosofiaanalitcainglesa e que dei etucdos da linguagem a concepgio dos atos de fala. Ou sei, consider aver algo, Por exemplo: dizer eu seesth ll Diet er PTOMeTO EW propia promessa qui uma eo amen €0 soto ingles Astin (1962) sua cls obra How td se with words, Os trabalhos da flosofia analitica desenvolveram-se fortemente is Wp cones como pragmatic, que jt desnhara nas formulas de sat 938) na década de 30 do séeulo XX, ma linha igada ao pragmatismo de jos nericano do final do século XIX, ¢ criador da semidtica. feitaa partir de Grice (1957) ore um cerfo ipo de psicologismo, em que o sujeito da linguagem SE ono de suas intengdes,precedendo o seu proprio dizer. Este psicologisme compu estes trabalhos da pragmitica dos extudos enuncativos constituidos 9 sires posigdes estruturalistas, como os de Benveniste, por exemplo- Sjurros caminhos que de algum modo circulam neste espago saussureano slo os ve desembocaram no funcional de Jakobson de um ado. 7

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