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CLASSIFICAÇõÕES GEOMECÂNICAS
CLASSIFICAÇõÕES GEOMECÂNICAS
oj0 mye a3 cure ane p22 Bos ene ie mat 30fel | 3 moonces SISTRNTIEAS Gm mn n>» [= |» CAGES stages (=) |Ea ast] usr | ona | a7 C- MCORGES SISTEMTICAS Om a a 5 3 oT | = sencusos (9) ose [a | mus | oe | use 2 3 > CORSE OM TELAS HELIS rsressms (mm) [vow [a0 as | | Gems secs o_| | | ssessmas wa [Tae | awe | ef seus | asm | moan | t | tsa | aoene | soon | \ L cease III - Observagées Adicionais (i) Barton, Lien e Lunde 1. A natureza do suporte a ser executado em macicos classificados geomecanicamente de otima ou excelente qualidade dependera em larga escala da técnica do desmonte a fogo. No caso de desmonte de contorno uniforme ("smooth blasting"), o suporte poderé tornar-se desnecessdrio. Para superficies muito irregulares ("rough blasting"), recomenda-se a aplicacdéo de uma camada de concreto projetado, especialmente para alturas de escavagdo superiores a 25m. 2. Em condigées de intensa atividade de "rock burst", a utilizagao de tirantes protendidos com placas de apoio de grandes dimensées é frequente, espagados de cerca de 1m (0,8m ocasionalmente). Cessado © fenémeno, procede~se a instalagao do revestimento final. 3. Variagéo frequente dos comprimentos de ancoragem em uma mesma ‘ escavagaéo (3,5 e 7m). 4. Variagdo frequente dos comprimentos de ancoragem em uma mesma escavacaéo (2,3 e 4m). 315. Utilizagéo frequente de tirantes protendidos adicionais, espagados de 2a 4m. 6. Variagéo frequente dos comprimentos de ancoragem em uma mesma escavacdo (6,8 e 10m). 7. Utilizagdo frequente de tirantes protendidos adicionais, espacados de 4 a 6m. 8. Diversas escavagées para casas de forga, incluidas nesta categoria, fazem uso sistematico ou ocasional de ancoragens conjugadas 4 instalagdéo de telas metdlicas e concreto moldado na abobada (250 a 400mm da espessura) como suporte permanente. 9. Hipétese de ocorréncia de materiais expansivos (p.ex., argilas com montmorilonita em presenga de agua). Garantir folga conveniente para permitir o alivio das tensées de expansibilidade. 10. Hipétese de nao ocorréncia de argilas expansivas ou rochas esmagadas ("squeezing rock"). 11. Hipétese de ocorréncia de rochas esmagadas. Adotar sistemas bastante rigidos como suportes permanentes. 12, Na hipétese de materiais expansivos ou esmagados, o suporte prim4rio compreenderdé ancoragens em condicdes de ROD/Jn > 1,5, provavelmente em combinagéo com concreto projetado. Para macigos muito fraturados (RQD/Jn < 1,5),recomenda~se a aplicagao de concreto projetado em varias camadas. A instalagaéo sistematica de tirantes protendidos apés a execucdo do suporte definitivo (anéis de concreto moldado ou concreto projetado), para redugdo das cargas atuantes, é recomendével desde que RQD/Jn < 1,5 ou em presenga de argila, a nao ser que sejam utilizados tirantes protendidos de resina, solugéo a ser adotada também em macigos de qualidade geomecénica extremamente ruim. Condicées extremas de expansibilidade ou esmagamento podem exigir a extensdo do revestimento até a frente de escavagao, possivelmente utilizando o proprio "shield" no processo de concretagem e, inclusive, com eventual colocagéo de suporte preliminar na prépria frente de escavagao. 13, Escavagdo em segées mUltiplas por razées de seguranga em condigées de relagao: comprimento do vdo > 15 ESR. 14, Escavagéo em segées miltiplas com concomitante instalagéo do sistema de suporte em condigées extremas de compressibilidade (macigos de péssimo padréo geomecanico com comprimento do vao > 10 ESR). 32Tabela 15 (cont.) (ii) Hoek e Brown a. Nos paises escandinavos, é comum a utilizagaéo de "perfobolts' constituidos por tubos vazados inseridos em furos no macigo e posteriormente injetados, ocorrendo a extruséo da argamassa plastica pela insergdo de uma barra através do tubo. Nao sendo possivel a protensdo destes dispositivos, é comum a instalagao de placa de apoio ou aparafusamento simples da extremidade da barra (08 autores recomendam a seguir o emprego de variantes deste processo de acordo com a experiéncia de cada pais).; A utilizagdéo de telas metdlicas é frequente para controle de estabilizagaéo de zonas do macigo potencialmente instabilizantes com o decorrer do tempo, mediante fixacéo através de chumbadores espagados de 1,0 a 1,5m e pinos intermedidrios de ancoragem. A utilizagdo de telas metdlicas conjuntamente com aplicagées de concreto projetado deve atender especificagdes de abertura e controle