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Podcast
Disciplina: Análise do Comportamento Aplicada (ABA) para
TEA.
Título do tema: Planejamento e processos de ensino com base
em ABA relacionados ao TEA.
Autoria: Mary Cristina Olimpio Pinheiro.
Leitura crítica: Fernanda Cristina Silva Sepe

Olá aluno, tudo bem com você? Eu sou a professora Mary Pinheiro, e no
podcast de hoje o tema será a importância das relações interpessoais e
colaboração para melhores resultados em programas de ensino baseados em
Análise do Comportamento Aplicada (a ABA) no atendimento de crianças e
adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (o TEA).

Quando falado da relação interpessoal entre analista do comportamento e


cliente ou paciente, é essencial a busca pela construção de um vínculo. O
vínculo ajuda o cliente a entender que ele é parte do processo, e o analista do
comportamento está ali para ajudar a mediar suas aprendizagens. E porque
ressaltar isso aqui? pois algumas pessoas com TEA podem ter um baixo
repertório em comportamentos de expressividade emocional, ou seja,
demonstrarem menos emoções, ou emitirem menos comportamentos como
olhar nos olhos, prestar atenção, imitar, ou mesmo focarem em um objeto e
não perceberem tanto o analista do comportamento ali tentando interagir. Ou
seja, comportamentos comuns ao TEA, mas que se a pessoa que vai trabalhar
com ABA não compreende isso, pode achar que está sendo ignorado e não
trabalhar na construção de um vínculo. Por isso, é função do analista se
empenhar em criar estratégias, que aumentem o repertório da criança ou
adolescente, por meio de atividades que também privilegiem uma boa relação
terapêutica.

Para além das relações de analista do comportamento com cliente, é também


interessante observar que todas as pessoas que tem contato com a criança ou
adolescente são importantes para seu processo de ensino . Para ressaltar a
importância das pessoas mesmo fora do contexto da relação direta de treino
em ABA, pense no seguinte exemplo, se você começa a ensinar um
comportamento de apontar para que uma criança peça algo, é importante que
isso seja solicitado também em outros ambientes, e por outras pessoas, pois
não adianta ela apontar no consultório, mas ao chegar em casa o familiar não
interagir ou responder a criança apontando. E

Então é preciso o diálogo, para que as condutas e estratégias sejam as


mesmas, independente do ambiente onde a criança esteja. Além disso,
familiares, professores, e terapeutas, mesmo que de outras abordagens
teóricas, podem fornecer uma grande variedade de informações sobre o seu
cliente e vice e versa, o que só vem a contribuir com todo o processo de ensino
e aprendizagem. Quanto mais estruturada a rotina, as mesmas estratégias, os
mesmos objetivos, as mesmas formas de solicitar ações para a criança ou
adolescente, mais fácil será a aprendizagem e a generalização dos
comportamentos.

Essa busca por boas relações interpessoais entre pessoas em comum a vida
dessa criança ou adolescente, devem ser construídas no dia a dia. Ai você
pode até estar pensando “bacana isso, mas a prática não é tão fácil, já que tem
profissionais e familiares que não querem colaborar’. E isso é verdade, mas
lembre-se que a colaboração não nasce do nada, cabe sempre a alguém o
trabalho de instiga-la. Caso seja do seu interesse trabalhar com crianças ou
adolescentes é importante que tenha em vista, o quanto as demais relações
são essenciais para o programa de ensino, logo, caberá a você ir conquistando
mesmo os mais dispersos, e com diálogo e uma pitada de demonstração de
como a ciência mostra que a colaboração entre pares é essencial, indicar que
mesmo com diferenças vocês podem ter o mesmo em comum, que é o objetivo
de ver a criança ou adolescente se desenvolvendo bem.

Este foi nosso podcast de hoje! Até a próxima!

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