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ROCHAS ÍGNEAS (MAGMÁTICAS)

São formadas a partir da cristalização do magma. Há duas classes principais de rochas ígneas
relativo ao local de sua formação.

- Rochas plutônicas (Intrusivas): São formadas quando o resfriamento ocorrer em


profundidade, de forma mais lentamente, gerando minerais com grandes dimensões.

- Rochas Hipoabissais: o magma se consolida em ambientes rasos,


sem, contudo, atingir a superfície (Sills e Diques).

- Rochas Abissais: são formadas a grandes profundidades (batólitos)

- Rochas vulcânicas (Extrusivas): Quando o resfriamento ocorre na superfície, de


maneira mais rápida, gerando minerais de pequenas dimensões. Elas aparecem como
derrames (lavas espalhadas na superfície) como parte constituinte de um vulcão ou
cobrindo horizontalmente áreas por extensas.

AFANÍTICAS (textura muito fina a vítrea): uma lava espalhada na superfície resfriara
rapidamente, com formando diversos núcleos de cristalização e pouco crescimento desses
núcleos, assim os grãos minerais serão muito pequenos, tipicamente menores que 1 mm.

FANERÍTICA (fina, média, grossa, porfirítica): Em profundidade, as rochas ígneas se cristalizam


de maneira lenta, com formação de núcleos de cristalização com crescimento lento. O
resultado será uma rocha toda cristalizada (holocristalina), com grãos minerais de tamanhos
maiores (1-2mm a 2-4 cm).

COR DOS MINERAIS: As rochas ígneas podem ser classificadas de acordo com a proporção de
minerais máficos escuros (silicatos ricos emferro e magnésio) e minerais félsicos ou claros
(silicatos pobres em ferro e magnésio):

- Félsica: rocha com menos de 15% de minerais máficos (piroxênio, anfibólio e biotita),
e rica em minerais félsicos (feldspato e quartzo). Exemplos: granito e riolito)

- Máfica: rocha com 35 a 90% de minerais máficos (olivina, piroxênio e biotita).


Exemplos: basalto e gabro.
ROCHA SEDIMENTAR – ORIGEM QUÍMICA

São resultantes da consolidação de sedimentos, provenientes da degradação e transporte de


uma rocha preexistente, devido a ação de intemperismo (conjunto de processos mecânicos,
químicos e biológicos).

- Rochas sedimentares clásticas (detríticas ou terrígenas): Formadas a partir da


desagregação de rochas pré-existentes, que têm seus sedimentos transportados pela
ação separada ou conjunta da gravidade, vento, Água e gelo, que são depositados
posteriormente.

Estas rochas são constituídas por clastos, de variados tamanhos, apresentando


estruturas estratificadas e texturas clásticas (justaposição de fragmentos acumulados e
compactados).

- ROCHAS CARBONÁTICAS: precipitados em bacias através de mudanças físico-


químicas do meio. São constituídas por combinações variadas de calcita (CaCO3) e de
dolomita CaMg(CO3)2

As rochas constituídas por calcita são chamadas de calcários, as com dolomita de


dolomitos. Geralmente esses depósitos apresentam camadas bastante espessas.
Exemplo: mármore travertino, crescimento de estalactites (teto) e estalagmites (chão),
etc.

- ROCHAS EVAPORÍTICAS (EVAPORITOS): são rochas com haletos (haloídes) e sulfatos


como fases predominantes, aparecendo geralmente como depósitos estratificados
com mineralogia diferenciada, com halita e outros cloretos predominando nas
camadas superiores, cobrindo depósitos inferiores maciços de gipsita e anidrita.