de oxidagaéo, de modo a permitir a livre penetragdo do concreto entre os seus vazios e o contato pleno com a rocha. As telas nao devem ter peso consideravel, permitindo o seu livre manuseio (tela tipica com fios de 4,2mm de didmetro e espagados de 100 mm). Em macigos de qualidade geomecénica muito ruim, o emprego de chumbadores nos moldes propostos por Barton et al. implica numa instalagéo imediata desta ancoragem com a escavagéo, o que nem sempre 6 possivel face natureza diferenciada dos servicos necessdrios no interior da escavacéo. Nesta hipétese, recomenda- se o uso de tirantes protendidos, com os trabalhos de injecao sendo executados em etapa posterior. Espessuras da ordem de 200mm para o revestimento em concreto moldado sao praticamente invidveis, sendo mais recomendaveis espessuras da ordem de 10" (254mm) ou 300mm. Espessuras da ordem de 2m para suportes em concreto projetado exige diversas camadas de aplicagaéo, tornando este procedimento bastante invidvel pratica e economicamente. 0 emprego de concreto moldado seria uma alternativa mais indicada. Em casos de necessidade de o suporte estender~se até préximo a frente de escavagao, o concreto projetado com espessuras entre 50 e 100mm seria geralmente satisfatério, particularmente com o uso conjugado de tirantes protendidos, adotando-se anéis de concreto moldado como sistema definitivo de revestimento. Uma variante possivel consistiria no uso combinado do concreto com cambotas metdlicas pesadas. 337. Consideragées finais Andlises racionais do comportamento de um macigo rochoso, inseridas no ambito de aplicacao ou finalidade proposta para o mesmo, pressupéem uma selecdo criteriosa dos pardmetros que terao influgnela significativa na caracterizagao do modelo geomecénico em questso. Neste contexto, os sistemas de classificagéo geomecanica anterformente abordados constituem poderosos instrumentos para a consolidagdo destes objetivos. © sistema RMR representa um avango sobre as metodologias anteriores, pela incorporagao de um razodvel numero de parametroe de caracterizagao. A restrigao basica da metodologia RMR esta associada utilizagdo simulténea do RQD com outras varidveis condicionadas pelas mesmas caracteristicas geomecanicas (espagamento de fraturas,” por exemplo). A rigor, o RQD seria um parametro dispensdvel no sistema RMR Especificamente en relacéo aos tempos de autosustentagéo do macigo, as andlises pela classificagao de Bieniawski tendem a ser muito conservativas (Barton, 1976), particularmente em mineragao subterranea (Albuquerque et al., 1990). © sistema Q incorpora o parametro RQD como uma medida do espagamento das juntas, sendo o seu valor nao influenciado pela presenga de rochas fracas. Em termos praticos, porém, isto results en uma Tedugéo significativa da fragéo inicial (termo ROD/Jn) da expressdo de Q, quando da ocorréncia de rochas fracas no macico analisado. Cuidados especificos devem ser considerados em tais casos, uma vez que tal concepgao reflete uma experiéncia regional do autor. Restrig6es anélogas ao sistema RMR devem ser extrapoladas 4 avaliacdo dos tempos de autosustentacdo do macigo, ainda que, neste caso, pela metodologia de Barton et al., sejam realgadas as influéncias da forna da escavagao e dos procedimentos de detonagao. Em ambos os sistemas, obtém-se razodvel precisao em termos das estimativas de véos maximos e sistemas de suporte requeridos. F importante ressaltar, uma vez mais, a incompatibilidade conceitual dos pardmetros Q e RMR. Assim, correlagées diretas entre valores destes indices sao desprovidas de sentido, ja que um e outro quantificam Padrées geomecénicos distintos. © sucesso da utilizacéo de classificagées geomecanicas para obras subterraneas tem incentivado a ampliagaéo do seu uso para outros ftipos de obras como, por exemplo, taludes e fundagées (Bieniawski, 1984). Diferentes _pesquisadores tém desenvolvido estudos complementares, visando adaptar as metodologias convencionais a obras especificas, tais como aplicagées em mineragdo subterranea (Kendorski et al., 1983; Laubscher, 1984). 8. Agradecimentos © autor agradece ao Prof. Tarcisio Barreto Celestino pelo incentivo, andlise critica e sugest6es apresentadas durante a elaboragao desse trabalho. 34Referéncias Bibliograficas ALBUQUERQUE, R.; BRITO, S.; RODRIGUES, R.L.; NIEBLE, C.M. (1990) Modelo geomecaénico da mina de ouro de Fazenda Brasileiro - CVRD.; 6° CBGE/IX COBRAMSEF, Vol 1, p. 1 - 10. BARTON, N. 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