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Co Luna Alex Sousa
Co Luna Alex Sousa
Co Luna Alex Sousa
Olá professor Lúcio Emílio Jr, sempre estou por aqui para acompanhar
as notícias da nossa Terra Querida, de tantas histórias, estórias e memórias
afetivas. Alguns casos participei e outros ouvi; as lembranças vão sendo
reavivadas. Não sou Forrest Gump nem Pantaleão, mas me lembro de alguns
“causos”:
Mas em serenata que é serenata tem que haver algum rolo. Na casa
visitada já se sabia que não havia cachorro, mas um “jerico com ideias”
acompanhou a turma. Todo “requenguela”.
– Não, não. Nossa intenção não era incomodar, disse alguém. Tocaram
umas duas canções, colocaram a viola no saco e foram embora rindo daquilo
tudo. E o “jerico com ideias” se justificando.
Era uma aventura jogar: almoçar mais cedo para não ter uma
“congestã”, começar a partida no máximo às 13:15 horas (não havia
iluminação e jogo do 1º Quadro tinha que começar até 15:30 horas). Sol
rachando mamona e nem um bebedouro ou água gelada à disposição na
preliminar; por isso o “cascudinho” também era chamado “esfria sol” ou “2º
quadro”. Mas a gente gostava de jogar.
O mais bizarro disso era a duração da partida. O leiteiro tinha uma rota
com muitas fazendas para visitar; enquanto ele ia fazer o percurso recolhendo
o leite a gente jogava. Apontava o leiteiro, o juiz encerrava a partida e nós
subíamos correndo ao caminhão; se ficasse para trás só pegando carona ou
aguardando o leiteiro no dia seguinte. Futebol é ou não é para quem gosta?
Mais ou menos como aquela pelada entre amigos que não pode ser
paralisada. Alguém sempre fala: – “Estou machucado”. – “Sem problema,
respondem, você pega no gol; se marcarem do lado machucado não vale”. O
espetáculo não pode parar.
– Juiz autorizou, ele não bateu e a bola é nossa. É claro que ele sabia a
regra, mas para ganhar a partida valia tudo, inclusive a balançada de chocalho
do artilheiro Cascavel. Só faltou exigir que fosse “o gol do Fantástico”.