Formam-se pela evaporação repetida de águas muito salobras, encontradas em


ambientes marinhos que favorecem a concentração extrema dos solutos. Logo, ocorre
com a precipitação de sal, sendo os principais a halita (sal de cozinha) e a gipsita
(gesso). Exemplo: salgema (cloreto de sódio) e gesso (sulfato de cálcio)
ROCHA SEDIMENTAR – ORIGEM ORGANICA

- ROCHAS BIOGÊNICAS: são rochas formadas pela substituição da matéria orgânica


vegetal ou animal pela matéria mineral (inorgânica) em diversos ambientes de
sedimentação aquosos. Alguns tipos mostram estruturas de crescimento, enquanto
outras são geradas por acumulação de restos orgânicos (conchas, carapaças, ossos,
etc).

Os constituintes mais abundantes destas rochas são carbonatos (calcita e dolomita:


carapaças, corais etc.), formas de sílica, fosfatos e carvão vegetal.

As texturas variam conforme a origem. As formadas por fragmentos de conchas ou


carapaças (inteiras ou quebradas) apresentam texturas clásticas, enquanto outras
preservam as formas do seu crescimento

Calcárias: acúmulo de conchas ou carapaças de composição carbonatada.

Carbonosas: acúmulo de matéria vegetal com posterior carbonização, total ou


parcial, e consolidada. Compreende as turfas e carvão.

- ROCHA PIROCLÁSTICA: São rochas que surgem devido a acumulação de materiais


piroclásticos, fragmentos ejetados de um vulcão durante uma fase de erupção
violenta. Logo, são rochas sedimentares clásticas, com a peculiaridade que seus
fragmentos são sempre de origem vulcânica, em geral, fragmentos de vidros naturais.
ROCHA METAMÓRFICA

As rochas metamórficas são as rochas transformadas, terceiro grupo de rochas. Elas se formam
em ambientes geológicos instáveis, onde rochas preexistentes são submetidas a condições de
pressão e temperatura diferentes das originais.

Elas podem ser denominadas quanto a origem:

- Rochas ortometamórficas: derivadas do metamorfismo de rochas ígneas.

- Rochas Parametamórficas: derivadas do metamorfismo de rochas sedimentares.

TIPOS DE TRANSFORMAÇÃO:

- METAMORFISMO NORMAL: Não ocorre perda ou adição de novo material a rocha


que sofreu metamorfismo, ou seja, a composição química continua a mesma, embora
a rocha seja outra.

- METAMORFISMO METASSOMÁTICO: Ocorre mudança de composição química da


rocha, evidenciado pela formação de minerais novos não existentes anteriormente.

- Metamorfismo de contato ou termal: ocorre quando rochas encaixantes, próximas a


áreas de intrusões magmáticas, são submetidas à elevação de temperatura. O
resfriamento da intrusão também pode gerar novos minerais. Essas rochas
metamórficas são chamadas hornfels.

- Metamorfismo regional, ou dínamo-termal: causado por perturbações geológicas


em grandes extensões, pela ação conjunta da temperatura, pressão e fluídos,
provocando a recristalização na rocha e favorecendo aparecimento de novas
estruturas. Ele está associado aos processos tectônicos que geram montanhas.

- Metaformismo dinâmico ou cataclástico: Ocorre em zonas de cisalhamento e de


falha. Através da pressão orientada, que se restringe a baixas profundidades da crosta
terrestre, as rochas são fraturadas os grãos são moídos e recristalizados ao longo da
falha.
- Metamorfismo de soterramento: ocorre pela sobreposição (soterramento) de
estratos sedimentares em uma bacia sedimentar, onde os estratos da base podem
atingir profundidades onde a temperatura pode chegar a 300 ºC ou mais, devido ao
fluxo de calor na crosta.

- Metamorfismo hidrotermal: Resultado da percolação de líquido aquecido pelas


rochas, gerando sua alteração. Muitas das alterações hidrotermais são causadas pela
circulação da água subterrânea. A água fria subterrânea circula nas fraturas das rochas
até grandes profundidades, onde é aquecida pelo calor das rochas.

- Metamorfismo de impacto: Ocorre quando um meteorito se choca contra a Terra


gerando a transformação dos minerais. Uma das indicações da ocorrência da queda de
um meteorito é a presença de coesita, polimorfo de quartzo de alta temperatura.

