Aula R1

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Cálculo 1

Curso de Engenharia Química


Períodos Integral e Noturno
1º semestre de 2020

Profª Nadja S. Magalhães


Aula de hoje (4ª)

Limites (Parte 1):

Definição de limites
Limites laterais
Limites envolvendo o infinito
Continuidade
Teorema do valor intermediário
Reta tangente
Parte A:

Definição de limites
Limites laterais
Começaremos a aula apresentando um pouco de vocabulário
da geometria. Ele será usado adiante para estudarmos
funções em detalhe, nas vizinhanças de um valor de
abscissa (x) de interesse.

A ideia é, no futuro, explorarmos como fica a vizinhança da


ordenada (y) conforme se comporte uma função na
vizinhança da respectiva abscissa.

Estaremos perguntando menos “qual o valor de y se x valer


tal?” A ideia será buscar a resposta para: “como se comporta
a função em torno de y se soubermos seu comportamento
em torno do respectivo x?”

Esta pergunta é de suma importância no mundo real, onde


geralmente se conhece intervalos de valores de grandezas,
ao invés de um valor preciso para cada grandeza.
Secantes e tangentes
Secantes e
⚫ A secante a uma curva é
Tangentes uma reta que corta a curva
em dois pontos (P e Q).
⚫A tangente a uma curva é

uma reta que toca a curva


em um só ponto (P).
⚫No ponto de contato (P), a

tangente tem a mesma


direção e sentido que a
curva.
⚫A inclinação da tangente

pode ser encontrada como o


limite da inclinação de retas
secantes
Secantes e ⚫ No ponto de contato (P), a
Tangentes tangente tem a mesma
direção e sentido que a
curva (mesma inclinação).
⚫Assim, perto do ponto de

contato podemos fazer


alguns estudos de uma
função complicada (a curva
preta nesse exemplo)
usando uma função simples
(a reta tangente)
⚫A inclinação da tangente

pode ser encontrada como o


limite da inclinação de retas
secantes
A inclinação de uma secante se
relaciona a uma taxa de variação
média

Uma “taxa de variação” média(TV) é uma


fração que indica o quanto uma grandeza
dependente “y” varia (esta variação sendo
dada pela diferença y2 – y1) quando se
varia o valor da grandeza independente “x”
(esta variação sendo dada pela diferença
x2-x1):

TV = (y2 – y1) / (x2 – x1)


Taxas médias de variação
➢ Taxas médias de variação de uma curva (em
azul) podem ser aproximadas por retas
secantes (como a preta)
(y2 – y1) / (x2 – x1)
= y / x


yf
(x−
) f
(x)f
(x+
h
)−
f(
x)
=2 1
=1 1

x x−
2x1 h
Exemplo: velocidade média
➢ Expressão para a distância (s) percorrida (em
metros) após “ t ” segundos:
s(t) = 4,9 t2
➢ A velocidade média fornece a taxa de variação
média da distância em função do intervalo de
tempo:: DistPercorris
(
5,
1−
)s(
5)
[ =
Veloc =
Media
]

Tempo
Decorri
5
,
15

➢ Diminuindo-se o intervalo de tempo aproxima-se


da velocidade instantânea: os dois pontos no
tempo vão se aproximando e, no limite,
praticamente coincidem.
Limites de funções
Observemos o comportamento da função abaixo
perto de um ponto escolhido:
x2 −1
f (x) perto de x=1, onde f (x)=
x−1

ou

)=
f(x
(
x−)
1(
x+)
1
x−
1
Simplificando: f(x) = x+1

Logo, f(1) = 2
Simplificando: f(x) = x+1

Logo, f(1) = 2

Em linguagem matemática este resultado em


torno de x =1 pode ser escrito em uma nova
forma:
Apresentando uma nova notação matemática:

A notação de LIMITE
f(x) = x+1

f(1) = 2

Dizemos que “o limite da função f de x,

x−1 2
limf(
x)=
lim= 2
x→1 →
x 1x−
1

quando x tende a um, vale 2”


Definição formal de LIMITE
➢ Consideremos uma função f(x) definida em um intervalo
aberto nas proximidades de um ponto x0
(Esse intervalo está próximo de x0, podendo contê-lo ou não)

Podemos afirmar que

limf (x)=L
x→x0

se, para cada є>0,


existir >0 tal que

0<|x-x0|<  |f(x)-L|<є
Quando a abscissa TENDE a um certo valor, o
limite da função é o valor para onde a ordenada
tende a ir.

IMPORTANTE: O limite nem sempre é o valor


exato da ordenada que corresponde à abscissa
de interesse.

Veremos exemplos.
Cálculo de alguns limites de funções
Considere x0 um valor qualquer no domínio da função
e k um valor constante

➢ Função identidade, f(x) = x : limx = x0


x→x0

➢ Função constante, f(x) = k: limk = k


x→x0

➢ Funções que não têm limite em um ou mais


pontos do domínio:

< ≠
=

>
Exercícios

Calcule
(x −9)
2
lim
x→−3 (x+3)

Calcule
(x+6)
lim2
x→
−6(x+4 x−
12)
Respostas

(x −9)
2
-6= lim
x→−3 (x+3)

(x+6)
-1/8 = lim2
x→
−6(x+4 x−
12)
Regras de operações com limites
No caso do cálculo de limites
envolvendo funções polinomiais:
➢ Uma função
polinomial tem a forma: −
P
(
x)=a
x
n
n
+a

nx
1
n1
+ +
...
a
0

➢ Sendo “c” uma constante: lim
P(
x)=
ac
n
n
+a

n1 +
cn1
+
...
a
0

xc

➢ Uma função racional é definida pela razão de dois


polinômios:
P(
x)P(
c)
lim = ,Q(
c)0

xcQ(
x)Q(
c)

P(
x)P(
c)
Sendo “c” uma constante: lim = ,Q(
c)0

xcQ(
x)Q(
c)
Exercícios
Simplifique e calcule:

➢ (a) x +x−2
2
lim 2
x→1 x −x

➢ (b)
y−1
lim
y→1 y+3−2
Respostas
Simplifique e calcule:

(a) 3= x +x−2
2
lim 2
x→1 x −x

y−1
(b) 2= lim
y→1 y+3−2
Limites laterais
Limites laterais são limites tomados
se aproximando à direita ou à
esquerda do valor de interesse no
eixo das abscissas.

A aproximação pela direita se


representa, acima do número, por
um sinal de “+”: x +

Na aproximação pela esquerda se


usa o sinal de “-”: x -
Consideremos função
y
x
y= 1
| x| x
-1
➢ Se nos aproximamos
de x = 0 pela direita
x
(valores positivos):
lim =1
x→0+ | x|
➢Se nos aproximamos
de x = 0 pela esquerda
(valores negativos):
x
lim =−1
x→0− | x|
Exercício
➢ Calcule os limites laterais, em x=2, de

f(x)=3−x, x2
x
f(x)= +1, x2
2
Resposta
➢ Calcule os limites laterais, em x = 2, de

f(x)=3−x, x2
x
f(x)= +1, x2
2
lim
x→2 -
f(x) = 3 - (2) = 1

lim f(x) = (2)/2 + 1 = 2


x→2+
Relação entre o limite bilateral e
os limites laterais

lim
f
(x
)=
L
lim
+
f
(x
)=
Le
lim

f
(x
)=
L

xc →
xc →
xc

“O limite [bilateral] de f(x), quando x tende a c, vale L


se, e somente se,
ambos os limites laterais valerem L também”
Continua na parte B

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