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Uma Teoria Econémica da Propriedade (od nad que afat @imaginagice casive ae sentimentos do género humana de manera to sera ‘mando o direite de propriedae, ou aguele dominio exlusio ¢ despéticn que wn homernrefvindica ‘e exerce sobre as coisas exteriors do mundo, excluindototaienteo divito de gualquer outro Individuo no universo, Ainda assin, hd muito poucos que se do a trabalho de consideraraorigem ¢0 fandomento dese dieito Wiis Buackstos, ‘Connaentanies on THB Laws 0° ENGLAND, Tivo 2, ca, 1, 2 (1765-69) Ne tibo africana chamsada Barotse, “odivetto do propredade define no tanto os direitos das pessoas sobre as coisas quanto as obrigagdes devidas entre pessoas em relacdo Os coisas Max Guuceman, ops iy Banarse Jonsorupasce 171 (1965) A woria dos comsasisas pode ser resumida nurs tinea senenga: abeligao da propriedade privede, Kani Manx & Frispnici Bors, ‘© manures To coMunista (1848) a distribuicio da riqueza. Como indicam as citagdes contrastantes acima, as pessoas e sociedades discordam incisivamente quanto ao modo de alocar recur- ‘80s ¢ distribuir a riqueza. Na concepeiio de Blackstone, a propriedade dava a seu dono 0 controle completo sobre os recursos, e ele considerava esta liberdade de controlar coisas ‘materiais “a guardifi de todo ¢ qualquer outro direito”, Gluckman constatou que, na tribo ddos Barotse, a propriedade tansrnitia responsabilidade a seu dono, e nfo Tiberdade. Por exemplo, 08 Barotse responsabilizam as pessoas ricas por contribuir para a prosperidade de seus parentes. Finalmente, Marx ¢ Engels consideravam a propriedade a instituiga0 pela qual pouces escravizavam muitos. 0s fildsofos elassicos tentam resolver essas disputas profundas sobre organizacZo so- cial explicando 0 que a propriedade realmente €. O ap€ndice deste capitulo dé alguns exemplos de teorias filos6ficas, como a teoria de que a propriedade € uma expectativa (Bentham), 0 objeto de distribuicao justa (Aristéveles), um meio de autoexpressfo (Hegel) ou 0 fundamento da liberdade na vida comuoitéria (Burke), Em vez de tentar explicar 0 OC da propriedade fornece a estrutura juridica para 2 alocacdo de recursos Seas! 90__Direicoe Economia ue a propriedade realmente é, uma teoria ccondmica tenta prever os efeitos de form alternativas de propriedade, especialmente os efeitos sobre a eficiéncia e a distribuigah Faremos esse tipo de previsdes sobre regra einstituigdesaltemativas de propria Scguem-se alguns exemplos de problemas atacados por regras e instituigses de Priedade que iremos analisar Exemplo 1: "Nesca manha, uma mula nasceu num prado remoto do estado de Wybelq ming, A quem pertence essa mula?” A mula pervence (1) ao proprietério da mae da mul (2) empresa macereira que alugou a terra a qual a mule exteva pastrco cu Gh governo federal porque propriedade€ uma foresa nacional? Exempla 2: Ofcom be: gaxou USS 125 rihtes no poe gare ea nuvengo de um sate para a ransmissio de dacos entre errprecas ce Estados Unidos Ost ed posionado numa dria geosnednia 25 mihas do Oceano Atlantica’ Recentemenze, um satélite de monitoramen 1to de recursos natuleg ue perteree a Wincsong Corporation se desviou echegou cio perza do satSle da t «com que es da erpresa ene a Europa eo Estadcs Unidos devaram de bre como um proprie- ‘ental responde a per- ‘uma pergunta sobre a »juridico. As duas per- »priedade como dircito 28 da proteedo de bens, lum direito de proprie- A. O teorema de Coase” Diferentes comentadores formalam 0 Teorema de