MINERALOGIA DAS ROCHAS METAMÓRFICAS

Podem permanecer (minerais estáveis): Não se alteram com as novas condições de


pressão e temperatura. (Ex: quartzo, calcita).

Podem reaparecer: Durante a recristalização como resultado das reações entre


diferentes minerais da rocha inicial. (Ex: feldspatos, biotita).

Podem recristalizar: Formação de minerais característicos das rochas metamórficas.


(Ex: distena, andaluzita, silimanita, granada)

GRAU METAMÓRFICO:

- Metamorfismo de baixo grau: ocorre em temperaturas entre 200 e 320 ºC e


pressão relativamente baixa. Rochas metamórficas de baixo grau são
geralmente caracterizadas por uma abundância de minerais hidratados, como
a muscovita e clorita, produtos do metamorfismo de argilominerais. Aardósia e
o filito são típicas rochas metamórficas de baixo grau.

- Metamorfismo de médio grau: ocorre aproximadamente a 320 – 450 ºC e a


pressões moderadas. Minerais hidratados de baixo grau, como muscovita e
clorita, são então substituídos por outros menos hidratados, como a biotita, e
minerais não hidratados, como a granada. O xisto e o gnaissesão típicas rochas
de grau metamórfico médio.

- Metamorfismo de alto grau: ocorre em temperaturas superiores a 450 ºC e


pressão relativamente alta. À medida que o grau de metamorfismo aumenta,
os minerais hidratados, como biotita, tendem a quebrar (perdem H2O para o
meio), e transformam-se em outros minerais, como por exemplo, oanfibólio,
que mesmo sendo hidratado, é mais estável a temperaturas mais altas.

TIPOS DE TRANSFORMAÇÃO:

- Rochas metamórficas foliadas: As rochas submetidas ao calor e pressão diferencial


possuem normalmente minerais arranjados de modo paralelo que lhes dá uma textura
folheada. De acordo com o tamanho ou o formato dos grãos, ela pode ser classificada
em:

foliação fina (Grãos individuais não podem ser reconhecidos sem ampliação);

foliação grosseira (apresentam minerais granulares, segregados em zonas


grosseiramente paralelas e em faixas que difere em composição e cor).

- Rochas metamórficas não foliadas: rochas que não apresentam uma orientação
preferencial, elas consistem em um moisaico de minerais grosseiramente
equidimensionais, caracterizado com uma textura não-foliada.

- Xistosidade: indicativa do controle de pressões dirigidas durante a recristalização,


com orientação de minerais laminares;

- Bandamento: com a rocha mostrando bandas de diversas composições minerais,


como no gnáissico (bandas claras (quartzo-feldspaticas) intercaladas com outras
escuras (biotita e/ou anfibolio). Acontece em ambiente de alta temperatura.

- Estrutura cataclástica: mostrando grãos quebrados, de tamanhos muito variados,


com pouca ou nenhuma orientação. Caracterizada por intenso micro falhamento e
fraturamento, sem nítida orientação preferencial, gerando fragmentos, normalmente
angulosos.

- Estrutura milonítica: Quando o processo metamórfico é muito intenso, há uma


redução a fragmentos muito finos, dando origem a uma rocha dura, com granulação
microscópica. portadoras de nítida orientação, gerada por minúsculos cristais
alongados e lâminas delgadas de material finamente granulado

ROCHA METAMÓRFICA - TEXTURA:

- Nematoblástica: definida pela orientação de minerais prismáticos (anfibólio e


piroxênio)

- Lepidoblástica: definida pela orientação de minerais placóides (micas)

- Porfiroblástica: rocha com cristais bem desenvolvidos (maior tamanho) em


matriz com cristais menores

- Granoblástica: sem orientação preferencial, grãos uniformes em contatos


poligonalizados (quartzo,feldspatos, carbonatos).

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