Coase de formas diferentes. Vamos eam, cae Simple do teorema e depois expor alguns desses comes Examine o exemplo do pectarstae do agticultor etatade we Figura 4.1. Um pecuae cite pare feat ae Um agriculto. © agricultor planta milho em part de ena terrae deixa Gus part dela no culivada, O pecuarista cra gado em toda aaa tra, a divisa entre a —____ 4 ‘sumoliquide demilho | "30 —— v0 "ree xpore on Renal Cate, The Probie of cil Ca, 3 Lan Eco. 1 (1960) Est antigo fo ceprodee pte an ecanas Subs de isto encom paicinmete om 8 Sonne ), Great Anenican Law Reviews, 300 "984 am compéaio dos 2 chores aig pubfaadov ae a ee eee eee eto pote-ametcans sites de 1968) 100 Direto e Economia Avva cated Propriedade agricola Figura 4.1 fazonda e a propriedade ag gado entra na propriedade do agricultor e causa prejuizo a0 milho. O prejuizo poder ser reduzido construindo-se uma cerca, vigiando-se continuamente o gado, eriande a responsabilidade a cada um pelos prejuizos causados, HE duas regras especificas que a lei poderia adotar: 1, Oagricultor é responsével por manter 0 gado fora de sua propriedade, de pagar pelo prejuizo quando o gado entra (um regime que poderiamas chama de “direitos dos pecuaristas” ou “Aibito aberto”, ou q © pecuarista ¢ responsivel por manter © gado em sua propriedade, e deve pay pelo prejuizo quando o gado sai (“direitos dos agricultores” ou “émbito fechac’y Sob 2 primeira regra, o agricultor nfo teria como recorcerjudicilmente contra ope jufzo causado pelo gad de seu vizinho. Para reducir o prejvizo, ele teria de plantar m ‘milho ou fazer uma cerea em tomo da dea cultivada. Sob a segunda regra, o pecuaris precisa construir uma cerca para manter 0 gado dentro de sua propriedade. Se o gado ‘apar, ale poderia esclarecer 0s fatos,doterminaro valor monetisia do prejutzoc fazer pecuarists palo ao agricultor. Que lei é melhor? Talvez voo® ache que a justia deva exigir que os causadores prejuizo paguem pelo prejuizo que causam. Neste caso, voo8 abordar a pergunta come fazer os jurists radiionsis, pensando sobre as causas «a justica, As vacas do pecuarisis projcto mais amplo de ‘imaabstratamente 0 que mea cera para manter 0 gad6 1M ‘itv ao eccnomiza cxstos sgticilorid seguir em frente odocaro wsado, Lembrese Disc or parte de Adam pose 3ocom Adam cu coopecande | ‘pl do cart, nao hi margem ‘oil soa margem pars Capinslo 4 ~ Uma Teoria Econémice da Propriedade procisames stu Concretamente: se 0s custos de transagdo so iguais a 220, mio semana nits Pre°cupar com a especificacdo de regras juridicas referestee a roprieda- de pare alcancaraeficiéncia. A neg ‘ociagto privada vai cuidar de questes como quais coi. as podem ser possuidas, 0 que os dor © assim por diante, Ao especificar: citamente quando o direito de pr ‘explicito, propomes o seguinte coroldvio para o Te ‘Quando os custos de transac%o so sufiicntemente altos para impedir a negociegio, o uso efi- clemte dos recursos dependerd di !1 maneira como os direitos de propriedade s30 aribuido ia nezociagio ¢ negativo, as partes, pociar. Se as partes no negociarem, clas cumpriréo lei de mancige Especificamente, oagricultorird fazer valer seu direito de © pecurista vai cercar a fazeni {ef tetia que aciotar a primeira negra (dizeitos dos io cooperativa, ficar livre de invasoes de gado, im de evitar essa inef Pergunta 4.6: Suponis que uma estrada de ferro passa préximo capitulo, flaremos da. 4 a vasto da propriedade do agricuktor peto gado do pet bésicas. Os remédios jurfdicas aédios juridicos ou os remédios | Juridico & 0 pagamento de uma. & adenizacdo é uma guantia em di- cometidas contra ele pelo réu. 0 {rg “compensar o autor da aco" complexo, que exporemos mais nde stespecifica. Essa ordem assume ropriedade do agrculior “manda que oréu faga om deixe ficar livre de invasio, hai Pertnitirque o pecuarista compre o direito do aaricultor. A maioria das disputas juriticas sao resolv 890 ao tribunal, mas as condiges em que 0. Jemedio juridico que estara disponivel caso houvesse julgamento,” Especificamente ay condisbes da negociacdo sao diferentes dependendo de o reméiiojuridica consis on {rizagio ou apicar uma ago mancamental. Umm exemplo do Capitulo 1 ajudast » fender a relacio entre rcmeédios juridicos e negociagbes, imin law) “tem efeitoretroativa™ sejulz0 soda, ao passo que 8 Judicial) “tem efeito proativo” no - ‘das por acordo entre as partes sem levar 0 ‘ealizadas as negociagtes sio afetadas pelo ‘alos: 8 empresa de cnerzia cléica Eerie fomaca, que sua as roupas na Lavandera £. Nin. aim mais feta porgue Ee L esto peto uma ds outaelonge de todos ot demas. & pode id fim de evan a gua dt Cima esse custo extemo (a tereiros)inselando depuradores de gis em sun chanunés oe itinguida da indenizago puniciva, qa = Bese redocit o prejuizo instlando filtros em seu sistema de ventlaggo. A instal de epura- a fers dels por F ou de fos por L elimina completamente o pejlzo resultant da polcaa te pita no Cate ‘rian de pac a indenizagio ae mbém constivl um isulto & autor dated FoR Gl pe nezcior ver sein mals ttc do gue prin, Pa wana exposle da pesquisa tts poe Wand “ead descto ae ls ¢ pee a fear ese proc ian eu steal gue se ones a ee “denado po |) Ws ctamad 6 “negaciacso a sonibra dn te Direito ¢ Econ instala depuradores de gas, seus avanderia fizer). Quando £ no (Porque £ instalou depuradores US$ 200 dos iuctos de L. 1 pode evitarj 1 custo de US$ 100,04 Bode eviti-io instalando depuradores de gis a um custo de USS 00 Verifique e ve ‘ocd pode usar esses fatos para explicar os nimeros que constam vy tabela, O resultado mais eficients&, por definigto, uma situagao ean que a totalidade dos} C70s para as duas partes, chamada de “huctos conjuntox” Jucros conjuntos somando-se os dois USB 1 agus S80 maximizados na céula situa na posigio nordeste, one we alcangat ‘USE 1.200 quando E nfo instala deporadares de ads eL instala heen © dano causado pela poluigSo representa uma fonte de litigio one E eL. Talvez coopera aolter Sa discordincia © cooperar uma com a outa, ou talves nio ene Semana € tesolvam sua disputa na justiea. que nos interessa determines aqui ¢ con ‘einédio judicial que poderia ser cbtido no tribunal poder induair partes 2 sleanga Solugio eficientee, assim, minimizaro prejufzo decomente dn poluiggo. Suponha que Fe lever sua discordncia & justice, Tres regras jurfdicas alterat Podleriam ser aplicadas caso houvesse um julgamiento 1. O diteito do poluidor: F tem a iberdade de poluir 2 O diteito da vitima da potuigdo a indenieagzo L tom direito de receber ma denizagdo de E: (A indenizacio € uma que protba 2 de py Judicial € uma determinagio do tribu Namos detcrminar o valor da solugdo ndo cocperativa sob cada uma dessas regras, ‘me mostra a Tabela 4.5, ‘Comesando com a regra 1, se E'tem liberdade la € nfo instalar depuradores LAVANDERIA Sem fits Com fit ‘Sem depursdores 0 | 200 EMPRESS de ais DE ENERGIA BUBTRICA coon ceprnscss deass Cr lures empress de ee erica sina ‘alevnderia no camo spear reco ds cde cle

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